Revista Nº 1 - 1º Trimestre de 2012

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Nº 1 - 1º Trimestre de 2012

Revista Digital de Cães e Lobos

Uma Edição do Departamento de Divulgação do:

Centro Canino de Vale de Lobos

Etologia • Comportamento • Educação • Adestramento Convivência • Psicologia • Veterinária • Estética

Artigos - Notícias - Reportagens - Curiosidades


Formamos:

Profissionais competentes... Departamento de Formação do:

CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS

Características do Curso Objectivos do Curso: Formar técnica e cientificamente através da aquisição de conhecimentos sobre a identificação, diagnóstico, tratamento e prevenção dos Comportamentos anómalos, desviantes e patológicos dos cães que vivem integrados na sociedade humana. É um Curso abrangente uma vez que é transversal a todos os Problemas Comportamentais dos canídeos domésticos. Início do Curso: Imediato Método de Ensino: Científico Documento fim de Curso: Diploma final de Curso com a qualificação obtida. Tempo médio dispendido com o curso: +/- 3 meses ou 200 horas (varia em função da disponibilidade e da aplicação do formando). A quem é dirigido este Curso: Este Curso é dirigido a todos os Adestradores Caninos que sentem dificuldades na interpretação e tratamento destas patologias cada vez mais presentes na interacção dos cães com os seus donos e o meio envolvente. Mas também a todos os interessados na temática do Comportamento Canino e nas alterações causadas por via da domesticação. Perspectivas de conhecimentos adquiridos no final do Curso: Excelente bagagem técnico/científica e conhecimento profundo de todos os mecanismos ligados ao processo de interpretação, diagnóstico, tratamento e prevenção das Patologias do Comportamento. No final do mesmo, o formando fica em condições de, conscientemente, resolver todos os problemas ligados à área Comportamental.

Estrutura Programática do Curso (Resumido) Tema 1 - Como Funciona um Cão Tema 2 - O Carácter Tema 3 - O Temperamento Tema 4 - A Comunicação Canina Tema 5 - Os Instintos Básicos de Sobrevivência Tema 6 - Os Condicionamentos Tema 7 - As Agressividades Tema 8 - Ansiedade por Separação

Tema 9 - Síndrome de Disfunção Cognitiva Tema 10 - Fobias Tema 11 - Manias Maternais Tema 12 - Hiperatividade e Hiperexcetibilidade Tema 13 - Comportamentos estereotipados Tema 14 - Ingestão Inadequada Tema 15 - Eliminação Inadequada

http://formacaoccvl.weebly.com/curso-de-psicologia-canina.html

… e donos responsáveis!


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Edição Nº 1

Editorial Cá está, ainda quentinha, acabada de sair do “forno”, a nossa nova revista sobre cães e lobos. É um projecto que já andava na minha cabeça há algum tempo e o objectivo era envolver todos as pessoas já formadas, ou em fase de formação, pelo Dep. de Formação do CCVL. Algumas responderam ao apelo e colaboraram na construção dos conteúdos, mas o nosso objectivo é que nas próximas edições podermos envolver ainda mais elementos neste projecto. A Dominique enviou-nos um útil artigo publicado pela Câmara Municipal do Seixal sobre a lagarta do pinheiro e as consequências da toxicidade deste verme na saúde dos nossos cães. A Grande Odisseia do Monte Branco, a prova desportiva de Mushing mais dura de todo o mundo, foi a reportagem enviada pela Anabela e leva-nos ao ambiente de cumplicidade entre os cães de trenó e os seus condutores. É interessante observar como alguns dos profissionais formados pelo CCVL têm já competências para dirigir eventos de trabalho na área do adestramento canino, como é o caso do Workshop que o Marco deu no âmbito do projecto “Eu amo SAC”. A Vera relatou-nos uma experiência com o nascimento da sua primeira ninhada. A Vanessa compilou algumas curiosidades caninas e enviou-nos. A Karin forneceu-nos alguns conselhos úteis sobre o relacionamento com os nossos cães Dei uma perspectiva bastante realista sobre o lado selvagem dos nossos cães e a maneira de os compreender. Os Beta-1,3/1,6 glucanos irão revolucionar a nutrição animal devido às suas características imunológicas e anti-inflamatórias. É uma grande descoberta dos laboratórios da “First Class” e só esta marca pode comercializar ração com os Beta-1,3/1,6 glucanos. Desejo-vos uma excelente leitura. Até ao próximo trimestre. Sílvio Pereira

Navegue connosco nas ondas da web Centro Canino de Vale de Lobos www.ccvlonline.com Departamento de Formação do CCVL http://formacaoccvl.weebly.com

Departamento de Divulgação do CCVL Blogue: http://comportamento-canino.blospot.com Fórum: http://comportamento-canino.forumotion.net www.facebook.com/ccvlobos Página 1

2 Será que co-habitamos com um Lobo? (Sílvio Pereira)

4 Workshop sobre treino canino Em Santo António dos Cavaleiros (Marco Matos)

6 A grande odisseia do Monte Branco (Anabela Guerreiro)

10 A Processionária - Lagarta do Pinheiro (Dominique Martins)

14 Relato de um parto (Vera Bandarra Silva)

16 Os Beta-1,3/1,6 glucanos (First Class)

18 Curiosidades Caninas (Vanessa Correia)

19 Histórias insólitas Uma edição do Departamento de Divulgação do:

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Edição Nº 1

Etologia

Por: Sílvio Pereira Quando o leitor observa atentamente segundo a tese de evolução um grupo de cães em liberdade, constaDarwiniana, convivemos ta que existe uma série de posturas diariamente com um lobo com ritualizadas que estes adoptam com um 16 000 anos de domesticação vincado cariz organizacional muito estruturado. Podemos observar claramente que existe uma perfeita hierarquização no grupo: há um chefe que eles sabem qual é, e depois há os subordinados que não se importam de o ser, desde que, para bem do grupo, Poder-se-á dizer que esse período de seja emanada uma liderança segura e tempo é o suficiente para obtermos convincente por parte do chefe. Como uma espécie construída à nossa ima- demonstração da aceitação desse facgem e às nossas necessidades? Os to, os cães comunicam entre si através que pensam desta forma têm a seu de uma série de tipos de linguagem favor o facto de que, através da Sele- intra-especifica que vão desde o olhar, ção Artificial, terem-se conseguido mul- a uma vasta panóplia de vocalizações, tiplicar raças com determinadas carac- posturas corporais específicas, colocaterísticas, cada uma delas programação da cauda, expressões faciais, etc. das geneticamente. Através da sequência de cruzamentos, conseguiu- De vez em quando – não tantas quanto se o aperfeiçoamento dessas mesmas desejávamos – somos brindados com características para fins específicos: documentários televisivos sobre Lobos. cão de pastoreio, de caça, de cobro, de Aí podemos observar, com admiração e guarda, de tração, etc., e mais recente- alguma incredulidade, as parecenças mente, depois do advento da impleque existem entre o comportamento mentação da Etologia como Ciência do das alcateias e a das matilhas de cães Comportamento e dos estudos subse- em liberdade. Todo o conjunto dos quentes sobre a aprendizagem, atravários tipos de comunicação e organiza- também há quem advogue que, em termos evolutivos, 16 000 vés do adestramento científico foram- ção social que tínhamos observado nos se especializando cães com o objectivo cães, estávamos agora a apreciar nos anos é um período demasiado de ajudar o homem noutras áreas, Lobos. curto para que uma nova espécomo é o caso dos cães-guia de invicie seja criada despojada de suais, cães de terapia, de busca e sal- A dúvida adensa-se: Será que o nosso todas as ligações genéticas, vamento, detecção de drogas e armas, inofensivo cão é um Lobo? instintivas e comportamentais de despiste de algumas patologias como alguns tipos de neoplasias. que as unia à que a precedeu. Para tentarmos compreender melhor esta temática, falemos de comportaPois, mas também há quem advogue mentos instintivos procurando fazer que, em termos evolutivos, 16 000 uma analogia entre o cão e o Lobo: anos é um período demasiado curto para que uma nova espécie seja criada - Quando estamos a brincar com o cão despojada de todas as ligações genéti- atirando uma bola ou um pau para ele ir cas, instintivas e comportamentais que buscar, estamos a desenvolver-lhe as unia à que a precedeu. sequencialmente dois instintos primários típicos dos Lobos: o Instinto de Portanto, estamos numa encruzilhada caça – correr para alcançar – e o instine daí a pertinência da pergunta: Será to de presa – agarrar com os dentes. que convivemos diariamente com um Estes são dois dos instintos mais básiLobo? cos dos Lobos e que têm entre si um denominador comum: sobrevivência. Hoje temos 100% de certeza que o nosso cão (canis familiaris) descende do Lobo (canis lupus). Os testes entretanto realizados provam que a sequência de ADN mitocondrial de ambas as espécies são iguais em 99,8%. Portanto, seguindo a tese da evolução Darwiniana convivemos diariamente com um Lobo carregado com 16000 anos de domesticação.

