2ª Edição MARÇO/2022

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LARISSA MACIEL ROMPE BARREIRAS DO JORNALISMO ESPORTIVO

Ela se tornou a primeira comentarista mulher de jogo de futebol no Rio Grande do Norte, ao mediar a partida entre Potiguar de Mossoró x América de Natal, pela rádio 95 FM. Retomada do São João de Assú gera expectativa entre a população local Prefeitura de Mossoró dá início à campanha Março Lilás

No mês da mulher, voltado a saúde delas em geral, também é realizada a campanha da conscientização e do combate ao câncer no colo do útero.

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MULHER
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DIVULGAÇÃO/CLÍNICA
BRASIL FOTO: BRUNO ANDRADE
MOSSOROENSE
CORREIO MARÇO DE 2022 | 2ª EDIÇÃO
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NO ESPORTE CULTURA
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ONCOLÓGICA DO

O Dia Internacional das Mu lheres é celebrado, anual mente, no dia 8 de março. A edição do Correio Mossoro ense deste mês, então, des taca mulheres que vivem na cidade e traz pautas que são relevantes para elas Com essa proposta em mente, a maté ria de capa é um perfil sobre a jornalista Larissa Maciel, a jornalista que rompeu barrei ras no jornalismo esportivo do estado, quando se tornou a primeira comentarista mu lher de jogo de futebol no Rio Grande do Norte, ao mediar a partida entre Potiguar de Editora-chefe

Mossoró x América de Na tal, em 14 de agosto de 2020, pela rádio 95 FM. Além de ser inspiração e referência para futuras gerações jornalísti cas. Em opinião, um artigo de cunho político foi escrito partindo tendo como refe rencial primeiro voto femini no no Brasil, que ocorreu no Rio Grande do Norte (RN), na cidade de Mossoró, em 1928, quando a professora Celina Guimarães e outras 20 mu lheres se candidataram para votar em uma eleição com plementar para o Senado, e Celina foi a primeira a exercer

esse direito e entrar para história. Isso para abordar, na atualidade, a forte repre sentatividade política de mu lheres como: Rosalba Ciar lini (PP), Bianca Negreiros (PODE), Irmã Ceição (PT), Isolda Dantas (PT), Cláu dia Regina (DEM) e Ângela (PRTB), em terra mossoroen se. A campanha da Prefeitura de Mossoró “Março Lilás” vi rou uma reportagem na edi toria de saúde, pois busca, principalmente, a conscienti zação e o combate ao câncer no colo do útero, com uma programação de trabalhos

e atividades, durante todo o mês, voltados para a atenção básica à saúde das mulheres. A importância de se informar sobre esse tipo de câncer é que ele ainda é um dos mais frequentes entre as mulheres e, no Brasil, é a quarta causa de mortes mais frequentes, segundo dados do Ministério da Saúde. Além de divulgar para a população que uma das principais maneiras de prevenção é a vacina ção contra o HPV, já que essa Infecção Sexualmen te Transmissível (IST) pode causar tumores malignos na

região inferior uterina. Ou tros textos desta edição tam bém seguiram a temática ou se alinharam a ela. Por exemplo, a matéria sobre a agência Realize Comunica ção comandada por mulheres que se destaca em Mossoró, das sócias Joyce Moura, Je ane Meire e Indyra Cibele, que relataram os desafios de empreender em um ambiente historicamente machista. Por fim, um destaque também foi dado a Ênia Morais, diretora há 12 anos do abrigo Amanti no Câmara, um refúgio e lar para os idosos em Mossoró.

Laís Falcão

Editores

Ester Chagas

Joyce Dayane da Costa

Maria de Fátima da Fonseca

Matheus Felipe Ferreira

Mauricio Barros

Vanessa Elen da Costa

Ellen Darfnny de Souza

Germalli Souza

Repórteres Germalli Souza

Lídia

Luana

Cardoso Maurício Barros

Expediente Opinião

Pedro Hugo Souza

Sabrina de Sá Thaiza Medeiros Vitória Alves

Articulisatas Joyce Dayane da Costa Lailson Pires Vanessa Elen Macedo

Cronistas Ellen Darfnny de Souza

Mulheres na política: elas podem e a cidade precisa!

Joyce Dayane da Costa

O primeiro voto feminino no Brasil ocorreu no Rio Grande do Norte (RN), na cidade de Mossoró, quando o governo local permitiu que mulheres se alistassem para votar em uma eleição comple mentar para o Senado. A professora Celina Gui marães e outras 20 mu lheres se candidataram, e Celina foi a primeira a exercer esse direito e entrar para história.

A importância da persistência na luta por emancipação femini na dentro da socieda de, para que mulheres possam ocupar mais espaços fora do am biente doméstico, tor na-se evidente quando uma de nós consegue alcançar um lugar fa cilmente entregue aos homens. E Celina conse guiu esse feito em 1928.

