8ª Edição SETEMBRO/2022

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MOSSOROENSE

SAÚDE

MÉTODO REVOLUCIONÁRIO PROMETE LIBERTAR DE TRAUMAS DO PASSADO

A hipnose clínica tem alcançado cada vez mais pessoas ao redor do mundo e promete uma melhor qualidade de vida aos pacientes

Mulheres em lugares de poder

A representatividade feminina na política segue crescendo no Brasil e provando que elas podem ocupar o lugar que desejarem

Copa do mundo agita torcedores

Mossoroenses estão com boas expectativas para a chegada do hexa na copa do mundo do Catar

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SETEMRBO DE 2022 | 2ª EDIÇÃO FOTO: CRÉDITOS PÁGINA 3 ESPORTE PÁGINA 5
DIVULGAÇÃO/CLÍNICA ONCOLÓGICA DO BRASIL POLÍTICA
PÁGINA 9

A edição de setembro do Correio Mossoroense traz assuntos das editorias de saúde, política, esporte, além de uma crônica que promete emocionar o leitor. Dentro de cada uma, você acompanhará matérias com assuntos de grande importância, como a hipnose, dicas para uma gestação vegana, a copa do mundo e a busca incansável das mulheres por representação na política. Além disso, a crônica trabalhada nesta edição fala

sobre a história de um companheiro do nosso dia a dia: o rádio. Você já ouviu falar em hipnose clínica? Esse método consiste no uso de técnicas hipnóticas como ferramentas terapêuticas e pode contribuir para a superação de traumas passados. A psicanalista e especialista em hipnose clínica e programação neurolinguística, Marleide Gomes Ribeiro, falou com o repórter Franciélio Gomes em uma matéria que traz informações mais detalhadas

Expediente

Editora-chefe

Laís Falcão

Editores

Ariverton Oliveira

Clara Fonseca

Franciélio Gomes

Geovanna Coelho

Karina Souza

Maeli Rocha

Suzana Barreto

Diagramadores

Clara Fonseca

Franciélio Gomes

Estela Vieira

Repórteres

Franciélio Gomes

Geovanna Coelho

Karina Souza

Maeli Rocha

Suzana Barreto

Opinião

e desmistifica esse tratamento, trazendo relatos de alguns pacientes. A editoria de saúde é sobre alimentação, as jornalistas Suzana Barreto e Maeli Rocha trouxeram uma matéria sobre alimentos veganos na gravidez, com dicas imperdíveis para quem não quer fugir da sua dieta, e preservar a vida dos animais. Além disso, a matériareforça a importância de se ter o acompanhamento profissional de um nutricionista durante a gestação, para evitar

complicaçõesnagravidez. O dia do rádio, comemorado em 25 de setembro, pautou a crônica de Clara Fonseca, que traz uma reflexão para mostrar um meio de comunicação muito importante, e que está presente na vida de milhares de brasileiros, seja na cozinha, no carro, na mesa do bar ou reunindo a família na calçada e embalando aqueles pequenos momentos cotidianos.

Além disso, o sonho do Hexa está cada dia mais próximo, faltando

apenas dois meses para o mundial no Catar, nesta edição você vai conferir como estão as expectativas dos torcedores, e a avaliação sobre a escolha do país como sede da copa 2022. Apesar das restrições existentes no país, o Catar é o primeiro país do continente asiático a sediar o evento.

Articulisatas

Ariverton Oliveira

Colunista

Clara Fonseca

Eleições 2022: Nunca foi uma escolha difícil

Debate na Globo escancara a necessidade do país em eleger o Lula já no 1º turno e varrer do país não somente o presidente Bolsonaro, mas o bolsonarismo

Ariverton Oliveira

Se de um lado temos um discurso de ódio, de rancor, de desprezo e de mentiras. Do outro temos o amor, a esperança, a empatia e o respeito à população brasileira. Não se trata de qualquer eleição. Este ano o Brasil decidirá se quer continuar com a violência estimulada por Jair Messias Bolsonaro e sua claque, ou se retorna ao cenário democrático com o candidato tem a competência e a capacidade de quem governou esse país por oito anos, e conhece de

perto a realidade da população de cada canto desse Brasil.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Simone Tebet (MDB) se destacaram no debate da noite de quinta-feira (29), na rede Globo. Os outros candidatos se comportaram de maneira pequena e desprezível, sem agregar de forma propositiva ao debate.

