Revista AMI Edição Especial - Carnaval

Page 1

edição especial Carnaval

Um Carnaval Alegre, exuberante e sofisticado ami | 1




ÍNDICE 08| MEMÓRIAS DE UM CARNAVAL 10| Editorial :DA PRAIA PRA RUA 22| A CADA CLIK UM ESTILO 28| São Miguel dos Milagres 30| ABRAHAM PALATNIK A Reinvenção da Pintura 34| Editorial: MAKE FOLIA 40 | Cadáver de Estrela JACKMICHEL 42| BAILE VOADOR 44| UM RETRATO DENTRO DO OUTRO


FICHA TÉCNICA ANA VITORINO - Editora Chefe e Cultural THAIS FILGUEIRA - Editora de Moda e Fotografia MARIA ALVES PEREIRA - Núcleo Cultural JOÃO COSER - Núcleo Cultural JESSYCA AMENO - Repórter Cultural e Fotógrafa em MG MARIANA DE CARVALHO - Repórter Cultural e Moda

CAPA: THAIS FILGUEIRA

MODELO: GABRIELA VAREJÃO

Agradecimentos: Albina Pompermayer, Andressa Piumbini, Cris Aguiar, Dirce Braga, Emily Aurich, Estúdio Pinheiro, Gabriela Varejão, Gustavo Moraes, JackeMichel, Jennifer Arndt, Julia Luiza, Luiz Vitorino, Lorena Vago, Martha Campos, Mateus Mareto, Willian Braga.

edição especial Carnaval contato@ami.art.br

www.ami.art.br

ami | 5


6 | ami


Carta do Editor Vamos festejar a lembrança de um dia na infância, quando jogávamos ao alto confetes, e com um sorriso largo de alegria observávamos os pontos coloridos caírem ao chão. Esta edição foi produzida para alegrar aos nossos olhos com cores e imagens simples com detalhes clássicos e liberdade de expressão. Não podemos deixar o carnaval no passado, trazemos imagens de grandes artistas que eternizaram a felicidade e alegria em cores fortes e vibrantes, e nesta edição dão um toque de sofisticação e beleza. Indicamos lugares encantadores pelo fato da simplicidade estar presente. É assim que a Revista Ami lhe convida a um carnaval alegre, exuberante e ao mesmo tempo sofisticado! Boa leitura! Bom carnaval!

ami | 7


8 | ami


ami | 9


Da Praia Pra Rua

10 | ami


ami | 11


12 | ami


ami | 13


14 | ami


ami | 15


16 | ami


ami | 17


18 | ami


ami | 19


20 | ami


Foto HELIO FILHO Modelo INGRID FLYNTER Produção ANA VITORINO Style ILHA MARIA Beleza CRIS AGUIAR Cabelo D.BRAGA Figurino ILHA MARIA.SALE Acessórios MC ACESSORIOS e ILHA MARIA.SALE

ami | 21


22 | ami


ami | 23


24 | ami


ami | 25


26 | ami


ami | 27


Foto: Danielle Noce

SĂŁo Miguel dos Milagres Alagoas Por Ana Vitorino

foto: www.maceio.com.br

28 | ami


Para on de fugir no Carnav al ?

Foto: Life’s Chic

Sabe um destino ainda perfeito para fugir do turismo de massa, aqui no Brasil?

Milagres,

possui

com

sombras

as

longas de

praias imensos

coqueiros protegidas por recifes, formando piscinas naturais onde

São Miguel dos Milagres , em o permitido é relaxar. Alagoas, vem se tornando um

As

destino certeiro para quem quer

decoradas

descansar e apreciar a boa vida

restaurantes próprios.

na praia. Fica apenas 50 km da

Um destaque para a Pousada

capital Maceió e se tornou um

do Caju, que fica na Praia do

polo turístico.

Toque, 3,5km (1km de terra), super

Na época do verão, ao contrá-

charmosa

rio do que se imagina, não se

extremamente solícitos e gentis.

encontra o agito habitual do

Ah! O champanhe é servido na

Ano Novo, e é no verão que

piscina

o

sossego

reina

em

São

pousadas e

e

até

são

muito

geralmente

os

as

bem tem

proprietários

21

horas!!

