Nº 11 - 3º trimestre 2014

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Nº 11 – 3º Trimestre de 2014

Revista Digital de Cães e Lobos

Uma Edição do

Etologia • Comportamento • Educação • Adestramento •

Departamento de Divulgação do:

Convivência • Psicologia • Veterinária • Estética

Centro Canino de Vale de Lobos

Artigos - Notícias - Reportagens - Curiosidades


Formamos:

Profissionais competentes... Departamento de Formação do:

Curso destinado a todos os criadores, ou potenciais criadores caninos. Características do Curso Objectivos do Curso: Formar técnica e cientificamente através da aquisição de conhecimentos sobre Criação Canina, todos os criadores, ou que pretendam vir a sê-lo, na medida em que, este Curso abarca toda esta temática, desde os conceitos de Genética Canina até à entrega do cachorro ao futuro dono. Início do Curso: Imediato Método de Ensino: Científico Documento fim de Curso: Diploma final de Curso com a qualificação obtida. Tempo médio despendido com o curso: +/- 6 meses ou 500 horas (varia em função da disponibilidade e da aplicação do formando). A quem é dirigido este Curso: Este Curso é dirigido a todos os Criadores Caninos que sintam algumas lacunas no seu conhecimento acerca dos Temas propostos no mesmo. É igualmente dirigido a todos aqueles que pretendam iniciar esta apaixonante e nobre atividade que é a Criação Canina. Perspectivas de conhecimentos adquiridos no final do Curso: Excelente bagagem técnico/científica e conhecimento profundo de todos os mecanismos ligados ao processo de Criação Canina. No final do mesmo, o formando fica em condições de, conscientemente, Criar cães, uma vez que está na posse de formação técnica e científica específica necessária para o fazer.

Estrutura Programática (Resumida) Tema 1 - A Genética Canina Tema 2 - O Período Reprodutivo Tema 3 - A Reprodução Tema 4 - A Gestação Tema 5 - A Patologia da Reprodução Tema 6 - A Alimentação da Cadela gestante Tema 7 - O Parto Tema 8 - A Amamentação Tema 9 - O Desmame Tema 10 - Primeiras etapas do desenvolvimento do Cachorro Tema 11 - Enfermidades do Período neonatal Tema 12 - O Crescimento do cachorro Tema 13 - Desparasitação e Vacinação dos Cachorros Tema 14 - A entrega dos Cachorros Tema 15 - Identificação e Registo dos Cachorros

http://formacaoccvl.weebly.com/curso-de-psicologia-canina.html

… e donos responsáveis!


Cães & Lobos

Edição Nº 11

Editorial Tenho muito prazer em vos apresentar a nossa revista nº 11 correspondente ao 3º trimestre de 2014. Como já devem ter reparado pela capa, é uma revista diferente das anteriores, não só na forma como no conteúdo: mais páginas, fotos de grande formato para lançar os artigos e os espaços temáticos que criámos neste número e, acima de tudo, muito mais imagens. Espero que gostem. Entraram alguns colaboradores novos, o que nos satisfaz sempre, pois revela vitalidade e sangue novo que é injectado no projecto, com novos temas e novas formas de abordagem, enriquecendo assim, ainda mais, um trabalho honesto e descomprometido. O Ricardo Duarte, colaborou com a revista enviando-nos dois artigos, um sobre a grande importância do passeio diário, para o equilíbrio físico e mental dos nossos cães e noutro ajudou-nos a compreender as várias fases por que passa a mente do cão no seu processo de desenvolvimento. Nós, colaborámos com três artigos e um deles aborda a confusão que se está a geral no meio cinófilo com a utilização de termos desadequados para conceitos diferentes, como é o caso do Adestramento positivo e o Adestramento com reforço positivo. Tentámos também estabelecer as diferenças entre o que é Educar, Adestrar e Treinar. Por fim, publicámos um estudo muito interessante do investigador Inglês Jphn Bradshaw sobre a possibilidade de os cães poderem não considerar as crianças como pequenos seres humanos. O Bruno Pereira deu-nos uma perspectiva de uma nova profissão que está em ascensão, a de Dog Walker e a Vanessa Correia contribuiu com mais um artigo sobre saúde, neste caso, sobre as pulgas.

2 A Importância do Passeio Diário (Ricardo Duarte) 4 Adestramento Positivo ou Adestramento com Reforço Positivo (Sílvio Pereira) 6 Pulgas (Vanessa Correia) 10 O Desenvolvimento da Mente do Cão (Ricardo Duarte)

Criámos duas novas secções: os espaços “Lobo”, onde publicamos um excelente artigo da Karin Pirá sobre um tipo de lobo herbívoro autóctone da América do Sul, o Lobo Guará, uma galeria fotográfica cedida pelo Endangered Wolf Center e notícias do Grupo Lobo. O outro espaço é dedicado ao recém criado “Adestramento Positivo Project”, iniciativa criada no seio do CCVL, onde iremos regularmente publicar foto-reportagens de eventos organizados pelo projecto, notícias, e agendas das actividades programadas.

14 Educar, Adestrar e Treinar (Sílvio Pereira)

Boas Leituras e boas férias.

17 Dog Walker, uma “Profissão” em Crescimento (Bruno Pereira)

Sílvio Pereira

Navegue connosco nas ondas da web Revista Cães & Lobos http://revistacaeselobos.weebly.com Centro Canino de Vale de Lobos www.ccvlonline.com Departamento de Formação do CCVL http://formacaoccvl.weebly.com Departamento de Divulgação do CCVL Blogue: http://comportamento-canino.blospot.com Fórum: http://comportamento-canino.forumotion.net www.facebook.com/ccvlobos Página 1

20 Será que os Cães Consideram as Crianças como pequenos seres humanos? (Sílvio Pereira)

19 - Notícias CCVL 24 - Espaço Lobo O Lobo Guará (Karin Medeiros) 32 - Espaço “Adestramento Positivo Project”