Quem observa o crescimento das discus sões a respeito da par ticipação feminina na política brasileira, mui tas vezes não imagina o quão recente é a con quista desse direito. Há 88 anos mulheres não tinham voz e represen tatividade na vida po lítica no país, isto por que, somente em 1939 foi instituído que estas também teriam direito ao voto. Enquanto ho mens permaneciam em suas participações dire tas e indiretas no âm bito político (votando, sendo votados), nós es távamos comemorando mais uma das coisas que nunca nos foi entregue. Hoje, no entanto, podemos explicar a po lítica mossoroense em uma palavra: mulher. Mesmo após tantas dé

cadas de luta, o cenário nacional para as repre sentações femininas na política não teve grandes alterações. Em contra partida, o estado do Rio Grande do Norte teve mulheres governando a frente desde a cidade do sal, Mossoró, até o mais alto cargo representado no Senado. E vale men cionar que hoje o estado é governado por Fáti ma Bezerra, do Partido dos Trabalhadores (PT). Foram nove pré -candidaturas para elei ções da prefeitura em 2020 aonde seis foram de mulheres. A ex-prefeita, Rosalba Ciarlini, do par tido Progressistas, que já teve três passagens pela cidade, uma pelo gover no do RN e uma pelo Se nado, é a grande favori ta a se reeleger em uma próxima vez, segundo

o que dizem pela cida de atualmente. E como não seria? Uma mulher comandando Mossoró é do que a cidade precisa.

Houve poucas mar gens de erro nos últimos anos para registro e a popularidade delas cres ce a cada dia. Seis nomes ainda permanecem para uma representação forte das mulheres para uma eleição majoritária na cidade: Rosalba Ciarli ni (PP), Bianca Negrei ros (PODE), Irmã Ceição (PT), Isolda Dantas (PT), Cláudia Regina (DEM) e Ângela (PRTB). E seguin do essa ideia, é possível que, em eleições futuras, mais e mais mulheres em Mossoró se candida tem a cargos políticos.

Editorial
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Vanessa Elen Macedo Diagramadores Arthur Alves Bernardo Victor Germalli Souza Joyce Dayane Paulino Lima Marília Gabriela
CORREIO MOSSOROENSE 2 | EDITORIAL E OPINIÃO | MARÇO DE 2022

Opinião

A importância de terapias com psicólogos no enfrentamento a depressão e a ansiedade durante a pandemia da Covid-19

pela pandemia. Muito além da própria doença infecciosa, houve ao lon go destes dois anos um desenvolvimento sem precedentes de quadros de depressão, ansieda de e outros transtornos de origem psicológica.

Ao longo destes dois anos de pandemia de Covid-19, toda a rotina e estilo de vida das pesso as foi forçadamente mo dificada, fazendo com que houvesse até mesmo uma adaptação inespe rada da rotina ao redor de todo mundo. Com esta mudança abrupta, naturalmente diversas questões padecedoras surgem como reflexo da ausência de hábitos tão comuns como fre quentar restaurantes ou supermercados em um domingo durante o dia.

Entre as questões que surgem desta mu dança, é possível dizer que os adoecimentos psicológicos são de longe uma das principais pro blemáticas que surgiram como efeito da reformu lação social ocasionada

O Psicólogo Wil ton Silva (CRP 11 / 12747) aponta que houve um aumento exponencial da procura por acom panhamento psicoló gico e psicoterapêuti co ao longo destes dois anos, embora as noções de preconceito sobre o que é psicoterapia ain da sejam comuns entre as pessoas, fazendo com que muitas vezes exis ta o receio ou mesmo a abstenção da procura. É possível afirmar também que o modo como estes quadros psicopatoló gicos se constroem faz com que muitos acabem deixando de procurar o serviço de psicologia para os cuidados bási cos com a saúde mental.

Mas, afinal, o que é Depressão e ansieda de? Por que a pandemia afeta tanto as pesso as? A Psicóloga Patrícia Queiroz (CRP 11/12814) e o Psicólogo Marcos Cali xto (CRP 11/14070) apon tam que palavra depres são pode significar tanto

um estado afetivo nor mal quanto um sinto ma ou um adoecimento. Pode estar associada às consequências e reações consideradas dentro do padrão de normali dades diante de deter minados sofrimentos e perdas, devendo haver cautela sobre a dife renciação entre tristeza ou momentos depres sivos e a depressão em si. Na pandemia, a de pressão se revela prin cipalmente pela impos sibilidade de manter a rotina que leva as pesso as ao encontro de outras. Enquanto forma de adoecimento, inclui principalmente as alte rações de humor e cog nitivas, havendo uma relativa perturbação da percepção e atenção. Diante da gravidade e da decorrência, tem-se incentivado a otimiza ção de tratamentos psi cológicos destinados a orientar as pessoas a lidar com a depres são. A patologia é vis ta de forma equivocada por amigos e familiares quando eles relacio nam a patologia a even tos que são conceitua dos como passageiros, negligenciando a pos sibilidade do acompa nhamento profissional.

A ansiedade, por sua vez, trata de uma instabilidade do pensa mento que, em linhas gerais, é percebida como um excesso de futuro, isto é, um pensamento desorientado que segue em direção sobretu do a fatos que ou ainda não aconteceram, ou não há sequer a possi bilidade de acontecer.

Diante disto, é de extrema importância compreender que esta é uma forma de ado ecimento. Que assim como a depressão, tem condições muito par ticulares para seu de senvolvimento, e con sequentemente, cada pessoa tem sua forma de manifestá-la, não de vendo ser julgada como um padrão taxativo. As duas condições de desordem psicológi ca são fortemente atra vessadas pela pandemia sobretudo por revelar problemas e questões que são evitadas pelas pessoas, muitas vezes de modo inconsciente em decorrência da acelera da rotina e do cotidia no massivo. A ansieda de principalmente, pois toda mudança de hábito produz diferenciação de ação, isto é, a não exis tência de determinados

padrões provoca in quietude e consequen temente a sensação de incerteza,queproduzcon dições para a ansiedade.

