Tribuna Feirense Fevereiro 2019

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FEIRA DE SANTANA, QUINTA-FEIRA 28 DE FEVEREIRO DE 2 019

ANO XX- Nº 2.612

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Lixo: esse problema é nosso! ATENDIMENTO (75)3225-7500

Silvio Tito/ Reprodução

O lixo ainda é um dos problemas mais graves que a cidade de Feira de Santana enfrenta. O mau tratamento destinado aos resíduos sólidos vai da falta de consciência ambiental da população, passando pela inexistência de uma fiscalização efetiva, que impeça o descarte de lixo orgânico nas ruas centrais da cidade, pela falta de um projeto amplo de reciclagem, até o descarte inadequado do lixo eletrônico e do óleo de cozinha usado, materiais altamente prejudiciais ao

meio ambiente. Nessa edição, o jornal Tribuna Feirense mostra não apenas a dimensão do problema, mas também as iniciativas que visam, senão resolvê-lo, pelo menos diminuir os impactos causados pelo descarte inadequado do lixo, na nossa cidade. Explicamos também as diferenças entre os antigos lixões, hoje proibidos por Lei, e os atuais aterros sanitários, considerados mais seguros, mas que, ainda assim, estão longe

de se configurarem como o tratamento de resíduos ideal, como alertam alguns especialistas. No caderno Tribuna Cultural, um pouco sobre um curioso viés da memória coletiva da cidade: o Bicho da Feira, também conhecido como Bicho do Tomba. Os relatos sobre os ataques do animal fabuloso também inspiraram romancistas a recriarem, na instância ficcional, o misterioso itinerário do monstro. Nessa edição, o leitor terá a oportuni-

dade de conhecer um pouco mais sobre O lobisomem de Feira de Santana, célebre

narrativa do feirense Fernando Ramos, que resgata a famosa lenda para tecer uma

dura, mas divertida, crítica a um dos regimes totalitários que o Brasil vivenciou.


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Feira de Santana-Bahia, quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Lixo eletrônico, óleo de cozinha e Lana Mattos

Você sabe como descartar corretamente seu lixo eletrônico, medicamentos vencidos ou em desuso e óleo de cozinha usado? Sabia que esses materiais causam sérios riscos ao meio ambiente? Já ouviu falar em logística reversa? Além de serem compostos por plásticos, vidros e metais, resíduos que demoram anos para serem decompostos, os aparelhos eletrônicos podem conter substâncias tóxicas, como, por exemplo, o chumbo, cádmio, mercúrio e o berílio. Estes elementos, “se depositados sem qualquer tratamento, em qualquer lugar, podem causar sérios danos ao meio ambiente, como a contaminação de lençóis freáticos, atingindo, por conseguinte, a população”, explica Luis Oscar Silva Martins, economista e doutorando em Ciências, Energia e Ambiente, na Universidade Federal da Bahia (Ufba). Um litro de óleo de cozinha contamina cerca de 20 mil litros de água e “pode causar impermeabilização do solo, impedindo infiltração de água e, consequentemente, destruindo a vegetação. O acúmulo de óleo nas represas e lagoas também dificulta o sistema de tratamento de água, chegando a impossibilitar sua utilização para o consumo humano”, esclarece Martins, que também é mestre em Bioenergia pela Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) de Salvador. Ele conta que, só em Feira de Santana,

Divulgação

estima-se que as cozinhas utilizem cerca de 100 mil litros de óleo vegetal por ano, dos quais apenas 2,5% são reaproveitados. O descarte incorreto de medicamentos também traz sérias consequências ao meio ambiente e à saúde de animais e seres humanos. Ainda conforme Martins, que é professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), no campus de Feira de Santana, “já existem estudos que apontam para uma concentração de hormônios advindos de resíduos fármacos, que são capazes de afetar fortemente rios, lagos e lagoas. De acordo com a Brasil Health Service (BHS), um quilograma de medicamento descartado na rede de esgoto seria capaz de contaminar 450 mil litros de água”. Apesar da gravidade do problema, a população, em geral, ainda não está ciente dos riscos e acaba descartando o óleo

residual, nos ralos das pias; os medicamentos, nas lixeiras e vasos sanitários; e o lixo eletrônico, em terrenos baldios ou lixo comum. Os aparelhos eletroeletrônicos, por exemplo, seguem para o aterro sanitário, onde são compactados e cobertos, como se fossem resíduos sólidos comuns. Isto diminui a vida útil do aterro, quando boa parte dos componentes poderia ser reciclada ou reaproveitada.

LOGÍSTICA REVERSA A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei 12305/2010, instituiu a logística reversa como um “instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra des-

A Vida Logística Reversa é uma das empresas que recolhem lixo eletrônico, em Feira; sede está situada em frente à feirinha da Estação Nova tinação final ambientalmente adequada”. Conforme a Lei, as empresas, em parceria com o poder público, devem se responsabilizar pela correta destinação dos materiais por elas fabricados ou comercializados, mas agora em desuso. Em pesquisa realizada, conjuntamente, com

os estudantes Antônio Cezar Oliveira Azevedo e Jackson dos Santos Lima, do Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade (Cetens) da UFRB, no ano passado, Luis Oscar Martins fala sobre a logística reversa do lixo eletrônico no município. A partir desse estudo, eles

Fundado em 10.04.1999 www.tribunafeirense.com.br / redacao@tribunafeirense.com.br Fundadores: Valdomiro Silva - Batista Cruz - Denivaldo Santos - Gildarte Ramos Diretor - César Oliveira Editora - Ísis Moraes Editoração eletrônica - Maria da Prosperidade dos Santos

constataram que existe preocupação, por parte da Prefeitura Municipal, com a causa, de modo que a Lei 3785/2017 trata, especificamente, da Política Municipal de Resíduos Sólidos. O professor alega, inclusive, que, em determinados pontos, a Lei Municipal chega a ser mais dura do que a federal. Contudo, para ele, “o gargalo é a falta de planejamento conjunto, tanto do setor público quanto do privado”. De acordo com Martins, “falta a compreensão geral da legislação, que, nesse caso, seria a chave para um bom planejamento”. Ele ressalta que “devem ser analisados os custos na cadeia produtiva, pois a modificação na infraestrutura existente será necessária” e que, “talvez, esta seja a parte mais difícil, pois exige investimentos e uma mudança no sistema de logística e distribuição das empresas”. O docente afirma ainda que é imprescindível a realização de acordos setoriais – contratos firmados entre o poder público e as empresas, visando a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos –, objetivando a implementação de projetos de inclusão social com a participação de cooperativas de catadores, além da abertura de novos postos de coleta. Luis Oscar Martins defende que o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, previsto na Lei 3785/2017, precisa sair do papel. “Só com a rea-

OS TEXTOS ASSINADOS NESTE JORNAL SÃO DE RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES.

Av. Senhor dos Passos, 407 Sala 05


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medicamentos: riscos do descarte inadequado

CUMPRIMENTO DA LEI O chefe do Departamento de Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam), João Dias, informou que sua equipe realiza oficinas, seminários e palestras que esclarecem e ensinam a reaproveitar materiais, tanto em escolas quanto em comunidades. No entanto, é a Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Sesp) a responsável pelo manejo de resíduos, criadora, inclusive, do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (Lei 3785/2017). Responsável pela Sesp, Justiniano França, por sua vez, explica que, apesar da gestão da Lei 3785/2017 – que dispõe sobre a Política Municipal de Resíduos Sólidos e sobre o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – ser de responsabilidade de sua pasta, ela é distribuída, de forma multidisciplinar, entre todos os órgãos da Administração Municipal, respeitadas as suas competências. Além disso, segundo o secretário, “o Código de Meio Ambiente do Município e a Lei 3769/2017 instituem a obrigatoriedade da apresentação do

plano de Gestão Integrada de resíduo eletrônico e tecnológico para os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes que os produzem, vendem ou armazenem, a ser avaliado e aprovado pela Semmam”. Conforme Justiniano França, Lei Municipal 3785/2017 vem sendo cumprida, mas, segundo ele, são necessários ajustes e regulamentação em alguns pontos. Ele diz que a implementação da logística reversa é um grande desafio em todo o país, e não

apenas em âmbito local. E explica que ainda há dificuldade para implantar a responsabilidade compartilhada do ciclo de vida dos produtos, que “depende das ações individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, principalmente em função do recolhimento dos produtos e dos resíduos remanescentes após o uso, assim como

sua subsequente destinação final ambientalmente adequada”, quando “acaba ocorrendo conflito de interesses”. França destaca que, de acordo com a PNRS, “são obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos, após o uso pelo consumidor, observadas as leis municipais próprias para cada tipo de resíduo, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes,

importadores, distribuidores e comerciantes” de vários materiais, inclusive produtos eletroeletrônicos, pilhas e baterias. O secretário esclarece que há projetos e empresas, na cidade, que recolhem esses resíduos, dentre elas a Ecoba – Logística Reversa de Eletrônicos, parceira do município. “Temos, também, empresas de telefonia, que recolhem os aparelhos e baterias descartados pelos munícipes em suas lojas”, informa. Sobre o óleo de cozinha, o secretário afirma

que a prefeitura é parceira do Movimento Água é Vida (MAV), que recolhe o material, dando a ele o destino adequado. “Os medicamentos também já fazem parte da logística reversa do município”, afirma França. Segundo ele, as farmácias devem disponibilizar locais próprios para o descarte de embalagens e medicamentos, em atendimento à Lei Municipal 3406/2013. No entanto, reconhece que nem todos os estabelecimentos instalaram o ecoponto.

