Revista AMI Edição 2

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A Receita do sucesso é se ver bem com o coração. ami | 1


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http://www.vitoriamoda.com.br | Email: elio@vitoriamoda.com


Rua Desembargador Mario da Silva Nunes , Goiabeiras - (27) 3022-6558 / 9231 5176


ÍNDICE 11| EXPOSIÇÃO - 11ª Vitória em Arte 14| MOEMA.EMA - Transpiração de Arte, Emoção e Vida 18| GRAFIAS INTANGÍVEIS - Entrevista: Vitor Nogueira 24| LIMITS VERÃO 2016 - RAIO X 28| SESSÃO NOSTALGIA - Sem culpa nenhuma 32| JÁ NÃO TE CONHEÇO DE ALGUM LUGAR? 36|Editorial - OUTSIDERS 48| HORS CONTOUR 54| MARCELO ZANTTI COUTURE 62| MODA + DESIGN 69| OLHO MÁGICO 76|Editorial - PURA ALEGRIA 88| O PEQUENO PRÍNCIPE 90| VELHA INFÂNCIA 94| ROCK IN RIO 98| NA PONTA DA LÍNGUA 100 | AMI - Mascote Figura 102 | REALIZANDO SONHOS

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FICHA TÉCNICA ANA VITORINO – Editora Chefe e Cultural THAIS FILGUEIRA – Editora de Moda e Fotografia DÉBORA GUIMARÃES – Diretora de Redação ESTEPHAN CÔRTES – Designer Gráfico JESSYCA AMENO – Repórter Cultural e Fotógrafa em MG PETRUSKA TONIATO – Colaboradora de Moda GLAURO SIMÕES - Coordenação geral de moda KHALIL RODOR – Consultor e fotográfo de moda Ana Clara Benevides, Gustavo Moraes, Leandra Moreira, Lorena vago e Willian Braga - Colunistas Capa: Foto - khalil rodor | modelo - joão cazzador

Agradecimentos: Dirce Braga, Luiz Vitorino, Alair Caliari, Martha Campos, Nazaré Dalvi, Alan Junior, Cris Aguiar (Make), Elio Nunes, Willian Bayerl, Joana Pinheiro, Albina Pompermeyer, Dudu Portugal, Rafaela Nuria, Lucas Brumatt, Ragazzomodels, Moema.Ema, Vitor Nogueira, Lucas Aboudib (PIX), Marcelo Zantti, Gleyci Sassi, Wita (Indece Tokyo), Suely Abreu, Jennifer Arndt, Márcia Manuela Barros, Ricardo Campos, Débora Mello, Honório Filho, Arthur Pagani, Gabriela Barros Barbosa, Mariana Barros Barbosa, Luisa Bittencourt, Zyan Pompermayer.

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Foto Vitor

Nogueira


CARTA DO EDITOR Procurando vislumbrar vida em diversas áreas da arte me deparei com a verdadeira e por que não dizer da única visão de como foi minha infância! Cercada de muita inspiração e cor, pude participar como figurante na incrível arte do cinema, relembrando com alegria o primeiro filme do Jurassyc Park, acreditando em tudo que a telona apresentava ... e as sessões da tarde eram uma grande “recreio” durante os deveres de casa, e o melhor mesmo foi reler o primeiro livro “O pequeno Príncipe”, quanto aprendizado! Que bom poder rever, reler e aproveitar um pouco mais de um mundo que estava lá, guardado no tempo e hoje cheirando a novo! O novo chegou aos olhos de Moema no negativo em obras de arte, quem diria... Os olhos de águia nas fotografias de Vitor Nogueira onde nada passa desapercebido pelos seus cliques. A moda nas mãos de Marcelo Zantti realizando o sonho de criança e vencendo os desafios e fios a cada dia no seu ateliê. Chegamos sim na era moderna onde unimos a moda com Design em expressões vibrantes, ao mesmo tempo que curtimos as músicas num mar de jovens adultos que saem emocionados e plenos do Rock in Rio. Nos encontramos em um mundo onde a infância passa rápido demais para ser acompanhada em cartas ou longos telefonemas, mas algumas coisas insistem em permanecer em nossos caminhos atuais como a bicicleta, não tem como, todos já tivemos uma e que bom que ainda está por aqui! Então vamos aproveitar e reviver alguns momentos que já estão no passado, sem pressa, andando devagar, para o que o futuro nos apresente com calma uma vida repleta de boas recordações?


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Por Ana Vitorino

Exposição

11° Vitória em Arte 11ª edição da mostra coletiva Vitória em Arte. Aconteceu simultaneamente na Casa Porto das Artes Plásticas e no Centro Cultural Sesc Glória. Três intervenções artístico-urbanas estão expostas no Centro Histórico de Vitória. A mostra coletiva reuniu arte contemporânea, cultura popular e intervenção urbana e, nesta edição, contou com o trabalho de 86 artistas. A curadoria foi de Clara Sampaio e o objetivo da exposição era propor reflexões acerca da cultura e da produção artística contemporânea, além de criar a integração dos artistas locais. A parceria com o Sindicato dos Artistas Plásticos Profissionais do Espírito Santo, o Centro Cultural Sesc Glória e o Instituto Sincades para a realização do Vitória em Arte é mais um importante passo em direção ao fortalecimento do corredor cultural do Centro de Vitória. Disse a secretaria municipal de Cultura, Ana Laura Nahas. E foi sim um sucesso!! Que venham mais! Nossos olhos merecem.

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MOEMA.ema, transpiração de arte, emoção e vida! Por Ana Vitorino

Moema Pelissari Maciel pai artista plástico, transferiu por herança genética o amor incondicional pela arte. E Moema, como boa filha, fez valer essa herança dando vida às suas obras. Ela cria arte em seu pequeno grande espaço na terra e o medo a impulsiona, e o que se torna obstáculo é o que a faz querer vencer. Atualmente o foco de sua pesquisa artística ocorre acerca do aprimoramento de suas habilidades no desenho e representação na esfera das figuras antropomórficas e da pintura em negativo,

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como foi possível apreciar em sua obra que está em exposição no Teatro Glória no centro da Cidade de Vitória no Espirito Santo. Moema diz que “Procuro através desta metodologia, chegar a um diálogo mais próximo, direto e interativo com o espectador, de modo que ele possa sentir-se também artista, ao passo que, a maneira pela qual os elementos e o formato visual das obras estão construídas, em negativo, imediatamente estabelecese uma espécie de “meio passo”, de um convite à experimentação da completa conexão da obra com aqueles que


a observam, por requerer dos mesmos

não se torne obsoleta, ou permaneça

o uso de seus próprios instrumentos, de

encurralada no recôndito de seu ele-

suas próprias câmeras, tornando-os lite-

mento fundamental, em uma de suas

ralmente agentes transformadores da

principais razões de existir: os olhos do

obra e consequentemente de seu pró-

espectador.

