Jornal 360_ed. 198_jul2022

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especial_ A cobertura da 20ª Edição do Rock Rio Pardo, o maior festival do gênero do in•p7 terior paulista gastronomia_ Receitas bem fáceis para quem não vive sem a proteína da carne suína, •p4 bovina, peixe e frango

meio ambiente_Apostar na arborização pode servir para melhorar fatores que importam para o bem estar comun •p14

Jornal 360

nº198 ANO 17

Julho22

Grátis!

Produção de gado de corte pode ser feita com bem estar animal

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foto: Flavia Rocha | 360

Circulação Mensal:3 mil exemplares + download online grátis Distribuição: • Águas de Santa Bárbara • Areiópolis • Assis • Avaré • Bernardino de Campos • Botucatu • Cândido Mota • Canitar • Cerqueira César • Chavantes • Espírito Santo do Turvo • Fartura • Ibirarema • Ipaussu • Manduri • Óleo • Ourinhos • Palmital • Pardinho • Piraju • Santa Cruz do Rio Pardo • São Manuel • São Pedro do Turvo • Timburi Rodovias: • Graal Estação Kafé • RodoServ • RodoStar Versão On line: issuu.com/caderno360 facebook/jornal360 • jun2022


2 • editorial

Capricho

Realizar alguma coisa com capricho, esmero; agir de maneira primorosa. Do italiano capriccio, interpretado como uma emoção repentina percebida fortemente no contexto da criação artística... no portugués adquire um senso predominante de dedicação em uma atividade ou ação fonte: etimologia.com.br

Esta edição está repleta de gente que faz as coisas com muito capricho. A começar pelo grande evento cultural de Santa Cruz do Rio Pardo, o Rock Rio Pardo, que chegou à sua 20ª edição mostrando que é feito com todo capricho por um grupo de pessoas que se esmeram para levar ao público aquilo que lhes toca o coração e a alma: o rock and roll. O leitor poderá conferir o clima e a beleza da festa que durou três dias no ESPECIAL 360 que acompanha esta edição, produzido apenas com fotos. É na base do capricho, aplicado em todo o processo de produção de carne bovina, que o agroempresário Pedrinho Gazzola saltou de três para 300 cabeças de gado de corte em apenas sete anos, zelando pela qualidade de vida dos animais, pela qualidade da carne que oferece aos clientes e pelos resultados financeiros de seu negócio, como vemos em AGRO. Basta agir com capricho na hora de planejar a reinserção da natureza nas cidades para que as árvores e demais tipos de vegetação possam efetivamente cumprir seu papel de agentes da qualidade de vida urbanam como vemos em MEIO AMBIENTE, em uma reportagem produzida a partir do libro “Paisagismo Sustentável para o Brasil”, do botânico e paisagista

foto: Flavia Rocha | 360

Não acredito em nada que seja bom quando feito sem capricho. Para mim, pessoalmente, da arrumação de uma cama, à coleta do lixo, ou da elaboração de um projeto ao preparo de uma omelete, tudo fica sempre melhor quando o capricho está presente. O capricho também nos livra de críticas. E pode ser aplicado ainda no campo das relações. Caprichar na mensagem, no abraço, no presente e na presença faz toda a diferença.

* Árvores são seres criados no capricha que expressam a maior força e importância da natureza. Quando floridas nos encantam em corpo e alma, quando robustas, nos protegem e livram do carlor, quando secas provam que a resiliência é algo vital. Está nelas, está em nós. Acima, rua de Santa Cruz arborizada por Sibipirunas * Ricardo Cardim, que nos autorizou usar sua obra como base para nossas matérias. A edição traz também receitas muito simples da proteína animal (bovino, suíno, frango e peixe) que, se feitas com capricho vão agradar a todos, em GASTRONOMIA; passatempos feito com todo cuidado para distrair e desafiar o leitor em MENINADA, que traz o Pingo de férias num camping. Para completar, textos reflexivos de nossos colunistas, a poesia de Roberto Rensi e uma matéria que nos remete ao maior capricho que Deus criou: os avós, que ganham a cena em BEM VIVER. Boa leitura! Flávia Rocha Manfrin editora 360@jornal360.com 14 99846.0732

1 Timóteo 2 vs 1

Ora ação!

“Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens”

consultoria & projetos 14 998460732

e xpediente O jornal 360 é uma publicação mensal da eComunicação. Todos os direitos reservados. Tiragem: 3 mil exemplares. Distribuição gratuita. RedaçãoColaboradores: Flávia Rocha Manfrin ˙editora, diagrmadora e jornalista responsável | Mtb 21563˚, André Andrade Santos e Paola Pegorer Manfrim ˙colaboradores˚, José Mário Rocha de Andrade, Fernanda Lira, Angela Nunes e Maurício Salemme Corrêa ˙colunistas˚, Sabato Visconti ˙ilustrador˚, Odette Rocha Manfrin ˙receitas e separação˚, Camila Jovanolli ˙transcrições˚. Impressão: Fullgraphics. Artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. Endereço: R. Cel. Julio Marcondes Salgado, 147 - CEP 18900-007 - Santa Cruz do Rio Pardo/SP • 360@jornal360.com • cel/whats: +551499846-0732 • 360_nº198/jul22


3 • ponto

de vista

*José Mário Rocha de Andrade

O quente pode ser frio

Manes viveu na Pérsia no século III DC e, em sua juventude, recebeu o chamado de um Anjo para pregar uma nova religião. Pelo menos era nisso que ele acreditava e o Anjo lhe disse que existiam dois deuses, um do bem chamado Mazda que regia o Reino da Luz e um do mal chamado Ariman que regia o Reino das Trevas.

No século XIX, Nietzsche disse que para o político existem dois tipos de seres humanos: os seres humanos instrumentos e os inimigos.

foto: canva.com

Apesar de ser considerada uma heresia pelo cristianismo, afinal afirma haver dois deuses, Santo Agostinho foi um maniqueísta antes de se converter ao cristianismo e ter a iluminação que Ariman, ou o diabo, não existe e nada mais é que a ausência de Deus.

A política infiltrou-se em nosso país da pior maneira. Parecemos adolescentes usando os superlativos: eu odeio feijão, eu amo batata frita. Ou é comunista e petralha, ou é gado e bolsominion. Saímos da maturidade e voltamos à adolescência. Conversamos em superlativos.

não há nada de mal nisso, desde que as pessoas que se acham pessoas de bem respeitem os outros e vice-versa. “A multiplicidade é a garantia da inocência, pois o que é mal aos olhos de um é bem aos olhos de outro”.

“Você está com o diabo”, dizemos quando uma pessoa está passando dos limites, em minha infância havia um gibi do Brasinha, um capetinha todo vermelho e sapeca e os cartunistas adoram colocar de um lado um anjinho dando bons conselhos e do outro um diabinho empurrando tentações proibidas.

“Temo o homem que só conhece um livro”, disse São Tomás de Aquino. Para ele, a existência se reduziria a um radicalismo entre polos irreconciliáveis: luz contra trevas, bem versus mal, alma em oposição a corpo, fiel

O fato é que o bem e o mal, Deus e o Diabo vivem em nosso imaginário como opostos e

contra infiel, hetero versus homo. Essa visão de mundo tem um nome: maniqueísmo. Se houver uma interação entre forças contrárias elas se transformarão o tempo inteiro. O quente atinge o frio e vice-versa, o duro afeta o mole e vice-versa; uma luta constante a partir da qual nada permanece o mesmo, ensinava Heráclito: Tudo está em movimento e é justamente o movimento que determina a harmonia do mundo.

Lembro-me de um livro de meu filho criança que ensinava: o quente pode ser frio, o claro pode ser escuro, o feio pode ser bonito. Mas, vivemos o fim da interação ente opostos. Fim da inocência. Fim do movimento. A carroça empacou. Perguntado se teria algum conselho para os jovens, Nelson Rodrigues disse: “cresçam meus filhos, cresçam”.

*médico santa-cruzense radicado em Campinas

Mundo digital 1: quanto você se deixa manipular? *Fernanda Lira Neste caso, a técnica de manipulação se vale da oportunidade. Ela detecta um interesse seu e ataca de todos os lados para que você compre, compre, compre. E se endivide, o que é pior. Esses meios de manipulação, aliados às facilidades de entrega e parcelamento dos pagamentos é o caminho para você viver no limite do cartão de crédito e, quem sabe, ter que parcelar a fatura, rendendo um juros danado para as operadoras de cartão.

