POSTAL 1254 20NOV2020

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Interdita venda na distribuição quinzenal com o jornal

20 de novembro de 2020 1254 • €1,5

Diretor: Henrique Dias Freire Quinzenário à sexta-feira

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E ainda Jardim de Montechoro vai ser recuperado

Prevê-se que a intervenção fique concluída até ao final do ano. A obra irá contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população, que desta forma recupera um espaço icónico de lazer e convívio. P11

Premiado aluno com 20 valores a Matemática

“Consegui trabalhar para a excelência, ao mesmo tempo que incentivava os outros colegas a realizarem exercícios, contribuindo para o sucesso de todos”, refere aluno. P16

Sem-abrigo são cada vez mais em Faro

CCDRA 40 ANOS DEPOIS

O Algarve transfigurou-se mas os problemas não acabaram

www.hpz.pt

➡ Hospital central ➡ Abastecimento de água ➡ Linha férrea ➡ Ordenamento ➡ Economia verde ➡ Diversificação económica ➡ Regionalização

CTT reabre loja em Alcoutim

Muita coisa mudou no decurso das últimas quatro décadas. Poderá dizer-se que nada ficou como dantes ao nível do ordenamento, abastecimento de água e saneamento, eletrificação, saúde, comunicações, acessibilidades,

Reabertura é a correção de uma “injustiça” cometida quando foi encerrada, em 2018, sublinha o presidente da Câmara, Osvaldo Gonçalves." P20

e equipamentos culturais e desportivos. Os fundos europeus foram decisivos para a mudança operada e, apesar das assimetrias ainda existentes entre o litoral e a serra, deram-se passos importantes nas políticas de

aproximação social e de coesão territorial. Os seis presidentes da CCDRA durante esse período, fazem a avaliação dos seus mandatos e sinalizam os desafios para o futuro. P12, 13 e 24 [Editorial]

PORTIMÃO MIGUEL OLIVEIRA É A GRANDE EXPETATIVA DO MOTOGP

O número está a aumentar e nos últimos meses verificou-se um “aumento significativo de estrangeiros” nesta situação. Desde o início deste ano, já foram registados no NIPSA de Faro 104 processos sociais.s. P17

Desempregados da hotelaria desesperam

Trabalhadores que perderam os empregos ou que estão em ‘lay-off’ no Algarve temem permanecer sem trabalho com a previsão do fecho de mais de 70% dos hotéis e empreendimentos turísticos durante a época baixa devido à pandemia. P10

Empresários algarvios apostados no turismo de natureza e cultural

As ações promovidas vão qualificar mais de 230 empresas e profissionais do setor turístico regional e não têm encargos para os participantes. P15

O Mandador

do corridinho algarvio

Qualquer semelhança com a realidade é puro veneno e coincidência P2

ESPECIAL São mais três dias 'mágicos' que regressam a Portimão. Depois do Grande Prémio de Fór-

FÁBRICA DOS ÓCULOS DE OLHÃO

Teletrabalho veio agravar a saúde visual

P21

mula 1, Portugal recebe o MOTOGP. Nesta edição, o POSTAL associa-se ao evento e dá-lhe a conhecer os

detalhes da 'prova mãe' do motociclismo mundial. O piloto português Miguel Oliveira é a grande atenção

TEATRO BOA ESPERANÇA

“Marafada Quarentena” teve sempre lotação esgotada P3

dos milhares de seguidores e admiradores. Espera-se uma prova única e brilhante. P5 a 9


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OPINIÃO

Redação, Administração e Serviços Comerciais Rua Dr. Silvestre Falcão, 13 C 8800-412 Tavira - ALGARVE Tel: 281 405 028 Publisher e Diretor Henrique Dias Freire Diretora Executiva Ana Pinto

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Tiragem desta edição

7.297 exemplares

Elefante em loja de porcelana

Com a verdade me enganas

Nem a idade lhe travou o ímpeto guerrilheiro que trouxe do seu tempo de militância vermelha. Agora mais alaranjado, Lameiro das Aves, é um elefante em loja de porcelana. E não se ensaia nada em apoiar ou desapoiar este ou aquele, como bem lhe apraz e conforme os seus alinhamentos partidários internos de ocasião. Foi acérrimo defensor de Rio, no Algarve, mas hoje, deslidudido pela pose de estado e de compromisso do homem do Porto, mudou-se de armas e bagagens para as tropas de Montenegro. E é vê-lo passar sempre em alta pedalada, curvado sobre os seus próprios pensamentos e estratagemas em busca de novos caminhos. Para ele, é sempre em frente e fé em Deus, na luta contra o Costa, Rio, Marcelo e... a Covid-19. Ninguém o segura e lhe trava o frenesim que o transforma num temível “agitprop” da política algarvia. Cuidado com ele!

Andam tão discretos, tão discretos que dir-se-ia que não existem. Pelo menos é o que o Mandador escutou um dia destes, num grupo onde o tema de conversa era a câmara de Faro e a oposição cor de rosa. O objeto em comentário era que nas reuniões do executivo não havia decisão que não recebesse dos vereadores da rosa um frenético aplauso de apoio. E como amor com amor se paga, não faltam os elogios da bancada da maioria, à postura – que classificam – de séria e responsável da oposição socialista. “Pois claro, pudera”! Foi o desabafo sonoro de alguém do grupo. Mas para a coisa não parecer tão descarada e escandalosa, o edil Pero Magrinho não resistiu a comentar tamanha generosidade laranja: “sejam mais comedidos nos elogios, meus senhores, senão ainda vão pensar que estamos feitos uns com os outros!”. Com a verdade me enganas, rematou o outro ao lado! E siga a roda...

O Mandador do corridinho algarvio Qualquer semelhança com a realidade é puro veneno e coincidência

Uma mulher ao volante

Santos da casa não fazem milagres

Herdou uma câmara afogada em dívidas. E dela se dizia que não teria mãos para aquele Ferrari. Não apenas se enganaram os profetas da desgraça, como Ilda Gomez está a ser a grande surpresa da política algarvia. Pé ante pé, sem se dar por ela, foi resolvendo o enorme fardo financeiro que estrangulava o município, revelando-se também uma gestora de expectativas como não se via há muito por todo este reino. Sempre a acelerar, arrumou a casa, e fez eleger Portimão a cidade europeia do desporto em Portugal. Agora acaba de colocar o seu concelho no mapa do desporto motorizado, acolhendo o regresso da Fórmula 1 e garantindo, pela primeira vez, a realização do grande prémio MotoGP. Contaram ao Mandador que ela não anda a correr atrás de nada. Pelo contrário, ela segue à frente dos autarcas e dos políticos deste reino, na capacidade de trabalho e de inovação. É uma mulher ao volante que está ali para as curvas e que acabará por surpreender ainda muito mais gente! Afinal, a voz que o Algarve precisa veio nas asas do vento norte, com sotaque da Beira Alta!

O POSTAL ERROU Há pormenores que fazem toda a diferença. No caso, uma sim-

Por onde andarão os senhores da ASAE? Esta aconteceu um dia destes. Conforme contaram ao Mandador, no serviço de saúde das Gamelas só lá entra por estes dias quem tiver máscara cirúrgica. E vale de nada argumentar que as outras são tão eficazes como a deles. Nem mesmo que nada consta na recomendação da DGS a obrigar aquele modelo e aquela cor. Só lá entra mesmo quem tiver a azulinha, que se encontra disponível para venda pela módica quantia de 100 cêntimos! Afinal, o preço de umas três ou quatro em qualquer mercado lá fora. É pegar ou largar, meus senhores! E mais – garantiram ao Mandador – não há recibo nem IVA ou se houver é de cara torcida: “acha que vou passar um recibo de 1 euro?”. Pois... já toda a gente sabia que a saúde é um negócio, mas assim à descarada? Pela vossa saúde!!!... Por onde andarão os senhores da ASAE?

ples preposição no lugar de outra, adulterou completamente o pensamento do nosso entrevistado, Carlos Brito, na edição do passado do dia 6 de novembro. Pelo respeito à verdade aqui fica a retificação.

Há as obras de Sta Engrácia e há as obras de S. Nunca à Tarde. As últimas parecem ser as mais numerosas. Por exemplo, a variante à 125 que atravessa a cidade de Olhão, já anunciada vezes sem conta. E pelo andar da carruagem vai demorar ainda muito mais tempo do que a variante de Faro. Trata-se de uma obra fundamental para a fluidez do trânsito na 125 e para Olhão, que não há maneira de se livrar da confusão que por ali corre todos os dias. O Pina Júnior mandador do palácio do condado, foi visto, por estes dias, a examinar à lupa se o orçamento do Estado trazia alguma novidade em relação a este assunto. Mas para seu desancanto nem um tostão e nem uma linha. Mal podendo acreditar, apressou-se a ligar ao Zé da Pontinha na esperança de garantir um lugar na primeira fila dos milhões que hão-de chegar da Europa, se Deus quiser. Até lá, está a ponderar construir um heliporto no cerro de S. Miguel e mudar-se para lá, para ficar com o céu ao alcance das mãos. Talvez, assim, o milagre aconteça mais depressa! Vrummmmmm

Na resposta à sexta pergunta onde se lê: “Refiro-me à tese de que nas condições de Portugal não podia haver democracia sem monopólios”, deve ler-se “...com monopólios”. Na resposta ante-

rior, fica também o esclarecimento de que o teórico do marxismo Rodney Arismendi era uruguaio e não argentino como se referia. Ao Carlos Brito e aos leitores, as nossas desculpas.

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REGIÃO

Carlos Pacheco, diretor do Teatro Boa Esperança

“O país está mal, mas a classe artística está bem pior do que o país” Texto FILIPE VILHENA HENRIQUE DIAS FREIRE

A

covid-19 chegou e com ela todos os setores foram afetados. O confinamento colocou a arte de quarentena, cancelando espetáculos de música, cinema, teatro e exposições de pintura. As mãos que outrora aplaudiam, estão agora mais desinfetadas e as pessoas passam mais tempo em casa, tendo a lotação dos espaços também sido reduzida. Contudo, quem faz arte não deixa de comer. Começou por ser um grupo local de comerciantes que se juntaram para fazer matrafonas no carnaval, com nomes conceituados em Portimão, tendo um público muito abrangente, pela situação insólita a que se propunham: estar em cima de um palco vestidos de mulher. Nasceu desta forma o Teatro Boa Esperança de Portimão, que conta com a Revista à Portuguesa do Boa Esperança, já com mais de 50 anos de tradição, que tem crescido e evoluído ao longo destes anos. O autor, ator, encenador, relações públicas, diretor comercial e financeiro, Carlos Pacheco, fala da situação da covid-19 e do modo que esta alterou todo o guião do Boa Esperança. Começa por explicar que em março, quando surge a pandemia, “estava tudo preparado para o nosso próximo espetáculo e eu recebi um telefonema da câmara a dizer que tudo iria ser cancelado”. Quando em dezembro o vírus surge na China, Carlos Pacheco pensou “vamos viver mais ou menos o que assistimos na altura da gripe A”. As

dimensões da covid-19 eram desconhecidas, mas a verdade é que o pano vermelho dos espetáculos acabou por fechar-se.

Estava tudo preparado para o nosso próximo espetáculo e eu recebi um telefonema da câmara a dizer que tudo iria ser cancelado Em termos da gestão económica, o responsável afirma que “pensámos que íamos ter uma retoma ao fim de um mês, depois do nosso investimento de 16 mil euros (em guarda-roupa, caracterização e adereços)”. Neste valor, não entram os números que foram efetuados para assegurar a equipa, que trabalhou durante dois meses, e onde entram roteiristas, atores, bailarinos e técnicos. “Se fossemos contabilizar a outra parte, chegaríamos facilmente aos 30 ou 40 mil euros”. Depois do cancelamento, entrou o confinamento e neste momento não haverá mesmo estreia. “A nossa sala é pequena 250 lugares, mas devido às medidas da Direção-Geral de Saúde (DGS) era impossível fazer o teatro”. Depois do cancelamento, Carlos Pacheco reuniu-se com a sua equipa para falar do projeto “O Sonho do Ernesto”, que teve sucesso no Natal do ano passado, e “por começar-

mos a ver os Bombeiros ir cantar os parabéns às portas das pessoas, pensámos: ‘porque não fazermos nós isto’?”. As licenças foram aprovadas e o projeto foi para a frente, tendo “um sucesso muito grande e uma reportagem na televisão”. A Câmara Municipal de Portimão pegou depois na ideia, feita de forma gratuita, e “tentou na abertura das escolas que nós fossemos atuar lá”. Nasceu assim o “Ernesto vai à Escola sem medo da covid-19”, uma ação de sensibilização para explicar às crianças o que era a doença e como se poderiam proteger, de forma leve e divertida, conforme a idade o merece. Com a chegada do verão, chegou também o plano de contingência para a abertura da sala maior. A autarca Isilda Gomes informou Carlos Pacheco que poderiam assistir ao espetáculo 100 pessoas no mês de agosto. Baseado na experiência do confinamento, o Teatro Boa Esperança abriu o palco para “Marafada Quarentena”, que teve sempre lotação esgotada. Lagoa recebeu também três apresentações, sempre com o público máximo. “Foi o que nós fizemos deixando a Revista na prateleira e pronta a estrear assim que fosse possível”. Quanto à equipa, “todas as pessoas que trabalham de forma mais sazonal ficaram sem trabalho”, explica o empresário. “As verbas a entrar são cerca de um terço das que entravam”, devido à diminuição da plateia e “tudo isto veio prejudicar a classe artística”. “O país está mal, mas a classe artística está bem pior do que o país”, afirma Carlos Pacheco, que reforça a ideia de que a classe deveria ser olhada pelo Governo. “Eu ainda não

Para Carlos Pacheco, "o público está 'descrente' em ir assistir a espetáculos" Em baixo: "Marafada Quarentena" teve lotação esgotada FOTOS D.R.

estou nessa fase [de passar dificuldades económicas], mas corro o risco de ficar”. O responsável realça também que o público está “descrente” em ir assistir a um espetáculo, depois de tantos apelos para ficar em casa. “Somos animais de hábitos, vai ser complicado”. Na visão de Carlos Pacheco, “a cultura em Portugal é um parente pobre da nossa economia”.

A cultura em Portugal é um parente pobre da nossa economia “Se não houver um trabalho profundo, que pense na nossa cultura, vamos ter lacunas muito grandes”, continua Carlos Pacheco. No dia 4 de novembro, Marcelo Rebelo de Sousa saudou a iniciativa lançada pela GDA - Gestão dos Direitos dos

Artistas, juntamente com a Audiogest, que reuniu donativos no valor de 1,35 milhões de euros para um fundo coletivo solidário de apoio aos artistas e técnicos do sector cultural que ficaram sem trabalho nos últimos meses, fundo que será gerido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Já a União Audiovisual lembra que continua “a nobre missão de entregar alimentos nas casas e famílias dos profissionais de audiovisual que estão sem trabalho por causa da pandemia” e, para isso, “organiza concertos cujo valor do bilhete é significativamente inferior ao normal, apelando em contrapartida, à compra e entrega no dia, de sacos de alimentos, por parte do público”. Apesar dos consecutivos apoios, realizados até pelo Ministério da Cultura, a arte continua a ser dos setores em Portugal com menor apoio. “Um país sem cultura, é um país mais pobre”, lembra o responsável pelo Boa Esperança. “Vão aos espetáculos”, conclui Carlos Pacheco.



