Versus Magazine #13 Abril/Maio 2011

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soam demasiados dejá-vu, mesmo com um álbum bem conseguido, repleto de garra e cheio de bons momentos de Epic Fantasy Metal inspirados em Tolkien. [7.5/10] Carlos filipe

BATTLELORE «Doombound» (2011 / Napalm Records) As primeiras impressões que saltam do novo Battlelore são positivas. Sobressai uma diferença para melhor relativamente aos anteriores álbuns, mostrando que a banda de Lappeenranta está mais madura e refinada. «Doombound» apresenta-se como um álbum que traçará uma linha entre o presente e o passado, o álbum da transformação. A sonoridade Battlelore mantém-se – sempre guiada pelo dueto Kaisa & Tomi – mas numa toada mais descaracterizada e mainstream. Este Battleore faz-me lembrar o que se sucedeu com os Amorphis, alias, por vezes «Doombound» faz-me lembrar os próprios Amorphis da fase actual... como em “Kamessuna”. “Bloodstained” dá o mote e “Iron of death” – uma das mais interessantes do álbum – cimenta completamente «Doombound» - e que melhor define estes Finlandeses. O finlandês reina em “Kamessuma” de forma eficiente, tornando esta outra das melhores músicas. Também a ouvir é “Enchanted”, uma música semi-acústica, onde Kaisa confirma toda a sua qualidade, e os Battlelore confirmam porque são a banda que são neste género. «Doombound» coloca uma pedra sobre o legado Battlelore e abre a veia para o futuro. É pena que tenham perdido alguma identidade conseguida até então. Os Battlelore de «Doombound»

O distanciamento do passado é bastante claro (dizem por aí que a sonoridade se parece com o trabalho de 1993, «Det Som Engang Var» – não fiquem com este pré-conceito e libertem os ouvidos com «Fallen») – mais uma vez não esperem um «Filosofem» ou um «Hvis Lyset Tar Oss». «Fallen» é o seguimento lógico de «Belus», com a certeza de que também é algo novo. Mas, liricamente aproxima-se do álbum de estreia embora a mitologia de «Belus» esteja presente. [8.5/10] Victor Hugo

BURZUM «Fallen» (2011 / Byelobog Productions) Precisamente um ano após a saída do álbum «Belus», Mr. Varg Vikernes não perde tempo e lança «Fallen», um novo trabalho que decerto está a criar expectativas no seio dos fãs de black metal a sério. Começando pela capa do álbum (que merece destaque), uma reprodução do quadro “Elegy”, do francês Adolphe-William Bouguereau (e que pode dar um avanço à digestão do álbum), destaca-se também a produção. Se «Belus» era caracterizado pela sua pureza, sem grandes “engraxadelas e polidelas”, já o seu sucessor tem uns toques de produção que tonificaram o som, embora se distancie das produções do metal actual. Os temas seguem o legado do seu antecessor: riffs ora rápidos ora lentos, por vezes hipnóticos pela sua duração (“Valen”); a voz de Varg é idêntica, mas nota-se o recurso à melodia e à voz limpa, ora cantada ora falada – havendo espaço para gritos e berros aterradores – dando um toque mais épico à sua música. Destaque para o último tema, “Til hel og tilbake igjen”: um ritual caracterizado por percussão e sussurros.

DARKEST HOUR «The Human Romance» (2011 / Century Media) Sétimo álbum dos Americanos Darkest Hour (DH) que contam já com época e meia no activo. Como todas as bandas, tiveram os seus altos e baixos e com «The Human Romance» conseguem um excelente lançamento de death/ thrash metal bem melódico. Produzido por Peter Wichers (Soilwork) este álbum representa um passo em frente na carreira dos DH e o som foi levado a um novo limite. As influências do típico death metal melódico Sueco estão muito presentes, nomeadamente, Dark Tranquility e In Flames, “salpicadas” com alguns temas e riffs puramente thrash. Para quem estava habituado ao antigo material este lançamento constitui uma lufada de ar fresco. A voz de John Henry surge poderosa, mesmo no


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