Que todo mundo se acha uma grande celebridade depois que se perdeu o pudor de gravar vídeos dando dicas banais, como, por exemplo, como colocar um saco plástico na lixeira, não é nenhuma novidade. O que muitos não se dão conta é o quanto são manipulados por isso, inclusive a ponto de saírem consumindo o que não precisam e, muitas vezes, nem poderiam comprar.

Enquanto essa meta não é atingida, você vai lá comprando, e comprando e comprando e comprando produtos dos sites de vendas e postando seus vídeos. Entendeu como você passa a gastar o que muitas vezes nem pode naquilo que não precisa? Ou quer que desenhe? Ainda no campo da vaidade, entram os “incluencer” (tem coisa pior do que se deixar influenciar:?), a maioria gente que faz tudo para aparecer, sem qualificação ou formação, mas que por uma razão qualquer conseguiu reunir milhares ou milhões de seguidores (olha o mecanismo da boiada).

A manipulação também se faz de vitima. O que tem de vaquinhas virtuais não está no gibi. Aí estamos falando do apelo emocional. Quanto mais drama, melhor para criar um “crowdfunding” (ou financiamento colaborativo, onde muitos se juntam para juntar o valor proposto), mas tem muitas que são na base da cara de pau mesmo e propõem que se doe dinheiro até para bancar viagens ao

ilustração: 360 c/ fotos Canva

É assim, por exemplo, que mais e mais empresas de vendas online estão agindo para promover uma avalanche de vendas no mundo todo. A ideia é bem simples e se vale da cegueira que toda vaidade tem. Você compra vários itens (um só não dá curtidas) e posta um video comparando o produto anunciado ao comprado. Quanto mais visualizações tiver, mais chances de passar a ganhar dinheiro com seu “canal” graças aos milhares (ou milhões, quem sabe) de seguidores que você vai conquistar.

Comprar o que essa gente que se agarra aos seus 15 ou mais minutos de fama para conquistar patrocinadores (as empresas podiam ser menos ratazanas atrás de grana a qualquer preço, não é mesmo?) lhe sugere, como se isso o aproximasse delas. A manipulação também acontece quando você por acaso pesquisa um produto ou mesmo um assunto. Ou, ainda, sim, isso já é realidade, quando você conversa com alguém e fala de um desejo, de uma doença e... por aí vai. Ou você não notou que começam a aparecer propagandas de tratamentos, cursos e medicamentos milagrosos quando reclama de qualquer dor ou desconforto?

exterior. Importante destacar aqui, que esses sistemas de arrecadação de dinheiro que se valem de metas a serem atingidas cobram uma boa taxa administrativa. Ou seja, boa parte de sua caridade vai para o bolso de empresas que se aproveitam do drama alheio (nem sempre real, é fato) para levar os eu dinheiro embora. Por essas e por outras: fuja de tudo isso que aparece nas redes sociais. Se quiser ajudar alguém faça diretamente. Sem intermediários. Se quiser comprar algo, antes avalie o quanto você quer ou está se deixando levar a desejar. Quantos aos filmes mostrando suas compras e dicas de “influencers”, lembre-se: nada é mais cafona do que ostentar o que se compra e ser “Maria vai com as outras”. * jornalista paulistana que adora o interior


• gastronomia

*Flávia Manfrin

Proteína animal para o dia a dia

Com todo respeito a veganos e vegetarianos, o sabor da proteína animal é algo que torna nossa memória gustativa agitada a cada lembrança e aroma. Nesta edição, trazemos receitas muito simples para carnes que mais usamos na culinária caipira: bovina, suína, frango e peixe de água doce. Entre elas, a Carne de Lata ganha destaque por ser um preparo que garante a

manutenção da carne por mais tempo e fora da geladeira. Alimento típico de tropeiros e de trabalhadores rurais, ela nada mais é do que a carne frita na própria gordura do porco, que quando esfria se tranforma numa massa branca que é útil para conservar a carne e também para ser usada como alternativa ao óleo vegetal, com a vantagem de dar um sabor inigualável a preparos como o do arroz e feijão.