Descarte correto: pontos com o meio ambiente Luan Araújo trabalha com lixo eletrônico de maneira individual, coletando, gratuitamente, esse tipo de resíduo, em domicílio. O destino desses materiais é sua própria residência, localizada no Bairro Queimadinha. Ele recolhe pilhas, baterias e todo tipo de aparelho, como eletrodomésticos da linha branca, a exemplo de geladeiras e lavadoras, e, principalmente, sucata de informática, como computadores e outros componentes eletroeletrônicos. Seu número de telefone e WhatsApp é o (75) 9 9277-0814. Além de Araújo, existem, no município, apenas quatro empresas especializadas na captação de lixo eletrônico: a Ecoba, localizada à Rua Faustino Dias Lima, 133, Queimadinha; a Vida Logística Reversa, situada na Avenida João Durval Carneiro, 2.244, Ponto Central; a Copasul, na Rua Desembargador Felinto Bastos, 1.304, Centro; e Zéu Móveis, que fica na Rua Vo-

Foto: Reprodução

lização de parcerias será possível fazer uma gestão eficiente de recursos, começando pela desoneração fiscal prevista na legislação, que vai reduzir as desigualdades e possibilitar uma maior participação social e inclusão dos catadores. Uma vez montada essa série de ações, será mais fácil realizar o descarte de resíduos conforme a legislação ambiental e viabilizar a logística reversa com retorno econômico”, argumenta o pesquisador.

luntários da Pátria, 596, Sobradinho. Algumas empresas, a exemplo do Assaí Atacadista, das Casas Bahia e da C&A, possuem ecopontos, para recolhimento de pilhas e baterias usadas. A C&A também recolhe aparelhos celulares inutilizados. O professor Luis Oscar Martins considera esse número muito reduzido, “dado o tamanho de Feira de Santana e a demanda que a cidade possui em relação a equipamentos eletrônicos”. A coleta do óleo de cozinha usado, aqui no

município, fica a cargo, principalmente, do MAV. Conforme Carlos Souza, articulador e um dos fundadores da ONG, a instituição recolhe óleos e gorduras residuais desde 2012, por meio do Projeto Água Viva, que coleta cerca de 3 mil litros de óleo, mensalmente. O material é enviado a uma empresa, que o converte em biocombustível. Com parcerias, o MAV possui diversos ecopontos de óleo de fritura, na cidade. Dentre eles: as secretarias municipais; todos os Centros de Referência de Assis-

Uma das principais fontes de contaminação dos mananciais aquíferos e solo, o óleo de cozinha usado pode ser entregue em diversos pontos de coleta espalhados pela cidade

tência Social (Cras); as unidades da Embasa; a Feira Produtiva, no Centro de Abastecimento; a Escola Municipal Regina Vital, no Bairro Campo Limpo; a Secretaria do Bispado, na Avenida Getúlio Vargas; a Uefs; algumas igrejas, como a Batista Central; o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias (Sindustriario); e a Unidade Básica de Saúde (UBS) Caseb I. O programa Descarte Consciente (www. descarteconsciente.com. br), que é uma gestão da BHS, possui várias estações coletoras de medi-

camentos vencidos ou em desuso alojadas em farmácias da cidade. Depois de recolhido, esse material é incinerado. Os pontos de coleta são: a Drogaria São Paulo, localizada na Avenida Getúlio Vargas; a Drogasil, situada na Avenida Maria Quitéria; a Farmácia Bompreço, estabelecida no Shopping Boulevard; a Farmácia Brito do bairro Feira V; e as farmácias Pague Menos das avenidas Senhor dos Passos, João Durval e Getúlio Vargas.


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Lixo no centro comercial de Feira: falta Foto: Ísis Moraes

Grande parte do lixo depositado nas ruas do centro de Feira é orgânica e advém do descarte inadequado, por parte de feirantes e consumidores

Daniela Oliveira Quem passa pelo centro da cidade de Feira de Santana, especialmente no final do dia, observa muita sujeira, sobretudo em áreas onde há comercialização de frutas e verduras, por vendedores ambulantes. A situação chega a ser caótica, tanto na Avenida Senhor dos Passos quanto na Rua Marechal Deodoro, pontos nevrálgicos do comércio local. Mas o que está por trás disso? Falta de educação? Descaso governamental? Falta de conscientização, por parte dos ambulantes e transeuntes? De acordo com a Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Sesp), são 83 garis atuando somente no centro da cidade, nos períodos diurno e noturno. A coleta, segundo o órgão, é feita, pelo menos, duas vezes ao dia: no início do fechamento das lojas, por volta das 19 horas, e às 22 horas. Na Rua Marechal

Deodoro, o mau cheiro oriundo, principalmente, do acúmulo de lixo orgânico, incomoda não apenas consumidores, mas também lojistas, comerciários e transeuntes. Nesse local, a Sesp diz que, além dos horários de coleta, varrições são realizadas com frequência, durante todo o dia, por equipes de plantão, justamente por conta do grande volume de lixo. Porém os próprios ambulantes reconhecem que se houvesse uma maior conscientização por parte da categoria, sendo os detritos não descartados de forma irregular, o ambiente seria mais limpo e agradável. Comerciante de frutas há 17 anos, Erlene Nascimento acredita que a Rua Marechal Deodoro precisa de uma limpeza melhor, mas admite que a culpa não é somente do poder público. “Quando termino meu turno de trabalho, coloco tudo em um saco e jogo no lixo. Se todo mundo fizesse isso, o

local ficaria mais limpo. A culpa não é só do Governo, é também das pessoas. Se cada um fizesse a sua parte, o mundo seria melhor”, argumenta. Marinalva Ferreira, também vendedora de frutas da Rua Marechal Deodoro, diz que, poucos minutos após a varrição, o local volta a estar sujo. “A limpeza é feita, mas a rua não fica limpa, porque os próprios feirantes jogam lixo, assim que os garis terminam o trabalho”, lamenta, ressaltando que costuma doar a conhecidos os produtos que não estão mais aptos à venda, mas que ainda estão bons para o consumo. A comerciante Sônia Pereira de Jesus Santos, que trabalha no local há quatro anos, diz que também doa os alimentos que os consumidores não querem comprar, por causa de algum machucado leve ou defeito na casca. “São poucas as pessoas que se preocupam com

a limpeza. E, infelizmente, as pessoas não partilham o que sobra. Se os vendedores doassem, teríamos menos lixo”, observa, afirmando ainda que, muitas vezes, doa frutas aos funcionários das lojas próximas à sua barraca. Outra reclamação levantada por Sônia diz respeito à rede de esgoto do local. “A estrutura de esgoto precisa melhorar. Quando chove, enche tudo. Além da limpeza da rua, é preciso realizar a limpeza da rede de esgoto. Se todos recolhessem o lixo, em dias de chuva, o esgoto não entupiria a ponto de acumular na rua e entrar nas lojas. Seria importante ter uma lixeira grande, para depois a coleta recolher”, sugere. Outra ideia proposta pela feirante é a instalação de um sistema de coleta de doações de frutas e verduras ainda aptas ao consumo, o que poderia beneficiar até mesmo instituições filantrópicas. “Seria importante, além da lixeira

grande, uma caixa para recolher sobras que pudessem ser doadas”, indica Sônia Pereira.

DESPERDÍCIO A doação de produtos ainda satisfatórios para o consumo humano poderia mesmo ajudar a evitar o desperdício, mas isso ainda não é uma prática comum, nem nas feiras livres de Feira de Santana, nem nos entrepostos de outras cidades brasileiras. No Brasil, estima-se que 30% de todo alimento que é produzido é desperdiçado, desde a colheita até a venda ao consumidor final. As informações são de Claudine Leal, do Programa Mesa Brasil Sesc, que arrecada alimentos, em todo o país, destinando-os a instituições sociais. Apesar de o desperdício ser ainda muito grande, já se observa uma mudança de postura em alguns comerciantes do Centro de Abastecimento de Feira de Santana, que colabo-

ram com o programa do Sesc. “Aqui, em Feira de Santana, o Mesa Brasil arrecada, no Centro de Abastecimento, de 100 a 300 quilos de frutas, legumes, verduras e hortifrutigranjeiros, por dia”, informa Claudine. Funcionando em todo o país, o programa ajuda instituições de caridade, além de reduzir o percentual de alimentos que são jogados fora. “O Programa Mesa Brasil Sesc é uma rede nacional de combate à fome, que promove segurança alimentar e nutricional. Temos um slogan, no programa, que é: ‘Busca onde sobra e entrega onde precisa’. É justamente isso que fazemos: a mediação entre o parceiro doador do alimento que perdeu o ponto de venda, mas que ainda pode ser consumido e as instituições receptoras, sem fins lucrativos, que fazem atendimento nas áreas de creche comunitárias, comunidades terapeutas e abrigo de idosos”, explica.