Fotos: Google Página 2


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Etologia

- O ladrar ao carteiro ou ao transeunte Será que convivemos diariaque passa junto dos muros da nossa mente com um Lobo? propriedade, não tem para nós um significado muito especial, mas para o cão é um comportamento instintivo herdado dos seus ancestrais, os Lobos. O instinto de guarda é aquela conduta que os Lobos utilizam para proteger a alcateia dos invasores, ou dos predadores, como os ursos ou o próprio homem. Nos cães esse instinto é inato e não tem a ver com raças. Quantas vezes ouvimos um chihuahua ou um pinscher a ladrar da mesma forma que um pastor alemão ou um dobermann, quando nos aproximamos dos seus territórios? Territórios esses que são de tal maneira guardados e protegidos, por serem escassos, que os seus ocupantes, de tão zelosos que são, têm o cuidado de os delimitar marcando-os com a sua própria urina, para que um possível intruso saiba que o mesmo já tem dono impedindo-o de se aventurar em o ocupar. Assim como identificar possíveis visitantes através do cheiro da zona anal com o objectivo de saber se pertence ou não ao grupo residente. Quantas vezes já vimos os nossos cães alçar a pata e urinar contra o muro de entrada da nossa propriedade, e quantas vezes deparámos com a desagradável situação de vermos o nosso cão cheirar o traseiro do cão do vizinho. Não existe nada de estranho neste comportamento, eles estão unicamente a fazer o que lhes está nos genes e a comportar-se como os seus ancestrais, tentando defender o seu território e a sua “matilha” humana. - Ficamos aflitos quando o nosso cão desaparece sem motivo aparente e, depois de muita procura, o encontramos num grupo de outros cães que, aparentemente, nada têm em comum. Mas o facto é que têm: uma fêmea na aquele que dorme, come e brinca connosco, que nos deixa fase produtiva do ciclo estral. Ficamos horrorizados e sem entender porque é meter a mão na boca, que é que o nosso super premiado poodle se afagado por nós, que partilha misturou com aqueles rafeiros mal os nossos sentimentos e as cheirosos. Mas é verdade, o nosso nossas emoções não é nem cãozinho de estimação, durante esse mais nem menos que período, deixou de ser um cão para se transformar num Lobo. O instinto de um...LOBO com um percurso procriação é muito forte e a passagem evolutivo de 16000 anos, daí dos genes para a geração seguinte é que a designação científica um dos objectivos de vida de todos os mais correta seria: Canis Lupus seres vivos. Página 3

Familiaris

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Três instintos básicos inerentes quer a cães, quer a Lobos: Sobrevivência, Proteção e Procriação. Posto isto, chegamos à seguinte conclusão: aquele que dorme, come e brinca connosco, que nos deixa meter a mão na boca, que é afagado por nós, que partilha os nossos sentimentos e as nossas emoções não é nem mais nem menos que um...LOBO com um percurso evolutivo de 16000 anos, daí que a designação científica mais correta seria: Canis Lupus Familiaris

será que o nosso inofensivo cão é um Lobo?


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Workshop

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Workshop de treino canino Em Santo António dos Cavaleiros No passado dia 29 de Dezembro de 2011 realizou-se em Santo António dos Cavaleiros um Workshop sobre treino canino ministrado por Marco Matos, Adestrador formado no Centro Canino de Vale de Lobos, em parceria com Projeto Eu Amo SAC, um projeto do Programa Escolhas. Este Workshop foi direcionado a uma população jovem (todos acima dos 10 anos) que integra o Projeto Eu Amo SAC.

O Workshop foi dividido em três partes, sendo a primeira parte teórica seguida de uma parte prática ainda sem cão presente e só depois se passou para a parte final em que os formandos tiveram oportunidade de por em prática aquilo que aprenderam

O Workshop foi dividido em três partes, sendo a primeira parte teórica seguida de uma parte prática ainda sem cão presente e só depois se passou para a parte final em que os formandos tiveram oportunidade de por em prática aquilo que aprenderam anteriormente, com o cão. A primeira parte consistiu numa palestra em que o formador tentou sensibilizar as crianças presentes para a necessidade de treinar os cães pois isso garante uma convivência harmoniosa em sociedade. Ter um cão treinado garante que este vai obedecer em qualquer situação e poderá acompanhar o seu dono em variadíssimos lugares e ocasiões. O treino do cão deve ser feito de forma consciente, pois todos os que têm cães são treinadores mesmo que de forma inconsciente. Quantos não conhecem alguém que não pode pegar na trela ou dizer a palavra rua sem que o cão fique "louco". Este comportamento deve-se ao facto de, tal como Pavlov verificou na sua experiência que o levou a teorizar sobre o mecanismo do condicionamento clássico, o cão aprender que a palavra rua ou gesto de pegar na trela (que inicialmente são estímulos neutros Página 4

O treino do cão deve ser feito de forma consciente

Por: Marco Matos Fotos: Eu amo SAC para o cão) antecedem o tão aguardado passeio na rua. Este estado de extrema excitação é então reforçado, pois o normal é por a trela no cão e dar -lhe o que ele quer: passeio! Após algumas repetições desta sequência temos um cão que, face a um estimulo que inicialmente seria neutro desenvolve uma reposta por antecipação da recompensa, ou seja, um comportamento condicionado. Este é só um exemplo de um comportamento que o cão aprende sem que os donos estejam conscientes de que o estão a ensinar. Em seguida houve uma breve explicação sobre métodos de treino, tendo sido explicados os conceitos de reforço positivo/ negativo, para aumentar a frequência do comportamento anteriormente apresentado, e castigo positivo/ negativo para diminuir a frequência do comportamento, dando especial ênfase à importância de se treinar com recurso ao reforço positivo, pois só assim se consegue um cão que trabalhe por prazer estando sempre pronto para obedecer. Foram ainda abordados o Condicionamento Clássico ou Pavloviano e o Condicionamento Operante, em que o cão passa a operar sobre o ambiente de modo a desencadear o aparecimento do reforço, ou seja, o cão oferece comportamentos que se forem reforçados aumentam em frequência, caso contrário tendem a extinguir-se. Ainda nos métodos de treino foi apresentado o "Clicker" como ferramenta de trabalho.

0 estado de excitação deve ser muito reforçado


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Workshop

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pressão para o cão (e restantes intervenientes) dando lugar a uma brincadeira na qual os participantes puderam interagir com o cão de uma forma lúdica, utilizando uma bola.

O projeto: O Eu amo SAC está na Freguesia de Santo António dos Cavaleiros desde Janeiro de 2010.

O "Clicker" produz um som característico, uniforme e independente do estado emocional do utilizador o que, quando utilizado antecedendo o reforço (positivo) rapidamente passa a funcionar, para o cão, como marcador do momento exato que mereceu o reforço. Sendo assim, abre-se um porta de comunicação extremamente eficaz com o cão: o cão executa um comportamento desejado e "Click" seguido do reforço; se o cão não executa o comportamento pedido, não há "Click" nem reforço.

Foi um momento de descontração e diversão para todos enquanto aprendiam a utilizar uma das melhores ferramentas de treino.

