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10 25 de Agosto 2016

6 de Outubro 2016 11

palavras...

Terras de Lanhoso

Por Frederico Castro

frederico.castro99@sapo.pt

terrasdelanhoso@sapo.pt

Opinião

Noblesse Oblige 1

. No passado dia 25 de Setembro, como já vem sendo habitual, o município homenageou publicamente três personalidades, que por razões diferentes, contribuíram para o desenvolvimento da Póvoa de Lanhoso. Quero falar-vos de uma dessas pessoas, o Dr. António Lourenço. Foi comandante dos nossos bombeiros voluntários durante 23 anos, presidiu à Associação “Em Diálogo” tendo sido o seu Pai fundador, foi membro ativo da ACJP, foi vereador na Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso desde 1997 até 2005 com pelouros atribuídos e de 2005 até 2013 como vereador sem pelouros, presidiu o Rotary Club da Póvoa de Lanhoso, pertenceu aos órgãos sociais do SCMF entre outras valiosas participações e causas que abraçou e que certamente me poderão escapar. Estive presente na homenagem prestada no dia do concelho ao

Dr. António Lourenço com o sentimento que provavelmente esta terá sido das homenagens mais justas e merecidas a que já assisti. Fui testemunha muitas vezes da dedicação e empenho que imprimiu nas causas em que se envolveu, impondo sempre uma personalidade muito forte e própria, por vezes difícil e inflexível até mas tendo em vista sempre a construção de um caminho que entendesse ser melhor em cada momento, reconheço-lhe esse espírito e esse mérito. Somos um concelho pequeno, não precisaria de referir o que nos separou, todos o sabem, mas isso não me impede de fazer justiça a alguém que deu um contributo para que a Póvoa de Lanhoso seja o concelho que é hoje. Nas várias frentes em que esteve presente e participou ativamente, o Dr. António Lourenço pode ter granjeado todo o tipo de sentimento, mas deixou decisivamente uma marca que justifica este reconhecimento por parte da Póvoa de Lanhoso e das suas

“Fui testemunha muitas vezes da dedicação e empenho que imprimiu nas causas em que se envolveu, impondo sempre uma personalidade muito forte e própria, por vezes difícil e inflexível até mas tendo em vista sempre a construção de um caminho que entendesse ser melhor em cada momento, reconheço-lhe esse espírito e esse mérito.” gentes, a que me associo. Dou-lhe os parabéns e agradeço-lhe, tal como fiz no dia 25 setembro, e desejo-lhe felicidade e uma vida plena, hoje e sempre.

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. O título que escolhi para este escrito não se aplica, decididamente, ao caso seguinte. Após ter sido impedido, mais uma vez, de usar da palavra em reunião da Assembleia Municipal (não confundir com as reuniões da Câmara Municipal

onde o Sr. Presidente não tem o poder, nem que queira, de me impedir de falar) dedico o seguinte texto aos Srs. Presidentes da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal: “Não existem humilhadores, só existem humilhados. Em cada humilhação há pelo menos dois seres humilhados. Quem humilha humilha-se. E avança em queda. Humilhar é avançar em queda – é a contrahumanidade. O humilhador coloca-se muito mais numa posição de escravo do que de escravizador. É escravo da sua efémera necessidade de humilhar. E nada é mais humilhante do que um humano que procura valorização na desvalorização do outro. Humilhar humilha-te. Quando te sentires humilhado sorri, levanta a cabeça. Não percas um segundo a humilhar de volta. Nenhuma humilhação se devolve – até porque, por ser humilhação, já está devolvida por defeito. E por excesso. Repito: quando te sentires humilhado sorri…”

ESTATUTO EDITORIAL TERRAS DE LANHOSO é um jornal com periodicidade quinzenal, contendo informação de caráter regional e independente em todos os sentidos, que se compromete a respeitar is princípios deontológicos da imprensa e a ética profissional, de modo a não perseguir apenas fins comerciais, nem abusar da boa fé dos leitores, encobrindo ou deturpando a informação. Assim, os nossos principais objetivos são: a) dar o devido destaque à informação respeitante ao concelho da Póvoa de Lanhoso; b) promover a divulgação da história e cultura poloneses, bem como prestar todo o apoio aos seus agentes, em todo o território nacional e junto das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo; c) ser um espaço de opinião aberto a todos os setores da comunidade, políticos, sociais e religiosos, tudo fazendo para que entre os seus colaboradores se possam encontrar pessoas que, pelas suas simpatias e militância, tragam à discussão pública temas e opiniões que ajudem a comunidade a conhecer e compreender os problemas nas suas várias vertentes.

Diagnóstico Precoce da Infeção por VIH? Procure a sua UNIDADE DE SAÚDE ALICE MAGALHÃES Especialista Enfermagem Comunitária e de Saúde Pública Unidade de Saúde Pública ACeS Cávado II – Gerês / Cabreira

Segundo o Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infeção por VIH/ SIDA 2012-2016, em Portugal, e à semelhança do que acontece nos países da União Europeia, estima-se que a proporção de pessoas com um diagnóstico tardio da infeção por VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) continua elevada. Os poucos dados disponíveis, abrangendo já esta década e reportados à data de admissão para seguimento hospitalar, apontam percentagens de diagnósticos tardios superiores a 60%. O diagnóstico precoce da infeção primária pelo VIH é fundamental, pelo indiscutíveis benefícios do tratamento iniciado nessa fase e que se podem resumir no conceito de que quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maior será a eficácia na preservação da imunidade e menor a taxa de progressão para a doença. Permite ainda, que se adotem medidas preventivas a fim de evitar a transmissão do vírus numa fase caracterizada por elevadas cargas

virais e, consequentemente, por uma elevada infecciosidade. O conhecimento real da infeção permite a mobilização de recursos e respostas adequados, bem como reduzir o estigma e discriminação que rodeiam a infeção VIH. Nesta sequência, a Direção Geral de Saúde, através da Circular Normativa n.º 01/DSMIA, de 04/02/04 - Gravidez e Vírus da Imunodeficiência Humana, determina que o rastreio laboratorial da infeção por VIH deve ser efetuado por rotina,

na grávida, e através da Norma nº 058/2011, de 28/12, atualizada em 10/12/2014 - Diagnóstico e Rastreio Laboratorial da Infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, recomenda que o rastreio laboratorial da infeção pelo VIH seja efetuado em todos os indivíduos com idade compreendida entre os 18 e 64 anos, devendo aceder ao referido rastreio todos os utentes encaminhados pelo seu médico de família. A Norma nº 058/2011, de 28/12, atuali-

zada em 10/12/2014, determina ainda a utilização dos testes serológicos de 4ª geração, tendo estes sido adquiridos pela Administração Regional de Saúde do Norte, e estando à disposição dos utentes nas diversas Unidades de Saúde da ARS Norte, inclusive no ACeS Cávado II – Gerês/ Cabreira. O teste é de fácil execução, é gratuito, anónimo e permite disponibilizar o resultado ao utente em 20 minutos, ficando assim, o/a utente a conhecer a sua situação perante a infeção VIH. Os testes serológicos de 4ª geração permitem a identificação do antígeno p24 (uma proteína que faz parte do "corpo" do próprio vírus), que aparece em média entre o 12º e o 26º dia após contacto com o vírus. A deteção precoce da infeção VIH através da realização do teste rápido poderá ser promovida por médicos/as e/ou enfermeiros/as, por solicitação do/a utente ou em cumprimento Norma supra citada.

Fonte: Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infecção VIH/SIDA 2012-2016 http://www.pnvihsida.dgs.pt/


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