Laços Familiares - Maio/2016

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EDIÇÃO 3 - ANO 1 - Nº 3 - MAI/2016

Adolescência e Religiosidade

Laços Familiares Entrevista com

Gilberto Queiroz

Biografia

Antônio Wantuil de Freitas e Zêus Wantuil


Índice

EDIÇÃO 3 - ANO 1 - Nº 3 - MAI/2016

Biografia

Entrevista

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Antônio Wantuil de Freitas 04 e Zêus Wantuil

Gilberto Queiroz 02 Entrevista 04 Biografia 05 Laços Familiares 06 Amor maternal e filial 07 Entretenimento 08 MEEF indica 09 Você sabia? 09 MEEF Responde

Esta é uma revista confeccionada e produzida pela Mocidade Espírita Eurydes Ferreira (MEEF) do Centro Espírita e Ins tuição Caminho da Luz (CEICAL), de circulação interna, sem fins lucra vos e de distribuição gratuita.

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EDIÇÃO 3 - ANO 1 - Nº 3 - MAI/2016

Editor: Revisor Geral: Revisor Grama cal: Colaboradores:

Matheus Vieira Peres Alfredo Henrique C. de Paula Inácio José de Paula Aliane Mizzi Castro Solino Amanda Le cia Amaral Souto Eugênio Gabriel Custódio Solino Felipe Velasco Silva Gabriel Alvares Guimarães Silva Gabriella Alvares Guimarães Silva Iasmin da Silva Brito Isadora de Lima Saldanha João Vitor Ferreira de Morais Lívia Maria Teran Cavalcan Mariah Araújo Colpo Matheus Peixoto Macedo Patrick Rodrigues de Carvalho Talita Oliveira Teixeira Impressão: Murillo Toledo Montagem: Wesley Barbaresco Silva Foto da Capa: Babi Abreu


Entrevista

Gilberto Queiroz

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esde 8 de outubro de 1983, Gilberto Rodrigues Queiroz, ou Beto, é um trabalhador da Doutrina Espírita que atua nas cidades de Vianópolis e de Silvânia. Beto é um dos fundadores do Complexo Educacional Chico Xavier, ins tuição situada em Vianópolis que é responsável pela evangelização de diversas crianças e famílias. A Revista Mundo CEICAL teve a oportunidade de conversar um pouco com ele sobre a visão espírita da família. Vale pena conferir e refle r!

MC: O que é família na visão Espírita? GQ: A família é um ponto interessante. Allan Kardec fala da família espiritual, que é a mais importante, mas, analisando a família espiritual, é possível dizer que ela se forma com a família consanguínea, ou seja, um grupo de Espíritos compromissados entre si, e em muitas vezes até com a sociedade, que reencarnam com um propósito: evolução. Assim, a Doutrina Espírita amplia a visão em torno de família, que passa a não ser juntar coisas, dinheiro, prosperar na vida, passa a ser algo mais além. Hoje eu estava olhando a votação do impeachment, na Câmara, e as pessoas quando votaram falaram em nome da família, do filho, do pai etc. Ou seja, estavam pensando em família, família é um referencial. Carl Gustav Yung fala do arqué po de família, ou seja, nós, pelo convívio, auxiliamos no jeito de ser da nossa família, desse grupo de espíritos que reencarnaram juntos, e a providência divina u liza desse recurso da natureza, para reunir espíritos em um processo de crescimento espiritual, que muitas vezes podem ser até inimigos, mas para resgatar, para fazer as pazes. Além do esquecimento, ela reúne inimigos dentro de uma mesma

Gilberto Rodrigues Queiroz

família, e ao mesmo tempo ela mandou Jesus para nos ajudar através do amor da paciência, da tolerância, do perdão a fazer as pazes. Então esse convívio em família é uma oportunidade fantás ca. Às vezes têm um que conhece mais em um sen do, já adquiriu uma virtude, e outro adquiriu outra. É uma forma que a gente tem de crescer. Emmanuel fala que é o principal educandário de luz, ou seja, de conhecimento, não é simplesmente uma instrução formal que recebemos da família, é uma assimilação de caracteres de valores que normalmente recebemos na família.