De modo a por em prática o que anteriormente tinha sido abordado, o grupo foi dividido em dois. Foi pedido que, em cada grupo um dos participantes, à vez, se retirasse enquanto o resto do grupo combinava o que o outro elemento deveria fazer (desde sentar no chão, coçar a cabeça, tocar nos pés, etc.). Depois de terem combinado qual o comportamento a realizar reuniram-se todos os elementos dos grupos. Foi então pedido que ajudassem o colega a descobrir o que deveria fazer utilizando unicamente o "Clicker", "clicando" cada vez que se aproximasse do que era pretendido (jogo do Adestramento, conceito criado por Karen Pryor - nota do Editor). Apesar das várias peripécias pelo caminho todos conseguiram atingir o objectivo proposto.

Foi então feita uma demonstração e a explicação dos exercícios que os formandos deveriam executar com o cão, sendo de seguida pedido, que seguindo as indicações dadas, pusessem em prática o que tinha sido demonstrado. Após estes período em que todos tiveram oportunidade de estar a "trabalhar" com o cão por alguns momentos teve lugar uma breve demonstração de obediência por parte do formador.

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Na última parte desta sessão, iniciou-se o trabalho com o cão. Entrou então no campo o "Robin", um cão de raça Dobermann que devido ao porte causou alguma apreensão entre os participantes. Essa apreensão depressa deu lugar a excitação e alegria após as primeiras interações com o Robin.

Para finalizar a intervenção houve então uma fase de descom-

É um projeto financiado pelo Programa Escolhas e promovido pela ABA (Associação Beneficente de Ajuda). Conta com a participação de todas as Escolas da Freguesia, da Câmara Municipal de Loures, da Junta de Freguesia, da CPCJ (Comissão de Proteção de Crianças e Jovens) de Loures, da Igreja Reviver e do IPJ (Instituto Português da Juventude). Os nossos objectivos passam por capacitar crianças, jovens e as suas famílias através do desenvolvimento de competências, valores e comportamentos que as ajudem a crescer de forma saudável e estruturada. Para isso, desenvolvemos muitas atividades gratuitas entre as quais o apoio escolar, consulta de psicologia, acompanhamento familiar, formação e conferência de pais, concertos, atividades culturais e desportivas, ateliers de artes, formação em novas tecnologias, acesso à internet (cid@net), acampamentos, atividades de empreendedorismo para jovens e a realização de um filme.


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Desporto

A GRANDE ODISSEIA DO MONTE BRANCO De 7 a 18 de Janeiro, os melhores do Mundo encontram-se para enfrentar a corrida mais difícil de trenós, trata-se de uma competição internacional de topo – a Grande Odisseia do Monte Branco (La Grande Odyssée Savoie Mont Blanc). Uma maratona de 1000km de rota através © Jérôme Lardat das magníficas paisagens de Savoie e HauteSavoie (França e Suíça), com temperaturas negativas, etapas acima dos 3 mil metros de altitude e em terrenos com grande inclinação. É a mais árdua corrida de trenós do Mundo e os mushers (condutores de trenó) e cães anseiam pela partida. Os cães são Huskies do Alaska e Siberianos, os atletas mais dotados para a Grande Odisseia do Monte Branco, atletas de alta competição cuja resistência e perseverança determinam o perfil ideal para as características do terreno e do clima nos Alpes. Página 6

O prémio para a equipa vencedora são 100 mil dólares, mas os cães correm apenas por gosto e amor aos donos. O treino dura meses indo de encontro aos princípios básicos da convivência e educação canina, o líder é o elemento chave da equipa e tudo fará para que todos tenham um bom desempenho. Quando chega o momento da competição existem cuidados especiais a ter em conta, nomeadamente no bem-estar do animal, alimentação e descanso, é disponibilizada palha para colocar por cima do gelo e capas aquecedoras para que os cães estejam protegidos do frio. Os animais são seguidos por uma equipa de 6 veterinários e como nas modalidades de alta competição estão sujeitos a controlo antidoping. Na prova, se um dos cães ficar magoado ou exausto é colocado no trenó e avaliado no fim da etapa, nessa altura os animais têm direito a uma massagem e uma dose especial de ração.

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Por: Anabela Guerreiro

Fotos: Créditos nas próprias fotos

Nos humanos é o açúcar que fornece a energia, nos cães têm que comer grandes quantidades de gordura para prosseguir viagem. São 10 as etapas, onde metade do percurso é feita durante a noite quando o termómetro marca temperaturas ainda mais baixas. Nesta edição, a 8ª da Grande Odisseia do Monte Branco as equipas vão experimentar percursos ainda mais difíceis em território FrancoSuiço. A Grande Odisseia do Monte Branco é uma corrida de exceção e talento oriundo de todo o Mundo, da mesma forma uma prova apaixonante pela harmonia entre musher e cão na prossecução de um objectivo mútuo, o de chegar ao fim e ver o seu objectivo cumprido.

© Jérôme Lardat


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Desporto

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Em 2002, Nicolas e Henry começam a trabalhar no seu grande projecto, integrando Dominique Grandjean, um conhecido cirurgião veterinário e especialista em huskies com experiência em organização deste tipo de provas. Está criada assim a equipa de especialistas em provas, animais, marketing e conhecimentos organizacionais.

Para 2012, participam 33 mushers de 8 nacionalidades diferentes com 430 cães treinados e aptos para tão dura prova que terá cerca de 100 mil espectadores. Com passagem por 22 estações de esqui, mais de mil pessoas envolvidas na organização, entre as quais a grande maioria © Clotilde Richalet ao nível do voluntariado. Dezenas de horas de rádio e televisão e mais de 800 publicações na imprensa, a Grande Odisseia conta já com dois livros e quatro filmes produzidos.

A primeira Grande Odisseia tem lugar Além disso, esta corrida de trenó evoca a 7 de Janeiro de 2005, onde os 18 melhores mushers do Mundo, acompaa harmonia entre o homem, o cão e a nhados pelos seus 300 cães represennatureza, uma certa forma de respeito ao meio ambiente. De um modo geral, a tam 10 nações. Este primeiro evento é Grande Odisseia do Monte Branco é um considerado um sucesso desportivo e popular, apesar dos inúmeros probleevento responsável e uma maneira de A Grande Odisseia do Monte Branco é praticar o desenvolvimento sustentável. mas relacionados com a primeira organização. Contudo confirma-se a Grande assim uma corrida de trenó, de baixo Odisseia como um grande evento desimpacto na sua actividade uma vez História que o único impacto deixado na natu- A Grande Odisseia do Monte Branco: do reza é a pegada do musher e dos seus sonho à realidade. cães na neve, uma marca que desaparece com o primeiro sopro de vento ou Começou do zero para se tornar uma queda de neve. das maiores e mais exigentes corridas de trenó. O seu sucesso começou por comunicar valores autênticos e de reunir emoção e espectáculo, proporcionando a todos os visitantes e amantes deste desporto, os melhores atletas de alto nível Mundial.

© Clotilde Richalet

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Tudo começou em 1998, quando Henry, proprietário de uma empresa patrocinadora de eventos de desporto de natureza e aventura, conhece Nicolas Vanier e decide apoiá-lo na sua travessia pelo Canadá, com cães. A partir deste projecto tornam-se amigos e juntos partem para Yukon Quest - Alaska, onde Nicolas se prepara para participar na prova e Henry faz trabalho voluntário para a organização, de forma a ganhar experiência neste tipo de organização de provas. A partir daqui a ideia de organizar a Grande Odisseia como a maior corrida na Europa, ganha cada vez mais peso entre os dois.

portivo bem como os objectivos da mesma em termos de imagem, notoriedade e valores. O segundo evento tornou-se o tema principal para a estratégia de comunicação de inverno de toda a região, pois permite que as pessoas descubram como a montanha é bela e que pode ser usada de uma forma suave e não agressiva e que os valores de autenticidade, coragem e respeito ao meio ambiente têm um elevado valor educativo. Neste evento a Grande Odisseia atraiu mais de 70 mil espectadores, foi notícia em todos os canais de televisão, rádio e jornais.


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© Jérôme Lardat

Em Outubro de 2006 nasce assim a marca – A Grande Odisseia do Monte Branco, escolhida para a promoção nacional e internacional de todos os destinos turísticos de Savoie e Haute Savoie.

