Revista AE 11

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Ano III Nº 11

Set/Out/Nov 2005 www.artestudiorevista.com.br

Imagem Sólida Arquitetura retrata o conceito de segurança da Unicred JP

Polêmica Projeto de Oscar Niemeyer para o Cabo Branco causa controvérsias entre profissionais parairabanos O arquiteto mineiro Sylvio de Podestá critica o “monopólio” na arquitetura Íris Amorim planeja seu próprio apartamento e realiza o sonho do lar ideal Com detalhes simples, mas marcantes, Glauco Brito projeta duplex




Editorial

Liberdade de opinião

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A prática da crítica bem fundamentada deve ser explorada por todo veículo de comunicação. Nesta edição da Artestudio, tomamos como elemento o projeto da Estação Ciência, Cultura e Artes, do renomado arquiteto Oscar Niemeyer, que será executado pela Prefeitura de João Pessoa, na Ponta do Cabo Branco. Entre os profissionais da arquitetura e engenharia, não há quem não tenha uma opinião formada sobre a questão, seja a favor ou contra. Por isso, exploramos esse tema nesta edição, em três seções diferentes: em uma matéria especial, produzida pela repórter Kaylle Vieira, na entrevista com o arquiteto mineiro Sylvio Podestá (um crítico com opiniões polêmicas sobre diversos assuntos) e no Vão Livre, uma seção aberta, opinativa, escrita por um estudante de Arquitetura da Unipê, Arthur Guimarães. Seguindo nosso padrão editorial, trazemos também belos projetos de arquitetos paraibanos ou radicados no Estado, como o da capa da revista. O arquiteto Expedito Arruda criou uma bela imagem arquitetônica para a sede da Unicred João Pessoa, o que pode ser visto e lido em quatro páginas de reportagem. Nesta edição, você encontrará ainda projetos de Íris Galvão Amorim e de Glauco Brito, além de reportagens sobre o sonho da casa inteligente (que pode não estar tão distante quanto parece), sobre o Museu de Artes Assis Chateaubriand de Campina Grande, sobre o uso criativo e infindável do plástico, além da matéria internacional, produzida pela jornalista e curadora de arte, Tereza Arruda, que desta vez, trouxe uma verdadeira homenagem à artista plástica paraibana, Marlene Almeida. Quanto à programação visual, a partir deste número, a Artestudio está mais clean, com uma diagramação mais leve e arejada, seguindo a sugestão de leitores e colaboradores. Como a sua opinião de leitor é muito importante para nós, agradecemos as suas sugestões e críticas enviadas à editoria. Sylvio Podestá, na entrevista desta edição, disse que "no Brasil, a palavra crítica tem tom pejorativo", mas aqui na Artestudio ela tem caráter construtivo, tem sido muito bem vinda e também será praticada em nossas reportagens. Então, tenha uma boa leitura e expresse sua opinião!

Sumário capa Projeto arquitetônico de Expedito Arruda, com ambientação de Dayse Cunha, reforça a imagem de instituição sólida da Unicred JP

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entrevista O polêmico arquiteto mineiro, Sylvio de Podestá, critica a globalização da arquitetura e o seu “monopólio”

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Há mais de quinze anos a artista plástica paraibana Marlene Almeida dialoga com as artes de outros países

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A casa inteligente já é uma realidade. Comodidade, segurança e sofisticação são as palavras chaves deste novo estilo

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Projeto de Oscar Niemeyer em JP, está travando várias discussões entre os profisisonais da área de arquitetura e construção civil

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Obras de artistas consagrados, como Portinari, Di Cavalcanti e Antônio Dias podem ser conferidas no MAAC de Campina Grande

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Conheça vantagens de produtos que têm como matéria-prima o plástico. Versátil, ele pode ser encontrado em todos espaços da casa

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internacional

especial

reportagem

arte

Luciana Oliveira e Márcia Barreiros

materiais

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Entrevista

“Não sou gênio, tenho que batalhar”

Sylvio de Podestá Divulgação

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Polêmico é um dos adjetivos mais pertinentes ao arquiteto Sylvio de Podestá, quando se inicia uma conversa ou se ouve uma de suas palestras. Em passagem por João Pessoa, em meados de agosto, o arquiteto não poupou críticas ao projeto da Estação Ciência, Cultura e Artes, de Oscar Niemeyer. Aliás, a crítica sobre esse “monopólio” na arquitetura é uma das controvérsias de caráter nacional inaugurada por Podestá. Nesta entrevista, concedida à jornalista Luciana Oliveira, além do polêmico projeto, ele falou sobre o papel do arquiteto, a globalização da arquitetura, a proliferação de faculdades de arquitetura e da carência de críticas nas publicações especializadas. “Aqui no Brasil, a palavra crítica é pejorativa, é como uma ofensa pessoal”, disparou. Podestá nasceu em Rio Verde (GO) e formouse em Arquitetura pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 1983. É professor da UFMG, autor de diversos livros, consultor e tem escritório próprio de arquitetura desde 1974.

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arquiteto AE: O senhor criticou o governo de Minas Gerais por ter convidado o arquiteto Oscar Niemeyer para desenvolver o projeto do Centro Administrativo estadual, sem realizar um concurso entre profissionais. Aqui em João Pessoa também teremos um projeto de Niemeyer, a convite da Prefeitura. Qual a sua opinião? Podestá: Não posso discutir a competência do Niemeyer, não tenho nenhuma crítica ao trabalho dele, ele é muito bom. Mas essa história do “monopólio” na arquitetura, incomoda. O projeto de João Pessoa parece muito com o de Belo Horizonte, com o de Goiânia, com o de Uberlândia. Parece que toda cidade, agora, está arrumando um jeito de ter um projeto do Niemeyer, antes que ele morra. E, às vezes, esse alto custo pode ser à revelia da necessidade. Se uma cidade precisa apenas de um arquiteto para incrementar seu turismo, então só precisa também de um artista, de um político... Essas prefeituras poderiam promover um concurso nacional e o Niemeyer podia participar como


jurado. Sem isso, cria aquela idéia, entre a meninada, de que basta ser gênio para sair carimbando projetos pelo país. E todos nós sabemos que não existe esta áurea.

AE: Como o senhor define o seu trabalho? Podestá: Eu, por exemplo, não sou gênio. Tenho que batalhar muito. Além disso, não tento fazer sempre o mesmo trabalho e apenas adaptá-lo a cada cidade. Não gosto da arquitetura de autor, pois cada local, cada cliente é completamente diferente do outro. AE: O senhor não acha, então, que o arquiteto deva ter um estilo próprio, que o identifique com seus projetos? Podestá: Eu não tenho nenhum estilo para ser definido. Isso é uma forçação de barra. Cada projeto tem que traduzir sua cultura, que é diferente em cada cidade. AE: Como o senhor define o trabalho do arquiteto? Podestá: O arquiteto é o gerente geral dos objetos arquitetônicos e urbanos. É ele quem cuida de todo o processo, desde a invenção e criatividade, até a técnica. Por isso, não basta ser apenas gênio, é preciso dominar bem esse processo de criação e produção. O arquiteto, portanto, não faz apenas um projeto, mas todo um planejamento. AE: Nos anos 80, o senhor fazia parte do “núcleo duro do pós-modernismo caipira”. O que foi esse movimento? Podestá: Eu e outros arquitetos de Minas Gerais começamos a achar que a arquitetura estava ficando com a mesma cara, globalizada e começamos uma ruptura disso. Havia uma internacionalização dos conceitos e começamos a fazer um barulho para que isso se modificasse. A informação deve ser globalizada, mas o planejamento deve ser regional. Os desenhos, as cores devem ter a ver com o lugar do projeto. O arquiteto devia começar a descer do seu banquinho de autoridade máxima e conversar mais com seu cliente e fazer com que esse cliente retruque, para que se possa ampliar a discussão.