Porco de Lata

Bolo de Boi

Receita: Rejane do Couto Rosa

Receita: Aldine Rocha Manfrin

fotos: Aldine Manfrin

_Ingredientes: • 300/400gr de carne moída • 1 ovo • 1 colher sopa farinha de trigo • cebola, azeitonas e cheiro verde picados pequenos • bacon fatiado • sal e pimenta a gosto Obs: Como azeitona e bacon são salgados, não coloco muito sal. _Preparo: Tempere a carne e misture com a farinha e ovo. Acrescente depois os outros outros ingredientes, menos o bacon. Em um refratário, faça um bolo, tipo pão, com essa carne. Cubra com bacon e asse em forno preaquecido a 180º por 40 min.

_Ingredientes: • 1,5kg de toucinho moído • 1kg costelinha de porco • 1kg pernil de suíno caipira • 2 cebolas médias • 2 dentes de alho • 2 limões • 3 colheres de vinagre • sal e pimenta a gosto _Preparo: Corte a costela e pernil em pedaços. Pique a cebola e o alho miudinho e junte o limão para temperar a carne. Reserve por algumas hora. Numa panela grande, derreta o toucinho em fogo médio para virar gordura com pequenos torresmos. Retire o torresmo frito com um coador de metal (use para fazer pão ou farofa). Adicione a carne na gordura e vá fritando até estar bem cozida. Desligue o fogo e deixe esfriar.. A carne vai ficar envolvida pela banha fria, (pasta branca). Coloque as porções em potes ou latas bem limpos. Guarde fora da geladeira, pois não estraga. Para usar a carne, retire da lata (ou pote) e aqueça na panela ou no forno.

Use a banha para fazer pães, bolos, feijão, arroz, frituras etc.

Sobrecoxa Assada

Peixe Frito

receita: Flávia Rocha Manfrin

receita: Régis do Couto Rosa

_Ingredientes: • 3 ou mais sobrecoxas de frango • 2 dentes de alho ralado • 1 colher de gengibre em pó ou ralado • 1 colher de sopa de shoyo • 2 limões • 1 laranja •sal e pimenta a gosto _Preparo: Use um dos limões para “lavar” o frango. Depois, desosse, retirando o ossinho da sobrecoxa com carne suficiente para se transformar numa coxinha. Tempere tudo com a misutra de temperos. Unte um refratário com um pouco de azeite ou gordura. Coloque a carne já temperada com a pele para cima. Esprema a laranja sobre a carne. Cubra com papel alumínio e coloque em forno preaquecido a 180º. Depois de uns 15 a 20 minutos, com a carne já cozida, retire o laminado para secar e dourar. fotos: Canva.com

4

_Ingredientes: • filés de peixe fresco • 2 dentes de alho ralado • sal e pimenta a gosto • farinha de trigo ou maisena • limão • fubá _Preparo: “Lave” o peixe com o limão deixando-o bem molhadinho. Em seguida tempere com o alho, o sal e pimenta. Passe na fatinha de trigo, arroz ou mesmo na maisena. Se ficar muito seco, esprema um pouco de limão. Ele vai ficar com uma pastinha por cima. Passe então no fubá temperado com uma pitada de sal. Frite em óleo quente.


5 • finanças

o Mapa da

MINa

Por uma vida financeira mais tranquila! Maria Angela de Azevedo Nunes, CFP®,

Olá, Pessoal! Na coluna de hoje vou voltar a um tema que gosto sempre de trazer para a reflexão, porque ele merece muita atenção no caminhar no Mapa da Mina para o TESOURO do BEM ESTAR FINANCEIRO. Vou falar sobre consumo, ou melhor, sobre como a forma como consumimos pode impactar a nossa vida financeira. Angela Nunes

Aí está o tesouro: O que realmente preciso comprar?

Planejadora Financeira Certificada pela Planejar Associação Brasileira de Planejadores Financeiros. Graduada em Ciências Econômicas pela UERJ, com Especialização em Psicologia Econômica. É Consultora e Administradora de Valores Mobiliários autorizada pela CVM e sócia da Moneyplan - Consultoria em Planejamento Financeiro e Educação Financeira. Membro do Conselho de Administração e do Comitê Executivo da Planejar - Associação Brasileira de Planejadores Financeiros, foi diretora do Banco Itamarati, da BCN Alliance Capital Management e do Banco BCN - Grupo Bradesco - e docente do Curso de Planejamento Financeiro do INSPER – Instituto de Ensino e Pesquisa. É também co-autora do livro “Planejamento Financeiro Pessoal e Gestão do Patrimônio – Fundamentos e Práticas”

A forma como a gente consome está se tornando cada vez mais relevante para que a nossa vida financeira seja equilibrada, porque vamos viver mais e os nossos recursos financeiros, em geral, são limitados. Portanto, temos que saber usar o nosso dinheiro com muito cuidado e sabedoria. Tem um ditado que diz: “dinheiro não aceita desaforo”...