prio olhar, aumentando assim o interesse e as possibilidades de questionamento

E em meio a desafios que a vida lhe

e entendimento dos objetos artísticos,

apresenta, Moema cresce e aperfeiçoa

no caso, das pinturas ali postas”.

os seus traços dando forma e cor. Cor que, para a artista representa o fluido

Ela acredita que, no contexto episte-

do corpo, como o sangue que se trans-

mológico contemporâneo sob o qual

forma em um objeto visual em busca da

vivemos, onde as formas de linguagem

emoção e a cor se torna o ápice em

e comunicação se automatizam cada

suas obras.

vez mais e com mais frequência, a arte

Seus desenhos e pinturas são criados na

– desconsiderando os infinitos possíveis

calada da noite onde o silencio deixa

significados subjetivos aos quais ela

os pensamentos fluírem e a inspiração

pode ser atrelada – como forma de re-

toma conta de sua mente e mãos. A

gistro histórico e valor póstumo referente

obra se torna uma extensão do corpo

ao artista, têm o dever de acompanhar

da artista recarregando de energia a

e adaptar-se a tais mudanças para que

sua alma.

Moema é pura por natureza e sua energia vital é a sua arte.

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Grafias IntangĂ­veis Por Ana Vitorino

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“Sempre compreendo o que faço depois que já fiz. Mesmo que seja apenas uma aplicação de estudos, é sempre uma descoberta. Não é nada procurado. É achado mesmo” Manuel de Barros

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Vitor Nogueira é Jornalista e fotógrafo e

Para a exposição “ Grafias Intangíveis

registra em sua lente há 38 anos as be-

“ que se encontra ao deleite de nossos

lezas sociais e culturais do nosso Brasil.

olhos, na Galeria OÁ em Vitória no Espiri-

Já realizou várias exposições fotográfi-

to Santo, foram produzidas 15 fotografias

cas como “Ticumbi”, “Alardo”, ”Reis de

aéreas de 90x60cm que se apresentam

bois” e “Jongo”; paneleiras de Goiabei-

como o resultado de aproximadamente

ras e índios do Mato Grosso, projeto que

50 horas sobrevoando 100 km do litoral

desenvolveu por seis anos percorrendo

norte do ES em um avião de pequeno

aldeias indígenas do estado do Mato

porte.

Grosso e no parque indígena do Xingu. Publicou também os livros “São Pedro

Vitor conta com muita alegria e sensa-

do Itabapoana”, com enfoque no pa-

ção de dever cumprido: “Abri a porta

trimônio cultural e arquitetônico desta

do avião para facilitar as “tomadas”

cidade e o Livro “Impressões”, com ima-

e fui observando cada detalhe, cada

gens de uma visão pessoal sobre o Espí-

movimento das águas, areias, troncos,

rito Santo, bordadas com poesias.

pequenos barcos, pessoas e muita na-

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tureza. Buscava elementos gráficos que

sível tema, mas me dediquei compulsi-

me ajudassem a compor aquela apa-

vamente a elas”. E no meio da imensi-

rente solidão daqueles espaços”.

dão ... O que é aquilo? Um elemento! Um produto do ser humano! Freiras? Em

Pautado em três pilares - a solidão, o

cada vôo, várias surpresas.

incógnito e a surpresa -, Vitor se lançou nesta aventura, na subversão da ordem

Depois de muitos cliques, Vitor conse-

da própria fotografia aérea, abrindo as

guiu encontrar o caminho mais produ-

portas para uma livre interpretação de

tivo para a série: “Com o tempo a meu

sua obra. Como ele mesmo afirma: “A

favor, horas de vôo e muitas fotos de-

princípio não sabia exatamente do que

pois, comecei a perceber que naquelas

se tratava aquele tema fotográfico e

imagens haviam mais do que “estética

me centrava exclusivamente na com-

fotográfica”. A incógnita e a surpresa,

posição estética das fotografias. Melhor,

transmitidas na solidão daqueles ele-

nem sabia que elas poderiam formar um

mentos junto a imensidão das paisagens

conjunto expressivo dentro de um pos-

recortadas dentro do visor da câmera

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eram, na verdade, os motores, a justifi-

gatilho e astuto olhar esteta, ao acaso,

cativa da emoção despercebida que

às curvas e nódoas do tempo. Saben-

me motivavam, cada vez mais, a garim-

do, de antemão, que toda essa imen-

par essas fotografias a serem expostas

sidão, e as miudezas nela contidas, são

agora”, diz ele. E como todo artista, ele

como arabescos desenhados com a

teve que encontrar suas preferidas para

ponta das unhas sobre a pele. Algo fa-

mostrar para o público, “Foram dezenas

dado a desaparecer no instante seguin-

delas e a exposição é uma seleção de

te ao tato. Daí a sensualidade a habitar

apenas algumas”.

furiosamente estas tablas prenhes de línguas de água. Anáguas do oceano. poeta e escritor, re-

Monumentos fadados a desaparecer à

gistra em poesia as fotografias que viu:

primeira lambida do tempo. Mas, para

“Vitor Nogueira desenhou, com o pincel

nosso deleite, aqui, tudo isso nos fita.

do sol meridional, sombras. Sobras. Có-

Como se aguardasse uma resposta. Em

pulas de areia e vento. Desde seu zêni-

silêncio”. À nós, só resta assinar embaixo!

Caê Guimarães -

te transeunte, abandonou-se, dedo no

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LIMITS VERÃO 2016 Raio X A coleção desse verão 2016 vem com uma cartela de cores ricas em vibração e quentes por natureza. Aposte na composição em tons de açaí que tem tudo para ser a cor da estação. Peças naturalmente charmosas e descontraídas, que são a cara do carioca e traduzem o espírito Limits de ser!

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RICARDO SHALDERS (VITÓRIA) ABSOLUT MULTIMARCAS (CAMPO GRANDE) Show room Vitoria Moda Representações – Elio Nunes

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LIMITS VERÃO 2016 Raio X Estampas em silk manual com degradê, paisagens urbanas do Rio de Janeiro, imagens em negativo. Os boardshorts com modelagem mais curta e atual, bermudas coloridas, modernas e estampadas ou lisas na modelagem cargo e casual. As calças complementam a coleção com os clássicos jeans e também com o modelo chino, que apareceu já no Verão desse ano e parece voltar pra ficar em 2016.