Cães & Lobos

É cada vez mais frequente encontrarmos pessoas e amigos de quatro patas a caminharem juntos pela manhã e ao final do dia. Essa prática é algo da qual podemos retirar inúmeros benefícios, não só ao nível da nossa saúde, mas também para um fortalecimento dos laços entre o cão e o dono. Contrariamente ao que acontecia a alguns anos atrás, em que a grande maioria da população apenas proporcionava os passeios como forma dos seus animais realizarem as suas necessidades fisiológicas, hoje em dia, a consciencialização de que o passeio serve para mais do que para fazer o chichi aumentou. O passeio/passeios diários devem ser encarados como uma prática desportiva essencial para a saúde do seu cão. Durante o passeio, para além do cachorro aproveitar para fazer as suas necessidades, aproveita para gastar as suas energias, libertar o stress, socializar com pessoas e animais, por outras palavras, aproveita para conhecer o mundo que o rodeia. Por exemplo, todos nós conhecemos um caso de alguém que tem um cachorro que em casa é terrível, nunca pára quieto, roí sapatos, corre pela casa, enfim, é um terror. Esses problemas

muitas das vezes podem ser resolvidos apenas com o Página 2

Convivência

aumentar do estímulo físico e psicológico do animal, fazendo com que este se canse e liberte o stress acumulado, e que possa em casa disfrutar da companhia dos seus donos. O passeio diário é bastante importante para uma rotina saudável, no entanto é de vital importância na fase de crescimento do seu cachorro. Nesta fase da vida do cachorro (primeiros meses) este deve socializar o máximo possível (de forma positiva) com todo o tipo de ambientes, proporcionando-lhe desta forma um desenvolvimento seguro e equilibrado. Lembre-se sempre que cada cão é um cão e em cada caso deve ser tido em conta as características do cão, não o forçando a um desgaste mais elevado do que ele pode suportar. Deve sempre ter em conta o porte do cão, a idade, o tipo de pêlo, e os problemas físicos. Seguindo estes concelhos irá de certeza disfrutar de agradáveis momentos na companhia do seu melhor amigo e este agradecer-lhe-á.


Cães & Lobos Algumas dicas para p passeio com o seu cão 

 

O passeio deve sempre ser feito de trela. Esta é a forma mais segura tanto para o seu cão como para os outros, uma vez que existem muitos estímulos em redor e esta é uma garantia de que nada de mal lhe acontecerá. O seu cão deve caminhar sempre ao seu lado. O cão é um animal gregário que tem uma hierarquia muito própria e por isso regras muito específicas. No mundo dos cães a regra é clara, “aquele que vai à frente é aquele que sabe o caminho e o que é melhor para todos”, ou seja, é o líder. Se permitir que o seu cão caminhe à sua frente, estará inconscientemente a lhe transmitir a ideia de que o está a seguir e não ele a si. Durante o passeio, uma das coisas que pode fazer o seu cão é proporcionar-lhe alterações de ritmo. Em geral os cães de porte médio e grande tem uma passada mais rápida do que os humanos e isto faz com que muitas vezes achem o nosso ritmo muito monótono, estando sempre à procura do que está mais adiante. Assim sendo, se for fazendo variações no ritmo, mais rápido e mais lento, ambos ficarão agradados com a qualidade do passeio. Pode também arranjar alguns acessórios, como mochilas com algum peso extra para que este gaste mais facilmente a sua energia. Deve ter em atenção às paragens do seu cão. Muitos cães aproveitam os passeios para fazer aquilo a que chamo “a festa do chichi”, ou seja, paragens constantes para fazer chichi. Permitindo este comportamento vai estar a transformar o passeio em algo aborrecido para si e está também a fugir do objetivo do passeio. Para evitar este comportamento, deverá estabelecer zonas para que o seu cão possa cheirar, sendo você a controlar o número de paragens por passeio. Desta forma todos se divertem. Durante os passeios é natural que se cruze com outros cães. Deve educar o seu cão a se comportar junto de outros cães. Um comportamento “normal” é o do cão começar a puxar a trela para se aproximar do outro cão o mais rapidamente possível. Esse comportamento deve ser evitado. Para tal, sempre que o cão apresente esse comportamento deverá parar onde está, não permitindo que o cão prossiga. Apenas deverá avançar quando este estiver mais calmo. Desta forma, o cão irá perceber que não ganha nada em querer apressar esse encontro. Quando o cão entra em contacto com o outro cão, você deve ter em atenção à linguagem corporal de ambos de forma a evitar potenciais conflitos. Nunca dê grandes passeios nas horas de maior calor (entre as 10h e as 19 no verão) e de preferência passei em locais com um piso macio (por exemplo relva) e tendo sempre em atenção à temperatura do solo. Deve também fazer algumas paragens para que o cão possa beber água. Se não tem disponibilidade para proporcionar este tipo de atividade ao seu amigo de quatro patas pode sempre recorrer aos serviços de dog walking ou de pet sitting disponíveis na sua cidade.

Fonte: http://www.tiendanimal.pt/alforge-mochila-para-caes-trabalho-p4055.html

Por: Ricardo Duarte Página 3

Fonte: http://www.veterinaria-atual.pt/news.aspx? menuid=67&eid=7568


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Adestramento


Cães & Lobos Está a gerar-se alguma confusão em relação à utilização generalizada do conceito do Adestramento com Reforço Positivo como sendo o "método" de ensino animal que não recorre à violência nem castiga os animais. Por acharmos que esta confusão não é salutar para a divulgação do Adestramento Positivo, incumbe-nos colocar um pouco de ordem e explicar em pormenor o que é isto de Adestramento com Reforço Positivo e se será a mesma coisa que Adestramento Positivo. E não, não é! Principalmente, não o é na sua génese: uma tem uma natureza filosófica, Adestramento Positivo, é uma forma de estar na cinotécnia não recorrer, de forma alguma, ao castigo físico nem à subjugação para ensinar animais, a outra, Reforço Positivo é um dos quatro mecanismos utilizados pela ciência da aprendizagem animal, o Condicionamento Operante. Há até quem lhe chame já "Método de Adestramento com Reforço Positivo" o que é totalmente errado porque só existem dois métodos de adestramento onde se utiliza o condicionamento: o Clássico ou Pavloviano e o Operante. Em relação ao condicionamento operante que é aquele que cria mais confusão nos adestradores, podemos explicá-lo através da seguinte tabela:

física efectiva. Também aqui, o castigo diminui o comportamento e o reforço aumenta-o. O Sr. Skinner, quando criou e desenvolveu, através de experiências e investigações, esta ciência da aprendizagem fê-lo com o objectivo de proporcionar ao mundo duas opções de ensino, para humanos e animais, cabe aos educadores escolher a que melhor se coaduna com os objectivos de ensinar e, a escolha parece ser óbvia. Este pequeno artigo tem como propósito esclarecer como funciona o ensino através do Condicionamento Operante e sensibilizar os adestradores que utilizam um dos quadrantes deste processo, o que tem como principio a apresentação de um estímulo agradável, ou a formarem-se em relação a este assunto, ou por outro motivo qualquer não colocar rótulos em conceitos que só poderão induzir em erro quem os lê ou os ouve.

