Revista AMI Edição 7

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A Liberdade de SER e TER sem julgamentos. AMAR o que se faz, EVOLUIR. ami | 1


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ÍNDICE 08| O Corpo Poético: território, paisagem e desvios 14| ODD ISLAND - UMA ILHA PARA TODOS 18| Yes nós temos Biquini 22I Betho Penedo - Músico e Poeta 24 I Editorial ARTESANAL 34| Curadoria - PIETER TJABBES 40|Editorial FREE 46 |Editorial WINTER TIME NOW 54 I Fred Bertoluzzi - Risoto Nero 56 I ami especial PORTUGAL 58| Ponto 2 62|Esposende - Privilégio da Natureza 68 I ESAD - Escola de Arte e Design 76 I Portugal FASHION 2017 84 I Haute Couture - Cool Cotton 90 I Indo por aí


FICHA TÉCNICA ANA VITORINO - Editora Chefe e Cultural THAIS FILGUEIRA - Editora de Moda e Fotografia JOÃO COSER - Núcleo Cultural JESSYCA AMENO - Repórter Cultural e Fotógrafa em MG ANA GRANDÉS - Diagramadora BRUNA IGNATOWSKA - Colaboradora Londres - Inglaterra SYLVIO LEAL - Colaborador Winnipeg - Canadá AMI PORTUGAL RUTE BARROS - Núcleo Moda JORGE LARANJEIRAS - Núcleo cultural RUY MORAES - Fotógrafo de Moda CAPA: Foto THAIS FILGUEIRA Modelo REBECCA LORENZON

Agradecimentos: Albina ,

Dirce

Vitorino,

Pompermayer,

Bruna

Ignatowska,

Braga,

Jennifer

Arndt,

Jorge

Pieter

Tjabbes,

Vitor

Costa,

Cris

Aguiar

Laranjeiras, Willian

Luiz

Braga.

edição 7° contato@ami.art.br

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Sylvio Leal

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Viajar, descobrir fronteiras, ser livre!! Todos deveriam conhecer e libertar sua mente e corpo, nada é certo ou errado. Sua liberdade diz o que fazer, ser espontâneo. LIVRE! Todos os seres se combinam e estão em uma perfeita harmonia na natureza. Devemos sim, abrir as portas encerradas de nossas vidas e nos tornarmos seres do mundo. Sem apontar erros ou defeitos, somos assim!! TODOS!! Nosso corpo é um poema, um território, uma paisagem linda! Vamos dançar por aí, com a alegria e serenidade de uma poesia musical. Somos fashion, somos irmão, somos simples! Somos Nós!

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O corpo poĂŠtico: territ Por JoĂŁo Vitor Coser

Da vontade eremita. Fotografia. Registro Amanda Amaral. 8 | ami


tório, paisagem e desvios

. Ano 2016. 65cmx 90cm. A relação do homem e natureza ami | 9


Estamos em comemoração de mais uma primavera (viva!), e para essa edição, considerei escrever ou devanear um pouco sobre meu processo criativo como artista visual e para nos conhecermos melhor, leitores. Desde 2015 venho pesquisando no campo das artes sobre a performance artística, para os mais leigos, é quando o artista utiliza o seu corpo como suporte para criações poéticas, que podem ser assistidas ao vivo ou através de seus registros em fotografias ou vídeo, e por vezes até um registro físico no ambiente que se realizou a performance. Para iniciar essa conversa é recomendável uma imersão em seu próprio corpo, mas como? Pense-o como habitat de si. O corpo é casa, no ser biológico – casulo – nele, ao invés de móveis para compor a sala, o quarto, a cozinha e a varanda, são inscritos memórias, cicatrizes, experiências. Para além do físico, considero o corpo como metáforas da sensibilidade humana. O corpo ele tem forma, tem gestos, ele se modifica, se adapta, ajusta, ele integra. Ele fala, ele cria, ele grava. Entendo (ou vejo) como esconderijo, como casa, casca, território, habitat. O imagino como um longo deserto a ser percorrido, descoberto. O espaço contido dele é seu tamanho, seu lugar, é morada. O corpo reage a marcas, essas do interior, que carrega um pedacinho de um mundo, que pede para ser revelado, mostrado, como poesia de um silêncio. Em um trecho do livro A poética do devaneio, Gaston Bachelard faz uma referência à Barrés “o homem que atinge a glória da respiração respira cosmicamente” e em suas notas de rodapé ele explica “segundo uma doutrina da imaginação, ao contrário, é necessário muito “de fora” para curar um pouco de “dentro””.