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Estilo da época ( Cachoeiro do Itapemirim) Q joia ( Guarapari) Arpoador ( Linhares ) Show room Vitoria Moda Representações – Elio Nunes

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Sessão Nostalgia Sem culpa nenhuma

por Leandra Moreira

Uma madrugada destas, zapeando

Olha aí a Mnemósine, deusa que perso-

com o controle remoto, me deparei

nificava a memória na mitologia grega,

com a cena de um filme que assisti mui-

me fazendo suspirar. E nessa nostalgia

to na minha adolescência. Olhei para a

boa, me lembrei de um famoso trecho

tela e lá estava a Alex sentada em fren-

de Em busca do tempo perdido, do fa-

te ao Nick, tirando o sutiã sem precisar

buloso Marcel Proust sobre a memória:

tirar a blusa, fiquei olhando e pensando:

“Mas quando nada subsiste de um pas-

“eu tiro meu sutiã assim também”. Con-

sado antigo, depois da morte dos seres,

tinuei vendo o filme e minha memória

depois da destruição das coisas, sozi-

correu solta: “nossa eu também ia de

nhos, mais frágeis porém mais vivazes,

bicicleta para qualquer lugar...”, “já fiz

mais imateriais, mais persistentes, mais

coreografia para essa musica no grupo

fiéis, o aroma e o sabor permanecem

de dança...”, “usei muito essas polai-

ainda por muito tempo, como almas,

nas...”, “amo usar blusa rasgada...”. Pois

chamando-se, ouvindo, esperando, so-

é, Flashdance definitivamente marcou

bre as ruínas de tudo o mais, levando

e influenciou muito minha vida. E certa-

sem se submeterem, sobre suas gotícu-

mente marcou muito o estilo da gera-

las quase impalpáveis, o imenso edifício

ção anos 80.

das recordações”.

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Pois bem, me recordo que a primeira vez que assisti Flashdance foi na Sessão da tarde. Sim, a boa e velha Sessão da Tarde, uma quarentona que embalou as tardes de muitas gerações. Hoje pode até parecer estranho, mas houve uma época em que quase não havia salas de cinema e os filmes levavam muito tempo para passar na televisão. Eram exibidos primeiro em horário nobre para só muito tempo depois serem reprisados à tarde. Para aqueles que foram adolescentes no século passado, quando a vontade de ver um filme era muito grande era preciso alugar em uma locadora de vídeo ou esperar passar na Sessão da Tarde. Mas, quando esses filmes chegavam a faixa vespertina da telinha, era uma festa, já que uma das principais características da Sessão sempre foi passar o mesmo filme tantas vezes que você podia assistir sem nem olhar pra TV. Para ter uma ideia desse looping, um dos maiores clássicos da tarde “Curtindo a vida adoidado”, em determinado período, a cada 20 exibições, lá estava de volta o filme do Ferris Bueller (Matthew Broderick). Pensando bem, muitos filmes que assisti a tarde deixaram marcas consistentes no meu ser. Eu queria morar em uma ilha, fazer minhas próprias roupas, ter uma vida mais natural, bem a cara de A Lagoa Azul.

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Ao mesmo tempo, queria ser uma mu-

O século mudou, a roda girou e em

lher bem resolvida, independente e

tempos de serviços de Streaming como

apaixonada por homens que usavam

a Netflix e o Hulu, em que nem os com-

óculos Ray ban aviator, estilo Top Gun.

putadores precisam mais ter memória o

Amava fazer festas escondidas na ga-

que será que vai acontecer com esse

ragem e acreditava que os mais velhos

espaço de exibição tão democrático?

estavam sempre querendo impedir que

Nos últimos 12 anos essa faixa horária foi

fossemos felizes, como em Footloose. No

a que mais perdeu expectadores, e reza

fundo, no fundo, durante um bom tem-

a lenda que ela está com os dias conta-

po tive um lado romântico que acredi-

dos. Em 2013, o boato se espalhou pela

tava que as melhores pessoas estavam

mídia nacional. Mas, quem sabe, tanto

se divertindo em algum lugar longe dos

tempo presente na vida de muitas ge-

meus olhos e um dia eu iria acabar en-

rações tenham lhe conferido um certo

contrando meu Patrick Swayze de Dirty

valor histórico. O que sei é que parece

Dancing.

haver um esforço para não a extinguir já que em 7 de outubro de 2013, mesmo estando em uma crescente queda de

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A Sessão da Tarde esta no ar desde o dia 11 de 1974, exibido pela Rede Globo, de segunda à sexta-feira à tarde, sendo um dos programas mais estáveis da TV Brasileira. Eventualmente, deixa de ser exibida para transmitir algum evento esportivo ou outro evento similar. Entre 27 de julho e 7 de agosto de 2015, não foi exibida, para dar lugar a novela Caminho das Índias, que foi exibida juntamente no Vale a Pena Ver de Novo com audiência, a Sessão ganhou uma vinheta nova e também incrementou as chamadas. Em Goiás, Distrito Federal e Espírito Santo, onde a audiência era mais crítica, a emissora fez uma experiência e inverteu os horários. A Sessão da Tarde começou a entrar entre o Vídeo Show e o Vale a Pena Ver de Novo. Em 17 de fevereiro de 2014 essa “inversão” passou a ser oficial em todo o país.

os últimos capítulos de O Rei do Gado. Mas, continua firme e forte, e logo depois desse período fora do ar, passou a ser interativa por duas semanas. Ainda bem, porque confesso, naqueles dias chuvosos, o tempo um pouco frio, logo após o almoço eu ainda penso: “que vontade de colocar as pernas pra cima e não fazer mais nada só assistindo a Sessão da Tarde”.

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Já não te conheço de algum lugar? Por Gustavo Moraes

Virou lugar comum quando se olha a marquise de um cinema ou a programação cinematográfica em um jornal perceber com cada vez mais frequência títulos com cara de “já te vi antes em algum outro lugar”. São filmes baseados em livros bem sucedidos destinado ao público jovem, sequências de filmes de super–heróis ou algo novo que ronda os cinemas, filmes no formato reboot, ou seja, a mesma coisa vista anteriormente, talvez há algumas décadas atrás, porém em nova roupagem.

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O que passa com o cinema? Pra uns, a oferta está melhor do que nunca! Afinal, os heróis infantis que tanto norteavam a infância e a imaginação agora lotam as telas. É pipoca, refrigerante, talvez um óculos 3D e muita adrenalina. A receita de sucesso perfeita se formou. Ganha o dono do cinema com a pipoca e o “refri”. Ganha o dono do cinema, de novo!, com o ingresso mais caro para o filme 3D, embora este lucro ele tenha que dividir com o distribuidor.


Contudo, e mais importante ainda, ganha o espectador! Este, que em tempos de crise, escolhe com precisão cirúrgica cada filme que irá empenhar aquela pequena porção do seu salário destinado ao entretenimento. Este sabe o valor de um filme que satisfaz e recompensa com as sensações mais básicas de alegria, apreensão, prazer, medo e dor. Logo, em tese, “todos saem ganhando” não é mesmo? Nem tanto. Nesta equação turbinada por kryptonita, teias de aranha e batcintos de utensílios, o cidadão que não necessariamente curte o mundo geek dos super-heróis fica de fora. Aquele espectador que busca algo mais natural, normalzinho sabe?, tipo ser humano com problemas mundanos básicos, seja de relacionamento afetivo, familiar ou

de trabalho, este coitado, ficou a ver navios. E aí que entra a tv! Ou melhor, entra a tv e o stream (fluxo de dados via internet). Ambos fizeram surgir uma nova era de ouro da televisão nos Estados Unidos, e por consequência, uma febre que agora se alastra pelas smart tvs do mundo todo. O que a tv e empresas como o Netflix, o Hulu e o Amazon Prime fazem é prover conteúdo de modo fácil, ágil e que realmente interessa a uma parcela da população que não quer ou não se interessa necessariamente só por ver robôs alienígenas que se transformam em carros e lutam pelo hegemonia universal.