Como podemos ver na tabela, utilizamos o reforço Positivo quando, na presença de um estímulo agradável, o animal oferece-nos o comportamento solicitado, mas também o castigamos negativamente ao não o recompensamos porque o comportamento que nos ofereceu não foi o que lhe pedimos, sendo assim, no primeiro caso o comportamento irá aumentar, no segundo diminuir. Mas, o Condicionamento Operante não se aplica somente quando é apresentado ao animal um estímulo agradável, como podemos ver nas infografias , o tradicional adestramento com estímulo aversivo (obrigação, subjugação, castigo...) também se enquadra dentro deste método de ensino que, neste caso, o animal, através do castigo positivo, é obrigado a apresentar um comportamento cujo reforço, que aqui é negativo, é o alívio da pressão sem nunca haver uma recompensa Página 5

Se se quiser informar mais sobre este assunto leia este artigo: http://comportamento-canino.blogspot.pt/2010/06/osmecanismos-do-condicionamento.html Por: Sílvio Pereira




Cães & Lobos As pulgas são insectos hematófagos, que além de provocarem bastantes incómodos aos cães e gatos, são de difícil erradicação e inclusive podem causar problemas graves ao transmitirem agentes patogénicos e parasitas. Somente o recurso a tratamento/prevenção rigorosa e regular, permitirá que fique tranquilo face a este parasita. Lembre-se: A qualidade de vida dos seus animais de companhia, está nas suas mãos! A presença de pulgas é desnecessária e evitável, sendo relativamente fácil de controlar com produtos eficazes e adequados.

Como são e se comportam as pulgas As pulgas são de reduzida dimensão e muito activas, devido a estas características existe alguma dificuldade para as observar. Paralelamente possuem uma capacidade reprodutiva extraordinária.

Saúde Pupas – A pupa é a forma mais resistente, que evolui para adulto em condições propícias (temperatura, humidade e movimento). Podem ficar escondidas até 6 meses até se tornarem pulgas adultas. Quando eclodem procuram um hospedeiro para saltar.

Importante saber - A limpeza diária não é suficiente para eliminar os 95% de pulgas existente no ambiente Que problemas podem causar?

Dermatite Alérgica pela Picada da Pulga (DAPP) As picadas das pulgas (que são muito activas) têm como resultado para os cães e gatos (e por vezes donos) irritação, dor e prurido.

Em infestações graves a limpeza e desinfeção do meio ambiente em que o cão ou gato habita é importante para recuperar o controlo desta praga. O tratamento de todos os animais presentes também é fundamental. Pulga adulta - As pulgas adultas vivem nos hospedeiros e são hematófagas (alimentam-se de sangue). Ovos – As pulgas fêmeas põem ovos no hospedeiro 48h após a 1ª refeição de sangue, cerca de 15 a 20 vezes por dia (aproximadamente 2000 ao longo da vida). Os ovos caem do pêlo dos animais para o solo, tapetes e camas. Eclodem de 1 a 6 dias transformandose em larvas. Larvas – Após a eclosão as larvas habitam em zonas escuras e alimentam-se principalmente de matéria fecal das pulgas adultas e outros detritos orgânicos antes de gerar um casulo e chegar á fase de pupa. Demoram de 7 a 15 dias a transformarem-se em pupas.

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Auto lesões causadas por DAPP


Cães & Lobos Quando adicionalmente o animal é alérgico a algum dos componentes da saliva da pulga pode surgir a DAPP, cujos principais sintomas são:

TRANSMISSÃO DE VERMES ACHATADOS = CÉSTODOS Dypilidium caninum

Perda de pêlo

As pulgas são o hospedeiro intermediário da ténia mais comum em cães e gatos, a Dypilidium caninum. Os cães ou os gatos ao lamberem-se ou ao mordiscar o pêlo, podem ingerir alguma pulga infestada com a forma larvar do verme (quisto) da ténia. Esta é libertada no intestino do cão e mais raramente no do gato e evolui até á forma de adulto. Desta situação resulta a necessidade de tratar os animais que têm pulgas também contra os céstodos.

Dipilidium caninum

Este céstodo pode causar os seguintes problemas: • Percas nutricionais; • Diarreias; • Mau estado geral;

O que pode/deve fazer? Para prevenir o aparecimento destes parasitas é importante proceder á aplicação e toma regular de produtos eficazes e adequados, que eliminem as pulgas adultas (antes que as mesmas possam pôr ovos), não é necessário que as pulgas piquem os animais para que estes sejam tratados, e as pulgas sejam eliminadas. A prevenção feita com um plano anual de desparasitações externas e internas é o único modo de evitar as pulgas e por consequênte evitar as DAPP. As infestações por pulgas podem surgir a qualquer momento, em particular dentro das habitações, já que as condições ambientais o favorecem (temperatura, humidade). É assim importante manter-se alerta ou preferencialmente adoptar um programa preventivo anual. A reaplicação dos produtos com os intervalos aconselhados é fundamental para a obtenção de bons resultados.

• Anemia (em casos graves);

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Por: Vanessa Correia


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Comportamento


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O

desenvolvimento da mente de um cão passa por diversos estágios durante o seu crescimento, tendo cada um deles um papel fundamental no crescimento saudável e sustentado do seu cão. Assim sendo podemos considerar seis estágios de desenvolvimento da mente do cão, o neonatal, o da socialização canina, socialização humana, adolescência, descoberta e maturidade. Estágio neonatal (dos 0 aos 13 dias): Este é o primeiro período de desenvolvimento dos cachorros. Nesta fase da vida, os cachorros começam-se a aperceber dos seus sentidos e a desenvolve-los durante a sua interação com o meio que os rodeia. É durante este estágio que os cachorros começam a aprender como usar o seu olfato, visão e audição mas é também durante o mesmo que são dadas as primeiras lições de disciplina, por parte da progenitora.

Fonte:http://www.sorocaba.com.br/pet/noticias/ cuidados-com-os-caes-recem-nascidos-21

Estágio da socialização canina (das 2 às 7 semanas):

À medida que vão crescendo, as suas brincadeiras enquanto cachorros vão desempenhando cada vez mais um papel importante no seu desenvolvimento. É durante este período que os cachorros aprendem a controlar por exemplo a força da mordida através das brincadeiras com os irmãos mas também com a progenitora. Nesta fase a progenitora, através do reforço negativo, corrige o filhote quando este se comporta de forma indesejada, fazendo com que a cria compreenda que não pode ter determinados comportamentos. Nesta fase é importante que os criadores/donos tenham em conta que é essencial permitir que a progenitora corrija o seu filhote, de forma a transmitir as primeiras regras básicas, caso contrário de futuro os donos podem vir a ter diversos problemas de disciplina. Embora a principal função deste estágio canino se destine a ensinar o cachorro a regular a intensidade da sua mordida, a sua forma de socialização com os outros cachorros e como se comporta em matilha é também bastante importante, que já nesta fase começam a existir os primeiros contacto com humanos. Os cachorros que tenham completado esta fase de forma segura e ponderada na presença da progenitora e dos irmãos, sem descartar algum contacto com humanos, normalmente crescem de forma bastante equilibrada e segura.