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Nessa passagem é onde encontro abrigo para narrar ou devanear sobre a consciência do corpo, como casa habitat. O corpo só é compreendido quando se permite descobri-lo, quando devaneia por caminhos e encontros, quando são reveladas suas marcas, explorando suas histórias. Para complementar “nessa solidão, as próprias recordações se estabelecem como quadros. Os cenários dominam o drama. As recordações tristes adquirem pelo menos a paz da melancolia” escreve Barchelard. É uma tomada de consciência, de se conhecer, de ser passível de análise, de articular desejos e vontades ou medos e angustias em poesias visuais “a consciência, por si só, é um ato, o ato humano. É um ato vivo, um ato pleno”. O ato, que são pequenas ações, como gestos a procura de formas que estabeleçam um cenário, que por sua vez, deve levar em consideração, uma história/estória narrada ou não, perdida, fina e plástica. Escolhi para essa matéria um projeto intitulado “Jardins Internos” que trás uma relação do homem e natureza, através do seu contato ou em uma intervenção com seu corpo no espaço. Dentro desse projeto escolhi os trabalhos Da vontade eremita e Casa Fragmentada, meu corpo envolto de um plástico transparente conduzido à metáfora da vida. Um casulo, uma metamorfose, um estar dentro, com um desejo de romper e se libertar. Encontro-te no casulo leitores. Informações adicionais: Link para o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=SGVIohaE6gQ&feature=youtu.be

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yES!

NÓS Temos

IQUÍNI B Curadoria: Lilian Pace

CCBB - RIO DE JANEIRO 17.05 a 10.07 18 | ami


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Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro Rua Primeiro de Março, 66 - Centro - (21) 3808-2020 de quarta a segunda, das 9 às 21h.

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A exposição

apresenta os aspectos sociais, históricos e culturais de uma criação revolucionária no mundo da moda e a sua devida apropriação pelos brasileiros, transformando-a em objeto de desejo do mundo todo. O traje nasceu na França, em 1946, mas originou-se há séculos, como mostram as preciosas tangas marajoara do período pré-colombiano. Do pesado traje de banho do século 19 às novas modelagens do século 21, a exposição ressalta as mudanças de comportamento e conquistas da mulher nesse período, os padrões de beleza e sua relação com a arte. A mostra conta ainda com criação inédita de Nelson Leirner e obras de artistas como Beatriz Milhazes, Leda Catunda e Rochelle Costi. Entre os fotógrafos estão German Lorca, Thomaz Farkas, Bob Wolfenson, Cassio Vasconcellos, Claudio Edinger e Jacques Dequeker, além de trabalhos audiovisuais como os de Katia Maciel e Janaina Tschäpe e, claro, modelos icônicos de moda.

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BETHO PENEDO Músico e poeta

Betho Penedo subiu ao palco pela primeira vez em 77 na cidade mineira de Governador Valadares tocando músicas próprias produzidas sob influência poético musical vindo dos movimentos culturais vivido no Rio De Janeiro.

Criou em 2014 uma parceria com a Academia feminina de Letras do Espírito Santo, de onde lançou junto a escritora Maria do Carmo Schneider o livro " Vida e Obra de Maria Penedo. "E em parceria com Alex Krüger o projeto Encontros que ficou um ano em cartaz no Shopping Seu primeiro show em Vitoria foi Jardins, em Jardim da Penha. em 79, onde dedicou a carreira profissional como empreende- Em 2017 Betho completa 4 dédor cultural criando o bar show cadas de estrada musical e poTerra Viva. ética e pretende lançar o seu primeiro livro de poemas chaViajou para a Índia, Nepal, de- mado " Gauche ". pois a Lisboa onde participou da Expo-98, e na Itália traba- " Minha meta é ser poeta se a lhou com turismo e educação. palavra já não veta. " Em 2003 gravou seu primeiro CD em vitória intitulado www.facebook.com/sergioroberto.penedo " Jurei Rimar ". 22 | ami