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O que estas séries têm em comum é a capacidade de falar de questões humanas que afligem a sociedade. Seja House of Cards da Netflix com um político sacana, fazendo de tudo para se manter no poder (qualquer semelhança com nossos congressistas não é mera coincidência), seja Breaking Bad,uma verdadeira aula sobre a importância da família e sobre química também (e por que não?) ou Mad Men com seus publicitários sem escrúpulos - estas séries e tantas outras se comunicam de forma direta com o público que suplica por enredos que tratam de assuntos reais pelos quais possamos compreender sem precisar de super poderes. Quantos não viram Jurassic World e perceberam que tratava-se do mesmo Jurassic Park lá do começo dos anos 90, agora remodelado para uma nova ge-

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ração? E o Espetacular Homem-Aranha, o X-Men– Primeira Classe, Tartarugas Ninjas? Todos são reboots: relançamento de uma história, sem necessariamente dar sequência a anterior, mas mantendo elementos que a tornaram sucesso em primeiro lugar. O que faz Hollywood apostar em filmes que já vimos? Antes de tudo é a probabilidade, que pela sabedoria popular não existe, mas no cinema sim, de um raio cair duas vezes no mesmo lugar. No caso, se o primeiro filme fez dinheiro, por que o mesmo refeito décadas depois não fará? E mais, se você quando jovem viu o filme, por que não iria se sentir curioso em ver uma nova versão do mesmo filme? E pra extrapolar de vez, por que não levar seu filho, filha, esposa/ marido, vovô, vovó, titio, titia?


Será que vale para Hollywood se arriscar hoje em fazer um filme com uma história original, que não é baseado em livro best seller, ou em super-herói dos quadrinhos, ou em algo que já não tenha se provado um sucesso em outra mídia? O medo de errar é sempre muito grande. Um fracasso de bilheteria pode significar a cabeça de vários executivos. E os estúdios de Hollywood são piores que investidores de bolsa de valores. Quando sentem o cheiro de algo arriscado fogem como criança foge do Chuck - o brinquedo assassino ou do Freddy Krueger da Hora do Pesadelo: em pânico!

Já para a tv e as empresas de stream, se não houver este risco não há sucesso. E ainda mais agora onde os serviços de stream sabem exatamente a cena em que você parou de ver uma série ou que tipo de história você quer ver baseado no teu perfil de filmes vistos.

Piadas à parte, o cinema evita riscos. Pegue qualquer lista dos 10 filmes mais vistos em qualquer país nos últimos 10 anos e verá a incrível quantidade de continuações, refilmagens ou filmes adaptados de livros, peças ou games. Os filmes verdadeiramente originais são poucos e continuarão sendo, pois o custo do risco não compensa o investimento.

Como tudo no entretenimento é cíclico, até quando esta era de ouro das séries na tv e no streaming irá durar é difícil saber, mas que tenha vida longa! Aliás, que este momento incrível de enredos inteligentes seja tão longo quanto os números de sequências de 007, Velozes e Furiosos, Jornada nas Estrelas, Planeta dos Macacos, e tantos outros.

A tecnologia aliada à aversão ao risco dos produtores cinematográficos são talvez a combinação perfeita que garante ao adulto médio, aquele normalzinho citado lá em cima, ver excelentes enredos e histórias que encantam e surpreendem.

Assim, o gosto do freguês pode variar, mas a oferta de conteúdo e entretenimento estará garantida não importa se no cinema, na televisão, no stream, no tablet, no celular e o que mais estiver por ser inventado.

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Editorial

Outsiders 36 | ami


Ana Paula e Mariana vestem Loja Diretriz (Vit贸ria) e Passarela (Vila Velha) Acess贸rios: LaPutaMadre e Martha Campos

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Mariana veste Loja Duo (Vit贸ria)

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Ana Paula veste Loja Duo e Vestiaire( Vit贸ria)

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Ana Paula e Mariana vestem Loja Let’s e Miss Venture

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Direção de Produção e Arte ANA

VITORINO

Foto KHALIL

RODOR

Styling GLAURO

SIMÕES

Produção de Moda DÉBORA

GUIMARÃES

THAIS FILGUEIRA Beleza CRIS Modelos JOÃO

AGUIAR

CAZZADOR

ANA PAULA JEAKEL MARIANA DOMINICINI LUAN DINAQUE Agência de Modelos RAGAZZO Show Room VITORIA MODA REPRESENTAÇÕES

MODELS

- ELIO NUNES

Acessórios LA

PUTAMADRE

Agradecimentos LOJAS:

DIRETRIX, PASSARELA, DUO, VESTAIRE, LET’S E MISS VENTURE

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“Hors contour” Como utilizar a técnica que vem mexendo com a cabeça das mulheres. Por Ana Clara Benevides No mundo da beleza o tema da vez é o tal do contour. O termo se refere a uma técnica de maquiagem que consiste em utilizar um jogo de sombreados e iluminadores para definir os traços, criar volumes e afinar partes estratégicas do rosto. A popularização desse efeito na make pode ser atribuído à celebridades como Kim Kardashian, que é a maior “referência” quando se pensa em contorno

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facial. A reality star já tem esse tipo de maquiagem como marca registrada há tempos, e seu make up artist sabe usar a técnica de maneira invejável! Para resumir, pode-se dividir o contour em duas etapas: a primeira começa antes da base habitual fazendo uma “linha” com uma base em tom mais escuro nas partes do rosto onde se deseja afinar. Após esfumar, a “linha” se trans-


formará num sombreado causando o efeito de profundidade na área. Na segunda etapa utiliza-se uma base mais clara que a pele (ou um iluminador) para contrastar com o sombreado feito. Em seguida, prepara-se a pele normalmente com a base em tom habitual da pele. Assim, utiliza-se um verdadeiro jogo de luzes e cores tornando a técnica com resultados notáveis. Uma técnica mais avançada do contour utiliza-se de vários tons diferentes de base, mas, convenhamos, pode ser um pouquinho complicado (e nem um pouco prático) para o dia a dia, certo? Então, uma dica para quem não tem o costume ou não tem muito tempo é

preparar a pele e, somente após, fazer o contorno utilizando um bronzer. Com um pincel, esfume o bronzer, fazendo uma “linha” sombreada nas áreas desejadas. Após, faça o contraste estratégico com o iluminador de sua preferência. O truque garante um visual mais leve e natural, além de ser muito fácil. Aprender a fazer um bom contorno facial exige empenho e olhar estratégico sob o formato do rosto. Além disso, é muito importante o respeito ao formato de cada rosto, sempre o analisando de maneira individual. Não há um “contorno mágico” que servirá para todas as mulheres. Afinal, a ideia é valorizar o que cada uma tem de melhor.