AE: E, hoje em dia, ainda há essa arquitetura globalizada? Podestá: Depois desse movimento, que aconteceu não apenas em Minas Gerais, mas foi mundial, a poeira baixou. Agora, há muita liberdade e o processo criativo e inventivo ou está tolhido ou sem ponto de apoio. Agora, deu-se um tiro para o outro lado. Há uma retomada de princípios, mas sem os elementos e os valores pertinentes a esses princípios. Isso é preocupante, porque causa uma alienação. Há apenas a procura do belo passageiro e não do permanente. AE: O senhor acha que está havendo uma proliferação de faculdade de arquitetura no Brasil? Elas têm formado bons profissionais? Podestá: O excesso de ofertas de faculdades vem da necessidade. As escolas privadas estão vindo substituir o que as federais não faziam pelos jovens. Hoje, há milhões de pessoas se formando a cada ano. Mas, em uma visão geral, existe um problema: com esse crescimento rápido houve uma formação precoce de mestres e doutores, sem experiência. Com isso, houve uma cisão entre a parte teórica e a prática, o que não deveria acontecer. Essas novas escolas, que têm um alto custo, optam pela formação média de profissionais. Portanto, estão formados arquitetos médios e pouquíssimos vão querer reinventar a arquitetura. AE: O senhor já disse, anteriormente, que “em arquitetura, quando criticamos um projeto, parece que criticamos a pessoa”. Por que isso acontece? Como há poucas Podestá: publicações direcionadas à arquitetura, não há a prática da crítica. Aí, quando há a crítica, o profissional toma aquilo como pessoal. No Brasil, a palavra crítica é pejorativa.

“O arquiteto devia descer do banquinho de autoridade máxima e conversar mais com seu cliente, fazer com que ele retruque e amplie a discussão”

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Interiores

Decoração personalizada

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É difícil encontrar alguém que não tenha o sonho de ter uma casa muito bem decorada e totalmente planejada de acordo com a sua necessidade. Quem tem esse desejo sabe que o corre-corre da vida, o trabalho, a família, muitas vezes colocam esse sonho em segundo plano. Com os arquitetos não é diferente. Ocupados em realizar a vontade dos seus clientes, eles acabam deixando o projeto da casa ideal um pouco de lado. Foi exatamente o que aconteceu com a arquiteta Íris

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Galvão Amorim. Ela trabalha na área há quase 22 anos, mas só agora conseguiu montar o apartamento dos seus sonhos. "Estou casada há 25 anos, mas apenas agora foi possível realmente realizar um projeto que ficasse a minha cara. O resultado está excelente. Foram três anos de trabalho, o apartamento ainda estava na construção. Está tudo como eu queria", destacou a arquiteta. Ela explicou que procurou deixar todas as partes fixas parede, piso e teto - na cor branca. Com exceção apenas de

uma parede em dois banheiros. Um ganhou pastilhas na cor azul, e o outro na cor laranja. Os banheiros tiveram mais destaque com o uso das cerâmicas branco-fosco 30cm x 60cm da Por tobello, que segundo Íris proporcionaram o efeito desejado para o ambiente. "Materiais de excelente qualidade são indispensáveis. É muito importante escolher o produto certo e a marca certa", destacou. No banheiro do casal, o material foi o mesmo, apenas nas paredes, como detalhe, ela


utilizou pastilhas na cor preta. Já nos quartos ela optou por um piso em madeira e na sala, um piso branco. Outro destaque da casa é o bar que ela projetou para o marido. Íris disse que a idéia foi criar um espaço muito prático, que ficasse acessível à área social do apartamento. "Temos um ambiente climatizado e dinâmico para receber as nossas visitas", disse a arquiteta. Íris Galvão explicou que o apar tamento está mesclado com objetos modernos e móveis e artigos antigos. "Acredito que a casa tem que ter a cara do dono. Já passou a fase da casa parecer uma vitrine de uma loja", destacou. Ela disse que tem móveis que foram dos seus avós, dos pais e do início do casamento. "Temos uma história, é interessante permitir que isso esteja presente. A casa também conta um pouco da nossa vida", ressaltou a arquiteta.

Arquiteta

Íris Galvão Amorim Projeto: Apartamento da arquiteta Revestimentos: Portobello Local: João Pessoa - PB

No hall de entrada (à esquerda), Íris usou um efeito de iluminação, dando ao ambiente um ar futurista e criando uma expectativa do que está por vir no interior do apartamento. À direita, o bar climatizado faz um convite ao bate-papo.




Internacional

Terra à vista Marlene Almeida e suas conquistas territoriais

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Há mais de quinze anos Marlene Almeida vem ampliando intensamente o diálogo artístico internacional. Como anfitriã nata, Marlene acolheu diversos projetos internacionais e artistas de renome nacional no Centro de Artes Visuais Tambiá, organização sem fins lucrativos idealizada e coordenada pela artista, a qual estimulou a produção local por vários anos. Paralelo a este contexto local, houve a fomentação de uma impor tante projeção internacional para sua obra, a qual em partes mesmo de caráter efêmero demarcou novos territórios. Divulgação

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O laço cultural com a Alemanha foi retomado desde o período de reunificação do País. Em 1991, João Pessoa acolheu um dos mais importantes intercâmbios artísticos entre o Brasil e Alemanha unindo artistas de ambos países em um workshop no recém inaugurado Espaço Cultural. A partir daí o espírito desta experiência coletiva contagiou vários participantes a fim de aprofundarem esta experiência. Marlene Almeida está, porém, predestinada a cultivar o relacionamento com este País desde seu nascimento, pois segundo a artista, seu nome é uma homenagem à importante cantora alemã Marlene Dietrich, ícone de uma geração em transformação pelos fatores políticos e sociais. O primeiro projeto em que Marlene participou foi o workshop Mnemosyne em Dresden no ano de 1995, apresentando no Lennépark um conjunto de objetos efêmeros de tecido, preenchidos com terra local. Apesar do caráter temporário da obra, esta primeira exposição de Marlene Almeida na Alemanha criou laços intensos, e desde então a artista expõe, coordena workshops e dá palestras quase que anualmente em diversas cidades como Berlim, Barsikow, Potsdam, Lietzen e Hanover entre outras. Sua fascinação, apego e zelo pela Terra – tanto pelo material orgânico como pelo planeta – são transpostos visivelmente em sua obra. O crítico alemão Sebastian Pfotenhauer publicou em uma matéria no jornal berlinense Berliner Morgenpost no ano de 2000 por ocasião da apresentação da série “Passatempo” no Instituto Cultural Brasileiro de Berlim: “ Uma força estética sutil domina a obra da artista brasileira. Sua obra se apresenta ordenada, porém impenetrável. Como em uma pintura a artista predispõe os tubos de tecido em camadas. Estes parecem que estão a se desprender do muro ou penetrar na parede, eles ameaçam terminar no nada. Esta perspectiva parece distante, quase infinita. O olhar percorre os objetos, da mesma forma como a História tem seu percurso diante dos olhos da Humanidade”.


