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Novidades Internacionais

Geraldo Vianna representa a UBC na reunião da Alcam na Bolívia

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Com adesão cada vez maior entre os países sul-americanos, a Aliança Latino-Americana de Autores e Compositores (Alcam) recebeu, em sua última reunião, em agosto, autores interessados em discutir os caminhos e desafios do direito autoral. Entre os participantes, o compositor, violonista, arranjador e produtor mineiro Geraldo Vianna representou a UBC nas sessões realizadas em Cochabamba (Bolívia). No encontro, foram debatidas medidas governamentais e propostas de alteração das leis que tratam da gestão coletiva de direitos autorais nos países da região, que apresentam uma tendência excessivamente intervencionista. Criada para buscar melhores condições de trabalho e sobrevivência para os autores e compositores, a Alcam é composta por representantes das várias sociedades de autores latino-americanas. Vianna pregou a necessidade de buscar diferentes estratégias de divulgação da música latina, a fim de aumentar sua influência no mercado internacional. E afirmou ser preciso usar com inteligência a mesma internet que potencializou as violações dos direitos autorais. “É preciso atuar de forma obstinada e persistente, buscando um intercâmbio constante. Salientei a tendência e a importância de criarmos meios de comunicação e de utilização maciça das redes sociais e de grupos de discussão e organizações em cada país para, juntos, discutirmos e expormos os problemas relacionados ao cotidiano dos autores e compositores. Que seja criada uma verdadeira rede de informações entre os países integrantes da Aliança.” Também estiveram presentes representantes das sociedades de autores de Argentina, Costa Rica, Chile, Paraguai e Uruguai.

Vendas de álbuns on-line caem, e 'streamings' disparam nos EUA

As vendas de álbuns e canções digitais tiveram quedas de, respectivamente, 11,6% e 13% no primeiro semestre do ano nos Estados Unidos, segundo dados da consultoria Nielson SoundScan. Mas nada parece alarmar a indústria americana, que confia no streaming para revitalizar o mercado. Essa modalidade de consumo de música on-line subiu 42% no mesmo período, atingindo 70,3 milhões de reproduções. Ainda que alguns álbuns tenham desempenhos animadores – como a trilha do filme “Frozen”, da Disney, com 2,7 milhões de cópias vendidas, e bons resultados também para Beyoncé, Lorde e Coldplay, com números de 700 mil a 590 mil unidades descarregadas –, o panorama geral é de queda nas vendas na última década, fenômeno similar ao que ocorre com os CDs.

Argentina bloqueia The Pirate Bay, e entidade musical do país é hackeada

A Argentina se tornou o primeiro país sul-americano a bloquear o popular portal P2P The Pirate Bay. A ordem judicial, aplicada aos 11 principais provedores de internet do país, seguiu-se a uma ação movida pelo principal organismo representante da indústria discográfica local, a Câmara Argentina de Produtores de Fonogramas e Videogramas (CAPIF). A decisão foi liminar e não teve contestação até o momento, de modo que deve durar até que o processo seja concluído. Na avaliação da CAPIF, o portal de compartilhamento de músicas sem licença é uma ameaça séria ao negócio musical. Logo depois da decisão, o site oficial da entidade foi hackeado, e sua página de abertura foi substituída pelo servidor do próprio The Pirate Bay, permitindo aos usuários argentinos continuar a compartilhar arquivos ilegalmente. Foram necessárias mais de dez horas até que a CAPIF recuperasse acesso ao seu próprio portal. As informações são do site aliadodigital.com.

Estudo da Cisac destaca potencial da indústria criativa nos Brics

Um estudo da Confederação Internacional das Sociedades de Autores e Compositores (Cisac), divulgado em setembro, identificou “tremendo potencial” nos países do grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para aumentar a contribuição da sua indústria criativa ao Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o levantamento, a média de contribuição de músicas, filmes, espetáculos de teatro e outros gêneros para o total da riqueza gerada nessas nações é de apenas 1% a 6%, em média. De acordo com a Cisac, em 2011 o comércio internacional de bens culturais atingiu US$ 624 bilhões, algo como 7,5% de tudo o que foi exportado. Mas a fatia dos Brics nesse bolo não passou de US$ 12 bilhões, menos da metade do que os EUA geraram sozinhos, apesar de, combinadas, as economias das maiores nações em desenvolvimento serem apenas 12% menores que a do gigante norte-americano. “A economia criativa gera algo como 10% a 11% do PIB na Coreia do Sul ou nos EUA. Ainda que culturalmente ricos, os países dos Brics giram só uma fração disso”, afirmou Javed Akhtar, letrista, poeta e roteirista indiano e um dos vice-presidentes da Cisac.