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Base Nº2, paleta de corretivos Nº2, pó Nº3, iluminador Nº1, blush Nº5, batom Nº6, sombras da paleta Pearly Eyes. O rosto mais anguloso, retangular pede um contorno com linhas horizontais para equilibrar as proporções. Há um sombreado na testa e o olho foi esfumado sem muita marcação de côncavo para não realçar a profundidade.

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Base Nº7 e 8, corretivo laranja da paleta Nº2, pó Nº3, iluminador Nº1, blush Nº5. Na boca foi usado lápis marrom Nº2 em todo o preenchimento e foi sobreposto o batom Nº8. Sombra Eyegloss Nº4 e lápis azul na linha d’água. O contorno nesse caso foi feito de maneira que diminuísse a testa e iluminasse o queixo.

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Base Nº2, corretivo mais claro da paleta Nº2, pó Nº1, iluminador Nº2, blush Nº4, batom Nº4, sombras da paleta Naked. Rosto retângulo, foram usadas linhas horizontais para equilibrar proporções.

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Base Nº3 e 4, paleta de corretivos Nº 1, pó Nº2, iluminador Nº1, blush Nº4, batom Nº1 e 6, sombras da paleta Pearly Eyes. No rosto hexagonal o contorno foi feito nas laterais, para reduzir os ângulos mais marcados.

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Marcelo Zantti Couture

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A trajetória do baiano radicado no Espírito Santo que resolveu fazer a moda ir de encontro com o que as capixabas se acostumaram a apreciar. Por Débora Guimarães

Se existe alguém que sabe criar oportunidades, esse é Marcelo Zantti. O estilista baiano, conquistou seu espaço no mundo da moda em uma jornada que começou a ser percorrida quando ele tinha apenas 16 anos de idade. Filho de um artista plástico capixaba, Marcelo sempre soube que queria atuar em algo que envolvesse arte, mas manteve os pés no chão: “Nunca foi minha intenção viver de sonhos, eu sempre fui muito realista. Eu tinha que ganhar dinheiro com o que eu escolhesse”.

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Foi assistindo um programa de televisão em que o Clodovil fazia croquis conversando com a cliente pelo telefone que ele decidiu a carreira que queria seguir e traçou um plano para alcançá-la: se mudou para São Paulo e começou os primeiros passos no mundo fashion. Trabalhou em lojas como vendedor no início, o que ele diz ter “trazido muita experiência para lidar com o público, mas não era aquilo que eu queria”. Depois de alguns anos decidiu voltar para Salvador, onde conseguiu iniciar no ramo de estilismo fazendo alguns figurinos de carnaval, “cheguei a fazer figurinos para Margareth Menezes, mas continuei sentindo que ainda não estava no lugar que desejava”. Ao pesquisar lugares em que pudesse trabalhar com moda sem a correria de uma metrópole, acabou descobrindo Colatina, no interior do Espírito Santo e se mudou pra lá, “cheguei sem conhecer ninguém, com

dinhei-

ro para passar menos de um mês”. Ao acompanhar uma amiga modelista em uma entrevista de emprego, ele conseguiu seu primeiro trabalho com carteira assinada na área de moda: “virei estilista de estoque da Missbela e fui aprendendo aos poucos os detalhes que cercavam a profissão”. Daí em diante foram muitas marcas e muitas experiências que foram guiando o estilista por toda a

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sua trajetória. Seu último emprego antes de iniciar sua carreira solo no mundo da moda foi o que o lançou para o grande público que antes não o reconhecia como rosto por trás das criações. O desfile da Carvalho Bambu no Vitória Moda de 2014 causou burburinho em torno do estilista, que pouco tempo depois, decidiu lançar marca própria. Em seu ateliê, aberto ao público com um coquetel no dia 26 de agosto, Zantti faz atendimentos com hora marcada para criar modelos exclusivos: “eu busco sempre aliar os interesses da cliente ao meu estilo. Dou dicas do que eu acho que ficaria melhor para cada ocasião e cliente, mas respeito o gosto dela, afinal é ela quem vai usar a peça. Mas se uma pessoa vier aqui buscando algo que fuja muito do estilo que eu costumo criar, eu acabo não fazendo!”, afirma. Marcelo diz que ainda tem muito a melhorar, e que mesmo após o desfile na semana de moda capixaba a procura por peças sob medida no ateliê ainda está sob controle. O gosto pelo estilo mais minimalista e a paixão por arquitetura são os fios condutores de grande parte de suas criações, indo de encontro com o estilo usual na moda festa capixaba (pedrarias, rendas e certos exageros), auxiliando na criação de uma identidade única, difícil se

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ver no Estado: “eu gosto da estrutura da roupa, dos acabamentos, não sou muito de estampas e acredito sempre que menos é mais. Mesmo na moda festa”. Ele também terá em seu ateliê peças pontuais, que serão produzidas em uma escala reduzida se comparada à marcas mais conhecidas: “eu gosto muito de coleções cápsula, que são menores, com peças mais específicas e que combinam bem entre si”. Será produzida também uma linha mais básica, mas que carrega o DNA do estilista, sendo distribuída apenas em lojas selecionadas, não fazendo parte das vendas no ateliê, “eu quero passar na rua e ver alguém usando uma peça minha de uma forma bacana”.

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Zantti consegue manter de mãos dadas

exista um público que procure o que eu

o seu lado criativo e seu espírito empre-

tenho a oferecer”.

endedor, unindo em suas peças quali-

O sucesso está vindo aos poucos, mas

dade, preço justo e a sua maneira de

ele já estava no caminho do estilista no

criar e de vender, “não vou produzir coi-

momento em que se mudou pra São

sas que eu sei que venderiam, mas que

Paulo, ainda adolescente. A mente

fogem do que eu acredito. Não quero

criativa e pragmática permitiu que Mar-

fazer uma moda chata, quero criar rou-

celo enxergasse sempre o que precisa-

pas interessantes que acrescentem esti-

va fazer para se realizar na carreira que

lo a quem as vestir”. Sobre ter um estilo

escolheu, sem precisar desviar do seu

diferente do usual na moda encontrada

foco ou tomar decisões que conside-

no mercado capixaba, Marcelo é cate-

rasse erradas do ponto de vista ético. A

górico: “eu acho que existem pessoas

certeza só foge dele quando é questio-

por aí que se identificam com peças

nado sobre o que irá fazer para dar con-

do estilo da minha marca, mas tem di-

ta do volume de trabalho que só tende

ficuldade de encontrar devido à falta

a crescer com tantas críticas positivas,

de oferta e acabam indo no mais fácil,

“não sei!”, ele afirma. Alguém duvida

no mais acessível, não significa que não

de que ele dá conta do recado?

