Revista AMI Edição 0

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CARTA DO EDITOR Beleza! Ah, a mágica beleza que nos alimenta com suas cores, traços e o brilho da alma do artista. Cada vez mais vivemos em um mundo tão agitado, frio e algumas vezes até incompreensível, que perdemos a referência do que nos faz sorrir e nos encanta. Daí, sentimos a necessidade de uma alternativa que acalente os olhos e as mentes mais sedentas por imagens que nos inspirem e também nos deêm leveza ao espírito! Por isso, com muito prazer, apresentamos a você AMI. Nesta edição, queremos convidá-lo a se familiarizar com a nossa linha editorial, a se encantar com a arte de Attilio Colnago, a apreciar o luxo elegante das matérias de moda, a conhecer a criatividade de alguns artistas internacionais posta em prática, e a saber um pouco mais sobre o Mapeamento das estampas digitais. AMI é o resultado cuidadoso de uma busca por conhecimento e aprendizado, quase uma obsessão em enxergar a beleza onde poucos veem. O diferente, o moderno, o suave e o mais simples atraem os nossos olhos. Transformamos tudo isso em lindas imagens e textos e presenteamos a você! Deixe-se levar pela beleza! ANA VITORINO


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ÍNDICE 08| O ENCANTADOR - Entrevista com Attilio Colnago 16| WALL NATURAL - Editorial 32| COMME des GARÇONS - Por Vanessa Bayer 38| IT GIRL - Gizele Oliveira 40| BLACK METAL - Acessórios Shoulder 42| CAMINHO DAS PEDRAS 48| CORPOREUM 50| OH! BOY - Por Giulliana Gonzaga 52| SHOP 126 - Por Giulliana Gonzaga 56| ACRÍLICOS EM ARTE 58| A TRADIÇÃO ESTAMPADA 61| BOLSAS DE PAPEL 62| DESIGN INSUSTENTÁVEL 64| AMORES VELOZES - Por Débora Guimarães 66| CAFÉ CLTURAL - Cosette 70| WINNIPEG


FICHA TÉCNICA ANA VITORINO – Editora Chefe PRISCILA CARVALHO – Editora Cultural VANESSA BAYER – Editora de Moda DEBORA GUIMARÃES ES – Diretora de Redação GLAURO SIMÕES – Produtor Executivo de Moda GIULIANA GONZAGA – Repórter de Moda ALAN JUNIOR – Repórter de Moda ESTEPHAN CÔRTES – Designer Gráfico THAIS FILGUEIRA - Fotógrafa/ Colaboradora JAQUELINE HABIB – Negócios Corporativo

Agradecimentos: Ragazzo Model Management, Andy Models, Vitor Lisboa, Khalil Rodor, joana Pinheiro, Attilio Colnago

contato@ami.art.br

www.ami.art.br


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O Encantador O artista capixaba Attilio Colnago nos recebe em seu ateliê para falar sobre a exposição que esteve no Palácio Anchieta, no Centro de Vitória, até o dia 22 de março. Por Débora Guimarães

Quando ficou decidido que o pri-

“O Encantado” reúne obras diver-

meiro entrevistado da nossa revista se-

sas sobre esse universo particular de pro-

ria o Attilio Colnago, foi difícil conter a

dução incansável, com telas, desenhos

empolgação. Attilio tem um longo ca-

e objetos dos mais variados tamanhos,

minho percorrido na criação e no ensi-

e deixa clara a forte ligação do artista

no da arte no Espírito Santo e seria uma

com o sagrado. Sendo filho de imigran-

honra tê-lo na nossa estreia! Nascido em

tes italianos católicos, a religião sempre

Colatina, interior do Estado, tendo pas-

foi presente na sua história, mas não so-

sado um período de estudos em Minas

mente no âmbito familiar: “o contato

Gerais, o artista hoje mora em um ateliê,

com os festivais de inverno de Minas Ge-

na capital capixaba, que reflete muito

rais, ainda no início da minha formação

da sua personalidade: “Na maioria das

de arte, me permitiu uma imersão muito

vezes as pessoas têm um quartinho de

grande no universo do Barroco brasilei-

pintura dentro de casa, eu escolhi cons-

ro. E durante a minha pós-graduação,

truir um ‘lugar de morar’ no ateliê”. E foi

em Belo Horizonte, voltei a me encontrar

assim mesmo, cercado de quadros, pin-

com o sagrado e com as imagens san-

céis, livros, imagens de santos e referên-

tas nos processos de restauração”. As

cias que ele nos recebeu para falar um

imagens, aliás, são frequentes nas pintu-

pouco sobre a sua trajetória e sobre a

ras e é fácil perceber o porquê: cerca-

exposição no Palácio Anchieta que ter-

do por elas em sua rotina, é normal que

minou em Março.

em algum momento ele as utilize como modelos para as obras.