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ESPECIAL

Festividade do MotoGP em Portimão… sem público CARLOS SOUSA Jornalista O traçado da Mexilhoeira Grande, próximo da cidade de Portimão, recebeu recentemente o “Grande Circo” da Fórmula 1 com público mas, desta vez, o MotoGP neste fim-de-semana não terá a massa humana nas bancadas para ver “in loco” o português Miguel Oliveira O Grande Prémio MEO de Portugal, no Autódromo Internacional do Algarve, de sexta-feira a domingo, coloca um ponto final no MotoGP, versão 2020. O MotoGP regressa ao nosso país oito anos após o último Grande Prémio que teve lugar no Autódromo do Estoril, em Maio de 2012. Fruto do esforço e abnegação

da Dorna – entidade responsável pela organização do Campeonato do Mundo de Motociclismo –, Autódromo Internacional do Algarve e Federação Motociclismo de Portugal, foi possível “inflamar” as emoções, mesmo com a ausência de público. Contrariando a vontade de Paulo Pinheiro, que pretendia que o campeonato fosse decidido em Portimão, o administrador do Autódromo Internacional do Algarve, no entanto, está feliz pela grande conquista de trazer os “magos” mundiais das duas rodas. O título foi entregue no pretérito fim-de-semana, no Grande Prémio da Comunidade Valenciana, em Valência, a Joan Mir, tornando-se no primeiro campeão da Suzuki desde 2000 antes do Grande Prémio MEO de Portugal. O espanhol de Pal-

A atenção dos portugueses vai para Miguel Oliveira

FOTOS D.R.

ma de Maiorca, de 23 anos, sucede a Marc Márquez (seis títulos) e Jorge Lorenzo (dois, após um primeiro em 2010), prolongando para nove anos a série de títulos mundiais dos espanhóis em MotoGP. Joan Mor chegou ao título de forma precoce, tal como os seus compatriotas, mas chegou ao título de forma bem mais discreta. O novo campeão do mundo apenas alcançou um triunfo, registado precisamente há uma semana, em Valência e, no regresso ao mesmo traçado, oito dias depois, terminou no sétimo lugar, atrás de Miguel Oliveira, que foi sexto pela quarta vez. Com os títulos de construtores e equipas por atribuir, a “estrela” da companhia MotoGP dá-se pelo nome de Miguel Oliveira, não só por enfrentar as “feras” no asfalto da “Montanha Russa”, como também encerrar a excelente temporada em território nacional. Mal terminou a prova em Valência, o piloto de Almada não escondeu que regressa a casa motivado com o objectivo de se divertir na última corrida de 2020. Mesmo sem público nas bancadas do Autódromo Internacional do Algarve, Miguel Oliveira quer dar uma alegria aos seus milhares de seguidores, pelo que o Grande Prémio MEO de Portugal é encarado com muito fervor pelo almadense para mais um duelo de titãs. Pilotos, equipas e as motos mais rápidas do mundo vão estar em Portimão onde, de resto, estiveram recentemente alguns intervenientes para realizar testes, entre os quais Valentino Rossi, Maverick Viñales, Johann Zarco e,

naturalmente, o português Miguel Oliveira. Recorde-se que o Autódromo Internacional do Algarve foi escolhido para uma das corridas do Campeonato do Mundo da mais importante categoria do motociclismo de velocidade. A falta de público nas bancadas surgiu

depois daquele local de culto dos desportos motorizados ter recebido uma prova do Campeonato do Mundo de Fórmula 1 e autorizada a presença de pouco mais de 27 mil espectadores. A forma como o público não guardou as distâncias de segurança durante a com-

petição, mereceu críticas de diversos sectores, incluindo das autoridades de saúde. Perante este cenário, foi comunicado, em tempo útil, ao promotor que o Grande Prémio MEO de Portugal não teria público, ficando vincada a incapacidade de organizar eventos com público.


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REGIÃO ESPECIAL

Classificações dos “Mundiais” Pilotos MotoGP

MotoGP

1.º Team Suzuki Ecstar, 309 pontos; 2.º Petronas Yamaha SRT, 250; 3.º Red Bull KTM Factory Racing, 209; 4.º Ducati Team, 203; 5.º Monster Energy Yamaha MotoGP, 169; 6.º Pramac Racing, 163; 7.º LCR Honda, 134; 8.º Red Bull KTM Tech3, 127; 9.º Repsol Honda Team, 85; 10.º Esponsorama Racing, 81. 11.º Aprilia Racing Team Gresini, 46.

1.º Joan Mir, 171 pontos; 2.º Fábio Quartararo, 142; 3.º Alex Rins, 138; 4.º Maverick Viñales, 127; 5.º Franco Morbidelli, 125; 6.º Andrea Dovisioso, 125; 7.º Pol Espargaro, 122; 8.º Jack Miller, 112; 9.º Takaaki Nakagami, 105; 10.º Miguel Oliveira, 100.

Moto2

Estão classificados mais 13 pilotos

1.º Enea Bastianini, 194 pontos; 2.º Sam Lowes, 180; 3.º Luca Marini, 176; 4.º Mauro Bezzecchi, 171; 5.º Jorge Martin, 150; 6.º Remy Gardner, 110; 7.º Tetsuta Nagashima, 89; 8.º Joe Roberts, 85; 9.º Marcel Schrotter, 77; 10.º Xavi Vierge, 73.

Estão classificados mais 15 pilotos

Estrada Nacional 125, Km 134 (junto à GNR) 8800-218 Tavira)

Moto3

1.º Leopard Racing, 209 pontos; 2.º Gaviota Aspar Team Moto3, 207; 3.º Sky Racing Team VR46, 197; 4.º Rivacold Snipers Team, 189; 5.º Red Bull KTM Ajo, 174; 6.º Honda Team Ásia, 162; 7.º Kommerling Gresini Moto3, 151; 8.º Petronas Sprinta Racing, 124; 9.º SIC58 Squadra Corse, 119; 10.º CIP Green Power, 112. 11.º Sterilgarda Max Racing Team, 98. 12.º Red Bull KTM Tech 3, 93. 13.º Estrella Galicia 0,0, 91. 14.º Reale Avintia Moto3, 24. 15.º Boe Skull Rider Facile Energy, 10.

RESTAURANTE O TACHO

Restaurante: almoços e jantares com esplanada Take-Away: Entrega ao domicílio em Tavira

MotoGP

1.º Suzuki, 201 pontos;

Moto2

Estão classificados mais 18 pilotos

1.º Albert Arenas, 170 pontos; 2.º Ai Ogura, 162; 3.º Tony Arbolino, 159; 4.º Jaume Masia, 140; 5.º Celestino Vietti, 137; 6.º Raul Fernandez, 134; 7.º John McPhee, 124; 8.º Darryn Binder, 112; 9.º Tatsuki Suzuki, 83; 10.º Gabriel Rodrigo, 80.

Marcas

1.º Sky Racing Team VR46, 347 pontos; 2.º Ducati, 201; 2.º EG 0,0 Marc VDS, 243; 3.º Yamaha, 188; 3.º Red Bull KTM Ajo, 239; 4.º Italtrans Racing Team 199; 4.º KTM, 175; 5.º Liqui Moly Intact GP, 149; 5.º Honda, 133; 6.º Flexbox HP 81, 127; 6.º Asprilia, 43; 7.º MB Conveyors Speed Up, 123; 8.º Petronas Sprinta Racing, 117; 9.º Tennor American Racing, 117; 10.º Onexox TKKR SAG Team, 110. 1.º Kalex, 350 pontos; 11.º Inde Aspar Team Moto2, 87. 12.º Federal Oil Gresini Moto, 37. 2.º Speed Up, 117; 13.º MV Agusta Forword Racing, 36. 3.º MV Agusta, 32; 14.º Aprilia Racing Team Gresini, 19. 4.º NTS, 19; 15.º Idemitsu Honda Team Asia, 10.

Moto2

Moto3

Equipas

281 324 283

Moto3

1.º Hoda, 306 pontos; 2.º KTM, 293; 3.º Husqvarma, 86;


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ESPECIAL

SPORT.TV (directos)

Sexta-feira (20 DE NOVEMBRO 2020) 09h00 10h10 11h35 12h50 14h00 15h25

SPORT.TV2 SPORT.TV2 SPORT.TV2 SPORT.TV2 SPORT.TV2 SPORT.TV2

Moto3 – Treinos Livres 1 MotoGP – Treinos Livres 1 Moto2 – Treinos Livres 1 Moto3 – Treinos Livres 2 MotoGP – Treinos Livres 2 Moto2 – Treinos Livres 2

Sábado (21 DE NOVEMBRO 2020) 09h00 09h55 10h55 12h35 13h00 13h30 13h30 14h10 14h10 14h35 14h35 15h10 15h35

SPORT.TV2 SPORT.TV2 SPORT.TV2 SPORT.TV2 SPORT.TV2 SPORT.TV2 SPORT.TV + SPORT.TV2 SPORT.TV + SPORT.TV + SPORT.TV2 SPORT.TV2 SPORT.TV2

Moto3 – Treinos Livres 3 MotoGP – Treinos Livres 3 Moto2 – Treinos Livres 3 Moto3 – Qualificação 1 Moto3 – Qualificação 2 MotoGP – Treinos Livres 4 MotoGP – Treinos Livres 4 MotoGP – Qualificação 1 MotoGP – Qualificação 1 MotoGP – Qualificação 2 MotoGP – Qualificação 2 Moto2 – Qualificação 1 Moto2 – Qualificação 2

Domingo (22 DE NOVEMBRO 2020) 09h00 09h30 10h00 11h00 12h20 14h00 18h30

SPORT.TV2 SPORT.TV2 SPORT.TV2 SPORT.TV2 SPORT.TV2 SPORT.TV2 SPORT.TV +

Moto3 – Warm Up Moto2 – Warm Up MotoGP – Warm Up Moto3 – Corrida Moto2 – Corrida MotoGP – Corrida MotoGP – Rescaldo

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Flash GP Ausência de público reduz impacto na ocupação e promoção A ausência de

público no Grande Prémio de Portugal de MotoGP devido à pandemia de covid-19 “reduz substancialmente” o impacto económico e mediático que a prova poderia alcançar, defendeu a principal associação hoteleira do Algarve. “Neste contexto atual, o grande impacto do MotoGP, tal como a Fórmula 1, é a cobertura mediática internacional. Não havendo espetadores e, sobretudo, espetadores vindos do exterior, é óbvio que se reduz substancialmente o impacto económico desse evento”, afirmou à Lusa o presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA). Elidérico Viegas argumentou que a decisão governamental de impedir a presença de público nas bancadas do Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, para a 14.ª e última prova do calendário de 2020 de MotoGP, no próximo fim de semana, tem efeitos negativos no volume de dormidas que eram esperadas na região, mas escusou-se a avançar com estimativas de perdas.

Ausência de público "tem impacto mínimo" nas freguesias vizinhas

A

utarcas das freguesias da Mexilhoeira Grande e de Odiáxere, próximas do Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, consideram que a ausência de público no Grande Prémio de Portugal de MotoGP, “tem um impacto mínimo” na economia local. “Em alguns eventos com público verifica-se um acréscimo de pessoas a circularem pela freguesia, com reflexo nos estabelecimentos de restauração e no comércio de produtos locais, mas não se pode dizer que seja muito significativo”, disse à agência Lusa José Nunes, presidente da Junta de Freguesia da Mexilhoeira Grande, no concelho de Portimão, onde se situa o ‘palco’ da 14.ª e última prova do campeonato do mundo de motociclismo de velocidade MotoGP. Na opinião do autarca, a ausência de público devido à pandemia de covid-19 no Grande Prémio de Portugal, que vai ser disputado entre sexta-feira e domingo, “não

terá grande reflexo nas receitas dos estabelecimentos locais, embora pudesse ser uma pequena ajuda para minimizar os prejuízos dos pequenos empresários” de uma freguesia com cerca de quatro mil habitantes (Censos de 2011). “As provas com público representariam apenas uma pequena ajuda para os cerca de sete estabelecimentos comerciais locais, mas penso que sem grande significado em termos de receitas de caixa”, frisou. José Nunes indicou que, segundo o que lhe tem sido transmitido pelos proprietários dos estabelecimentos, a afluência de público às provas no AIA “contribuem sempre com alguma coisa para a receita, mas longe do que seria expectável”. “Com a abertura das provas ao público, existe um maior movimento de pessoas nos estabelecimentos de restauração e de bebidas, bem como nos de produtos locais, com a procura de mel e outros derivados produzidos nesta freguesia rural”, apontou.

Por seu turno, o presidente da Junta de Freguesia de Odiáxere, no concelho de Lagos, outra das freguesias vizinhas do AIA, manifestou à Lusa “pouca preocupação com o impacto económico na vila” provocado pela ausência de público na prova. “Só registámos um aumento de pessoas nos estabelecimentos, principalmente nos de restauração, aquando da realização da prova do Mundial de Fórmula 1. Em outras provas, em anos anteriores, não houve grande impacto na economia na vila de Odiáxere”, sublinhou Carlos Fonseca. Segundo o autarca, os eventos no AIA refletem-se no aumento do trânsito automóvel pela vila, “até porque a mesma é atravessada pela Estrada Nacional (EN) 125, uma das principais vias rodoviárias de acesso ao circuito algarvio”. “Este ano com a Fórmula 1 notou-se uma procura pelos restaurantes e estabelecimentos similares que se situam junto à EN125, o que não su-

cedeu noutras ocasiões”, acentuou. Para o autarca de Odiáxere, freguesia com cerca de três mil habitantes (Censos 2011), a ausência de público no MotoGP “não terá, por isso, grande impacto na economia local, mas sim para a região do Algarve”. “É mau para a economia do Algarve, mas temos de reconhecer que a altura não é propícia para eventos que possam aglomerar um elevado número de pessoas devido à pandemia de covid-19 que estamos a viver. A saúde está primeiro!”, concluiu. O circuito de Portimão recebe de sexta-feira a domingo a 14.ª e última prova do Mundial de MotoGP, numa corrida que decorrerá sem público, devido à pandemia de covid-19. Miguel Oliveira, o único piloto português a competir naquela que é considerada a prova ‘rainha’ do motociclismo de velocidade, procura a segunda vitória da carreira na categoria, depois de ter vencido o GP da Estíria, na Áustria, no passado dia 23 de agosto.

Calendário de MotoGP 2021 A Dorna, entidade responsável pela organização do Campeonato do Mundo de Motociclismo, revelou o calendário para 2021,

que terá 20 corridas e uma data em aberto. A principal novidade é a introdução do Grande Prémio da Finlândia, que fecha a primeira

metade da temporada, com Portugal e Rússia a serem candidatos à prova seguinte que está por definir.