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Fonte:http://www.hiperativo.com/nomes-de-cachorro -pequeno/


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Fase de socialização com humanos (das 7 às 12 semanas): Depois de aprenderem a se comportar como cachorros, esta fase destina-se a aprender como ser um cachorro entre humanos. Esta é a altura ideal para retirar os filhotes de perto da progenitora. É também nesta altura que muitos criadores optam por fazer diversos testes, a fim de aferirem a personalidade do cachorro. Nesta fase os cachorros são considerados como um livro em branco, sendo que a forma como cada um responde a um determinado estímulo determina o seu verdadeiro potencial genético, não tendo até esta altura sido verdadeiramente moldados pelo meio onde se encontravam. É importante que nesta fase as suas experiências sejam agradáveis, não devendo os donos repreende-los de forma agressiva ou intimidatória. É durante esta fase que se enquadra um dos estágios mais importantes de um cachorro, o “Fear Imprint Period” ou “idade do medo” (8 -11 semana). Se nesta altura o cachorro sofrer de algum tipo de experiencia negativa que lhe cause um medo ou um trauma o resultado pode ser imensamente crítico, fixando-se de tal modo na mente do cachorro que muito dificilmente será removido. Os donos devem a todo o custo evitar que nesta fase da vida do cachorro este experiencie vivências traumáticas. Por exemplo, é nesta altura em que ocorrem as primeiras visitas ao veterinário. É importante do ponto de vista do cachorro, que esta rotina seja introduzida de forma gradual e agradável, com brincadeiras e até mesmo alguns petiscos para que a visita ao veterinário não seja sinónimo de desconforto ou dor.

Fonte:http://cachorronew.blogspot.pt/2011/11/ idade-dos-caes-em-relacao-aoshumanos_04.html

Adolescência (das 12 às 16 semanas): É nesta altura que os cachorros se começam a transformar em pequenos adultos. É a “idade do corte”. É nesta idade que os cachorros começam a ficar mais confiantes relativamente tanto ao meio que os rodeia, como às suas capacidades, e consequentemente mais independentes. É nesta idade também que começam a tentar “escalar” na hierarquia da matilha. Durante este estágio os cachorros machos, em especial, experienciam um aumento considerável dos níveis de testosterona, influenciando assim o seu comportamento, quer com outros cães quer com os humanos que os rodeiam. É aconselhado nesta idade que os donos procurem iniciar as primeiras lições de treino canino.

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Fonte:http://www.pontodevistaonline.com.br/ creche-para-cachorro-fatura-r-65-mil-por-mes/


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Fase da descoberta (dos 4 aos 18 meses): Esta é a fase da descoberta, aquela em que os cachorros sentem uma vontade incrível de explorar novos territórios. A sua curiosidade leva-os a todo o lado. Nesta idade, muitos dos cachorros que até aqui respondiam de forma bastante rápida ao chamamento dos donos começam a pensar duas vezes antes de obedecerem, uma vez que o ambiente que os rodeia é muito mais aliciante. Fonte:http://chepkadog.com/pt/photo/501-racacaes-com-hq-qualidade-da-foto-decente.html

Maturidade (de 1 aos 4 anos): Normalmente esta fase chega ao fim de um ano de vida do cachorro, podendo variar ligeiramente de raça para raça sendo que em geral as raças mais pequenas chegam a esta fase (bem como a todas as anteriores) antes dos cães de raça grande. É nesta fase que o cão vai tenta reestabelecer a sua posição definitiva na matilha. Fonte:http://webcachorros.com.br/musica-paraos-caes/

Por: Ricardo Duarte

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Educação

Por ser um tema polémico - é abordado em muitas discussões e em tertúlias caninas - estes três conceitos têm-se tornado objecto de discordâncias em relação ao papel de cada um na evolução da aprendizagem do cão. Para que, de uma vez por todas, se esclareça a importância que cada um deles têm no contexto em que se inserem, iremos de seguida ressaltar a importância de cada um. Página 14


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Recorrendo-me do Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa, etimologicamente Educação é a “acção de desenvolver no indivíduo, especialmente na criança ou no adolescente, as suas capacidades mentais e físicas e de lhe transmitir valores morais e normas de conduta que visam a sua integração social”. Adestramento é a“acção ou resultado de ensinar, exercitar e potencializar conceitos de formação específica”. Para facilitar a compreensão dos três conceitos e a diferença existente entre ambos, vamos utilizar o exemplo do ser humano. O produto final de um ser vivo é o resultado da interacção do seu potencial genético com o meio em que se desenvolve. Sendo assim, podemos chegar à conclusão que, no ser humano, como no cão ou em qualquer ser vivo, a influência genética é pouco relevante na formação da personalidade de um indivíduo. Resta-nos a envolvente social para formarmos e moldarmos o carácter de cada ser. A criança desde que nasce, começa a ser educada segundo os padrões culturais dos seus pais, através da experiência adquirida por estes e dos valores que defendem, irão ser transmitidas aos filhos com o objectivo de torna-los nos adultos de amanhã moldados à sua imagem ou à imagem daquilo que acham ser o tipo ideal; moral e socialmente. Assim, nos primeiros anos irão ser-lhes administrados conceitos básicos que, apesar de tudo, serão muito úteis e totalmente necessários para a vivência em sociedade: o conceito de hierarquia, a coesão familiar, ensiná-los a alimentarem-se, a vestiPágina 15

rem-se, a sua higiene pessoal, os valores da solidariedade, da amizade, da honra, etc., a maneira como aceitar e lidar com os estranhos à família e muitos outros conceitos de primeira necessidade que lhes possibilitarão enfrentar o dia a dia. Isto é educar. A aprendizagem mais formal e com objectivos de formação mais específica é aquela que é administrada nos bancos das escolas primeiro e nos anfiteatros das Universidades depois, administrados por pessoas com formação especifica para o fazer. Ler, escrever, deduzir matematicamente, interrelacionar conceitos de história, geografia, física, química, etc., adquirir cultura geral, enfim, formar-se intelectualmente. Isto é aprender e d e s e n v o l v e r o i n t e l e c t o . Depois de toda esta aprendizagem e do investimento na formação, precisamos de a colocar em prática. Para isso precisamos de ganhar experiência na actividade para o qual nos formámos, precisamos de praticar com vista a melhorar as nossas performances e a tornarmonos mais competentes na profissão que escolhemos. Neste caso estamos a treinar os nossos atributos com vista a exercitar, a aperfeiçoar e a melhorar os conceit o s j á a d q u i r i d o s . Pois, se para nós humanos, isto é tão claro, porque não o será também para os cães? Não estarão neles relacionados estes ciclos de vida à semelhança do que acontece com os nossos filhos? Não necessitam eles de se socializarem e de se hierarquizarem? Não estamos nós obrigados a ensiná-los a comer a horas e em sítios certos, a fazerem as suas necessidades nos locais apropriados, a brincar, a jogar, a interagir connosco e com os da sua espécie, em suma, a torná-los sociáveis? Isto é educar um cão.


Cães & Lobos Tudo isso está muito correcto, mas essa aprendizagem ficaria incompleta se não conseguíssemos interagir e interrelacionar com eles de uma forma completa. Para isso o cão precisa de aprender mais e neste caso é uma aprendizagem já não tão abrangente do ponto de vista social e de cuidados primários de sobrevivência, mas mais específica em termos de obediência básica e social. Para vivermos em paz e harmonia com o nosso amigo canino ele tem que saber andar ao lado do dono calma e ordenadamente, tem que se sentar e deitar ao mando do dono, tem que saber ficar quieto e calmo quando o dono vai ao café ou à padaria, tem que vir quando é chamado, etc. E aqui, vamos ter que adestrar o nosso cão nessa componente.