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Se apaixonar por Attilio é normal!

“Eu tenho uma paleta de cores que foi

Na universidade suas aulas são extre-

sendo definida ao longo dos anos, mas

mamente disputadas pelos alunos, e

que não é definitiva. Normalmente eu

sempre estão em sua capacidade má-

trabalho com camadas e construção

xima, deixando clara a admiração que

de cores. Algumas partes da obra po-

ele desperta nas pessoas, mesmo an-

dem chegar a dez camadas sobrepos-

tes de conhecê-lo. Dono de uma tran-

tas de tinta”. Andar pelos corredores da

quilidade latente, sua dedicação em

exposição é uma experiência única, é

ensinar sempre de forma completa faz

fácil se pegar admirando cada peça

com que os elogios sejam frequentes,

por alguns minutos, e por vezes até de-

a fama se espalha rapidamente pelos

sejando uma ou outra obra pra si (eu

corredores do Centro de Artes e essa

desejei quase tudo). Um sentimento fá-

dedicação é levada para a produção

cil de identificar é a paixão: a paixão do

das obras. Todas as etapas são impor-

espectador pela obra sim, mas, talvez

tantes para o resultado final, inclusive a

ainda mais, a paixão do autor pelo pro-

escolha das cores que serão utilizadas:

cesso criativo, pelo discurso, pelo contar

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da história de suas memórias. A riqueza de detalhes, o cuidado com tudo desde a composição até a forma como as obras serão vistas, a enorme quantidade de técnicas utilizadas, são características da personalidade e do universo particular de Attilio. Entrar em seu ateliê esclarece muita coisa vista na exposição: em ambos os casos é notória a semelhança com a forma como Attilio enxerga a arte, “Gosto muito de uma fala do Sérgio Ferro (artista plástico brasileiro) na qual ele diz que é preciso ter uma rotina disciplinada e amorosa com o ateliê. Tem que ser uma rotina, tem que ter uma constância na produção. Tem que ser disciplinada e tem que ser amorosa, não dá pra trabalhar sem gostar do que se está produzindo, por simples obrigação”, diz. E para se alcançar o grau de qualidade que vemos em seu trabalho, não dá para encarar a arte como hobbie, ou fazer coisas apenas quando a inspiração surge. A profissão exige muita dedicação, especialmente quando há uma exposição pela frente: “na exposição do Palácio Anchieta eu tinha um prazo pequeno para produzir um grande volume de obras. Por isso é necessário que eu realmente sente e comece a trabalhar, não posso esperar que a inspiração venha”.

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Apesar de encarar a arte com seriedade e como profissão, o artista não se mostra interessado que suas obras valham fortunas: “O trabalho é importante pro artista enquanto está sendo criado, produzido. A partir do momento que eu assino uma obra, ela deve seguir o seu caminho natural, que é a galeria. É preciso veicular o trabalho para que ele possa acontecer. O meu trabalho sempre teve um preço de mercado mais baixo e eu prefiro que seja assim. Pra mim é mais interessante que eu encontre as minhas obras em mais casas, que mais pessoas tenham acesso. Quanto mais pessoas

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vivenciarem a arte em sua rotina, melhor”. Essa vontade de fazer arte por criar arte (e não para enriquecer), essa doação por inteiro, o tornou um instrumento ou, talvez seja correto afirmar, um filtro. Cercado de referências, de obras, de música, de arte, ele as filtra, transformando-as em telas, em objetos, em estudos. Ele traduz as suas memórias pra que criemos as nossas próprias. Por meio das aulas de Desenho III e de META (Materiais e Técnicas Artísticas, na qual ensina a fabricação de tintas e técnicas antigas de se trabalhar com arte) ele dá aos alunos ferramentas para que criem partindo de suas memórias, para


que construam novas memórias e para que continuem essa conversa ao longo dos anos. Attilio não é do tipo que guarda as informações para si, não abstém ninguém do seu conhecimento por receio de que o tirem de seu “posto”. Ele tem a arte como sua mestra, e tudo o que ela lhe ensina, ele compartilha. Em sua personalidade plácida não há espaço para estrelismos, apenas a doação e a disciplina para aprender e ensinar, e criar sempre, mesmo nos dias em que as coisas parecem não fluir.