SINTO MUITO...SOU POETA. Betho Penedo

O Poeta vê o verso, o outro lado, olha bem de frente e sente, não declara, não vota, nem veta, enxerga o enigma e não vê solução, prefere a inspiração. A vida está em conflito, e há uma grande coincidência, entre a crise de consciência do homem moderno com o drama espiritual do poeta, e os dois buscam a salvação na literatura. O mundo jaz em ruínas e o poeta é " indisciplinador de almas ". Acredita que o valor da poesia está na sua sinceridade. Pega então o mistério entre as mãos sem temer a verdade, caminha a pé em direção ao Sol e se perde na escuridão até encontrar sua Lua dourada, o beijo de sua amada. Na estação do Trem já é madrugada, sua busca se vê terminada, ele senta e contempla. Vê Fernão Capelão Gaivota voltar, vê Sidarta se encontrar, abraça seu amigo Pedro...Lá está Shakespeare! Pensa grande, sonha com Gandhi, e diz fingir é conhecer-se. Estende o braço até Picasso, mas quem chega é Fernando Pessoa. Aqui é Lisboa...Portugal Sou um ocultista, uma metáfora fora do espaço-tempo. Ali está meu valor, minha Gnose... crio meu pássaro, pinto suas asas e voo...voo só por existir.

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Asanal

r te

Ami convidou Milene Andrade, para participar de nosso primeiro editorial ARTESANAL, que apresenta as mãos atrás da beleza de suas artes. Nesta edição Milene Andrade – Confeitaria Artesanal

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Foto HELIO FILHO Modelo convidada MILENE ANDRADE Produção e Arte ANA VITORINO Stylo ANA VITORINO Beleza CRIS AGUIAR Figurino ESTUDIO PINHEIRO Acessórios ACERVO MAYARA DUTRA Locações LUIZ MOREIRA

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@mileneandradeconfeitaria email miandradeconfeitaria@gmail.com whatsApp (27) 988112923

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CURADORIA COM PIETER TJABBES

“Para ser curador não existe uma regra, existe sim uma combinação de conhecimento, instinto, educação e pensamento original.” ami | 35


A história da curadoria cresceu muito de 20 a 30 anos. pra cá. Antigamente o curador era uma figura que organiza o material do artista ou do movimento tentando dar uma leitura histórica para esse assunto. Ao longo desses últimos anos o papel do curador cresceu muito, e a interpretação pessoal da figura do curador ficou importante a tal ponto que a escolha das obras e das conexões que o curador faz entre obras e artistas, virou uma obra de arte por si mesmo, e isso tem um lado interessante por fazer conexões que o público em geral não ia fazer, e por outro lado as vezes me incomoda um pouco, pois a figura do curador virou quase mais importante que as obras de arte que compõe a exposição. Eu sou historiador de arte e venho de uma linha mais clássica, eu preso muito pela interpretação histórica do movimento, da carreira do artista e da retrospectiva.

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Na arte contemporânea e um pouco mais difícil de se trabalhar, pois na maioria das vezes, você lida com artistas que estão em plena fase de crescimento e evolução da sua obra, e por isso requer outros talentos do curador, inclusive como por exemplo, dar nomes e explicar algo que não tem explicação tão clara. Eu, como curador, olho muitas vezes para trás, porque eu abordo assuntos em que me sinto confortável. Com muito menos frequência faço exposição de arte contemporânea mesmo. Não me sinto gabaritado. Também tem a ver com sua auto critica. Você tem que ser bom em certas coisas e em outras nem tanto. A retrospectiva que fiz do Mondrian e o Movimento Still, é o meu papel.


Eu fiquei completamente à vontade, eu interpreto menos eu traduzo os conceitos deste movimento para esse público de hoje. Nesta forma sim eu tenho um papel, eu escolho mostrar certas coisas e outras não, dou destaques a certos aspectos das obras de arte e outros não. É um trabalho intelectual, um trabalho de escolhas.

“Adoro trabalhar com outros curadores, nesse dialogo, eu aprendo muito e a exposição cresce muito também.”

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“Nunca tive o pensamento de que eu sei tudo, eu preciso de outros para me complementar.”

Antigamente os curadores eram muito mais ligados a um espaço, dentro de um museu, faziam seu trabalho dentro de uma instituição, hoje em dia um curador viajante e muito mais aceito. É interessante pois alguns se tornam um mito é a exposição acaba virando um show. Mas hoje quem não faz show, não é visto. Hoje o íntimo, o poético e muito mais difícil de se manter em pé.