MC: A família é planejada no plano espiritual? GQ: Se não for no plano espiritual é aqui, não é? Nem sempre quer dizer que foi planejada no plano espiritual, mas sempre os espíritos tentam fazer com que tenhamos um convívio, um relacionamento, recebamos os filhos que planejamos receber, com aquela pessoa que planejamos ter esses filhos. Então, se formos muito aventureiros, no sen do de ter muitos relacionamentos, uns aqui, outros ali podem resultar em filhos. Me recordo do caso de um livro em que um casal de jovens que estavam cur ndo e havia um espírito que par cipava com eles da farra, em determinado ponto da festa o espírito dormiu e quando acordou já estava reencarnado, isso, por exemplo, não foi programado e pode acontecer.

MC:O abandono de filhos é programado?

Complexo Educacional Chico Xavier, fundado por Gilberto Queiroz.

GQ: Não, nunca. Porque o abandono não se coaduna com o amor que Jesus recomenda e a paternidade e a EDIÇÃO 3 - ANO 1 - Nº 3 - MAI/2016

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Entrevista maternidade são oportunidades grandiosas de colocar em prá ca aquilo que Jesus nos recomenda. A religião que Jesus nos apresenta é a do amor. Aliás, é o ágape, palavra de origem grega, que quer dizer amor fraterno incondicional. O amor é algo mágico nas nossas vidas. Não estamos falando de apego, mas, sim, de amor, que é muito mais profundo. Quando alguém diz “eu tenho um filho”, poderíamos ques onar, mas você ama esse filho? Por isso, o amor de Jesus vai além. O desapego é um exercício a se fazer, afinal não somos daqui. A vida se encarrega de criar partos na nossa vida para aprendermos a nos desligar das pessoas e coisas. Por isso, enquanto estamos aqui, devemos fazer um esforço para amar intensamente.

MC: Como o Espiri smo enxerga a adoção?

MC: De onde vem a semelhança entre pais e filhos? GQ: Essa semelhança vem, normalmente, do convívio. Existe a semelhança de caracteres, de personalidade e a semelhança sica. A semelhança sica vem, obviamente, da herança gené ca que passa de pais para filhos. A semelhança de personalidade vem do fato de que nós reencarnamos, na maioria das vezes, no mesmo grupo familiar. Então, quando se vê o amor entre pais e filhos ele não foi forjado somente em uma encarnação. O meu filho mais velho, que mora em Goiânia, psicografou uma mensagem para mim antes de reencarnar falando que nós já vemos várias encarnações juntos.

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GQ: Os espíritos falam que sim e é a lógica, a vida fica muito mais leve quando a gente reencarna em um grupo que tem alguma afinidade. Lógico que nós temos que ampliar o leque do amor e isso é um processo natural, mas quando falamos de reencarnação é algo muito ín mo, então normalmente o Espírito reencarna no mesmo grupo familiar e esse grupo pode ser menor ou maior de acordo com o po de vivência que se teve no passado. Existem pessoas que lidam com grandes mul dões como religiosos, polí cos, certos pos de profissões que ampliam o leque de convivência, são as grandes famílias e existem outros que possuem uma família menor, um grupo mais restrito. O Espiri smo nos mostra que o Espírito pode vir em várias posições, ora como pai, ora como filho, como irmão, há essa conjugação de papéis.

"...a Doutrina Espírita amplia a visão em torno de família, que passa a não ser juntar coisas, dinheiro, prosperar na vida, passa a ser algo mais além..."

GQ: A adoção é um desprendimento, porque a pessoa se propõe amar alguém que sai do convencional. Uma mulher que adota uma criança se propõe a amar um filho que não saiu do seu ventre. Talvez seja um passo além na propositura cristã da mulher. Temos um laboratório de análise clínicas e, às vezes, aparecem algumas pessoas para fazer teste de DNA. Outro dia ve a oportunidade de entrevistar um rapaz e perguntei “por que você está fazendo o DNA?” e ele me respondeu “porque tenho dúvidas”, então indaguei “mas se ela não for sua filha, você vai parar de amá-la?” e ele “não, de forma alguma, gosto muito dela”. Por isso, a adoção é algo formidável. Existem tantas crianças precisando de amor, muito mais do que dinheiro e roupas.