Citando outro artista brasileiro, Marcelo Grassmann, ao dizer que ele “nunca teve facilidade, e sim obstinação”, ele encerra explicando que qualquer pessoa pode ter um bloqueio criativo em algum momento, mas é importante manter o foco e continuar produzindo para que as coisas voltem aos eixos. Para ele, dominar apenas os pincéis e o grafite não é suficiente, e ele se utiliza de um vasto leque de técnicas, que ainda podem ser apreciados no Palácio. Ao final da visita à exposição, depois de passar um dia em seu ateliê, ou de conversar com ele por algumas horas fica fácil perceber que “Encantados” somos nós!

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Por: Vanessa Bayer

Nos dias atuais uma das marcas do segmento de moda luxuosa mais desejada pelos fashionistas é nada mais nada menos do que a COMME des GARÇONS, uma marca japonesa, mas de nome francês. Em seu DNA ela traz uma moda ousada e reinventada, bem conceitual. A marca passa uma ideia de um underground chique, mas jovem, sem idade ou sexo. As suas roupas estão sempre um passo a frente da moda, com peças de toque andrógino e inovador. Mas a COMME des GARÇONS não só inova em suas peças de roupa como também em seus convites de desfiles e até mesmo nos convidados que desfilam as suas coleções, tendo aceitação tanto do público underground quanto do mainstream. A busca pela mudança de olhar sobre a moda ocidental é uma das marcas registradas da label. Mesmo estando fora dos padrões comerciais comuns e dos modismos, a sua fundadora e também estilista, Rei Kawakubo, faz de suas peças um ato conceitual e procura estar sempre envolvida diretamente com a marca em todos os aspectos.

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Sem medo, Kawakubo busca brincar com volumes e texturas, rasgados e furos, gerando um visual super ousado à suas criações. Suas peças são capazes de expressar uma individualidade e algo a mais do que apenas beleza aos olhos de quem vê. Na década de 80 a COMME des GARÇONS chegou a vender US$ 30 milhões por ano, com 150 lojas multimarcas. Atualmente a marca tem um faturamento estimado em US$ 360 milhões por ano e está estabelecida em Tóquio e na França, além de estar presente em mais de 50 países nos corredores de sofisticadas lojas de departamento e multimarcas. A queridinha dos fashionistas comercializa roupas, incluindo moda praia e roupa íntima, acessórios, perfumes e até jóias. Como de costume dos japoneses é uma marca super ousada, expressiva e não segue muito bem os padrões de tendências comuns da moda. Talvez esse seja o motivo de ela ter atraído milhares de fãs ao longo dos anos.


A COMME des GARÇONS se reconstrói a cada estação e está em um constante questionamento. E mesmo chocando o mundo da moda com tanta ousadia a marca conquistou clientes famosos, como Alexander McQueen, Chloe Sevigny, Kanye West, Karl Lagerfeld, entre outros.

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Pequena linha do tempo:

1969: A marca foi criada pela estilista japonesa Rei Kawakubo.

1973: A COMME des GARÇONS foi fundada oficialmente em Tóquio para comercializar suas coleções.

1975: Inaugurou sua primeira loja em Tóquio.

1981: Apresentou sua primeira coleção em uma semana de moda de Paris, que surpreendeu a plateia e os críticos devido a suas proporções, volumes e cores. Apesar do choque causado o publico aderiu em cheio.

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It Girl

Gizele Oliveira

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“Capixaba, taurina, modelo internacional, fashionista”, essa é a definição de Gizele Oliveira por ela mesma, escrito em seu blog “Gizele a Go-Go”. Seu estilo vintage divertido conquistou ruas e passarelas internacionais, das Fashion Weeks à grandes revistas e blogs de moda por todo o mundo, feitos que ela descreve como realização de um sonho.

