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"Existe pressão sim"

Zé Ricardo fala sobre a curadoria do palco Sunset do Rock in Rio e relembra encontros marcantes

por_ Fabiane Pereira ■ do_ Rio

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Mês que vem, a sétima edição do Rock in Rio onde tudo começou, a Cidade Maravilhosa, vai marcar também a nona edição do palco Sunset com curadoria do cantor, compositor e músico Zé Ricardo. Antenadíssimo ao que há de mais novo na cena musical contemporânea, ele fala sobre esse trabalho tão especial.

Quando e como o Rock in Rio e você se encontraram?

Na verdade, meu primeiro encontro com o Rock in Rio foi com a Roberta Medina (produtora do festival). Eu fiz a direção artística do (evento de cinema e música) Vivo Open Air no Rio, e o projeto foi levado a Portugal. Ao chegar lá, a Roberta era a produtora local. O Open Air foi um grande sucesso. Anos depois, ela me chamou para criar um palco musical para o Rock in Rio.

Entendi meu trabalho quando vi pessoas beijando o chão (da Cidade do Rock).”

O que haverá de novo este ano?

Uma das grandes novidades é a participação da dança. A Fernanda Abreu fará um encontro com a Cia de Dança Focus e com o Dream Team do Passinho. O Jongo da Serrinha vai apresentar seu balé. O Grande Encontro vai se apresentar com o maravilhoso grupo de dança pernambucano Grial. No Sunset, vai haver BaianaSystem com a angolana Titica e Johnny Hooker com Almério e Liniker.

Há muita pressão por parte dos artistas para participar?

Eu entendi meu trabalho no Rock in Rio quando, em 2011, depois de já ter feito o Rock in Rio em Madrid e em Lisboa, vim fazê-lo pela primeira vez no Brasil e vi, na entrada, algumas pessoas beijando o chão. Existe pressão, sim, mas é preciso lidar com ela. A maioria dos artistas é generosa comigo e entende que curadoria é um painel que precisa respeitar tanto o festival quanto o público.