O jornalista William Bonner, editor-chefe e apresentador do Jornal Nacional, que estava mediando o debate, chegaram a perder a paciência com o candidato Padre Kel-

mon (PTB), que não respeitou as regras do debate e partiu para o ataque ao candidato Lula, e mais parecia um cabo eleitoral de Bolsonaro, como apontou a candidata Soraya Thronicke (União Brasil), que protagonizou o

auge do debate, indo aos trends topics do Twitter.

Como bem disse

Marco Aurélio de Carvalho, em seu artigo opinativo na Folha de S. Paulo, ele bem que poderia sumir com os tais balões, uma referência ao caso do pároco brasileiro

que morreu ao tentar ficar 20 horas no ar. A retomada da democracia no nosso país e as alianças que o Lula vem fazendo, inclui-se o nome do seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), para mostrar ao país que é possível fazer política

Editorial
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CORREIO MOSSOROENSE 2 | EDITORIAL E OPINIÃO | SETEMBRO DE 2022
FOTO: MARCOS SERRA LIMA G1/GLOBO CHARGE DO RICARDO: PROGRAMA ELEITORAL NON RÁDIO

sem ódio, sem divisões de qualquer natureza, porque qualquer divergência política nesse momento para tirar as forças do atraso é menor, diante do que iremos enfrentar.

Partidos que foram essenciais para o golpe de 2016 contra a presidenta Dilma Rousseff estão

alinhados para retirar aquele que hoje representa o que há de pior na política brasileira.

Dentro do Partido dos Trabalhadores, essa é uma pauta já superada.

De tal modo acontece nos Estados, formação articulada por Lula, no Rio Grande do Norte, a candidata à reeleição

Fátima Bezerra (PT)

tem como vice Walter Alves, do MDB. Sabemos que essa tarefa não será fácil. E Lula não fará milagres, mas é com ele que todas as forças progressistas estão comprometidas para trazer de volta a retomada dos empregos, programas sociais que deram certo no governo Lula, os quais são referên-

cias para outros países, como é o caso do programa Bolsa Família, hoje reformulado para Auxílio Brasil. Nunca foi uma escolha difícil. Os movimentos sociais avisaram desde o início o perigo que Bolsonaro e sua turma representavam. A pandemia da covid-19, a maior

crise sanitária que já enfrentamos, escancarou a desigualdade social e a necessidade de lutar pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é com Lula que a saúde e a assistência social serão fortalecidas e o Brasil voltará a ser feliz de novo. É Lula no primeiro turno! Lula já!

Saúde Nutricionista dá dicas de alimentação para uma

gestação vegana

Especialista diz que dieta sem alimentos e bebidas de origem animal na gravide sem acompanhamento nutricional pode trazer riscos à saúde

A alimentação vegana na gravidez com orientação alimentícia é considerada normal. Essa escolha por não consumir alimentos de origem animal favorece o desenvolvimento da mulher e do feto, desde que tenha norte de um profissional para não trazer riscos ao bem-estar da genitora e da criança. Conversamos com a nutricionista Raquel Praxedes e com as duas gestantes veganas, Danielle Mendonça e Vitória Medeiros.

Danielle Mendonça, grávida vegana de 30 anos, conta que decidiu ser vegana na sua segunda gravidez por amor aos animais. Segundo a jovem, durante a gestação ela foi acompanhada pelo nutricionista e percebeu também uma diferença diante da realidade de outras mulheres gestantes, onde se mostrou mais preocupada que outras genitoras em relação à qualidade de alimentação. Ela diz que não se arrepende de ser vegana, porque a saúde dela tem ficado cada vez melhor.

Danielle alega que segue plano alimentar, e

durante o período gestacional sua dieta funciona com uma grande diversidade de alimentos, com suplementação normal da gestação e exames todos os dias, foi feita de acordo com sua rotina e necessidade, e que durante a formação e crescimento do bebê nadalhe chamou atenção.

