Revista UBC #33

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Nando revela que a verdadeira “trinca de ases” em sua vida é formada por Gil, Caetano Veloso e Gal. “Eles estão dentro da minha gênese, não só na formação como músico, mas como indivíduo, presentes não só como aprendizado, mas como parâmetro, aí, sim, na minha linguagem. Tocar com eles é quase a realização de um sonho, embora eu seja sincero (quando digo) que não sonhava com isso”, ele confessa. E admite: a turnê ao lado de Gil e Gal dá um frio na barriga. “Às vezes, eu falo para mim mesmo: ‘Nossa, onde é que eu tô?’ Mas isso é que é bom. Quando as coisas não são desafiadoras desse jeito, elas dão uma sensação de estagnação”, pondera. A aposta, sem dúvida, é alta. Mas a partida, pelo visto, já está ganha.

Gal, em dose dupla A turnê de “Estratosférica”, de Gal, também dá uma pausa durante o projeto com Gil e Nando. Lançado em maio de 2015, o álbum é o 36º da cantora e marca os seus 50 anos de carreira. Mais pop e menos experimental que o anterior, “Recanto”, tem o estilo solar de Gal, dona de uma das vozes mais admiradas na nossa música.

Entre composições recentes de Nando Reis, sabe-se que uma tem como musa inspiradora Gal Costa: “A mãe de todas as vozes”. “É uma linda canção e me comovi muito com ela”, diz a cantora. “Fazer uma música pra Gal não é apenas uma homenagem, é uma declaração da importância dela na minha formação. Mesmo eu não sendo uma cantora, e sim um cantor, a minha relação com a música está muito relacionada com a voz feminina, a começar pela minha mãe, que cantava. A música trata disso e coloca ela na órbita dos corpos celestes de primeira grandeza na minha vida”, ele afirma.

VEJA MAIS A pedido da Revista, Gal, Nando e Gil fazem perguntas uns aos outros sobre sua vida e carreira. Confira a entrevista em vídeo no nosso canal do YouTube: youtube.com/ UBCMusica


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