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A maior diversão... e os maiores lucros

Cinema é uma das bolas da vez no universo dos direitos autorais, com grandes oportunidades para emplacar uma trilha sonora; veja como é feito o cálculo dos valores distribuídos aos titulares

do_ Rio

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As crescentes oportunidades de inserção de canções em filmes, séries e novelas, o anúncio de editais federais da ordem de R$ 700 milhões para fomentar produções nacionais e o acordo com a associação das redes multiplex que permitiu a recente distribuição de R$ 50 milhões a titulares de trilhas sonoras falam por si: a música para cinema vive um grande momento.

Se você conseguir emplacar uma canção sua num filme, terá algo para receber pela sua execução pública. E os direitos autorais de músicas inseridas nas trilhas sonoras de filmes exibidos em salas comerciais têm sempre distribuição direta, ou seja, todas as obras executadas são contempladas.

Mas, para saber quais músicas estão sincronizadas nos filmes, um instrumento é fundamental: uma folha de cadastro chamada cue-sheet. Nos últimos tempos,

a UBC tem realizado um grande esforço — inclusive participando de um grupo de trabalho na Agência Nacional do Cinema, a Ancine — para conscientizar os produtores cinematográficos, responsáveis por tal documento, sobre a necessidade de entregá-lo corretamente. Isso permite que os direitos autorais e conexos das músicas cheguem efetivamente aos titulares.

A parte autoral, aliás, recebe 2/3 do valor distribuído para uma música, no caso de o uso dela no filme ser mecânico (ou seja, não ao vivo). A parte conexa (intérprete e produtor fonográfico) fica com o 1/3 restante.

O tempo em que a música aparece também conta, bem como a categoria de uso. Por exemplo, temas de abertura e encerramento têm o peso mais alto, 12/12, temas de personagens têm peso 8/12, performances ao vivo representam 6/12, e assim por diante. A categoria com menor peso é a de tema de fundo, 1/12.

PAGAMENTOS 2 VEZES POR ANO

Com base no cue-sheet dos filmes, é realizado o rateio da verba líquida arrecadada para um determinado filme exibido no cinema. A verba líquida é o valor arrecadado pelo Ecad das salas exibidoras, descontados os percentuais de administração: Ecad 10% e UBC 5%. A rubrica Cinema tem distribuição aos associados nos meses de março (para valores recolhidos de setembro do ano anterior até fevereiro) e setembro (valores recolhidos de março até agosto).

Veja mais! Relembre os encontros do evento UBC Sem Dúvida: Música em Audiovisual e descubra como emplacar sua música num filme, série ou novela.

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ubc.vc/Videos_AV

Leia mais! Na seção Fique de Olho, na página 43, veja mais detalhes do acordo com a Abraplex que permitiu a distribuição de R$ 50 milhões extras em setembro.