Sua linguagem artística é internacional. Sua obra assume o caráter nômade. Parcerias alemãs levaram sua obra para contextos ainda mais distantes e exóticos para nós brasileiros como Oslo na Noruega, estação do projeto itinerante Quatérnio, o qual pôde ser visto em João Pessoa, Oslo e Berlim nos anos de 2002 a 2004. Cuba, último reduto socialista, abrigou várias vezes a obra de Marlene Almeida. O Centro Wifredo Lam, sede da Bienal de Havana, também expôs a série “Passatempo” em seu histórico prédio colonial. Neste contexto esta obra teve destaque por reforçar uma realidade local em que o fator tempo é imensurável, a terra é limitada e a fantasia é infinita. O impulso artístico de Marlene Almeida também desconhece limites. No momento ela está elaborando projetos a serem apresentados nos próximos meses tanto no Nordeste, como em São Paulo, onde também cultiva público fiel, além de devaneios transatlânticos. Uma intensa programação cultural está em pauta no ano de 2006 na Alemanha por ocasião da Copa do Mundo. Tereza de Arruda Jornalista e Curadora de Arte

Imagens da Instalação Passatempo, no Instituto Cultural Brasileiro, em Berlim


Especial

O O sonho sonho

da casa inteligente Quem pensa que ter uma casa inteligente é um sonho muito distante está enganado. Hoje em dia o conforto, a segurança e a tranqüilidade proporcionados pelos avanços tecnológicos da automação residencial podem fazer parte da vida de qualquer pessoa. É claro que quanto mais a casa for inteligente, serão necessários mais recursos. Mas quem preferir adaptar-se à nova tendência mundial pode começar aos poucos para não estourar o orçamento. De acordo com o sócio da Renatec Indústria e Comércio Ltda, empresa que presta serviço na área de informática e automação, Renato Eduardo

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Miguel, os arquitetos e engenheiros dispõem de sistemas que vão desde o controle de iluminação até tecnologia multimídia voltada para o entretenimento. E não pense que esse controle só pode ser feito quando se está em casa. Atualmente, é possível, por exemplo, acender ou apagar uma luz através do celular ou uma página web. Renato explicou que a internet e a tecnologia wap de celular permitem que o morador monitore - apertando um botão - todos os sistemas de automação instalados na sua casa, acendendo lâmpadas, ativando um simulador de presença, ligando o alarme e a cerca elétrica, verificando a temperatura em cada ambiente e consultando os possíveis alertas dos sistemas. A arquiteta Grace Galvão Ribeiro, que fez o Master en Tecnologias Avanzadas en Construcción Arquitectônicas, pela Universidad Politécnica de Madrid, disse que a automação no âmbito residencial trouxe

para as residências alguns conceitos já conhecidos em outros setores e introduziu outros como o confor to, a comodidade e a conveniência. "A automação pode ser parcial, de acordo com as necessidades e o orçamento do cliente e pode ser implementada a qualquer tempo, sendo necessário adaptar a construção, quando já existente, à nova tecnologia" acrescentou. Para se montar uma casa inteligente, são necessárias modernas técnicas da construção civil e sistemas de automação conectados a centrais computadorizadas. Apesar dos avanços na área, o assunto ainda é novo em todo país. Por isso, segundo Renato Miguel, a maioria dos fabricantes e fornecedores são estrangeiros. O que acaba encarecendo os projetos, já que os produtos são importados. Mas quem trabalha na área garante que a automação residencial pode, sim, trazer economia para o bolso. Um sistema de acendimento automático por presença com o uso de sensores de infravermelho passivo contribui, sem dúvidas, para a redução na conta de energia. Outra boa alternativa para quem quer economizar é o


Divulgação

sistema de irrigação de jardins, que faz o trabalho no horário programado e ainda conta com um sensor de umidade, que verifica quando o solo está úmido, desligando o sistema automaticamente. Além de ajudar nas despesas domésticas, a automação residencial está sendo muito procurada quando o assunto é segurança. Com um sistema que utiliza sensores infravermelhos passivos em portas e janelas, é possível verificar se existe alguma invasão na residência. Para complementar a segurança, há ainda os sensores de arrombamento de vidros e as barreiras infravermelhas em muros. Tanto o morador quanto uma empresa que presta serviço de segurança podem ser acionados.

Renato destacou que para se montar uma casa inteligente é necessário um trabalho em equipe com arquitetos, engenheiros e profissionais capacitados nas áreas de elétrica, eletrônica, informática e automação. Entre os sistemas de automação mais conhecidos hoje em dia estão: controle de iluminação, climático e de acesso, sistema de segurança, de irrigação de jardins, monitoração de sistemas críticos como fornecimento de água e energia, acesso remoto a casa por celular ou internet, sistema multimídia digital, que permite assistir vídeos, escutar músicas (inclui MP3) e ver o álbum de fotos digitais.




Especial

A polêmica de Niemeyer

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Toda grande obra gera polêmica e discussão. Com a Estação Ciência, Cultura e Artes, obra da Prefeitura de João Pessoa, projetada pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer, não poderia ser diferente. Desde o lançamento do projeto, em agosto, muitos profissionais questionam o fato do governo municipal não ter realizado um concurso internacional para a escolha do projeto arquitetônico da Estação. Paralelo a isso, há também muitas críticas em relação à estrutura da obra em virtude do local em que ela será edificada. A Estação Ciência, Cultura e Artes será construída na área superior do Altiplano Cabo Branco e vai ocupar o núcleo da Zona Especial de Preservação - Parque do Cabo Branco. O equipamento é composto por cinco edificações e ocupa uma área de mais de 5 mil metros quadrados. O prédio principal é composto por três pavimentos e cercado por um espelho d'água. Nesta área, estão concentrados o setor de exposições, administrativo e um terraço panorâmico com visão de 360 graus.

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De acordo com a chefe de gabinete da Secretaria de Planejamento do município, Wylnna Vidal, o local escolhido para a construção da obra - onde atualmente está localizada uma pista de motocross - vai permitir que a população da cidade e os turistas tenham a oportunidade de ter um novo ponto de vista da cidade. Ela disse que toda a área vai passar por uma análise de impacto ambiental e será preparada para receber o projeto, que conta ainda com um auditório com capacidade para 518 pessoas, um anfiteatro que acomoda 300 pessoas e estacionamento. Ela destacou que a Prefeitura optou pelo projeto de Niemeyer por entender que ter uma obra de um dos melhores arquitetos do Brasil na cidade vai contribuir para que a Paraíba tenha visibilidade em nível mundial. "Nenhuma cidade do Nordeste tem uma construção projetada por Oscar Niemeyer. Nós seremos a primeira. E talvez tenhamos a última obra dele, já que tem 97 anos. Vamos fazer concurso com arquitetos sim, não irão faltar oportunidades", frisou Wylnna.