Vitória Medeiros, vegana de 28 anos, está gestante pela primeira vez e também resolveu ser vegana por amor aos animais. Ela foi acompanhada pelo nutricionista, mas no decorrer de sua gravidez ela se percebeu a frente da realidade de outras mães, lidando com a dificuldade das críticas das pessoas que acham que alimentos de origem animal são de maior valor nutricional e fazem comentários maldosos, que mesmo você com saúde impecável, as pessoas acham que não existe vegano saudável.

Vitória também não se arrepende de ser vegana, porque se sente melhor fisicamente e espiritualmente, e diz que segue plano alimentar. Sua dieta possui uma grande diversidade de alimentos, com suplementos, além disso faz exames. De acordo com ela, durante o

acompanhamento de formação e crescimento do seu bebê, algo lhe chamou atenção: veganas também pode ter gestação saudável e bebê saudável. Ela teve covid nessa etapa de sua vida, e relata que sua criança não foi atingida em nada, e que as veganas são tão saudáveis quanto as não veganas, e em muitos casos é até mais sadio devido ter hábito nutritivo melhor.

Raquel Praxedes é nutricionista e, segundo ela, é perceptível o crescimento de gestantes adeptas a dieta vegana na atualidade. A especialista diz que aderência por este tipo de dieta vai além de questões nutricionais, implicando em outros fatores, dos quais o estilo de vida e questões éticas. A profissional esclarece que veganismo na gravi-

dez do ponto de vista científico existem muitas controvérsias no que diz respeito aos reais benefícios das dietas veganas. Contudo, já se sabe que essas dietas implicam em deficiências de alguns nutrientes. Sendo assim, se não acompanhadas corretamente pode ocasionar problemas para a gestante e o feto. Ela orienta ainda que a grávida que pretende ser vegana procure um nutricionista para que ocorra a suplementação de algumas vitaminas, caso seja necessário, e que faça o acompanhamento médico e nutricional. A nutricionista argumenta que a vitamina B12, pode ser substituta da carne, que naturalmente encontra-se em baixos níveis durante a gesta-

ção, e é adquirida pela digestão de proteínas de origem animal, principalmente bife de fígado, mariscos e ostras. Sua deficiência pode levar a transtornos cognitivos, problemas metabólicos, entre outros. Nesse contexto, Raquel declara que atualmente existe pirâmide alimentar vegana de maneira geral. Porém, voltada para as gestantes não. Ela diz que a dieta vegana surge de uma vertente, na qual prioriza o estilo de vida e aspectos culturais e religiosos. Caso a paciente desejar segui-la, nosso dever é analisar, estudar e solicitar exames. E ainda, de acordo com ela, a gestante deve ser orientada pela equipe multidisciplinar no período pré-natal e pós-natal da unidade de saúde mais próxima, caso seja usuária do SUS.

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Suzana Barreto e Maeli Rocha É possível ter uma gravidez saudável mesmo sendo vegana FOTO: REPRODUÇÃO/FREEPICK

Saúde Método revolucionário oferece qualidade de vida e liberta de pesos do passado

Veja como pessoas estão se curando de traumas e encontrando bem-estar com seções de hipnose clínica

Franciélio Gomes

Ansiedade, depressão, vícios, fobias, traumas psicológicos, você que sofre com algum desses problemas, já se perguntou quais tratamentos podem ajudar você a tratar eles? Nessa entrevista vamos falar sobre um método revolucionário para pessoas que sofrem de algum trauma, você vai conhecer o poder transformador da hipnose clínica. A hipnose é um estado alterado e ampliado de consciência que possibilita o acesso ao cérebro primitivo, ao nosso inconsciente, onde se encontram nossas emoções, sentimentos, hábitos e memórias ocultas. Com a hipnose, pode-se induzir o subconsciente a criar um novo modelo mental, possibilitando inúmeras reprogramações mentais. Para aprofundarmos sobre o tema, entrevistamos a Psicanalista com Especialização em Hipnose clínica e Programação Neurolinguística (PNL), Marileide Gomes Ribeiro, com formação internacional em hipnose clínica, uma profissional fora da caixa que utiliza as ferramentas da hipnose.