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MC: É possível que o Espírito reencarne na mesma família diversas vezes? E se sim, será sempre no mesmo papel?

MC: Qual é o papel dos pais na família? GQ:A grande novidade no processo educacional dos filhos ainda con nua sendo a proposta de Jesus: o amor. Amar é esclarecer quando é necessário, amar é acariciar, amar é reconhecer o esforço. O amor é muito amplo, é elogiar quando a filho tem uma vitória.

MC: Qual é o papel dos filhos na família? GQ: O filho, em um casamento, é a melhor coisa que pode acontecer. Porque no casamento muitas coisas são ilusórias, mas os filhos não. Filhos são troféus que a gente recebe da Providência Divina. Diria que o papel do filho é também preencher a vida dos pais, os pais valorizam muito o que os filhos falam, especialmente nas gerações mais recentes. At u a l m e nte o s fi l h o s e n s i n a m m u i to a o s p a i s , especialmente no que diz respeito à tecnologia. Esse relacionamento pode ser muito enriquecido com esse tempero espiritual do amor. Então, é muito interessante cul var isso.

por Eugênio Gabriel Custódio Solino Gabriella Alvares Guimarães Silva Matheus Peixoto Macedo Patrick Rodrigues de Carvalho


Biografia Antônio Wantuil de Freitas e Zêus Wantuil

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m 23 de Outubro de 1895, Antônio Wantuil de Freitas reencarnou na cidade de Patrocínio do Muriaé, em Minas Gerais. Seus pais, o capitão Joaquim Olinto de Freitas e Virgínia Maria de Freitas, desencarnaram cedo. Formou-se em farmácia em 1913, com ajuda significa va de seus irmãos. Seis anos depois, casou-se com Zilfa Fernandes de Freitas, com a qual teve sete filhos. Seu primeiro contato com a Doutrina Espírita se deu em 1932, quando, a convite de um velho amigo, assis u a uma sessão espírita. Lá surgiu o interesse em estudar o Espiri smo, devido a tantos acontecimentos inexplicáveis que presenciou em sua primeira reunião. Passou, então, a ler e estudar arduamente livros sobre o assunto, tornando-se espírita convicto. No mesmo ano, adentrou na Federação Espírita Brasileira (FEB) como sócio remido da ins tuição. No ano seguinte, passou a ser delegado de uma associação espírita do Rio de Janeiro no Conselho Federa vo da FEB. O presidente da FEB na época, Guillon Ribeiro, convidou Antônio para par cipar das eleições de 9 de agosto de 1936, onde foi eleito como gerente da revista “Reformador”. Permaneceu no cargo até 1943. A par r daí se tornou presidente da FEB por vinte e sete anos consecu vos, deixando o cargo apenas em 1970. Entre 1941 e 1945, durante o mandato de Getúlio Vargas como Presidente da República, surgiu uma intensa perseguição por Sociedades Espíritas. No Rio de Janeiro, todas elas, inclusive a FEB, veram que ser fechadas. Foi feito até mesmo um cadastro na polícia para o fichamento dos principais dirigentes espíritas. Wantuil foi essencial na defesa dos direitos do Espiri smo. Mais tarde em 1945, conseguiu acabar com as Portarias que não permi am às Ins tuições Espíritas de funcionar e agir de forma livre, como era previsto e garan do pela Cons tuição de 1937.