Quase na contramão deste argumento está a maioria dos arquitetos. Eles acreditam que a Estação Ciência, Cultura e Artes pode ser, sim, um marco na arquitetura da Paraíba e ter uma projeção mundial. Mas para eles, a realização de um concurso em nível mundial é que iria contribuir para o estado alcançar esse status. O presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil na Paraíba (IAB-PB), Fábio Galiza, disse que a categoria não gostou do procedimento adotado pelo governo municipal e que seria mais interessante que se tivesse planejado um concurso mundial. "Não estamos questionando os méritos de Niemeyer, mas acreditamos que a cidade poderia ganhar muito mais com a realização de uma seleção. Temos profissionais tão capacitados quanto ele (Niemeyer) no mundo. Seria uma boa oportunidade para João Pessoa ter uma visibilidade internacional", afirmou. Ele destacou também a preocupação em relação ao local da construção da obra. "O traço de Niemeyer é o concreto, uma estrutura muito pesada. É preciso lembrar que a Estação será construída na área da barreira do Cabo Branco, um local já castigado pela erosão e pelo desmatamento", acrescentou. Já o presidente do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon), Stelo Queiroga,

disse que a área escolhida para a construção do projeto é fantástica. "Vejo a proposta de uma maneira muito positiva e que será de muito sucesso. Acho interessante destacar que é preciso implementar o projeto de uma maneira que a manutenção não fique muito alta. Como é um equipamento público, a obra será mantida por outros governos", ressaltou . A polêmica continua e, como disse Fábio Galiza, a discussão é tardia. De acordo com Wylnna, é possível que até o final do ano, a obra seja licitada. Por enquanto a proposta está sendo desenvolvida em nível de anteprojeto, além da análise do solo. Por isso ainda não é possível definir a data de início das obras.

Divulgação


Complexo Arquitetônico - Torre/mirante: com três pavimentos superiores e cercada por um espelho d'água, vai dispor de salas áudio-visuais, área para exposições permanentes e temporárias, restaurante e terraço panorâmico. -Auditório: capacidade para 518 pessoas e três salas de apoio para convenções, com acessos independentes. -Anfiteatro: em espaço aber to, pode acomodar 300 pessoas. -Loja e lanchonete: espaço de apoio aos visitantes, com loja de souvenir e lanches. -Serviços gerais: bloco na parte posterior do terreno, que serve de apoio à administração e manutenção do lugar. -Estacionamento

Arquiteto

Oscar Niemeyer Notas Técnicas Projeto: Estação Ciência,

Área construída: 5 mil metros quadrados Valor estimado: R$ 12 milhões Órgão financiador: Ministério da Ciência e Tecnologia

Cultura e Artes Local: Bosque dos Sonhos Altiplano Cabo Branco João Pessoa - PB

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Estação Ciência, Cultura & Artes 22

Anfiteatro

Interior da Torre





Projeto Capa

Racionalidade estrutural Arquitetura imponente e racional reforça a imagem de instituição sólida da sede da Unicred

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Limpeza plástica, com traços simples, de fácil leitura. Seguindo essa linha, o arquiteto Expedito Arruda planejou a primeira sede própria da UNICRED, uma instituição financeira formada por cooperados, localizada no bairro da Torre, em João Pessoa. O resultado foi uma edificação moderna, funcional e imponente, que atendeu às condições pré-estabelecidas pela instituição. Para Expedito Arruda, o elemento fundamental e definitivo em seu projeto foi a idéia de se fazer o primeiro nível do prédio um metro acima do meio-fio, com um pé-direito duplo. Outro ponto importante foi fazer com que o primeiro andar avançasse sobre o térreo, dando a impressão que o plano superior “balança” sobre o inferior. “Esse avanço do primeiro andar sobre o térreo, com o uso de colunas, é um recurso utilizado desde os gregos. Depois foi muito usado na arquitetura modernista, dando um ar de imponência às edificações”, ressaltou Expedito Arruda.

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Arquitetura garante a segurança Como se trata de uma cooperativa de crédito, que oferece produtos e ser viços financeiros, a exemplo de financiamentos, empréstimos, cheque especial e cartão de crédito para profissionais da área de saúde, era de fundamental impor tância a questão da segurança. “Além da estética, o projeto tem que ter características de instituição financeira, ou seja, primar pela segurança”, completa Arruda. Dessa forma, o arquiteto planejou os acessos ao prédio, as portas de segurança, o sistema eletrônico, a exposição de caixas, a circulação de pessoas, além da localização especial do sistema de guarda-valores. “Procuramos também projetar uma instituição moderna, para poder atender de forma prática e confortável os quase três mil cooperados”, acrescenta o arquiteto. Dessa forma, funciona no pavimento inferior a agência propriamente dita disponibilizando atendimento aos cooperados, com doze pontos de serviços de caixas, e no superior é onde está abrigado todo o processo administrativo da cooperativa.

Transparência na fachada Paradoxalmente à imagem de segurança da instituição, a fachada foi erguida utilizando-se como elemento principal o vidro, salientando a transparência. “Realmente é um paradoxo, mas que reforça a idéia que o exposto demais inibe”, afirma Arruda. Também compondo a fachada estão as vigas metálicas que dão estruturação aos “brise-soleil” (mecanismos de fibra de vidro que reduzem os raios solares sobre a cortina de vidro). Segundo Expedito Arruda, o material utilizado na edificação foi o mais simples possível, encontrado no mercado. Até os “brises” foram produzidos em João Pessoa, sendo desenhados e projetado seu mecanismo de funcionamento pelo próprio arquiteto.


Na sala de reuniões foram criados detalhes no gesso, não apenas para iluminar iluminar,, mas para criar efeitos

A impor tância da iluminação importância O projeto de iluminação dos ambientes foi de extrema importância para a valorização do projeto da edificação. Em cada área de trabalho diferenciada foi explorada uma iluminação específica. “No geral, utilizamos uma iluminação de baixo consumo, objetivando economia e um certo conforto visual”, explica Dayse Cunha. Para isso, foram usadas luminárias com alto nível de reflexão que aceitassem as lâmpadas fluorescentes Confort White e reatores que eliminam o efeito de cintilação que incomodam as pessoas. “Mas em alguns locais, como por exemplo na sala de reuniões, buscamos criar efeitos e não apenas iluminar”, acrescenta a arquiteta. Para esses efeitos, foram criados detalhes no gesso, em determinados pontos do teto, com diversas lâmpadas Halostar e Halospot. Na sala da presidência também foi explorada a iluminação de efeito, que preservasse a cor natural dos objetos e da textura utilizada nas paredes, utilizando lâmpadas que possuíssem um índice de reprodução de cor de 100%, deixando o ambiente mais aconchegante. 28

Já no térreo, onde é feito o atendimento ao cooperado, o objetivo foi iluminar o máximo possível com uma iluminação uniforme. Nesse local também foram utilizados pendentes, por se tratar de uma área com pé direito duplo, e para valorizar a arquitetura da edificação.