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Quando se faz uma exposição o primeiro ponto é estudar o público que participará desta exposição. No caso do público do centro cultural banco do Brasil que é muito mais diversificado, eu tenho que explicar um pouco mais, tenho que fazer uma linha pedagógica, tenho que explicar desde o início quem é o artista, onde nasceu, usar uma linguagem mais didática.


Se eu tivesse que fazer essa mesma exposição do Mondrian para o público na Holanda, seria completamente diferente, por pressupor que o holandês tem uma noção de quem é o artista. Eu me sinto professor, o que mais me dá mais prazer é ensinar, isso transparece em minhas exposições, não acho isso uma desvantagem, o

CCBB presa quando faço as exposições, pois o público sai contente, ele entende, isso não tira o brilho das obras de artes, pois continuam tão interessantes quanto antes, pois aprendeu sobre o movimento, sobre o artista.

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Free Foto Mija Valdez

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Foto MIJA VALDEZ Modelo CONSTANTINE KALOUTAS Styling DANIEL GRAY Maquiagem e cabelo CHLOE PALMER

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Foto BRUNA IGNATOWSKA Modelo MARTINA PALLARA

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Foto BRUNA IGNATOWSKA Modelo CECILY CRACROFT-ELEY

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Foto THAIS FILGUEIRA Modelo REBECCA LORENZON Produção ANA VITORINO Stylo DEBORA GUIMARÃES Beleza CRIS AGUIAR Figurino ILHA MARIA Acessórios ILHA MARIA Locação LUIZ MOREIRA

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Risoto Negro com Botões de Lula e Pimenta Biquinho Ingredientes: -1 xícara de arroz negro -1/2 cebola cortada em cubos pequenos -2 dentes de álho amassados -200g de botões de lula ou anéis de lula -10 unidades de pimenta biquinho em conserva -3 unidades de tomate cereja cortado ao meio -1/2 xícara de molho de tomate -1/2 taca de vinho branco -3 folhas de rúcula rasgada

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grosseiramente -Sal e pimenta do reino a gosto -Manteiga gelada 1 colher de sobremesa -140g de queijo parmesão ralado na hora -3 xícaras de caldo de peixe(espinhas e cabeça do peixe, cebola e alho cozidos por 40 minutos hora em fogo baixo) -Azeite de oliva 2 colheres de sopa


Chef Fred Bortoluzzi Modo de Fazer: Cozinhar o arroz no caldo de peixe Para a torrada de parmesão, em ou com 3 xícaras de água até ficar uma frigideira antiaderente, espamacio, caso a água seque, adicione lhar o parmesão ralado de uma foro necessário. Refogar a cebola e o ma que eles fiquem juntos, porem alho até ficarem caramelizados, adi- com uma camada bem fina, levar a cionar o arroz, e o vinho branco, dei- fogo baixo, deixar dourar levemente xar o vinho evaporar pela metade, de um lado e virar e dourar do outro adicionar o molho de tomate, e dei- lado, retirar da frigideira. xar cozinhar por mais 3 minutos. Desligar o fogo e adicionar 70g do queijo Para montar o prato coloque o arroz e a manteiga gelada sem parar de por baixo, arrume a refoga por cima mexer até eles se incorporarem, adi- e espete a torrada de parmesão de cionar o sal e pimenta se necessário. Para a Lula, esquentar bem uma frigideira, adicionar o azeite se oliva, e colocar a lula, deixar 2 minutos, colocar o tomate cereja e a pimenta biquinho, deixar mais 1 minuto, adicionar a rúcula, mexer por 30 segundo e desligar. Adicionar sal e pimenta do reino.

uma forma que ela fique em pé.

Chef Fred Bortoluzzi Personal Chef Encomendas You Tuber Chef Executivo Restaurante Expressa Centro Email: fredbortoluzzi@gmail.com Celular: (27) 99977-7798 Instagram: @fredbortoluzzi Facebook:@fredericobortoluzzi YouTube: www.youtube.com/c/bistroluzzi

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especial

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ponto

Por Ana Vitorino Caminhando nas grandes avenidas no Porto, em Portugal, sinto o aroma de café. Sabe aquele aroma gostoso que dá vontade de tomar um cafezinho? Pois então, quando vejo estou a porta da Ponto 2. Ponto 2 é uma padaria tradicional e fica junto da estação de metrô da Casa da Música. Uma agradável surpresa! Um ambiente maravilhoso que liga arte e descontração. A Padaria/café tem em torno de 140m² e uma decoração que me deixou “encantada”. Ela foi planejada pelo arquiteto Tiago Cramez. Mesas, cadeiras e candeeiros em diversas formas além de bicicletas, decoram o espaço. Nos fundos tem uma área externa com várias mesas e poltronas para colocar o papo em dia e se deliciar nos dias quentes de verão.