Marileide é uma mulher que desde criança sonhava em fazer a diferença no mundo, vindo de uma família de classe média baixa, não desistiu do seu sonho, mesmo quando tudo parecia impossível. Quando descobriu tal ferramenta, encantou-se, sempre estudando e se especializando no que há de mais avançado.

E sempre sonhou em ser dona do seu próprio negócio para ajudar pessoas ao redor do mundo a buscar qualidade de vida e minimizar sofrimentos, hoje dona da sua própria empresa MR Psicanálise LTDA, está a cada dia ganhando nome e tendo retorno de tanto investimento e dedicação. Atendendo tanto on-line quanto de forma presencial. Acredita que estamos aqui para somar na vida do outro, com carinho, com respeito, técnica e ética profissional. Como disse Carl Jung, a psicanalista reforça “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”.

Marileide, respondeu às perguntas relacionadas ao assunto, uma entrevista realizada de forma on-line, terça-feira (13). De onde surgiu o interesse pela hip-

nose clínica?

Quando fui ajudada em 2012 por um profissional de psicanálise que usava hipnose clínica em Fortaleza. A rapidez no tratamento para ansiedade, traumas e inseguranças que eu tinha, me deixou apaixonada por tal ferramenta.

Como se especializar?

Os cursos de hipnoterapia são da categoria livre no Brasil, não são regulamentados e não pertencem a uma categoria ou a um conselho, muito embora seja interessante buscar alguma formação que vai trazer um arcabouço de conhecimento da psique humana. Existem vários cursos de hipnoterapia, eu indicaria, procurar um treinador, um profissional que você se identifique, que seja ético. E tenha em mente, não será um simples curso e pronto, você precisa gostar do que faz e se debruçar sobre a psique huma-

na, eu tenho mais de 12 formações internacionais de Hipnose, tanto online, quanto presencial, já fui por três vezes monitora de um dos maiores nomes do Brasil, o professor Lucas Naves.

Como é feito o procedimento?

Após o agendamento, por horário marcado, ao chegar no consultório, na primeira sessão é feito uma Anamnese, fazemos também uma conversa prévia, onde explico o que é hipnose, tirando as dúvidas do paciente. Em seguida, montamos o plano de ação e executamos técnicas para crenças, medos, memórias, etc. As sessões são divididas entre conversas prévias com técnicas, protocolos que irão ajudar e guiar o paciente onde quer chegar, identificando do ponto X (onde estou) ao Y (para onde vou).

Em que patologias pode ajudar a hipnose?

Não tratamos transtornos psicóticos, assim como não tratamos o autismo, mas podemos tratar uma fobia que um autista possua. O que são condições neurológicas, a hipnose não vai tratar. Atuamos apenas no que é imaginário/emocional, por exemplo: crenças, fobias, traumas, hábitos.

A partir de que idade é que as técnicas de hipnose clínica podem ser aplicadas?

A partir dos sete anos. Com essa idade, o sistema cognitivo já está formado.

Quais os riscos?

Risco nenhum. A hipnose é um estado natural nosso, e como você não perde a consciência durante o processo, não apresenta riscos, exceto o de você gostar tanto e continuar querendo entrar nesse estado só para relaxar (risos).

Qual a diferença da hipnose normal para a hipnose clínica? Depende do que você conhece por hipnose normal. Você sabia que ficamos várias vezes ao dia em estado de hipnose? E que essa é uma condição nossa? Nosso cérebro utiliza essa ferramenta para economizar energia, pois gastamos de 25 a 30% da nossa glicose diariamente, então, todo processo que ele puder automatizar, ele assim fará. Exemplos de hipnose diária: você fica meio desligado, pensando em outra coisa, esquece os óculos, quando você percebe, ele estava em sua blusa/ camisa, esquece o celular, alguém está falando com você e sua mente está em outro lugar, vai dirigindo para um local, quando deveria ir para outro. A hipnose também é conhecida como foco em alguma coisa, nem sempre vai ser relaxamento, por exemplo: os lutadores de MMA estão em transe durante a luta, nem sentem um dedo quebrado por exemplo, pois o foco está em atacar o adversário, aquele é o estado Gama, o estado do Huck. A hipnose de palco são apenas demonstrações para entreter as pessoas, aquelas sugestões não duram, não tem

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Marileide Ribeiro em seu consultório FOTO ENVIADA PELA ENTREVISTADA

engajamento emocional. Já a hipnose clínica é utilizada como uma ferramenta para auxiliar no tratamento de problemas emocionais.