Mi-

guel ou mais conhecido como

Isso é vida ou não é?

ami | 29


30 | ami


ABRAHAM PALATNIK A REINVENÇÃO DA PINTURA 01.02 a 24.04 CCBB Rio de Janeiro

A obra de Abraham Palatnik (1928) caracteriza-se por uma qualidade inegável: permite não só observar as passagens do moderno ao contemporâneo, mas também reconhecer uma das primeiras associações entre arte e tecnologia no mundo. Esta exposição retrospectiva ultrapassa os limites da pintura e da escultura modernas, intenção que o artista manifestou claramente em obras como Aparelhos Cinecromáticos e Objetos Cinéticos e em suas pinturas, quando passou a promover experiências que implicam uma nova consciência do corpo. Curadoria: Felipe Scovino e Pieter Tjabbes

ami | 31


Filho de judeus russos, Abraham Palatnik, freqüentou a Escola Técnica Montefiori, em Tel Aviv, e se especializa em motores a explosão. A partir de 1943, teve aulas de desenho, pintura e estética no Instituto Municipal de Arte de Tel Aviv, até 1947. Produziu pinturas de paisagens, retratos e naturezas-mortas. Voltando ao Brasil em 1948, resolveu morar no Rio de Janeiro conhecendo inumeros artistas e como o crítico de arte Mário Pedrosa e os ateliês do Hospital Psiquiátrico do Engenho de Dentro. Neste período Palatnik deixa de pensar a qualidade da obra baseada no manejo realista das tintas e na associação da arte com o motivo. Sua pintura e sua escultura abandonam os critérios escolares de composição e partem para relações livres entre formas e cores.

32 | ami

Nesse momento, aproxima-se da arte abstrata. Após pintar algumas telas construtivas, começa, em 1949, a projetar máquinas em que a cor aparece se movendo. Com base nesses experimentos são criadas caixas de telas com lâmpadas que se movimentam por mecanismos acionados por motores. Mário Pedrosa chama as invenções de Aparelhos Cinecromáticos mostrados pela primeira vez em 1951, na 1ª Bienal Internacional de São Paulo. O trabalho é pioneiro no uso de fontes luminosas artificiais na arte. A partir de 1959, leva o movimento para o campo tridimensional. Cria trabalhos em que campos eletromagnéticos acionam pequenos objetos colocados em caixas fechadas.


Ao mesmo tempo que inventa peças com que explora as possibilidades tecnológicas da arte, o artista faz quadros em superfícies bidimensionais. Em 1962, inicia a série Progressões. Nesse trabalho Palatnik utiliza materiais como madeira, cartões, cordas e poliéster.

jeção internacional e ele passa a ser considerado um dos precursores da arte cinética. Tal reconhecimento leva-o a participar, em 1964, da mostra internacional de arte cinética Mouvement 2, na Galeria Denise René, em Paris.

Em 1999, Frederico Morais organiza mosEm 1964, nascem os Objetos Cinéticos. O tras retrospectivas de Palatnik no Itaú artista cria esculturas de arame, formas Cultural, em São Paulo e no Museu de coloridas e fios que se movem aciona- Arte Contemporânea (MAC-Niterói). das por motores e eletroímãs. As peças se assemelham aos móbiles do escultor Ele é consagrado pioneiro, o primeiro norte-americano Alexander Calder. No que explorou as conquistas tecnológientanto, diferenciam-se deles por se mo- cas na criação de vanguarda brasileiver com regularidade mecânica dentro ra. O que Mário Pedrosa descreve, em da dinâmica planejada. Os Aparelhos 1953, continua valendo para a carreira Cinecromáticos são exibidos na Bienal do artista-inventor, que segue sua trajede Veneza em 1964. tória "tornando as máquinas aptas a geA participação nessa mostra lhe dá pro- rarem obras de arte".

ami | 33


M F

ake

olia

34 | ami


Gabriela VarejĂŁo

ami | 35


Julia Luiza

36 | ami


Andressa Piumbini

ami | 37


Emily Aurich

38 | ami


Figurino

Foto THAIS FILGUEIRA Modelos GABRIELA VAREJÃO JULIA LUIZA ANDRESSA PIUMBINI EMILY AURICH Produção e Arte ANA VITORINO SHOW ROOM ESTÚDIO PINHEIRO Beleza CRIS AGUIAR Acessórios ACERVO REVISTA AMI

ami | 39


JackMichel em redes sociais:

