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Cinema: distribuição de R$ 50 milhões

Fechado no ano passado entre o Ecad e a maior associação de cinemas do país, a Abraplex, um acordo pelo qual várias grandes redes multiplex colocaram seus pagamentos em dia rendeu uma distribuição milionária a 30 mil autores em setembro. Mais de R$ 50 milhões foram entregues aos titulares de trilhas sonoras de filmes exibidos entre 1999 e 2017. A boa notícia não veio sozinha: houve um aumento nos rendimentos do segmento Cinema, um dos que mais crescem. A UBC tem um departamento dedicado aos cadastros de audiovisuais, que realizou uma força-tarefa de maio a agosto para o cadastramento de cue-sheets (folhas de informações sobre trilha sonora). Só até setembro deste ano, já haviam sido cadastrados 4.785 deles, mais do que o número de 2017 inteiro.

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Leia mais! Na página 44, entenda como funciona a distribuição de Cinema.

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Inadimplência de Salvador: artistas pedem ajuda

Sob administração do prefeito ACMNeto desde 2013, a capital baiana não faz pagamentos aos titulares das músicas tocadas em todos os seus eventos de rua, inclusive o carnaval, o que não a impediu de receber, em 2015, o título de Cidade da Música da Unesco. Agora, artistas apelam, através do Ecad, para que a organização internacional intervenha. Em carta enviada à representante da Unesco no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto, eles pedem a retirada do título caso a situação permaneça. Em fevereiro passado, a dívida já era estimada em mais de R$ 40 milhões.

YouTube: esperança de melhores pagamentos

O YouTube estreou em setembro no Brasil os serviços YouTube Music e YouTube Premium, com conteúdos musicais e audiovisuais por assinatura para concorrer com Spotify e Netflix. Até recentemente, o portal de vídeos do Google se recusava a reconhecer-se como um serviço de streaming, reforçando seu caráter de plataforma alimentada por usuários. Isso lhe permitia amparar-se num mecanismo legal chamado porto seguro da internet, que lhe eximia de responsabilidade pelos conteúdos. Em consequência, os pagamentos de direitos autorais eram ínfimos. Agora, a expectativa é que os valores melhorem, potencializados pelas assinaturas mensais de R$ 16,90 dos novos serviços, embora o YouTube não tenha divulgado qual será sua nova política de pagamentos.