TRIBUNA FEIRENSE SETEMBRO 2019

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Feira de Santana-Bahia, Setembro de 2019

Centro Cultural inaugurado pelo Sesc é um presente Foto: Divulgação

Karoliny Dias

Em julho de 2019, o Serviço Social do Comércio (Sesc) inaugurou um moderno e amplo complexo, composto por um Centro Cultural e um Restaurante. As atividades e serviços são voltados, preferencialmente, aos trabalhadores do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e seus dependentes. Localizado na Praça Carlos Bahia, nas proximidades da Igreja Matriz de Santana, o complexo cultural veio para valorizar ainda mais essa região da cidade, que é considerada eixo cultural e comercial. O investimento da instituição na construção foi de R$ 24,5 milhões. O equipamento tem mais de 5,5 mil metros quadrados de área construída. O terreno, que possui mais de 6,5 mil metros quadrados, foi doado pela Prefeitura Municipal de Feira de Santana (PMFS). O teatro erguido pelo Sesc tem 296 lugares, sendo quatro espaços destinados a cadeirantes. E foi equipado com o que há de mais moderno em termos de sonorização, iluminação e audiovisual. Dispõe, ainda, de varas cênicas móveis, que facilitam a montagem e desmontagem dos espetáculos. Além disso, o espaço também dispõe de acessibilidade para artistas cadeirantes. Os camarins são adaptados e há elevador no palco. Apesar de não ter uma estrutura especialmente projetada para concertos, o teatro também tem recebido esse tipo de espetáculo, sem prejuízos às apresentações. A assessoria de comunicação institucional do Sesc informou que, em setembro, houve o lançamento da exposição Várias Vozes Visuais, que contou com a participação de diversos artistas feirenses. Através do projeto Fazendo Arte no Sesc, a instituição deu início a 11 cursos ligados a área artística. Também vem realizando sessões gratuitas de cinema, por meio do projeto Cine Sesc, às terças-feiras e sextas-feiras. No Café Teatro, o Sesc oferece ao público diversos shows, por meio

Complexo Cultural inaugurado pelo Sesc, em julho, oferece à comunidade feirense uma série de espetáculos e atividades artísticas; maior parte da programação é gratuita ou tem preços populares do projeto Sons da Bahia. Além disso, o público feirense pode apreciar as apresentações de dois projetos culturais já consagrados em todo o país: o Palco Giratório, maior projeto de artes cênicas da América Latina, que, no dia 13 de outubro, trará, a Feira de Santana, o espetáculo Das Cinzas Coração, de autoria da Companhia Quimera Criações Artísticas e Teatro Ateliê (RS); e o Sonora Brasil, que tem por objetivo a formação de ouvintes musicais, através de programas identificados com o desenvolvimento histórico da música no Brasil. Com 20 anos de atuação no país, o Sonora Brasil, em sua terceira etapa, trará à cidade, no dia 19 de outubro, o grupo Teko Guarani, do povo Mbyá-Guarani. Formado por um coral infanto-juvenil, o grupo utiliza instrumentos próprios, que representam e estabelecem uma conexão com as divindades, a exemplo do mbaraká (Violão), do ravé (violino/ rabeca), do mbaraká mirim (Chocalho) e do angu´á pú (tambor).

ESPETÁCULOS GRATUITOS E PREÇOS POPULARES

A assessoria de comunicação do órgão diz que a programação vem sendo construída a partir dos projetos desenvolvidos pela própria unidade ou através de parceria e de espetáculos e eventos pautados. Também há projetos voltados para a Literatura, a exemplo do Arte da Palavra, circuito atuante em todas as regiões do país, que estimula a formação de leitores e a divulgação de novos autores, além de valorizar obras e escritores brasileiros e as novas formas de produção e fruição literárias. As realizações do projeto são compostas por circuitos de Autores, Oralidades e Criação Literária. A instituição também desenvolve atividades de contação de histórias e mesas literárias, que compõem a programação do Festival Literário e Cultural de Feira de Santana (Flifs). A comunidade feirense, de modo geral, pode ter acesso às exposições de arte, shows, mostras de ci-

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nema e biblioteca gratuitamente. Alguns espetáculos promovidos pelo Sesc têm preços populares, podendo custar entre R$ 5,00 e R$ 10,00. Já os eventos pautados ficam a critério de suas respectivas produções. “A clientela preferencial, isto é, comerciários e dependentes que possuem cartão Sesc, tem 50% de desconto, no valor do ingresso, para qualquer espetáculo que aconteça na unidade. A mensalidade dos cursos do Fazendo Arte custam R$ 50,00, para o público geral, e 25,00, para clientes Sesc e seus dependentes”, informa o órgão.

CASARÃO HISTÓRICO

Parte importante da história e do patrimônio arquitetônico de Feira Santana, o casarão colonial

localizado no terreno doado ao Sesc, ainda não começou a ser restaurado, condição que a Prefeitura Municipal estabeleceu para a concessão da área, em 2007. Conforme Edson Borges, secretário Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, no dia da inauguração do complexo cultural, a direção da instituição reafirmou o compromisso de restaurar o imóvel. “Segundo o Sesc, o projeto está pronto e a obra começará em breve. A direção argumentou que a intervenção ficou para depois porque era mais complexa, além de incluir a questão da restauração e tentativa de resgatar a originalidade do prédio”, ressalta. Para o secretário, o novo equipamento é de suma importância para o desenvolvimento da cultura, em Feira. Ele louva o fato

de o Sesc ter inaugurado o empreendimento já com uma vasta programação. “Vamos procurar a entidade para conversar, porque queremos ver a possibilidade de aproveitar o local para o projeto Natal Encantado, em função da proximidade com a Praça Padre Ovídio”, observa, lembrando que a parceria do município com o Sesc é antiga, já que realizam juntos o Arraiá do Comércio. Nossa equipe de reportagem também entrou em contato com o secretário Municipal de Planejamento, Carlos Brito. Ele disse que a inauguração do teatro foi um presente para a cidade e justificou a demora nas obras de restauração do antigo prédio. “Com a doação, o Sesc protegeu o casarão, para que ele não caísse, porque estava em

Foto: Reprodução

Para a produtora cultural Aloma Galeano, o novo centro cultural do Sesc supre a antiga carência de palcos da cidade e significa que a população está consumindo mais manifestações culturais de caráter local

Uma campanha da

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