Qatar

Losail International Circuit

28 MAR

Argentina

Termas de Rio Hondo

11 ABR

Estados Unidos

Circuit of The America

18 ABR

Espanha

Circuito de Jerez

2 MAI

França

Le Mans

16 MAI

Grã-Bretanha

Silverstone Circuit

29 AGO

Itália

Autódromo de Mugello

30 MAI

Aragon

MotorLand Aragon

12 SET

Catalunha

Barcelona – Catalunya

6 JUN

San Marino

Misano World Circuit

19 SET

Alemanha

Sachsenring

20 JUN

Japão

Twin Ring Motegi

3 OUT

Holanda

TT Circuit Assen

27 JUN

Tailândia

Chang International Circuit

10 OUT

Finlândia

KymiRing

11 JUL

Austrália

Philip Island

24 OUT

A indicar

A indicar

-

Malásia

Sepang International Circuit

31 OUT

Áustria

Red Bull Ring – Spielberg

Comunidade Valenciana

Ricardo Torno

14 NOV

15 AGO

RESTAURANTE O TACHO

Restaurante: almoços e jantares com esplanada Take-Away: Entrega ao domicílio em Tavira

Estrada Nacional 125, Km 134 (junto à GNR) 8800-218 Tavira)

281 324 283


CADERNO ALGARVE

Postal, 20 de novembro de 2020

REGIÃO ESPECIAL

Flash GP

Presidente da FIM espera nova corrida em Portimão em abril de 2021

O

presidente da Federação Internacional de Motociclismo (FIM) admitiu à Lusa que, apesar de estar no calendário de 2021 apenas como prova de reserva, existe a possibilidade de o Grande Prémio de Portugal se disputar mesmo em abril. "Portimão tem pré-acordo para ser prova de reserva até 2022. A partir desse ano, há um pré-acordo [com a Dorna, empresa promotora do campeonato] para entrar no calendário. Em 2020 já entrou como prova de reserva. Em 2021, caso se repitam as restrições devido à pandemia, Portimão entrará normalmente no calendário", acredita o português Jorge Viegas. Neste momento, o Grande Prémio da República Checa está ainda pendente do novo asfaltamento do circuito de Brno e, caso a obra não avance até agosto, "deverá ser a Rús-

9

sia a entrar no calendário", explica. No entanto, Jorge Viegas adverte que Portugal pode vir a ser chamado a entrar no calendário, caso as viagens para a América do Norte estejam condicionadas devido à pandemia em abril de 2021. "É mais fácil [Portugal entrar no calendário] logo em abril, desde que falhe a prova da Argentina ou dos Estados Unidos, se nessa altura, ainda houver restrições de viagens para o continente americano", explicou Jorge Viegas. O dirigente máximo do motociclismo mundial garantiu, ainda, tudo fazer "para que Portugal venha a ter um Grande Prémio regularmente”, apesar de se estar “a viver tempos diferentes". Sobre a corrida deste fim de semana, em Portimão, que fecha a temporada de 2020, Jorge Viegas espera "que seja uma prova muito disputada, que o Miguel [Oliveira,

em KTM] tenha uma boa classificação e que corra tudo bem". Sobre a ausência de público nas bancadas do Autódromo Internacional do Algarve, o presidente da FIM admitiu que "a saúde pública está em primeiro lugar". "A ausência de público, na prova em si, não tem nenhum impacto. O único que poderá ter é para as finanças do organizador e para as pessoas que queriam ir ver a prova e não podem. Eventualmente, terá algum impacto para a motivação do Miguel, mas a saúde pública está em primeiro lugar", destacou Jorge Viegas. Sobre o que aconteceu durante o Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1, prefere "não comentar". "Vi as imagens, como toda a gente. O organizador diz que foi uma situação pontual. De qualquer forma, o concelho de Portimão passou a integrar a lista de concelhos de maior risco. Portanto, se não fosse na al-

tura [a proibição de haver público na prova de MotoGP], seria agora, pois as pessoas não se poderiam deslocar", disse o presidente da FIM. Jorge Viegas lembrou ainda que ao longo das 13 corridas do Mundial de MotoGP já disputadas, "apenas duas tiveram cinco mil pessoas nas bancadas [Le Mans, em França, e Misano, em Itália]". A situação da pandemia levou ainda ao cancelamento da Gala dos Campeões, que todos os anos se realiza no local que acolhe a última corrida da temporada. "Vamos fazer a entrega das medalhas dos três primeiros de cada classe, mas na sala de imprensa e restrito apenas a pilotos", concluiu Jorge Viegas. O GP de Portugal de MotoGP é a 14.ª e última corrida da temporada. Disputa-se no Autódromo Internacional do Algarve entre sexta-feira e domingo.

Vinales e Rossi ansiosos para correr pela primeira vez no Algarve Maverick Vinales e Va-

lentino Rossi, pilotos da Yamaha, mostraram-se ansiosos por competir pela primeira vez no Autódromo Internacional do Algarve, que recebe no domingo a 14.ª e última ronda do Campeonato do Mundo de motociclismo de velocidade. “Ninguém ainda conduziu motos de MotoGP na pista do Algarve, o que vai tornar esta corrida muito especial. Nós faremos nosso melhor. Vai ser divertido ganhar experiência num novo circuito”, disse Vinãles, em declarações divulgadas pela equipa japonesa. O piloto espanhol chega ao Grande Prémio de Portugal no quarto posto da classificação dos pilotos, com 127 pontos, a 44 do líder e compatriota Joan Mir (Suzuki), que já assegurou o título da categoria rainha. O veterano Valentino Rossi, de 41 anos, classificou o circuito algarvio de “fantástico” e destacou a aderência da pista. O piloto italiano segue no 15.º posto da classificação dos pilotos, com 62 pontos. Sete vezes campeão do mundo, Rossi vai fazer no Algarve a corrida 354 da carreira em MotoGP. Desde 2000, o italiano somou 89 vitórias e teve 199 presenças no pódio.


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CADERNO ALGARVE

Postal, 20 de novembro de 2020

Flash GP FOTO D.R.

“Sonho realizado ao correr em casa” O português

Miguel Oliveira (KTM) admitiu que "é um sonho realizado" correr o Grande Prémio de Portugal de MotoGP, que este fim de semana se disputa no Autódromo Internacional do Algarve. "Estou muito entusiasmado com esta última corrida [do campeonato do mundo de motociclismo de velocidade]. É um sonho tornado realidade correr em Portugal em MotoGP", disse em declarações divulgadas pela equipa Tech3, pela qual alinha o piloto português. O português lamentou a ausência de público no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão. "Infelizmente, não haverá público nas bancadas mas, mesmo assim, é bom conseguirmos terminar a temporada", frisou o piloto de 25 anos, que espera fazer "um resultado muito, muito bom" e "estar confortável com a mota desde sexta-feira [nos treinos livres]" de forma a ter "uma boa corrida de despedida da Tech3".

Hervé Poncharal lamenta “última corrida” com Miguel Oliveira O patrão da

Tech3, que faz alinhar Miguel Oliveira (KTM) no Mundial de MotoGP, lamentou que o Grande Prémio de Portugal seja "a última corrida" com o piloto português na equipa. Em declarações divulgadas pela Tech3, o francês Hervé Poncharal afirmou que é "com profunda tristeza" que enfrenta "a última corrida com o Miguel", que na próxima temporada será incorporado na estrutura oficial da KTM. "Tem estado connosco nos últimos dois anos e desempenhou um papel vital na nossa equipa. Tem sido um jogador de equipa, um grande piloto, mas também uma pessoa muito agradável, com um grande sentido de humor, sempre com a atitude certa e com um sorriso na cara", sublinhou Poncharal, considerando que "ter a última corrida da época na casa dele será muito especial". O patrão da Tech3 lembra que o piloto português "é uma grande estrela em Portugal", pelo que "toda a gente está à espera dele. Teve uma época fantástica até agora. Sabemos que será o centro das atenções. Honestamente, mal posso esperar por chegar, pois é um dos melhores locais do mundo, pelo que ouvimos dizer", acrescentou o chefe da equipa Tech3.

Desempregados da hotelaria temem pela incerteza do futuro

T

rabalhadores que perderam os empregos ou que estão em ‘lay-off’ na indústria hoteleira no Algarve temem permanecer sem trabalho por um longo período, face à incerteza na reabertura das unidades hoteleiras na região. Com a previsão da suspensão da atividade de mais de 70% dos hotéis e empreendimentos turísticos durante a época baixa devido à pandemia, apontada pela maior associação do setor no Algarve, alguns trabalhadores manifestaram à Lusa a incerteza quanto ao futuro com o agravamento da situação económica. O início da pandemia de covid-19, em março, coincidiu com o arranque das contratações para a época turística e milhares de pessoas nem sequer chegaram a ser contratadas, enquanto outras foram dispensadas ainda durante o período experimental. “O desespero é imenso e começa a acentuar-se com a incerteza de um emprego e de um rendimento mínimo estável”, disse à reportagem da Lusa Sandra Silva, junto à porta do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Portimão. Com dois filhos menores, Sandra Silva, de 34 anos, diz ter "sido atirada para o desemprego”, ao terminar o contrato de três meses – agosto, setembro e outubro – numa unidade hoteleira do barlavento (oeste) algarvio. “Há sete anos que sou uma trabalhadora sazonal, com contratos que variam entre os seis e os oito meses. Este ano, apenas consegui um contrato de três meses. Não sei como

será o futuro, nem o meu, nem o dos meus filhos”, lamentou.

Muitos procuram um trabalho que lhes garanta o sustento financeiro Ao contrário do que se verificava em anos anteriores, este ano tem sido reduzido o movimento junto ao IEFP de Portimão no final da chamada época turística alta, com muitas pessoas a procurarem, não a atribuição de subsídio de desemprego, mas sim, um trabalho que lhes garanta o sustento financeiro. É o caso Fernando Carlos, de 46 anos, em ‘lay-off’ ao fim de 15 anos a trabalhar num restaurante de uma unidade hoteleira e que recorreu ao IEFP “na expectativa de encontrar um outro trabalho que permita compensar a perda de rendimento mensal”. “Tenho família para sustentar e o dinheiro que recebo é insuficiente para pagar todas as despesas”, apontou. A poucos metros de distância, Dora, uma ucraniana de 31 anos, aguardava para ser atendida, depois de perder o emprego que tinha numa pastelaria de Portimão, após o proprietário ter encerrado o estabelecimento alegando “não haver clientes”. “Há dois anos que ali trabalhava com outras quatro pessoas, mas no início de novembro o patrão, infelizmente, decidiu encerrar e ‘mandar’ todos para o desemprego, porque tinha poucos clientes”, lamentou a jovem mãe de um filho de cinco anos. Sem perspetiva da reabertura e de um normal funcionamento de grande parte das unidades hoteleiras no

Algarve – a maioria das quais localizadas em Portimão e Albufeira -, a recuperação de empregos no setor turístico “é de imprevisibilidade”. Contactados pela Lusa, dois dos maiores grupos hoteleiros a operarem na região, detentores de vários hotéis, afirmaram que “os serviços foram reduzidos ao mínimo, face à quebra verificada no setor”.

Grupo Pestana apenas manterá em funcionamento um hotel e as pousadas De acordo com Pedro Lopes, do Grupo Pestana, dos oito hotéis, três pousadas e cinco campos de golfe do grupo no Algarve, apenas “se manterá em funcionamento um hotel e as pousadas, sem que exista uma data para a reabertura das outras unidades”. “Aquelas unidades vão manter-se a funcionar, mas a situação é variável. Hoje estão, mas amanhã podem não estar”, avançou. Segundo o responsável, o Grupo Pestana, com cerca de 500 funcionários em permanência, “este ano não fez contratações para o verão, utilizando a mobilidade de colaboradores no seio do grupo, ao contrário de outros anos em que eram feitas cerca de 300 contratações no pico da época alta”. “Este ano recorremos a colegas nossos de outras zonas do país. Portanto, como não contratámos também não mandámos ninguém para o desemprego. Pode um ou outro contrato que acabava agora não ser renovado, mas acontece ao longo de todo o ano”, apontou.

Por seu lado, Jorge Beldade, diretor regional de operações do Grupo Tivoli, adiantou à Lusa que dos seis hotéis que a cadeia hoteleira tem no Algarve, apenas metade se vai manter em funcionamento. “Vamos manter três hotéis em funcionamento, mas tudo vai depender das restrições devido à pandemia. É provável que mais alguns hotéis fechem ou que outros possam reabrir no inverno”, sublinhou. Já quanto aos funcionários, Jorge Beldade adiantou que “não haverá despedimentos”, embora se preveja que alguns se mantenham em ‘lay-off’. Num verão normal, o Tivoli Hotels & Resorts tem na região cerca de 1.000 pessoas a trabalhar. Face à diminuição de empregos e ao aumento do número de desempregados, têm aumentado os pedidos de ajuda social às autarquias para fazer face às despesas com rendas de habitação e alimentação. De acordo com dados disponibilizados pela Câmara de Portimão, em setembro e outubro foram atribuídos 21 novos subsídios de apoio ao arrendamento, num total de 213 processos ativos no concelho, 18 tarifas sociais de água (555 processos ativos) e 20 subsídios de apoio à aquisição de medicação (102 processos ativos). Segundo aquele município, as ajudas sociais estendem-se também ao nível da entrega de refeições confecionadas e cabazes de produtos não perecíveis e frescos, tendo sido distribuídos em média, até outubro, 745 unidades a agregados familiares, através de várias instituições.


CADERNO ALGARVE

Postal, 20 de novembro de 2020

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Flash GP

Jardim de Montechoro entra em obras

O

Jardim de Montechoro, em Albufeira, vai entrar em obras, com vista à sua total recuperação. Prevê-se que a intervenção, no valor aproximado de 300 mil euros, fique concluída até ao final do ano. O presidente da Câmara de Albufeira diz que o Jardim de Montechoro “faz parte da identidade de uma das principais zonas turísticas da cidade e das memórias de várias gerações de albufeirenses, que ao longo dos anos escolheram o local para marcar um dos dias mais importantes das suas vidas, nomeadamente como cenário privilegiado para as mais bonitas fotos de casamento”. A obra, uma vez concluída, irá contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população, que desta forma recupera um espaço icónico de lazer e convívio, agora com a vantagem de ser um jardim totalmente inclusivo, cumprindo todas as regras atualmente definidas pela legislação em vigor em matéria de mobilidade, defende José Carlos Rolo. “Para

além disso, é a imagem da cidade que sai a ganhar, com um espaço totalmente reabilitado, sendo de destacar que na execução do projeto houve uma enorme preocupação em manter a coesão da malha urbana existente, mais concretamente ao nível dos edifícios e da paisagem envolvente”, acrescenta. O espaço encontrava-se bastante degradado, o que levou o Município a abrir procedimento concursal destinado a promover a requalificação da zona. A empreitada foi adjudicada no passado dia 10 de setembro, pelo valor de 271.121 euros, sem IVA, e o auto de consignação da obra assinado no dia 26 de outubro, prevendo-se que os trabalhos fiquem concluídos no prazo de sessenta dias, ou seja na última semana de dezembro.

Espaço encontrava-se bastante degradado “O lago, que atualmente se encontra sem água, peixes e tartarugas (provisoriamente colocados num outro jardim da cidade até que termine a

obra), irá ver totalmente substituído o sistema de efeitos de água que se encontra obsoleto há vários anos”, explica a Câmara de Albufeira. Com vista a possibilitar a convivência entre efeitos de água e vida animal, sem esquecer o caráter lúdico do local, conhecido por muitos como o “Jardim dos Casamentos”, prevê-se “a implementação de efeitos de água simples compostos por jatos borbulhantes e micronizações

iluminadas com cor – efeitos de grande impacte visual sobretudo à noite – que reforçam o caráter festivo do equipamento”. As árvores existentes serão mantidas, sendo reforçada toda a zona verde com a plantação de novas espécies arbóreas. Paralelamente, está prevista a colocação de novo mobiliário urbano, nomeadamente bebedouros, mesas de piquenique, bancos e iluminação.

Reciclamos.