Quantas sessões são necessárias para o tratamento?

Vai variar de acordo com o tratamento do paciente. Como somos seres subjetivos, a resposta de cada um é diferente. Por exemplo, já tratei pessoas que conseguiram ver resultados já na primeira, segunda ses-

são, outras, ao longo do tratamento com quatro semanas. Ao longo desses cinco anos, tivemos excelentes resultados com quatro sessões que dá o equivalente a quatro semanas de tratamento, podendo ser renovado ou não, vai depender de cada caso.

O paciente perde o controle dos seus atos durante uma sessão de hipnose clínica? Isso é mito, pois toda hipnose é uma auto-hipnose, é preciso que o pa-

ciente esteja consciente, queira e siga as instruções. Costumo dizer que nós hipnoterapeutas, somos um GPS que vai guiando você a encontrar a causa, a raiz do problema emocional e ressignificar (dar um novo sentido).

Qual a duração de uma sessão de hipnose? Depende, varia de cada profissional e linha que seguem. A minha, por exemplo, é de 60 minutos. Porém, tem hipnoterapeutas da li-

nha regressiva que só utilizam a regressão, que passam horas com o paciente. Eu também utilizo regressão em alguns casos. Porém, ao longo dos anos, percebi que a eficácia se dá quando dividimos as sessões semanais por hora de atendimento, pois, às vezes, aparecem gatilhos ocultos durante a semana, e quando o paciente retorna, já utilizamos ferramentas, técnicas, protocolos para trazer a ressignificação desejada daquela memória

que estava recalcada.

O paciente verbaliza durante uma sessão de hipnose clínica?

Em meu protocolo, é utilizado muitas ferramentas e em algumas, o paciente precisa sim verbalizar, lembrando-se de que a hipnose usa o campo das emoções, do imaginário, então, vamos dando alguns passos tais como: pense nisso, sinta essa emoção, busque aquela lembrança...

Esporte Copa do mundo anima e movimenta fãs

mossoroenses

Mundial ocorrerá em mês atípico do tradicional, será realizado em novembro e dezembro

A copa do mundo FIFA 2022 iniciará no próximo mês, 20 de novembro, um domingo, e não no dia 21, como estava previsto. O início do evento contará com a cerimônia de abertura e o primeiro jogo, em Textos ou sugestões? mossoroensecorreio@gmail.com

que o anfitrião Catar enfrentará o Equador no estádio Al Bayt, às 13h.

O mundial de clubes que ocorria somente entre os meses de junho e julho, esse ano será disputado em novembro e dezembro.

A alteração aconteceu para evitar o forte calor dos meses tradicionais no Oriente Médio. Outra novidade é que essa será a última Copa do Mundo no atual formato, com 32 seleções. A par-

tir de 2026, o mundial terá 48 participantes, formato que foi aprovado pela Fifa em 2017.

O Catar é um país árabe localizado na Ásia Ocidental, recebe a Copa pela primeira vez, e é o primeiro do

Oriente Médio a sediar o evento. A decisão de realizar o mundial de futebol no Catar atraiu críticas de grupos de direitos humanos e de fãs do campeonato em relação a maneira em que

CORREIO MOSSOROENSE SETEMBRO DE 2022 | SAÚDE E ESPORTE | 5
Karina Souza Estádio Al Bayt local em que será realizado a cerimônia de abertura e estreia do primeiro jogo de Catar e Equador da copa do mundo 2022 FOTO: DIVULGAÇÃO

eles tratam os trabalhadores e às leis sociais, que proíbem a homossexualidade e o sexo fora do casamento.