Foto de Antônio Wantuil de Freitas

Durante sua gestão na FEB, assinou ainda a Ata de Unificação ou o Pacto Áureo, que foi um acordo entre a

F E B e a s Federações e Uniões de âmbito estadual, com o obje vo de ampliar e unificar o movimento espírita no país. Uma de suas úl mas ações de grande destaque, foi a sede da FEB e m B ra s í l i a , n a época, a mais nova capital do Brasil. O terreno foi doado p o r u m a construtora local, Foto de Zeus Wantuil que teve sua escritura assinada em 1965. Porém, a transferência se deu apenas em 1984 quando Antônio já não era mais o presidente da Federação. Em 11 de março de 1974, Antônio Wantuil de Freitas retornou ao plano espiritual, sendo conhecido aqui no mundo da matéria como um dos mais importantes Presidentes que a Federação Espírita já teve. Entre seus sete filhos, o que mais se destacou no meio espírita foi Zêus Wantuil. Aos 16 anos, o jovem Zêus começou a frequentar a sede da FEB, interessando-se, profundamente, pela história do Espiri smo. Recebeu importante incen vos de seu pai e de especialistas da área. Graças à sua dedicação no que fazia e à sua simpa a, Zêus ganhou a admiração e respeito de Canuto Abreu. Um dos principais e mais importantes historiadores do Espiri smo no Brasil. Junto à FEB, publicou três obras de destaque: “As Mesas Girantes e o Espiri smo”, “Grandes Espíritas do Brasil” e “Allan Kardec – Educador e Codificador”. Durante anos, Zêus foi também, diretor da FEB. Depois de uma longa enfermidade, Zêus Wantuil faleceu em primeiro de setembro de 2011. Assim como o pai, Zêus foi uma personalidade importante no meio espírita. Ambos, em família, contribuíram significa vamente com a ampliação e influência da Doutrina no país. por Matheus Vieira Peres *Texto escrito com base em informações disponíveis no site da FEB.

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Ar go

Laços Familiares

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Doutrina Espírita apresenta como princípio básico a pluralidade das existências e enxerga na reencarnação o alicerce para a evolução dos Espíritos. O Espiri smo diz, ainda, que todos os Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal e concedendo-lhes a oportunidade de realizar em novas existências o que não puderam fazer ou concluir em outras. Porém, mesmo tendo essas informações é possível perguntar-se: por que reencarnar nesta ou naquela família?

Viver em sociedade faz parte da própria natureza humana. O contato social é uma das ferramentas para a evolução, pois através dele a humanidade progride. No livro Leis de Amor, Emmanuel mostra que a morte não arquiva os serviços inacabados das criaturas humanas, de modo que é necessário reencarnar para solucionar problemas e enfrentar novas provas. Por isso, Kardec mostra que os Espíritos podem encarnar juntos por afinidade, semelhança das inclinações e até mesmo por an pa as que precisam ser resolvidas. Enquanto estão no plano espiritual, os Espíritos escolhem o gênero das provas e, inclusive, com quais pessoas reencarnarão, para que possam estreitar os 1) KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Pergunta nº 171, comentário.

laços de amor ou dissolver o ódio que os afastavam da trilha da evolução. Ocorre que ao reencarnar os Espíritos esquecem das escolhas feitas e das encarnações pretéritas para que possam conviver mais harmonicamente, evitando que a lembrança de inimizades passadas os impeçam de cumprir o que programaram. É assim que o Espiri smo nos convida a olhar para os parentes que apresentam-se mais di ceis, como colaboradores do processo de redenção dos que convivem com ele.

Jovens da MEEF caracterizados como uma família

Com as explicações espíritas, torna-se mais fácil compreender o es mulo de Jesus à reconciliação, o quanto antes, com os adversários, enquanto estamos a caminho com eles (Mt 5:25). Afinal, como diz Joanna de Ângelis, na família é possível encontrar a escola de aprendizagem e redenção futura. Dessa forma, é imprescindível compreender a dor como instrumento de auxílio nas corrigendas indispensáveis, pois o Espírito que almeja uma reencarnação com menos tribulações, deve começar melhorando o trato com os mais próximos. Porquanto, apenas é possível colher paz e amor quando plantamos no caminho dos que nos rodeiam luz e esperança.

2) KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Pergunta nº 779. 3) Capítulo 2, pergunta nº 1. 4) KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Pergunta nº 258. 5) ÂNGELIS, Joanna de. S.O.S Família. Psicografado por Divaldo Pereira Franco. 6) LUIZ, André. Missionários da luz. Brasília: FEB, capitulo 11.