A psicoterapia em ambos os casos se mos tra como potente e ne cessária para os cuida dos com a saúde mental das pessoas, podendo e até mesmo devendo ser uma via de acesso pri mário para este quadro tão complexo de saú de. Os postos de saúde e os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são responsáveis pelo aco lhimento de pessoas em sofrimento psicológico e realizam uma ativi dade conjunta com as clínicas escola de Psico logia das universidades para que seja possível de algum modo realizar este cuidado de modo responsável e ético. Deve-se lembrar mais uma vez que de pressão e ansiedade não são “frescura” e nem “besteira”, mas sim uma forma de adoecimen to em saúde mental que merece e necessita de todos os cuidados possí veis para que haja alguma qualidade de vida na vida das pessoas atravessa das por este diagnóstico.

A garota branca que namora com o cara negro diante das câmeras

te carnuda, seu cabelo crespo e grande encos tando a testa, dando -lhe um ar misterioso.

Sou a namorada do cara morto. Meu papel se re sume em ficar ao lado do corpo baleado seis vezes. Este é o prota gonista. Foi por causa dele que as pessoas ao redor pararam. Comen tam como era agradável de olhar para seu corpo magro e musculoso, sua boca admiravelmen

Mencionam sua mãe e como ela ficaria devastada quando sou besse que seu filho foi morto por um policial. O quão chocada ela fica ria quando descobrisse que ele fora assassinado por um cidadão do bem. Isso diminuiria o im pacto da dor? A confor taria de alguma forma?

– Ei, mocinha? Ei!

Fala exasperada mente um estranho se gurando um celular de última geração em sua mão. Viro-me para ele. Possui um olhar ávido no

rosto. Seus olhos estão no protagonista. Não pos so culpá-lo; quer dizer, quem olharia para uma figurante nesse cenário?

– Poderia se afastar um pouco? Está atrapa lhando o ângulo da foto.

Comenta apressa damente. Percebo que ele possui o crachá do Jornal Click!. Seu nome é Pedro. Está olhando para mim impacien te. Não consigo pensar com todos esses flashes. Imploro para eles pararem, para deixarem o corpo no chão em paz, para que foquem suas câmeras em mim, para que me façam prota gonista, para que meu

namorado volte a ser sombra da namorada branca, para que não o revivam em seus blogs de modo espetaculo so como pseudonotícia.

Minha mente volta ao início. Eu me afastei um momento para pe gar as chaves que me es queci, enquanto ele fica ao lado do meu carro.

A vizinhança desconfia do desconhecido que três vezes por semana aparece em uma cons tância de seis meses e realizam uma denúncia. O policial o aborda e pergunta de quem é o celular em seu bolso. Ele responde que pertence a ele. O vilão braveja que na foto há uma garota loura. Eu. Ele responde

que namoramos, o que não soa crível. A discus são esquenta. No meio de insultos e autoritarismo, o antagonista levanta sua arma e atira. Seis dispa ros. Só para ter a certe za de que o delinquen te não irá prejudicar a vida de mais ninguém. Funcionou, imagino. Porque Nicolas –esse era o nome da víti ma, a propósito - nunca mais irá ter que argu mentar sobre a foto de uma namorada em seu celular novamente ou o porquê de estar em um bairro de família per turbando os morado res. Pode-se concluir, que minha digníssima vizinhança teve seus felizes para sempre.

Ellen Darfnny de Souza
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Esporte

Larissa Maciel, a jornalista que rompeu barreiras no jornalismo esportivo do estado

Ela se tornou a primeira comentarista mulher de jogo de futebol no Rio Grande do Norte, ao mediar a partida entre Potiguar de Mossoró x América de Natal, em 14 de agosto de 2020

A jornalista Larissa Ma ciel nasceu na terra da liberdade: Mossoró/ RN. Desde pequena teve alimentada sua paixão pelo esporte, acompa nhando principalmente partidas de futebol com a família e assim notou que ansiava por mais.

“Eu queria enten der por que as pessoas venciam competições e campeonatos. Eu sempre ficava muito interessada com isso. E aí eu passei a escrever textos anali sando posicionamento das equipes, e comecei a postar nas redes sociais”.

Ela conta que gra ças a essas postagens nas redes, no começo do Twitter no Brasil, que ela foi notada, até por pessoas em São Pau lo, e então passaram a apoiá-la e incentivá-la na carreira jornalística.

No início da carrei ra, ainda na decisão pela escolha de ingressar em jornalismo na universi dade, Larissa teve que enfrentar algumas bar reiras por parte de seu pai, sendo um pouco resistente, pois achava que ela iria para direito. Com o apoio da família, ela decidiu pelo curso de Comunicação Social, com habilitação em Jor nalismo, na Universi dade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

E, após entrar no curso, ela fala que se encontrou: “eu pensava muito no que me dava um propósito de vida, do que eu queria trabalhar, do que eu queria fazer”. Tão decidida e já univer sitária, ela viu a possi bilidade de adentrar no jornalismo esportivo, lá estava um mar de pos sibilidades em diversos esportes e modalidades para construir e conti nuar seus trabalhos, ago ra como profissão. Des de então não saiu mais desse ramo jornalístico.