As loucuras dos backstages das grandes Maisons, com suas imensas produções, não tiraram de sua vida o Espírito Santo, estado em que nasceu. Mas para seu futuro, Gizele espera crescer cada vez mais e respirar fundo e confiar em si são seus truques para se tornar ainda mais feliz pessoal e profissionalmente, buscando sempre dar o seu melhor.

Fotos: Maxim Repin

Seu interesse pela moda surgiu ainda pequena, ao brincar com os acessórios e roupas de sua mãe, que sempre a fascinaram, prática que mais tarde a transformaria em blogueira. “Meu blog sempre me fez ficar ainda mais ligada na moda”, diz Gizele, que sempre buscava o máximo de conhecimento possível, o que a inseriu cada vez mais no mundo da moda.

à sua carreira de modelo que já é composta de grandes momentos, como sua primeira Fashion Week em Milão desfilando para Dolce&Gabanna, tida por ela como um grande orgulho. E também para Carolina Herrera na Fashion Week de Nova York, onde teve a oportunidade de realizar um sonho compartilhado entre muitas meninas, e sentir-se sortuda.

E ainda hoje, seu blog mantém seu valor, destacando-a, trazendo um diferencial

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BLACK METAL Aproveite que o Outono chegou – e abuse das bijus escuras para criar um interessante mix com os tons mais sóbrios que predominam no guarda-roupa quando as temperaturas começam a cair. Acessórios Shoulder

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Caminho das pedras Os incríveis cenários dos desfiles internacionais da temporada fall/winter 2016. Há quem vá assistir aos grandes desfiles produzidos pelas maisons mais charmosas da Europa, mais para apreciar os belíssimos cenários do que propriamente as peças exibidas pelas lindas e magras modelos internacionais. Eles são definitivamente um caso à parte e adornam os desfiles de forma magistral, transformando-os em glamorosos espetáculos. Abrindo as cortinas deste fall/winter 2016 a Chanel que trouxe um pedacinho da França para o seu cenário. O sempre criativo Karl Lagerfeld fez do local uma brasserie francesa - batizada de Brasserie Gabrielle, em homenagem à Coco Chanel, onde não só as modelos como todos os seus convidados puderam participar e desfrutar da gastronomia típica da França em um ambiente clássico e respeitosamente elegante.

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A passarela foi pensada para simular com perfeição os azulejos usados na época e foi usado madeira para a confecção de mesas e balcões. Pensando em tudo nos mínimos detalhes, haviam garçons, guardanapos estilizados com a logo da Maison e um cardápio personalizado para o deleite de todos. Foi realmente inesquecível!

No desfile da Maison Louis Vuitton, talvez um dos mais impactantes, Nicolas Ghesquière montou três globos espelhados no grande pátio da própria Fundação Louis Vuitton e foram distribuídas grandes telas nas quais era transmitido todo o evento ao vivo e a cores! As modelos desfilavam entre os convidados passando entre os globos com graciosidade e aparente facilidade.

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A coleção da Givenchy foi apresentada no Lycée Carnot, uma instituição escolar de ensino secundário e superior. Com um desfile descontraído e alegre, foi montado um “circuito” onde haviam pequenos tablados em vários pontos da passarela nos quais as modelos subiam para melhor visualização de todos. Toda a idealização do desfile, tanto a escolha do local como a ambientação vintage foi de Riccardo Tisci, estilista da maison. Muito bom!!!

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Outra marca que arrasou na escolha do lugar foi Alexander McQueen. Seu desfile foi apresentado no Conciergerie, uma antiga prisão francesa (que abrigou Maria Antonieta antes de sua decapitação), local também onde aconteceu o primeiro desfile do falecido estilista em Paris. Os convidados sentados na extensão total da passarela puderam apreciar bem de perto todo o luxo da coleção.