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Existem em torno de 24 tipos de pão, croissants, bolos, tortas e doces que tiram qualquer um da dieta! Mas se você for forte o suficiente, tem vários sanduiches regados com saladas, presuntos, queijos, frutos do mar e claro os especiais para vegetarianos. O Brunch está disponível aos sábados e feriados, entre as 11 e as 16 horas, também há uma variedade de cafés, cappuccinos ou chocolate quente, além de whisky, licores, sangria, cerveja, vodca e gin...ufa!!! E para melhorar a Ponto 2, recebe exposições de pintura e fotografia, além de bandas de músicas. Quer ver de perto? @ponto2porto e mail: ponto2porto@sapo.pt Avenida de França n°202 – 4050 – 278 Porto Portugal – (+351)919257911 ami | 59


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Esposend PrivilĂŠgio da Natureza Por Ana Vitorino

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Visitando o norte de Portugal, não pude resisti a beleza da cidade de Esposende. Uma pequena cidade de 35 mil pessoas que no verão chega a 90 mil, entre estrangeiros e portugueses vindo de outras cidades como Braga, Porto, Lisboa, Coimbra entre outras. Esposende parece ter sido pincelada por artistas neoclássicos. Não é à toa que ela foi batizada de ” Privilégio da Natureza “. Naturalmente o turismo é fundamental, a acessibilidade é um fator favorável pois as autoestradas e ferrovias ligam Esposende as mais famosas cidades de Portugal, como Porto, Braga, que ficam a 40 minutos de carro, Coimbra, Lisboa e muito mais. Por isso, vários estrangeiros que passam por Esposende, gostam tanto que se tornam residentes, assim a cidade vem ganhando mais habitantes e com isso novas empresas surgem, crescendo o comércio tanto esportivo quanto nas artes, moda e alimentação.

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Esposende tem uma forte e dinâmica atividade esportiva. É muito comum de ser ver pessoas praticando esportes a beira mar ou em centros esportivos.

mar dão um charme ao visual da cidade. E para quem ama pedalar, Esposende tem a mobilidade suave com as Ecovias do litoral que liga Esposende a Caminha.

Para quem gosta de atividades ligadas ao mar, existem empresas que disponibilizam equipamentos para o turista curtir o esporte favorito, desde o windsurfe até o kitesurf. As piscinas com ondas a beira

Existem 130 km de percursos para caminhadas totalmente sinalizados e super bem conservados. Vale muito ousar numa trilha ou em um passeio beirando os rios.

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De julho a Setembro Esposende recebe grandes concertos de música com cantores e grupos nacionais, praticamente todos os dias e o melhor é que são totalmente gratuitos. O que não falta são atividades e muita diversão, tanto de dia quanto a noite as quais são deliciosamente agradáveis. Não dá vontade de ir para casa! Hoteis e Hostel são vários e muito bem equipados e cla-

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ro com o “pequeno almoço” (café da manhã) deliciosamente fantástico!!! Existem restaurantes e hoteis destinados diretamente aos peregrinos que fazem o caminho de Santiago. Sugiro um novo caminho da costa (um caminho muito lindo seguindo os rios, as praias e matas) que podem vir desde o Porto até a cidade de Valença. O privilégio de se estar em meio a natureza preservada é viver em Esposende!


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Escola Superior de Artes e Design Por Ana Vitorino

Em Design de Moda a ESAD prepara profissionais atentos às múltiplas solicitações e oportunidades de um mercado em grande e rápida transformação. Dá resposta a necessidades de formação concretas, orientando os processos tecnológicos e produtivos do projeto para a contínua inovação de soluções.

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A Coordenadora de moda Maria Gambina, abre um parêntese em sua agenda para receber a Ami e responder como é ser aluno na ESAD.

uma identidade, e que no fundo o design tem que respeitar essa identidade e tudo que foi construído, e mesmo assim, tentar criar algo sempre novo.