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de educação ou descaso governamental? De acordo com Claudine Leal, o programa não funciona apenas de forma assistencialista. Também capacita os envolvidos. “Para que o programa não seja de base meramente assistencialista, focado somente na doação, realizamos também ações educativas, tanto na área social quanto de nutrição, o que faz com que realizemos promoção institucional. Os colaboradores das instituições e os coordenadores se capacitam aqui. E isso faz com que o programa não seja só a entrega do alimento, mas também o fortalecimento da parte estruturante”, salienta. Em Feira de Santana, o Mesa Brasil também recolhe alimentos em redes de supermercados, distribuidoras e com produtores rurais, beneficiando dezenas de instituições. “Assistimos 47 instituições sociais de forma sistemática e mais 30 instituições de maneira esporádica. Quando recebemos grande quantidade de alimentos, disponibilizamos para instituições em uma lista de espera. As 47 instituições sociais que atendemos sistematicamente somam 7.700 pessoas, aproximadamente, todas beneficiadas pelo programa e pela doação de alimentos”, informa. Claudine acredita que, para diminuir o desperdício, é necessá-

rio um trabalho de conscientização. “O desperdício pode ser evitado de várias formas, mas passa, sobretudo, pela conscientização, pela mudança de comportamento. O consumo consciente é uma dessas mudanças: comprar somente o que será consumido, e não em excesso. Reutilizar o que sobra, em outras preparações, é outro bom exemplo. Então, realmente, é uma questão de mudança de comportamento, que precisa ser adotada em todas as etapas de produção, e não apenas no consumo final. É fundamental realizar uma colheita cuidadosa, promover um transporte mais eficiente. Apenas isso pode evitar desperdícios”, pontua.

DOENÇAS Além do desperdício, outro grande problema atrelado ao descarte inadequado do lixo diz respeito a doenças transmitidas por animais, que, na maioria das vezes, são atraídos por restos de alimentos ou que se reproduzem na água empoçada em cascas de frutas e recipientes jogados a céu aberto, além das enfermidades transmitidas pelo contato direto com os resíduos. De acordo com a médica Lorena Matos, são várias as doenças que podem ser adquiridas através do contato com o lixo: o tétano

(infecção aguda e grave, causada pela toxina do bacilo tetânico e que compromete o sistema nervoso); a hepatite A (doença infecciosa aguda que provoca inflamação no fígado); a dermatite de contato (inflamação da pele); o cólera (infecção intestinal aguda); e o tracoma (conjuntivite grave, que pode levar à cegueira) são algumas delas. Isso sem contar os diversos problemas de saúde relacionados a animais atraídos pelo lixo, como moscas, mosquitos, baratas e ratos. Para a médica, há várias formas de prevenção. “É importante o uso de equipamentos de segurança, para quem trabalha diretamente com a coleta e seleção do lixo, além de observação de hábitos de higiene”, cita, ressaltando a importância de se evitar o acúmulo de lixo. Não depositar resíduos, principalmente inorgânicos, nas vias públicas ou em áreas residenciais também é crucial para se evitar a proliferação de mosquitos, como o aedes aegypti, responsável por doenças como a dengue, a zika e a chikungunya. Segundo a Secretaria Municipal de Saúdede Feira de Santana, de janeiro até o dia 21 de fevereiro desse ano, já foram feitas 1.617 notificações de dengue, com 600 casos confirmados e

VAMOS SALVAR A LAGOA SALGADA ANTES QUE OS INVASORES A OCUPEM

três mortes registradas. O mosquito coloca seus ovos em água parada, daí a importância de não deixar lixo a céu aberto, já que pneus, garrafas, cascas de ovos e de coco, embalagens ou objetos que possam acumular água, mesmo em quantidade mínima, podem servir de criatórios para o inseto.

LIXEIRAS Se, para alguns, o problema do lixo no centro de Feira de Santana passa pela ausência de lixeiras, o chefe de gabinete da Secretaria de Serviços Públicos, Deibson Cavalcanti, acredita que se trata de uma falta de consciência por parte das pessoas. “Há locais em que acabamos de colocar uma lixeira e ela é arrancada ou destruída por vândalos. Além disso, há ainda aqueles que as usam de forma irregular, a exemplo de destinação de sacos de areia e entulho”, lamenta. De acordo com Deibson Cavalcanti, nos últimos três meses, pelo menos 200 novas lixeiras foram instaladas, na cidade, tanto em substituição às antigas quanto em locais onde antes não havia esse tipo de equipamento. A previsão, segundo o gestor, é de que mais 40 novas lixeiras sejam instaladas, nos próximos dias.

Uma campanha da

TRIBUNA FEIRENSE

Dom Itamar Vian di.vianfs@ig.com.br

Luzes no Caminho APROVEITEM O CARNAVAL O carnaval começou com três dias de festa: domingo, segunda e terça. Depois, acrescentaram a sexta e o sábado. Mas, ainda era pouco. Hoje, em algumas cidades, invade a Quarta-feira de Cinzas. Tudo isso sem falar nos dias pré-carnavalescos. HOUVE um tempo em que os festejos do carnaval eram simples e puros. A “carne” embutida na palavra “carnaval” significava gente em volta da mesa, gente alegre celebrando a vida. A “festa da carne”, porém, perdeu a pureza, a simplicidade, tornou-se festa do prazer pelo prazer, com excessos na bebida, comida e sexo sem amor. CONDENAR o carnaval? De forma alguma. É bonito ver o povo em festa, gente alegre, espantando a tristeza, esquecendo a dor, driblando o desemprego, a falta de moradia, de saúde, mudando de assunto para não lembrar que a economia globalizada, globalizou para milhões a angústia, e a pobreza. É bonito ver o povo globalizando alegria, canto e festa. NÃO CONCORDO com aqueles que condenam o carnaval. É preciso, porém, ter em mente e recusar o que fizeram do carnaval. Fugir do excesso em tudo, excesso que fere o corpo e a alma, que desonra a pessoa humana, que vai, na quarta-feira, ser lembrado com remorso, com boca amarga, com lágrimas, com um vazio sem remédio no coração. MUITAS pessoas vão cair na folia, de mãos dadas, numa grande e feliz ciranda nos sambódromos, nos salões e avenidas da cidade. Aproveitem! Outras, vão procurar a tranqüilidade do campo, com a família e os amigos. Boa idéia! Aproveitem! Alguns grupos vão fazer do carnaval uma festa religiosa, no silêncio e na oração, participando de retiros e encontros de louvor. Aproveitem! O CARNAVAL pode ser aproveitado, portan to, como um tempo de festa e de alegria, sem exageros, sem abusos e sem dor de cabeça no dia seguinte. Qualquer um pode se alimentar bem, dançar, pular, gritar, mas sabendo que no dia seguinte a vida continua. Saúde jogada fora é vida a menos, pior ainda, quando ela não volta mais. BOM CARNAVAL a todos! Celebremos em paz a festa da alegria, e da fraternidade entre pobres e ricos, pretos e brancos... Lembrem-se! Na quarta-feira de Cinzas começa a Quaresma e, também, a Campanha da Fraternidade, que neste ano tem com tema: “Políticas Públicas”, e o lema: “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1,27).