Como nos humanos, há alguns cães que possuem características de carácter e capacidades intrínsecas para irem mais além na sua aprendizagem e esses, se tiverem um dono que esteja disposto a com eles colaborar para melhorar as performances, podem ir mais além numa actividade ou desporto canino. Neste caso, vamos melhorar, aperfeiçoar e potencializar a aprendizagem que foi feita durante a fase do adestramento com vista a tornar o cão mais competente na área do desporto ou da actividade que escolheu e para ser cada vez melhor e mais consistente no trabalho que realiza. Neste caso, estamos a treinar o nosso cão.

Do que foi dito podemos deduzir que, e infelizmente é pratica corrente em muitas das nossas escolas de adestramento canino, adestrar um cão que não tenha as bases consolidadas da sua educação primária é a mesma coisa que colocar uma criança de sete anos a tirar uma licenciatura em Engenhar ia ou em Medicina. Por fim, é importante adiantar que tudo o que foi exposto, não é o resultado de uma mera opinião do articulista mas baseado em estudos efectuados pelos mais conceituados especialistas em Comportamento Canino. Página 16


Cães & Lobos

“Cão cansado é cão Feliz!”, por isso nunca se esqueçam que eles, tal como nós, precisam de coisas que os estimulem, caso contrário, tornar-se-ão em algo que não queremos.

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Convivência


Cães & Lobos Podemos dizer que ser-se “Dog Walker” (ou passeador de cães, numa tradução à letra) está na moda. Hoje em dia, com a crise e o desemprego a aumentar, as pessoas têm que se “agarrar” a algo para poderem sobreviver e passear cães é, para quem gosta de cães, uma maneira de juntar o útil ao agradável. Contudo, é uma profissão que não é, de todo, fácil de começar, isto porque para se contractar uma pessoa para passear o nosso cão é preciso, acima de tudo, confiança! Confiança para se dar a chave de casa, confiança para dar a chave do quintal e, sobretudo, confiança para deixar o nosso fiel Amigo de 4 patas com quem não se conhece. Começar com os cães de Amigos, ou Amigos de Amigos é sempre a melhor maneira uma vez que o “passa palavra” é o melhor meio de publicidade para os nossos serviços. Boas referências e o cão Feliz no final do passeio é meio caminho andado para que a relação de confiança Dono/Dog Walker cresça. Pelo meio podemos (e devemos) colocar em prática tudo o que sabemos (quando sabemos!) para a melhoria no comportamento do cão. Boa Sociabilização (intra e inter especificas), regras, obediência mas também com muita brincadeira (incluindo sempre um bom motivador) para, assim, criarmos uma forte relação com o cão. Voltando ao início, cada vez mais a contratação de pessoas experientes para passear cães está a aumentar. Por falta de tempo, devido a férias, porque o cão puxa muito ou, simplesmente, porque o cão precisa de um exercício extra (por excesso de peso, ou de energia por exemplo). No meu caso pessoal esta foi a razão principal que me puxou para os passeios de cães. Cada vez mais vemos cães que sofrem de ansiedade simplesmente porque não passeiam o tempo necessário ou porque não gastam a sua energia da maneira correcta nos respectivos passeios. Após verificar com algumas pessoas/empresas que passeiam cães, nenhuma delas tinha os serviços de Fitness, se assim lhe podemos chamar. Optámos por acrescentar, aos tradicionais passeios, o “Pet Fitness”. Nada como umas corridas, controladas, com eles ao nosso lado para conseguirmos que eles gastem as energias de uma maneira saudáveis em vez de estarem em casa a roer móveis ou qualquer outra coisa que não devem, resultado da energia acumulada. Decerto que o treino psicológico cansa-os tanto, ou mais, que o treino físico mas qual é o cão que não gosta de dar umas boas corridas? E se for com reforço positivo, tanto melhor. Página 18

Posso falar num caso em particular de uma cadela que passeio que, por puxar muito, por se mandar às pessoas (a pedir festas uma vez que é “uma paz de alma” super meiga) e puxar sempre que via um cão, era raro ir à rua. Felizmente o amor da dona por ela foi maior do que qualquer falta de paciência que pudesse existir pelos seus comportamentos. Para além de tudo isto que referi, só fazia as necessidades em casa (no quintal) e não tinha qualquer interesse nem por brinquedos, nem por biscoitos…nada! Felizmente, e passado pouco tempo de passeios, e com a preciosa ajuda da dona, posso dizer que as necessidades só são feitas na rua, ADORA brincar com o churro (que se tornou no melhor motivador que ela poderia ter), já não põe as patas nas pessoas para pedir festas, em vez disso senta-se e, assim, recebe o dobro das festas e só vai brincar com outros cães quando lhe digo que pode ir. Adora brincar com outros cães, por sinal! Este é o melhor pagamento que podemos ter, vermos a evolução de um cão, quando esta é positiva, e ter o agradecimento dos donos por “recuperarmos”, sempre com reforço positivo, um cão que estava “adormecido” na sua essência. Assim sendo, a contratação de um Dog Walker traz algumas vantagens como, por exemplo, evitar da obesidade no cão, o gasto de energia com passeios ao ar livre mantendo o cão em contacto com variados barulhos, cheiros, pessoas, animais, etc, em detrimento de deixar o cão confinado ao quintal ou ao terraço porque é “suficientemente grande” para ele, mantendo-o, assim, mais sociável e mais equilibrado. É dever do Dog Walker tratar o cão com a mesma responsabilidade como se fosse nosso e alertar os donos de todas as coisas menos normais que possam acontecer ou que possamos detectar (tanto nos comportamentos, como na saúde, por exemplo). Não há nada mais gratificante que sermos recebidos com uma cauda a abanar intensamente e com muitas lembidelas pelo meio sempre que chegamos. Vermos os focinhos na janela sempre que estacionamos o carro, seguido de uma corrida para a porta para nos irem receber.