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por Amanda Le cia Amaral Souto


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Amor maternal e filial

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Jovens da MEEF caracterizados como uma família

mãe desde a sociedade arcaica e na atual tem um papel de extrema importância: criar os filhos com amor e instruí-los no amadurecimento moral. Na Doutrina Espírita esse papel se torna um compromisso perante as Leis de Deus, pois uma mãe está gerando oportunidade para a evolução de um Espírito que ficará no amparo da mesma.

constroem ligações de amor poderosas que podem efe vamente ultrapassar obstáculos provocados por desentendimentos de outras reencarnações. Muitas mães amam seu filho desde a gravidez, um amor que surge n at u ra l m e nte . D e a co rd o co m o s ensinamentos de Allan Kardec esse amor maternal perdura uma encarnação inteira e “comporta um devotamento e uma Durante a geração de um filho são criados abnegação, que são virtudes. Sobrevive laços maternais e filiais que vão muito mesmo à morte e segue o filho além do além da materialidade. Filho e mãe túmulo”. 1) KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Brasília: FEB, 2014, questão 890. 2) KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiri smo. Brasília: FEB, 2014, capítulo XIV, item 9.

Mãe. amor incondicional, Imortal, e de tamanha auten cidade. Presente em nossas vidas, Em todas as contrariedades do tempo. Sempre pronta para dar amparo. Coração repleto de perdão Que olha com compreensão Os frutos de seu ventre Que muitas vezes nem lhe dão a mão.

No entanto algumas vezes há mães que não tem uma relação muito grande de amor com os filhos ou então não tem um vínculo muito próximo. A essa situação O Livro dos Espíritos, na pergunta 891, oferece a seguinte resposta: “Algumas vezes, é uma prova escolhida pelo Espírito do filho, ou uma expiação se ele mesmo foi mau pai ou má mãe ou mau filho, numa outra existência...”. Portanto, quando uma mãe não consegue ainda amar seu filho profundamente compreende-se que é possível encontrar em encarnação passadas os mo vos que provocaram a reunião desses Espíritos em uma mesma família. Por vezes, a ingra dão pode par r do filho para com a mãe. Isso acontece frequentemente devido à ignorância, aos desafetos pretéritos e às falhas na criação. A forma como a mãe cria o filho pode influir no caráter moral do mesmo, que muitas vezes se rebela através da ingra dão. O amor filial se demonstra através do respeito, da atenção, da obediência, da piedade e da tolerância para com os pais, sendo um dos obje vos principais da reencarnação desenvolver esse amor verdadeiro e imutável. Dessa forma, é importante compreender que os laços maternais e filiais são provas ou expiações, que devemos procurar vencer. Se reencarnamos juntos, não foi por acaso, devemos trabalhar para ter boas relações, tanto mães quanto filhos. por Gabriel Alvares Guimarães Silva

Apta a oferecer a própria vida Para livrar os respec vos filhos Dos perigos que o mundo irá ocasionar Progenitora defensora Pronta para resguardar Em qualquer situação Que a vida irá aprontar. Maio é mês das mães, Mas o ano todo deveria ser Para ver o sorriso mais bonito Parecer.

Senhora saturada de orgulho Das crias já crescidas Com o próprio "ganha pão". por Mariah Araújo Colpo EDIÇÃO 3 - ANO 1 - Nº 3 - MAI/2016

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Entretenimento

Tirinha criada por Eugênio Gabriel Custódio Solino

PALAVRAS-CRUZADAS 1

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HORIZONTAL 9

6. Personalidade espírita com mais de 500 filhos ado vos. 7 . S e m e l a n ã o s e r i a p o s s í ve l n o s s a encarnação.

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VERTICAL 1. É necessário que os filhos tenham (?) em relação aos pais. 2. O amor mais próximo do amor divino.

8. Antônio (?), presidente da FEB por 27 anos. 9. Encarnação de Espíritos simpá cos ou afins e m u m m e s m o a m b i e nte , v i s a n d o o progresso. 10. Pai.