A Grande Odisseia do Monte Branco é um evento responsável e uma maneira de praticar o desenvolvimento sustentável. Após esta breve exposição sobre a Grande Odisseia do Monte Branco que termina a 18 de Janeiro, não podemos deixar de referir alguns pormenores sobre o Mushing, nomeadamente a sua origem, criação e objectivo.

© Mushing Club de Portugal

O MUSHING Na antiguidade os povos das regiões geladas sempre viram os cães como amigos e aliados. Os esquimós dependiam deles para caçar, para se deslocarem e até para tomarem conta das crianças da família. Os trenós eram puxados por cães talhados para climas agrestes e esforços prolongados. Este era o único meio de transporte possível e com ele foi possível explorar as terras geladas e conhecer as suas civilizações. Nos finais do século XIX, pioneiros franceses que partiam em busca de ouro para o Alasca, rapidamente se adaptaram às travessias de trenó. Os seus gritos de incitamento – “Marche”, ficaram na história. Os Ingleses adaptaram esta palavra de ordem e chamaram ao condutor do trenó “musher”, e assim começou o Mushing - termo usado para o desporto ou meio de transporte movido por cães. Mais especificamente isso implica o uso de um ou mais cães para puxar um trenó na neve ou uma plataforma em terra seca. Desta forma poderemos considerar o Mushing como utilitário, recreativo ou competitivo. Com fins utilitaristas inclui essencialmente o transporte de madeira ou entrega de leite ou correio para zonas rurais, os cães têm sido substituídos por motas de neve em muitos lugares, mas alguns caçadores e outros utilizadores isolados voltaram aos cães de trenó pois verificam que esta é a forma mais segura e confiável em condições meteorológicas extremas. Apesar de toda a publicidade no que respeita a provas de cães de trenó é na vertente recreativa que o Mushing prospera, como um desporto, ainda que desorganizado, mas que proporciona de uma forma saudável exercícios de inverno ao ar livre para toda a família. Como desporto ao nível competitivo, é praticado em todo o Mundo, mas principalmente na América do Norte e Norte da Europa. Sendo que o aumento de popularidade e a crescente divulgação na imprensa tiveram como consequência a integração deste desporto nas primeiras olimpíadas de Inverno em 1932 na América do Norte, que teve lugar em Lake Placid, com equipas de 7 cães em 2 mangas de 40km cada. Também em 1952 nas Olimpíadas de Oslo, os cães de trenó voltaram a estar presentes como modalidade de demonstração. Associações de corrida, como a Federação Internacional de Desporto de Cão de Trenó (IFSS) e a Associação Internacional de Corridas de Cães de Trenó (ISDRA) têm trabalhado para conseguir que este desporto seja reconhecido como desporto Olímpico. Página 8


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© Jérôme Lardat

EM PORTUGAL

© Jérôme Lardat

Mais do que um desporto, vem de há séculos, esta relação entre cães e homens onde a troca de serviços imprescindíveis à sobrevivência de uns e outros é O clima ameno do nosso País limita bastante esta mediada pela relação afectiva que instintivamente se prática desportiva na neve, o que tem contribuído estabelece. para que na maioria dos casos se substituam os Poderemos então considerar o Mushing como uma forma de pensar e viver, uma escola de princípios e uma trenós por triciclos. A competição permite o contacto com a natureza forma saudável de orientar e converter a energia em o que torna esta modalidade bastante saudável. prazer a curto, médio e longo prazo. O convívio e treino e constante dos cães requer rigor na atituNa neve pratica-se na Serra da Estrela. Nas pro- sistemático de, generosidade e humildade no dia-a-dia. Sendo que, vas em terra, pratica-se em vários trilhos florestreinar uma equipa exige a dedicação e cumplicidade tais, sobretudo nos Concelhos de Alenquer, Alco- necessárias para ultrapassar chete, Campo Maior, Montijo e Torres Vedras. os problemas e dificuldades inerentes à prática do desporto. O Mushing como desporto alia a necessidade de mostrar e confrontar o conhecimento e domínio da técnica com as capacidades adquiridas em equipa, onde mushers e cães têm protagonismo por igual

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Referências: www.grandeodyssee.com www.sicnoticias.sapo.pt www.dogsportmag.eu www.mushing-portugalteamalana.blogspot.com/ www.gmushing.no.sapo.pt/

© Clotilde Richalet


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Saúde

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A Processionária Lagarta do Pinheiro

presas por um fio sedoso que lhes permite regressarem ao ninho (Arnaldo et al.,1999). Por: Dominique Martins Nestes dois últimos estádios de desensegundo texto da Câma- volvimento, o aparelho defensivo das ra municipal do Seixal lagartas, perante a atuação de predaIntrodução Fotos: Google dores naturais, está completamente formado com aproximadamente 120 A processionária do pinheiro, designada também como lagarta do pinheiro, é 000 pelos urticantes de coloração aladenominada pelo nome científico de Thaumetopoea pittyocampa, pertence à ranjada e com propriedades urticantes ordem Lepidóptera, à família Thaumetopoidea e ao género Thaumetopoea. (Lamy et al., 1985; Contreras e FigueÉ uma espécie mediterrânea que se distribui pela Península Ibérica estendendo- roa, 1997). se à Turquia e ao Norte de África. As espécies animais susceptíveis de serem Quando a lagarta se move, os receptáafectadas na fauna selvagem são as raposas, as ginetas e texugos, e nos aniculos abrem-se, libertando milhares de mais domésticos os cavalos, as ovelhas, as aves, os suínos, o cão e o gato pelos que se dispersam no ambiente. (Lorgue et al.,1996; Contreras e Figueiroa, 1997). A sua ação negativa tem expressão ao nível da desfoliação intensa de pinheiros e cedros e pelas alergias cutâneas por contacto como os pelos urticantes das lagartas.

Ciclo de Vida Este insecto possui as seguintes fases de desenvolvimento: ovo, lagarta, casulo ou pupa e borboleta (insecto adulto). O ciclo de vida da processionária do pinheiro inclui duas fases que decorrem em estratos diferentes do ecossistema florestal. A fase aérea na copa do hospedeiro inclui a postura do ovo e o desenvolvimento larvar, e a fase subterrânea inclui a pré-pupação, pupação e desenvolvimento do adulto. A passagem de uma fase à outra verifica-se entre Fevereiro e Maio com a migração coletiva das lagartas, que abandonam o hospedeiro em procissão para se enterrarem no solo a alguns centímetros de profundidade. A fase aérea inicia-se em Junho prolongando-se até Agosto com a emergência dos adultos e posterior acasalamento. As fêmeas, depois de fecundadas procuram o local mais adequado para a postura (Arnaldo, 1997). Em meados de Setembro, e uma vez completo o desenvolvimento embrionário, As lagartas terminam o desenvolvimennascem as lagartas. As lagartas tecem ninhos definitivos onde se agrupam grande número de indiví- to larvar e iniciam a procissão em busca de um lugar para puparem. A duos provenientes de procissão de enterramento é norvárias posturas (Demolin, malmente encabeçada por uma 1965). A estrutura destes fêmea (Demolin, 1962; Bertucci, ninhos permite a acumu1983; Dejoz, 1991). A procissão lação do calor necessário de pupação pode prolongar-se à sobrevivência das colódurante vários dias com protenias durante o inverno. As ções provisórias noturnas ou lagartas abandonam os perante condições atmosféricas ninhos a partir do crepúsdesfavoráveis (Pinto et al.,1998). culo para se alimentarem durante a noite, ficando , Página 10


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Saúde

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Efeitos nocivos A intoxicação por contato assume um carácter sazonal, dependente do clima da região, verificando-se uma maior percentagem de casos durante a Primavera e Verão. No homem são as crianças mais afetadas, em especial os rapazes, pela sua curiosidade em explorarem ambientes desconhecidos e treparem às árvores. As afeções por ingestão são raras (Pinneau e Romanoff 1995). O quadro clínico começa por um prurido intenso evoluindo rapidamente para uma dermatite, também podendo surgir conjuntivite, queratite e uveíte. Os animais domésticos, e em especial o cão, são muito curiosos, sendo frequentemente vítimas do seu comportamento. Nas suas incursões farejam e cheiram espécies animais possuidoras de propriedades tóxicas, como é o caso dos insectos, serpentes, sapos, processionárias, entre outros (Poisson et al.,1964; Bernal et al., 2000) A principal via de contacto dos animais domésticos com a processionária é na maioria dos casos cutânea podendo também ser digestiva e ocular (Arditti et al., 1988). Os pelos das processionárias funcionam como finas agulhas, através das quais a traumatopoina é injetável na pele ou mucosas (Lorgue et al,. 1996). A primeira medida terapêutica consiste na lavagem cutânea abundante da zona afetada, por pulverização, com soro fisiológico ou água de javel a 1%, com o objectivo de eliminar os pelos da processionária que não estejam encravados na pele e/ou mucosas. A região afetada não deve ser friccionada, para evitar a ruptura dos pelos e a libertação da traumatopoina (Pineau e Romanoff, 1995).