Por: Bruno Pereira


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Notícias

Edição Nº 10


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Notícias

Edição Nº 10


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Etologia


Cães & Lobos A visita que dois dos cães do Centro Canino de Vale de Lobos fizeram a um jardim de infância com o objectivo de demonstrarem a cerca de 140 crianças, com faixas etárias dos 3 aos 5 anos, que um cão pode efectivamente ser um grande amigo e, principalmente a forma como eles interagiram com as crianças proporcionando a estas momentos de puro deleite, levou-me a reflectir sobre a convivência entre cães e crianças e a questionar-me se de facto eles as vêm como seres humanos numa escala mais reduzida. Actualmente, “ Mesm chegado a o ( c apac que os algumas i d ade q está vamos u

há investigadores empenhados em estudar esta área tão complexa e que têm conclusões no mínimo inesperadas. Nesse sentido, gostava de partilhar das palavras do investigador Inglês John Bradshaw e que citar do seu último livro “Dog Sense” (2011) p

cãe e é in s ossa bem m te e Com r vár o sab xemplific comum e n ia a inteir e amen m os cã do pela d tre os ma s catego es qu mífer são m r te dif esco nfian os), t ias «ami e e as ç gáve o move arcadam rente? A a c do o rianç que is e m r cães , os son nte difere esposta, as são s alguns c indivíduo » de for , o ch ma s s que eres ntes ao qu ães n tem o d ros p h i e odem iro que e produzem os huma e tudo ind umanos utrem em s seus lim multânea n p embo m , i ites. r c o f e e e i i a c s ad que tem laç ar ,é pro I r lado, a, sendo muito des . Cães qu vavelme ultos em que eles nos e nã ão a crian sso n o cães confi se no ç e t n m e as. u ã n , uita ma o un o , a lhas em p seu prim possam v dos delas ca estive que é de s coisas sabem. A espécie o s r s i e ças. – O cã sição de a iro encon r a ser tre quando s am expos ignificaçã a forma crianças o gen e enc o esp inado tos a Do m tro co lerta, como o e s e e e out smo mod raliza as tais cães m uma c para ven ntram pe crianças q cífica par se ri la r s a c c o duos o. Embora , durante rianças, e tornarã ança tive er essa r primeira uando ca os r c t , gen e o r e v h a l a o u m i e orr t s tânc soci and ritáv z já as ca te simila ridad estranha chorros d alização, o-as com eis e mal suas cau ia inicial. adultos, ou e com Po -h ec os se da as pr rá presum erto cheg cachorro ma categ umorados s e as su r outro imeir s u as po ivelmente em a rec precisam oria e nã com outr as orePor i a o ucas o sso é pess categoriz nhecer a generaliz como ind s criantro tã tão im a oas q lg a i o ue o da como umas pe r entre u víduos. tam d amplo d portante m « s c s a a o a chorr m e gen (de fo o con igável» c as como dulto assim iferentes t r e m q a ua in ti hece c om b u. ase n divícomo por dian pos de ro nto for p alma e sim t o a u e s « p sua ça ap ser hum . Esse p a), hom sível: tan pática) a prese roced ens c ano a enas t o h omen reagi ntar o imen om b dulto uma s r to » a que o à apariçã ou duas f . Se o ga ajuda a rba, assi como mu s cachorr o u m co b o mo h lheres (p s a um e ou de s donos t de hom ncionária arito for m expandir e spec o s e ê o ssoa m n u m s d p s co ito e ens o ca et s lim dif s com frequ hops: o c iculdades m medo nil duran streito, ta ites do q bem bar que visue o b e ê te lv qualq o c cão c eados, e uer o ncia, mui nceito qu om cães ansiedad todo o s ez porqu to re e e utro a e atego e p u . Ess o ca rove faze per st nima r l de d rito, e ele m os cac nientes d a é uma íodo sens chorro co iza nhee «pr horro das ( s rea uas p itivo, m s o g e atas com em de fo sobre a dutores i uitas) ra le pode zões ndus que s aparê rma tr p p e def ronte adroniza ncia da ra iais de cã ord m” es» ça hu a ao m evita r, co ana é, m tem or, Na sequência do que John Bradshaw argumentou, atrevia-me a perguntar: será que os cães vêm os homens e as melhores como pertencendo à mesma espécie? Porque este é um conceito totalmente inovador, carece de mais investigação, mas pelos sólidos argumentos apresentados pelos investigadores, penso que merecem da nossa parte um voto de confiança na continuação das investigações. Por: Sílvio Pereira

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Apesar disso, não deixa de ser um tema que merece, pelo menos, um acto de reflexão da nossa parte e pensemos assim: será que não faz algum sentido as conclusões que chegaram até agora os investigadores?


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O lobo-guará é considerado o maior canídeo nativo da América do Sul, encontrado, principalmente, nos cerrados e pradarias do Brasil, Paraguai, Bolívia e Argentina. Medindo até 1m de altura e variando entre 1,20m e 1,30m de comprimento, o lobo-guará é um animal único, com seu andar peculiar e coloração vermelho-dourado.

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tomate e coloração amarelada quando madura, esta fruta ocupa 58% da dieta dos lobos e, apesar de não ter comprovação científica, parece funcionar como tratamento natural para o “verme dos rins”, parasita comumente encontrado em lobos-guarás.

Sua aparência é semelhante a de uma raposa mas, apesar de ser classificado como canídeo, o lobo-guará (Chrysocyon Brachyurus) tem características únicas que o diferem dos lobos, dos cães, das raposas e dos coiotes. A espécie é onívora, com itens variados em sua dieta, desde pequenos mamíferos, ovos de aves, répteis e até mesmo frutas. Isso ocorre, provavelmente, devido a variação na oferta de alimentos durante as mudanças de estação. Em sua dieta vegetariana, inclue-se predominantemente a Solanum Lycocarpum, mais conhecida como “fruta do lobo” ou “lobeira”. De aparência arredondada como um Página 26

Outra característica que os difere dos canídeos mais conhecidos, é seu estilo de vida solitário, formando casais apenas na época da reprodução. Esses casais,


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As fêmeas escondem alimentos na toca antes de dar a luz, o que ocorre durante as estações secas. O casal protege a toca até que os filhotes aprendam a buscar seu próprio alimento e atinjam a maturidade sexual, o que pode levar até 1 ano.

geralmente monogâmicos por toda a vida, vivem no mesmo território, mas dificilmente são vistos juntos.

O lobo-guará é uma espécie ameaçada de extinção devido à cultura agropecuária e urbanização de áreas próximas ao seu meio ambiente. As doenças transmitidas por cães domésticos e atropelamentos nas estradas também contribuem para a diminuição do número de indivíduos dessa espécie.

Os pares familiares ocupam, em média, uma área de cerca de 30km2 e seu território é demarcado com fezes, representando barreiras físicas, estrategicamente localizadas em superfícies elevadas próximas a rios ou estradas. O lobo-guará tem hábitos crepusculares ou noturnos, são tímidos e arredios, mas geralmente não atacam humanos. Para defender seus filhotes ou quando se sentem acuados, rosnam com postura ameaçadora. Acredita-se que emitem latidos para localização dos indivíduos dentro do território e para promover o espaçamento deles em caso de fuga. Segundo biólogos, o loboguará é monoestro, com um único período de ovulação por ciclo, que pode durar até 5 dias. A gestação pode variar de 63 a 70 dias e podem nascer de 2 a 5 filhotes.