Facebook: https://www.facebook.com/escritoraJackMichel/ Twitter: https://twitter.com/JackMichel2017 Instagram: https://www.instagram.com/jackmichel2017/ Google+: https://plus.google.com/112246483579431089961/posts Tumblr: https://escritorajackmichel.tumblr.com/ Pinterest: https://br.pinterest.com/jackmichel2017/

40 | ami


Cadáver de Estrela

JackMichel

No azul caliginoso do céu da noite vi passar, fantasmagoricamente, um cadáver de estrela. Acompanhava-o o cortejo rutilante de sua aura etérea, conduzindo-o a um pouso ignoto da Via-Lactéa... Tremeluzindo à fresca aragem, como o Vesúvio terrível a pulsar na evolução pantérica das lavas coleantes! Fremi ao vê-lo. Mas, ao contemplar-lhe a face clara em desamparo, na atitude exul de quem morre sem deixar saudade, uma lágrima tépida tombou dentro de mim por ver o quanto era belo!...

JackMichel é o primeiro grupo literário na história da literatura mundial composto por duas escritoras: Jaqueline e Micheline Ramos São irmãs e nasceram na cidade de Belém, Estado do Pará (Brasil). O tema de sua obra é variado visto que possui livros escritos nos gêneros ficção, poesia, romance, fábula e conto de fadas.

ami | 41


Baile Voador é uma festa de alegria e confraternização. E sua quarta edição será na terça-feira de carnaval, que sorte! Juntinho nessa vem O Bloco do Sargento Pimenta, Regional da Nair e o DJ Renato Vervloet. Uma festa para ser feliz com segurança e a melhor vista de Vitória, só podia ser no Ilha Shows. Viaje na sua fantasia e vem voando pro Baile!

42 | ami


Porque aquele melhor baile de carnaval que você respeita tá chegando. E o Baile Voador 2017 vai trazer o Bloco do Sargento Pimenta - O bloco é um dos mais famosos e concorridos do Carnaval do Rio de Janeiro, tocando músicas dos Beatles em ritmos carnavalescos. E junto a Regional da Nair te ajudando a esquecer todas os hard days. Vai ter beatles frevo, beatles samba, beatles xote e beatles funk pra ninguém ficar parado. E vem Regional da Nair pra fazer cantar e sorrir com tudo que é música que a gente sabe e ouve a vida inteira. E a tradicional catuaba free para os 100 primeiros fantasiados continua! Atrações ♦ Bloco Sargento Pimenta ♦ Regional da Nair ♦ DJ Renato Vervloet Observação ♦ Menores de 18 anos não terão acesso.

ami | 43


44 | ami


Um retrato dentro de utro

O

Por João Coser

No dia 31 de janeiro fui convidado a ir à associação GOLD, localizada no centro de Vitória, Espírito Santo. A Associação GOLD é uma entidade sem fins lucrativos fundada em 2005 com a intenção de promover a cidadania e defender os direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, contribuindo para a construção de uma democracia sem quaisquer formas de discriminação, afirmando a livre orientação sexual e identidades de gênero. A associação promove debates, oficinas e palestras com o intuito de dá visibilidade e contribuir com a formação de conteúdos, assumindo espaços na sociedade de enfrentamento e respeito ao outro. O convite de conhecer a GOLD partiu da Artista-Pesquisadora Camila Grijó que busca em suas pesquisas dá visibilidade à mulher

trans e ao homem trans com suas imagens sendo confrontadas pelo outro (espectador). Em março realizará sua primeira individual na PUC/SP no Colóquio Greimas 100 anos. A artista propõe um projeto de intervenção nos espaços de intimidade, ou seja, no banheiro, lugar esse, que as/os trans são desrespeitados (as), por não se enquadrar num contexto padrão de imagem fornecido por uma sociedade conservadora. O assunto abordado nessa edição é de extrema delicadeza e de muita reflexão a respeito do outro, esse que nos é à base da construção de identidade, gênero e civilização. Acredito que quanto mais forem debatidas questões a respeito da desigualdade que estabeleceu entre o eu e outro, mais teremos opções de se reconhecer no outro e ser construído e tocado por ele de alguma forma.

ami | 45


Qual caminho você escolheu para abordar sua pesquisa? Por quê? R: Acredito que desde que comecei minha trajetória na Universidade a minha noção de mundo dentro da minha bolha dissolveu. Assim que eu entrei em contato com tanta gente e com tantos pensamentos e realidades que não a minha, vivenciando todo o tensionamento dessas diferentes relações e posicionamentos, minha visão de mundo foi ampliada nas relações entre quem eu era e as pessoas ao redor. O próprio entendimento de Arte ainda como algo a se contemplar, que se prende apenas ao belo e em toda a sua áurea inalcançável, tanto do objeto artístico quanto do artista em si, fora desconstruído (ainda bem!) durante esses últimos anos.

