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2 19 de Junho 2014

6 de Outubro 2016 25

opinião

Terras de Lanhoso

Editorial

terrasdelanhoso@sapo.pt

Ricardo Miguel Vasconcelos

O melhor está para vir! 1

. O Dia do Concelho, sendo um dos momentos altos do calendário de atividades para cada ano, devia ser a festa da comunidade, a celebração da identidade de um povo, a criação de um traço único que une todas as freguesias, os lugares, as gentes. Sinto que na Póvoa de Lanhoso há ainda um longo caminho a percorrer. Sem identificar culpados ou barreiras à boa implementação desta festa, é verdade que ainda há muitos povoenses que desconhecem esta celebração, não fazem parte dela nem imaginam que ela acontece. É natural que deva acontecer no centro, no coração do concelho, mas é necessário pensar numa estratégia para envolver as pessoas de outra forma. A Feira Tradicional Maria da Fonte e posterior desfile, que encerra as festividades, é já um bom princípio para envolver as pessoas, mas também é verdade que os participantes, os grupos, as associações ou movimentos são quase sempre os mesmos. Em suma, o programa já deu passos interessantes na relação de compromisso com as pessoas, mas ainda é preciso fazer mais, muito mais. Importa levar o Dia do Concelho a povoense mais distante, que mora no lugar mais recôndito do concelho. É necessário envolver o conterrâneo desconhecido, aquele que nunca participou, ou que nunca ousou, sequer, prestar atenção a estes fenómenos tão importantes para o equilíbrio da vida comunitária.

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. Não me passou despercebida a notícia publicada no Diário de Notícias do dia 23 de setembro, onde era revelado que em quatro meses, a nova lei que veio obrigar a administração fiscal a se traduz em algo travar a venda de habi-

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. No passado dia 12 de agosto comemorou-se o 35.º aniversário de lançamento do primeiro computador pessoal pela IBM. O modelo PC 5150, que serviu de base para a criação de todos os outros equipamentos que se seguiram, como os smartphones que hoje dominam a comunicação entre pessoas, é uma espécie de pai da revolução tecnológica que se seguiu e que, como sabemos, mudou por completo a visão que temos do mundo. Importa assinalar que no campo da comunicação social, principalmente na imprensa, esta descoberta possibilitou que os jornais ou revistas aproximassem a sua versatilidade de outros meios, porventura, mais fáceis de consultar/consumir, por exemplo, rádios ou televisões. Ao cabo de 35 anos, facilmente compreendemos que, sem os computadores, este mundo seria bem diferente. Há quem discuta a real importância destes equipamentos na relação (ou falta dela) entre as pessoas. Na dose certa, no momento adequado, tudo o que aconteceu foi extraordinariamente belo, eficaz e sublime.

tações próprias e permanentes de contribuintes com dívidas de impostos, evitou que 1210 famílias ficassem sem casa. A estas pessoas foi ainda dada a possibilidade de irem pagando os impostos em falta à medida das suas disponibilidades financeiras. Esta é uma daquelas medidas cuja eficácia não deixa margem para dúvidas. É uma daquelas decisões que ultrapassa o muro da discussão política ou ideologia de vida e se traduz em algo deveras importante para a vida dos cidadãos, neste caso, para aqueles que, infelizmente, passam por dificuldades. Para que se perceba melhor o impacto

desta lei, a sua entrada em vigor, a 23 de maio deste ano, levou o fisco a fazer uma espécie de ‘filtragem’ de todos os imóveis penhorados que correspondem a casas que servem de residência efetiva, obrigando-o a suspender a sua venda. É que, à luz das novas regras, a existência de dívidas fiscais não impede a penhora, mas impossibilita que o imóvel possa ser alienado e permite que o fiel depositário seja o proprietário, ou seja, que o devedor ali continue a viver. Com esta lei passou a haver maior justiça social, melhor proteção aos mais frágeis, mais calor para os que vivem no frio do dia a dia.

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. Caro padre Luís, o anúncio da sua recandidatura à presidência da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso demonstra a sua capacidade de interpretar os sinais da realidade que o rodeia. O melhor está para vir. Não tenho dúvidas. A razão do meu editorial da edição anterior foi exatamente esta: um apelo à sua continuidade. A sua decisão, motivada por uma super-equipa que o acompanha, deve merecer o aplauso dos povoenses. Eu já a aplaudi. E agora, volto-me a levantar para a aplaudir. O senhor é um homem bom. E os bons devem continuar...

Frases da quinzena... “A ideia é que, no futuro, o trabalho humano possa ser substituído em cerca de 50% por máquinas preparadas e, a promessa foi feita, eficazes. O número assusta. Há questões a discutir: a do desemprego e o da desvalorização do trabalho humano; a da ‘filosofia moral’ que pode ou não ensinar-se (‘programar-se’) a um robô; finalmente, a da própria programação do algoritmo do futuro estar entregue a empresas privadas cujo trabalho não está regulado.” Francisco José Viegas, Correio da Manhã, 03/10/2016

“Não há português, espanhol, grego, francês ou italiano que não conheça o sorriso escarninho e aquele dedo acusador do senhor Schäuble, o arrogante ministro alemão das Finanças, quando se pronuncia sobre as misérias das contas alheias. Talvez seja preciso lembrar-lhe aquele ensinamento do Sermão da Montanha: ‘Não julgues, para que não sejas julgado; porque com o juízo com que julgas, serás julgado’.” Afonso Camões, Jornal de Notícias, 02/10/2016

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