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6 de Outubro 2016

21 de Abril 2016 7

política

Terras de Lanhoso

terrasdelanhoso@sapo.pt

Armando Fernandes vota contra proposta do presidente da Câmara 2Ricardo Miguel Vasconcelos Estalou o verniz entre o presidente da Câmara Municipal e o vereador do PSD, Armando Fernandes. A última reunião de Câmara ficou marcada pelo voto contra do ex-vereador do executivo liderado por Baptista a uma proposta que previa a admissão de mais um Técnico Superior de Turismo, neste caso, Carlos Rodrigues, genro da presidente da Junta de Vilela e vice-provedora da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, Armandina Machado. O ex-vereador com pelouros, que em Março último se demitiu do cargo, mostrou-se irredutível às investidas de Manuel Baptista para que mudasse de opinião. Em emails trocados com o presidente da Câmara, Armando Fernandes esgrimiu argumentos, explicando que não fazia sentido a admissão de mais um técnico. E dias antes da reunião, transmitiu esta opinião ao presidente. “Não concordo com a abertura de procedimento para a admissão de mais um Técnico Superior de Turismo. A Câmara Municipal tem, neste momento, nos seus quadros, dois técnicos superiores a trabalhar na área do turismo. Que contam com o apoio de um assistente técnico e de mais recursos provenientes da parceria estabelecida com a Associação de Turismo da Póvoa de Lanhoso. Sem contar com a estreita colaboração com os serviços da cultura. Para gerir um orçamento de 5 mil euros por ano será necessário contratar mais um técnico superior? Na

teve-se, justificando essa posição com o mesmo sentido de voto em outras propostas similares.

“Para gerir um orçamento de 5 mil euros por ano será necessário contratar mais um técnico superior? Na minha opinião não faz sentido. Nem é fácil justifica-lo perante os povoenses.”

Voto de louvor aos bombeiros

Armando Fernandes

DR

Armando Fernandes disse que Baptista não tinha justificação para contratar outro técnico para a área do Turismo

minha opinião não faz sentido. Nem é fácil justifica-lo perante os povoenses”, disse Armando Fernandes. O vereador eleito pelo PSD, que se demitiu por divergências internas com Baptista e Gabriela Fonseca, propôs ao presidente da Câmara para que revisse a proposta e a voltasse a apresentar na reunião seguinte. Em suma, Armando Fernandes estava disposto a mudar o seu sentido de voto caso Baptista atribuísse uma verba superior (em 2016 foi

de cinco mil euros) à área do Turismo no orçamento para o próximo ano. Baptista disse que não. E foi mais longe. Referiu que a ATPL “está em risco, numa situação muito complicada” e justificou a opção de uma nova contratação com o número de faltas que a técnica que trabalha naquele serviço tem dado nos últimos anos. “Em três anos a Liliana trabalhou apenas um”, disparou, referindo-se à técnica, Liliana Fernandes. Armando Fernandes ripostou,

afirmando que Baptista estava a ser injusto. E mesmo que assim fosse, a situação não era nova. Baptista respondeu que precisava de mais uma pessoa para apostar no Turismo. “Temos um vereador novo, tem que mostrar serviço”, disse, afrontando Armando Fernandes. Na hora de votar, e como a proposta teria que ser votada na globalidade, dada a indisponibilidade do presidente para fazer qualquer alteração, o vereador do PSD votou contra. O PS abs-

Nesta reunião de câmara foi aprovado por unanimidade um voto de louvor “a todos os bravos bombeiros que protegeram o concelho dos incêndios que recentemente nos afetaram”. “O concelho da Póvoa de Lanhoso, nos últimos meses, foi assolado por uma vaga de incêndios de anormal dimensão e ocorrência. Dos meios de protecção civil disponíveis para debelar este flagelo, o papel desempenhado pelos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso foi essencial e determinante para que as consequências não ganhassem outra amplitude. Foi fundamental o trabalho diário, sempre em condições muito difíceis, dos homens e das mulheres que compõem o corpo ativo e comando desta corporação. Por toda a dedicação e espírito de missão demonstrado pelos Bombeiros; Pela evidente eficácia na protecção de pessoas e bens; Pela forma empenhada como protegeram e apoiaram as populações das freguesias onde os fogos florestais foram de maior dimensão e perigo; Por entendermos fundamental reconhecer o trabalho excepcional realizado este ano; A Câmara Municipal, reunida em sessão ordinária no dia 27 de Setembro, delibera aprovar um louvor a todos os bravos bombeiros que protegeram o concelho dos incêndios que recentemente nos afetaram”.

Baptista já tomou decisão, mesmo não tendo falado com nenhum dos elementos do executivo

Orçamento Participativo continua suspenso em 2017 2Ricardo M. Vasconcelos Apesar de garantir que ainda não falou com nenhum dos seus parceiros de executivo, Manuel Baptista já decidiu que em 2017 não vai haver Orçamento Participativo. O presidente da Câmara surpreendeu os presentes na reunião, depois de explicar à oposição que as obras que ainda não arrancaram (projetos de 2015) estão em fase de preparação, como são os casos de Garfe e a Praia da Rola, em Taíde. Fre-

derico Castro disse a Baptista que não percebia a intenção de voltar a congelar o Orçamento Participativo. “Isso é um erro monumental. Basta olhar para os casos de sucesso em Braga, seu colega de partido, ou Guimarães. Em quatro anos o senhor incluiu uma vez o OP. Esta era uma promessa sua, constava do seu programa eleitoral sufragado pelos povoenses. E a resposta que o senhor me dá é que em quatro possibilidades só trabalhou este projeto numa delas.

Nem sei bem o que lhe dizer. Isto é um erro histórico”, disparou, sem antes questionar Gabriela Fonseca, André Rodrigues e Armando Fernandes sobre a opinião destes acerca da decisão “individual” do presidente. “Pelo que ouvimos, esta é uma decisão do presidente e nenhum dos vereadores foi consultado, não é verdade?”, questionou Frederico Castro. Armando Fernandes ressalvou que já não faz parte do executivo, mas que registou o sucesso da edição de 2015 do

OP, recordando o envolvimento dos povoenses, a votação em massa e os resultados positivos do projeto. Gabriela Fonseca, como seria de esperar, quis contornar a questão, sublinhando que a decisão do presidente seria posta à consideração dos restantes elementos do executivo aquando da discussão das Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2017. O líder da oposição retorquiu, lembrando que Manuel Baptista já tinha a decisão tomada e fechada.

Filigrana Outro dos pontos abordados no Período Antes da Ordem do Dia, trazidos à discussão por Frederico castro, foi o processo de certificação da Filigrana. O vereador André Rodrigues explicou que o dossier está a seguir o seu percurso normal, recordando que está a ser feito o caderno de encargos. “Queremos que esta seja uma candidatura única e, por isso, já temos uma estratégia global dos profissionais povoenses”, garantiu.


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