Já no segundo ano, os alunos começam a trabalhar o conceito, e a parte de projetos é mais direcionada ao jeans wear ou street wear. Eles começam a entender como é trabalhar em um ambiente empresarial, e o que é pensar em relação a uma imagem que já existe. Uma marca que já tem uma imagem

No terceiro ano, é quando se trabalha mais a identidade do aluno, o grande exercício é trabalhar muito conceito, o conceito, o conceito. Muitas pesquisas de imagens, pesquisar muito livros, ir a exposições, e principalmente afastar tudo que vem da internet, tudo que ameaça a criatividade.

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“Queremos sim que eles vejam o que estão fazendo por aí, só para eles não fazerem igual. ” E também para estarem informados, e que possam sim desenvolver mais o

que vem de dentro. E que depois consigam ter trabalhos com uma identidade muito própria e claro, contemporâneos.

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Para se fazer uma coleção deve-se passar por muitos processos como o conceito, as silhuetas, a pesquisa de materiais, pesquisas de cores e tantas coisas que precisam para elaborar os desenhos. Por isso a procura da individualidade é muito forte na ESAD precisamos que eles percebam que tem que ser autênticos, pois isto já quase não existe. Os alunos precisam saber que sabem fazer, e não que sabem copiar, pois a satisfação de fazer algo autenti72 | ami

co é infinitamente superior a qualquer imagem alterada. Em Portugal temos algumas plataformas que lançam concursos que são dirigidos aos alunos do último ano da licenciatura, e eles participam destes concursos e depois os vencedores ganham um apoio para continuarem. Dão oportunidades de estarem em 4 épocas de desfiles, com espaços para se apresentarem com tudo pago. Eles só têm que investir na coleção. É uma grande oportunidade oara se investir.


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Portugal neste momento tem várias oportunidades direcionadas aos jovens design de moda. Por isso a disciplina, identidade autoral e muita criatividade é fundamental para conquistar um lugar no mundo fashion, pois a indústria está mais receptiva em realizar as peças desses designs. Aqui formamos em 3 anos os licenciados. Temos uma gama de opções e vantagens, pois todos os cursos interagem agregando mais conhecimento e informação para o aluno. Temos aqui es-

tamparia, sala de costura , cortes etc. tudo para que o aluno saia completamente preparado para a ser um Design de Moda. Acredito que por tudo em conjunto que vencemos todos os prêmios. E todos os alunos saem preparados e muito contentes com a Escola. Gostaria de dizer para quem busca a Moda: Não vá para a Moda porque a consideram fashion. E quem realmente quem quer ir para essa área tem que ter muita paixão e uma identidade própria.

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Ana Sousa

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PORTUGAL FASHION 2017 Edição 40

Texto e Fotografia por Ruy A Morais

A 40.ª edição do Portugal Fashion teve lugar no passado mês de Março, com início e duração de um dia na cidade de Lisboa, com a produção de quatro desfiles, continuando depois por mais três dias na cidade do Porto, onde terminou, acolhendo mais 27 desfiles e um showroom dedicado a agentes de compras. À imagem de edições anteriores, este evento reuniu várias criações de autor, linhas comerciais, propostas de jovens designers e coleções de sapatos, tendo apresentando um “line up” bastante variado e atrativo.

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Susana Bettencourt

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Dielmar

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LuĂ­s Onofre (sapatos)

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O Portugal Fashion constitui um dos maiores eventos de moda do país, com uma projeção internacional reconhecida, tendo já passado por cidades como Nova Iorque, Madrid, Barcelona, Istambul, Londres, Viena, Milão e Paris, envolvendo a participação de variados estilistas, desde os mais novos jovens criadores até aos mais conceituados estilistas nacionais, alguns deles já com uma forte afirmação além fronteiras. A presente edição, novamente organizada pela Associação Nacional dos Jovens Empresários (ANJE) e pela Associação Têxtil de Portugal (ATP), numa estrutura organizativa que envolveu mais de 400 profissionais, foi mais uma vez um sucesso, reunindo em plateia cerca de 30 mil pessoas, visando a promoção das marcas portuguesas e aproximando indústria e criadoras, afirmando-se cada vez mais como uma referência de criatividade, modernismo e sofisticação estética de Portugal face ao exterior.

Página Facebook: https://www.facebook.com/ruymoraisphotografia Web site: http://ruimoraispt.wixsite.com/photografia Email: rmphoto.pt@gmail.com

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Diogo Miranda

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Micaela Oliveira

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Haute Couture 84 | ami


Alta Costura Europeia

Vitor Costa

Vitor Costa abre as portas da empresa Cool Cotton no norte de Portugal e nos mostra como “funciona” a alta costura europeia e a difícil tarefa em renovar a mão de obra especializada.