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VIOLÊNCIA 1 Educação

A realização da cicloO prefeito Colbert Martins, respondendo a via está, portanto, sob a Em meio a tantas más notícias, menosColbert uma decisão doaoprefeito uma nonoprograA pergunta educação, Os grupos analfapositiva: o número deBracrimes violentos diminuiu. FoMartins, que arcará com o ma Rotativo News, disse sil, um assassinatos, volume con- ante beto e rudimentar ramtem 51.589 59.128 registradossão em mérito ou com a culpa do aldeias@uol.com.br que, para liberar a verba, siderável de recursos considerados 2017. Evidente que a taxa de 24,7 mortes analfabepara cada resultado, assim como as o Governo Federal está 100 mil, ainda alta, tos masfuncionais, ter mais deuma 7000taxa mil investidos. Osé muito valores, Foto: Jorge administrações anteriores Foto:Carlos Augusto/Jornal Grande BahiaMagalhães exigindo a comprovação vidas poupadas é um avanço significativo. se não o colocam na lide- escandalosa, nos dias sua responsabilidade. da titularidade do terreno detêm hoje, sobretudo se se Folha do Estado rança de recursos – estaAo que parece, Feira No entanto, ao lado da Pree que, em Feira, tem gente pensar mos próximos dos países que a ocorrência Joesley&Janot e a delação mais premiada só ocupará, noTeve governo, feitura, os órgãos do Estaque é dono de tudo. –, não o deixam essesteve oeuropeus chega, inclusive, ao EnsiÉ estarrecedora segue a desordem geral vescote de congressos E o tempo espaçopara das promessas, do que mundo; procurador Muller, que fez umaum A certeza da impunidade dosnão elementos do éparecem enxergar Ora, se é área de proporque cargo, que érebom, vergonha. se“lambança”; tornem Superior.OApacote Educação a atitude, nascida no da nação, sem nenhuma e outros rapapés, ao in- médicos Fiukpassar tentando atuar; e Mas a “cura gay”. alimentadores da espiral dano violência. elao que está acontecendo. O teção ambiental, o prefeito não sobrou nem de poresse capital –Ministro ainda mee é que um endurece fator primordial governo Lula, amplia- exigência, sem critérios vés de lutar contra esses almente professores, Teve Gilmar&Barata; as pelo malas da famiglia Geddel borado Moro, as penas Ministério Público precisa poderia declarar que é área teiro. Segue o jogo. nor do Huck que o como necessário, repetidores no lavabo; para o ajudar desenvolvimento, da no governo Dilma de avaliação, sem exigên- cursos de paramedicina. não merosescondidas e agiliza o processo judicial, pode a combater opção real de se posicionar seriamente institucional, liberar a verimpunidade. Faltam outras adequações e interéessa claro não vem sendo porqueachando redução da violência, e encerrada, parcial- cia de hospital-escola ou Sabemos que há cidades de conteúdos, Presidente, que o– Brasil é uma Lata-Velha; sobre questões relacionaba e fazer a obra. Afinal, venções, mas, pelo menos, é uma tentativa de produzir e a agressividade dos Bolsominions, a investido em ações que que atacam de melhoria salarial, emmente, no governo perfil de profissionais de no interior que não têm a automatização, dasosa anos invasões de Áreas mesmo que alguém comalguma ação, em contraste com todos que ousam resultem discordar em do vazio do candidato. diversas especialidades, modo melhoria não resulta prego, rendadee vitimismo avanço da Temer, de abertura de ensino. É geral, inacreditável o apoio de Proteção Ambiental em a posse, ainda eprovasse de omissão diante da asescalada da à qual Teve o ladrão de medalhas da CBF; Marin, preso; e violência, Há verdadeiros ca- nem serviços, nem infra- em educacional. aprendizado. economia, impactando, escolas médicas de de partidos esquerdistas nossapassivamente. cidade, como é feito nãode poderia construir, ossim governos anteriores assistiram fim do namoro, Mais deNeymar 50% dose Marquezine. esDigo,àosem medo positivamente, todos os forma indiscriminada, cetes-armados em ati- estrutura laboratorial para brasileiros ditadura de Ma- de novo, em de Salvador, de forma tão por se tratar de uma APA. Teve o veto à exibição do filme de Olavo exagero, que éo draatendendo a empre- vidade, com protestos fazer funcionar um curso de duro. E mais ainda silêncio tudantes de oito anos índices que forem anaincisiva Ou a Prefeitura vaifazer conCarvalho em euma Universidade COM Partido; o e dura. Em Feira, não se do respira coisa!e Todo mundo demédico. olho na Prefeitura, já que mática deoutra alunos denúncias. não sabem ler nem a situação que lisados. sários e amigos inescrupuloso de artistas O custo da ciclovia tinuar invasão, cavalo de Tróia da ideologia de gênero; pedalinho não se sabe com queaqui, força Ronaldo chegará à disputa;ése Colbert seu candidato; A irresponsabilidade conta, otolerando que é uma vivendo, com Nasnos últimas duasvinte dépoder, apoiado, Doserá mesmo modo, sa- estamos Além disso, pelabarprimeira vez últimos intelectuais nacionais diante não tem um valor imautorizando serviços púquem o Estado indicará – se mais do mesmo, ou alguma novidade –; ou se alguém em sítio sem dono; e Triplex-brinde. Teve a patética Brasil ocupa o cadas, de formação Feira as viveu uma pelo governador Rui criminosa, porque o mé- bemos que não há médicos odonível anos, oOgoverno começou a enfrentar grandes que o povo venezuelano bárie. peditivo para uma ação blicos e liberando habiteconseguirá encarnar um discurso bolsonarista. A única coisa certa é que teremos uma Ministra-escrava de salário milionário e o maior facções com a explosão transferências de líderes dico mal formado é uma suficientes com treina- dos 53º lugarcriminosas, em Educação, estão universitária, Costa. está médicos passando:que fuzilamentos do federais, Governoisolando-os. do Estado -se? Aliás, semundo. recordamos pulverização como nunca água ainda porpara debaixo da ponte. númeroà de violentas do digital presos nos estados paraTeve cadeias ameaçae muita à sociedade e aosirá rolar 65 países avaliados entregues so-mortes para além da Uefs, que No governo Te- tivemos mento o ensino. Não sendo de civis, impedimento de entre e até mesmo da PMFS. bem,consiga houve uma verba, influencer; Vittar achando que opção sexual Caso atuar no braçomudou financeiro PISA, um prograquePablopelo o dessas perfil organida cimer, apesar de proibi- pacientes. E o Estado que basta ser médico para ser ciedade. entrega deToda ajudavez humanitáAssim, Prefeitura,noGoverliberada na Prefeitura, para é talento musical; o aumento do gás; e Caetano, zações o Estado terá dado um passo gigantesco o funcionamen- um bom professor. Treina- um uma por ma internacional de ava- dade, transformada desem da a abertura de novas valida PREVIDÊNCIA ria...governo Maduro toma é apoiado no do eEstado, Ministério realizar um cadastramento monte de suas estruturas de poder no dinheiro que lembrado por tirar virgindade de menina de 13 anos; desses cursos um Reforma. liação. 34% dos alunos um polo educacional. prejudica escolas e já somos mento, domínio pedagógi-a atitude Há um –consenso que atoPrevidência exige éuma É inconcebível milícias,que narcotraficantes Público e demais órgãos sustenta deano corrupção, inclusive policial. por georreferenciamento, e o gemidão do Zap. Teve osuas timeações do5º Flamengo recudistância entre opaís público o privado. moral No mundo inteiro, e mulheres já ae população, desses chegam ao eleprojeto perde de que No Ensino Básico, no o segundo do e cúmplice co ehomens densidade acadêmica comanda um de Vigilância Ambiental portanto a PMFS, já tem sando medalha e a torcida (?) barbarizando; Aécio começam a ter a mesma idade limite, embora, no Brasil, a manutenção da diferença legitimidade, porque R$ de escolarização ainda entanto, se há melhoria mundo em número de assassinatos. são fundamentais para o apoder que já roubou não podem lançar sobre virando pó; e o STFdocumentado se desmilinguido. Teve assédio esse regis(62cursos anos, para mulheres; e 65 anos, para homens) pareça justa, com a sociedade Lamentavelmente, exercício de atividades seu garantir –, manteve-se 500 papel bilhõesé de dólarese do não consegue ler (Todos da infraestrutura, não essa questão um silêncio emqualidade Hollywood, atentados, multiculturalismo tro,Educação); exceto se tiver sido suicida quea temos. No futuro, noé entanto, a mudança perfil de emprego, eladosear zelar 393com construções feitas ciclovia ao redor lagoa, cupados comprofissional. o clima A Lagoa Salgada asháentidades médicas nãodo de 20% dos pela houve avanços no Índice possibilidade de amformação país, mas parece quedanada é pelaAtuação nas pressão omisso, nem permitirsoque e, para escrituras não dizer que nãoque falei das flores, teve An- diplomática aproximará igualdade. conversa para boifronteiras; dormir. dentro dea seu espaço, eis que surgiram condicionado, no escritó- dos uma Área Proteção força, ou o é Para concluem o de Desenvolvimento da profissionais quedos jovens pliação dedade vagas. Ape- possuem termos professores o bastante para a moral bre vizinhos exportadores de drogas; monitorização O dinheiro, que deveria ter sido poupado, para investimento, foi gasto – e elaum se torne uma baronesa tonio do Lajedinho lançando livro aos 91 anos, Além disso, se preferirem, porque a Prefeitura sempreespecialmente queentregues se multiplicam veloz- Ensino rio. Agora, após a iniciatiAmbiental (APA). Não que interesse, de enfrentar Fundamental, e Educação aocombatem povo, Básica (Ideb), sar deà haver critérios qualificados, é nordestinos, preciso lar- são ico emtodos meio rasura musical habita os ouvidos, o esquerdistas, que financeira; rapidez na retomada os Ministros da Fazenda deveriam ser presos. Agora, essa é a única chance lagoa, que novo filme Jedi e ohájornal Tribuna Feirense nairremovível luta.de bensdausurpados um documento antigo, omissa epreferindo os demais vainvestimento do ex-secretário Sérgio o que merece háque discussões sobre isso, breve ofoi problema, moram nas adequação grandes mostrando que aprendeveriam ser go pós- eosmente, não ser a causa do uma que EUA, mas escolhem a ganhar força, depois deresuma desidratação oferece aoCongresso, cidadão em feirense, por criminosos; policial; e combate aos de retomarmos a curva de crescimento. É precisoedebater, no e fazer ou tantos insistem em tentar elaborado pela Uefs, deórgãos odeclima defesade doconMeio -graduação análiseemdaMiami, justiça Paris sobree a cidades, Carneiro,ede conseguir a não ser que o sol volte a manter não dominam a dizado vai muito além peitados, o processo em pesquisa. agravo. morar traficantes de armas são algumas que podem correções masencantamento a aprovação da eReforma absolutamente necessária. ara a alma, compontuais, singeleza, músicaéelaborada. A beleza das Ou luzes e fazermedidas desaparecer. limitando áreas da lagoa. das Ambiente estavam preoverba para construir uma febre proliferativa. girar ao redor da Terra. Se leitura e a escrita. condições físicas. O ajudar a reduzir nossa selvageria cotidiana. Alemanha. voltaremos à brutal recessão do governo Dilma. tempos de fragilidade emocional. sua mágica, cada vez mais necessária em nossos S e g u n d o o I n s t i - Estado, por sua vez, tem tuto Paulo Montene- uma ação pífia na oferta e na qualificação do Ensino gro, há níveis de @O PSDB sempre foicinco uma espécie de camareira em nosso município. analfabetismo de motel: vive arrumando a camafuncional, pro PT deitar. gumas desastradas, como a delação de Joesley, da JBS, o “notório bandido”, o La Fontaine O Tribuna Feirense, está descrito no individual @O princípioconforme da responsabilidade m, a Operação continua um marco da ação da lei no país. E o juiz Sérgio Moro, apesar de nessaser edição, aborda alsegundo relatório “Alfabe- deve turmas, É lamentável o protagonismo que a Suprema interesses e sem sequer respeitar, emésuas questão essencial e nenhum relativismo , combate, segue como o maior responsável pela mudança do imaginário do brasileiro, que tismo e o Mundo do Tra- guns aspectos da Educadecisões tomadas no próprio pleno do Colegiado. Corteinimputáveis. assumiu no Brasil, em decorrência falência olíticos antes Continua sendo umdafeito extraordinário. aceito para que este princípio seja negado. A lei de balho”: analfabeto (4%), ção em Feira, em meio a Há Ministros – como Gilmar, que é dono de moral do Legislativo e do falecimento do governo terceirização não incluiu suas culpas. rudimentar (23%), elemen- dificuldades de obtenção Temer. O protagonismo da Corte levou ao protago- um Instituto de Ensino – patrocinados por empre@Nenhum povo, de nenhuma nação, passa pelo tar (42%), intermediário de dados e falta de projesas quemantenha-se fazem doações ocultas, uma condição que nismo individualem de processos, seus Ministros, que traçaram s membros investigados é natural que o Congresso totalmente marxismo e sai ileso. (23%) e proficiente (8%). tos de avaliação. seria aceita nenhum país com o mínimo de nítida em linha de fronteira interna, e afinidade políti- a não vil e atacando bandos os cofres públicos, negociando permanência deem Temer e recu@Dinheiro de estatal é como mesa de doce em ético e institucional. ca, resultando em um comportamento esdrúxulo, s da população por Justiça. Como já disse, nenhum bando derespeito lobos irá criar legislação que festa de aniversário: é só tirar o olho que alguém mete e, por vezes, lhas. Emdesrespeitoso 2018, a população terá derasteiro. ir para um tudo ou nada. O STF e alguns de seus juízes tornaram-se mão antes oda hora. A Corte, que se atira vorazmente à autodestrui- agentes políticos que, diariamente, aempurram @Sobre podemosdeafirmar que A cada aniversário para onossos socialistas, ção, perdeu completamente o senso de Colegiado, país para a impunidade e a Suprema Corte são aqueles que se resumem a da dizer como dividir Independência Bahia, destroçando a Constituição, acordo com seus pântano ndes problemas de Feira – mobilidade,deocupação desordenada e loucamoral. do centro, transporte o dinheiro alheio acom acumula sua datatodos traz a enquanto memória de ro de Abastecimento e Shopping Popular – são jacas a serem herdadas por Colbert Martins, própria grana. que o nome do Aeroporto manifesta intenção de ser candidato a Senador. @FHC disse que está enojado doJulho, país. É o Tiririca de Salvador é 2 de uma justa homenagem do PSDB. aos que lutaram pela lie necessária ampliação da Rede de Saúde Estadual, promovida pelo governador Rui Costa, berdade do Brasil. clínicas, Hospitais e uma maternidade em Feira. O custo de manutenção será alto e esperaIndependente do manter seu custeio, mas a criação já é um impacto muito positivo. merecimento ou não de do, à época, deputado quem foi homenageado, Aroldo Cedraz(foto) foi nunca se poderia ter tro- que permitiu a homenaeu Batista, de 43 anos, de Janaúba, que morreu queimada para salvar crianças em um incênLançamento do CD Encourados”, Uma vergonha que cado“Reino o nomedos de um povo gem.do che. A memória dela resgata o melhor do humano, que sempre fez a existência ter algum grupo Matita Perê, dodechargista Borega. pelo um indivíduo. O espero que a Bahia não . Natal Encantado puxa-saquismo e sua magia. medíocre carregue para sempre.

