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Novidades Nacionais

Sepultura: 30 anos em 100 min

por_ Fabiane Pereira ■ de_ São Paulo

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O documentário que conta a história dos 30 anos do Sepultura está em cartaz desde junho e é uma joia para os fãs da banda de heavy metal. Com 100 minutos e direção de Otávio Juliano (do premiado documentário “A Árvore da Música”), é recheado de imagens de arquivo raras ou inéditas, registros intimistas de turnês, cenas de bastidores e entrevistas com grandes roqueiros contemporâneos deles, como Lars Ulrich (Metallica), David Ellefson (Megadeth), Phil Campbell (Motörhead) ou Corey Taylor (Slipknot). Durante seis anos, Juliano acompanhou o Sepultura de perto, de maneira a criar um retrato sem censura em mais de 800 horas de filmagens. “Uma das minhas principais motivações foi a vontade de conhecer o processo criativo da banda brasileira mais conhecida no mundo”, diz o diretor.

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Adreas Kisser conta sua visão sobre a improvável trajetória global da banda em ubc.vc/AndreasKisser

Mallu Magalhães: maturidade em novo disco

Mallu Magalhães mostrou, com o recém-lançado álbum “Vem”, a maturidade musical que vinha perseguindo desde que surgiu, há 10 anos, como um fenômeno da rede MySpace. Os videoclipes de “Casa Pronta” e “Você Não Presta” já contam com mais de 2 milhões de visualizações no YouTube. Com arranjos de Mario Adnet e Marcelo Camelo, além de participações dos músicos Dadi Carvalho, Kassin e Rodrigo Amarante, o disco tem samba, pop, rock e outros ritmos. “Acho que o que eu trago desde o começo é a coragem. Irreverência e bom humor são marcas que sempre vou levar”, ela diz.

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Uma entrevista com Mallu Magalhães em ubc.vc/MalluVEM

Cantores de Ébano, reencontro afetivo

Um dos grupos vocais mais emblemáticos da nossa música, Nilo Amaro e seus Cantores de Ébano, formado por vozes negras masculinas e femininas, encantou o país por quase meio século, até a morte de seu líder, em 2004. Agora, 13 anos depois, Jair Medalha, Valmir de Sousa, Iaci Pinto, Marcio Alexandre e Maria Helena voltam com álbum novo, depois de “Um Sonho a Mais” (2014). Em “Gralha Azul” (gravadora Fina Flor), eles fazem uma revisita afetiva a alguns dos seus grandes trabalhos, com destaque para “Serrada” (Marcio Alexandre e Jair Medalha) e “Gralha Azul” (Iaci Pinto e Luiz Leite).

Herocoice: um disco pelo WhatsApp

A banda alagoana Herocoice inovou na forma e no conteúdo. O segundo álbum deles, o recém-lançado “Trabalho Novo”, foi distribuído pelo aplicativo de mensagens WhatsApp. “As pessoas adicionam um número passado por nós e recebem o disco por ali, de forma gratuita”, explica o guitarrista John Mendonça, que integra o grupo ao lado de Deraldo Veloso (vocal), Junior Beatle (baixo e vocal), Marcelo Feth (bateria) e Tiago Godoi (guitarra e vocal). Na forma, a mistura sonora deles também inova: o trabalho tem influências de Ramones, Bob Dylan, Queen, Angra, AC/DC, Led Zeppelin, Joelho de Porco, Luiz Gonzaga e forró em geral.

Audax: do rock ao pop eletrônico

O duo Audax, formado pelos gêmeos Pedro (guitarra) e André (voz), era o núcleo da banda de rock de mesmo nome do final da década passada, que virou o leme para o pop eletrônico e lança o explosivo álbum “Feel the Beat” pela Midas Music. Canções compostas em violões e guitarras foram transpostas para a cena eletrônica. “Teach me How to Love You”, por exemplo, traz uma linha melódica pop rock que vai virando electro. Após remix do DJ britânico Hoxton Whores, as portas foram abertas, e o duo já fez sua primeira turnê europeia em abril.

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A canção-título do disco em ubc.vc/ClipeAudax

O credo de Mari Blue

A cantora Mari Blue, uma das boas novidades da cena independente do eixo Rio-São Paulo, acaba de lançar um novo álbum antenada na tendência contemporânea de apresentar, junto com as canções, as versões visuais das obras. Assim, três dos singles de “Fruto da Flor” já ganharam vídeos produzidos pela Meduzza Filmes e com direção artística de André Hawk. Um deles, o rock soul “O Credo”, que abre o álbum e funciona, segundo ela, como um prefácio do trabalho, aborda na letra a busca pela valorização da dúvida e da liberdade individual. “Cresci na presença forte do catolicismo, onde é comum se rezar uma oração com esse nome, mas nunca concordei com as palavras ditas, achava muito autoritário dizer em quê se deve crer”. Aqui eu faço o meu “credo”, que fala de mim, pode falar do outro, mas não é uma verdade ou um caminho a ser seguido”, afirma a cantora, que, só este ano, já recebeu três prêmios em festivais de clipes e bandas independentes.