46 | ami

Por esse motivo, o pontapé inicial de minha pesquisa e da construção da minha poética se dá pela relação com o Outro. O Outro que me modifica, me transforma, me constitui, me completa em toda a minha incompletude. O Outro que me contagia e me tenciona de tantas e de diferentes formas. Foi pensando o Outro que, durante um projeto de Fotografia realizado durante a matéria de mesmo nome em minha graduação, em meados de 2015, pensei o espelho enquanto suporte, onde colaria películas adesivas transparentes com fotos impressas, buscando essa reflexão de si no/com/através do Outro. A foto escolhida naquela época, ao final da matéria, fora uma apropriação de uma das fotos da modelo trans Lea T. em seu primeiro ensaio fotográfico nu para a revista Vogue.


É engraçado pensar, mas fazendo essa retrospectiva na trajetória da pesquisa e do desenvolvimento de uma poética, no momento mais sólido, se assim posso dizer, é que eu percebo que o espelho foi a primeira escolha. O objeto espelho sempre esteve presente, o que seria impresso na película colada ao espelho é que foi mudando de acordo com o tempo. Hoje busco retratar transgêneros do Espírito Santo, trazendo o trabalho para uma esfera mais próxima, em minha futura exposição intitulada “Autorretrato” que acontecerá na cidade de São Paulo em março deste ano. Quais as motivações para tratar do tema “Visibilidade Trans”? R: Essa foi uma das perguntas que mais pensei comigo mesma nesses últimos meses. Por que inicialmente eu parti para a Lea T. e não para uma outra mulher ou homem? O que me levou a retratar a mulher e o homem trans nessa pesquisa e na minha futura intervenção? Penso que, inicialmente, fosse mais uma curiosidade, uma busca por entender quem era essa mulher ou o que seria ser uma pessoa transgênero. Passei muito tempo pensando nisso, estudando isso, mas só fui entender realmente quando pude entrar em contato e escutar seus relatos. Um dos mais fortes foi durante o dia da visibilidade Trans na Associação GOLD*, onde eu pude ouvir uma fala, enquanto nos apresentávamos uns aos outros: “Eu não sou ninguém na fila do pão”. Essa fala foi reiterada durante o debate que se prosseguiu.

da/o, que é invisibilizada/o na luta LGBT+. A mulher trans que não tem espaço na luta das mulheres. Que está sempre sendo relacionada à prostituição e drogas. É uma não-pessoa e por isso não tem banheiro e muito menos necessidades fisiológicas, porque quando entra em um tem escândalo e se vai para o outro só quer sexo. Não tem emprego, porque senão vai transar no banheiro ou usar drogas lá mesmo. Que não é mulher, nem homem. Não é cidadã/o do bem. Quais são os enfrentamentos que pretende com a pesquisa? Os enfrentamentos que busco se devem exatamente por colocar ali, naquele espelho, a reflexão dessa não-pessoa que é a/o transgênero na nossa sociedade machista, transfóbica, homofóbica e que nos oprime de tantas e diferentes formas diariamente. O que pretendo provocar com a colagem dessa fina película no espelho onde serão impressas as fotografias, é esse encontro, explorando e provocando a quebra de fronteiras entre o “si” e o Outro, problematizando este lugar do outro e corroborando em uma interação entre sujeitos, no atravessamento. No reflexo e na reflexão recíproca de si com/ no e através do Outro. Nesse enfrentamento de se enxergar e encontrar a si mesmo no Outro. Um retrato dentro de Outro e, por esse motivo, o nome da exposição é Autorretrato.

As motivações se fortaleceram a partir daquele debate. Eu quero tratar desse tema, porque a mulher e o homem trans, na nossa sociedade, é essa não-pessoa. Uma não-pessoa que não tem mundo. Que é nega-

ami | 47


48 | ami


ami | 49


www.ami.art.br edição especial carnaval

50 | ami


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.