A escandalosa história da LagoaGOVERNO Salgada Retrospectiva

Escolas de corte e costura

VIOLÊNCIA 2

VENEZUELA

CAMPANHA DE 2020

cantado

VIOLÊNCIA 3

VIOLÊNCIA 4

Tuiter: cesaroliveira10

STF

Aeroporto 2 de Julho

Pra não dizer que não falei das flores

no

Ampliação da Rede Estadual de Saúde. Criação da Universidade do Meio Ambiente, em nte para o Judiciário e para a Presidência da fraca e indecisa Carmem Lúcia, educada demais Feira. os tubarões que compõem a Corte. Além de nada resolver dos processos da Lava-Jato, que tados, passou pelo desastrado aval de Fachin a delação da JBS e encerra-se o período com Administração do governo Temer: educacional, ornais e revistas das relações do Ministro Gilmar Mendes que converteu-se em um caso de Uma campanha da teto de gastos, queda dos juros e da trabalhista, morais de ocupar a Suprema Corte. Foi a maior decepção institucional do país. Pois, dele, fim do imposto sindical. TRIBUNAinflação, FEIRENSE

VAMOS SALVAR A LAGOA SALGADA ANTES QUE OS INVASORES A OCUPEM


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Feira de Santana-Bahia, quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

SALVADOR

Uma coisa é indiscutível: Salvador é outra cidade, com a orla recuperada em quase toda sua extensão; a Ribeira e o Bonfim refeitos; o Parque dos Ventos, que será construído no Aeroclube, e um Centro de Convenções importantíssimo – depois da criminosa ação de deixar a cidade sem esse espaço por mais de 10 anos. Além disso, o prefeito ACM Neto conseguiu emplacar um calendário de festas e está começando a revitalizar o Centro, que vai da Piedade ao Pelourinho. O governo do Estado, vendo a dianteira, começou a correr atrás e essa disputa gerou o metrô, intervenções viárias importantes e vai gerar uma nova Rodoviária. A disputa beneficia a capital e mata de inveja o interior do Estado. De qualquer modo, Salvador está retomando seu glamour e magia.

VALE

Cada vez mais, os relatórios mostram que a Vale – parece que sempre é pior do que somos capazes de imaginar – sabia dos problemas na barragem e que chegou, inclusive, a analisar o impacto de vidas e o custo que teria se ela rompesse. Ainda assim, nada fez. A diretoria executiva da Vale tem de ser presa. As lápides frias e a dor das famílias merecem um mínimo de respeito e dignidade diante da brutalidade, irresponsabilidade e crime cometido pela Vale.

TRIO APOCALIPSE

Ernesto e Velez, ministros indicados por Olavo de Carvalho, são um desastre de competência e comunicação. Damares, a outra Ministra herdada por indicação, vive em permanente expiação pública de suas dores, faltando-lhe a serenidade, liturgia e grandiosidade que o cargo exige. Não há agenda positiva de governo que resista às crises de conteúdo medíocre que eles produzem. Como se não bastassem os filhos.

André Pomponet

Economia em crônica

Sem rumo, governo segue investindo em factoides

Gostaria muito de estar enganado, mas noto que o governo Jair Bolsonaro (PSL-RJ) não tem nenhum projeto claro para a geração de emprego e renda para os brasileiros que estão desempregados. Ganhou a eleição pregando o ódio contra o PT, a imprensa, a esquerda e mais um monte de gente, que é até ocioso ficar citando. E não passou disso: segue aboletado no palanque, governando na base das mensagens nas badaladas redes sociais, fustigando adversários reais e imaginários. No máximo, encaminhou uma draconiana reforma da Previdência para o Congresso Nacional. E acredita que, aprovando-se a matéria, o capital estrangeiro vai despejar ininterruptos jatos de dinheiro nesse país tropical, induzindo um duradouro ciclo de prosperidade. Como medida complementar, bastarão as privatizações irresponsáveis e sem critério. A encenação parece uma cerimônia grotesca de magia, típica dos ignorantes. Infelizmente, em economia, crença e fé são recursos de pouca valia. Se pronunciar as palavras certas, encenar um determinado ritual e invocar energias positivas resolvesse, a questão da escassez de recursos materiais não teria sido alçada ao status de ciência. Outros, muito antes, teriam executado essa pajelança com bem mais competência. Ninguém, porém, poderá acusar o governo Bolsonaro de ser incoerente: o mesmo simplismo grosseiro que se observa no trato das graves questões econômicas que afligem os brasileiros se estende às demais esferas da administração. É um vexame atrás do outro.