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MODA + DESIGN

Por Ana Vitorino

A temporada Moda + Design movimentou o comércio do Shopping Praia da Costa. Uma ideia bem elaborada onde se uniram durante 25 dias vários serviços, produtos, tendências e muita Moda. Participaram 40 marcas exclusivas em 38 desfiles e foram oferecidas 26 palestras e 22 workshops, 8 oficinas e 4 exposições. No meio disso tudo 13 festas e shows sacudiram o evento. Estavam presentes ainda 10 Pop-Up Stores que ficaram localizadas em vários pontos do Shopping trazendo um charme a mais para o evento com decoração super cool, carinho e muita criatividade. Carolina Neves, que se uniu à Empório Life na temporada, integrava o time de marcas com lojas provisórias junto com Flor de Maria, HAGAEF, Manolita , Maria Filó, Rebeca Duarte Home , Tattoo Kessy Borges e Denis Vazios e por fim a Wallz que se uniu com Vila Flores , Kami Ferreira , DamBartocci e locomotipo. AMI parabeniza pela iniciativa a equipe de marketing do shopping Praia da Costa, Tatiana Mancebo e Julia Moreno, a Alfaiataria de Ideias Victor de Castro e Marcella Moysés e ao Estúdio Infinitas Fabricio Noronha e Carol Ruas. Vamos movimentar este estado com muita arte, moda e cultura!

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Olho mรกgico

Por Lorena Vago

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Mais do que uma necessidade, hoje os

Para a primavera-verão 2015/16 alguns

óculos são acessórios-desejo que com-

modelos são apostas e prometem con-

pletam o visual.

quistar (e ganhar) os streetstyles.

Já passamos do tempo em que usar

• Os redondos já há algum tempo apa-

óculos era empecilho para um visual

rece por conta do estilo boho e nos

bonito e moderno. As marcas hoje in-

looks de festivais, continuam com tudo.

vestem em design e beleza nas peças

• Indo muito além dos modelos espor-

que fazem até quem não tem obriga-

tivos, as lentes coloridas e espelhadas

toriedade em utilizar, querer uma peça

aparecem em modelos sofisticados.

para si.

• O gatinho ganha modernidade com modelos mais angulosos, a parte supe-

Se tratando dos óculos solares, eles são

rior fica mais quadrada e geométrica.

um verdadeiro caso de amor à parte.

• As armações tartaruga são um clássi-

A cada ano nos apaixonamos por mo-

co, mas ganham complementos atuais

delos que viram hit, principalmente no

como as lentes espelhadas e os forma-

verão, época que não podemos (nem

tos arredondados.

devemos) abrir mão do uso. E como ter

• Com uma pegada futurista, as arma-

apenas 1 par se nos deparamos com

ções transparentes prometem ganhar

tantas opções cheias de formas, cores

força no verão 2016.

e materiais diferentes?

Os óculos ainda podem surgir sem

armação na próxima temporada. As apostas são de lentes grandes, recortadas e a moldura em volta, apenas as pernas. •

Em contrapartida, armações colo-

ridas voltam com força total! Quanto mais divertida, melhor. Se você foge dos modismos, aposte sempre nos clássicos com lentes pretas, marrons, armações em acetato lisas ou tartaruga e até mesmo no modelo aviador. Sempre atual e sem erros.

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Foto VITOR

NOGUEIRA

Produção Artística ANA

VITORINO

Styling GLAURO

SIMÕES

Beleza CRIS

AGUIAR

Modelos DÉBORA

GUIMARÃES

JENNIIFER ARNALD LORENA YAGO SUELY ABREU Óculos PURAMANIA Colaboração

SHOW ROOM VITORIA MODA REPRESENTAÇÕES

- ELIO NUNES

NINAFEMI Moda Fitness

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Editorial

Pura Alegria

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Direção de Arte e Coordenação de Produção ANA

VITORINO

Foto THAIS

FILGUEIRA

Styling DÉBORA Assistente JULIA

GUIMARÃES

PINHEIRO BARBOSA

Modelos ARTHUR

PAGANI

GABRIELA BARROS LUISA BITTENCOURT MARIANA BARROS ZYAN POMPERMAYER Modelos vestem ALPHABETO

(Shopping Vila Velha) Locação LOJA

HARRY’S BRINQUEDOS (Shopping Vila Velha)

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O Pequeno Príncipe

Por Ana Vitorino

“Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.”

O principezinho nasceu bem antes de

Uma belíssima fábula de Antoine de

1942, quando virou livro. A figura do

Saint-Exupéry, ‘O Pequeno Príncipe’

menino aparece em muitas correspon-

foi escrito por um adulto, destinado às

dências, cadernos e até guardanapos

crianças, mas os adolescentes, adul-

de papel. Durante muito tempo o au-

tos e idosos amam a leitura e sonham

tor ficou viajando na ideia deste livro.

em estar neste planeta que aos pou-

Contam que certa vez, enquanto ras-

cos abandonamos. Vivemos as nossas

cunhava um garoto na toalha de um

vaidades, obrigações, e tudo que é ex-

restaurante, um amigo lhe perguntou

tremamente importante e urgente que

o que desenhava. O autor respondeu:

“ temos” que resolver ou doar o nosso

“Apenas o garoto que existe no meu

tempo.

coração”. Segure na mão do pequeno príncipe e E assim nasceu o Pequeno Príncipe, pu-

siga a sua jornada rumo ao asteroide B

blicado pela primeira vez em 1942 nos

612. Abra o coração e feche os olhos

Estados Unidos e, três anos mais tarde,

e pule no espaço infinito de emoções

na França.

e certezas que perduram a mais de 70 anos!

Se transformou em uma obra universal, um clássico moderno traduzido para

Boa leitura!

mais de oitenta idiomas. No livro constam valiosas lições sobre a solidão, a amizade, a vida e a morte, o tempo.

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Velha infância Por Thaís Filgueira

O ato de colecionar transpassa o sentido básico do dicionário, reunir e organizar objetos de mesma natureza, no momento em que memórias, sensações e emoções são geradas a partir desses objetos. Colecionadores escrevem suas histórias através de experiências ímpares com seus itens de coleção. AMI infiltra-se em algumas dessas histórias, para ilustrar essa relação colecionador/colecionado.

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Ricardo Campos “A fusão entre música, arte gráfica e letra, poesia” são em suas próprias palavras a definição de Ricardo Campos, professor universitário, para sua paixão por discos de vinil. O prazer de ter itens originais, datados da época, com certa raridade o gerou uma coleção de aproximadamente 300 discos, com itens como o LP do King Crimson, “In the court of a crimson”, um de seus primeiros discos, que para muitos poderiam apenas ser jogados em mp3, mas para Ricardo trazem um mix de sensações único.