Estoril mantém recorde de vitória pela margem mais curta de sempre O Autódromo do Es-

toril, que durante 13 anos acolheu o Grande Prémio de Portugal de motociclismo de velocidade, foi o palco da vitória pela margem mais curta de sempre no Mundial de MotoGP, em 2006. Foram apenas dois milésimos de segundo que separaram o espanhol Toni Elias (Ducati) do italiano Valentino Rossi (Yamaha), que viria a perder o campeonato na prova seguinte, no circuito de Valência, para o norte-americano Nicky Hayden (Honda), precisamente por cinco pontos, os mesmos que perdeu no Estoril. Mas a história do Grande Prémio de Portugal começa 19 anos antes, em 1987, quando se disputou a primeira edição, em Espanha, no circuito de Jarama, em Madrid. A categoria ‘rainha’ chegaria a solo nacional no ano 2000. Dessa vez, foi o sul-africano Garry McCoy (Yamaha), conhecido como o rei das derrapagens, o primeiro a celebrar no Estoril. Valentino Rossi, apesar do desgosto sofrido em 2006 e de não apreciar o traçado do circuito cascalense, é o mais bem sucedido, com cinco triunfos, todos na classe rainha, a de MotoGP e, antes dela, 500cc.

Não Reciclamos.

Algarve

NA RECICLAGEM, TODOS SOMOS PARTE. PORQUE O FUTURO DO PLANETA NÃO É RECICLÁVEL. Coordenação:

Cofinanciado por:


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CADERNO ALGARVE

Postal, 20 de novembro de 2020

REGIÃO Algarve e os novos desafios

Não se podem voltar a cometer os erros do passado Balanço de quarenta anos de obra feita e seis olhares para o futuro. Com um foco no essêncial: o Algarve não pode voltar a cometer os

erros de um passado remoto. O POSTAL recolheuasrespostasdetodososantigospresidentes da CCDR do Algarve, às seguintes perguntas:

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As ações mais relevantes que tenham marcado o seu mandato em face da autonomia e competências existentes à época para a CCRA;

2 No quadro da realidade actual do Algarve, que

projetos ou ações programáticas definiria, em termos de prioridades, como mais importantes?

Algarve não pode regredir

Diversificação da base económica

Saúde, mobilidade e ferrovia

David Assoreira (1980-1996)

João Guerreiro (1996-2003)

José Campos Correia (2003-2007)

1

Relembrar 16 anos de actividade iniciados a 4 de dezembro de 1980 numa região em que a produção de trabalhos e projetos que mudaram o seu perfil, dada a importância do Algarve como região turística e a necessidade de a dotar com um organismo capacitado para intervir na área de planeamento e desenvolvimento regional, foi a marca determinante que eu quis incutir ao organismo que tive o prazer e a honra de iniciar e presidir. Porque o espaço disponível para traduzir em poucas palavras o notável trabalho desenvolvido, como resposta ao desafio que foi colocado a uma equipa jovem, esteve sempre na entrega dos que nela trabalharam com espírito de missão, competência profissional e dedicação, porque se identificaram com os propósitos do desafio, que era, mesmo no início da sua actividade, alcançar resultados muito positivos. Por isso resta-me elencar o imenso trabalho desenvolvido correndo o risco de só selecionar as acções e os projectos mais importantes para o desenvolvimento da região sem os pormenorizar técnica e financeiramente, e retirar, porventura, acções importantes na definição da estratégia de mudança que foi definida e concretizada. Assim destaco: - Apoio na aplicação da linha de crédito bonificado de 3 milhões de contos para suportar as obras de saneamento básico mais urgentes para as C.M. com um juro de 3%; - Marginal do Guadiana; - Financiamentos externos com apoio do Gab. Coop. Externa; portos de Olhão e Ferragudo; PIDR do nordeste algarvio; PIDRd do Baixo Guadiana e Ria Formosa; - Pré-adesão e adesão à CEE; - QCA1 89/93 e QCA2 94/98; - Programas Operacionais plurifundos Barlavento e Sotavento;

1

O meu mandato (1996-2003) correspondeu a um ciclo com fortes apoios comunitários. As intervenções mais marcantes destinaram-se a projetos de renovação urbana e ambiente. Talvez o mais simbólico, com enorme impacto a longo prazo, foi o fomento da rede de Bibliotecas Municipais. Uma outra iniciativa relacionada com o interior foi lançada em torno das Aldeias do Algarve, incidindo num conjunto de pequenos núcleos com história, distribuídos por toda a região, valorizando aspetos relacionados com a gastronomia, com os recursos locais, com a arquitetura, com as artes tradicionais e com a renovação urbana. A vocação mediterrânica traduziu-se no desempenho da Presidência da Comissão Intermediterrânica durante dois anos.

2

O futuro da região depende fortemente da atenção que se prestar às condições de vida dos residentes. A expansão do turismo, revelando uma grande capacidade de criar emprego e riqueza, entorpeceu as outras atividades e condicionou fortemente os investimentos públicos. O resultado está explicitado na situação que se vive atualmente na região. Sem negar a importância do turismo, a organização sócio-territorial da região, os seus investimentos e a sua afirmação têm de se reorientar e privilegiar a população residente (atual e futura). É a população residente que, de forma sustentada, anima o comércio, os mercados, as empresas, as escolas, os teatros, os transportes, os complexos desportivos e, naturalmente, o turismo. Sem esse tecido social de base, continuaremos a ser uma estância de veraneio, excessivamemte dependente dos humores do exterior.

1

Relativamente ao meu mandato, que foi exercido entre 2003 e 2007, destacaria a oportunidade que tive de coordenar a elaboração, em paralelo e em simultâneo, de dois instrumentos de estratégia fundamentais para o desenvolvimento da Região. A saber, o Programa Operacional do Algarve (QREN 2007-2013) e o novo Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT Algarve). A ambição e a visão para o Algarve eram idênticas em ambos, as medidas estruturais cruzavam-se e o suporte financeiro tinha uma base comum, maioritariamente comunitária. Deste modo, através de um conjunto de estratégias e medidas coerentes e articuladas, penso que foi possível dar um contributo para a coesão económica, social e territorial do Algarve, bem como para a eficácia das intervenções que se seguiram.

2

Para ser sintético, como me é pedido, destacaria agora dois domínios. Um deles o da Saúde, matéria em que a Região, desde há muito, apresenta insuficiências notórias, ultimamente agravadas pela pandemia. O outro seria o da mobilidade, na vertente ferroviária, através de uma linha regional modernizada, com ligações adequadas às redes nacional e europeia, esta última via Andaluzia. Nesta matéria, hoje como ontem, continuo também a considerar do maior interesse a adaptação de parte da rede regional à mobilidade ligeira, servindo e ligando os centros urbanos com maior potencial para o aumento da competitividade regional. Nessas ligações, procuraria incluir os equipamentos mais relevantes, como sejam a universidade e polos universitários, o aeroporto, e também alguns dos principais equipamentos desportivos e centros turísticos e de lazer.

- PDR Plano Desenvolvimento Regional; - Plano Regional de Ordenamento 1991;

Nota da Direção

- QCA1 89/93 e QCA2 94/98;

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Prioridades: Hospital Central; Gestão de recursos hídricos. Resta-me registar com agrado, que passados 40 anos da existência da CCR, o Algarve progrediu muito, está melhor, mas há uma necessidade premente de muita atenção e cautela, na aposta do planeamento, para não descambar e abrir o caminho à regressão.

Partimos de um princípio geral: em democracia, um agente político no desempenho de um cargo público, tem como dever fundamental, quando solicitado, mostrar-se disponível para prestar todas as

informações que considere relevantes sobre os assuntos ligados ao exercício das suas funções. Ao longo dos anos, foi essa a atitude dos antigos presidentes da CCDR Algarve que de novo, hoje, prontamente se dispuseram a colaborar nesta edição do Postal do Algarve, respondendo às questões

que lhe foram colocadas num prazo de tempo verdadeiramente curto. Infelizmente, o mesmo não se pode dizer do Presidente eleito, José Apolinário. Ao pedido de entrevista do Postal do Algarve, previamente combinada para depois da cerimónia de posse, respondeu com o silêncio, apesar dos telefonemas e dos emails >>


CADERNO ALGARVE

Postal, 20 de novembro de 2020

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REGIÃO

Economia verde

Eletrificação da linha do Algarve

Hospital e abastecimento de água

João Faria (2007-2011)

David Santos (2012-2016)

Francisco Serra (2016-2020)

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O investimento público/europeu na região concentrou-se nos anos 80 nas áreas críticas da água e saneamento, Depois, passou-se às acessibilidades, às infra-estruturas educativas, à renovação urbana e ao apoio direto ao sector produtivo. Seguiram-se, o apoio aos equipamentos públicos e à dinamização do “Algarve interior”. Foi nesta sequência que entre 2007 e 2011 se procurou focalizar os apoios nas áreas onde poderiam fazer a diferença. No turismo, orientado os apoios para intervenções em zonas menos desenvolvidas e para equipamentos de animação e projetos com valor patrimonial. E apoiou-se prioritariamente a diversificação da economia, seja na modernização de actividades tradicionais ou em sectores novos inovadores, muitos em ligação com as áreas de saber mais competitivas da Universidade do Algarve. É evidente, nem tudo correu bem. A estrutura produtiva pouco se diversificou, a mobilidade regional em transportes públicos continuou deficiente. E, por último, progrediu-se pouco na afirmação de uma verdadeira governança regional, essencial para responder a problemas que já não eram locais mas sim regionais.

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O momento actual é de emergência. Mas importa que a recuperação seja aproveitada para fazer melhor. A transição para uma economia mais verde, com uma estrutura produtiva mais robusta e diversificada deverá ser o grande objetivo mobilizador. Capaz de criar empregos mais bem remunerados. Que não repliquem em cada município o que se faz no município do lado, mas explorem complementaridades num quadro regional.

>>

enviados insistentemente ao longo de quase um mês, para esse efeito. Estamos convictos de que este episódio não passará disso mesmo: um momento excecional motivado certamente pela agenda compreensivelmente

1

Como ações mais relevantes, na qualidade de presidente da CCDR Algarve, nomeio a responsabilidade que tive, de preparar e coordenar a elaboração e aprovação do Programa Operacional Regional do Algarve 2014/2020 (CRESC ALGARVE2020), onde o objetivo central era concluir (aprovado pela Comissão Europeia), com sucesso, um Programa Operacional Regional em linha com os prazos e orientações nacionais do Portugal 2020. Tinha como objetivos principais da coordenação e gestão, garantir uma participação regional alargada, assegurar pontos de consenso, o reconhecimento nacional e europeu das posições regionais, articulando posições em torno de um referencial estratégico. Ora, para o sucesso que tivemos, saliento os pontos fortes, que foram decisivos no processo de gestão do CRESC 2020: - Pela primeira vez na Região, é assinado um protocolo para preparação dos trabalhos de programação entre sete associações empresariais (representam mais de 90% do tecido empresarial do Algarve), universidade e municípios, assegurando a participação privilegiada dos setores e públicos-alvo; - Apresentação de uma proposta regional para a especialização inteligente em dezembro de 2013, validada pelo perito da DG REGIO e submetida a Peer Review da plataforma de Sevilha da DG REGIO; - Consensualização de uma proposta de modelo de Governação para o Algarve com os atores regionais e a Comunidade Intermunicipal (AMAL); - Apresentação de proposta de Programa Operacional em Dezembro de 2013 à CE para discussão informal.

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A base económica, do Algarve, assenta no turismo. A maioria das atividades económicas estão de forma direta/indireta ligadas ao turismo. Dada a relação direta que os efeitos da pandemia nos provocam, com pesados reflexos no aumento do desemprego, bem como o adiamento de projetos essenciais para vencer obstáculos crónicos, considero que são essenciais, as seguintes intervenções:

Na saúde - Novo Hospital Central do Algarve (lembro que estudos técnicos dizem que é a segunda prioridade a nível nacional, mas, como todos sabemos, não avançou, ao contrário de outros); Na ferrovia - Ligação ferroviária ao Aeroporto de Faro, bem como conclusão da eletrificação da Linha do Algarve, visando potenciar a ferrovia como alternativa na mobilidade da região. Prever, em conjunto com as autoridades espanholas a ligação ferroviária transfronteiriça; Na rodovia - Requalificação da EN 125, Olhão - VRSA, priorizando as variantes, evitando atravessar áreas urbanas; No ambiente - Construção da barragem da Foupana, edificação de bacias de retenção e desenvolvimento da solução Guadiana, de modo a combater a seca e assegurar o abastecimento doméstico sobrecarregada do recém e das atividades econômicas e realização de investimentos eleito presidente da CCDR que potenciem a reutilização de águas residuais; Algarve. No mar - Intervenções nos Portos de Portimão (visando Não faltarão, seguramente, o aumento da capacidade para cruzeiros) e Faro (visando novas oportunidades, logo que o desenvolvimento da náutica e a recuperação de zonas seja possível compatibilizar ribeirinhas degradadas). a nossa sempre total Dar passos seguros, na direção da última grande reforma disponibilidade com a agenda estrutural inscrita no texto constitucional de 1976, que do presidente José Apolinário. ainda se encontra por concretizar, a REGIONALIZAÇÃO do Algarve.

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Após uma profunda crise (2008-2014), a região do Algarve iniciou uma recuperação notável em vários indicadores económicos e sociais: a taxa de variação real do PIB alcançou 5% em 2016 e 5,4% em 2017, evoluindo de um peso relativo de 4,5% para 4,9% do PIB nacional (valores aproximados), cumprindo assim o “objetivo mobilizador” contratualizado com a Comissão Europeia no âmbito do CRESC Algarve 2020. No mercado de emprego inverteu-se a tendência para a perda de postos de trabalho, tendo a taxa de emprego 20-64 anos ascendido a 78,1% em 2019, valor mais elevado do que a média nacional e europeia e superior ao “objetivo mobilizador” contratualizado com a Comissão Europeia no âmbito do CRESC Algarve 2020. Entre 2016 e 2020 a região concretizou alguns investimentos estruturantes, como por exemplo, a ampliação do aeroporto, as novas ETAR da Companheira e de Faro-Olhão, a intervenção para a navegabilidade do Guadiana, as obras de adaptação para a instalação do Pólo Tecnológico na Universidade do Algarve e a aprovação de diversas candidaturas para modernização tecnológica e capacitação da Administração Pública e de infraestruturas de apoio à investigação científica.

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Já estão em vias de concretização diversos investimentos cuja prioridade a CCDR Algarve ajudou a definir e a financiar com fundos europeus, nomeadamente, ferrovia, infraestruturas de apoio ao combate a incêndios florestais e a operações de socorro, investigação na área da saúde, do mar, do turismo e da digitalização (Região Inteligente Algarve). Outras ações que reputo de importantes e prioritárias são a construção do Hospital Central e a requalificação de outras infraestruturas de saúde da região, o investimento em soluções para garantir o abastecimento de água para consumo humano e o investimento em infraestruturas para melhorar as condições de ensino profissional.


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Postal, 20 de novembro de 2020

Atitude

Vila Real de Santo António ilumina concelho para apoiar comércio local

Recolha Solidária de Brinquedos A Semana Europeia da

Prevenção de Resíduos (SEPR), que decorre entre 21 e 29 de novembro, este ano tem como tema central os ”Resíduos invisíveis”. De acordo com o site oficial da european week for waste reduction, “a produção de um smartphone com menos de 200 gramas entregue numa embalagem pequena gera 86 quilos de resíduos”. Falamos dos resíduos que resultam dos processos de fabricação dos produtos. Grande parte dos resíduos invisíveis não podem ser reciclados e têm como destino os aterros. Todos podemos agir e contribuir para reduzir o desperdício invisível. A Algar e a Entrajuda associam-se todos os anos à SEPR, incentivando a prevenção de resíduos através da promoção de uma campanha de angariação de brinquedos usados (bonecos, bolas, livros, jogos, cds, entre outros) intitulada “Recolha Solidária de Brinquedos”, que vai estar a decorrer em todas as instalações da Algar, até final do mês de novembro e com a qual poderá contribuir.Os brinquedos angariados, estando em bom estado de conservação, serão depois entregues às famílias carenciadas apoiadas pela Instituição de Solidariedade Social Entrajuda.