PATACOADAS

No começo do mandato, diziam que Damares Silva – a ministra da Família – marchava para se consagrar como a pior integrante da trupe e que tendia a cair logo de cara. A masturbação de bebês holandeses – entre outras pérolas – eletrizou as sessões de deboche nas redes sociais. Mas ela não era o único talento do grupo. Bastaram uns poucos dias para a “mestra bíblica” ser atro-

pelada pelo ministro da Educação. É um colombiano indicado por um ex-astrólogo que, hoje, se autoproclama filósofo. Desde o início, percebia-se que isso não podia dar certo. E não vem dando mesmo: afora o moralismo anacrônico, a exaltação das cantigas patrióticas nas filas das escolas, não se vê proposta nenhuma. Descontando, claro, os projetos de repressão aos professores. Ombreando com o ministro colombiano está o chanceler Ernesto Araújo. Nos círculos da gente mais civilizada, lá fora, suas intervenções causam constrangimento. Cristão furibundo, o ministro cultiva ideias que, há alguns séculos, talvez fossem consideradas de vanguarda. Mas, hoje, não. Nem no Brasil que se esforça para regredir, em carreira desabalada.

BANCADA

O ano legislativo está apenas começando, mas promete ser divertidíssimo. Afinal, a “nova política” é grosseira, histriônica, boquirrota – e suprema inovação – é de uma ignorância quase mineral. Algumas intervenções vêm preocupando, inclusive, os humoristas, intimidados pela concorrência desleal. Afinal, que bancada, até hoje, praticou a autofagia logo na estreia, com tanto método e tanta bílis? “É muita estrela para pouco céu”, diz um ditado antigo, muito divertido. É o caso do PSL, o partido de Jair Bolsonaro. São tantas celebridades, tantos cérebros políticos, que os conflitos vindouros serão inevitáveis. E o mais curioso: tudo isso no meio dos laranjais em flor. O coreto de quem arrotava moralidade e ética desabou feio num par de meses. Mas, apesar da diversão garantida, há aí o futuro que precisa ser construído. Quem vai se habilitar a fazê-lo? Os governantes de plantão já demonstraram que não têm nenhuma aptidão, nenhum talento, nenhuma sensibilidade. Numa apresentação de um artista de rua ou no galinheiro de um circo, tudo passa rápido, dura, no máximo, duas horas. Mas e nesse governo aí, que vai durar quatro anos? Muita desgraça pode acontecer nesse longo intervalo...


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Feira de Santana-Bahia, quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

“Nenhum aterro do estado da Bahia Foto: Carlos Augusto/Jornal Grande Bahia

Apontados como mais seguros do que os antigos lixões, os aterros sanitários ainda não são a alternativa mais viável de tratamento de lixo, alertam autoridades Karoliny Dias A partir da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), os estados brasileiros foram obrigados a instituir suas próprias diretrizes de gerenciamento dos seus resíduos. Na Bahia, a Política Estadual de Resíduos Sólidos (PERS) foi estabelecida pela Lei 12.932/2014. E os municípios também têm suas próprias legislações. No caso de Feira de Santana, há a Política Municipal de Resíduos Sólidos e o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, constituídos pela Lei 3785, de 19 de dezembro de 2017, que estabelece as diretrizes municipais e a universalização do acesso aos serviços de coleta, transporte, tratamento, destinação e disposição final dos resíduos sólidos. Além disso, a legislação também subsidia a implementação e operação de ações de melhoria dos serviços de manejo de resíduos sólidos e de limpeza urbana, observadas a Lei Federal nº 12.305, de 8 de agosto de

2010, e a Lei Estadual nº 12.932, de 7 de janeiro de 2014, que instituíram, respectivamente, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e a Política Estadual de Resíduos Sólidos (PERS).

nagem para o chorume, líquido poluente, de cor escura e odor nauseante, originado de processos biológicos, químicos e físicos da decomposição de resíduos orgânicos. Já os lixões, não têm qualquer preparo para ATERROS receber os resíduos coFeira de Santana pos- letados, o que provoca sui dois aterros sanitários. a contaminação do solo, Ambos são particulares. ar e água, uma vez que Um pertence ao Grupo o lixo fica exposto, sem Sustentare Saneamento qualquer tratamento ou S/A e o outro ao Grupo procedimento que evite ESTRE. Ambos possuem as consequências amlicença do Instituto do bientais. Os lixões foram Meio Ambiente e Re- proibidos, por lei, não cursos Hídricos (Inema). O aterro da Sustentare trabalha com resíduos industriais e o do Grupo ESTRE (Viva Ambiental) com lixo residencial. A Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Sesp) informou que os aterros sanitários são preparados para receber os resíduos conforme licenciamento. Para tanto, o solo deve ser impermeabilizado, o que evita a sua contaminação, bem como a do ar e a dos lençóis freáticos. Essa ação também impede a atração e a proliferação de vetores, a exemplo de moscas e baratas. Há, ainda, um sistema de dre-

somente por esse motivo. Segundo a Secretaria de Serviços Públicos, os resíduos depositados a céu aberto acabam atraindo catadores informais de materiais recicláveis, o que gera sérios problemas para a saúde dos mesmos, além de atraírem animais, como urubus, gaviões, bem como roedores e insetos transmissores de doenças. “Por isso o aterro, com a devida fiscalização e licenciamento, é mais seguro que o lixão, pois o terreno onde

o lixo é depositado é previamente preparado, nivelado e possui mantas de contenção, além da realização da cobertura diária do lixo, a fim de se evitar o mau cheiro e a atração de vetores que possam causar doenças e contaminação do meio ambiente”, diz a Sesp.

em camadas intercaladas com terra. Já o lixo hospitalar (ou de contaminação perigosa), pode ser incinerado ou autoclavado, tornando-se resíduo comum e sendo aterrado. Isso vai depender da licença de cada aterro”, explica a Secretaria. Outro destino que pode ser dado ao lixo é TRATAMENTO a reciclagem. O gás geO tratamento do lixo, rado no aterro pode ser dentro do aterro, depende transformado em energia do tipo de resíduo cole- elétrica. E o processo de tado. “O lixo tipo 2 (ou compostagem transforma de baixa periculosidade), o material orgânico em por exemplo, é colocado adubo. Há muitas formas Foto: Reprodução

“Resíduos mal tratados são vilões das mudanças climáticas”, diz Sérgio Carneiro, ex-secretário Municipal de Meio Ambiente


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Feira de Santana-Bahia, quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

segue as normas”, diz professor da Uefs Foto: Reprodução

“Usinas de reciclagem são muito melhores do que os aterros sanitários”, avalia Gilberto Mendonça benéficas, portanto, de tratar os resíduos. Atualmente, a coleta de lixo na cidade de Feira de Santana é feita pela empresa Sustentare S/A, vencedora do processo licitatório, que é também responsável pela varrição e limpeza da cidade. “O lixo coletado é encaminhado para o aterro da Cavo, que, através de processo licitatório, é responsável por receber o material coletado. Os serviços têm funcionado dentro da normalidade, sem nenhum problema”, informa a Secretaria de Serviços Públicos. Questionado sobre se a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) realiza fiscalizações nos aterros, o secretário Arcênio Oliveira ressaltou que, havendo alguma irregularidade, sim. “Quando há denúncia, a Semmam apura os fatos e aciona o órgão licenciador”, afirma. O secretário de Meio Ambiente também fez questão de salientar que os aterros são muito mais

seguros que os antigos lixões. “Em um lixão, não há um controle da deposição dos resíduos, que ficam expostos e sem manta de proteção. Já no aterro sanitário, tudo é controlado. Os resíduos são dispostos em células, com mantas de proteção. E há um sistema de drenagem da água pluvial e do chorume, que é tratado em linhas individuais e disposto em bacia de efluentes. Há, ainda, o controle da entrada de animais”, compara.

SEGURANÇA AMBIENTAL

Mas, comparações à parte, um aterro sanitário é, de fato, seguro para o meio ambiente? Arcênio Oliveira disse que isso dependerá do sistema de controle adotado e do manejo correto dos resíduos, durante a vida útil do espaço. E salientou que, apesar de mais contralado, ainda não é o ideal. “Há formas mais avançadas de tratamento de lixo. As usinas de triagem e produção de energia a

partir dos resíduos é uma delas”, observa. Sérgio Carneiro, ex-secretário Municipal de Meio Ambiente, disse que os aterros sanitários de Feira de Santana possuem as condições técnicas que meio ambiente exige. “Um aterro sanitário é o espaço destinado ao descarte final dos resíduos sólidos, frutos da atividade humana. O solo de um aterro é preparado para que não aconteça a contaminação das áreas do entorno. Há, também, um monitoramento das emissões de gases provenientes da decomposição. E medidas técnicas para que o chorume não se infiltre no solo, o que impede a contaminação dos lençóis subterrâneos de água”, enumera. Na opinião do ex-secretário, o aterro é, portanto, melhor em sua organização e infraestrutura. “Ele é o mais recomendável pela legislação vigente. Além do meio ambiente, é importante também para a saúde pública”, explica, também

ressaltando que, apesar disso, ainda não é a melhor opção. “O aterro sanitário ideal inclui usina de geração de energia”, destaca. Sérgio Carneiro enfatiza que há bons projetos de tratamento de lixo surgindo no mundo. “No Japão, por exemplo, existem atividades de integração social, sendo um parâmetro de desenvolvimento sustentável, quando se harmoniza as necessidades ambientais com as sociais e econômicas”, avalia. Questionado sobre se Feira de Santana segue as regras internacionais de descarte de lixo, Sérgio Carneiro destacou que a cidade pode ser um modelo, uma vez que, no ano passado, foi aprovado, na Câmara Municipal, o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, que, além de está conectado com a Agenda 2030, das Nações Unidas, segue as leis vigentes no nosso país. “Precisamos, agora, é implementar. O tratamen-

to dos resíduos faz parte do saneamento básico, afinal, para alcançá-lo, em sua plenitude, é preciso contemplar muito mais do que apenas isso. A água, o esgoto e a drenagem também são fundamentais e precisam ser tratados em conjunto. A drenagem, aliás, refere-se à gestão da água de chuva e esse é o único item para o qual não foi desenvolvido um plano, em nossa cidade. Não podemos separar os resíduos sólidos desses outros itens, porque o meio ambiente é uma questão sistêmica e integrada”, adverte. Ainda segundo Sérgio Carneiro, o grande desafio ambiental da atualidade diz respeito às mudanças climáticas. “A ONU aprovou 17 macrometas, com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – Agenda 2030, com 193 países, em 25 de setembro de 2015, para que consigamos reduzir os impactos e melhorar o clima em nosso planeta. E os resíduos mal tratados são um dos vilões das mudanças climáticas”, alerta.