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Débora Mello O mundo mágico da Disney, que para muitos é apenas lembrança da infância, para Débora Mello, coordenadora de recepção, permanece bem atual em seu dia-a-dia. A paixão pelos filmes, músicas e pela terra das fantasias foi reascendida em seu coração por meio de uma pequena coleção de copos, que se multiplicou e tomou conta dos outros cômodos de sua casa. De itens de decoração a peças de roupas e acessórios, sua vida foi inundada pela terra das fantasias, somando uma coleção próxima aos 90 itens variados com a temática Disney, que continua a crescer com a ajuda dos amigos, que apesar de acharem graça, sempre a presenteiam com qualquer coisa que encontram da Disney.

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Honório Filho Um bluray simples de “2001, uma odisseia no espaço” e a edição Criterion de “Os incompreendidos” debutaram a coleção, que hoje passa de 700 itens em filmes e séries de Honório Filho, jornalista e estudante de cinema. “De primeira eu já estava nessa de colecionar, mas antes de colecionador eu era cinófilo” declara Honório, os itens são tanto estudo como hobby. E no ato de adquirir os filmes existe o lado prático, no quesito espaço de armazenamento e qualidade de imagem, mas também o lado emocional, em adquirir edições mais que especiais, como a de “Era uma vez no Oeste”, que vem em uma caixa de madeira ou “Solaris” do Tarkovsky, que acompanha um livreto com impressões de Kurosawa ao visitar o set de filmagem, pequenas coisas que tornam os itens tão notáveis, e que o levam além da experiência de ver o filme.

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Rock in Rio A edição em comemoração dos 30 anos de um dos maiores festivais de música do mundo agitou a cidade do Rio de Janeiro durante sete dias de muito alto astral. AMI esteve representada pela colaboradora Márcia Manuela, que traz a visão de moradora que teve sua rotina invadida por esse turbilhão musical, e pela editora de redação Débora Guimarães, que nos mostra a visão de uma amante do bom e velho Rock ‘n Roll.

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A força do Rock.

As atrações na cidade do rock não pa-

por Márcia Manuela

montanha russa, Rock Street e muita di-

Mesmo com o calor batendo recorde neste inverno aqui no rio (os termômetros marcavam 40 graus na zona sul da cidade) o movimento era de grande alto astral.

ravam por aí; palco Sunset , tirolesa , versão para o público. No primeiro dia a volta para a casa foi um pouco tumultuada mais sem grandes confusões e isso se repetiu nos outros dias. Metallica fez um show eletrizante na segunda noite mostrando que mesmo em

O Rock In Rio tomou conta em todos os

sua terceira participação consecutiva

cantos que se andava! Tribos de todos

no Rock In Rio, eles ainda conseguem

os tipos e vestimentas, cabelos colori-

animar o público e renovar a setlist re-

dos, cordões padronizados, muitas pul-

cheada de músicas que nunca haviam

seiras mega coloridas e fluorescentes.

sido tocadas em solos tupiniquins. Os

O público era, sem dúvida alguma, um

gigantes veteranos continuam levando

show à parte. Foi possível ver a mobiliza-

multidões para a Cidade do Rock edi-

ção de grupos de amigos, como uma

ção após edição!

grande “concentração” em direção a cidade do rock. E pra quem não conseguiu o ingresso, restou se reunir na casa de amigos e parentes para assistir na televisão as grandes bandas que passaram pelo evento. Definitivamente o Rio cantou alegremente nesses dias de pura vibração e muita música! O Primeiro dia de festival trouxe clima de nostalgia, com o show do Queen (que contou com a imagem de Fred

A cada show, cada banda, o que se via era um misto de emoção, cansaço, alegria, gritos de felicidade e muita música. Seal fantástico chegou bem pertinho de seus fãs. Rod Stuart com tudo em cima e muito alegre. Elton John espetacular até em cima do piano! Magic e John Legend, fizeram shows concorridos, mas faltou um dedinho de tempero. System of a Down fez um show forte e cheio de energia, que passou para o público que não parou de “pular” e cantar. Johnny

Mercury no telão do palco principal). Foi

Depp, que integra a Hollywood Vampi-

emocionante para todos que estavam

res junto de nomes como Alice Cooper,

lá e para todos que assistiam o show em

Joe Perry (Aerosmith) e Duff McKagan

casa... era possível ouvir os vizinhos can-

e Matt Sorum, recebeu de suas fãs griti-

tando as tão emocionantes e conheci-

nhos entusiasmados, mas faltou “Oi, Rio”

das músicas de Fred!

para a felicidade geral!

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Para garantir a segurança do even-

passando por vários momentos da car-

to muitos itens estavam com entrada

reira de 30 anos da banda. Katy Perry

proibida (“pau de selfie” nem pensar!),

parecia saída de um musical da Broa-

mas no dia do metal com o calor che-

dway, com uma explosão de LEDs e fi-

gando aos 42 graus, foram liberadas as

gurinos fantásticos, levantando o públi-

entradas de sombrinhas para ajudar o

co teen que se aglomerava junto aos

público que insiste em se vestir de pre-

pais para ver a diva. Ela se comunicou

to! Mas mesmo com o sol castigando os

bastante com os fãs e ganhou um tanto

“metaleiros” tomaram a cidade do rock

mais de apaixonados pela cantora. E no

e arrasaram na vibração contagiante e

último dia, para encerar com chave de

uma alegria vibrante. O Slipknot fechou

ouro, quem dividiu as atenções com os

a noite com chave de ouro levando a

artistas foi uma incrível lua se sangue. De

galera ao delírio! Inesquecível!

tirar o fôlego!

Rihanna se atrasou novamente por 30

Depois de um calor louco no inverno e

minutos, e chegou com um figurino du-

muita música para comemorar nesta

vidoso de cor amarela e bem larga, esti-

edição de aniversário, o que se viu foi

lo boxeadora e logo se tornou um mimi-

o público dando show, tornando o RIR

mi para o público em geral, mas o show

ainda mais incrível, e saindo dele com

não desapontou em nada! Sam Smith

a promessa que vão voltar! Então, que

arrasou em um show superpoderoso,

venha 2017!

muito simpático agradou em cheio ao público se tornando um dos queridinhos do RIR. A-Ha fez um show de clássicos,

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“You shook me all night long” Por Débora Guimarães

tamanha a euforia de poder presenciar tão de perto aquelas figuras que antes eram admiradas pelos fones de ouvido e na tela do computador. É inexplicável! O cansaço era impressionante, comprovando que a idade chega pra

O título é uma música do AC/DC (ban-

todo mundo e me mostrando que de-

da super cotada para integrar o line-up

pois de 15 anos frequentando shows de

desse ano do Rock in Rio, mas que ficou

rock pelo Brasil todo eu não tenho mais

de fora), mas o sentimento de ser “sacu-

o pique de antigamente. Mas o que me

dido” valeu por todos os dias do evento

importava era conseguir aproveitar ao

que agitou a cidade maravilhosa.