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Liberdade e Equilíbrio são as comprimentos com duas palavras que sintetizam pinceladas de glamour. a inspiração da coleção inverno 2015 da Corporeum. A mulher sensual está representada nas fendas, Podemos já sentir o frescor recortes laterais com da brisa na misteriosa movimento e decotes natureza, longe dos frenesis deixando a silhueta bem mais das grandes metrópoles, definida. dos vários tons de avisos dos smartphones. A Corporeum A peça-chave da coleção sugere um detox digital e é o tunic dress, que vêm faz você mergulhar no seu cheio de atitude com próprio ser. sobreposições modernas. A energia das pedras e das águas de nossa flora tropical traz a simplicidade que vem em tons de azul, lima e coral. A leveza e liberdade dos shapes com uma boemia despretensiosa e

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A idéia é respirar, expirar, inspirar. Resgatar o infinito e descobrir a imensidão de possibilidades que vêm de dentro da nossa essência! Bem vinda Corporeum!


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OH, BOY! Monarcas, esse é o nome a coleção de

e coloridos vivos, claramente aconche-

inverno 2015 da OH, BOY! Todos os anos

gados na coleção. Tal fenômeno inspi-

no final do verão, as monarcas voam

rou a OH, BOY! a procurar seu próprio

para o sul em busca de refúgio das tem-

santuário neste inverno, revivendo a

peraturas mais baixas no planalto cen-

estética dos anos 70 nas suas cores, es-

tral do México, país que nos traz esse cli-

tampas e modelagens.

ma de tons mais “calientes”

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O espírito livre está presente nos tecidos fluidos, longos, trabalhos maravilhosos de bordados e franjas, e nos acessórios que compõem looks perfeitos estilo boho, que caem muito bem em ankle boots, pulseiras de amarrações em couro, e muito amor em cada peça. Simplesmente apaixonados por essa coleção que nos trouxe um inverno muito mais quente e divertido com as monarcas, que só encerram seu ciclo, com o nascer da próxima geração.

De t-shirts aos longos flúidos, macacões e muita estampa, a marca também vem com uma lavagem incrível e super moderna de jeans. Como não amar? Giullianna Gonzaga

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SHOP 126 A SHOP 126 traz neste inverno a coleção

mânticas.

mais “très chic” dos últimos tempos. “Un

A coleção traz desde peças de cortes

Voyage à Paris” nos leva aos vitrais das

mais clássicos até o moderninho e casu-

catedrais com cúpulas medievais e um

al bohêmio, com peças como o colete

toque de art nouveau nas estampas mis-

jeans compondo looks bem despojados.

turados a formas e desenhos de texturas

A influência setentista na modelagem é

coloridas, em que as cores caminham

bem forte, e o trabalho feito com os vi-

por tons quentes com nomes inspirado-

trais em forma de caleidoscópio propõe

res no “savoir faire” francês. Isso tudo em

estampas psicodélicas, além de algu-

um inverno tropical, que vai do rouge

mas padronagens étnicas em bordados

acalentado ao Dijon iluminado.

e franjas.

Mas a arquitetura não é a única inspira-

Com essa viagem elegantérrima dá

ção da coleção; os jardins parisienses e

vontade de mergulhar nesta coleção....

suas flores perfumadas nos transportam

Claro que dá!

para esse universo encantador da cidade luz, cenário de muitas histórias ro-

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Giullianna Gonzaga


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Acrílicos em Arte Com pouco mais de um ano a Martha Campos Acessórios construiu um pequeno império de beleza e originalidade. Com inspirações visuais nas grandes feiras internacionais a criação da empresa busca aperfeiçoamento e leveza de materiais para compor suas “joias” em acrílico. Brincos, anéis, pulseiras, pingentes e em especial suas clutches descontraídas e outras mais a rigor com infinita gama de cores e materiais, são peças sensuais e complementam o look em qualquer ocasião. A coleção outono-inverno 2015 veio com sobriedade e elegância típicas dos dias mais frios e os materiais sofisticados e delicados dão origem às várias opções para o nosso dia a dia. Mais uma vez os tons clássicos modernos reinam, ganhando espaço e conquistando ainda mais os amantes das novidades no mundo da moda.