> Consertar o que estragou, por exemplo, um eletrodoméstico e só comprar um novo em último caso;

Vou fazer um paralelo com a chamada Economia Circular, usando como base os princípios da redução, reutilização, recuperação e reciclagem dos itens que consumimos. Isso pode significar um melhor aproveitamento do nosso dinheiro e economia para o nosso bolso, especialmente com a inflação mais alta que está comprometendo a nossa capacidade de compra.

sendo usando adequadamente ou se pode ser eliminado ou reduzido, como serviços de telefonia, tv e internet.

Aqui vou colocar algumas orientações/dicas que ajudam muito a gente a mudar de hábitos:

> Antes de comprar, seja alimento ou roupas por

exemplo, é importante olhar o que a gente tem em casa para não comprar coisas que já temos ou que não sejam necessárias;

> Comprar roupas que não precisem ser pas-

sadas e dessa forma poupar energia elétrica;

> Comprar roupas em brechós ou bazares, especialmente roupas que vamos usar pouco, como roupas de festa ou que sejam mais formais ou mais caras, como por exemplo, roupas que a gente precise para trabalhar ou casacos mais pesados para o inverno;

> Analisar se tudo que a gente está pagando está

Resumindo, diminuir as despesas reduzindo, reutilizando, recuperando e reciclando o que a gente tem e o que consome. Incorporar esses hábitos é excelente para a nossa vida financeira e para o planeta! ilustração: 360 c/ fotos Canva

Fazer com que a vida útil das coisas que temos e compramos se alongue, ajuda a reduzir as nossas despesas e o nosso custo de vida.

>Reutilizar o que for possível, como a água da máquina de lavar para lavar o quintal ou a calçada, por exemplo;

> Comprar produtos da estação e cozinhar em

Li um artigo que trazia perguntas importantes que a gente deve fazer antes de consumir. Selecionei algumas delas para deixar aqui para a gente refletir:

Por que comprar? O que comprar? Como usar?

casa. Inclusive levar a comida de casa para o trabalho, a conhecida marmita, que é muito mais saudável do que boa parte da comida que a gente come na rua;

Refletir sobre essas questões pode ajudar muito o orçamento, a saúde financeira e a sustentabilidade do nosso dinheiro ao longo do tempo.

> Descongelar os alimentos por mais tempo para reduzir o uso de micro-ondas ou do gás;

Vamos seguindo o nosso MAPA DA MINA, com uma reflexão:

> Apagar a luz quando sair de algum ambiente > Fechar a torneira quando escova os dentes ou

está ensaboando a louça;

Tudo que consumimos é realmente necessário? Lembrando que uma vida mais simples é mais fácil de carregar!


6

• cidadania

Tolerância, complacência, disponibilidade e aceitação. Esses talvez sejam os melhores adjetivos para qualificar aquela pessoa vivida, que já lidou com muitos problemas, inclusive com a educação dos filhos, soma sucessos e fracassos e já entendeu que a vida passa num piscar de olhos. Porém, apesar de todas as conquistas e percalços, se dispõe a dedicar a outros seres, aos quais é ligado pelo vínculo da afetividade e também do DNA, da maneira mais afável possível e, por isso torna-se inesquecível. Sim, a convivência com avós, com raras exceções, é reconhecida pelas pessoas como as mais marcantes e reúne lembranças que contribuem para que possamos, com o tempo, nos tornarmos mais parecidos com essas pessoas que nos olham com o único e exclusivo dever de amar. Livres para só amar – Sem o fardo da obrigação de educar, algo que é dever dos pais, mas com o mesmo compromisso de estar sempre ao lado dos netos, tratando de protegê-los sempre que for preciso, os avós vivem o amor mais livre e desimpedido que se pode imaginar. Podem oferecer algo para comer fora de

Avós nos ensinam a receita do amor infalível foto: Canva.com

Celebrados no dia 26 de julho, os avós são reconhecidos como fonte de amparo e o melhor amor que se pode conhecer.