Mesmo gostan do bastante de esporte, mesmo praticando al guns quando criança, como vôlei e futsal, ela era uma pessoa bem se dentária. Ainda na esco

la, ela já percebia a resis tência enfrentada pelas meninas e mulheres na prática esportiva. Con ta ela que, por exemplo, nas escolas onde pas sou, não existiam equi pes de futsal feminino, apenas masculino e já se questionava os porquês daquela situação, da ne cessidade de se montar uma equipe para en tão tentar que um pro fessor lhes desse aula. Ainda menina, ela per cebeu que queria muito resolver essa situação.

A prática esporti va, no entanto, entrou na sua vida, de fato, de vido a problemas de saúde. E assim, a corri da apareceu como uma solução em conjunto com uma alimenta ção saudável. A paixão foi tanta, que ela che gou a correr uma meia maratona e tornou-se meia-maratonista. Po rém, mesmo atualmen te afastada, continua indo à academia a fim de manter-se saudável.

Já como praticante de esportes Larissa en frentou barreiras, e no exercício da profissão, infelizmente, não seria diferente. Como jorna lista e na área do espor te, algumas das pergun tas feitas para ela, desde o estágio na TV Cabo Mossoró (TCM), foram: “Você gosta de esporte?”, “Você gosta de futebol?”, por ser uma mulher em uma equipe totalmente masculina. Já formada, agora repórter e apre sentadora na mesma TV de um programa espor tivo, os questionamen tos não paravam por parte do público “uma menina agora apresen ta o esporte”, “como é que você chegou até aqui?”, e com isso, sur gia também o machis mo, pois havia agora uma mulher inserida com protagonismo em um ambiente predomi nantemente masculino.

Além das interroga ções, ela conta que “tam bém começou a existir o assédio, ele passa a ser assexual, ele passa a ser

também moral, psicoló gico”. Em algumas situa ções, era a única mulher em um ambiente inteira mente masculino e isso a deixava um pouco acu ada. Porém, ela não se deixou vencer por esses obstáculos, foi se adap tando e enfrentando as situações. E, mais re centemente, com a pan demia, ela se viu em um desafio diferente e duro, como se não bastasse a realidade complicada, havia a responsabilidade de informar a população sobre a doença com se riedade, além de enfren tar aos questionamentos constantes do seu traba lho jornalístico, e os ata ques sofridos por parte dos colegas de profissão.

Apesar do pouco tempo de carreira como profissional, desde o es tágio em 2015 até este ano de 2022, Larissa já contribuiu bastante para o esporte e foi pioneira como jornalista espor tiva no Rio Grande do Norte. Em 2019, lançou o primeiro blog total mente esportivo do es tado, escrito e produzi do por uma jornalista, o larissamaciel.com.br.

Foi também a pri meira comentarista fe minina de um jogo de futebol no RN, através do microfone da rádio 95 FM, que também faz parte do Grupo TCM Telecom, onde Larissa trabalha. Essa partida foi transmitida no dia 14 de agosto de 2020, às 20h30min, entre Poti guar de Mossoró x Amé rica de Natal no Está dio Manoel Leonardo Nogueira (Nogueirão), em Mossoró. Mas ape sar de tantos marcos, Larissa conta que não tem a real noção e pro porção da dimensão desses feitos, mas que seu foco é abrir espaços para o esporte e marcar seu nome na história.

“Estou dando es paço para uma mulher, uma jornalista espor tiva, uma comentaris ta esportiva falar sobre esportes. Então é isso que eu vejo hoje, assim

“Se eu puder levar mais pessoas comigo junto nes sa linha de crescimento, sejam mulheres atletas, desportistas, equipes femininas e masculinas, se jam atletas amadores, eu quero levar comigo, por que eu acredito que eu estou contribuindo com a minha carreira, e também com o esporte mosso roense e norte-rio-grandense”.

eu tenho uma linha de crescimento que pos so galgar. E se eu puder levar mais pessoas co migo junto nessa linha de crescimento, sejam mulheres atletas, des portistas, equipes fe mininas e masculinas, sejam atletas amadores, eu quero levar comigo, porque eu acredito que eu estou contribuindo com a minha carreira, e

também com o esporte mossoroense e norte -rio-grandense”, diz. E nessa busca, ela lançou em seu blog o projeto “março para elas”, em que aborda, durante o mês inteiro, histórias de mulheres no espor te. Seja a trabalho, lazer, de forma profissional ou amadora, o objetivo da iniciativa é dar voz para mais mulheres.

Larissa sentada à beira do gramado na arena Corinthians.
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Ao lado de um colega da TCM no estúdio para a transmissão de Potiguar de Mossoró x América de Natal FOTO: @LARISSAPMACIEL FOTO: @LARISSAPMACIEL

Cultura

O São João 2022 de Assú promete ser inesquecível

por causa da pandemia

Em comemoração ao pa droeiro da cidade e com programações festivas imensas, Açu, ou mais po pularmente chamada de Assú, se prepara para a volta dos festejos culturais do São João Mais Antigo do Mundo após dois anos de pandemia, no qual impos sibilitou as comemorações de acontecer por causa do isolamento social e do nú mero crescente de mortes pela Covid-19. Porém, com a flexibilização do uso de máscaras através do decreto da Governadora Fátima Bezerra em locais abertos e fechados, o pre feito Dr. Gustavo Soares promete o maior São João de todos os tempos.

A população aguar da ansiosamente pelo mês de junho não só pela grande programação anunciada pela prefei tura com nomes de peso como Zé Neto e Cristia no, Zezé de Camargo e Luciano e João Gomes, como também esperam euforicamente pelo re torno das apresentações do tradicional Festival de Quadrilhas Juninas. O concurso arrasta mi lhares de pessoas para a praça central da cida de, que objetiva não só festejar o padroeiro do município, mas também divulgar a cultura po pular e manter viva as tradições juninas da “Terra dos Poetas”.