Ambientação: designs elaborados A ambientação do prédio também seguiu as características da arquitetura: moderna, racional e arrojada. “A própria função da UNICRED pede uma ambientação mais elaborada, para que se identifique a idéia de uma instituição sólida, que causa uma boa impressão”, destacou a arquiteta Dayse Cunha, responsável pelo projeto de ambientação e iluminação. Ela ressaltou que nas salas da presidência, de reuniões e dos diretores, o design dos móveis foi mais elaborado, mais detalhado e desenhados pela própria arquiteta. “Com isso,

pudemos diferenciar cada ambiente”, completou. Já a área da administração e do marketing foi instalada em um grande vão livre, com divisórias baixas, formando ilhas de trabalho. “Adotamos um conceito novo de escritório, onde se ganha espaço e se aumenta a produtividade”, disse Dayse Cunha. Além das áreas de atendimento personalizado, o cooperado UNICRED ainda conta com uma sala específica para pequenas reuniões, acesso à internet e exposição de produtos e serviços. É a Sala do Cooperado, um ambiente requintado e dotado de pleno conforto.

Na área administrativa foram instaladas ilhas de trabalho, com divisórias baixas

Arquitetos

Expedito Arruda (arquitetura) Dayse Cunha (ambientação)

Projeto: UNICRED JP Iluminação: Empório da Luz Equipamentos: Carolino Iluminação e TYG Lâmpadas: Osram do Brasil

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Arte

O valor de um acervo Um dos museus mais importantes de todo o país está localizado bem perto de todos nós, em Campina Grande. Criado há mais de 40 anos, o Museu de Ar tes Assis Chateaubriand de Campina Grande (MAAC) é um monumento que retrata a arquitetura moderna, já que possui forma circular e uma mistura de madeira e vidro. De acordo com o coordenador de Arte e Cultura do MAAC, José Pereira Silva, atualmente o museu dispõe de 566 obras, muitas de artistas plásticos conhecidos mundialmente, como Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Pedro Américo, Anita Malfatti, Ismael Nery e Antônio Dias. O MAAC tem um valor histórico importantíssimo para o país porque foi construído em um período de efervescência cultural, durante o projeto nacional de criação de museus, que tinha como mentor o paraibano Assis Chateaubriand. O acervo inicial do museu foi doado por Chateaubriand. Hoje ele conta com obras de arte variadas, como desenhos, pinturas, esculturas, gravuras, "assemblage", colagens e outras manifestações.

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Além da Coleção Assis Chateaubriand, que conta com cerca de 120 obras, o MAAC adquiriu obras que comunicam a cena da modernidade das artes visuais na Paraíba e produções de ar tistas de outras regiões do país e do exterior. A galeria do MAAC está passando por uma série de reformas e até novembro deve ser reaberta ao público. Pereira explicou que as instalações estavam apresentando algumas infiltrações e por isso o acer vo não está exposto. "Temos obras valiosíssimas. Seria um risco continuar com a exposição durante a reforma", destacou o professor. A Galeria de Arte do MAAC está instalada no prédio da reitoria da UEPB. José Pereira disse que após a reforma, o público vai poder conhecer obras que vão desde o academismo neoclássico brasileiro ao processo modernizador. Os visitantes poderão conferir ainda exemplares que passam pelo abstracionismo e pela neovanguarda da década de 60, além de obras de importantes artistas da arte primitiva. Divulgação

À esquerda e acima, A dançarina de Di Cavalcanti, abaixo, O perna de pau e sua senhora de Portinari e, à direita, Homem destruindo foguete foguete, de Antônio Dias



Interiores

Simples detalhes Usando mobiliário e objetos de decoração contemporâneos, aliados a materiais nobres (aço inox, vidro e couro) e cores alegres, o arquiteto Glauco Brito, projetou e encantou os proprietários de uma cobertura duplex no bairro de Manaíra, em João Pessoa. Como o apartamento pertence a um casal jovem, em comum acordo, cliente e arquiteto optaram por uma decoração que fugisse do convencional e seguisse a identidade dos proprietários. O resultado agrada aos olhos. "Para chegar a esse resultado, tivemos uma interação muito grande entre profissional e cliente, além de termos feito sempre a escolha certa dos materiais", explica Glauco Brito. "No gesso, no piso e na decoração em geral, buscamos a riqueza de detalhes, mas tudo com simplicidade e sem exageros. Optamos por linhas retas e desenhos simples", completa Glauco. Um dos elementos que chama a atenção do projeto é o uso do porcelanato Portinari por

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todo os 250 m2 do duplex. No apartamento foi utilizado no piso o porcelanato natural e o polido Marmi-Crema da linha Pietra Portinari. Já na área da piscina, foi o porcelanato rústico, sendo todos em tons de beje. "No revestimento das paredes da cozinha e dos banheiros também usamos a cerâmica White Plain Lux Portinari”, completa Glauco. Todos os detalhes dos revestimentos da cerâmica (cozinha, área de ser viço e banheiros) ficaram por conta da linha Micro Lux e Matte, na cor laranja. "Essa mesma cor foi usada em determinados móveis - para fazer contraste com os tons de terra predominante na ambientação - , além de estar presente em alguns detalhes e pinturas de outros cômodos da casa, como a parede da escada, por exemplo", diz o arquiteto. "O casal optou por ter um espaço diferenciado e conseguiu, não apenas pelo trabalho do arquiteto, mas por seu bom gosto e exigência em ter um lar que se identificasse com eles próprios", completa Glauco.

Arquiteto

Glauco Brito Projeto: Apartamento Revestimentos: Portinari Cubas e Louças: O Vergalhão Local: João Pessoa - PB



Materiais

Plástico, uma alternativa criativa

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Talvez ninguém repare muito, mas vivemos cercados de materiais plásticos. É só dar uma olhada ao nosso redor que é possível perceber a infinidade de utensílios, eletrodomésticos, luminárias, sofás, tapetes, portas e móveis que têm como matéria-prima o plástico. E não é à toa que ele vem conquistando cada vez mais espaço no nosso dia-a-dia. Ele é um material leve, impermeável, reciclável, resistente e durável. Essas são apenas algumas das vantagens do produto. Na arquitetura e decoração, há inúmeras possibilidades. O plástico é um material que permite que os profissionais abusem bastante da criatividade, já que é um produto versátil, que pode ser encontrado de forma rígida ou flexível, transparente, translúcido, opaco e com coloração. Por isso que atualmente ele está conquistando cada vez mais espaços nobres e sendo utilizado em cobertas, esquadrias, divisórias, tapedes, revestimentos, pisos, forros, papéis de parede, decks, lambris, entre outros materiais usados na construção e na decoração. O plástico é um derivado de resinas do petróleo e faz parte do grupo dos polímeros, moléculas muito

Divulgação

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grandes, com características especiais e variadas. Ele é dividido em dois grupos: os termoplásticos, que são aqueles que amolecem ao serem aquecidos, podem ser moldados e quando resfriados ficam sólidos e tomam uma nova forma, cerca de 80% dos plásticos têm essa característica; e os termorígidos ou termofixos, que não derretem e não são moldados, mas quando são pulverizados podem ser aproveitados como carga ou incinerados para recuperação de energia. O tipo de plástico mais utilizado na arquitetura, na construção civil e na decoração é o PVC (Policloreto de Vinila), que é o único material plástico que não é 100% originário do petróleo. O PVC é utilizado em frascos de água mineral, tubos e conexões, calçadas, e n c a pamentos de cabos elétricos, equipamentos médicocirúrgicos, esquadrias e revestimentos. Outra variedade bastante comum é o PP (Polipropileno), que é matériaprima para fibras e fios têxteis e utilidades domésticas.