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Por Ana Vitorino

Hoje 99%

de nossa confecção está trabalhando especificadamente para uma Maison francesa. Para ela, desenvolvemos a coleção desde o início, onde são preparadas as peças para os grandes desfiles (Fashion Week) Paris, Milão, New York etc. A modelagem vem pronta da Maison, e aqui fazemos todo o serviço, somos responsáveis pelos cortes, em fechar as peças, estampar, bordar, enfim tudo! Quando a coleção está pronta para o desfile todas as peças são embaladas uma a uma, com controle de temperatura e são levadas em mãos, com lacres, para a Maison na França.

A responsabilidade é enorme, pois o segredo existe até a hora do desfile. Tudo tem que ser trabalhado em total sigilo e segurança. Todas as peças envolvidas na coleção são analisadas pelo nosso controle de qualidade, tudo é visto, avaliado e registrado. Quando vem do cliente ou fornecedor algo que não foi aprovado pelo nosso controle de qualidade, é devolvido ou substituído. Daqui segue para uma outra empresa que é contratada pelo cliente, onde ocorre a auditoria de qualidade, lá é controlada uma porcentagem da coleção ou encomenda. Pelo menos 80 a 95 % de tudo, tem que estar fechada com a qualidade que eles querem.

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Do pedido da Maison até a entrega, fazemos em prazo Record, pois a peças já estão vendidas, então no máximo em duas semanas tem que sair daqui.

ca de 80 novos postos de trabalho em uma nova fábrica, não podemos parar o crescimento e continuo. Mas a automatização favorece somente em alguns pontos, pois um bom funcionário e as mãos femininas, precisaremos sempre para fazer delicadas operações. Por isso o nosso funcionário é valorizado e respeitado.

Hoje em Portugal, o setor têxtil tem uma mão de obra ainda não muito bem remunerada, pois faltam mão de obra qualificada para as grandes confecções e as que estão empregadas são muito valorizadas. Vitor acredita que tem que se começar a pensar em forEm nossa empresa temos fun- mação, para ele é o mais cionários muito bem pagos, importante. “Precisamos sende acordo com a capacida- sibilizar as pessoas que é um de e habilidade de cada um, trabalho como os outros, é com prêmios de incentivo pelo tem que ser bem remunerado. menos duas vezes ao ano. Tem que se pensar em incenOs funcionários que come- tivos para ter uma boa mão çaram as atividades aqui na de obra para a confecção.” empresa têm que saber que O maior problema que temos serão valorizados, assim au- hoje em Portugal é a mentalimenta a vontade de se aper- dade do empregador. Creio feiçoar, de aprender e na- que daqui a 10 anos, se os turalmente o salário cresce empresários portugueses não junto com esse processo. tomarem cuidado, não tereLógico que investimos na auto- mos profissionais que saibam matização, temos muitas maqui- trabalhar nas maquinas. Esse nas, as de corte com projeções, é o ponto número um, que maquinas para sublimação e quase ninguém se preocupa tantas outras, investimos sem ou não quer saber, pois estão parar, estamos criando cer- todos voltados para o llucro. 88 | ami


“Quem sabe trabalhar, já tem trabalho, e quem as tem não as deixam sair. Por isso é importante incentivar a formação de mão de obra para manter o futuro da confecção.”

Estão se esquecendo que amanhã a grande maioria dos profissionais irão se aposentar, e que as meninas de 18 a 20 anos não querem sentar em uma máquina de costura. Por isso o empresário precisa começar a pensar de como vai incentivar e fazer com que as a nova geração queira trabalhar em uma máquina. Não consigo ver futuro se não começarem hoje a promover in-

centivos para formação de novos profissionais. Neste momento, se aparecer uma menina de 20 anos com vontade de trabalhar e sem experiencia, eu a contrataria e ensinaria, pois sei que ao fim de 6 meses ela saberá fazer o mínimo, assim eu consigo liberar uma profissional de mais tempo para fazer trabalhos mais específicos e de complexidade. ami | 89


Indo por aĂ­

ENVIE UMA FOTO DE SUA VIAGEM contato@ami.art.br

Bruna Salgueiro Cavalheiro

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Lara Viana Laranjeira

Joaquim Laranjeiras e Luiz Vitorino ami | 91


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