Endson Erson, que é parte do grupo de Marketing da qua drilha estilizada Grupo Junino Tradicional Ar raiá Esplendor, infor mou que os preparativos para este ano começaram cedo e que a expectati va da volta do festival é alta para toda a comu nidade quadrilheira. “As quadrilhas fazem parte da essência dos festejos juninos! É nossa cultu ra nordestina. Dentro de nossa junina trabalha mos não somente as coreografias, mas tam bém a cultura popular, educação, ações so ciais, o respeito e a in clusão. Tudo isso jun to a nossa comunidade,

oferecendo uma alterna tiva para ocupação dos jovens de nossa cidade”. E não é para me nos toda essa espera, além das festas, o São João de Assú movimenta milhões de reais na eco nomia da cidade. De pois de dois anos pandê micos, a expectativa de gerar novos empreendi mentos e rendas para a população cresce a cada dia que se aproxima o mês junino. Como é o caso da Maria Bella, ma quiadora profissional de 25 anos, que aprendeu a maquiar enquanto es tava dentro da quadri lha junina Grupo Cul

tural Oxe Menina. Ela reconhece a importân cia que o grupo cultu ral tem na cidade desde o seu início, e conta que são muitas pesso as envolvidas em uma quadrilha estilizada. “Costureiras, fer reiros, marceneiros, pintores, vendedores de tecidos, chinelos, produtor audiovisual, cabeleireiros, maquia dores, sapateiros. A qua drilha tanto gera muitos empregos como ensina muitas habilidades tam bém, então gera renda e trabalho de todas as formas desde o início até o final de sua construção.

Aquece o comércio e ale gra as pessoas!”, explica.

A expectativa da prefeitura de Assú é reu nir mais de 40 mil pes soas por noite durante a realização do São João 2022, e de acordo com o prefeito, durante a co letiva em que anunciou as atrações da festa, tan to a cidade quanto a re gião serão beneficiadas pelo grande número de turistas e visitan tes, que fortalece rão a economia local.

“Sinto que esse São João será espe cial, inesquecível e úni co, com sentimento de gratidão, que São João

Batista abençoe a to dos os devotos, os fes teiros aproveitem com moderação e as qua drilhas apenas vivam o momento de realização. Que possamos agradecer por estamos vivos e lem brar com carinho da queles que não tiveram a mesma oportunidade que nós”, ressalta Ma ria Bella. Para ela, além de todos os significados que esse ano trará para as festas, virá um ain da mais sensível e es pecial: sobrevivemos a uma pandemia, estamos vencendo e esta será a nossa comemoração. Viva o São João, viva a vida!

Agenda Cultural

Dia Internacional da Mulher

A cerimônia em homenagem ao Dia Internacional da Mu lher vai acontecer nesta ter ça-feira (8), às 16h, no Palácio da Resistência, com a entrega do Troféu Ana Floriano para a atriz mossoroense Tony Silva.

Emancipação de Mossoró

A celebração do Dia da Eman cipação Política de Mossoró será realizada pela Prefeitu ra de Mossoró, na terça-feira (15), às 8h, também no Pa lácio da Resistência, com o hasteamento da bandeira do município ao som da ban da de música Artur Paraguai.

O retorno da principal festa cultural do município anima a população depois de dois anos sem acontecer Atriz mossoroense Tony Silva fotografada por Allan Phablo (Secom/PMM) As quadrilhas juninas, compostas por moradores das comunidades, são atrações do São João e fazem parte da cultura local
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Marília Gabriela

Abrigo Amantino Câmara pode acolher cerca de 70 idosos na sua sede em Mossoró

Diante da pandemia, a instituição recebeu bastante doações e os abrigados não se contaminaram com a Covid-19, exceto uma senhora que faleceu, vítima da variante Ômicron

Era uma manhã de quarta-feira (16), os idosos começaram a se animar ao ver um visitante entrando em seu lar. Desde o início da pandemia eles es tão sem receber visitas, devido às orientações sanitárias e à preser vação dos cuidados com sua saúde. Quando entrei me deparei com um corredor por onde pas savam enfermeiras que, com muito zelo e criatividade, iam repa rando as ataduras, dan do os medicamentos e conversando com todos eles. Havia sorrisos no rosto de muitos deles.

O Amantino foi fundado na cidade há mais de 75 anos, per tence às obras sociais da Diocese de Mossoró, e fica na Rua Vence slau Braz, bairro Santo António. A instituição é filantrópica e a maio ria dos idosos estão mo rando no abrigo devi do às baixas condições sociais e econômicas das suas famílias. Quem nos conta mais sobre isso é a atual diretora da instituição, Ênia Mo rais, que está há 12 anos à frente desse árduo projeto.

Qual a missão do Abri go Amantino Câmara e qual a sua capaci dade de acolhimento?

O Amantino é um pro jeto social da Diocese, sem fins lucrativos. Te mos a capacidade de abrigar 70 idosos, mas devido aos protocolos da pandemia, estamos com 63. Tivemos dois óbitos recentes.