“Foi uma escolha equivocada em praticamente todos os sentidos. O Catar é um país que não costuma respeitar os direitos humanos, possui leis que discordo, várias proibições para mulheres e a comunidade LGBTQIA+, várias denúncias trabalhistas dos funcionários que construíram os estádios. São muitos problemas. Uma Copa que não terá consumo de bebida alcoólica e não poderá ter demonstrações públicas de afeto. Acredito que o mundial é um evento para agregar, incluir, e não excluir”, relata Junior Ribeiro, fã do campeonato de futebol.

Lauro Neto, também admirador do mundial, declara: “Acredito que a escolha do país para sediar a copa não foi uma das melhores, apesar de ser um dos países mais ricos do mundo, possui trabalho escravo, preconceitos etc.”.

fala sobre sua espera e preparação: “Expectativas sempre são as melhores possíveis, causa uma certa ansiedade para que chegue logo. Geralmente compro o álbum e atualizo a camisa da seleção”.

O sonho do Hexa está cada dia mais próximo, Lauro Neto e Junior Ribeiro, ambos amantes do futebol, concordam que é possível o Brasil conquistar a taça. Lauro está otimista: “Acredito que a nossa seleção hoje, chega mais preparada do que a de 2018, e entre as três com mais chances de título. Com jogadores atuando em alto nível. Creio que esse ano o hexa é nosso!”.

menta Junior. A seleção Brasileira começa a sua busca pelo Hexa no dia 24 de novembro, uma

quinta-feira, contra a Sérvia, no Estádio Nacional de Lusail, às 16h. O Brasil está no grupo G, e as outras

partidas serão no dia 28 de novembro e no dia 2 de dezembro. As seleções adversárias são a Suíça e Camarões.

Mesmo com críticas ao local sede, os fãs seguem se preparando e ansiosos para o início do torneio, que só ocorre a cada quatro anos. Alex

“É possível. Temos bons jogadores, alguns em boa fase, mas sempre falo que é um torneio cruel. Nem sempre o melhor vence, e às vezes é preciso ser pragmático e até ter um pouco de sorte para chegar longe. Uma simples falha pode desmoronar tudo. Acho que além do Neymar, nomes como Vinícius Jr e Raphinha podem fazer a diferença. O Brasil é um dos favoritos, mas não dá para cravar que chega como o principal país a conquistar a taça”, co-

Política

Política é um substantivo feminino

Para além das usuais violências de gênero, mulheres brasileiras seguem na luta por mais

A realidade política brasileira ainda é notadamente marcada por diversos tipos de violências e opressões. Nesse ponto, a situação se agrava, especialmente, ao tratarmos da representação feminina

nesses espaços. Ainda que a estrutura patriarcal e machista seja marca visível da realidade nacional, mulheres de Norte a Sul do país buscam driblar os preconceitos e as seguidas retiradas de seus direitos sociais e políticos, pela defesa de suas vidas, vozes e

pela própria democracia. Na luta por mais expressão e representatividade de gênero, figuras como a de Ana Flávia, Secretária Estadual da Juventude do PT/RN, e a vereadora e candidata à deputada estadual, Marleide Cunha, demonstram como

essa resistência vem se delineando, dia após dia, desde o movimento estudantil universitário do Rio Grande do Norte à Câmara Municipal de Mossoró. Tendo como base um passado não tão distante, é fundamental destacar que o Brasil,

passados 132 anos, só elegeu uma única mulher para o cargo de Presidenta da República e, para esse fato, o golpe sofrido por Dilma Rousseff, em 2016, elenca mais um dos retratos da violência de gênero sofrida pelo público feminino e não restri-

CORREIO MOSSOROENSE SETEMBRO DE 2022 | ESPORTE E POLÍTICA | 6
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Editora Panini lançou o álbum de figurinhas da Copa e ele se tornou o desejo de muitos dos apaixonados pelo futebol mundial Em Mossoró, fãs se encontram aos domingos no centro da cidade para trocar figurinhas de atletas, e completar seu álbum FOTO: DIVULGAÇÃO FOTO: ROSANA AZEVEDO

ta, exclusivamente, ao Congresso Nacional. Esse é apenas um dos cenários que se ramificam nos âmbitos estaduais e municipais, ao pensarmos o percentual feminino que ocupa as Casas Legislativas espalhadas pelo Brasil. Além disso, e pensando nos recortes de classe, raça e gênero, as violências não param por aí. Antes de tratar da presença de mulheres nos espaços institucionalizados da política, é fundamental visibilizar a opressão feminina em outras instâncias da disputa de poder, como é o caso do movimento estudantil.