3. União ou afeto entre irmãos. 4. (?) Família, livro da autora espiritual Joanna de Angêlis.

por Lívia Maria Teran Cavalcan 7

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Respostas: Horizontal – 6. Divaldo Franco, 7. Mãe, 8. Wantuil, 9. Família, 10. Deus. Vertical – 1. Respeito, 2. Materno, 3. Fraternidade, 4. SOS, 5. Irmão

5. O grau de parentesco universal.


MEEF indica

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Culto do Evangelho do Lar

e você for olhar para a Bíblia, e em especial o Novo Testamento, apenas como um conjunto de livros em que há vários personagens e vários diálogos, muitas citações de Jesus Cristo podem ser de di cil entendimento. Porém, a Bíblia as situações, os personagens e os diálogos, se bem estudados, proporcionam reflexões valiosas para o leitor. Para isso, é importante escolher o ângulo pelo qual se estudará a Bíblia, que pode ser o católico, o protestante ou o espírita. Não seria correto dizer que uma visão é melhor do que a outra. Para o Espiri smo, o mais importante são os ensinos morais con dos nas palavras de Jesus. Por isso, Allan Kardec compilou as mensagens dos Espíritos buscando montar um guia para nos mostrar qual a verdadeira essência que cada diálogo, passagem ou parábola ensinado por Jesus. Este “guia” é o livro O Evangelho Segundo o Espiri smo - A explicação das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiri smo e sua aplicação às diversas circunstâncias da vida. Em várias edições de O Evangelho segundo o Espiri smo, como aquela recebida pelos jovens no 6º Encontro Regional da Juventude Espírita (ERJE), consta um roteiro de como todos nós podemos pra car culto do Evangelho no Lar, para criar um ambiente com boas vibrações e proteger nossos lares. ROTEIRO PARA O EVANGELHO NO LAR:

Jovens fazendo o Culto do Evangelho do Lar

3. Inicie com uma prece simples e espontânea, rogando a proteção dos Benfeitores Espirituais; 4. Faça a leitura de um trecho de O Evangelho Segundo o Espiri smo, abrindo-o ao acaso, ou na ordem sequencial dos Capítulos; 5. Comente com os demais par cipantes sobre o assunto lido, por aproximadamente quinze minutos, evidenciando o ensino moral; 6. Em seguida faça uma roga va a Deus, a Jesus, e aos Espíritos do Bem, em favor da harmonia do lar e dos familiares encarnados e desencarnados, extensiva também à paz entre os povos; 7. Faça uma prece de encerramento, agradecendo o amparo dos Benfeitores Espirituais;

1. Escolha um dia e horário fixo mais conveniente da semana, para Obs.: O Evangelho no Lar não pode se transformar numa reunião mediúnica, mo vo pelo qual os eventuais médiuns par cipantes não ser interrompido; não deverão permi r a manifestação de Espíritos, pois, para isso, 2. Coloque uma jarra com água para ser fluidificada e bebida ao existem locais apropriados. final do Evangelho no Lar; por Felipe Velasco Silva

Filme: O Céu é de Verdade

Certo dia, Colton passa mal e precisa ser operado as pressas devido a uma apendicite. Logo após sua recuperação, Colton diz ao pai que anjos vieram cantar para ele durante a operação. Todd fica espantado quando ouve os relatos do filho sobre as situações que ocorreram quando o garoto não estava desperto. Certo de que seu filho visitou o paraíso, Todd passa a ques onar sua própria fé naquilo que pregava até então. Não é di cil perceber a relação entre Espiri smo e a situação vivida por Colton. Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, mostra como o Espírito pode passar por experiências no mundo espiritual em estados como o sono, o sonambulismo, entre outros. Desse modo, “O Céu é de Verdade” é uma ó ma oportunidade de estudar um pouco mais sobre experiências de quase-morte à luz da Doutrina Espírita.

Cena do filme “O Céu é de Verdade”

Baseado em uma história real, o filme “O Céu é de Verdade” conta a história de Todd Burpo e sua família. Todd, pastor atuante em Nebraska, par cipa de uma congregação protestante em uma cidade do interior e é casado com Sonja, com a qual teve dois filhos, Colton e Cassie.

