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Karine Carvalho: assume sua persona cantora

por_ Kamille Viola ■ do_ Rio

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“Galega Hits” é o primeiro álbum de Karine Carvalho, com canções compostas pela cantora ao longo de oito anos e produção de Estevão Casé, Eduardo Manso, e Gabriel Bubu. A ideia surgiu durante as gravações do disco “Na Confraria das Sedutoras” (2008), do projeto 3 Na Massa, de Pupillo e Dengue (Nação Zumbi) e Rica Amabis (Instituto), em que cantoras e atrizes interpretaram as canções. Karine gravou “Tatuí”, de Rodrigo Amarante, seu então marido. “Quis inventar minha vida e resolvi me embrenhar na dor e na delícia de fazer o próprio disco autoral, o ‘Galega Hits’”, comenta Karine. “Galega é o apelido que me foi dado quando fui para o Ceará, terra dos meu pais e minha terra de coração. Desde que me entendo por gente, sempre estive envolvida com atividades artísticas. Mesmo quando criança, quando me perguntavam o que eu queria ser quando crescer, eu já respondia: vou ser a Madonna”, ela ri.

O Rappa, na rua, na chuva e sob sol do Recife

O Rappa lançou o último projeto antes da pausa anunciada: o CD e DVD “Marco Zero”, registrado ao vivo em Recife, em pleno carnaval, quando o grupo se apresentou para 300 mil pessoas. São 19 faixas, entre elas “Boa Noite Xangô”, que conta com a participação do pernambucano Lula Queiroga, parceiro da banda na composição. Clássicos como “Pescador de Ilusões” e a versão do Rappa para “Vapor Barato” (de Jards Macalé e Waly Salomão), além de sucessos recentes, entre eles “Anjos” e “Auto-Reverse”, também estão no repertório. O DVD mostra Marcelo Falcão, Lauro Farias, Marcelo Lobato e Xandão tocando para a multidão sob a chuva e até depois do nascer do sol. “Esse DVD é o que a gente é, o que fazemos toda noite. Nada diferente disso”, resume o guitarrista Xandão.

A poesia cotidiana de Anelis Assumpção

A cantora e compositora paulistana Anelis Assumpção lança seu terceiro álbum solo, “Taurina”. As canções passeiam por temas como amor, morte, saudade e brincadeiras com detalhes do cotidiano, bem à moda do pai de Anelis, Itamar Assumpção (1943-2003). O primeiro single a ser lançado, “Receita Rápida”, por sinal, foi uma canção dele em parceria com Vera Lúcia Motta que não chegou a ser gravada por ele, apenas por Alzira Espíndola, no disco “Peçam-me” (1996). A faixa conta com a participação de Céu e Thalma de Freitas (parceiras de Anelis no projeto Negresko Sis), e seu clipe saiu em outubro passado. “Ela conversa poeticamente com todo o resto do álbum”, disse a cantora ao jornal “Folha de S. Paulo”. É a única que não foi composta por Anelis, sozinha ou com parceiros como a irmã Serena Assumpção (1977-2016), com quem fez “Chá de Jasmim”; Ava Rocha (“Mortal à toa”); Russo Passapusso (“Caroço” e “Amor de vidro”, dele e de Anelis e Saulo Duarte); Rodrigo Campos (“Água”) e João Donato (“Escalafobética”).

NX Zero: CD e DVD antes de parar

O grupo NX Zero comemorou em 2017 seus 16 anos de carreira e anunciou que entrará em recesso em 2018. O último lançamento antes dessas “férias”, em que cada um vai se dedicar a projetos pessoais, foi o CD duplo e DVD “Norte Ao Vivo”. Di Ferrero (vocal), Gee Rocha (guitarra), Fi Ricardo (guitarra), Caco Grandino (baixo) e Daniel Weksler (bateria) apresentam 24 músicas em quase duas horas de show. A maior parte do repertório vem do disco de estúdio mais recente, “Norte”— lançado em 2015 e que marca uma mudança na sonoridade do grupo, menos marcada pelo emocore —, com faixas como as roqueiras “Modo Avião” e “Por Amor” e a balada “Maré”.“Razões e Emoções”, sucesso de 2007, é das poucas antigas, assim como “Só Rezo” (2009), outro hit.