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A tradição estampada HAGAEF, marca capixaba, abre as portas para mostrar suas estampas mapeadas digitalmente. Com energia, receptividade e demonstrando muito conhecimento e amor pelo que faz, mesmo com os seus 30 anos de empresa ainda brilha o seu olhar quando elabora um novo projeto, essa é a Nazaré Dalvi, diretora de desenvolvimento de produtos da empresa HAGAEF, em Vila Velha no Espirito Santo. O “tour” pela imensa fábrica repleta de cores e muita criatividade é uma experiência fascinante. Em cada departamento um novo aprendizado e um novo mundo de possibilidades. Andrigo Guimarães, designer e Roseny Decothe , designer de moda, respondem pelo setor de criação da HAGAEF e afirmam explorar profundamente a história da arte como base de referência para o desenvolvimento de estampas, sendo a arte surrealista sua principal fonte. Explicam que alguns clientes quando desconhecem essas referências, buscam no mercado as ideias para criar as suas próprias estampas.

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O Processo de Produção

A empresa e, principalmente, a própria Nazaré se preocupam muito com a sus-

A marca não concentra suas ações

tentabilidade, por isso há sempre uma

apenas na estamparia, mas agrega

procura por novas técnicas e formas

todo o processo de produção, partindo

para um bom aproveitamento de teci-

da pesquisa e criação até os setores de

dos, tintas, papéis entre outros materiais

embalagem e expedição. Asseguran-

que podem se tornar resíduos nocivos.

do assim melhores meios e condições

Foi nesta procura que ela encontrou a

a cada processo realizado, garantindo

Técnica do Mapeamento onde os re-

qualidade a seus produtos, e associan-

síduos são mínimos com um excelente

do-os ao conceito sustentável.

aproveitamento dos componentes utilizados.

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A técnica consiste em encaixar a modelagem no tecido utilizado dentro da imagem, para o aproveitamento do tecido e melhor encaixe da estampa em cada parte da peça a ser confeccionada. O processo do mapeamento é elaborado no computador, com um estudo da melhor forma de aproveitamento dos tecidos e em seguida a modelagem segue para o setor de desenho no qual é definido o melhor encaixe dos moldes. Esta técnica já é utilizada no exterior e está sendo trazida para o estado pela HAGAEF. A estamparia digital, que se destaca no mercado atual, tornou-se o carrochefe da empresa. A marca usa tanto a técnica de estampa localizada, que pode ser feita com a peça aberta (ainda sem as costuras) ou fechada, já finalizada, quanto a estampa corrida, que consiste na estamparia no tecido antes de ser cortado. Em cenário em que todo o mercado repensa os investimentos A HAGAEF cresce e investe ainda mais em maquinários e equipe técnica, afirmando-se como um exemplo a ser seguido pelo empresários do setor.

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Bolsas de papel Designer holandesa dá nova roupagem às “sacolas descartáveis” A holandesa Ilvy Jacobs transformou as bolsas descartáveis em um objeto de desejo fashion e o melhor, útil!. A coleção Paper Bags usa técnicas de dobradura e sacolas de papel tradicionais transformando o material em objeto de desejo. A designer desenvolveu as Crunchbags, uma série de bolsas esportivas com modelos para golfe, tênis, boliche e musculação que mesclam o papel das sacolas descartáveis com o algodão em um processo similar ao de laminação. “Busco formas funcionais e sustentáveis” diz Jacobs.

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l e v á t n te

s u S n g i Des

liam

se a a i c n â

leg

e gia e o l o c E

ção

cole nessa

A coleção Safe foi criada para a marca Lexon pelo Elium e traz acessórios de design clean e ecologicamente corretos. Feitos basicamente de bambu e bioplástico a base de milho, as peças vão de xícaras de chá a um superpoderoso carregador de celular que usa energia solar. Tem ainda mochilas, relógios e um fantástico rádio retrô com entrada USB Relógio de parede, de PLA e bambu, design Pierre Garner & Elise Berthier, 22 x 21,5 x 1,5 cm

Jogo de xícaras para café, de porcelana e bambu, design Lexon Studio, 13,5 x 13,5 x 7 cm

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rios

essó de ac

para tocadores de mp3. Incrível, não é?