A

Câmara de Vila Real de Santo António já inaugurou as iluminações de Natal nas suas três freguesias. Em ano de pandemia provocada pela Covid-19, a autarquia "não quis deixar de trazer um pouco de alegria às três freguesias do concelho, optando pela iluminação das principais artérias". Por outro lado, a medida visa "incentivar a compra antecipada dos presentes de Natal e procura apoiar o comércio tradicional, setor que tem sido fortemente afetado pelas restrições provocadas pela Covid-19", conforme explica a autarquia vila-realense em comunicado. Em Vila Real de Santo António, as iluminações de Natal foram colocadas na Praça Marquês de Pombal, Rua Teófilo Braga e Rua 5 de Outubro. Em Monte Gordo, a iluminação está presente na Rua Pedro Álvares Cabral, estendendo-se até ao casino. Já em Cacela, as luzes natalícias estão situadas na Avenida Manuel G. Rosa Mendes, no centro da vila. O município também colocou ornamentos e iluminação nas rotundas da EN 125 e promoveu a decoração natalícia da Praça Marquês de Pombal.

As luzes natalícias nas principais ruas visam incentivar a compra antecipada dos presentes

FOTO D.R.

© Bart Kouwenberg

DOIS MINUTOS PARA OS DIREITOS HUMANOS 1. GLOBAL A Maratona de Cartas, o maior evento global de ativismo, já começou. Nesta edição, a Amnistia Internacional desafia pessoas em todo o mundo a agirem por defensores de direitos humanos em risco, como os jovens conhecidos por “El Hiblu 3” (Malta), Germain Rukuki (Burundi), o Grupo de Solidariedade LGBTI+ da Universidade Técnica do Médio Oriente (Turquia), Jani Silva (Colômbia), Nassima al-Sada (Arábia Saudita) e Paing Phyo Min (Myanmar). Saiba tudo em www.amnistia.pt/maratona.

2. PORTUGAL O Encontro de Jovens Ativistas (EJA) da Amnistia Internacional chega, este ano, em formato online e centrado no impacto da COVID-19 nos direitos humanos. Organizado entre os dias 27 e 29 de novembro, o evento vai ultrapassar os obstáculos da pandemia e continuar a ser um espaço de encontro, aprendizagem e ativismo, esperando juntar até 80 jovens dos 15 aos 24 anos. Desde a primeira edição, em 2000, o EJA já reuniu cerca de 1700 participantes.

4. BIELORRÚSSIA 2

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Junte-se a nós. Encontre o grupo mais perto de si em www.amnistia.pt/grupos

As autoridades pretendem acusar 231 manifestantes pacíficos, que incorrem em penas de prisão até três anos, por serem suspeitos de “organizar ou preparar atividades que violam gravemente a ordem pública”. O protesto em que participaram, denominado “Marcha contra o terror”, levou à detenção de cerca de 300 pessoas. Antes e depois da reeleição de Alexander Lukashenko, o país assiste a uma campanha de intimidação e perseguição contra quem contesta o presidente e o resultado eleitoral.

3. ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA A Amnistia Internacional está a monitorizar e expor eventuais violações de direitos humanos relacionadas com manifestações após as eleições de 3 de novembro. O acesso a armas de fogo, juntamente com o incitamento à violência e a ausência de condenação pública de grupos supremacistas brancos pelas mais altas instâncias, deixam o país vulnerável a distúrbios civis e políticos. A organização também vai analisar ativamente plataformas online para verificar violações que possam ocorrer no espaço digital.

5. POLÓNIA A decisão de anular a constitucionalidade do acesso ao aborto com base em “defeito grave e irreversível ou doença incurável que ameace a vida do feto” viola os direitos humanos de mulheres e jovens. Em diversas ocasiões, o partido Lei e Justiça, que ocupa o poder, movimentou-se para restringir a saúde e os direitos sexuais e reprodutivos, inclusive através de uma proposta de lei que previa a proibição total do aborto. Protestos em massa foram organizados em vários pontos do país.


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Postal, 20 de novembro de 2020

REGIÃO

Empreitada

RTA prepara empresários para turismo de natureza e cultural

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Região de Turismo do Algarve (RTA) tem em curso até ao final do ano um programa de ações de sensibilização e de capacitação com o objetivo de promover a sustentabilidade do património natural e cultural do destino, envolvendo mais de 230 empresas e profissionais do setor turístico regional e sem encargos para os participantes. “O tiro de partida foi dado no início de novembro com a organização de uma ação de capacitação para qualificar as unidades de alojamento algarvias que operam no segmento de caminhada e/ ou bicicleta”, explica a RTA em comunicado. A elevada procura por esta primeira ação de capacitação, motivada pelo setor do alojamento turístico – da hotelaria ao alojamento local e turismo no espaço rural –, esgotou as inscrições previstas e originou uma lista de espera, revelando o crescente interesse das unidades de alojamento no turismo de natureza. A ação de capacitação “Bike & Walk Friendly” para unidades de alojamento realiza-se no âmbito da candidatura “SustenTUR Algarve – preservação do património natural e cultural da região do Algarve” ao “Programa VALORIZAR – Linha de Apoio à Sustentabilidade”, do Turismo de Portugal. No âmbito da mesma cand idat ura “SustenT U R Algarve”, a RTA convidou os profissionais de empresas de animação turística a participar na ação de sensibilização e capacitação “O nosso Património Cultural”, que conta com a colaboração da Direção Regional de Cultura do Algarve e dos municípios de Faro, Tavira e Silves. A iniciativa promove “a sustentabilidade do turismo através da valorização e preservação dos bens culturais da região, incentiva a uma correta comunicação e a uma melhor experiência turística e cultural do património edificado e estimula a adoção de boas práticas de visitação atra-

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vés da realização de visitas orientadas nos municípios que integram o programa”, indica a RTA.

As acções qualificam mais de 230 empresas e profissionais do setor turístico regional e não têm encargos para os participantes Por sua vez, “as ações de capacitação ‘O nosso Património Natural’, dirigidas aos operadores marítimo-turísticos da área do Parque Natural da Ria Formosa e do barlavento algarvio, cuidam de promover a proteção do ambiente e a conservação e valorização do património natural da região e também resultam da candidatura ‘SustenTUR Algarve’”, acrescenta. O programa integra um ciclo de ações de capacitação “Rota Eurovelo 1

e Percursos Cicláveis no Algarve” destinadas aos profissionais de informação turística da Região de Turismo e dos municípios do Algarve, fruto de uma dupla candidatura “Atlantic On Bike”, projeto cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) através do Programa INTERREG Espaço Atlântico, e “SustenTUR Algarve”, respetivamente. A rota ciclavel transnacional “EuroVelo 1 – Rota da Costa Atlântica” combina, ao longo de mais de 9100 quilómetros, os majestosos fiordes da Noruega, a costa selvagem da Irlanda e as praias banhadas pelo sol de Portugal, cruzando o Algarve de Vila Real de Santo António a Odeceixe, num percurso com perto de 300 quilómetros de extensão. Tavira, Faro, Albufeira e Lagos recebem sessões de capacitação sobre a rota EuroVelo 1, enquanto São Brás de Alportel, Silves e Monchique acolhem sessões dedicadas aos percursos cicláveis no Algarve. As sessões são conduzidas por técnicos especializados em cycling e além de formação em sala incluem uma saída de campo para a realização de um troço ciclável com cerca de cinco quilómetros de extensão.

Lota de Santa Luzia avança com obras de beneficiação

A Docapesca adjudicou a empreitada de beneficiação do posto de venda de pescado de Santa Luzia, no concelho de Tavira, pelo valor de 35.500 euros e um prazo de execução de 50 dias. "A intervenção contempla, entre outros trabalhos, a remoção da cobertura em fibrocimento (que contém amianto) e a sua substituição por naturocimento e abrange ainda a pintura do edifício e a substituição dos portões, portas, vidros, redes mosquiteiras, caixilharia fixa, calhas de correr, perfis, aduelas, guarnições e ferragens", explica a Docapesca. "Esta intervenção será realizada sem interrupções da atividade desenvolvida no posto", garante. De salientar que o posto de venda de pescado de Santa Luzia transacionou em 2019 cerca de 324 toneladas de pescado, que representaram vendas no montante de 2,22 milhões de euros, com natural incidência no polvo-vulgar, tão característico desta lota.


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Postal, 20 de novembro de 2020

Poesia Prémio “Calceteiros de Letras” vai para... O poeta

algarvio Pedro Jubilot recebeu o prémio "Calceteiros de Letras", atribuído pelo Ginásio Clube de Faro pela sua ação e dedicação na divulgação da palavra e poesia. O Ginásio Clube de Faro instituiu o prémio com o objetivo de reconhecer e premiar uma personalidade ou instituição pelo seu papel no mundo da poesia e da palavra dita. Pedro Jubilot desde muito jovem que dedica parte da sua vida à criação artística. Editou fanzines, webzines, folhas volantes. Escreveu e publicou contos. Editou e escreveu livros. Foi colaborador de jornais, na área da cultura, como Caderno de Artes Cultura.Sul com edição em papel no jornal Postal do Algarve, e dinamizou associações culturais e artísticas, participou em encontros literários diversos e criou eventos culturais icónicos, como é o caso dos encontros entre músicos e poetas, “Poemus”, fundindo música e poesia, que levaram centenas de pessoas, à Casa Álvaro de Campos, em Tavira. O escritor foi criador, inventor e construtor da “CanalSonora”, editora independente, sem fins lucrativos e centrada na divulgação artística, que tem vindo a desenvolver um trabalho intenso e incansável na divulgação de escritores, fotógrafos e outros artistas. O prémio "Calceteiros de Letras", criado pelo artista farense João Franck, foi entregue por Graça Lobo, da Direção Regional de Cultura do Algarve, no encerramento do Festival Spoken Word – 4ª edição Calceteiros de Letras no passado dia 15 de Novembro.

Milage Aprender+ entregou prémio a aluno com 20 valores a Matemática Paulo Taveira foi premiado com um iPad FOTO D.R.

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plat a for ma M i lage Aprender+, desenvolvida pela Universidade do Algarve, entregou o prémio nacional Classificação na disciplina de Matemática a Paulo Taveira, aluno da Escola Secundária de Vila Verde, em Braga, que concluiu o 10º ano de escolaridade com 20 valores. “Paulo Taveira, aluno da professora Lara Almeida, alcançou o primeiro lugar com 23.546 pontos e terminou o ano letivo com 20 valores a Matemática A. O aluno foi premiado com

Assine o

um iPad”, refere a Universidade do Algarve. A app Milage Aprender+ para além de contribuir para alcançar a excelência, permitiu ainda trabalhar em colaboração e cooperação com os restantes colegas. Na cerimónia de entrega do prémio, o aluno fez esse agradecimento, realçando: “por um lado, precisava que os colegas resolvessem os problemas para eu poder corrigir e, por outro, que corrigissem os problemas que eu fazia para atingir o maior número de pontos possível”. Ou seja, “consegui trabalhar para a excelência, ao mes-

mo tempo que incentivava os outros colegas a realizarem exercícios, contribuindo para o sucesso de todos”. Esta ferramenta consegue, assim, motivar e ajudar todos os alunos. Depois de no ano anterior vencer um aluno de nível 2 e um aluno de nível 3, e ambos melhoraram, este ano vence um aluno de excelência que encontrou atividades desafiantes na plataforma e que, ao mesmo tempo, estimulou os colegas. O projeto Milage Aprender+ é coordenado por Mauro Figueiredo, docente do Instituto Superior de Engenharia

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da Universidade do Algarve. É apoiado pela Direção Geral de Educação, Associação de Professores de Matemática, Associação de Professores de Português, Associação Portuguesa de Imprensa, Câmara de Braga, Câmara de Lagoa, Câmara de Oeiras, Câmara de Silves, INCoDe, com o apoio das empresas Turbine Kreuzberg, SPIC, Visualforma, Dengun, The Inventors, Vilalara Thalassa Resort, Dom Pedro Hotels & Golf Collection, Oura Ocean Front, Conii Hostel, e do programa ERASMUS+, da União Europeia, projetos LEARN+ e INCOLLAB.

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Postal, 20 de novembro de 2020

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Sem-abrigo aumentam em Faro

com número de estrangeiros a crescer

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número de pessoas sem-abrigo em Faro está a aumentar e nos últimos meses verifica-se um “aumento significativo de estrangeiros” nesta situação no concelho, disse a coordenadora do Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-abrigo (NIPSA) de Faro. Segundo Vanda Balaia, em 2020 foram registados na base de dados daquele núcleo 104 processos sociais – dos quais, 74 deram entrada entre janeiro e abril e 30 entre maio e setembro -, estando atualmente em acompanhamento no concelho 62 casos. Em declarações à Lusa à margem da assinatura de um protocolo, aquela responsável esclareceu que, mesmo havendo 104 processos abertos, isso “não significa que essas pessoas ainda estejam todas no concelho”, por ser uma população que “anda muito entre concelhos”.

Impacto da pandemia já se faz sentir no aumento do número de sem-abrigo O aumento de sem-abrigo estrangeiros em Faro é um fenómeno relativamente recente - uma vez que, até agora, a maior parte desta população no concelho era de nacionalidade portuguesa -, sendo pessoas que, normalmente, apresentam perturbações do foro mental ou um historial de consumos, acrescentou.

De acordo com Vanda Balaia, o impacto da pandemia de covid-19 já se faz sentir no aumento do número de pessoas em situação de sem-abrigo no concelho, sendo que a maioria já pediu apoio às instituições locais. No entanto, um dos maiores constrangimentos, não só no concelho, como no distrito de Faro, é a “ausência de resposta em termos de alojamento” e o facto de o mercado de arrendamento estar “inflacionado”, o que dificulta a resposta social a esta população. Em Faro, os sem-abrigo são maioritariamente homens, solteiros, com idades entre os 30 e os 50 anos, sendo a maioria de nacionalidade portuguesa, embora sem raízes locais, ou seja, provenientes de outras zonas do país. A maior parte pernoita em casas abandonadas e apresenta como motivo para ter chegado à situação de sem-abrigo o alcoolismo, toxicodependência, desemprego ou problemas financeiros e familiares. Os termos do protocolo de parceria do NPISA de Faro, que envolve a autarquia e 16 parceiros sociais, foram na semana passada atualizados na sequência de uma revisão da Estratégia Nacional para a Integração das Pessoas em Situação de Sem-Abrigo até 2023. O núcleo, criado em 2010 e coordenado pelo município, tem como objetivo promover as condições de autonomia e do exercício pleno da cidadania da população em situação

Concurso de montras de Natal para dinamizar comércio de Lagos A Câmara de Lagos promove o concurso de montras de Natal com o objectivo de dinamizar o comércio local neste período de pandemia O concurso, dirigido a comerciantes que possuam estabelecimento no concelho de Lagos, decorrerá entre 1 e 25 de dezembro mediante a inscrição obrigatória em formulário online até ao dia 23 de novembro. O concurso de montras, integra a programação de Natal em Lagos, enquadra-se na estratégia de dinamização do comércio tradicional e do centro histórico de Lagos, bem como do seu património, incentivando a realização

de compras natalícias, o aumento da procura e a sustentabilidade económica dos estabelecimentos comerciais. “Tendo em conta os efeitos nocivos da pandemia na vida das famílias e na economia local, esta iniciativa vem apoiar os comerciantes do concelho e desenvolver um esforço coletivo de colaboração entre autarquia, iniciativa privada e comunidade para vestir e embelezar Lagos com o espírito do Natal neste período delicado”, afirma a autarquia lacobrigense. As montras natalícias serão avaliadas por um júri e os três primeiros estabelecimentos classificados receberão prémios monetários no valor de 500, 300 e 200 euros, anunciados no dia 6 de janeiro, Dia de Reis.

