Versus Magazine #13 Abril/Maio 2011

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“ O que é Gothic Metal, afinal de contas? [Pausa] eu não tenho nenhuma ideia do que seja. [Risos]” até porque o Dan já trabalhou com Opeth, Ayreon, Diabolical Masquerade, Evoke, etc… Recebi hoje o CD [NR: Dia desta entrevista] e vi-o pela primeira vez, e lá está o autocolante com as palavras do Dan Swanö: “Este foi dos melhores álbuns que já mixei”. É muito comum os CDs virem com autocolantes a destacar algo ou a participação de alguém importante na sua concepção. Como é que vês este tipo de marketing, em especial para uma banda como os Ava Inferi? De facto, é bastante comum e natural. É necessário fazer algo nos dias que correm. Não sei quantos CDs saem todas as semanas. É tanta música que torna duríssima uma pequena banda, assim como os Ava Inferi, que mesmo assim têm seguidores em todo o mundo, para expandir e crescer. Sabes, quando se consegue ultrapassar aquele nível em que todas as bandas estão e conseguir destacar-se das demais, tudo se torna mais fácil a partir daí. Aí, há sempre pessoas que mesmo não seguindo a banda, conhecem-na e vão ouvir o álbum, de uma maneira ou outra. O problema é chegar lá, é como termos uma membrana orgânica a separar as duas camadas, estarmos em gestação como todas as outras demais bandas, e tentar romper essa membrana e sair cá para fora. Actualmente, sinto que conseguimos meter as mãos, romper essa membrana e meter a cabeça de fora. Como é que foi feita a colaboração entre ti e o Dan Swanö? Trocávamos ficheiros áudio. Perguntava-me se eu tinha gostado, se estava bem, e eu respondia, por exemplo, não, se calhar ficava aqui um pouco menos de bateria, estás a ver, mas no fim eu é que tinha a palavra final. No entanto, seguimos as suas orientações um pouco mais do que nós fizemos nos álbuns anteriores, porque aí, era mais como eu queria. Desta vez eu queria abstrair-me um pouco, para ver o que os outros viam na minha música e podiam trazer e fazer. Foi interessante. Joana Messias é a vossa nova baixista – Ela entrou no início do ano na banda. Qual a sua contribuição para «Onyx» e quais as tuas expectativas em relação à ela como membro dos Ava Inferi? A Joana não participou em nenhuma das gravações.

Ela entrou na banda depois da gravação de «Onyx», no início do Ano… Ano Um [Risos]. Ela é uma excelente baixista, uma rapariga muito fixe e tem a energia e a chama que cada um dos membros dos Ava Inferi tem de ter. Foi uma mudança realmente benéfica. Tê-la a bordo é muito bom, estou realmente contente com ela. Acerca do futuro, veremos… Eu agora também não vou começar a escrever música, mas quando chegar esse momento, de escrever algo de novo para os Ava, incorporarei a Joana no processo e veremos como as coisas se desenvolvem. Mas, agora, o que posso referir acerca da Joana, é que ela tem preenchido as minhas expectativas e que estou muito satisfeito em tê-la na banda. Disseste que agora não irias começar a escrever de imediato para os Ava. Com a vossa proliferação de álbuns, quase um por ano, quais são os planos ao nível da escrita de um novo álbum? Sabes, eu sou um workaholic. Estou sempre a trabalhar na música. Mas neste momento tenho tantas bandas, novos projectos em vista, que tenho de tirar o pé do acelerador dos Ava, não quero dizer com isto colocá-la de lado, quero dizer que não irei escrever um novo álbum dos Ava imediatamente, tal como fiz quando acabei «Blood of Bacchus». Talvez daqui a meio ano ou algo parecido é que começarei a escrever algo de novo para os Ava.

O Fim que Vive Quem canta com a Carmen em «The Living End»? Hem hem… Sou eu [Risos]. Eu quis sempre fazer isto mas achava sempre que não o conseguiria fazer. Mas, quando fiz a música em casa no meu computador, surgiu esta melodia para a voz, a qual gravei para não me esquecer e a trabalhar mais tarde com a Carmen. Depois, em vez de refazer a melodia, a Carmen veio com algo que encaixava em cima daquilo que tinha escrito e eu decidi manter a minha voz, porque soava muito, muito fixe. Isto é de certa forma uma experiência e estou muito satisfeito da maneira como ficou. Penso que para o próximo álbum haverá muito mais deste tipo de duetos entre mim e a Carmen, até porque acrescenta um maior dinamismo e profundidade à nossa música. E para já é fixe ser eu a fazer e não termos ninguém de fora, em especial nos


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