Aplicações do PVC Por tas e guar nições guarnições Alta resistência mecânica, variedade de modelos e segurança. Facilidade e rapidez na instalação. Apresentam excelente isolamento térmico e acústico. Venezianas enezianas,, persianas e brises - Favorecem a ventilação e a iluminação dos ambientes. Contribuem significativamente para a economia de energia. Perfis e forros - Ideais para instalações aparentes, dispensa a necessidade de quebrar paredes nas instalações elétricas e hidráulicas da edificação. Laminados - Material que combina beleza e durabilidade. Ideal para revestimentos em

geral, como móveis, estofados, papel de parede, etc Telhas - Aumentam a iluminação natural. Utilizados em residências, estabelecimentos comerciais e industriais.Resistentes à ação do fogo. Pisos - Alta resistência, higiênicos, anti-derrapantes, cores e desenhos variados, facilidade na instalação e limpeza. Reduzem a proliferação de bactérias. Divisórias internas Maior flexibilidade na divisão dos ambientes. Rápida instalação e fácil limpeza. Não necessitam pinturas. Manutenção zero. Conforto térmico e acústico do ambiente, economizando energia.


Painel

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A inauguração do showroom Potinari em O Vergalhão foi bastante prestigiada por arquitetos, engenheiros, decoradores e empresários. O coquetel aconteceu na sala climatizada onde o especificador será atendido por profissionais treinados para indicar os melhores produtos, prestar os serviços de medição na obra, levantamento de quantitativos, paginação, indicação de assentadores especializados, buscando o melhor atendimento. O especificador poderá agendar visitas no showroom, utilizar o computador para abrir os seus arquivos, internet e a mesa de paginações. Os profissionais usaram a sua criatividade e os produtos disponíveis para montar a solução ideal para o seu cliente.

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01. Claudia Trombetta e Juliana Medeiros 02. Silvia Muniz, Ernani Henrique, Claudia Trombetta, Gilmar Cavalcanti, Andrelis Cavalcanti e Fábio Galisa 03. Juliana Medeiros, Teresa Mércia e Ednaldo Diniz 04. Débora Julinda e Giovanni Alencar 05. Irenaldo Quintans, José William, Emerson Viana e Claudia Trombetta

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06. André Pinheiro, Henrique Santiago, Cláudia Trombetta, Juliana Medreiros e Glauco Brito 07. Lúcia Nepomuceno e Yana Jerônimo 08. Alain Moszkowicz e Cristina Evelise

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09. Paulo Macedo e Raul Gomes 10. Giovana Formiga e Yuri Gadelha

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Veja mais fotos da festa (www.artestudiorevista.com.br)

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11. Juliana Medeiros, Márcia Barreiros, Ednaldo Diniz e Daniele Diniz 12. Rogério Nóbrega, Expedito Arruda, Amaro Muniz e Ricardo Benevides 13. Germana Terceiro Neto, Cláudia Tombetta e Pedrita

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14. Grace Galvão, Gilma Fernandes, Paulo Peregrino, Silvana Chaves e Carmem Lúcia 15. Jussara Chianca e Adriana Leal 16. Marluce Costa e Percival Brito 17. Annelise Lacerda,Fabíola Yogi e Pedrita 18. Juliana Medeiros e Jussara Maia 19. Jonas Lourenço recebendo um dos prêmios do sorteio

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Painel A Marel, uma das mais respeitadas lojas de móveis planejados do país foi inaugurada em espaço nobre em João Pessoa, na avenida Édson Ramalho. A iniciativa dos jovens empresários Danilo e Daniel Carvalho foi marcada por um coquetel para arquitetos, engenheiros, decoradores e empresários. A Marel tem origem no Paraná e o presidente do grupo, Ilson Behne, veio à capital paraibana prestigiar os novos parceiros.

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01. Flaviana Santos e Daniel Carvalho 02. Flaviana Santos, Daniel Carvalho Leite, Maria Alves, Damião Leite e Ilson Behne 03. Damião Leite, Abelardo Jurema, Daniel Carvalho Leite e Ilson Behne 04. Equipe Marel Manaíra – Josane Amaral, Isabela Karla, Roseneide Silva, Luciana Henrique e Giovana Formiga 05. Gilma Fernandes, Márcia Barreiros e Fabrício Oliveira 06. Equipe Marel Miramar – Artemys Vivian, Rosa Sorrentino, Vilma Brasileiro, Thália Karenina e Milane Medeiros 07. Ana Fernanda Cunha, Elizabeth Brito, Daniela Camboim e Camila Dias 08. Débora Pires, Ana Helena e Ângela Diniz 09. Delano e Paulo Macedo 10. Hazael Melo e Cristiana Dantas 11. Roseneide Silva e Hudson França Leite 12. Luciano Maia, Débora Julinda, Daniel Carvalho e Alain Moskowicz 13. Fábio Brito e Roseneide Silva 14. Kathiana Guimarães e Ângela Dantas

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15. Daniel Carvalho Leite, Sandra Moura e Roberto Cavalcanti 16. Ítalo Zaccaro, José Diniz, Washington Porto, Carlos Frederico e Júlio César 17. Daniel Carvalho Leite e Henrique Santiago 18. Janine Holmes, Rosane Garcia e Glauco Brito 19. Dina Carvalho, Edvaldo Teixeira, Edmilson Teixeira de Carvalho e Joanice Mendes 20. Fábio Tabosa, Giulianne Paulinelli, Bruno Tabosa, Thaysa Miranda e Rosa Lydia Sorrentino 21. Iliana Danielli Colaço, Eduardo Lacerda e Daniel Carvalho 22. Equipe Marel

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Painel O lançamento da Artestudio em Campina Grande, no final de junho, foi um sucesso. O coquetel, no Museu de Artes Assis Chateaubriand, que foi prestigiado por arquitetos, designers e empresários do setor, estreitou ainda mais os vínculos da revista com o mercado campinense. O evento contou com o apoio de O Vergalhão e da Empório da Luz.