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fonte bibliográfica e fotos: http://www.caliandradocerrado.com.br/2012/06/loboguara.html www.suapesquisa.com/mundoanimal/lobo_guara.htm http://www.oeco.org.br/fauna-e-flora/27097-o-que-e-olobo-guara

Por: Karin Medeiros


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Galeria Fotogrรกfica


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Fotos cedidas por: Endangered Wolf Center Pรกgina 29


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Grupo Lobo


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Grupo Lobo


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Objecivos

Espaço APP

Espaço dedicado à divulgação das actividades do “Adestramento Positivo Project” iniciativa criada e dinamizada pelo Dep. de Divulgação, em estreita colaboração com Dep. de Formação do CCVL, com o objectivo de divulgar e difundir o ensino animal sem castigos, cujo lema é:

O Projecto A convite do CCVL, três adestradores formados pelo Dep. de Formação do Centro Canino Vale de Lobos, decidiram unir-se para criar o presente "Adestramento Positivo Project". As Adestradoras Tânia Carvalho da TC-Treino Canino, Ana Bártolo e o Adestrador Francisco Barata da Oficina dos Cães, mais tarde entraram Iris Lourenço e Ricardo Rodrigues da Caopreensão, com o apoio técnico e logistico do Centro Canino de Vale de Lobos, acharam que o panorama do ensino canino em Portugal não reflectia o que já se fazia nesta área por essa Europa fora. As suas formações tiveram como suporte o adestramento científico baseado no condicionamento operante com a apresentação de um estímulo agradável e o que acontece é que os métodos tradicionais da obrigação, da subjugação e dos castigos físicos e psíquicos ainda é o mais utilizado no nosso país o que é totalmente errado e retrógrado. A ciência já nos permite ensinar animais sem recorrer a esses métodos, e são essas evoluções da ciência da aprendizagem que este progecto pretende divulgar e difundir. A particularidade deste projecto está em que todos os profissionais que o compõem terem feito a sua formação cinotécnica no Centro Canino de Vale de Lobos - Cursos de Formação Canina

Aqui iremos publicar notícias, agenda de eventos já programados, fotoreportagens, opiniões, testemunhos… e tudo o que acharmos importante para a concretização do nosso objectivo. Página 34


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Notícias

Espaço APP

Contribuição do APP para a Associação “Os xanecos” Hoje foi dia de entregarmos à Associação "Os Xanecos" de Alverca do Ribatejo, os alimentos que recolhemos no passado dia 13/07/2014, na 2ª aula coletiva de treino canino no Loureshopping. Obrigado a todos os que gentilmente ofereceram estes bens e em particular à Husse Odivelas, pela generosa contribuição.

Por acordo entre a Administração do LoureShopping e o "Adestramento Positivo Project", todos os eventos, na área canina, realizados no parque verde do referido espaço, durante o ano de 2015, serão organizados pelo nosso projecto. Para já, estão programados 5 eventos, com várias características, para os meses de Maio a Outubro. Durante este ano de 2014, essa parceria irá também ter alguma expressão, com a realização já da 1ª aula colectiva de treino canino no dia 01 de Junho, a 2ª aula agendada para o dia 13 de Julho e uma grande organização comemorativa do dia mundial do animal em 04 de Outubro. Portanto, para este extraordinário espaço, no segundo semestre deste ano e pelo menos, todo o ano de 2015, irão confluir todos os amantes de cães que querem proporcionar aos seus amigos patudos uma melhor qualidade de vida e ao mesmo tempo um melhor relacionamento com a sua matilha humana.

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Foto-reportagem

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Formação

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Agenda

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Actividades

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Formamos: Cães & Lobos

Edição Nº 1

Profissionais competentes... Departamento de Formação do:

CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS

Presencial Curso destinado a todos aqueles que nutrem uma paixão pelos cães e por todos os mecanismos que têm a ver com o seu comportamento. Nesta situação enquadram-se os Adestradores caninos, os Veterinários e os Tratadores, mas fundamentalmente é destinado a todos aqueles que, não tendo formação nesta área, têm como sonho trabalhar com cães, não só lúdica como profissionalmente.

Primeiro curso administrado em Portugal com base nas últimas investigações Estrutura Programática do Curso

Módulo 1

(teórico)

1.1 CONHECER O CÃO 1.1.1 1.1.2 1.1.3 1.1.4 1.1.5 1.1.6

Conhecer como funciona um cão O Carácter num cão O Temperamento num cão A Comunicação canina Os Instintos Básicos caninos Conhecer o cão que se vai adestrar

1.2 MÉTODOS DE ADESTRAMENTO 1.2.1 Métodos de Adestramento 1.2.2 Traçar objetivos 1.2.3 Escolher o melhor método de Adestramento 1.2.3.1 Em função do cão 1.2.3.2 Em função do dono 1.2.3.3 Em função dos objetivos 1.2.4 As várias fases do Adestramento

Módulo 2

(prático)

2.1 O ADESTRAMENTO EM OBEDIÊNCIA SOCIAL 2.1.1 Material de adestramento 2.1.1.1 Material de contenção 2.1.1.2 Material de assistência 2.1.1.3 Material didático 2.1.2 Postura corporal do adestrador 2.1.3 Desenvolvimento da motivação do cão 2.1.4 Condicionamento e aquisição de hábito 2.1.5 Exercícios de Obediência Básica 2.1.5.1 Exercício de andar ao lado 2.1.5.2 Exercício de sentar 2.1.5.3 Exercício de deitar 2.1.5.4 Exercício de deitar e ficar quieto 2.1.5.5 Exercício de chamada

2.2 SOCIABILIZAÇÃO 1.3 CONDICIONAMENTO OPERANTE 1.3.1 1.3.2 1.3.3

Definição O que é o Clicker O treino com Clicker

2.2.1 Sociabilização intraespecífica 2.2.2 Sociabilização interespecífica

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Formamos: Cães Cães & & Lobos Lobos

Entrevista

Edição Edição Nº Nº 1 4

Profissionais competentes... Departamento de Formação do:

CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS Módulo 3

(prático)

3.1 ADESTRAMENTO EM GUARDA E DEFESA 3.1.1 Determinar as aptidões do cão 3.1.2 O Figurante (Homem de ataque) 3.1.2.1 Vestuário 3.1.2.2 Equipamento 3.1.2.3 Formação 3.1.3 O trabalho de motivação 3.1.4 O treino técnico das mordidas 3.1.5 O treino da inibição da mordida (larga) 3.1.6 O treino da fuga do figurante 3.1.7 O treino da busca do figurante 3.1.8 O treino do ataque surpresa ao guia 3.1.9 O treino do ataque longo

Módulo 4

(teórico)

4.1 COMPORTAMENTOS ANÓMALOS E DESVIANTES 4.1.1 Agressividades 4.1.1.1 Definição e tipologias

4.1.2 Micção ou defecação inadequadas 4.1.2.1 Definição 4.1.2.2 Tratamento 4.1.3 Ansiedade por separação 4.1.3.1 Definição 4.1.3.2 Tratamento 4.1.4 Fobias 4.1.4.1 Definição 4.1.4.2 Tratamento 4.1.5 Manias Maternais 4.1.5.1 Definição 4.1.5.2 Tratamento 4.1.6 Hiperatividade e hiperexceptibilidade 4.1.6.1 Definição 4.1.6.2 Tratamento 4.1.7 Comportamentos estereotipados 4.1.7.1 Definição 4.1.7.2 Tratamento 4.1.8 Ingestão Inadequada 4.1.8.1 Alimentação Estranha 4.1.8.2 Coprofagia 4.1.8.3 Objetos 4.1.9 Síndrome de Disfunção Cognitiva