Ao entrar no abrigo, con hecerseusespaços,conver sar com os idosos, com os funcionários e colab oradores, eu pude per ceber que, em todos eles, existe gratidão por estarem ali. Para os ido sos, diante de suas

dores, por terem um lar; para funcionários e colaboradores, o com promisso de ajudarem a ter uma velhice com mais qualidade. Em cima dessa observação fiz a seguinte pergunta:

Como é a sua relação com os idosos internos? Com o tempo eu fui aprendendo a conviver com o fato de eles esta rem caminhando para o final de suas existências, por isso todos nós, quan do chegamos ao traba lho, pensamos: ‘O que podemos fazer para fa cilitar e tornar mais leve o dia deles?’

“Todos nós, quando che gamos ao trabalho, pen samos: ‘O que podemos fazer para facilitar e tor nar mais leve o dia deles?”

É possível obser var o quanto o amor está presente em cada ges to e em cada ação que as pessoas estão fazen do nesta casa. Ao entrar na cozinha, deparei -me com Fátima, que há vários anos trabalha em regime 12x36, e diz “que não se vê trabalhan do em outro lugar, que na verdade criou um vín culo tão grande com eles, que trabalhar ali a realiza”.

O mesmo se observa na fala e nos gestos dos fun cionários: Paulo, psicólogo; Eliclelton, técnico de enfermagem; Manoe la Filgueira, assistente social; Lurdes Michele, nutricionista; e Abraão Victor, auxiliar admi nistrativo. Com to dos que conversei pude perceber um brilho no olhar, uma certa sa tisfação e uma vonta de imensa de ajudar.

Abraão, de 21 anos, entrou no abri go como jovem aprendiz e já se tornou parte do quadro de funcionários em pouco tempo. Com o sorriso no rosto, ele fala um pouco da alegria em poder trabalhar na casa.

Para você, como é trabalhar aqui? Eu me sinto muito hon rado, até porque é o meu primeiro emprego e eu gosto muito daqui. É uma outra realidade e eles precisam mui

to da minha ajuda. Seu Pedro, de 89 anos, é um dos idosos que estão há mais tem po na casa. Ele já mora ali há mais de 22 anos e já pegou diversas ges tões. Para o idoso, é uma alegria ser bem tratado por toda equipe.

O que o senhor mais gosta aqui no Abrigo? “Tá melhor do que no começo. Hoje temos mais coisas do que an tes, graças a Deus. Melhorou 90%. Teve

muitas reformas.” O Abrigo recebe doações de diversas pessoas e entida des. Com essa ajuda, idosos como o Seu Pedro, po dem ter uma melhor qua lidade de vida e ter uma velhice mais tranquila. Para ajudar basta acessar as contas pelo Código QR.

Social
Pedro Hugo Souza Ênia Morais, atual diretora
CORREIO MOSSOROENSE MARÇO DE 2022 | SOCIAL | 6 Textos ou sugestões? mossoroensecorreio@gmail.com
Equipe de enfermagem do abrigo FOTO: PEDRO HUGO SOUZA FOTO: PEDRO HUGO SOUZA

Educação

Retorno presencial da UERN expõe problemas sociais dos alunos de outras cidades

A universidade estadual recebe os estudantes com

A aluna Rebecca Fal cão, do curso de Jor nalismo, está otimis ta para voltar às aulas, organizando-se para morar com amigos. Ela conta que depois de dois anos de ensino remoto, é hora de frequentar os corredores da Uni versidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Porém, a estu dante de Itaiçaba-CE encontra dificuldades para se manter em Mossoró, com um cenário pós-pandêmico, com alimentos caros e alu guéis com altas taxas, ela conta que os preços estão exorbitantes. Como uma forma de se man ter na universidade e ao mesmo tempo con seguir pagar as contas no fim do mês, ela relata que uma das alternativas é fazer as principais re feições no Restauran te Popular, como uma forma de economizar na compra de alimen tos e gás de cozinha.

Alunas com Rebec ca utilizam o restauran

te, como também po dem recorrer a auxílios oriundos de setores de assistência estudan til, como moradias e bo sas de permanência. Programas criados pela universidade como uma forma garantir uma certa estabilidade aos discentes.

Lenna Indyara Lima, chefe do setor de Assistência Estudan til, explica que com a pandemia, a UERN teve um papel fundamen tal para a permanência discente, isso porque a instituição federal além de continuar com as bolsas, aprovou o aux ílio inclusão digital no valor de R$ 1.000,00 des tinado para compra de equipamentos para os estudantes. Ela ressalta também que a pró-reito ria de assuntos estudan tis, através do setor de assistência, tem recursos destinados exclusiv amente para pessoas que estão precisando de dinheiro, por meio do Programa de Apoio ao Estudante (PAE), com bolsas do valor de R$ 300,00 mensais, para

ajudar no transporte, moradia, xerox e alimen tação. Destaca também que "todos os editais são através da vulnerabili dade socioeconômica, ou seja, o ranking das meno res rendas per-capitas familiar é que re cebem esses auxílios”.

Como suporte es tudantil para estudantes oriundos de outras ci dades, a UERN conta com apoio das Moradias Universitárias em duas modalidades, as Residên cias Universitárias, onde o estudante concorre por meio de editais e passa a morar em apartamentos disponibilizados pela faculdade, e ainda con ta com a ajuda de ces tas básicas, produtos de limpeza e conta de en ergia pagas pela insti tuição. Já na segunda categoria, são ofertadas bolsas no valor de R$ 300,00 para ajudar ex clusivamente no pa gamento de aluguéis.