máximo aquilo tudo, então ignorei o

Já tinha ido à edição de 2011 para ver

meu corpo e permiti que ele fizesse par-

o Red Hot Chili Peppers e voltei esse

te de um corpo só, formado pelas 85 mil

ano para o show do Metallica e posso

pessoas que estavam passando por isso

dizer com muita felicidade: o rock ‘n

junto comigo, trocando e recarregando

roll não está nem perto de morrer! De-

energias pra poder dar conta do reca-

pois de passar longas horas assistindo

do até o final! As músicas favoritas eram

aos shows que antecederam a atração

cantadas à plenos pulmões em unísso-

principal da noite, sentindo dores pelo

no, tornando a experiência ainda mais

corpo todo depois de ficar tanto tempo

surreal! É algo que te leva a outro nível,

em pé, com sede e com fome, minha

te proporciona as sensações mais lou-

recompensa subiu ao palco. Levando

cas, foram duas horas de show que pas-

uma multidão de pessoas à cantarolar

saram mais rápido do que o desejado!

as notas de “Ecstasy of Gold” (música

O Rock in Rio é um evento que te faz

do compositor Ennio Morricone, com a

sentir vontade de estar vivo, de apre-

qual eles abrem os shows), fazendo ar-

ciar o que é bom e o que te faz feliz. A

repiar qualquer um que estivesse pre-

música me faz feliz, o rock me faz feliz,

sente, o Metallica provou, mais uma vez,

é transcendental! Cada vez que saio

porquê carrega o título de maior banda

de um show eu tenho a certeza de que

de heavy metal do mundo!

nunca vou me cansar disso, e espero

Gastei o resto de energia que tinha no

que o Rock in Rio me acompanhe sem-

corpo no momento em que eles entra-

pre, porque eu pretendo acompanhar

ram no palco: era impossível não pular,

todas as suas edições!

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Na ponta da língua Por William Braga De onde vêm as palavras estranhas que habitam nosso vocabulário diário? É inglês, francês ou italiano? A pronúncia é essa mesmo? Nessa coluna AMI apresenta as palavras estrangeiras que habitam nosso cotidiano e ajuda na compreensão pra você não passar mais vergonha!

DESIGN Design é um campo bem amplo, com uma enorme gama de áreas de atuação, tais como: Design Gráfico, Design de Interface, Web Design, Motion Graphics, Game Design, Design de Interiores, Design de Produto e Design de Moda. Fazem parte do estudo da História do Design, o contexto histórico, social, cultural, científico e tecnológico de cada época e especialmente sua correlação com os movimentos artísticos que foram os precursores de sua referência estética.

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Etimologicamente o termo Design surge

O surgimento desse termo não significa

em 1580 advindo de desseign do Médio

a inexistência da atividade criativa da

Francês (divisão histórica da língua

humanidade antes da era moderna,

francesa que abrange o período de

portanto são considerados como pro-

1340 a 1611) e que significa “propósito,

dutos de um design em evolução todos

projeto e desenho” e também do termo

os objetos que foram criados desde o

italiano disegno derivado de disegnare

surgimento da humanidade. Entretan-

“desenhar” e, finalmente, do Latim como

to, a abrangência do termo, incluindo

verbo designare “desenhar, designar”.

toda a cultura dos objetos materiais que compõem sua história, só surge como

Outras derivações do termo surgem a

design a partir do momento que essa

partir de 1640 e em 1660, como “alguém

cultura se torna uma ciência.

que faz desenho artístico ou plano de construção”. A partir de 1966, aparece o termo designer de roupas como criador no campo da moda, ostentando em suas criações etiquetas que presumivelmente demonstram prestígio e elevado valor da confecção.

William assina a coluna – Na ponta da Língua - ele é Administrador em comércio exterior. Professor de inglês registrado no MEC com Certificados da Abilene Christian College do Texas - USA e da Universityof London Examinations and Assessment Council. Trabalhou como Auditor interno Embaixada Americana/ USAID no Brasil e por mais de 20 anos também como auditor pleno na Petrobras. William.braga1@gmail.com

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AMI Mascote figura! Ami nasceu para fazer amigos e ele quer muito conhecer novos lugares, viajar! Ele se alimenta de conhecimentos, cultura, moda e arte! Quer estar com você em todas as suas aventuras, em todas as exposições que você for, em todas as baladas culturais. Ele é muito alegre e divertido, adapta-se facilmente às mais diferentes personalidades, deixa os cabelos crescerem, começa a usar óculos, até deixa o bigode, vira punk, toca guitarra, lê o mesmo livro que você! Ele se transforma no seu melhor amigo. Na sua cara! Por isso você pode e deve colocar o seu amigo do jeito que achar mais bacana. Quem quiser ter um Mascote Ami pra chamar de seu, basta solicitar por e-mail contato@ami.art.br, que enviaremos a sua montagem. E para tudo isso se tornar ainda mais bacana, a partir e hoje abriremos uma grande competição:

- Leve o seu Mascote Ami para os lugares que você for e faça uma linda e diferente fotografia com ele. - Nos envie a foto por e-mail; A fotografia mais original e super cool, além de sair na página principal da próxima revista receberá uma camiseta da Revista com o seu nome! As outras 15 fotos melhores, serão exibidas no site, Instagram e na página da Revista Ami no Facebook. A próxima edição sairá em Setembro, então corra e solicite a sua montagem e envie a sua foto, tudo sem custo algum para você! Total free!!!

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eira

gu Vitor No

Bruna

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AlĂŞ Carva

lho e Paul

a Federici

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Realizando sonhos

signer Kamilla Zanelato, intitulada Conto

Por Débora Guimarães

do novo espaço de noivas contou com

de Fadas. O coquetel de lançamento um desfile para apresentar a coleção

A empresa Sônia Noivas, uma das mais

autoral e algumas marcas e vestidos dis-

tradicionais no Estado quando o assun-

poníveis para aluguel na loja. Tudo im-

to é matrimônio, lançou em Agosto a

pecável, para fazer as noivas sonharem

sua coleção própria assinada pela de-

acordadas com o grande dia!

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O SUCESSO DO SEU EVENTO COMEÇA NO INGRESSO

A Ticket Digital oferece uma nova experiência no processo de vendas, entrega de tickets e controle de entrada para realizadores e produtores de eventos culturais, esportivos e corporativos, com ferramentas de cadastro e venda online, emissão de tickets em pontos físicos espalhados por todo o Estado e fácil controle dos dados através de um sistema totalmente integrado. Durante o evento estamos presentes na solução de bilheterias online e offline, validação de ingressos, gestão do acesso, controle da capacidade e no gerenciamento da arrecadação de espaços públicos e privados, operados através das Bilheterias Oficiais Ticket Digital.

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www.ami.art.br edição nº 02

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