Métodos de combate    

Tratamento por pulverização; Destruição mecânica dos ninhos por corte dos ninhos ou a sua fragmentação pela projeção de borracha; Colocação de cintas com substância colante; Destruição mecânica das lagartas.

Recomendações:  Durante a fase da procissão das larvas deve impedirse que os cães tenham livre acesso aos pinhais onde existam ninhos de processionárias;  De referir que, para além do contato direto com as lagartas, também o manuseamento dos ninhos deve ser cuidadoso, uma vez que estes se encontram recheados de excrementos e pelos que ao serem transportados pelo vento, contaminam o ambiente e, em contato com a pele ou com as mucosas, originam reações alérgicas;  Ao manusear lagartas ou ninhos deverá usar luvas de proteção, óculos, proteger o pescoço e máscara de proteção no nariz e na boca;  Em caso de fortes sintomas de alergia cutânea deverá dirigir-se ao posto médico mais próximo.

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Saúde

Edição Nº 1

Processionária: Sintomas e consequências na saúde dos cães Frequentemente o cão e o gato saem de casa para o seu passeio sem que os seus donos se apercebam dos caminhos por onde andam ou o que cheiram, abocanham ou comem. Quando regressam, despertam a atenção pelo seu focinho inchado (edemaciado) língua grossa (macroglossia) por vezes azulada (cianótica), babar intenso (hipersiália e sialorreia), comichão (prurido), vómito e dor intensa quando o dono tenta à força abrir-lhes a boca na ideia de encontrar um corpo estranho (pau, lasca de madeira, etc.).

A - Edema da face / B – Macroglossia com cianose da língua

Edema da face, macroglossia e cianose

Em casos menos frequentes surge a tosse, as dificuldades respiratórias e a asfixia. O choque anafilático está descrito como muito raro na sequência do contacto com a processionária. Se por vezes o estado alarmante do animal leva o dono a transportá-lo ao veterinário com a máximo urgência, outros casos há em que, por atenuação dos sintomas do animal ou mesmo por incúria dos donos, a visita ao veterinário só é feita em último caso. O tempo que decorre entre o contacto com os pêlos urticantes da lagarta do pinheiro e a instauração do tratamento é crucial no sucesso deste último. A extensão das lesões depende também da quantidade de alergeno, ou seja, da quantidade de pêlos urticantes que contactaram com a pele, mucosas, olhos, ou foram inalados. O tratamento consiste em bloquear a reacção alérgica capaz de provocar lesões irreversíveis como sejam a necrose (morte) da língua e dos lábios e a cegueira. O estado deplorável em que muitas vezes fica o animal impedindo-o de continuar a fazer coisas tão básicas como comer e beber leva o dono a optar pela eutanásia. Não chegando a este extremo, é infelizmente frequente a queda de parte da língua ou lábios. Página 12


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Saúde / Conselhos úteis

Edição Nº 1

Em casos menos frequentes surge a tosse, as dificuldades respiratórias e a asfixia. O choque anafilático está descrito como muito raro na sequência do contacto com a processionária. Se por vezes o estado alarmante do animal leva o dono a transportá-lo ao veterinário com a máximo urgência, outros casos há em que, por atenuação dos sintomas do animal ou mesmo por incúria dos donos, a visita ao veterinário só é feita em último caso. O tempo que decorre entre o contacto com os pêlos urticantes da lagarta do pinheiro e a instauração do tratamento é crucial no sucesso deste último. A extensão das lesões depende também da quantidade de alergeno, ou seja, da quantidade de pêlos urticantes que contactaram com a pele, mucosas, olhos, ou foram inalados. O tratamento consiste em bloquear a reacção alérgica capaz de provocar lesões irreversíveis como sejam a necrose (morte) da língua e dos lábios e a cegueira. O estado deplorável em que muitas vezes fica o animal impedindo-o de continuar a fazer coisas tão básicas como comer e beber leva o dono a optar pela eutanásia. Não chegando a este extremo, é infelizmente frequente a queda de parte da língua ou lábios.

A - Queda de parte da língua / B - Cegueira

Os corticóides (compostos à base de cortisona) utilizados para estagnar a reacção alérgica, com actividade antiinflamatória e anti prurítica, são a primeira medida a tomar. Enquanto actuam, deve fazer-se uma lavagem abundante com soro fisiológico, ou mesmo água corrente, das zonas supostamente afectadas (face, boca, olhos) para eliminar todos os pêlos urticantes que aí se podem encontrar. Um tratamento antibiótico é normalmente iniciado para combater as possíveis infecções secundárias, geralmente da boca. Um anti-emético (anti-vomitivo) é administrado sempre que haja sintoma de vómito. Os colírios oftálmicos (pingos para os olhos) são recomendados sempre que esteja presente uma conjuntivite (inflamação da conjuntiva do olho) ou queratite (inflamação da córnea do olho).

Conselhos úteis: Pense bem antes de adquirir um cão ou qualquer animal doméstico, é preciso ter consciência de que esse animal vai depender exclusivamente de você para sobreviver e durante anos você vai precisar dedicar tempo, dinheiro, disposição física e mental para conviver com ele da melhor forma possível para todos.

Cães com problemas orgânicos ou psicológicos desconhecidos, que ficam muito tempo sozinhos, que não gastam energia física e mental corretamente, que dominam o ambiente e as pessoas com quem convivem, podem desenvolver comportamentos inadequados por falta de orientação ou por falta dos cuidados necessários à sua natureza ou situação de saúde.

É fundamental conhecer as características da espécie ou raça desejada e identificar características comuns com seu estilo de vida. Da mesma forma, todos da família devem “querer” o animal, para evitar desavenças que podem influenciar na criação, educação ou cuidados com ele.

Para que tenhamos cães equilibrados, devemos manter hábitos de comunicação, atenção e disciplina. As regras deverão ser transmitidas ao cão desde filhote. Ao adquirir um filhote, de raça ou mestiço, devemos colocar limites e regras desde o primeiro dia em nossa casa.