Jogo de xícaras Kookii, de porcelana e bambu, design FellinaSokCham


Rรกdio AM/FM, de PLA (bioplรกstico a base de milho) e bambu, design Pierre Garner e Elise Berthier, 14 x 9,5 x 4,6 cm

Calculadora, de PLA e bambu, design Pierre Garner & Elise Berthier, 15 x 8,6 x 1 cm

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Amores Velozes Por Débora Guimarães Ah, os tempo modernos! A velocidade das coisas é outra, chega a assustar. Crianças já nascem sabendo mexer em tablets, smartphones, computadores. O nosso cotidiano se torna um borrão de imagens, sons, aromas, pessoas. Nosso corpo se cura mais rápido, nossos dias, semanas e meses passam sem que nos demos conta. Os prazos não param de vencer no trabalho, na faculdade. Esquecemos que às vezes é necessário desacelerar. Essa velocidade alucinante começou a afetar os relacionamentos. Não temos tempo para sentar à mesa e fazer uma refeição em família, ou para conversar sobre o dia do nosso companheiro, ou para relaxar. Estamos sempre correndo. E ultimamente vejo muitas pessoas correndo de uma das coisas mais gostosas da vida: o amor. Não falo desse amor de facebook que, aliás, acompanha a pressa atual (conhecemos a pessoa há três horas e já a amamos). Falo daquele amor que se constrói no dia a dia a dois, daquele que tira o fôlego um pouquinho todos os dias, daquele que nos faz sorrir só por lembrarmos do sorriso do outro. Esse amor é cada dia mais raro. Os relacionamentos também têm acompanhado a velocidade, eles duram cada vez menos, e o tempo entre um relacionamento e outro idem. Mas por que essa mudança? As pessoas ficaram chatas, ruins, insuportáveis? Acho que o que aconteceu é que as pessoas perderam a paciência! E não é ela que mantém um relacionamento duradouro? Só o amor não une duas pessoas por tanto tempo, isso é conversa pra boi dormir! O amor precisa de outros dois pilares pra se manter: paciência e respeito. E veja só se não são essas duas coisas que estão em extinção na atualidade! Conviver com outra pessoa é extremamente difícil. Quando estamos em família não tem jeito, aquele é o nosso irmão chato, aquela é a nossa mãe retrógrada e não podemos fazer nada pra mudar. Acabamos acostumando na marra, aprendemos a lidar e a conviver. Mas quando escolhemos estar com outra pessoa diariamente, achamos que essa pessoa tem que ser maravilhosa 100% do tempo, e isso é impossível! Os prazos da faculdade e do trabalho também chegam pra ele. Assim como não é só ele que tem problemas na família. Se não aprendermos a lidar com o (mau) humor do outro, com os defeitos, com as manias, estamos fadados a viver sozinhos.

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Não estou dizendo aqui que temos a obrigação de fazer um relacionamento dar certo quando ele está condenado. Acredito sim que muitos casais poderiam ter buscado a felicidade com outras pessoas caso o divórcio não fosse tão mal visto antigamente. Mas acho que algumas pessoas extrapolam, tudo é motivo pra terminar. Me pergunto se as pessoas têm tentado conversar pelo menos. Ele é bagunceiro e você é super organizada? Mas e o fato de você detestar cozinhar e ele ser um mestre cuca? Será que não dá pra balancear as coisas? Acho também que a facilidade de se conseguir um parceiro sexual hoje em dia acelera as coisas. Antes era preciso certo tempo de namoro, um nível alto de confiança para que acontecesse a primeira vez de um casal. Hoje o chamado “sexo casual” virou Cult, é muito mais fácil pra um cara conseguir levar uma mulher pra cama (ou vice-versa), então pra quê aturar os defeitos de um parceiro se hoje em dia eu consigo isso tão fácil? Isso quer dizer que quem não quer namorar está errado? Não. Quer dizer que as pessoas querem namorar, mas esperam que o parceiro seja perfeito, que aceite todos os seus defeitos, mas que concorde em mudar sempre que você ache que ele está incomodando. Querem que o parceiro compreenda seus horários e esteja disponível, que ele pare de jogar futebol pra ficar com você, mesmo que você não abra mão de sair só com as amigas uma vez por semana. É a política do “tudo pra mim, nada pra você” que quando é adotada por ambas as partes acaba em desentendimento e mágoas. Os relacionamentos têm se baseando em egoísmo, individualismo o que, realmente não pode durar muito tempo por se tratar dos sentimentos e vontades de mais de uma pessoa. Tenho visto uma tendência ao “namoro descartável”: quando o namorado/namorada começa a incomodar, não se tenta acertar as coisas ou conciliar os interesses, simplesmente termina, parte pra outra sem se perguntar o que aconteceu para dar errado. Ve-lo-ci-da-de! Velocidade para encontrar a felicidade em outra pessoa, quando ainda não a encontrou em si mesmo. Vontade de provar seu ponto de vista a qualquer preço, mesmo que isso custe a sua relação. Só pra reforçar: toda regra possui uma exceção, e pro caso dos relacionamentos descartáveis, sempre iram existir aqueles que são defensores da reciclagem, do reaproveitamento e da sustentabilidade. Pra você que já a aprendeu a desacelerar, segura na minha mão e seja bem-vindo ao clube!!!