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01. Jaldete Soares, Márcia Barreiros, Adjalmir Rocha e Helena Almeida 02. Juliana Medeiros, Emanuel Medeiros, Fernando Rabêlo e Danielle R. Diniz 03. Fred Barbosa e Lúcia Nepomuceno 04. Celino Neto e Márcia Barreiros 05. Valéria Barros, Hermano Barros e Francisco Caroca

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06. Fernanda Fernandes, Lafite de Lafontaine e Ana Maria

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07. Lana Débora e Márcia Barreiros 08. João Bosco e Patrício Henriques 09. Constância Crispim, Márcia Barreiros, Salomão e Eneida Cleubo 10. Wilkerson Delarry, Andrezza Muniz, Daniel Muniz e Fabiana Furtado 11. Márcia Barreiros e Brilhante Filho 12. José Maria e Erom Tavares

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13. Andressa Castro e Daniela Benício

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14. Ana Emília 15. Maria do Carmo e Carlos Alberto 16. César de Cesário e Simony Serra 17. Luíz Nóbrega, Maria do Rosário, Constância Crispim e Lúcia Holanda 18. Gustavo Galhardo, Márcia Barreiros, Marcelo e Emerson Soares 19. Isana Camboim e Váleria Barros 20. Magela e Aldo Camboim

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21. Rômulo Nobréga e Márcia Barreiros

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Expediente Diretora Executiva: Márcia Barreiros Editora: Luciana Oliveira - DRT/DF 1.849/97 Repórter: Kaylle Vieira - DRT/PB 0279/03 Redação e Edição: Formato Assessoria de Comunicação (formatoassessoria@yahoo.com.br) Diretora Comercial: Márcia Barreiros (arquimarciabarreiros@yahoo.com.br) Diagramação: Charles Wesley e Márcio Soares Revisão: Joatan Moura Fotografias: Mano de Carvalho, Stanley Talião, Márcia Visani, Clayton Castro, Valmir Gama e Cácio Murilo (capa) Correspondente Internacional: Tereza de Arruda Pré-impressão: Multimagem Impressão: Gráfica JB A Artestudio revista é uma publicação trimestral com uma tiragem de 7 mil exemplares de distribuição dirigida e gratuita. A reprodução de seus artigos, fotografias e ilustrações requer autorização prévia e só pode ser feita citando a sua fonte de origem. As colaborações e artigos publicados são de responsabilidade exclusiva de seus autores, não comprometendo a revista, nem seus editores.

Carta do Leitor “A maturidade física, emocional e profissional adquirida com o passar dos tempos muitas vezes nos faz mudar determinados valores. Em momento algum me preocupei em assinar a escultura colocada naquela clínica da Rui Carneiro, fiquei emocionado e até surpreso com o leitor que se preocupou em saber quem tinha feito tal trabalho, que na verdade foi resultado de uma combinação de arte e arquitetura na hora certa e no local mais que certo. A importância de uma revista como Artestudio para a cultura paraibana é muito grande, visto que temos um grande celeiro de artistas e arquitetos que muito orgulham a nossa terra. Ao conversar com Gabriel Shimidts, proprietário da American Horizons Art Gallery em Nova Iorque sobre a nossa cultura, fiquei muito feliz ao ver a sua surpresa em relação à arte paraibana no tocante a sua originalidade e talentos individuais. Trabalhando há mais de 6 anos com a mesma, procurei mostrar para o seu proprietário um pouco da arte feita em nossa tão querida e sofrida terrinha, que o mesmo só conhecia através de relatórios da ONU pegos na internet. Falei e mostrei fotos dos monstros místicos e mágicos saídos das mãos de Fred Svendsen. Da magia e do mundo imaginário de Flávio Tavares, que consegue não sei como, ser uma espécie de Augusto dos Anjos das cores. Da ingenuidade artística e pictórica de Zé Lucena e do talento das cores de Oliveira Filho. De Clóvis Júnior, que consegue levar para os frios europeus o calor das suas cores e as lendas e mistérios da nossa cultura. Do “paraibucano” Miguel dos Santos que tira do barro os sonhos e os mistérios de uma uma região tipicamente nordestina. De Chico Ferreira que sonha longe e faz com que suas mãos no barro possam traduzir em formas os sofrimentos de um povo e até de uma vida. De José Crisólogo que consegue traduzir em forma de arte tudo que toca com as suas mãos de artista. De Marlene Almeida que com letras regionais consegue fazer uma literatura universal da arte paraibana. De José Rufino que com suas instalações nos remete ao passado, ao presente e nos faz imaginar e às vezes ter medo do futuro. Das Nossas Senhoras de Diógenes Chaves que brinca com as cores como se fossem cubos mágicos e termina por nos deixar com a cabeça cheia de perguntas.

Endereços Fale com a gente Assinaturas: www.artestudiorevista.com.br Acesse o site, entre em contato conosco e tenha em sua casa, loja ou escritório a nossa revista.

Anúncios: (83) (83) (83) (83)

3224.2108 8814.3081 - Fabiana Furtado 9921.9231 - Márcia Barreiros 9974.6037 - Andrezza Muniz (CG)

comercial@artestudiorevista.com.br

Carta do leitor

EXPEDITO ARRUDA E DAYSE CUNHA Praça Antônio Pessoa, nº 39, Tambiá - João Pessoa - PB Tel: (83) 3221.5149 GLAUCO BRITO Rua Tertuliano de Brito, s/nº, Jardim 13 de Maio - João Pessoa - PB Fones: (83) 3225.1690 / 8821.5500 E-mail: glaucobrito@ig.com.br ÍRIS GALVÃO AMORIM Av. Epitácio Pessoa, nº 4181, Tambaú - João Pessoa - PB Fones: (83) 3247.3606 Fax: (83) 3226.2417 E-mail: irisarquiteta@uol.com.br

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IX Exposição Natalina Local: Hotel Tambaú Dia: 02 a 04 de dezembro de 2005

Se você tem dúvida sobre as reportagens publicadas, críticas ou sugestões, entre em contato com a nossa sessão de Carta do Leitor pelo endereço: R. Tertuliano de Brito, 338B Jardim 13 de Maio - João Pessoa-PB Fone: (83) 3224.2108 / 3241.6739 ou pelos e-mails:

jornalismo@artestudiorevista.com.br formatoassessoria@yahoo.com.br arquimarciabarreiros@yahoo.com.br

Rede Feminina de Combate ao Câncer


Da cerâmica original e bem trabalhada de Tota que mesmo depois de partir deixou um legado de arte, talento e criatividade. Do delírio bem trabalhado e regionalizado com resultados eruditos de Ana Lúcia Pinto. Do preto e branco de Fran Lima que nos faz pensar que cores são apenas ilusões. Da tranqüilidade pictórica de Romeika Nóbrega. Da energia impulsiva da arte de Elpídio Dantas. E de tantos outros eu falei e mostrei o que pude, mas a sua surpresa maior era de que um estado na lista dos piores IDH do mundo conseguia exportar tanto talento original e livre de influências. Mas agora tem a Revista Artestudio, uma vitrine de arte e arquitetura que em muito pode nos divulgar. Continuem, porque os artistas fazem a história da sua terra. Parabéns e obrigado por citar meu nome”. Marcos Pinto de Morais Artista Plástico

Agradecemos as suas considerações e esperamos que continuemos atendendo às expectativas de nossos leitores e divulgando os profissionais de nossa terra. A editoria