Mas, se você já tem um animal doméstico faça o melhor que puder para o seu bem estar! No caso dos cães, uma das espécies domesticadas mais procuradas para companhia em todo o mundo, a maioria dos problemas de comportamento estão relacionados a falta de atendimento as suas necessidades inatas. Página 13

O processo da educação é o mesmo para qualquer idade. Ajustado a cada fase de desenvolvimento para atingir corretamente as causas dos comportamentos indesejados e modificá-los com sucesso, sempre visando o bem estar dos animais e da harmonia da família. Por: Karin Pirá


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Experiências

Edição Nº 1

Relato de um parto Por: Vera Bandarra Silva No dia 6 de Setembro de 2011, nasceram os filhotes do Bono Vox e a da Pipinha (quatro machos chocolates, dois machos pretos, quatro fêmeas chocolate e quatro fêmeas pretas). Existem várias fases num parto. Para

começar, deve dizer-se que a cadela deve estar em boa forma física, porque assim corre menos riscos no parto. Nesta raça muitas vezes a obesidade é um sério problema. Relativamente à alimentação, a cadela gestante deve, logo após a confirmação da mesma, começar a alimentar-se com a mesma ração que será dada aos cachorros com quatro semanas. Deve isolar-se dos outros animais para evitar algum ferimento e de forma reduzir a transmissão de doenças. Aos cinquenta dias de Gestação prepara-se a maternidade, habitualmente uma caixa. Esta deve ser colocada num local calmo, sem correntes de ar, e a cadela deve começar a dormir nela desde logo. Um cuidado muito importante com a construção da maternidade é o piso, que não deve ser escorregadio para que os filhotes não tenham dificul-

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dade em movimentar-se, proporcionando assim o correcto desenvolvimento dos seus membros. Na semana que antecede o parto, existem pequenos pormenores que nos ajudam a perceber se o parto está para breve. Um deles é a medição da temperatura que é normalmente 38º a 39º, descendo um grau quando se aproxima a hora do parto. Outro é o aparecimento

do "rolhão" mucoso proveniente do colo do útero, sinal que o parto de alguma forma está iminente. Dá-se então o início dos nascimentos, em média 63 dias após a fecundação. Todos os cachorros nascem dentro de saquinhos, que se denominam placentas, e devem ser retirados imediatamente pela mãe. Caso isso não se verifique devemos ser nós a fazê-lo. No caso da Pipinha, o nascimento dos três primeiros cachorros foi complicado porque ela tinha os cachorros e fugia aflita. Foi necessário que os retirássemos do saco, cortássemos o cordão umbilical e os secássemos para que não ficassem com frio. Os restantes, apesar e não ter tido nenhum cachorro no mesmo local, conseguiu tratar deles com a minha ajuda. A primeira fase do parto demora de duas a oito horas . Um corrimento vaginal é normal após o parto. Os cachorros devem ser mantidos quentes, e todos os cachorros logo a seguir ao parto devem mamar, porque a ingestão do colostro vai dar-lhes a imunização que precisam até à 4ª /5ªsemana, altura que serão vacinados pela primeira vez. Todos os cachorros devem ser pesados e medidos sendo devidamente registado na ficha. No nosso canil, a desparasitação é feita pela primeira vez na 3ª semana, e as visitas dos interessados só a partir da 5ª semana.


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Com 5 semanas começam a conhecer outros espaços, com todas as precauções necessárias, uma vez que o Plano de Vacinação ainda não está completo. Nenhum cachorro é entregue antes da 8ª semana.

Edição Nº 1

Experiências Com 8 semanas (2 meses) os nossos cachorros criados com afixo são entregues aos novos donos com registo no LOP, Garantia Sanitária, Termo de Responsabilidade, microchip, Vacinação e Desparasitação. Passados quatro meses todos os nossos clientes continuam a manter uma relação muito próxima connosco, o que nos permite acompanhar o seu crescimento, com a

certeza que se um dia surgir um problema na vida dos novos donos, os cães podem-nos ser devolvidos para serem posteriormente colocados para adopção.

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Contato:

Pipinhaecompanhia@gmail.com 934306983

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Nutrição

Edição Nº 1

Os beta-1,3/1,6 glucanos Tecnologia de ponta ao serviço dos animais de estimação A First Class, nova gama de alimentação Super Premium, elaborou uma fórmula exclusiva com beta-1,3/1,6 glucanos, que reforçam o sistema imunológico, potenciando as defesas dos cachorros, reforçando a sua imunidade face ao stress, combatendo os problemas inflamatórios do intestino tanto em cachorros como em adultos, reforçando a imunidade local e a resistência a infeções virais, bacterianas, fúngicas e parasitárias. O que são os beta-1,3/1,6 glucanos? Os produtos de levedura são muito comuns na nutrição de cães e gatos. Também se utilizam produtos de levedura mais processada, como mananooligossacarídeos (MOS) e betaglucanos que são derivados da parede celular da levedura. Os MOS têm uma função de bloqueio de recetor. Os beta-1,3/1,6 glucanos têm uma função moduladora imunológica. Somente esta estrutura molecular demonstrou ter efeitos positivos sobre o sistema imunológico. Foi testado num modelo in vitro o efeito de diversos produtos de levedura sobre a atividade de macrófagos. Dos resultados do Gráfico abaixo pode concluir-se que os beta-1,3/1,6 glucanos são o único produto que tem um efeito positivo sobre a resposta imunológica.

Os beta-1,3/1,6 glucanos reforçam a imunidade durante o stress

 Trauma e Doenças Um acidente de trânsito, a dor de uma doença (subclínica) e a cirurgia são Stress nos nossos animais de estima- experiências traumáticas que podem ção? conduzir a situações de stress a longo prazo. Provavelmente a função imunoSabe-se que o stress afeta a função lógica será deteriorada pelo stress imunológica, as respostas inflamatórias destas situações, porque o estado de e a suscetibilidade de ter enfermidades saúde destes animais já foi compromecontagiosas. A baixa imunidade oferece tido (por exemplo, maior consumo de aos agentes biológicos patogénicos a energia para a recuperação do corpo, possibilidade de desenvolver e induzir baixa ingestão de alimentação e ferimuitas doenças das).  Cachorros Nos primeiros meses de vida, o sistema imunológico dos cachorros estará em mudança e em pleno desenvolvimento. Nesta etapa, estes animais experimentarão diversas alterações, tanto fisicamente como devido ao meio. Os animais jovens podem sofrer muitas situações stressantes durante este breve período das suas vidas: cansaço, a separação da ninhada e a mudança para um novo lar. Outras influências, tais como infeções por vermes, diarreia, a vacinação e as viagens, podem causar situações de maior stress, o proprietário do animal de estimação pode limitá-los com uma boa gestão. Todavia, o stress afeta a função imunológica do animal jovem e isso pode resultar em diarreia e infeções.

 Raças de muito stress Nem todos os exemplares desenvolvem doenças ante o mesmo stress. Podem responder diferentemente a essas situações de stress (comportamento) e a resposta imunológica irá variar. Exemplares sensíveis ao stress ficam mais vulneráveis ante a A First Class é a

primeira marca no mercado que inclui os Beta1,3/1,6 glucanos supressão imunológica e isto, por seu lado, pode deixar o animal mais suscetível a contrair doenças relacionadas com a imunologia. Raças de cães que se sabe serem mais suscetíveis ao stress são, por exemplo, o Border Collie, o Dog Alemão e o Cão de Pastor Alemão. 

Trabalho, Desporto e Exercício Os proprietários de animais de estimação que expõem regularmente os seus animais a exercício moderado podem reforçar a sua função imunológica, em comparação com pouco ou nenhum exercício. Mas a excessiva quantidade Página 16


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Nutrição

Edição Nº 1

O Canil dos Ventos Uivantes, pertencente à estrutura do CCVL , está em condições de disponibilizar, a quem estiver interessado , esta excelente ração de exercício prolongado e muito intensivo também pode prejudicar a função imunológica. Os cães de trenó, corrida, caça, trabalho policial são casos nos quais se poderá esperar uma função imunológica reduzida devido ao exercício/ trabalho intensivo.

