Revista UBC #43

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MERCADO MERCADO 30

Nova geração de artistas independentes de Norte a Sul do país abraça sonoridades regionais, refrãos fáceis e até dancinhas para conquistar públicos maiores por_ Luciano Matos

de_ Salvador

Até há pouco tempo, a pernambucana Eduarda Bittencourt trabalhava numa loja para pagar as contas e pintava paredes para custear o primeiro disco. Meses depois, já assinando como Duda Beat, tornou-se um dos principais nomes de uma nova música pop brasileira. Ela é parte de uma turma que não tem medo de abusar de letras fáceis, melodia grudentas, refrãos e batidas repetidas e dançantes, tudo quase sempre permeado por modernos elementos eletrônicos. Ainda distantes das rádios e TVs e de um público massivo, eles já ocupam ambientes que até então resistiam ao seu som. Ao lado dela, aparecem artistas independentes como Tuyo, Jaloo, ÀTTØØXXÁ, Romero Ferro, Mateus Carrilho, Keila, Luísa e os Alquimistas, Rosa Neon, Jacintho, entre tantos outros. É fácil reconhecer a pegada pop observando, por exemplo, o circuito de festivais que eles têm percorrido. Se, antes, estavam circunscritos aos de rock e música alternativa, hoje frequentam os mais conhecidos, às vezes até como atração principal. Duda Beat, em 2019, foi cabeça de cartaz no Coalla (SP), no Sarará (MG), no Bananada (GO), no CoMA (DF), no Queremos (RJ) e no Wehoo (PE). O grupo baiano ÀTTØØXXÁ bateu

SEM MEDO DE SER


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