Versus Magazine #13 Abril/Maio 2011

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limite do que considero audível e aceitável – gosto pessoal (Não é tão grave, profunda e poderosa como a de Chuck Billy mas também, não é a típica voz de metalcore.) No que aos músicos diz respeito, são muito competentes e a produção, sem ser uma referência, cumpre muito bem. Os temas são poderosos e destaco desde já, “Terra solaris” um instrumental com quase nove minutos, por ser diferente de todos os outros. “Your every day disaster”, “Violent by nature” e “Man & swine” destacam-se por serem os temas mais brutais do álbum – 100% thrash. Todas as outras, com excepção do instrumental, são muito típicas do DM Sueco, com um toque de melancolia – “Wound” ou “Love as a weapon”. «The Human Romance» não é original nem traz nada de novo mas não deixa de ser um álbum excelentemente interpretado e um dos melhores lançamentos dos DH. [7.5/10] Eduardo Ramalhadeiro

DEATH «The Sound of Perseverance» (2011 / Relapse Records) Se houvesse um Olimpo da música, certamente, «The Sound of Preserverance» (TSoP) teria um lugar cativo. O death metal (DM) (e todas as bandas do género) devem muito a Chuck Schuldiner. (CS) Menos extremo e muito mais melódico que «Symbolic» é para este mui humilde escritor de reviews superior.

Porquê? Talvez por ter sido o primeiro álbum dos Death a ser devorado vezes sem conta ou talvez por ter sido o último gravado em estúdio. «Symbolic» foi o último degrau para a (quase) perfeição que foi (é e continuará a ser) TSoP. O problema destas reviews é que tudo o que possamos dizer é pouco e sendo assim, vou tentar resumir a (quase) perfeição nestas poucas linhas. É inegável a superior qualidade de CS como guitarrista e compositor, sendo um Mestre em combinar a técnica, harmonia, brutalidade e melodia. Por isso, considero que podemos resumir TSoP na (quase) perfeita interligação destes 4 “ingredientes”. Este é sem dúvida, o álbum dos Death melhor produzido (Jim Morris e CS) intocável e sem falhas e isto leva-nos, de seguida, aos músicos e à interpretação. Todos, sem excepção, são músicos fenomenais. No entanto, tenho que destacar o trabalho de bateria a cargo de Richard Christy, um dos bateristas mais esquecidos de entre os que constituíram os anteriores line-up’s: Hoglan ou Reiner. Sem razão, pois o trabalho desenvolvido é soberbo – uma referência! As linhas de baixo são complexas e extremamente bem tocadas e não estão no álbum “porque sim”. Sobressaem a cada nota tocada – trabalho de produção fantástico. Shannon Hamm (SH) complementa na perfeição a música de CS e só um virtuoso da guitarra está altura de tal tarefa. Todas as músicas estão ao mesmo nível, no entanto, destaco “Voice of the soul” - (O porquê, deixo para vocês ouvirem…) Esta edição vem re-masterizada e devido às novas tecnologias tem um som ainda superior ao original. Nela são incluídos mais

dois CD’s com diversas demos onde podemos ouvir diversos temas sem baixo, instrumentais e SH ou Paul Payne na voz. Mesmo assim, uma mais-valia para este lançamento. Para muitos não é considerado o melhor álbum dos Death devido à sua “excessiva melodia”, nem tão pouco um álbum de DM mas para mim, será sempre um álbum emotivo e o melhor álbum jamais feito na história do DM. Para “devorar” e no fim agradecer ao génio que foi CS e ao legado que por ele foi deixado. “Support music, not rumors” - Chuck Schuldiner (13/05/67 - 13/12/01) [10/10] Eduardo Ramalhadeiro

DEICIDE «To Hell with God» (2011 / Century Media) Quem já conhece desde há muito as blasfemidades deste grupo de veteranos do death metal, de certeza que não se irá ofender com o título do álbum e muito menos com os das músicas. Afinal, que mal faz deturpar um deus que foi desvirtuado por tantas personalidades históricas, ditas cristãs, em prol do seu bel-prazer, ganância e poder? Cansaços e indecências à parte, todos sabem que a religião não é um assunto que mereça ênfase quando o mais importante é a qualidade da música. E sim, esta não foge muito às peculiaridades


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