Desigualdade Social - Dezembro/2017

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EDIÇÃO 11 - ANO 2 - Nº 11 DEZ/2017


Índice

EDIÇÃO 11 - ANO 2 -Nº 11 - DEZ/2017

Ar go sobre 04 Desigualdade Social

Biografia de 02 Bi encourt Sampaio

02 Biografia 03 A Verdadeira Riqueza 04 Desigualdade Social: Uma Necessidade? 04 Entretenimento 05 MEEF Responde 05 MEEF Indica 06 Cartas Para Mudar o Mundo 07 A Verdadeira Prosperidade 08 Mensagem de Fim de Ano Esta é uma revista confeccionada e produzida pela Mocidade Espírita Eurydes Ferreira (MEEF) do Centro Espírita e Ins tuição Caminho da Luz (CEICAL), de circulação interna, sem fins lucra vos e de distribuição gratuita.

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EDIÇÃO 11 - ANO 2 -Nº 11 - DEZ/2017

Editor: Matheus Vieira Peres Revisor Geral: Alfredo Henrique C. de Paula Colaboradores: Abraão Brito Elias Aliane Mizzi Castro Solino Amanda de Castro Amanda Le cia Amaral Souto Gabriella Alvares Guimarães Silva Hortência Bastos Iasmin da Silva Brito Vinícius Passeri Moraes de Souza Impressão: Murillo Toledo Montagem: Matheus Vieira Peres


Biografia

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Bittencourt Sampaio

rancisco Leite de Bi encourt Sampaio, mais conhecido como Bi encourt Sampaio, nasceu em Laranjeiras, no dia 1ª de fevereiro de 1835. foi jurisconsulto, magistrado, polí co e médium espírita. na área da polí ca foi deputado e presidente da província do Espírito Santo; foi ainda o primeiro diretor da Biblioteca Nacional a ostentar este tulo. Bi encourt Sampaio par cipou da primeira comunidade espírita carioca, o Grupo Confúcio. Foi também membro fundador da Sociedade de Estudos Espíritas Deus, Cristo e Caridade (Rio de Janeiro, 23 de março de 1876), mais tarde denominada Sociedade Acadêmica Deus, Cristo e Caridade (1879). No ano seguinte, em 21 de março, Bi encourt Sampaio, junto de outras personalidades do movimento espírita, como Antônio Luís Sayão e o médium Frederico Júnior, fundou o Grupo Espírita Fraternidade. Ainda neste ano, par cipou do Grupo dos Humildes, mais conhecido como "Grupo do Sayão", que, numa primeira fase, durante perto de um ano, realizou proveitosas reuniões. Mais tarde o grupo denominou-se "Grupo Ismael" e se integrou na Federação Espírita Brasileira, a qual existe até os nossos dias. Enquanto encarnado produziu a obra A Divina Epopeia, a qual, seguindo o es lo de Dante Alighieri, transformou o Evangelho de João em versos decassílabos.

Após sua desencarnação, em 10 de outubro de 1895, Bi encourt Sampaio con nuou trabalhando em prol do bem e em auxílio ao movimento espírita. No livro Voltei, ditado pelo I r m ã o J a c o b e psicografado por Chico Xavier, podemos ver sua atuação no plano espiritual, bem como no livro Transição Planetária, d i ta d o p e l o e s p í r i t o Manoel Philomeno de M i ra n d a , a t ravé s d a Livro ‘Voltei’ de Chico Xavier pelo espírito Irmão Jacob mediunidade de Divaldo Pereira Franco o nobre espírito Bi encourt Sampaio é o embaixador de Ismael – o guia espiritual do Brasil. Além disso, já na condição de desencarnado, foi autor de dois grandes clássicos da literatura espírita: Jesus Perante a Cristandade e Do Calvário ao Apocalipse.

Informação extraídas de: h p://biografias.netsaber.com.br/biografia-4011/biografiade-bi encourt-sampaio h ps://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Leite_de_Bi encourt_Sampaio h p://www.limiarespirita.com.br/colaboradores/vp/bi enc ourt.html