Os beta-1,3/1,6 glucanos ajudam a reduzir a inflamação na osteoartrite canina e assim reduzir a dor Problemas de mobilidade e de articulações

Os danos na cartilagem produzem a inflamação da articulação: sinovite. A inflamação causa dor, o que pode reduzir o exercício e isto, por sua vez, causar perda de tónus muscular e força. Menos exercício combinado com

Os problemas de mobilidade e de articulações Os beta-1,3/1,6 glucanos ajudam são frequentes nos a combater problemas inflamató- cães. A osteoartrite é rios do intestino uma das doenças crónicas das articulações Os problemas digestivos e intestinais mais comum e causa de estão-se a converter num problema claudicação nos cães. crescente e mais frequente nos animais Esta doença músculode estimação. Os problemas gastroinesquelética afeta a funtestinais (GI) são a terceira razão mais ção articular quando a habitual para as prescrições de dietas capa protetora de cartiterapêuticas em cães. A causa exata do lagem desaparece por desenvolvimento de problemas GI é desgaste numa ou mais desconhecida, mas produz uma função articulações. A decome estrutura reduzidas do intestino: uma digestão reduzida, má absorção, defiperda muscular pode prociências de nutrientes, um epitélio duzir problemas de peso intestinal danificado, uma população ou obesidade, o que pode bacteriológica desfavorável, motilidade incrementar a pressão GI anormal, inflamações e uma função sobre a articulação já imunológica reduzida. danificada e incentivar Os beta-1,3/1,6 glucanos purificados assim uma maior decomsão conhecidos como moduladores da posição da cartilagem. imunidade do intestino e têm a capaciA osteoartrite é difícil de dade de reforçar a proteção contra ser curada e a sua gestão patogénicos, reduzir o estado inflamatópretende aliviar a dor rio do intestino e aumentar a saúde reduzindo as reações deste. inflamatórias e travando Um trato digestivo saudável é muito uma maior decomposição importante para a proteção contra bacda cartilagem. térias patogénicas, vírus ou protozoáposição da cartilagem produz dor, claurios. Escherichia coli, salmonela e closdicação e uma mobilidade reduzida. Artigo gentilmente cedido por: Arovite tridia podem causar diarreia nos cães. detentora a Marca First Class

Os beta-1,3/1,6 glucanos incorporados por First Class ativam as células fagocíticas no endotélio intestinal; aumentam a atividade fagocitária (envolvendo os patógenos); reforçam a apresentação de antígenos a outras células do sistema imunológico (ativação mais rápida do sistema imunológico adaptativo; células B e T); e estimulam a produção de substâncias que matam os microrganismos. A ativação do sistema imunológico pelos beta-1,3/1,6 glucanos reforça a resistência dos animais a infeções virais, bacterianas, fúngicas e parasitárias, reforçando a imunidade local e reduzindo as diarreias Página 17


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Curiosidades

Edição Nº 1

CURIOSIDADES CANINAS Compilado por: Vanessa Correia Fontes: Google e www.ventosuivantes.weebly.com

Sabia que... ... O Basenji é uma das poucas raças desenvolvidas em África e existem registos de cães semelhantes a esta raça em antigas tumbas egípcias. É um grande caçador e muito conhecido por ser o único cão que não late, emite sons naturalmente, semelhantes a uivos em falsete e comunica-se eficazmente através deles, O Basenji é um cão de personalidade forte, muito instintivo e independente, apesar de carinhoso e protetor, não é exatamente uma raça obediente, e definitivamente não é fácil de se treinar, apesar de ser um cão muito inteligente. As fêmeas Basenji só entram no cio apenas uma vez por ano.

.

.. O Dobermann é a única raça que tem o nome do seu criador, FRIEDRICH LOUIS DOBERMANN

... O Afghan Hound É considerada uma das raças mais antigas que se conhece. Inicialmente, atuava como um cão de caça e corrida sendo bastante popular em várias partes do mundo. Pertence à família dos galgos asiáticos e provavelmente é um dos ancestrais dos atuais cães de corrida (Greyhounds e Whippets). Nas regiões ... O cão mais fértil foi do Afeganistão, é conhecido como Tazi, que quer dizer um Galgo Inglês cha"rápido" ou "branco". Essas mado Tomacartus características fizeram com ("Tymmi"), ao longo de toda que ele fosse utilizado por muisua vida foi pai de mais de to tempo como cão de correio três mil cachorros. Provavelna região, uma vez que, por ser mente, Tomacartus pode ter um cão muito rápido, consesido o ancestral de todos os guia levar mensagens em alta galgos de hoje. velocidade mesmo em regiões de difícil acesso. ... Dia 20 de Agosto é o Dia Internacional dos Animais Abandonados e foi declarado nos Estados Unidos. ... Membranas sensitivas situadas na parte interna do focinho do cão transmitem informações sobre o odor para uma região do cérebro muito desenvolvida, responsável pelo olfato. O focinho de um cão saudável é húmido devido à secreção de muco, este não deve ser nem ... Os Borzoi é uma raça muito seco nem extremamente molhado. oriunda da Rússia e que por terem sua imagem ligada aos nobres que os criavam, calcula-se que após a revolução russa não existiam mais de 6 Borzois em Moscovo. Os demais foram massacrados. A raça foi salva da extinção graças, em grande parte, aos cães que foram presenteados aos nobres da Europa, antes da revolução.

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Curiosidades

... Os cães andam sobre os dedos e não sobre a planta dos pés como os humanos. As quatro almofadas dos dedos (coxins), servem como amortecedores, diminuindo o impacto nas corridas e saltos.

Edição Nº 1

... Existem duas espécies de lobo: o cinzento, designado por Canis lupus, e o vermelho, chamado Canis rufus. O lobo vermelho encontra-se infelizmente extinto no seu estado selvagem, estando atualmente a efetuar-se estudos que permitam a reintrodução, com base em casais mantidos em cativeiro em instituições científicas, e o lobo cinzento é o único que ainda podemos encontrar em liberdade em diversas regiões do mundo. Atualmente, na maior parte da

... Se o seu cão possui orelhas grandes, caídas e peludas, ele terá muito mais hipóteses de desenvolver otites (inflamação nos ouvidos), do que cães de orelhas área por que se distribui, o lobo habita apenas as pequenas e/ou erectas. regiões mais abruptas e recônditas. Uma das subespécies do lobo cinzento que ainda sobrevive, se bem que em número reduzido, encontra-se na Península Ibérica e designa -se cientificamente por Canis lupus signatus, o lobo ibérico.

Há cadelas com sorte. Oito anos depois de ter desaparecido, na cidade da Corunha, no Norte da Galiza, em Espanha, uma cadela da raça “Sabujo” foi encontrada no município fronteiriço de Vinhais e devolvida ao dono. A história deste animal, com dez anos de idade, daria um excelente argumento para um filme sobre sobrevivência. Apesar de possuir um microchip com o contato dos donos, a cadela nunca foi localizada. Em Dezembro de 2011, a cerca de 300 quilómetros do local onde foi vista pela última vez, foi detetada pela GNR de Rebordelo, que a recolheu e entregou no Canil Municipal de Vinhais. Já no Canil, foi encontrado o microchip. Contudo, a série não era igual à habitualmente usada em Portugal. Como não existe uma base de dados europeia, Duarte Lopes, veterinário de Vinhais, pediu ajuda ao veterinário municipal da Mesquita, do outro lado da fronteira, em Espanha. O contacto pessoal surtiu efeito. Afinal, a cadela estava registada na base de dados espanhola. “Para nossa grande satisfação, foi-nos dito que a cadela tinha dono e que vivia na Corunha” disse Duarte Lopes. Foi o veterinário português que telefonou a Horácio Calvo, dono do animal, para o informar que a cadela estava no canil de Vinhais. “O dono nem queria acreditar. Pensava que a cadela já estava morta, mas também me disse que, após o seu desaparecimento, fez mais de mil quilómetros à procura dela”, conta o veterinário. Página 19

Horácio Calvo, caçador nos tempos livres, foi a Vinhais reconhecer o animal. “Não foi preciso muito esforço porque, mal abrimos a grade do canil, a cadela correu para o dono”, adianta o veterinário de Vinhais. A situação é tão rara que tanto o dono como o veterinário não conseguem explicar a situação. O mais provável é que tenha sido recolhida por uma família durante alguns anos e que tenha voltado a perder-se”, referiu Duarte Lopes. Fonte: Jornal de Notícias de 05-01-2012


Formamos:

Profissionais competentes... Departamento de Formação do:

CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS

Presencial Curso destinado a todos aqueles que nutrem uma paixão pelos cães e por todos os mecanismos que têm a ver com o seu comportamento. Nesta situação enquadram-se os Adestradores caninos, os Veterinários e os Tratadores, mas fundamentalmente é destinado a todos aqueles que, não tendo formação nesta área, têm como sonho trabalhar com cães, não só lúdica como profissionalmente. Este Curso tem a vantagem de ser composto no máximo por 4 formandos.