UNAMACS

Sérgio Carneiro lembrou ainda que foi pensando em uma educação voltada à preservação do meio ambiente, que sugeriu a criação da Universidade Aberta de Meio Ambiente e Cidadania Sustentável. “A Unamacs veio para educar os munícipes não só em relação ao meio ambiente, mas para mostrar que, a partir dele, podemos ter uma vida sustentável, harmonizando as necessidades sociais com as ambientais e econômicas. É uma iniciativa inovadora na área de educação ambiental e que transcende a própria educação”, pondera.

O ex-secretário disse ainda que Feira de Santana tem uma Lei Municipal que cria o Comitê Municipal Permanente de Políticas Sustentáveis. “Isso permitirá que ela seja sustentável pelos padrões internacionais da ONU, mas sem perder de vista a educação, que é o sustentáculo na mudança de cultura”, considera. Sérgio espera que o atual prefeito, Colbert Martins Filho, olhe com apreço para a Unamacs e que providencie uma sede mais próxima ao Centro, para que ela possa melhor desenvolver suas atividades. “A Unamacs é um sucesso, um poderoso instrumento de educação, que pertence ao povo de Feira e da Bahia. É uma instituição que oferece cursos gratuitos a pessoas de qualquer lugar ou idade”, lembra.

DESCUMPRIMENTO DAS NORMAS

Gilberto Mendonça, professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), pensa diferente dos representantes governamentais. Segundo ele, nenhum aterro sanitário do estado da Bahia segue as normas. “Eles tentam se adequar, mas há uma limitação de recursos e o aumento crescente de resíduos inviabiliza isso. Além do que, são ações que não geram votos”, afirma. O professor acredita ainda que um aterro sanitário não é totalmente seguro para o meio ambiente. “Não resta dúvida de que um aterro é muito melhor do que um lixão, mas ele ainda gera agressões ambientais. Usinas de reciclagem são muito melhores do que os aterros sanitários. Em países como o Japão, o uso de usinas de reciclagem reduz o depósito de resíduos no ambiente em até 70%”, destaca.

Por um Hospital Universitário para a UEFS “Precisamos formar médicos maximamente eficientes e minimamente invasivos à integridade física, econômica e afetiva do paciente” César Oliveira


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Feira de Santana-Bahia, quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Coleta Seletiva é considerada Karoliny Dias Coleta seletiva é um processo que consiste na separação e recolhimento dos resíduos descartados por empresas e pessoas. Dessa forma, os materiais que podem ser reciclados são separados do lixo orgânico. Em agosto de 2010, com a Lei nº 12.305, foi instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Nela, estão os princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações para que, em regime de cooperação ou isoladamente, as instituições possam gerir, ambientalmente, os resíduos sólidos. Dentre eles, “as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluído os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis”. De acordo com essa Lei, “estão sujeitas à observância as pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração de resíduos sólidos e as que desenvolvam ações relacionadas à gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos”. A Prefeitura Municipal de Feira de Santana já realiza a coleta seletiva, em alguns bairros. Os conjuntos Centenário, Milton Gomes e José Falcão da Silva recebem visitas dos agentes coletores às terças-feiras e quartas-feiras. E o recolhimento também é realizado em algumas secretarias municipais. A Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Sesp) diz que existem alguns programas pontuais de incentivo, em nível estadual, como a ação realizada através do programa Vida Melhor, durante o carnaval. O projeto é uma promoção da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) e consiste na instalação de centrais de coleta no percurso da festa, com a finalidade de dar apoio aos catadores de materiais recicláveis. A Sesp também diz incentivar a separação do lixo, sobretudo em locais onde não ocorre a coleta seletiva de materiais recicláveis, já que existem catadores avulsos. “O lixo orgânico, também chamado

Foto: Divulgação

de lixo molhado, é separado do lixo seco, o que já facilita o manejo, não sendo necessário misturar e mexer em todos os resíduos. Essa iniciativa é um modo de preparar o munícipe para uma posterior implantação da coleta seletiva”.

Sara Nascimento, assistente social da Coobafs, lamenta o fato de boa parte da população feirense não ser consciente da importância de separar o lixo

REFORÇO

No ano passado, a coleta seletiva ganhou o reforço de um caminhão baú. Além de ajudar no processo de coleta, o veículo também será usado no Projeto Bota-fora, que recolhe móveis, utensílios e outros materiais não mais usados nas casas. O destino desses objetos são pontos previamente combinados com a Secretaria de Serviços Públicos. Ex-secretário Municipal de Meio Ambiente, Sérgio Carneiro destaca o trabalho das cooperativas de badameiros, formadas por pessoas que trabalham com a catação e separação de materiais recicláveis. Ele ressalta que essas entidades precisam ser fortalecidas. “Os catadores fazem um trabalho hercúleo de separação de resíduos para a reciclagem e, assim, mantêm suas famílias. Precisamos fortalecer, politicamente, essas cooperativas, de tal forma que seus membros possam ter condições mais dignas de realizar esse belo trabalho”, observa. Sérgio Carneiro disse ainda que é preciso aprimorar a coleta seletiva com as cooperativas, a fim de termos uma ação completa, com a destinação correta dos resíduos, na nossa cidade. “A Secretaria de Serviços Públicos começou um trabalho de coleta seletiva em condomínios. De forma independente, outros conjuntos habitacionais também iniciaram a separação de materiais recicláveis. Esta é uma boa atitude: pessoas e organizações, independentemente do poder público, cooperando, em vez de criticar”, enaltece.

SEPARAÇÃO DO LIXO

Feira de Santana possui duas cooperativas que trabalham com coleta seletiva do lixo: a Cooperativa dos Badameiros de Feira de Santana (Coobafs) e a Associação Regional dos Trabalhadores em Materiais Recicláveis de Feira de Santana (Artemares). Am-

bas recolhem e dão destino correto aos resíduos sólidos recicláveis. Sara Nascimento, assistente social da Coobafs, lembra que, na Bahia, a Lei 12932/2014 institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos (PERS), que preconiza o gerenciamento adequado dos resíduos, em todo o estado. Segundo ela, existe, também, o Programa Recicle Já Bahia, que tem por objetivo a implantação da coleta seletiva nos órgãos públicos estaduais, inclusive escolas. “Outras ações de fomento, como distribuição de recursos públicos para capacitação técnica e de infraestrutura, ficam sob os cuidados da CAR, da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). Em outras

palavras, o Estado fica mais com a parte de viabilizar estrutura para a operação”, explica. Sara Nascimento ressalta ainda que Feira de Santana já tem um plano de gerenciamento de resíduos para os próximos 20 anos e que aprovou, recentemente, a Lei 3785/17. “Mas é tudo muito tímido, ainda, em relação à coleta seletiva propriamente dita. Algumas ações pontuais são feitas por cooperativas, associações, catadores autônomos, artesãos, aparistas, recicladores e alguns projetos da Sesp, como o Bota-fora”, completa. A assistente social lamenta que boa parte da população ainda não seja consciente da importância do ato de separar o lixo. E aponta a urgente necessidade de se encontrar soluções

para o problema, uma vez que o descarte irregular dos resíduos sólidos pode gerar sérias consequências para o meio ambiente, além de afetar a saúde humana e comprometer a estética da cidade. “A Coobafs é uma cooperativa de catadores. Ela recebe ou coleta os resíduos doados, faz o tratamento de triagem e vende os materiais para os aparistas, artesãos ou indústrias recicladoras. A renda auferida disso mantém toda a instituição, paga as despesas. E o que sobra é dividido entre os catadores cooperativados”, esclarece. A cooperativa também faz palestras em escolas, empresas e universidades, alertando para a importância da coleta seletiva. “Também participamos de ações de educação ambiental, com outras instituições, inclusi-

ve em cidades vizinhas e fora do Estado”, frisa Sara. Segundo ela, os catadores têm contato direto com os doadores de materiais, momento em que buscam trabalhar a conscientização das pessoas, tanto em nível ambiental quanto de inclusão social. “São os catadores que vão até os doadores, para receber o material que chega à cooperativa. E são eles que explicam o trabalho realizado na instituição. Também gerenciam o empreendimento”, destaca. Sara Nascimento alerta para os bons impactos gerados pela coleta seletiva, a exemplo do aumento da vida útil do aterro sanitário, já que uma grande quantidade de resíduos deixa de ser encaminhada ao local. Além disso, ela diz que a ação diminui a incidência de materiais jogados em