A maioria dos sem-abrigo no concelho de Faro já pediu apoio às instituições locais de sem-abrigo. De acordo com um levantamento feito até abril deste ano, o concelho de Faro tinha 83 pessoas em situação de sem-abrigo, a maioria sem teto (74), das quais 11 viviam em espaço público e 63 em local precário. No mesmo levantamento, foram identificadas nove pessoas no concelho que estavam sem casa e em alojamentos temporários. Em junho passado foi anunciado que Faro iria ter um centro de alojamento de emergência com capacidade

para acolher até 49 pessoas em situação de precariedade, naquele que será o primeiro equipamento do género no Algarve.

Até abril, o concelho de Faro tinha 83 pessoas em situação de sem-abrigo O centro, que vai ser instalado num edifício cedido pelo Ministério da Agricultura, em Braciais, na periferia de Faro, vai ter 30 lugares

FOTO D.R.

para alojamento de emergência, 20 dos quais destinados a alojamento temporário, por um período de três meses, e uma capacidade total máxima para alojar 49 pessoas. O Movimento de Apoio à Problemática da Sida (MAPS) é a entidade responsável pelo projeto da estrutura, que visa acolher pessoas e famílias em situação de precariedade, nomeadamente, em situação de sem-abrigo, desemprego, alvo de despejos ou com perdas de rendimento.


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Distinção Albufeira mantém 2ª posição nacional do barómetro Markteste Já

foram divulgados os resultados do estudo anual que analisa o desenvolvimento dos municípios portugueses. Albufeira volta a ocupar a vice-liderança nacional com um rating global de 13,9 valores, numa escala de 1 a 20, duas décimas abaixo do concelho de Aveiro, líder do estudo. Lisboa, Braga e Cascais completam por esta ordem, o top dos cinco municípios com melhor rating. O capítulo económico é aquele em que o concelho de Albufeira mais se destaca, atingido nesta área a liderança nacional. O barómetro “Municípios Online” é um instrumento lançado em 2014 que permite observar 39 indicadores baseados no dinamismo demográfico, económico e qualidade de vida. O objetivo é facultar novas ferramentas às entidades locais ou a empresas, para que possam observar, de forma rápida e intuitiva, os principais pontos fortes e fracos de cada um dos 308 concelhos do país. A aplicação disponibiliza mais de 600 variáveis para vários anos, organizadas pelos mais variados temas: Demografia; Famílias; Habitação; Educação; Saúde; Cultura; Empresas; Emprego e Desemprego; Agricultura; Energia; Construção; Comércio; Ramo Automóvel; Turismo; Banca; Eleições; Índices Marktest; Ratings concelhios. O rating é elaborado segundo três componentes distintas: dinamismo demográfico que reúne um total de oito indicadores; dinamismo económico que junta 16 indicadores; qualidade de vida que congrega um total de 15 indicadores. Cada indicador é classificado com uma notação de 1 a 20 tendo em conta a posição do concelho no conjunto dos 308 concelhos do país. As três componentes - demográfica, económica e qualidade de vida - têm uma notação média correspondente à média aritmética dos indicadores que a constituem. O rating concelhio total resulta igualmente da média aritmética das suas 3 componentes. Para José Carlos Rolo, presidente da Câmara de Albufeira, trata-se de “uma boa notícia, numa altura em que a pandemia domina as notícias do dia”. O autarca evidencia a sua “satisfação por verificar que Albufeira continua na vice-liderança deste estudo o que representa mais um motivo para fazermos mais e melhor, de maneira a mantermos os indicadores que nos são favoráveis e, simultaneamente, melhorarmos os aspetos em que estamos menos bem".

Postal, 20 de novembro de 2020

UAlg assina protocolo com a Huawei para apoiar formação de estudantes

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Huawei Portugal e a Universidade do Algarve (UAlg) formalizaram no passado dia 12 de novembro uma parceria para implementação da ICT Academy, dando assim a professores e alunos desta instituição de ensino superior da região algarvia acesso privilegiado a conteúdos e experiências formativas alinhadas com as necessidades do mercado de trabalho na área das Tecnologias de Informação e Co-municação (TIC). “Esta parceria com a UAlg vai explorar os campos do Cloud Computing e da Inteligência Artificial não só fornecendo soluções para as diferentes necessidades e exigências da instituição, mas também disponibilizando novos conteúdos formativos, a que se junta a certificação de docentes”, explica a Huawei em comunicado. Desta forma, seguindo o exemplo de parcerias já estabelecidas em Portugal, com o Instituto Politécnico de Bragança e o Instituto Piaget, com a implementação do programa ICT Academy na Universidade do Algarve, “a Huawei disponibiliza soluções multidimensionais para diferentes tipos de talento na área das TIC e níveis de necessidades, de forma a garantir que os modelos de cooperação respondem às exigências das instituições de ensino superior e das empresas”. Na sessão de assinatura do protocolo João Rodrigues, pro-reitor da Universidade do Algarve, enalteceu “o salutar empenho e o compromisso da Huawei na sua missão de investir no conhecimento e na inovação em estreita ligação com a academia”, ainda acrescentan-

Parceria visa desenvolver talentos e aproximar conteúdos académicos às necessidades das empresas do que o facto de o Algarve acolher cidadãos – e, consequentemente, estudantes – de vários pontos do mundo, “foi determinante para a UAlg passar a integrar a ICT Academy, um programa internacional com provas dadas e que será uma mais-valia para uma instituição que pretende aprofundar os laços com o universo empresarial”.

Huawei está presente em Portugal há mais de 15 anos De acordo com Diogo Madeira da Silva, Head of Public Affairs & Communications da Huawei Portugal, a associação à ICT Academy da Huawei “vai proporcionar aos estudantes e professores da Universidade do Algarve uma pro-

gressiva aprendizagem na utilização de tecnologia de última geração, dotando-os de ferramentas valiosas para as exigências da atualidade, sobretudo para fazer face a um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e global”. O responsável salientou ainda que a Huawei, presente em Portugal há mais de 15 anos, “continua a reforçar a sua associação e a transferência de conhecimento ao sistema de ensino português, fazendo-o no país como um tudo e não se focando apenas nas grandes áreas urbanas de Lisboa e Porto. No caso da Universidade do Algarve existe já um histórico de relação e estamos muito entusiasmados por criar agora um novo eixo de ligação, através deste programa”.

Lançada em Portugal no passado mês de julho, e integrando o programa TECH4ALL da Huawei, a ICT Academy tem como principal objetivo potenciar a transferência de conhecimento para as várias universidades portuguesas e aproximá-las da realidade das empresas e da inovação tecnológica, através do enriquecimento dos conteúdos formativos na área das Tecnologias de Informação e Comunicação. E, com o intuito de consolidar esta estratégia de conjugação de esforços com a academia, a Huawei criou, a nível global, o ICT Academy Development Incentive Fund, com um investimento total de cerca de 50 milhões de dólares a ser aplicado nos próximos cinco anos.

Autoridades pedem ajuda para reduzir mosquitos transmissores da dengue detetados no Algarve As autoridades de saúde do Algarve estão a pedir a colaboração da população para reduzir os locais de criação de mosquitos invasores que transmitem doenças como a dengue, febre-amarela ou zika, detetados em Loulé e em Faro Em declarações à Lusa, a delegada de Saúde do Algarve revelou que não há registo de mosquitos infetados com qualquer uma destas doenças no Algarve, pois apesar de o mosquito estar presente na região teria primeiro de picar pessoas doentes para haver transmissão. Segundo Ana Cristina Guerreiro, o ‘aedes albopictus’ - nome científico desta espécie de mosquito -, gosta

de “pequenas quantidades de água limpa”, como a que fica nos “pratos dos vasos, nos pneus dos automóveis ou em recipientes naturais”. A delegada de Saúde regional sublinhou que o mosquito “não gosta de sapais ou de água salobra”, procurando zonas onde se acumule “água da chuva ou da rega”, pelo que incita os cidadãos a reforçar a atenção a estes locais, procurando “reduzi-los”. A autoridade de saúde realizou já ações de formação dirigidas a funcionários do município, jardineiros, condomínios e moradores, uma vez que podem “contribuir para a redução da multiplicação do mosquito”, reforçou. Aquela responsável apontou também a necessidade e da população se proteger da picada dos mosquitos com a colocação de redes nas janelas das

habitações ou o uso de repelente. A deteção desta espécie de mosquito aconteceu após a colocação de armadilhas para captura, fruto de queixas de moradores na zona de Gambelas, na freguesia de Montenegro, junto ao Aeroporto de Faro, declarando “umas picadas diferentes”. A espécie invasora de mosquito ‘aedes albopictus’ foi detetada pela primeira em setembro de 2017 numa fábrica de pneus no norte do país, desencadeando uma resposta de vigilância por parte das autoridades de saúde pública a nível local, regional e nacional. Em 2018 foi detetado no Algarve, no concelho de Loulé, e, este ano, no concelho de Faro. Porém, neste momento “há o mosquito, mas nenhum tem a doença” já que para isso “tem de picar pessoas doentes”.

“Neste momento temos armadilhas em vários pontos do município de Faro, no perímetro da freguesia de Montenegro e da Ria Formosa de forma permanente”, adiantou. As autoridades de saúde têm vindo a “alargar o perímetro de investigação”, colocando armadilhas no concelho de Loulé, mas também no perímetro do aeroporto “numa das obrigações da monitorização de fronteiras”. O objetivo é reduzir a população de mosquitos para "adiar o mais possível" a existência dos mosquitos transmissores de doença em Portugal. Paralelamente, é feita também a monitorização ativa do mosquito transmissor do vírus do Nilo, já que este pode ter “transportado pelas aves migradoras”, concluiu.


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Postal, 20 de novembro de 2020

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BILHETE POSTAL

Castro Marim: em redor tudo, como se ali fosse o centro da terra! RAMIRO SANTOS Jornalista ramirojsantos@gmail.com

De um lado, o castelo. Do outro, o forte em forma de estrela. Entre os dois, o serpentear branco do casario rasteiro. Em volta, a neve dos jardins da flor de sal refulgindo ao sol. O castanho dos xistos refrescados pelo azul do rio. E os bandos de flamingos e cegonhas no parque natural ali ao lado Lá de cima, Castro Marim, é o olhar a 360 graus. Como se fosse um enorme mosaico de cortar a respiração. Vastos horizontes a perder de vista: Monte Gordo, Vila Real de Sto António, Tavira, Ayamonte, Andaluzia... e o grande rio do sul a abraçar o mar. E para norte, a serra ondulante de estevas e de cheiros a alecrim e rosmaninho. Com acenos do Alentejo! Em redor tudo! Como se ali fosse o centro da terra e tudo girasse à sua volta. Mas o castelo tem outro castelo lá dentro, onde há muitos anos se estabeleceu a primeira sede da Ordem de Cristo e se guardaram os segredos dos cavaleiros do Templo e do Infante. Foi praça de defesa avançada contra castela e a moirama. O forte de

S. Sebastião completava a linha de defesa. Um outro forte, de menores dimensões, de importância estratégica vital, foi ainda construído no cerro da Rocha do Zambujal, a nascente da vila, mas ligando-se quer ao antigo castelo, quer ao núcleo de São Sebastião. É o revelim de Santo António, uma pequena fortificação em forma de ferradura, dominante sobre o curso do guadiana e erguida precisamente para controlar as entradas e saídas do largo estuário do rio. E hoje, olhando para o alto do castelo e do forte, não se acredita que aquelas elevações, em vez de dois altos morros que o são, foram duas ilhas. Mas a este património histórico construído, junta-se também uma riqueza natural inestimável: a Reserva Natural do Sapal de Castro Marim, cheia de vida, de cores, de sons e movimento. Uma teia complexa de canais e pequenos espelhos de água espraiando-se por mais de 300 hectares. Um paraíso de fauna e de flora! E a cozinha por aqui é tão variada como a sua paisagem. Do mar, as douradas e os robalos. Do rio, a taínha e o muge. O sapal dá os caranguejos. E ainda o sal, uma actividade que já vem, pelo menos, do tempo dos romanos, e que marca e conserva o passado de Castro Marim e lhe tempera o futuro. A serra e os seus pequenos povoados, para além dos pratos de carne

de porco, das favas e das ervilhas, guarda ainda velhas tradições artesanais. Pequenos tesouros cada vez mais preciosos, porque cada vez mais raros: o trabalho em empreita, cestaria e tecelagem. E as rendas de bilros, que são o orgulho das mulheres que vão entrelaçando com mãos habeis o fino fio! Histórias que a memória tece, neste outono que a custo se vai despedindo do verão. Com a praia Verde, a do Cabeço e a de Altura, ali ao lado. A despertar os sentidos quentes de saudade!

Em cima: Vista Geral de Castro Marim: um olhar a 360 graus onde o castelo é o centro de tudo A meio: Ermida de Santiago erguida sobre a antiga igreja matriz, do sec XIV, onde havia também um convento que foi a primeira sede da ordem de Cristo Em baixo esq: As salinas parecem um jardim de neve brilhando ao sol Em baixo dir: Bando de flamingos na Reserva Natural de Castro Marim, exemplo de uma enorme riqueza de fauna e de flora FOTOS D.R.

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CADERNO ALGARVE

Breves Pedidos de apoio ao Banco Alimentar do Algarve

O Banco Alimentar (BA) do Algarve está atualmente a apoiar 25 mil pessoas, mas com o fecho de hotéis e restaurantes no inverno os pedidos deverão aumentar ainda mais, alertou o presidente da estrutura. “A situação no Algarve é preocupante. Tivemos um aumento de pedidos de ajuda no início da pandemia, passando de 16 mil para 24 mil pessoas, e desde há umas três, quatro semanas os pedidos aumentaram”, com 25 mil pessoas a receber agora apoio, revelou à Lusa o presidente da estrutura, Nuno Alves. Segundo aquele responsável, a expectativa é “das piores possíveis”, já que o encerramento das unidades hoteleiras e restaurantes na região poderá acontecer “ao longo das próximas semanas” com a consequente necessidade de haver mais pessoas a precisar de apoio. Nuno Alves conta que são muitas vezes os próprios hotéis que, ao encerrarem, contactam o Banco Alimentar para uma “recolha dos excedentes” de forma a que possam ser distribuídos por quem deles necessitar.

‘ABC-COVID’ vence prémio Manuel da Mota A Associa-

ção para o Desenvolvimento do Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve é a vencedora da edição 2020 do Prémio Manuel da Mota, com o projeto ‘ABC-COVID’. A Fundação Manuel António da Mota explica que o prémio, dedicado ao tema ‘Portugal vence a Covid-19’, visou distinguir “projetos inovadores de combate à crise epidémica e às suas consequências junto da população”, nas áreas da pobreza e exclusão social, da saúde, da educação, do emprego, da inovação e do empreendedorismo social, da inclusão digital e tecnológica e do apoio à família. A Associação vencedora, constituída pelo Centro Hospitalar Universitário do Algarve, pela Faculdade de Medicina da Universidade do Algarve e pelo Centro de Investigação em Biomedicina da Universidade do Algarve, foi distinguida com o primeiro prémio no valor de 50 mil euros pelo desenvolvimento do projeto, com impacto na população do Algarve, do Baixo Alentejo e do Alentejo Litoral, integrando várias iniciativas para mitigar a propagação da Covid-19 no país.