Um dos benefi ciários das Residências Universitárias é o estu dante de Rádio, Internet e TV, Bruno Alexandre,

de Cajueiro Seco-PE. Ele fala sobre a importân cia das residências para sua permanên cia na universidade: “eu fiquei sabendo dessas in formações antes de me matricular na UERN. Soube também sobre o restaurante popular seria de grande ajuda. Como venho de Pernambu co, e por não ter uma condição familiar para alugar uma casa aqui, isso diminui bastante meus gastos”. Ele diz que ness es primeiros meses de adaptação vai contar com ajuda dos famili ares, porém os gastos se reduzem bastante, justa mente pela universidade está dando esse suporte de moradia. “Sem essa residência eu não con seguiria vir fazer esse curso na UERN”, afirma Bruno.

Lenna expli ca que a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) tem uma grande preocupação e também um grande potencial de desenvolvimento: “hoje a gente tem ampliado todos os programas, pen

sando muito nas questões de vulnerabilidade so cioeconômica. Hoje nossa universidade tem um quadro muito grande de alunos vindos de out ras cidades, que têm alunos com bastante di ficuldades, então a gen te vem crescendo em termos de auxílios e programas, como uma política de crescimento e sustentabilidade para dar forças a esses estudantes”.

“Além dos auxílios mencionados, a univer sidade conta com aux ílio creche no valor de R$ 400,00, psicólogos, psicopedagogos e as sistentes sociais, sem pre pautando o suporte estudantil, fortalecen do constantemente a política de permanên cia dos estudantes”. Além disso, para o cenário pós-pandemia, a chefe do setor acrescenta que, além da manutenção desses auxílios e ofer tas de novas vagas, “há uma equipe comprometi da e trabalhando para trazer mais auxílios, prin cipalmente ações vol tadas à saúde mental”.

Retorno presencial da UERN expõe problemas sociais dos alunos de outras cidades bolsas, auxílios e assistências para garantir a presença e a permanência dos discentes no Campus
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FOTO: MAURÍCIO BARROS

Saúde

Prefeitura de Mossoró dá início à campanha Março Lilás

No mês da mulher, voltado a saúde delas em geral, também é realizada a campanha da conscientização e do combate ao câncer no colo do útero.

Neste mês de março, a Prefeitura Municipal de Mossoró inicia os trabalhos voltados à atenção básica à saúde da mulher, principal mente a prevenção e combate ao câncer no colo do útero. Inúme ras ações estão ocor rendo em toda cidade, a fim de conscientizar a população sobre esse tipo de câncer. Da vaci nação e prevenção até o tratamento, os ser viços disponibilizados pelo poder público au xiliam as mulheres em geral nesse processo.

O câncer no colo do útero é um dos ti pos de cânceres mais frequentes entre as mu lheres e, no Brasil, é a quarta causa de mortes mais frequentes segun do dados do Ministério da Saúde. Apesar das infecções por alguns ti pos de papiloma vírus humano (HPV) serem frequentes, muitas de

O laço lilás é considerado o símbolo da campanha de combate ao câncer no colo do útero

las não chegam a cau sar a doença na maio ria das vezes. O vírus causador é sexualmen te transmissível e causa lesões na vagina, pênis e ânus. Uma das prin cipais maneiras de pre venir essas infecções e o desenvolvimento da doença é a vacinação contra o HPV. As cam panhas de vacinação acontecem todos os anos, tendo como pú blico-alvo, meninos e meninas de 11 a 14 anos.

Segundo dados do Sistema Único de Saúde – SUS, desde o início da pandemia de covid-19 em março de 2020, o número de exa mes realizados na rede pública diminuiu 28% quando comparado com dados de 2019. Por isso torna-se de tama nha importância a am pla divulgação da cam panha no município para conscientização, prevenção e combate ao câncer uterino. A coordenadora da saúde

da mulher do municí pio de Mossoró, Suiann Costa, explica como se desenvolve a campanha nas UBSs do municí pio: “Através de Espaços de promoção à saúde e prevenção de doen ças, rodas de conver sa, salas de espera com orientações das equipes das Unidades Básicas de Saúde, e através da busca ativa de mulhe res para realização de exames de prevenção”.

Além disso, ela ain da ressalta como a saúde pública municipal faz o acompanhamento das mulheres que procuram atendimento e informa ções acerca do câncer no colo do útero. “São orientadas na consulta pelas enfermeiras das equipes, pelos médicos, realizam o exame de pre venção na UBS e quan do recebem o resultado, são feitos os devidos en caminhamentos e orien tações”, explica Suiann.

O SUS dispõe de toda uma estrutura para

tratar e acompanhar as pacientes, a conde nadora acrescenta que o sistema fornece os exames preventivos e que quando a paciente é diagnosticada, ela é encaminhada direta mente para o Ambula tório Materno Infantil – AMI, onde passará por uma ginecologista, para realização de exa mes mais específicos, e partir desse momento inicia-se o tratamen to, de forma totalmen te gratuita, pelo siste ma público de saúde.