Foto: Divulgação

“Não há suficiente incentivo para fazer prosperar a coleta seletiva. O índice é tão irrisório, que não dá sequer para percentuar”, diz Jailton Cardoso, presidente da Artemares


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Feira de Santana-Bahia, quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

tímida, em Feira de Santana vias públicas, que podem servir de criadouros de insetos transmissores de doenças. A geração de trabalho e renda também é outro aspecto positivo da coleta seletiva, na opinião de Sara, uma vez que o material recolhido, além de sustentar famílias inteiras e de dar oportunidade a quem está desempregado, alimenta as indústrias recicladoras. “Os gastos da Prefeitura, para “enterrar” matéria-prima, também são reduzidos e a troca de saberes entre catadores, comunidades acadêmicas e estudiosos também se fortalece, já que as cooperativas são espaços de pesquisa científica. Por fim, há ainda o fortalecimento do cooperativismo e associativismo”, enumera. Os resultados do trabalho da Coobafs são visíveis, mas, segundo Sara Nascimento, a cooperativa ainda não é plenamente valorizada. “A instituição se mantém de forma autônoma, sem a contratação e o reconhecimento do Município, previsto na Lei de Saneamento e na Política Nacional de Resíduos”, lamenta, salientando ainda que a cooperativa retira dos aterros sanitários da cidade entre 40 e 50 toneladas de lixo, por mês. “Já chegamos a coletar mais de 200 toneladas”, afirma.

FALTA DE INCENTIVO

Jailton Cardoso, presidente da Artemares, diz que, apesar da existência da Lei, a separação do lixo ainda não é uma realidade para a população. “É muito baixo o índice de aproveitamento dos resíduos sólidos, em nível nacional. Aqui, não é diferente. Há a Lei, mas não há suficiente incentivo para fazer prosperar a coleta seletiva. O índice é tão irrisório, que não dá sequer para percentuar”, avalia. O presidente reclama das dificuldades que as instituições que fazem a coleta seletiva passam. “A falta de incentivos não permite que as pessoas que tiram seus sustentos dos produtos recicláveis alcancem certa estabilidade, mesmo realizando um trabalho de grande importância para o meio ambiente”, lastima. Mesmo com a Lei de Resíduos Sólidos sancionada no município, Jailton

Cardoso reclama da falta de apoio. “Está engavetada. Não deu nenhum passo para a continuidade do trabalho. Não há divulgação ou orientação da população, no sentido de incentivar a separação do lixo. Mesmo a Lei explicitando a necessidade disso, tudo fica muito a desejar, ainda”, observa. O presidente da Artemares acredita que o Poder Público Municipal tem estrutura não apenas para educar a população a separar o seu lixo reciclável, mas também para dar a destinação correta ao material. “Caso a Secretaria de Serviços Públicos queira realizar um trabalho com esse fim, há toda a estrutura necessária para fazer isso, junto com a população e as entidades. Mas não vejo preocupação, por parte deles, mesmo Feira de Santana sendo um grande polo gerador de resíduos sólidos”, critica. Mesmo com muitas dificuldades, Jailton Cardoso diz que a entidade segue realizando esse imprescindível trabalho. “Atuamos em 11 bairros e quatro distritos. São 68 famílias que sobrevivem dessa atividade. Temos 22 pessoas treinadas atuando na triagem, qualificação, separação e fardamento dos materiais recolhidos. Isso sem ajuda de nenhuma esfera governamental”, enfatiza. A Artemares também realiza um importante trabalho educacional junto às comunidades que visita. Durante as palestras, os associados explicam à população o que são os resíduos sólidos recicláveis e ensinam como diferenciá-los dos materiais orgânicos. Também instruem sobre o modo correto de realizar a separação. “Isso facilita e ajuda os catadores, que passam a ter melhores condições de trabalho. Importa dizer que somos nós que realizamos essa tarefa educacional e, por meio dela, conseguimos impedir que uma grande quantidade de material seja descartada irregularmente. Sem isso, veríamos o impacto de toda essa sujeira nas ruas. A atividade que desenvolvemos também beneficia o aterro sanitário, dando a ele um tempo de vida maior”, lembra.

Projeto de Coleta Seletiva dá destino correto ao lixo produzido na Uefs

Foto: Blog Coletando Ideias/Uefs

A Equipe de Estudo e Educação Ambiental (EEA) da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) acredita que, apesar da legislação vigente, o município de Feira de Santana demonstra pouco comprometimento com as questões concernentes ao problema dos resíduos. E isso se agrava com a baixa participação da população e dos setores da sociedade civil no enfrentamento dessa grave demanda. “Não há, na cidade, um sistema de coleta seletiva que abarque todo o seu território. E as pessoas, na grande maioria das vezes, não contribuem com o descarte apropriado do lixo. Isso ocorre por inúmeras razões, que vão desde o desinteresse pelo tema até o desconhecimento de sua importância, passando ainda pela ausência de condições para a realização de um processo de separação que seja consequente em outros estágios, para além do território doméstico”, diz a EEA. Conforme a equipe, não adianta a população separar o lixo, em casa, e ver esse mesmo lixo seguir para um único espaço de descarte, que é o aterro. “Há importantes iniciativas de coleta de recicláveis, na cidade, mas estas acabam se tornando ações isoladas e de pouco impacto no município, tanto na zona urbana quanto na zona rural”, observa. A EEA não tem dados acerca do comprometi-

realizado junto ao público consiste na apresentação de propostas pedagógicas que abordam temas ligados à Educação Ambiental, em nível local e global. Além disso, os visitantes também são informados sobre os impactos e consequências para a população. “Não abordamos a mera questão do lixo pelo lixo. Antes, falamos sobre os ações, no campus da Uefs, resíduos enquanto proem torno dos temas ligados dutos de uma sociedade à Educação Ambiental, ao de consumo desenfreado, Gerenciamento de Resíduos que precisa repensar suas Sólidos e ao Saneamento formas de produção e Ambiental. “Aqui, desen- relação com o trabalho, volvemos, no dia a dia, a o ambiente e a natureza”, separação dos resíduos de esclarece a EEA. acordo com o sistema de A Equipe de Educacoleta seletiva: papel, plás- ção Ambiental da Uefs tico, metal, isopor, vidro, também é constantemenorgânico e resíduo aterro. te contatada para minisOs recicláveis são separa- trar cursos e palestras. dos, pesados e utilizados “Ao longo de 28 anos de nos trabalhos sociopeda- existência, temos consegógicos realizados junto ao guido despertar a curioProjeto de Coleta Seletiva sidade do público escolar do Campus”, informa. acerca do tema Educação Segundo a EEA, o ma- Ambiental. Ano após terial orgânico coletado das ano, trabalhamos para cantinas e do Restaurante manter o interesse das Universitário (RU) é trans- visitas institucionais esformado em composto orgâ- colares ao nosso espaço. nico, através da montagem E, muitas vezes, tivemos de pilhas de compostagem, a grata surpresa do retormonitoradas, diariamente, no dos adultos, já profespelo técnico responsável. E sores ou pesquisadores, o resíduo aterro, de natureza que tiveram alguma exnão reciclável, é encami- periência junto à EEA nhado ao aterro sanitário como fator marcante na da cidade. formação da consciência No que concerne à ambiental. É um trabalho questão educacional, o se- de ‘formiguinha’, difícil tor recebe, anualmente, de mensurar, mas, com centenas de estudantes e certeza, edificante, tanto professores dos ensinos no campo da educação, Fundamental, Médio, Su- quanto da consciência perior e Técnico. O trabalho social e ambiental”.

Há 28 anos, a Equipe de Educação Ambiental da Uefs realiza um importante trabalho de separação do lixo produzido no campus, bem como a conscientização das comunidades acadêmica e externa mento da população com a separação do lixo. Mesmo assim, avalia que há bastante informação sobre a importância da separação dos resíduos, principalmente em programas de rádios, televisões e outras mídias e setores. “As instituições formais já tratam desse tema, em seus currículos, em todos os níveis de escolaridade. As iniciativas não formais de educação e os órgãos públicos e privados estabelecem regras ou fazem parcerias para, pelo menos, formalizar a coleta seletiva em seus espaços”, considera. No entanto, para a Equipe de Educação Ambiental da Uefs, essas ações devem ser de múltiplas dimensões. “É preciso abranger diversos campos, como o pessoal, o institucional, o político e o cultural, criando, além de legislações, condições estruturantes de efetivação das políticas, de modo a educar, efetivamente, a população em torno do tema”, destaca.

TRABALHOS SOCIOPEDAGÓGICOS A EEA tem uma longa trajetória de estudos e


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Feira de Santana-Bahia, quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019


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