por Iasmin da Silva Brito

Bi encourt Sampaio EDIÇÃO 11 - ANO 2 -Nº 11 - DEZ/2017

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Ar go

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A Verdadeira Riqueza

o mundo nos deparamos com a ideia de que a real felicidade seria a posse de bens transitórios que, por proporcionarem conforto e tranquilidade financeira, nos tornariam contentes moradores do globo terrestre. Acompanhamos a desenfreada corrida de todos os indivíduos para garan r uma fortuna, e inclusive pessoas cometendo crimes com a expecta va de, ao alcançarem determinadas cifras, conquistar a felicidade. Pelo nosso apego a matéria, ao adquirirmos objetos almejados, uma transitória sensação de prazer e uma ilusória felicidade nos invadem o ín mo. Mas, posteriormente à conquista, a pessoa novamente é inundada pela infelicidade e pelo desgosto em relação à vida. Nesse círculo vicioso, estão muitas pessoas q u e n a Te r r a procuram o êxito tão somente na vida material. B a s t a observarmos q u a n t a s celebridades, apesar do talento, pres gio e fama, entregam-se à prá ca do suicídio. Diante da ideia de que seríamos corpos des nados a voltar ao pó, talvez a conquista de bens terrenos pareça o mais indicado para garan r a felicidade, porém nossa essência revela algo muito mais profundo: somos Espíritos, imortais, com sen mentos que não podem ser sa sfeitos através objetos meramente materiais. As pessoas que se lançam à caçada frené ca pelos bens materiais se esquecem de sua realidade espiritual, concentrando-se apenas no agora e buscando a comodidade que o dinheiro pode oferecer. A humanidade precisa descobrir ainda que não é a pobreza material que nos prende à infelicidade e sim a pobreza de sen mentos nobres, que nos fortalecem e nos mantém firmes, equilibrados e tranquilos em qualquer situação que possamos vir a enfrentar. Uma pesquisa do DataPopular mostra que de duas mil pessoas entrevistadas em 63 favelas do Brasil 94% dos moradores consideram-se felizes.

Quando a fortaleza moral está presente, a opinião nos outros, a calúnia, a solidão e a doença sica deixam de ser problemas insolúveis que nos preocupam e atormentam e se tornam instrumentos de aprendizado, aptos a nos engrandecer durante o caminho. Muitos de nós já possuímos conhecimento suficiente para entender isso. O que nos prende ao erro ainda é o medo de deixar de lado os conceitos fúteis e correr atrás da reforma ín ma, a qual, apesar de di cil, é gra ficante e recompensadora. A prova da riqueza, para os que sabem passar por ela, acrescenta inúmeras vantagens para a vida espiritual, mas é fundamental entender que a posse desses recursos é transitória, de modo que o necessário seja u lizado em seu bene cio e o restante seja transformado em bene cio em favor próximo. Na questão 922 de O Livro dos Espíritos, quando Kardec ques ona os Espíritos sobre uma forma de felicidade comum a t o d o s , é respondido que no aspecto material é a posse do necessário e no aspecto espiritual a consciência tranquila e a fé no futuro. Em um belo corpo, ou com vestes sicas desajustadas, na riqueza ou na pobreza, o Espírito encontra oportunidade imensa de entender sobre sua verdadeira essência, sobre os tesouros que realmente enriquecem a alma, e de perceber que nada externo é capaz de preencher a pobreza interna, que somente sen mentos como o amor, a fé e a esperança são capazes de sa sfazê-lo. Por isso, urge entender que somos Espíritos imortais e que dar atenção aos nossos sen mentos cons tui tarefa indispensável para a posse da verdadeira riqueza: a espiritual.

por Amanda Le cia Amaral Souto 3

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Ar go

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Desigualdade Social: Uma Necessidade?

desigualdade social é um dos fatores mais conflitantes no plano material e o ser humano busca, sem êxito, resolvê-la sem levar em conta a pluralidade das existências. Cada ser possui sua individualidade e suas ap dões, de modo que, no estágio atual do planeta, o equilíbrio de riquezas não permaneceria por muito tempo. Embora sejamos Espíritos criados de forma igualitária, cada um vivenciou suas encarnações de forma diferente e, portanto, sua condição atual também será diferente da condição do outro. No capítulo XVI de O Evangelho Segundo o Espiri smo é feita a seguinte pergunta aos Espíritos Superiores: “Por que não são igualmente ricos todos os homens?” e assim responderam: “Não o são por uma razão muito simples: por não serem igualmente inteligentes, a vos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar [...]”.Sendo assim, a igualdade social é di cil de ser alcançada tendo em vista a disparidade entre nós, Espíritos encarnados.