Postal, 20 de novembro de 2020

Reabertura dos CTT corrige "injustiça"

A

reabertura da loja dos CTT em Alcoutim é a correção de uma “injustiça” cometida quando foi encerrada, em 2018, disse o presidente da Câmara, Osvaldo Gonçalves. “A reabertura da loja é, no fundo, repor uma injustiça que nos fizeram. Estou obviamente satisfeito por isso. É importante enaltecer e reconhecer aqui o cumprimento do compromisso por parte dos CTT, que tinham garantido na Assembleia da República que iriam reabrir”, afirmou Osvaldo Gonçalves à Lusa. O autarca disse que tem mantido contactos com os gestores da empresa encarregada de assegurar o serviço postal em Portugal e, dentro do horizonte temporal definido e com os imponderáveis devido à pandemia de covid-19, a Câmara sente-se “satisfeita com o cumprimento dos prazos dados”. “Repito, é repor a injustiça que foi cometida quando fecharam. O município deu este tempo todo uma resposta, adaptando o edifício da Câmara para assegurar nas suas instalações os serviços do balcão dos CTT, e vai ser bom devolver este equipamento à loja de procedência”, acrescentou. Osvaldo Gonçalves enalteceu o “cumprimento da palavra e o compromisso assumido para a reabertura” da loja por parte da em-

Loja reabriu no mesmo local onde funcionava anteriormente

que tinha de ser corrigida. No fundo, é o reconhecimento de um erro que tinha sido cometido. Todos nós erramos, eles erraram e reconheceram o erro e nós estamos muito satisfeitos com isso”, afirmou ainda o autarca.

Os CTT reabriram a Loja CTT de Alcoutim, na passada segunda-feira no mesmo local onde funcionava anteriormente, na Rua Dom Sancho II, n.º 12. O espaço está aberto nos dias úteis das 9 às 12:30 e das 14 às 17:30 horas. A empresa destacou que “esta é a 22.ª Loja em sede de concelho a ser reaberta, no âmbito do compromisso público dos CTT de reabrir Lojas únicas em sede de concelho, tendo em vista o reforço da elevada proximidade às populações e da capilaridade da rede, não procedendo, como já foi tornado público, a novos encerramentos”. Os CTT explicaram que não têm “um cronograma definido para a reabertura de lojas” porque “é necessária uma análise detalhada a todas as variáveis envolvidas” para consumar essas aberturas, dando como exemplos “o espaço, os recursos humanos envolvidos, a relação existente com os parceiros e autarquias e as oportunidades em cada uma das localidades”. “Até ao momento da reabertura, as populações têm em cada local um posto de correio que presta todos os serviços do serviço público universal e ainda o pagamento de vales de pensões e faturas”, garantiu a empresa.

O artista recebeu o 1º Prémio de Pintura/Prémio Guerin de Artes Plásticas (1968), o Prémio Soquil (1970), o Prémio de Pintura IV Bienal de Cerveira (1984) e o Prémio BANIF de Pintura (1993). Manuel Baptista expõe regularmente desde 1958. Das suas mostras mais recentes, destacam-se a exposição “Fora de Escala - Desenho e Escultura 19601970”, Museu da Electricidade,

Fundação EDP, Lisboa - considerada pela Sociedade Portuguesa de Autores como a melhor exposição nacional de 2011 — e, já em 2019, “Sombras e Outras Cores”, na Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva (ambas com parceria da Fundação Carmona e Costa e curadoria de João Pinharanda), realizada em simultâneo com a mostra Zonas de Sombra, na Giefarte em Lisboa.

Osvaldo Gonçalves enalteceu o cumprimento da palavra e o compromisso assumido para a reabertura da loja por parte da empresa FOTO D.R. presa e considerou que este passo acaba por ser um “reconhecimento de que o encerramento das lojas dos CTT nas sedes de concelho onde não havia mais nenhuma loja era algo que não podia acontecer e uma injustiça

"Sombras e Outras Cores" no Museu Municipal de Faro O artista plástico Manuel Baptista inaugurou o 4º. ciclo de arte contemporânea com a exposição "Sombras e Outras Cores" Este novo conjunto de exposições programado até julho de 2021, designado por "Eklektikós", que prossegue a colaboração entre a Artadentro e o Museu Municipal de Faro, conta com o apoio do Município de Faro. "O título 'Sombras e Outras Cores'— homónimo da exposição recentemente apresentada na Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva —, tanto alude a constantes formais da obra de Manuel Baptista, como metaforicamente se refere a aspectos de outra ordem, presentes na sua produção artística", explica a Artadentro em comunicado.

"Nesta mostra, podemos admirar a maestria como conjuga o seu vocabulário formal de linhas, formas/ manchas, a cor e a própria rugosidade do papel, numa construção poética em sucessivas camadas de feliz e pura sensibilidade", destaca. A exposição pode ser apreciada até 22 de novembro, de terça a sexta-feira, das 10 às 18 horas, ao fim de semana, das 10:30 às 17. O farense Manuel Baptista nasceu em 1936, formou-se na Escola de Belas-Artes de Lisboa, onde foi professor. Foi bolseiro Gulbenkian em Paris e do Instituto de Alta Cultura em Ravena. Foi um dos artistas convidados pela secção portuguesa da AICA para participar na renovação da decoração do café A Brasileira, no Chiado em Lisboa. Entre 1990 e 2003, dirige as galerias municipais Trem e Arco, em Faro.

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OFTALMOLOGIA

Fábrica dos Óculos de Olhão

A saúde visual em tempos de teletrabalho Texto FILIPE VILHENA HENRIQUE DIAS FREIRE

V

er bem, para viver bem. A saúde visual tornou-se cada vez mais importante nos dias que correm, merecendo especial cuidado por parte de todos, não só pelas patologias que podem surgir (falta de vista, cataratas, glaucomas oculares e descolamentos de retina), como pelas novas tecnologias a que temos diariamente acesso e às quais dispensamos muitas horas, onde se inclui o teletrabalho. São novos os tempos que estamos a viver e, muitas vezes, a conversa presencial é trocada por uma videochamada; a ida a eventos presenciais trocada pelo direto no Facebook e os fins de semana a passar mais tempo em casa e, consequentemente, mais tempo em frente aos ecrãs.

em alguns pacientes cataratas, glaucomas oculares e descolamentos de retina. A idade agrava o risco de ter falta de visão, principalmente para pessoas na faixa dos 40, devido “à perda de elasticidade dos músculos do cristalino”. Contudo, é importante não descurar a saúde visual. As novas tecnologias, chamadas de “luz azul”, são responsáveis pelo agravamento da falta de visão. Atualmente, estamos diante de um ecrã durante horas, seja no telemóvel, no computador e até perante a televisão. “O problema é que os dispositivos digitais fazem com que estejamos mais expostos à ‘luz azul’ do que na rua, perante o sol”, acrescenta Tito Rodrigues. É importante realçar que as tecnologias não provocam diretamente falta de visão, mas sim problemas que podem agravá-la. Fadiga visual, sensação de olho seco, falta de lágrima e irritabilidade são alguns dos sintomas causados pela exposição excessiva aos ecrãs. “O uso desmedido das tecnologias

causa ainda falta de sono e os raios azuis podem provocar precocemente cataratas”, sublinha.

As tecnologias não provocam diretamente falta de visão, mas sim problemas que podem agravá-la O teletrabalho veio agravar o tempo de exposição de muitos utilizadores ao computador. O optometrista da Fábrica dos Óculos de Olhão, uma das mais conceituadas do Algarve, reconhece que a pandemia poderá atenuar a falta de visão de algumas pessoas e é recomendável a utilização de gotas oftálmicas e que de “20 em 20 minutos as pessoas

descansem a vista e fixem os olhos noutro objeto”. O computador faz com que estejamos de olhos abertos mais tempo, sem pestanejar e perde-se aqui a lubrificação do olho. Também o ambiente que escolhemos para trabalhar é importante e ter uma boa luz é crucial. “Deve-se ter luz ambiente, para proteção do olho e para evitar que os raios nocivos cheguem à retina”. Trabalhar no escuro não é, deste modo, aconselhável, uma vez que se está a esforçar mais a visão. Deste modo, a postura com que estamos sentados é também importante, até pelos problemas na coluna. A covid-19 colocou milhares de trabalhadores em casa, muitos deles, que nem costumavam aceder diariamente a tecnologias. As videochamadas são cada vez mais utilizadas para reuniões, assim como a ida a eventos virtuais, que substituíram os presenciais. O facto de muitos estabelecimentos estarem fechados ou terem diminuído o seu período de funcionamento, acaba

O teletrabalho veio agravar o tempo de exposição de muitos utilizadores ao computador Tito Rodrigues, optometrista da Fábrica dos Óculos de Olhão, explica ao POSTAL a importância de cuidar da visão, uma vez que esta representa a “qualidade de vida” de cada um. Ter falta de visão provoca dores de cabeça, fadiga ocular, sensação de areia nos olhos, entre muitos outros sintomas. O sistema nervoso pode também ser afetado, refere o profissional. “Uma pessoa que tenha dificuldade em ver ao perto (por exemplo) acaba por se enervar, uma vez que quer ler e não consegue”. A falta de visão ao perto costuma manifestar-se a partir dos 40 anos e aos 60 anos é natural aparecerem

por fazer com que as pessoas fiquem mais expostas aos ecrãs, uma vez que ficam mais em casa. A XVI Edição das Conferências Abertas de Optometria realizaram-se nos passados dias 14 e 15 de novembro com o nome “Saúde da Visão para Todos. Um Direito Universal”. Esta iniciativa virtual foi organizada pela Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO) e debateu a normalização de qualidade em dispositivos médicos: ótica oftálmica, optometria clínica e desafios tecnológicos e digitais na prestação de cuidados para a saúde da visão. Assim como conhecer os resultados do estudo do VLEG, com contributo de membros da Direção da APLO, a publicar brevemente na The Lancet Global Health. Tito Rodrigues refere que a saúde visual é cada vez mais procurada e o acesso é também cada vez mais facilitado. A Fábrica de Óculos de Olhão oferece consultas de optometria gratuitas, com direito a aconselhamento profissional. Se o cliente sofrer realmente alguma patologia é feito um orçamento e o pagamento é facilitado, com cheques pré-datados e ainda o pagamento sem juros (até 12 vezes). O acompanhamento é feito em todo o processo, incluindo na qualidade da lente e na escolha da armação, que deve ajustada ao tipo de rosto. “Todas as pessoas que trabalham na Fábrica dos Óculos acompanham o cliente, pois ele vai utilizar os óculos diariamente e é crucial que se sinta bem com um ‘adereço’ que está no seu rosto”.

Optometristas declaram acesso a cuidados de saúde da visão como um Direito Universal A equipa profissional acompanha o cliente na escolha dos óculos

FOTOS D.R.


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REGIÃO NECROLOGIA

CATHERINE L AURENCE GANSARD

Santa Casa da Misericórdia de Tavira

10-11-1960 06-11-2020

Instituição fundada em 1498

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

CONVOCATÓRIA

NICE - FRANÇA SANTA MARIA E SANTIAGO - TAVIRA Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

Nos termos da alínea c) do n. º2 do Artigo 22º e, do n. º1 do Artigo 23º do Compromisso, convoco a Assembleia Geral, para sessão ordinária, a realizar no dia 30 de Novembro de 2020, pelas 16 horas e 30 minutos, no Auditório da Associação de Regantes, situado na Rua Eng. João Bruno da Rocha Prado n.º3, em Tavira (atrás do Centro de Saúde), com a seguinte Ordem de Trabalhos: 1. Análise, discussão e votação sobre o Orçamento, Plano de Actividades para o exercício de 2021, e Parecer do Conselho Fiscal; 2. Outros assuntos de interesse para a Misericórdia.

ORL ANDO GOUL ART QUARESMA

Não se encontrando presente à hora indicada a maioria do numero legal dos Irmãos, a Assembleia Geral funcionará, de acordo com o disposto no n. º1 do Artigo 24º, trinta minutos depois, com qualquer numero de presenças.

25-07-1938 08-11-2020 Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar. LAJES DO PICO - ILHA DO PICO MONTENEGRO - FARO

Tavira, 11 de Novembro de 2020. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Leonardo António Gonçalves Martins (POSTAL do ALGARVE, nº 1254, 20 de Novembro de 2020)

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

Reze 9 Ave-Marias com uma vela acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. T.S.

Reze 9 Ave-Marias com uma vela acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. C.F.

FAUSTINA GUERREIRO

EDUARDO DE ALMEIDA PEREIR A

ALDEMIRO JOAQUIM MARIANO

08-12-1929 11-11-2020

02-12-1938 12-11-2020

15-06-1953 13-11-2020

Os seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

Os seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

SANTA MARIA - TAVIRA SANTA MARIA E SANTIAGO - TAVIRA

SÃO SEBASTIÃO DA PEDREIRA - LISBOA SANTA MARIA E SANTIAGO - TAVIRA

VAQUEIROS - ALCOUTIM SANTA MARIA E SANTIAGO - TAVIRA

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.

Agência Funerária Santos & Bárbara, Lda.


CADERNO ALGARVE

Postal, 20 de novembro de 2020

REGIÃO A NÚNCIOS

Atestados

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Nutrição e Emagrecimento

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Urgências: 966 319 129

Sexologia

Tel. 281 324 020 email: clinicaportanova@hotmail.com

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Preenchimento de cara e lábios Peeling Varizes

Sinais Rugas Manchas

Ecografia Citologia

Tratamento Pé Diabético Varizes sem cirurgia (sem dor)

Av. Dr. Eduardo Mansinho, 28 r/ch - Tavira

A. CORREIA DANIEL Médico CONSULTAS

TODOS OS DIAS ÚTEIS 9:00H – 12:30H / 15:00H – 18:00H

TRATA

- Atestados / Carta de Condução e outros - Renovações - Domicílios

PRAÇA DA REPÚBLICA Nº 12, 1º ESQ – TAVIRA (DEFRONTE À CÂMARA) 281 322 491 | 936 396 022

Joaquim Lucas Silva Cartório notarial de Tavira Certifico: Que no dia 05-11-2020, a folhas 39, do livro de notas para escrituras diversas número 208-A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO, na qual: MÁRIO ALEXANDRE BRITO JOSÉ, NIF 188.882.600, solteiro, maior, natural da freguesia e concelho de Olhão, residente na Rua Dr. Manuel de Arriaga, número 17, 2.º A, Faro, declarou, que: Com exclusão de outrem, é dono e legítimo possuidor do prédio urbano, composto por edifício térreo com vários compartimentos, destinado a habitação, sito na aldeia e freguesia de Cachopo, concelho de Tavira, a confrontar do norte com Rua, do sul com António Faísca de Campos e outros, do nascente com herdeiros de Américo Custódio e do poente com Travessa de Santo Estêvão, com a superfície coberta de cinquenta e dois virgula cinquenta metros quadrados e a superfície descoberta de trinta e três virgula dez metros quadrados, inscrito na matriz sob o artigo número 2.272, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira. Que adquiriu o prédio, por compra verbal e não titulada por escritura pública, feita em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa e cinco a Manuel Cota Morgado e mulher Maria Serafina Gonçalves, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes que foram em Cachopo, Tavira, já falecidos, não dispondo ele justificante de título formalmente válido que comprove tal compra, pelo que adquiriu o prédio por usucapião.