Primeiro curso administrado em Portugal com base nas últimas investigações científicas desenvolvidas na área da aprendizagem canina Estrutura Programática do Curso

Módulo 1

(teórico)

1.1 CONHECER O CÃO 1.1.1 1.1.2 1.1.3 1.1.4 1.1.5 1.1.6

Conhecer como funciona um cão O Carácter num cão O Temperamento num cão A Comunicação canina Os Instintos Básicos caninos Conhecer o cão que se vai adestrar

1.2 MÉTODOS DE ADESTRAMENTO 1.2.1 Métodos de Adestramento 1.2.2 Traçar objectivos 1.2.3 Escolher o melhor método de Adestramento 1.2.3.1 Em função do cão 1.2.3.2 Em função do dono 1.2.3.3 Em função dos objectivos 1.2.4 As várias fases do Adestramento

1.3 CONDICIONAMENTO OPERANTE 1.3.1 1.3.2 1.3.3

Definição O que é o Clicker O treino com Clicker

Módulo 2

(prático)

2.1 O ADESTRAMENTO EM OBEDIÊNCIA SOCIAL 2.1.1 Material de adestramento 2.1.1.1 Material de contenção 2.1.1.2 Material de assistência 2.1.1.3 Material didáctico 2.1.2 Postura corporal do adestrador 2.1.3 Desenvolvimento da motivação do cão 2.1.4 Condicionamento e aquisição de hábito 2.1.5 Exercícios de Obediência Básica 2.1.5.1 Exercício de andar ao lado 2.1.5.2 Exercício de sentar 2.1.5.3 Exercício de deitar 2.1.5.4 Exercício de deitar e ficar quieto 2.1.5.5 Exercício de chamada

2.2 SOCIABILIZAÇÃO 2.2.1 Sociabilização intra-específica 2.2.2 Sociabilização inter-específica

1.4 O ADESTRADOR 1.4.1 1.4.2 1.4.3

Exigências Físicas Exigências Mental Ética profissional

… e donos responsáveis!


Formamos:

Profissionais competentes... Departamento de Formação do:

CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS Módulo 3

(prático)

3.1 ADESTRAMENTO EM GUARDA E DEFESA 3.1.1 Determinar as aptidões do cão 3.1.2 O Figurante (Homem de ataque) 3.1.2.1 Vestuário 3.1.2.2 Equipamento 3.1.2.3 Formação 3.1.3 O trabalho de motivação 3.1.4 O treino técnico das mordidas 3.1.5 O treino da inibição da mordida (larga) 3.1.6 O treino da fuga do figurante 3.1.7 O treino da busca do figurante 3.1.8 O treino do ataque surpresa ao guia 3.1.9 O treino do ataque longo

Módulo 4

(teórico)

4.1 COMPORTAMENTOS ANÓMALOS E DESVIANTES 4.1.1 Agressividades 4.1.1.1 Definição e tipologias 4.1.1.2 Tratamento 4.1.1.3 Prevenção de agressividade por complexo de controlo

4.1.2 Micção ou defecação inadequadas 4.1.2.1 Definição 4.1.2.2 Tratamento 4.1.3 Ansiedade por separação 4.1.3.1 Definição 4.1.3.2 Tratamento 4.1.4 Fobias 4.1.4.1 Definição 4.1.4.2 Tratamento 4.1.5 Manias Maternais 4.1.5.1 Definição 4.1.5.2 Tratamento 4.1.6 Hiperactividade e hiperexceptibilidade 4.1.6.1 Definição 4.1.6.2 Tratamento 4.1.7 Comportamentos estereotipados 4.1.7.1 Definição 4.1.7.2 Tratamento 4.1.8 Ingestão Inadequada 4.1.8.1 Alimentação Estranha 4.1.8.2 Coprofagia 4.1.8.3 Objectos 4.1.9 Síndrome de Disfunção Cognitiva 4.1.9.1 Definição e Sintomas 4.1.9.2 A importância de um Diagnóstico Correcto 4.1.9.3 Prognóstico 4.1.9.4 Tratamento

Curso intensivo de formação de monitores de adestramento científico canino (presencial) Curso destinado a todos aqueles que nutrem uma paixão pelos cães e por todos os mecanismos que têm a ver com o seu comportamento. Nesta situação enquadram-se os Adestradores caninos, os Veterinários e os Tratadores, mas fundamentalmente é destinado a todos aqueles que, não tendo formação nesta área, têm como sonho trabalhar com cães, não só lúdica como profissionalmente Características do Curso Tipo de Curso: Curso presencial ministrado em sistema intensivo de 15 dias de duração, com uma carga horária lectiva diária de 4 horas, incluindo as componentes prática e teórica. Início do Curso: A combinar com o formando Local das Aulas: Campo de Trabalho do Centro Canino de Vale Lobos – Vale de Lobos - Sintra Método de Ensino: Científico Quantidade de Alunos por Curso: 1 Documento fim de Curso: Certificado com informação detalhada sobre as avaliações intercalares e finais e matéria leccionada

Estrutura Programática do Curso Módulo 1 (teórico) Módulo 2 (prático)

Do Curso de duração normal

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Ficha Técnica

Edição Nº 1

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Propriedade:

Centro Canino de Vale de Lobos

www.ccvlonline.com contacto@ccvlonline.com Edição:

Dep. Divulgação do CCVL http://Comportamentocanino.blogspot.com

Colaboradores Anabela Guerreiro anabelapg@iol.pt

Revista Digital de Cães e Lobos Editor:

Sílvio Pereira sp@ccvlonline.com Colaboraram nesta Edição:

Anabela Guerreiro, Dominique Martins, Karin Pirá, Marco Matos, Vanessa Correia, Vera Silva

Dominique Martins quenimidom@gmail.com

Karin Pirá adestramentoresponsavel@gmail.com

Marco Matos mpfbm@netcabo.pt

Paginação e execução gráfica:

Sílvio Pereira Nota:

Todo o material publicado nesta edição é da exclusiva responsabilidade dos seus autores.

Vanessa Correia fairy_butterpsy@hotmail.com

Vera Bandarra Silva sverasilva72@gmail.com

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Formamos:

Profissionais competentes... Departamento de Formação do:

CENTRO CANINO DE VALE DE LOBOS

Curso destinado a todos os proprietários que queiram adestrar os seus cães em casa (portanto, no seu território) evitando assim as sempre stressantes e por vezes traumatizantes idas às escolas de treino canino. Características do Curso Início do Curso: Imediato Método de Ensino: Científico Documento fim de Curso: Diploma final de Curso com a qualificação obtida. Tempo médio despendido com o curso: De 2 a 4 meses ou 200 horas (varia em função da disponibilidade e da aplicação do aluno). A quem é dirigido este Curso: Com este Curso o dono dispensa as sempre angustiantes e traumáticas idas às escolas de treino, uma vez que o cão aprende no seu próprio território, portanto, qualquer pessoa está em condições de frequentar este curso, a única limitação prende-se com a obrigatoriedade de possuir um cão (seja ele de que raça for) uma vez que numa das fases do Curso terá que aplicar na prática, as técnicas que vão sendo estudadas. Perspectivas de conhecimentos adquiridos no final do Curso: Excelente bagagem técnico/teórica e conhecimento profundo do aspecto funcional do cão, assim como uma identificação da interação dos mecanismos da aprendizagem com os vários tipos de condicionamento. No aspecto prático adquire-se um conhecimento básico dos princípios gerais do Condicionamento Operante assim como a utilização do clicker como instrumento fundamental no moderno treino científico canino. Resumindo, o formando fica perfeitamente preparado não só para poder treinar o seu cão positivamente mas também para compreender a sua linguagem, o seu carácter, a sua personalidade e o seu temperamento.

Estrutura Programática (resumida) Módulo 1 (teórico) 1ª Parte - Conhecer o Aspecto Funcional do Cão 2ª Parte - O Carácter e o Temperamento num Cão 3ª Parte - A Comunicação Canina 4ª parte - Os Instintos 5ª Parte - Condicionamento Operante 6ª parte - Descobrir o Clicker

Módulo 2 (prático) 7ª Parte - O Adestramento em Obediência Social 8ª Parte - Motivar e Condicionar o Cão 9ª parte - Exercícios de Obediência Básica 10ª Parte - Sociabilização

http://formacaoccvl.weebly.com/curso-on-line-de-adestramento-positivo-canino.html

… e donos responsáveis!



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