Larissa Manoela: ao vivo para multidão

Fenômeno entre adolescentes e pré-adolescentes, a cantora e atriz Larissa Manoela, de 16 anos, coleciona números impressionantes nas redes sociais: tem mais de 12,4 milhões de seguidores no Instagram, quase 3 milhões de seguidores no Facebook e mais de 1,2 milhão de inscritos em seu canal no YouTube. “O apoio dos meus fãs é um dos melhores possíveis, porque sei que, mesmo de longe e não tendo contato pessoalmente, eles estão sempre ao meu lado e me dando toda a força de que preciso”, derrete-se. A cantora teen acaba de lançar seu primeiro DVD, “Up Tour”, gravado no Arraiá do Galinho, em Salvador, quando ela se apresentou para mais de 20 mil pessoas. Entre as 21 faixas, estão “Meu Pacto” e “No Olhar”, da trilha de “Meus 15 Anos — O Filme”, que Larissa estrelou, além de “Boy Chiclete”, “Admirador Secreto” e “Ela Quer Ser Alguém”, que contou com a participação do cantor Daniel.

O tesouro escondido de Antonio Carlos Tatau

Integrante do grupo Êxodus, criado no início dos anos 70 em Juazeiro (BA), terra de João Gilberto, Antonio Carlos Tatau resolveu encerrar precocemente sua carreira musical em 1976. Formado em administração de empresas, seguiu trabalhando em projetos culturais, mas sem tocar ou cantar. Seu lado artístico, no entanto, jamais adormeceu. Agora, aos 61 anos, ele lança o disco “A Lida dos Anos”, seu primeiro trabalho inédito e autoral, recebido com entusiasmo pela crítica. “O bom é que continuei compondo, tocando e procurando melhorar, para, no momento certo, fazer o trabalho bem feito”, afirma. Hoje dividindo-se entre Juazeiro e Salvador, ele conta que pretende levar o show para outros cantos do país e seguir com a carreira musical. “Na verdade, já há algum tempo eu ensaiava essa retomada. De certa forma, o senso crítico estava falando mais alto. O certo é que a hora era essa.” As músicas, como ele diz, “dão uma geral” na sua vida musical. A mais antiga, “Nas Águas de Outro Amor” (parceria com Théa Lúcia), é de 1972. “Canção Para João” (com Euvaldo Macedo Filho e Marcos Roriz) é de 1975. Então vem um salto para os anos 2000, com parcerias com Expedito Almeida (são seis, como “A Lida dos Anos” e “Minha Vida”). A mais recente é “Um Bolero a Mais”, com Ronaldo Bastos.

As andanças de Renato Godá

Onze canções inéditas e uma linha firme que as costura: as vivências de Renato Godá. O cantor e compositor paulistano lança o álbum “Nômade” depois de um período de reflexão que se seguiu ao diagnóstico de autismo do filho menor. “Foi uma época estranha e nova. O disco começou a ser escrito quando eu fiz 45 anos, gravei aos 47. Diria que, na metade da minha vida, vivo uma fase de muitos questionamentos. Inevitável ser autobiográfico”, define. As citações folk, a influência da chanson francesa, o tempero algo jazzístico e as raízes brasileiras permeiam sua obra, dando fé de suas andanças físicas e estéticas. “Hoje tenho endereço, família, mas a maior parte da minha vida não foi assim. Para um compositor no começo de carreira sobreviver, precisa ser nômade. Minhas referências vêm de muitas partes, mas a maior é o que eu sinto e vejo, o que acontece por perto. Esta é, faz tempo, minha maior matéria-prima.”

Maria Rita celebra 15 anos de carreira com álbum novo

No ano em que comemora 15 anos da sua estreia em disco, Maria Rita lança o álbum “Amor e Música”. O samba dá a tônica do álbum, que traz 12 faixas, sendo duas de Arlindo Cruz (“Saudade Louca”, com Acyr Marques e Franco, e “Cara e Coragem”, com o marido Davi Moraes). O sogro Moraes Moreira marca presença como autor da faixa-título, ao lado de Luiz Paiva, e de “Nos Passos da Emoção”, dele com Davi Moraes, Marcelinho Moreira e Fred Camacho. Marcelo Camelo comparece com “Pra Maria”, escrita para a artista. A produção é da própria Maria Rita, com coprodução de Pretinho da Serrinha em cinco faixas. Em julho do ano passado, a cantora chegou a gravar um DVD com parte do novo repertório, mas acabou cancelando o projeto devido a problemas técnicos.