Para quem quiser se aprofundar na história, o YouTube disponibiliza um documentário sobre este fato, com a verdadeira Ficha Técnica Título: Heaven is for Real (O Céu é de Verdade) Direção: Randall Wallace Duração: 99 minutos por Iasmin da Silva Brito Gênero: Drama EDIÇÃO 3 - ANO 1 - Nº 3 - MAI/2016

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Você sabia O Centro Espírita e ins tuição Caminho da Luz aprimorou o site já existente e agora está cheio de informações e novidades! Além de conter esclarecimentos sobre o surgimento da casa e sobre o que é o Espiri smo, a nova plataforma do CEICAL disponibiliza informações sobre os horários e o foco das a vidades, fotos das palestras e da evangelização infanto-juvenil, bem como destaca quais os projetos que a ins tuição tem abraçado. Com o novo layout é possível fazer sua doação para ajudar com a manutenção dos trabalhos realizados pela Casa. Lembrando sempre que ninguém é obrigado a fazer isso, nem existe quan dade específica a ser doada. Mas, não é só isso. O CEICAL também está presente em outras plataformas. É possível se manter atualizado pelas redes sociais, como Facebook, Instagram e Youtube. Na página do Facebook são postados, diariamente, várias mensagens, vídeos e palestras. No Instagram podemos ver fotos relacionadas aos bas dores das a vidades e ficar por

MEEF Responde 1- Está claro em O Livro dos Espíritos a existência de funções próprias ao homem e à mulher. Excluindo as vertentes extremistas, seria o movimento feminista atual um equívoco? O feminismo é um movimento muito importante para a busca de direitos das mulheres, em que se luta pela igualdade entre os gêneros, sendo muito importante para a evolução da nossa sociedade nos tempos atuais. Entretanto, o feminismo radical pode ser prejudicial à mulher e à sociedade. Nesse sen do, Emmanuel, na questão 67 do livro O Consolador esclarece: “a ideologia feminista dos tempos modernos, porém, com as diversas bandeiras polí cas e sociais, pode ser um veneno para a mulher desavisada dos seus grandes deveres espirituais na face da Terra. Se existe um feminismo legí mo, esse deve ser o da reeducação da mulher para o lar, nunca para uma ação contraproducente fora dele. É que os problemas femininos não poderão ser solucionados pelos códigos do homem, mas somente à luz generosa e divina do Evangelho”. 2-A exemplo daqueles países onde é cultura o homem ter 9

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Site do Centro e Ins tuição Caminho da Luz - www.centrocaminhodaluz.com.br

dentro de tudo que acontece no CEICAL. Já no YouTube é possível rever palestras das reuniões públicas e apresentações dos jovens e crianças da evangelização. Não deixe de nos acompanhar! H p://www.centrocaminhodaluz.com.br/ins tucional h ps://www.facebook.com/ceicaminhodaluz h ps://www.instagram.com/centrocaminhodaluz/

por Talita Oliveira Teixeira

mais de uma mulher, seria correta a poligamia? Não seria um ato de traição por parte do homem? Em O Livro dos Espíritos encontramos a seguinte resposta: “a poligamia é uma lei humana, cuja abolição marca um progresso social. O casamento, segundo as vistas de Deus, deve fundar-se na afeição dos seres que se unem. Na poligamia não há verdadeira afeição: não há mais do que sensualidade”. Percebe-se, com isso, que a poligamia está mais ligada a costumes humanos do que à lei natural, devendo-se perceber que não se trata de uma questão de certo ou errado, mas de estágio evolu vo. 3- Em O Livro dos Espíritos fala-se sobre as funções do homem e da mulher, sendo esta a responsável pela formação dos seus filhos, cuidar da família e do lar. Par ndo dessa perspec va, um homem “dono de casa” estaria fugindo de suas funções bem como sua esposa? Não, pois o homem tem a obrigação de cuidar da casa. Ele não pode deixar essas obrigações apenas para a mulher, ele também precisa ajudar a cuidar e criar os filhos, pois o homem e a mulher são portadores de uma responsabilidade igual no sagrado colégio da família. por João Vitor Ferreira de Morais



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