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Jogo Rápido - Juliano Holanda

JULIANO HOLANDA

Produtor de destaque na nova cena do Recife, compositor e músico, ele lança o terceiro disco, “Sobre a Futilidade das Coisas”

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por_ Kamille Viola ■ de_ Garanhuns (PE)

foto_ Beto Figueroa

Destaque da fervilhante cena pernambucana, Juliano Holanda não é novidade. Compositor, cantor e instrumentista, acompanhou Mundo Livre S/A e Maciel Salú e é integrante da Orquestra Contemporânea de Olinda e do Ave Sangria. Em 2015, fez a trilha da série “Amorteamo”, da TV Globo. É produtor contumaz da nova música do Recife e, aos 41 anos, já teve 200 canções suas gravadas por gente como Elba Ramalho ou Felipe S. Com os holofotes voltados para si, lança o terceiro disco, “Sobre a Futilidade das Coisas”.

Como foi o processo de se assumir cantor?

Está sendo (risos). Demorei para, mais do que encontrar uma voz paras as músicas, encontrar as músicas para a minha voz. Entender que, às vezes, componho coisas que não são para mim. Me considero essencialmente compositor. Preciso da música para expressar coisas que não consigo dizer.

O que acontece musicalmente no Recife?

Houve uma redução das casas de show, e isso se reflete no fato de que você tem menos bandas e mais artistas solo. Ficou calcado na canção, na letra, na voz. E a música hoje é produzida para a internet, para ouvir no trabalho. Diferente do mangue beat, que tinha mais pegada.

O que pode falar do disco novo?

Tem dez faixas minhas, com participações de Paulo Rafael, Lui Coimbra e Guilherme Kastrup e muita percussão. O conceito vem de uma música do meu pai, Júlio Holanda, que diz: “Sabe o que esse mundo é? É um carrossel de ouro, um casaco de couro e um cavalo pangaré”. Vivemos num mundo de pangarés travestidos de alazões.