Ana Flávia Lira, mãe, estudante de Direito e, atualmente, Secretária Estadual da

Juventude do PT/RN é um desses exemplos. Militante desde o movimento estudantil secundarista, enquanto ex-presidenta do Grêmio Estudantil Valdemar dos Pássaros do IFRN/Mossoró, Ana destaca a importância de existirem mulheres ativas na luta pelas suas liberdades e por mais participação feminina em espaços que são tradicionalmente ocupados pelos homens. Além disso, tendo recentemente movimentado campanhas contra a intervenção ocorrida na Reitoria da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), por parte da atual reitora Ludmilla Oliveira e sua equipe, a estudante avalia como é difícil ser mulher e

líder de oposição aos órgãos gestores da universidade, inclusive, sofrendo retaliações legais. São através de relatos como esse que se percebe a forte sub-representação feminina nos mais diversos espaços públicos de poder e de representação social. Além das escolas básicas e das universidades, as Câmaras Municipais e Assembleias Legislativas são outros fortes exemplos dessa realidade desigualinstâncias que também repercutem no contexto federal, como é o caso da Câmara dos Deputados e o Congresso. Assim, é a partir da violência política de gênero que conseguimos traçar, em grande parte, os abusos que mulheres sofrem antes e depois de se tornarem candidatas políticas eleitas.

Isso, inclusive, é pauta recente da própria Câmara dos Deputados que, em 2019, lançou a campanha “Violência Política de GêneroUma letra muda todo contexto”, visando incentivar a discussão do tema, informar as mulheres sobre possíveis casos e manifestações de violência política e, assim, facilitar as denúncias. Ao mesmo tempo, ao pensarmos um cenário eleitoral, como

é o nosso atual panorama, um ponto fundamental é a composição do eleitorado. E nisso, o Senado Federal destaca que as mulheres representam 53% do eleitorado brasileiro, mas ainda assim, ocupam apenas 17,28% das cadeiras da instância, por exemplo.

Simultaneamente, no universo digital, diversos canais midiáticos independentes e feministas trazem dados relevantes acerca dessa questão. Um deles é o MonitorA, observatório da violência política de gênero da Revista AzMina - em parceria com o Internet Lab – responsável por comprovar que, nas últimas eleições, de um grupo de 123 candidatas brasileiras, elas recebiam em média 40 xingamentos por dia nas redes. E sim, diferentemente dos homens que eram atacados por suas atribuições profissionais, essas mulheres sofriam acusações e discursos de ódio por serem mulheres. Iniciativas como essa também são promovidas por outros portais, como é o caso do Jornal Nexo, o Instituto Vamos Juntas, entre outros. Marleide Cunha, professora do ensino básico, ex-presidenta do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM) e, atualmente, vereadora do mesmo município é uma

dessas referências. Antes mesmo de ingressar no espaço da Câmara Municipal, como umas das três vereadoras mulheres - dos 23 vereadores ao todo -, Marleide enfatiza como a violência política atravessou sua trajetória, desde a militância sindical e se mantém presente até os dias atuais. Tendo recebido, em 2019, o título de “persona non grata” pela própria Câmara, da qual hoje faz parte, a vereadora destaca como diversos são os obstáculos e barreiras que precisam ser quebrados na defesa da autonomia das mulheres, dentro e fora dos espaços políticos - especialmente, na reivindicação de sua autoridade em um espaço majoritariamente masculino.

Autora de diversas ações e projetos de lei que beneficiam a causa feminina, como a proibição na veiculação de publicidade ou propaganda de caráter machista e que objetifique/explore as mulheres, Marleide diz seguir firme no combate às opressões e às desigualdades de gênero. Ademais, ressalta que a presença de mulheres na Câmara Municipal e em espaços que nos são negados é uma urgente necessidade para se contemplar as múltiplas diversidades do ser mulher e avançar rumo a um futuro mais igualitário para todas.