Curso intensivo de formação de monitores de adestramento científico canino (presencial) Curso destinado a todos aqueles que nutrem uma paixão pelos cães e por todos os mecanismos que têm a ver com o seu comportamento. Nesta situação enquadram-se os Adestradores caninos, os Veterinários e os Tratadores, mas fundamentalmente é destinado a todos aqueles que, não tendo formação nesta área, têm como sonho trabalhar com cães, não só lúdica como profissionalmente Características do Curso Tipo de Curso: Curso presencial ministrado em sistema intensivo de 15 dias de duração, com uma carga horária lectiva diária de 4 horas, incluindo as componentes prática e teórica. Início do Curso: A combinar com o formando Local das Aulas: Campo de Trabalho do Centro Canino de Vale Lobos – Vale de Lobos - Sintra Método de Ensino: Científico Quantidade de Alunos por Curso: 1 Documento fim de Curso: Certificado com informação detalhada sobre as avaliações intercalares e finais e matéria leccionada

Estrutura Programática do Curso Módulo 1

(teórico)

Módulo 2

(prático)

Do Curso de duração normal

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Entrevista

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Entrevista

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Edição Nº 11

Cães & Lobos

Ficha Técnica

Cães & Lobos Nº 11

Propriedade: Centro Canino de Vale de Lobos

www.ccvlonline.com contacto@ccvlonline.com Edição: Dep. Divulgação do CCVL http://Comportamentocanino.blogspot.com

Revista Digital de Cães e Lobos Editor: Sílvio Pereira sp@ccvlonline.com Colaboraram nesta Edição: Bruno Pereira, Karin Pirá, Ricardo Duarte, Vanessa Correia Paginação e execução gráfica: Sílvio Pereira

Colaboradores Bruno Pereira Bmcp83@gmail.com

Karin Pirá adestramentoresponsavel@gmail.com

Ricardo Duarte r_duarte_9@hotmail.com

Nota: Todo o material publicado nesta edição é da exclusiva responsabilidade dos seus autores. _________________________ Página web: http://revistacaeselobos.weebly.com revista.caeselobos@ccvlonline.com

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Vanessa Correia vanessa_correia_sb@hotmail.com


Formamos:

Profissionais competentes... Departamento de Formação do:

Curso destinado a todos os proprietários que queiram adestrar os seus cães em casa (portanto, no seu território) evitando assim as sempre stressantes e por vezes traumatizantes idas às escolas de treino canino. Características do Curso Início do Curso: Imediato Método de Ensino: Científico Documento fim de Curso: Diploma final de Curso com a qualificação obtida. Tempo médio despendido com o curso: De 2 a 4 meses ou 200 horas (varia em função da disponibilidade e da aplicação do aluno). A quem é dirigido este Curso: Com este Curso o dono dispensa as sempre angustiantes e traumáticas idas às escolas de treino, uma vez que o cão aprende no seu próprio território, portanto, qualquer pessoa está em condições de frequentar este curso, a única limitação prende-se com a obrigatoriedade de possuir um cão (seja ele de que raça for) uma vez que numa das fases do Curso terá que aplicar na prática, as técnicas que vão sendo estudadas. Perspectivas de conhecimentos adquiridos no final do Curso: Excelente bagagem técnico/teórica e conhecimento profundo do aspeto funcional do cão, assim como uma identificação da interação dos mecanismos da aprendizagem com os vários tipos de condicionamento. No aspeto prático adquire-se um conhecimento básico dos princípios gerais do Condicionamento Operante assim como a utilização do clicker como instrumento fundamental no moderno treino científico canino. Resumindo, o formando fica perfeitamente preparado não só para poder treinar o seu cão positivamente mas também para compreender a sua linguagem, o seu carácter, a sua personalidade e o seu temperamento.

Estrutura Programática (resumida) Módulo 1 (teórico) 1ª Parte - Conhecer o Aspeto Funcional do Cão 2ª Parte - O Carácter e o Temperamento num Cão 3ª Parte - A Comunicação Canina 4ª parte - Os Instintos 5ª Parte - Condicionamento Operante 6ª parte - Descobrir o Clicker

Módulo 2 (prático) 7ª Parte - O Adestramento em Obediência Social 8ª Parte - Motivar e Condicionar o Cão 9ª parte - Exercícios de Obediência Básica 10ª Parte - Sociabilização

http://formacaoccvl.weebly.com/curso-on-line-de-adestramento-positivo-canino.html

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Formamos:

Profissionais competentes... Departamento de Formação do: CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS

Características do Curso Objetivos do Curso: Formar técnica e cientificamente através da aquisição de conhecimentos sobre a identificação, diagnóstico, tratamento e prevenção dos Comportamentos anómalos, desviantes e patológicos dos cães que vivem integrados na sociedade humana. É um Curso abrangente uma vez que é transversal a todos os Problemas Comportamentais dos canídeos domésticos. Início do Curso: Imediato Método de Ensino: Científico Documento fim de Curso: Diploma final de Curso com a qualificação obtida. Tempo médio despendido com o curso: +/- 3 meses ou 200 horas (varia em função da disponibilidade e da aplicação do formando). A quem é dirigido este Curso: Este Curso é dirigido a todos os Adestradores Caninos que sentem dificuldades na interpretação e tratamento destas patologias cada vez mais presentes na interação dos cães com os seus donos e o meio envolvente. Mas também a todos os interessados na temática do Comportamento Canino e nas alterações causadas por via da domesticação. Perspetival de conhecimentos adquiridos no final do Curso: Excelente bagagem técnico/científica e conhecimento profundo de todos os mecanismos ligados ao processo de interpretação, diagnóstico, tratamento e prevenção das Patologias do Comportamento. No final do mesmo, o formando fica em condições de, conscientemente, resolver todos os problemas ligados à área Comportamental.

Estrutura Programática do Curso (Resumido) Tema 1 - Como Funciona um Cão Tema 2 - O Carácter Tema 3 - O Temperamento Tema 4 - A Comunicação Canina Tema 5 - Os Instintos Básicos de Sobrevivência Tema 6 - Os Condicionamentos Tema 7 - As Agressividades Tema 8 - Ansiedade por Separação

Tema 9 - Síndrome de Disfunção Cognitiva Tema 10 - Fobias Tema 11 - Manias Maternais Tema 12 - Hiperatividade e Hiperexcitabilidade Tema 13 - Comportamentos estereotipados Tema 14 - Ingestão Inadequada Tema 15 - Eliminação Inadequada

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