Versus Magazine #13 Abril/Maio 2011

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A 10ª (!!!) edição do Blindagem Metal Fest teve lugar no ACD “Os Ílhavos”, precisamente na cidade de Ílhavo. O cartaz era apelativo e, mesmo com um frio de rachar, a pequena sala de concerto conseguiu reunir bastante pessoal que saiu de casa. Já perto das 21:30, começa-se a ouvir o sound check da banda da casa, os Diesel Humm!. O habitual atraso não desmotivou o povo, já que o bar proporcionava um bom local para conversar e quebrar o gelo. Já depois da hora marcada, os Diesel Humm! iniciam o espectáculo com meia sala, mas os que lá estiveram souberam receber as energias deste quarteto de Hard-Rock do duro! Uma boa prestação a mostrar temas do seu álbum “STOP – The War”, e a prometer o sucessor já para Março. Azagatel sucedeu à banda de Vagos e trouxe consigo um som com rasgos de Black Metal e paganismo. A prestação convenceu, principalmente os mais novos, que não hesitaram em fazer o ritual do moche, mas o som não esteve ao nível do que os temas pedem: os acordes das guitarras não se ouviam claramente. Seguiu-se um dos momentos mais esperados da noite: Painted Black. Depois do mais longo sound check, eles tinham que proporcionar um bom espectáculo. E, de facto, isso aconteceu. O som esteve muito bom e a viagem pelo seu trabalho “Cold Confort” foi o descortinar do Melodic Doom Metal, que confortou aquela sala colada na performance da banda. Brilhantes, estes nossos My Dying Bride! A sala começou a encher à medida que os Crushing Sun começaram a tocar. Foi de esperar que o moche aumentasse, e bem! O som praticado pela banda encheu as medidas e convenceu os presentes de que o que é nacional é bom! Os parabéns para o baterista, que foi espectacular e aguentou muito bem o Death/Sludge da banda. Para finalizar a noite, os Switchtense foram os responsáveis para quebrar os restantes ossos. A banda da Moita trouxe o seu Thrash Metal arrasador e terminou o serviço da melhor maneira. Malhas rápidas e acutilantes marcaram a prestação da banda, que trouxe na bagagem o seu primeiro longa duração “Confrontation Of Souls”. Destaque para o vocalista, que foi um bom e divertido frontman, sempre a puxar pelo povo com vários “Vamos lá caralho, quero ver essa roda a mexer”. Por fim, ficou a certeza de que vale a pena apoiar o que é nacional… mesmo que fiquemos com os ouvidos feitos num oito. Texto: Victor Hugo Fotografia: Luis Jesus


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