••• “Nossos sinceros cumprimentos, pela revista Artestudio. Com muita satisfação estivemos no lançamento da revista aqui em Campina Grande e espero que a mesma continue a prestigiar os profissionais da área de arquitetura da Rainha da Borborema, como é chamada nossa cidade. Tenho acompanhado a trajetória da revista em João Pessoa, com muito boas publicações. Inclusive, a Paraíba estava sentindo falta, há muito tempo de um veículo como esse, para que os arquitetos, pelo menos, soubessem o que seus colegas estão a desenvolver em seus escritórios. Na revista número 9 , destacamos, uma boa colocação desta revista, quanto à reportagem sobre a conservação do “Centro Histórico”de João Pessoa. Nossas

congratulações pela iniciativa, mais uma vez, e pelo sucesso da revista em nossa cidade tambem”. Carlos Alberto de Almeida Arquiteto

••• “Muito bom estar com vocês no lançamento da revista em Campina Grande. Espero poder contribuir, pois a revista é muito bem editada e será muito bem aceita em nossa cidade. Parabéns”. Maria Rosário S.Alexandre Meira

Carlos Alberto e Maria do Rosário, nesta edição também trazemos reportagem sobre Campina Grande, atendendo solicitações, tanto de vocês, quanto de inúmeros outros leitores da Rainha da Borborema. A editoria

••• “Vocês estão de parabéns pela qualidade da revista impressa e da virtual. Nós arquitetos, decoradores, ambientadores, donos de lojas e pessoas afins podemos nos orgulhar de uma revista bem feita, bonita e acima de tudo com a excelente qualidade das matérias. Parabéns!” Cláudia Navarro e Doralice Paiva Arquitetas

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Errata

• Na edição nª 10, na matéria sobre o Aço Inox, o projeto fotografado por Rino Visani é dos arquitetos: Débora Julinda e Deoclécio Melo


Vão Livre

Turismo e degradação da paisagem natural

Espaço aberto para você, é a nossa proposta com esta coluna. As cartas e e-mails para essa seção devem ser encaminhadas com o nome completo, profissão, endereço e telefone do remetente para o endereço

r e v i s t a a r t e s t u d i o @ y a h o o . c o m . b r.

Um dia destes recebi um e-mail com um texto da Internet que dizia o seguinte: “Obra de Niemeyer na Capital João Pessoa já é uma das cidades de maior acesso turístico do Nordeste. E para comemorar os seus 420 anos Ricardo Coutinho apresentou hoje à população um projeto criado por Oscar Niemeyer voltado para a cultura e arte que poderá colocar nossa cidade num patamar mais alto ainda. Se isso acontecer vai ser muito bom para a cidade! Ricardo Coutinho está melhorando e inovando toda a Av. Beira Rio, disse que vai secar e limpar a Lagoa e vai fazer muito mais. Pra quem não sabe Niemeyer é considerado o melhor arquiteto do Brasil, o projeto de Brasília tem sua assinatura bem como outras obras belíssimas!” Mas a realidade não se resume a isto e outros fatos precisariam ser discutidos para se ter uma opinião mais balizada da conveniência ou não do projeto. Ricardo Coutinho, em sua campanha eleitoral, mereceu o apoio de arquitetos e urbanistas por apoiar reivindicações legítimas, como é o caso da não implantação dos espigões na orla marítima de João Pessoa e de todo o Estado da Paraíba, e da realização de concursos públicos para projetos de grandes obras urbanas. Após sua eleição, isso tudo mudou! E agora Ricardo Coutinho quer construir um conjunto enorme de edificações, justamente na área de maior risco de extinção no litoral paraibano: a falésia do Cabo Branco. A vereadora Paula Francinete – defensora do meio ambiente e que se colocou contra a implantação de um flat próximo ao restaurante Marinas, na gestão Cícero Lucena devido sua localização – tem alertado sobre os riscos ambientais provenientes da erosão naquela área. Como é possível aprovar um “homicídio” de uma das áreas de maior interesse em toda a Paraíba? Ainda com relação ao fator ambiental, como se pode construir um complexo de 5.000 m² na barreira do Cabo Branco, uma falésia viva em processo contínuo de modificação devido ao processo natural de erosão? Vale salientar ainda que não existe solução para tal impacto. Outro fato que temos que levar em consideração é que as obras de Oscar Niemeyer são muito pesadas, com uso intensivo de concreto armado, que no meu ponto de vista não é o material mais indicado, pois as fundações de edificações deste porte precisam em geral ser profundas, o que poderia agravar violentamente a degradação da área. Além disso, o 46

Ar thur Mar cel Brasileir o Guimarães * Arthur Marcel Brasileiro *Estudante do 7º período de Arquitetura e Urbanismo da UNIPÊ

uso de materiais como o concreto armado e o vidro é totalmente contra-indicado devido às características climáticas do Nordeste. Em termos turísticos, concordo que esse empreendimento seria mais um atrativo para a cidade, mas existe um outro fator a ser considerado que é o fluxo viário na área. Se o projeto for realizado e os turistas começarem a chegar de todas as partes, a freqüência de automóveis irá aumentar e isto poderá acelerar o processo de degradação da barreira. Quem sou eu para desmerecer o maior arquiteto do Brasil e a equipe de arquitetos que devem ter sido escolhidos a dedo pelo próprio Niemeyer, mas penso que deveria ser realizado um concurso público nacional, ou até mesmo internacional, onde Niemeyer também participasse. Isso poderia estimular ainda mais o marketing turístico da área que é o “Ponto mais Oriental das Américas”, trazendo arquitetos de renome nacional e até mesmo internacional que estivessem interessados em desenvolver projetos para essa área, do que simplesmente convidar Niemeyer (por causa da grife que se tornou seu nome), tirando a chance de muitos arquitetos bons do Nordeste revelarem seus talentos. O prefeito Ricardo Coutinho deveria levar em consideração tais questões, pois ainda está em tempo do projeto ser reavaliado, formando-se uma equipe de profissionais (que conheçam os problemas de nossa cidade) de todas as áreas envolvidas direta e indiretamente em um empreendimento deste tipo – arquitetos, urbanistas, ambientalistas, geógrafos, etc. Além disso, já existe uma área que poderia ser destinada ao programa da “Estação Ciência, Cultura e Artes”, que seria a fábrica Matarazzo, local que está desativado há vários anos e à qual ninguém dá valor, mas que representa um importante período da industrialização de nossa cidade. Trata-se de um importante patrimônio histórico que poderia ser restaurado e reciclado para instalação desse programa, a exemplo do projeto de Lina Bo Bardi para a fábrica SESC Pompéia. Não é minha intenção desmerecer o prefeito e sua equipe, todos seguramente movidos por boas intenções. Mas ele deve ser esclarecido dos imprevistos que podem inviabilizar a obra. Mas a solução para os problemas de nossa cidade não é apenas criticar o que o governo está fazendo ou deixando de fazer, mas avaliar o que deve ser feito ou não, de acordo com as necessidades da população. E esta obra, por mais importante que seja para nossa cidade, não deveria ser realizada tendo-se em vista as conseqüências ruins que ela pode nos trazer, especialmente no que se refere ao impacto ambiental sobre a barreira do Cabo Branco.



Mármore Carrara Arq. Íris Galvão


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