É preciso entender que nem sempre a situação atual do Espírito decorre de encarnações passadas, mas que essas serão consideradas ao se tratar da presente encarnação. Dessa forma, se fizermos mau uso dos bens materiais que nos foram confiados outrora, será permi do que o Espírito passe pelas provas da pobreza, que requer aceitação e serenidade, e também novamente pelas provas da riqueza, que requer altruísmo e desapego de bens materiais. As desigualdades sociais ainda são necessárias para a evolução do Espírito e por mais injustas que pareçam sempre há uma explicação advinda das múl plas existências. Nós, Espíritos, em nossa individualidade, definimos através de nossas ações qual provação iremos passar. Ricos ou pobres, devemos ter em mente que cada qual possui seus obstáculos e é necessário que tenhamos resignação para conseguir superá-los e façamos o máximo para auxiliar a quem pudermos durante nossa jornada. por Gabriella Alvares

Entretenimento

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MEEF Responde 1. Por que algumas pessoas reencarnam em famílias ricas e outras em famílias pobres?

Quando se vive no luxo ou na miséria, certos valores morais são testados. O capítulo VII da terceira parte de O Livro dos Espíritos explica a importância de superar o comodismo e os obstáculos. Ambas as condições implicam dificuldades. Acreditar que o luxo é um enorme privilégio é apenas ilusão terrena. Além de poder nos induzir aos excessos, a fortuna não compra a felicidade e a paz espiritual. Como é dito na pergunta 816 de O Livro dos Espíritos, a riqueza nos traz maiores meios para fazer o bem, mas nem sempre o rico assim o faz. Ele se torna egoísta e orgulhoso, suas necessidades aumentam e crê não haver jamais o bastante para ele. Já a pobreza vem como forma de desafiar a fé. Por fim, ques ona-se na pergunta 815 de O Livro dos Espíritos qual das duas vem a ser a mais terrível, e os mentores respondem que ambas são, uma provoca a lamentação contra a Providência e a outra nos leva aos excessos.

"O que pensar da esmola?" E a reposta afirma que é dever da sociedade ajudar aquelas pessoas que necessitam, sem que elas sejam humilhadas. Mas, essa pergunta é complementada pela questão 888-a, quando Kardec ques ona a São Vicente de Paulo se ele condenava a esmola e lhe é respondido: "não é a esmola que é condenável, mas a maneira como quase sempre é pra cada. O homem de bem vai ao encontro do infeliz, s esperar que ele lhe estenda a mão". 3. Se a pessoa programou reencarnar em uma situação di cil, ao ajudá-la não estaríamos atrapalhando seu planejamento reencarnatório? Na pergunta 27 do capítulo V de O Evangelho segundo o Espiri smo, ques ona-se se podemos influenciar nas provações do próximo, ou se devemos deixá-las fluir de acordo com os desígnios de Deus. A resposta oferecida pelos Espíritos superiores é que todos estamos na Terra para expiar, e é nosso dever esforçarmo-nos para abrandar a expiação própria e alheia, sempre com base nas leis de amor e caridade.

2. Deve-se dar esmola? Na pergunta 888 de O Livro dos Espíritos, Kardec ques ona:

por Vinícius Passeri Moraes de Souza

MEEF Indica

A

s redes sociais são ferramentas muito importantes nos dias de hoje. Elas servem para nos auxiliar em diversas a vidades, como pesquisas, leituras, entretenimento, entre outros.

Além disso, as redes sociais pode ser um meio para conhecer e entender mais a Doutrina Espírita, pois podemos encontrar várias obras literárias em audiobooks, músicas, palestras e informações sobre eventos espíritas e sobre palestrantes espíritas. Rossandro Klinjey é psicólogo clínico e palestrante espírita conhecido também por ser autor do livro espírita Autoperdão: o aprendizado necessário, publicado pela FEEGO editora. Na internet ele constantemente interage com o público através dea sua página no facebook e de seu canal no YouTube. Atualmente sua página no Facebook conta com mais de 250.000 mil cur das e suas públicações envolvem reflexões diárias sobre a vida e a espiritualidade. No YouTube, seu canal já possui mais de 45 mil inscritos e cerca de 800.000 vizualizações, distribuídas entre palestras, mensagens e animações. Esse é mais um conteúdo que a MEEF indica. Não deixe de conhecer o trabalho de Rossandro! Facebook: h ps://www.facebook.com/rossandro.klinjey YouTube: h ps://www.youtube.com/user/rossandroklinjey

Rossandro Klinjey 5

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por Aliane Mizzi Castro Solino


Cartas Para Mudar o Mundo Estudando sobre desigualdade social, os alunos do Ciclo III, inspirados em Paulo de Tarso, escreveram cartas com reflexões sobre como podemos mudar o mundo!