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Marleide Cunha na Sessão Solene do Dia Internacional da Mulher, 2022. Participação de Ana Flávia no 5° Congresso Nacional da Juventude do PT FOTO: PAULO CUNHA/COLETIVO RESISTÊNCIA SOCIALISTA
CORREIO MOSSOROENSE SETEMBRO DE 2022 | POLÍTICA | 7
FOTO: MARLEIDE CUNHA/INSTAGRAM

Coluna

Uma viagem através da imortalidade do rádio

A expansã0 da tecnologia coloca o mundo diante da quarta revolução industrial e altera o modo como nos comunicamos, permitindo-nos a aproximação com quem está longe, ao mesmo tempo em que nos distancia de quem está perto. Por décadas o rádio foi o meio de comunicação mais importante, estando presente na vida de milhares de brasileiros, seja na cozinha, no carro, na mesa do bar ou reunindo a família na calçada, embalando aqueles pequenos momentos do dia a dia, com trilhas sonoras que enchem o nosso peito de saudade e nostalgia quando ouvimos aquelas canções novamente.

100 ANOS DO RÁDIO

Quarta-feira (7), o rádio completou 100 anos no Brasil. Foi nessa mesma data, em 1922, durante a comemoração do centenário da Independência, que os brasileiros ouviram pela primeira vez uma transmissão de rádio.

Em 1896, o italiano Guglielmo Marconi, registrou a patente de um sistema de comunicações sem fio. Tempos depois, usou seu invento para receber e transmitir sinais em código Morse. Surgia, assim, o primeiro “esboço” do que mais a frente viria a ser o rádio. Foi essa invenção que nos proporcionou viver momentos únicos e inesquecíveis. Afinal, quem não lembra de ir dormir na casa dos avós e acordar cedinho na manhã de domingo com a missa tocando no rá-

dio? Ou a sensação indescritível de ouvir o locutor falando o nosso nome na lista de aprovados no vestibular? Ligar o rádio pela manhã e estar tocando a nossa música favorita, simplesmente por acaso, ou ouvir os sucessos que marcaram a nossa adolescência. . Há também aqueles dias difíceis em que o radialista nos diz exatamente o que precisamos ouvir naquele momento, sem nem ao menos nos conhecer. Assistir a uma partida de futebol pela televisão nos permite ter imagens em alta qualidade e garante detalhes inesquecíveis, mas nada se compara a magia e a emoção criadas pela narração transmitida pelas ondas do rádio. Alguns torcedores apaixonados mantêm a tradição de ir ao estádio e ouvir a partida através de um radinho de pilha e repassam esse costume de geração em geração, ajudando a manter a cultura do rádio atualmente. Muito além de um canal de entretenimento, o rádio também

é um meio democrático e acessível, utilizado pelas pessoas para se informar dos fatos. Ele atinge diferentes classes sociais, gêneros e idades. O rádio é muito mais que só um equipamento eletrônico, é um companheiro fiel que nos faz rir, chorar, dançar, cantar e relembrar momentos e pessoas especiais. Ele faz a música entrar em nossos ouvidos e chegar ao coração, afetando de forma profunda e oferecendo uma experiência singular e, ao mesmo tempo, plural para os ouvintes. São esses pequenos gestos de felicidade que fazem o rádio ser tão importante e presente em nossas vidas, e como forma de retribuição, nós fazemos dele imortal.

ROQUETTE-PINTO

foi o pai da radiodifusão brasileira. Ele é o responsável pela criação daprimeira rádio do Brasil, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, em 1922, com o intuito de difundir a educaçãó por meio deste.

Torcedor do Náutico com rádio de pilha na arquibancada Clara Fonseca 25 de setembro é o dia nacional do rádio Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada em 1923 FOTO: SHUTTERSTOCK FOTO: TIAGO CALDAS/NÁUTICO
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FOTO: INSTITUTO ROQUETTE PINTO/SITE
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