Em Mossoró, são muitas as mulheres que estão em atraso com seus exames preventi vos, como mostra lista enviada pelo Ministé rio da Saúde à secreta ria de saúde de Mosso ró este ano, na qual é mostrada uma relação de mulheres que a mais de 3 anos não realizam nenhum tipo de exame na rede pública. Para tentar resolver tal pro blemática, Suiann re

lata que as agentes de saúde saem às ruas em busca dessas mulhe res, a fim de levá-las até os postos de saúde. A campanha tem um foco principal: a di minuição de diagnósti cos e mortes pelo cân cer no colo do útero, como reforça a secre tária de saúde de Mos soró, Morgana Dantas. “Fazemos todas essas ações e essa busca pe las mulheres, porque vimos que a neoplasia ainda é a terceira causa de mortes nas mulhe res no mundo. Então a gente precisa trazer essas mulheres para re alizarem seus exames, para o quanto antes a gente poder identificar o problema, e realizar o tratamento adequado. É isso que estamos fa zendo no município, na tentativa de diminuir o número de óbitos ou também o número de mulheres que são atin gidas por essa doença.”, explica a secretária.

CORREIO MOSSOROENSE MARÇO DE 2022 | SAÚDE | 8 Textos ou sugestões? mossoroensecorreio@gmail.com
Germalli Souza
ONCOLÓGICA
FONTE:
DIVULGAÇÃO/CLÍNICA
DO BRASIL

Moda

“Cidade da Moda” começará a ser construída em Acari

O centro de comércio de vestuário poderá movimentar cerca de R$ 8 milhões por ano e gerar até 4 mil empregos.

Nesta sexta-feir ra (18), 18 de mar ço, uma solenidade com a participação da Federação das Indús trias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) foi realiza da para oficializar o começo das constru ções do projeto Ci dade da Moda, que acontecerá será via bilizado no município de Acari, no Seridó potiguar. A iniciativa integra a Estratégia Rotas de Integração Nacional e será ini ciada ainda este ano.

Com o objeti vo de impulsionar a geração de empre gos no segmento de confecções no Rio Grande do Norte, que se destaca pelas te celagens e vendas de produtos do setor, a Ci dade da Moda contará

com um investimen to de R$ 19 milhões, para a construção de dez galpões in dustriais, um cen tro de conven ções, uma praça de convivência, lojas e salas de capacitaçãoprofissional. A esti mativa é que o projeto chegue a movimen tar pelo menos R$ 8 milhões por ano na cidade e região, segundo o site do Governo Federal.

O Governo Fe deral trabalhará es timulando a cria ção de principalmenteempregos para os habitantes da re gião. Também serão cedidas oficinas para auxiliar as pessoas que desejam abrir no vos negócios. A previ são é que possam ser gerados 4 mil empre gos diretos e indire tos, segundo a FIERN.

Para muitos, a Ci dade da Moda é além de uma oportuni dade de emprego, a chance de realizar grandes sonhos. Com o estabelecimento das fábricas e das novas lojas, o Seridó pode

rá deixar de ser ape nas um fornecedor de mão de obra, para se tornar referên cia no setor têxtil.

O projeto está na fase de finalização das últimas documen tações relativas às

empresas que partici param do processo li citatório. Será iniciada a fase dos projetos, que diz respeito à arquite tura, à engenharia civil e ao impacto ambien tal, antes de iniciar a construção da obra.

Trabalho

Agência comandada por mulheres se destaca em Mossoró

Sócias relatam os desafios de empreender em um ambiente historicamente machista.

A participação do sexo feminino dentro do mercado de traba lho ainda está longe de ser igual ao dos ho mens. Apesar de evo luir muito ao longo dos anos, é inegável os inúmeros desafios que ainda precisam ser quebrados no nosso país, principalmente quando se trata do em preendedorismo fe minino. Segundo os dados da Organização Internacional do Tra balho (OIT), a economia brasileira poderia au mentar até 382 bilhões

de reais se incluísse mais mulheres no mercado.

Em conversa com as CEO da Realize Comuni cação, primeira agência publicitária de Mos soró dirigida somen te por mulheres, Joyce Moura, Jeane Meire e Indyra Cibele conta ram um pouco de como surgiu a ideia de criar a agência e sobre a importância das mu lheres neste campo.

“Nós vivemos em um mundo ainda mui to machista, onde a grande maioria dos setores são ocupados por homens. Então de cidimos começar a fa

zer a mudança que nós queremos ver no mun do. Se é fácil? Nunca e não será, mas a Re alize Comunicação, uma agência de comu nicação genuinamen te mossoroense e for mada só por mulheres, trabalha todos os dias para mudarmos essa realidade e repararmos um erro histórico que cometeram contra nós, mulheres”, afirma Joy ce Moura. Jeane Meire, fala de alguns dos de safios enfrentados no mercado: “São vários! Desde sermos critica das por ‘não sermos da área’, embora Joy

ce seja especialista em Marketing Político e In dyra publicitária, che garam essas críticas. Em Mossoró, muitos donos de agência não são da área e não são questionados por isso. Por que nós somos? Por que somos mu lheres? Fica a refle xão”, propõe Jeane. Indyra Cibele falou que o atual merca do de trabalho “ain da é marcado por lideranças mais mas culinas. A criação de uma agência liderada e composta apenas por mulheres vem para quebrar esse cenário e

mostrar todo o poder, o empoderamento, a capacidade e o profis sionalismo das mulhe res. A criação da Reali ze expressa a força do empreendedorismo fe minino”. Para Indyra, são esses empreen dimentos feminino que encorajam outras mulheres. “Acredito na importância que tanto a Realize como os diversos empreendimento locais encabeçados por mu lheres servem de ins piração, de apoio e de encorajamen to para muitas mu lheres”, enfatiza.

Luana Lima e Vitória Alves Um evento de lançamento do projeto foi realizado pela FIERN
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FOTO: TRIBUNA DO NORTE/DIVULGAÇÃO
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