Reze 9 Ave-Marias com uma vela acessa durante 9 dias, pedindo 3 desejos, 1 de negócios e 2 impossíveis ao 9º dia publique este aviso, cumprir-se-á mesmo que não acredite. D.F.

Vem por este meio, Jacinto António Guerreiro, NIF 102.319.936, Manuel Afonso Guerreiro, NIF 110.856.929 e Maria Odete Guerreiro Lourenço, NIF 116.174.854, comunicar aos confinantes que é sua intenção alienar em conjunto os seguintes prédios rústicos descritos adiante: O Prédio Rústico em Santa Margarida, descrito na conservatória do Registo Predial de Tavira sob o número 2981/20110906 e inscrito na matriz predial rústica com o artigo nº 1527 na União de Freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago), concelho de Tavira. o Prédio Rústico em Perogil, descrito na conservatória do Registo Predial de Tavira sob o número 2982/20110906 e inscrito na matriz predial rústica com o artigo nº 1611 na União de Freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago), concelho de Tavira e o Prédio Rústico em Perogil, descrito na conservatória do Registo Predial de Tavira sob o número 2980/20110906 e inscrito na matriz predial rústica com o artigo nº 2766 na União de Freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago), concelho de Tavira, a Andries Petrus Liebenberg, NIF 301.830.517, natural da Namíbia, de nacionalidade britânica, residente em 10 Bridge Road, Bishopthorpe York N, Yorkshire YO23 2RR, Reino Unido. Os referidos prédios rústicos serão vendidos em conjunto com o Prédio Urbano em Santa Margarida, descrito na conservatória do Registo Predial de Tavira sob o número 2983/20110906, inscrito na matriz predial urbana com o artigo nº 1164 na União de Freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago), concelho de Tavira, pelo valor global de 240.000,00€ (duzentos e quarenta mil Euros), cujo valor deverá ser pago parcialmente na celebração do contrato promessa e o remanescente na íntegra com a assinatura da escritura de compra e venda que será outorgada até dia 07 de Janeiro de 2021 em cartório notarial no Algarve a indicar pelos vendedores. A condição para a realização desta negócio é a alienação em conjunto dos 4 artigos descritos anteriormente. Nestes termos, devem os proprietários dos prédios rústicos confinantes, pronunciarem-se se pretendem ou não exercer o direito de preferência que lhes assiste no prazo máximo de 8 (oito) dias contados da publicação do presente anúncio, nos termos indicados, sob pena de caducidade do referido direito de preferência, nos termos do artigo 416.º, n.º 2 do Código Civil.

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Caso pretendam exercer o direito de preferência, devem enviar comunicação escrita para: Maria Odete Guerreiro Lourenço Rua Maria Campina, bloco B, lote 4, 1º Esq., 8800-415 Tavira (POSTAL do ALGARVE, nº 1254, 20 de Novembro de 2020)

Exercício do Direito Preferência Para efeitos dos termos conjugados do disposto nos artigos 225 e 416, aplicáveis por força do nº 4 do artigo 1380 todos do Código Civil, os proprietários do imóvel abaixo identificado (Vendedores), atenta a impossibilidade de notificar os proprietários dos prédios confinantes ao referido imóvel que sejam titulares de direitos de preferência legais na venda do mesmo (Preferentes Legais) nas respectivas moradas e/ou identificar o paradeiros dos mesmos, vêm comunicar por este meio aos Preferentes Legais a sua intenção de proceder à venda do referido imóvel expondo infra as principais condições do projecto de compra e venda (transacção projectada) para exercício dos respectivos direitos legais de preferência: Imóvel, Vendedores, Compradores, Preço, Condições de Pagamento, e Data da Escritura: O imóvel a transmitir corresponde ao prédio misto, denominado “ Manta Redonda” ou “Moita Redonda”, sito em Foupana, União das freguesias de Moncarapacho e Fuseta, concelho de Olhão, inscrito na matriz predial a parte urbana sob o artigo 4672, e a parte rustica sob o artigo 53, secção G, ambos da união das freguesias de Moncarapacho e Fuseta, concelho de Olhão, descrito na Conservatória do Registo Predial de Olhão sob o número 4780, da freguesia de Moncarapacho (extinta), que constituem uma única unidade predial. Vendedores: Yuri Shtankin e Vera Lidova, ambos solteiros, maiores, naturais da Federação Russa, de nacionalidade Russa, e residentes em Moscovo, Rússia. Compradores: Peter Slagt e Maria Anna Margaretha Schoemaker, casados, ambos naturais da Holanda, de nacionalidade Holandesa, e residentes na Holanda. Preço: O preço global de 705.000,00 €uros, sendo 176.250,00 €uros relativos ao artigo rustico artigo 53, secção G, e 528.750,00 €uros relativos ao artigo urbano 4672, ambos da união das freguesias de Moncarapacho e Fuseta, concelho de Olhão. Condições de pagamento: O preço total de 705.000,00 €uros será pago no acto da escritura de compra e venda.

Tavira, em 05 de Novembro de 2020 A funcionária por delegação de poderes, Ana Margarida Silvestre Francisco – Inscrita na O.N. sob o n.º 87/03 Conta registada sob o nº. PAO1203/2020 Factura nº. 9210 (POSTAL do ALGARVE, nº 1254, 20 de Novembro de 2020)

NOTIFICAÇÃO PARA EFEITOS DO DIREITO DE PREFERÊNCIA

COMUNIQUE COM O POSTAL Endereço: R. Dr. Silvestre Falcão 13 C, 8800-412 Tavira Contacto: 281 320 900 Administrativo: anabelag.postal@gmail.com

Data da escritura: O contrato definitivo de compra e venda será outorgado através de escritura pública de compra e venda que será outorgada no dia 4 de Dezembro de 2020, em hora e local a acordar ficando o agendamento a cargo dos vendedores. O prazo para o exercício de preferência pelos referidos Preferentes Legais é de 8 dias corridos contados da publicação do presente aviso, nos termos do disposto no nº 2 do artigo 416, aplicável por força do nº 4 do artigo 1380 do Código Civil, e dos artigos 225 e seguintes do Código Civil sob pena de caducidade do respectivo direito de preferência. (POSTAL do ALGARVE, nº 1254, 20 de Novembro de 2020)

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EDITORIAL

Um percurso de 40 anos

A

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Mais três festas ilegais com cerca de 310 pessoas Um grupo de cidadãos estrangeiros arrendou vários quartos num aparthotel este sábado, preparando-se para fazer uma festa, para 150 pessoas, em Albufeira Na mesma noite, foi ainda cessado um casamento com 60 pessoas também estrangeiras e em Albufeira. Já em Faro, a GNR dispersou 100 pessoas que estavam num aniversário. No total, o Comando Territorial de Faro da GNR dispersou 310 pessoas que estavam em desrespeito pelas normas de combate à pandemia de covid-19. Na primeira situação, em Olhos de Água, concelho de Albufeira, "os militares detetaram diversos ajuntamentos de pessoas vestidas

a rigor para uma cerimónia, tendo sido possível apurar que estava a decorrer uma festa de casamento numa unidade hoteleira que contava com a presença de cerca de 150 pessoas, tendo sido dada indicação às pessoas para desmobilizar do local”. Os participantes eram cidadãos estrangeiros. Já na segunda situação, foi dispersado "um grande número de pessoas num restaurante". Durante a fiscalização, as autoridades detetaram "a presença de 60 pessoas que celebravam também um casamento. Foi dada indicação de encerramento ao estabelecimento por ter excedido a lotação permitida". Na localidade de Faro, na terceira situação, os militares deslocaram-se a uma

"Pão e Água": manifestação em Faro Depois dos

confrontos com autoridades e jornalistas, em Lisboa e no Porto, a manifestação "Pão e Água" vai acontecer este sábado, 21 de novembro, pelas 10:30 horas, na Doca de Faro, que será o ponto de partida daquela que é uma "chamada de atenção" ao Governo por parte de um grupo de empresários e trabalhadores que se dizem "esquecidos" e "injustiçados" com as medidas de apoio à covid-19. Com o estado de emergência em vigor desde dia 9 de novembro, vários municípios entraram no grupo de risco elevado, tendo de obedecer a um conjunto de novas regras, como o recolher obrigatório, novos horários e ainda o fecho às 13:00 horas no fim de semana.

festa de aniversário depois da denúncia de música alta no início da noite. Segundo a GNR, "estavam 100 pessoas no espaço, tendo sido cessado o evento e desmobilizados os participantes sem que tivessem oferecido qualquer resistência". Estas ações foram realizadas pelos militares de Albufeira, dos Postos Territoriais de Olhos de Água, de Faro e de São Brás de Alportel e do Destacamento de Intervenção (DI) de Faro. Sete municípios do Algarve entraram esta segunda-feira na lista de risco elevado covid-19. Para além de São Brás de Alportel (o primeiro a ser incluído), estão agora Faro, Albufeira, Lagos, Portimão, Tavira, Vila do Bispo, Vila Real de Santo António.

Água de Monchique reforça quadro de pessoal A

Sociedade da Água de Monchique reforçou o quadro de pessoal com a contratação de 25 funcionários, numa altura em que pretende disputar a liderança do mercado das águas minerais em Portugal. A empresa destacou que as contratações estão a ser feitas “num ano especialmente atípico, em claro contraciclo com o que tem sido o desempenho de muitas empresas em Portugal”, prevendo entrar em 2021 com um total de 65 trabalhadores.

Jornal POSTAL está à venda n'A Brasileira do Chiado

Central fotovoltaica em Tavira A Coopérnico - Coope-

LISBOA O POSTAL passou a estar à venda n'A Brasileira do Chiado. O emblemático café lisboeta “assinala um novo marco na sua já longa história”, o seu quiosque passou a vender exclusivamente jornais regionais. “Do Minho a Trás-os-Montes, das Beiras ao Alentejo, da Estremadura ao Ribatejo e do Douro ao Algarve, aqui regressamos às origens de muitos dos que nos visitam para um café, e que agora se sentirão ainda mais próximos de casa”, refere a administração do estabelecimento. Inaugurada a 19 de novembro de 1905, no Chiado, num espaço que antes foi uma camisaria, A Brasileira foi criada por Adriano Telles, um ex-emigrante português no Brasil, que ali casou com a filha de um dos maiores produtores de café da região de Minas Gerais. Regressado a Portugal, iniciou a venda do café, uma bebida até então desconhecida e pouco apreciada pelo gosto amargo que o caracterizava. Atento às questões que impedissem os seus clientes de apreciar o café do Brasil, implementou a ideia de criar um estabelecimento que permitisse provar a qualidade do produto, distribuindo-o gratuitamente, à chávena, como forma de

divulgação. A decoração faustosa do interior fez d’A Brasileira um espaço onde se reuniam os ilustres da época: advogados, médicos, professores, escritores e artistas. Aqui se reuniram também revolucionários que participaram na instauração da república, em 1910. Com a liberdade conseguida no período pós-implantação da república, e pela sua localização privilegiada, A Brasileira do Chiado tornou-se um dos cafés mais concorridos de Lisboa na época e foi o cenário de inúmeras tertúlias intelectuais, artísticas e literárias. Escritores e artistas de renome como Fernando Pessoa ou Almada Negreiros encontravam n’A Brasileira do Chiado a inspiração para conceitos e ideias paradoxais. A assiduidade de Fernando Pessoa motivou a inauguração, nos anos 1980, da estátua em bronze da autoria de Lagoa Henriques, que representa o escritor sentado à mesa na esplanada do café. Com toda a importância que teve na vida cultural do país, mantém hoje intacta a sua identidade, quer pela especificidade da sua decoração, quer pela simbologia que representa por se encontrar ligada a círculos de intelectuais.

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POSTAL regressa a

4 de dezembro

Distribuição quinzenal nas bancas do Algarve com

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região do Algarve (CCDRA) foi criada faz agora quarenta anos. Veio substituir o então Gabinete de Planeamento do Algarve, com uma nova lei orgânica e respetivas atribuições e competências no domínio do planeamento e ordenamento do território para responder às oportunidade que se aguardavam da adesão de Portugal à CEE. Por esse tempo, em 1980, o Algarve era uma região onde tudo estava por fazer ao nível da eletrificação, saneamento básico, vias de comunicação, telefones, centros de saúde, hospitais, barragens e abastecimento de água. Era marcadamente um mundo à parte. Não existia uma sala de espetáculos para acolher uma orquestra sinfónica ou um grande congresso, não havia universidade nem conservatório e escolas secundárias apenas em alguns concelhos. Não havia sequer um piano de cauda quando a Maria João Pires ou o Sequeira Costa vinham ao Festival Internacional de Música do Algarve. A solução era pedir um de aluguer a um hotel ou encomendá-lo a Lisboa. E vale a pena lembrar que a estrada para a capital era um carreirinho que serpenteava pelas vilas e aldeias do interior serrano e da planície alentejana. O IC1 acabava em S. Bartolomeu de Messines e, ir de Faro a Sagres ou a Alcoutim, merecia uma despedida de lenços brancos. Para cá se chegar, vindos da capital do país, demorava-se umas longas quatro horas de sustos e solavancos. Sendo já então o maior destino turístico do país, o Algarve vivia dias em permanente sobressalto: uma vez eram as salmonelas, outra a contaminação das praias pelos esgotos não tratados, outra ainda a incapacidade dos serviços de saúde para responder às necessidades urgentes. Vivia-se com o credo na boca. O poder local dava ainda os seus primeiros passos e com tudo por fazer, escasseavam os recursos. A CCRA surgiu então para responder aos desafios emergentes de um turismo que começava a crescer lenta mas desordenamente. Competia-lhe definir as regras do jogo, planear e arrumar a casa, conter a expansão urbanística desenfreada e assegurar o desenvolvimento integrado entre o litoral turístico e o interior serrano, pobre e a caminho da desertificação. Mas foi preciso esperar que um primeiro ministro aqui viesse declarar bombasticamente que o Algarve estava à beira da catástrofe, para se ganhar definitivamente a urgência em cuidar da galinha dos ovos de oiro. Logo a seguir vieram os primeiros fundos europeus das ajudas de pré adesão e depois a entrada do país na Comissão Económica Europeia com os benefícios conhecidos. E hoje - apesar da obra sempre incompleta - é importante registar e ouvir os nomes daqueles que à frente da CCDR (contando também com os autarcas, agentes políticos e empresariais) contribuíram para a mudança verificada [ler páginas centrais]. Em cerca de 40 anos, o Algarve transfigurou-se. Os desafios agora são outros.

Dois casamentos de estrangeiros em Albufeira e um aniversário em Faro

rativa de Energias Renováveis lançou uma campanha para o financiamento de uma nova central fotovoltaica em Tavira, num investimento de 22.000 euros. Trata-se de uma central fotovoltaica de 20 quilowatts (kW) que irá produzir 38.874 quilowatts hora (kWh por ano), o equivalente ao consumo de 14 famílias, e que vai evitar a emissão de cerca de 25 toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano, lê-se na nota divulgada pela cooperativa.

Formar novos artesãos na arte das empreita Um gru-

po de mestres artesãs está a ensinar a arte da empreita a novas gerações num projeto da Câmara de Loulé para não deixar desaparecer esta tradição da serra algarvia que usa folhas de palma como matéria prima. Durante seis semanas e até ao passado sábado decorreu um curso de empreita no Palácio Gama Lobo - palacete do século XVIII recuperado pela autarquia para alojar a sede do Loulé Criativo.


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