Tudo tem o seu tempo! Nenhum ser humano pode diminuir a experiência do outro e nem diminuir a própria experiência, pois assim não resolverá seus problemas. Se você está bravo ou triste com alguma coisa, não prejudique os outros, procure ajuda! E se você sofrer provocações reaja a elas com o maior amor que você conseguir. Na vida há vários conselhos e aqui vai um deles: siga os ensinamentos de Jesus. Sarah, Isabelle, Luca, Gustavo, Artur O poder da fé Hoje em dia muitas pessoas falam da fé, mas não a tem, pois quando acontecem coisas ruins e nos momentos mais necessitados elas desacreditam que as coisas podem melhorar e muitas vezes desistem. A fé é importante porque dá a esperança que tudo pode melhorar nos momentos mais di ceis, mas para isso faça sua parte e acredite em você. A fé é uma luz na escuridão. Carol, Heloísa, Heitor, Pedro e Alexandre

Respeito às diferenças A gente não respeita a segunda-feira A gente não respeita a cor dos outros A gente não respeita os deficientes A gente não respeita os corinthianos A gente não respeita a pobreza A gente não respeita as baratas A gente não respeita os professores A gente não respeita as moscas A gente não respeita os polí cos do Brasil A gente não respeita as ideias dos outros Precisamos começar a nos respeitar Karen, Nadiane, Guilherme e Arthur

A evolução do pensamento sobre Jesus As mensagens de Paulo trouxeram paz e esperança para o mundo de hoje. Para construir um mundo de paz e esperança precisamos mudar nossas a tudes. Como Jesus falou: não julgar as pessoas por aparência ou raça e amar as pessoas. Samir, Sofia, Luana, Carlos Eduardo e Ana Clara EDIÇÃO 11 - ANO 2 -Nº 11 - DEZ/2017

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Mensagem

A Verdadeira Prosperidade Na busca por recursos materiais, para prover alimento e proteção, vale-se lembrar da necessidade, de sabedoria e vigília constantes. Incorporada ao acúmulo de bens, existe grandiosa responsabilidade. O livre arbítrio nos concede, tanto meios para nos emancipar, quanto para nos confinar. Simultaneamente, ó ma oportunidade para a mul plicação do bem, aquisição de conhecimentos, qualidades intelectuais e morais: as verdadeiras propriedades, que nos acompanham pela eternidade. Se estamos desfavorecidos financeiramente, contamos também com ferramentas úteis no exercício de paciência e disciplina. Saibamos que trabalho honesto sempre surge, para quem se encontra disposto a encontrar soluções, e não apenas se queixar dos problemas. E se esperamos algum momento para auxiliar, mais do que recursos amoedados, podemos doar sempre que possível: es mulo, alegria, consolo, esperança e amor, a quem es ver ao nosso alcance.

por Abraão Brito Elias 7

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Mensagem

O

Mensagem de Fim de Ano

lhar para a desigualdade social que se mostra evidente desde tempos remotos na nossa história nos faz ques onar o mo vo de tanta miséria coexis ndo com tanta riqueza. Realmente é triste ver pessoas passando fome enquanto outras degustam refinados pratos gourmets. Mas, devemos recordar que existe uma lei que determina uma causa para todo efeito. Estando em um planeta de provas e expiações, as dificuldades são resultado de erros come dos em existências anteriores ou complicações planejadas pelo próprio espírito visando sua própria evolução.

Como disseram os Espíritos, quando ques onados sobre a possibilidade a ex nção deste deprimente quadro social: "Chegará um dia em que os membros da grande família dos filhos de Deus não mais se olharão como de sangue mais ou menos puro, pois somente o Espírito é mais puro ou menos puro, e isso não depende da posição social” (Pergunta 807, item a, O Livro dos Espíritos). Faça o bem, sem ver a quem. Seja luz. Seja amor.

Mas o que fazer diante desse quadro? Ficar de braços cruzados? Fazer o bem nunca é demais. Podemos, na medida do possível, trabalhar para que essa desigualdade desapareça grada vamente. O trabalho na caridade – não apenas material, mas espiritual e emocional – é uma das a tudes mais benéficas para ambos os lados. A única a tude que nos prejudicaria é culpar o universo e Deus por tudo, e apenas proferir palavras de ingra dão e emanar energias pessimistas.

Seja a mudança que quer ver em si mesmo. Seja a mudança que quer ver no mundo.

por Amanda de Castro

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