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Café Cultural Bem vindos à Cosette, um lugar para

É admirável ver um lugar tão singular

saborear seus momentos. Um café aon-

nascendo por aqui e torcemos para

de tudo é muito pensado para agradar

que a ideia genial de seus donos ga-

seu publico. Ao entrar é possível sentir o

nhe mais apreciadores, pois é muito

carinho das pessoas que ali trabalham,

merecido. Vitória estava precisando!

tanto pelo lugar quanto por te receber.

Longa vida à Cosette!

Realmente se empenham para fazer com que o lugar só melhore em todos os sentidos. É impossível não se sentir inspirado no ambiente que transpira arte e cultura. Acolhedor e bem decorado, o local oferece uma ótima música ambiente, livros muito especiais, todos selecionados a dedo, maravilhosas cervejas artesanais, diversas delícias em seu cardápio, t-shirts com estampas bacanas e como se não bastasse uma vitrola para poder conhecer os LPs fantásticos que são vendidos no espaço. As horas lá dentro passam voando e é possível ficar um dia inteiro sem nem ao menos perceber. Um lugar tranquilo para descansar, estudar, ler e até mesmo bater um papo gostoso com os amigos.

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WINNIPEG

Arte & Cultura Conhecido como o “berço cultural do Canadá”, Winnipeg é o lar de Royal Winnipeg Ballet do Canadá, a Manitoba Centro de Teatro Real, Orquestra Sinfônica de Winnipeg e muito mais. Aqui, a estação teatro é iluminada com talento, entusiasmo e poder de estrela. Winnipeg também oferece uma cena impressionante e inspiradoras das artes, da maior coleção do mundo de InuitArt na Galeria de Arte Winnipeg, para telas modernas cobertas de tinta spray na Galeria Graffiti de artesanato no The Forks.

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Galerias Muitas galerias de Winnipeg oferecem uma variedade impressionante de arte histórica, beleza artística e interpretações modernas. De artefatos aborígenes para ligar do último século a-vestidos de arte inuit contemporânea para pulverizar murais urbanos pintados – Vale a pena ir visitar as galerias de Winnipeg, quando estiver na cidade.

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Boho e kitsch é um encontro artístico e legal na comunidade de Osborne Village, nomeado recentemente “o grande bairro do Canadá” pelo CanadianInstituteofPlanners. Artistas emergentes e consagrados, estúdios de dança e música locais contribuem para a vibração criadora de Osborne. Clubes e bares adicionam ao happy hour uma emoção a mais. Padarias e restaurantes criam festas de dar água na boca e são a cereja no topo do bolo. “The Village” ,com arquitetura de 1900 que vive harmoniosamente ao lado de modernos arranha-céus, conta com mais de 175 lojas exclusivas, restaurantes e empresas. Você vai encontrar de tudo, desde especialidade na culinária, como joias exclusivas e roupas de estilistas locais, restaurantes que servem cozinha regional e delícias étnicas.

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No coração de Winnipeg, The Forks é um dos lugares mais queridos da cidade e repleto de história. A junção dos rios Assiniboine e o Red River é um ponto de encontro há mais de 6.000 anos. Isso mesmo, 6.000 anos! Os primeiros povos aborígenes negociavam ali, seguidos pelos comerciantes de peles europeus, caçadores de búfalos, colonos escoceses, pioneiros ferroviários e dezenas de milhares de imigrantes. Hoje é possível encontrar neste local, diversas atividades de lazer, como uma área para a prática de skate, passeios no rio, compras e muito verde nas estações mais quentes. Durante todo o ano ocorrem diversos eventos e atrações especiais que contrastam com o lugar histórico, de beleza natural e arquitetura contemporânea.

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