hora, permitem que lhes baguncem a casa e até ajudam a animar as brincadeiras e fanfarrices dos netos. Também se permitem atividades noturnas quando já seria hora de dormir e permeiam a infância dos netos com a magia do riso fácil frente aos seus erros e teimosias, assim como com o aconchego do abraço, mesmo que estejam cheios de culpa. É deles também que vem o êxtase de constatar acertos e o enfrentando de desafios, sempre deixando claro que se manterão na torcida, mas que, no caso do fracasso está tudo bem. Ou seja, na

alegria e na tristeza, estão ali, prontos para provar o seu apoio e afeto. Dizem as más línguas que os avós “estragam” os netos. Na verdade, em meio a tantos obstáculos e dificuldade de compreender o mundo dos adultos, a presença deles com suas altas doses de tolepromovem o equilíbrio emocional que toda criança merece ter. Conectados com os jovens – São muitas histórias sobre as posturas e atitudes dos avós na fase da vida que somos mais incompreendidos e chamados de

“nova geração”. Enquanto os pais tentam enquadrar os filhos em seus padrões de comportamento, os avós se portam de modo oposto, aceitando e até mesmo se divertindo com atitudes e hábitos que negaram aos filhos. Essa complacência e respeito às escolhas dos netos soam como uma luz no fim do túnel, sinalizando que nem tudo que o jovem faz é errado e que podemos, sim tomar nossas próprias decisões e questionar convenções paternas, afinal, há décadas de experiência dos avós a nos indicar que tudo pode ser diferente, basta haver amor, respeito e lealdade. A época dos bisos – A longevidade trouxe aos tempos atuais algo que há 40 anos seria impensável: a presença dos bisavós na infância e também na adolescência. Verdadeiros oráculos de sabedoria, amor e resistência, essas figuras, até então lendárias, dobram a visão de mundo dos mais jovens, ensinando que a vida é uma sucessão de fases, onde importa muito como nos mantemos ligados a quem nos deu origem, seja quem ou como for. O importante é viver as relações com entrega e muito, muito amor.


apresenta

O Rock Rio Pardo, maior festival de Santa Cruz do Rio Pardo, chega à 20a edição após dois anos de recesso por causa da pandemia. Com um público ainda maior do que nos anos anteriores e mantendo o acesso livre,mesmo de quem não levou o quilo de alimento não perecível como ingresso, a festa manteve a tradicinal harmonia entre um público heterogêneo no estilo, na idade, nas tribos, mas que tem em comum não apenas a disposição para passar horas ouvindo rock, mas para vivenciar essa experiência num espírito claro de amizade, respeito e alto astral. Que venham mais e mais edições dessa covnergência de todos no mesmo ritmo e no mesmo direito ao lazer, à cultura e à diversão! Flavia Manfrin


Há vinte anos, alguns “moleques” decidiram criar um evento para que eles pudessem se apresentar ao público de Santa Cruz... Lembro de ter assistido até o ano de 2013, dois, um na Praça em frente à Prefeitura e outro no bairro da Estação. Eram festivais modestos, com pouco recurso financeiro, pouco apoio tanto do poder público, quanto da iniciativa privada, mas eles nem ligavam para isso, tinham na mente e no coração, o desejo de fazer sempre mais e melhor. Foram, na verdade muito, mas muito persistentes. Durante o percurso dessa estrada, alguns saíram da luta por motivos diversos e outros se uniram a trupe, sempre aproveitando as paisagens do caminho e principalmente aprendendo com os obstáculos inevitáveis que existem até hoje. Os ”moleques” cresceram, hoje são adultos e respeitáveis cidadãos, continuam com o mesmo espírito da essência do Rock, ou seja, solidariedade, na busca do bem comum, na alegria, no respeito à diversidade e principalmente na união de pessoas. O festival cresceu e amadureceu com eles, se tornou uma referência para outras cidades da região, está cumprindo seu papel, que lindo caminho... Vida longa ao Rock Rio Pardo e lembrem-se sempre da canção: ”Há um menino, há um moleque, morando sempre no meu coração, toda vez que o adulto balança, ele vem para me dar a mão...” Maurício Salemme Corrêa

7 toneladas de alimentos para entidades

Gente de todas as idades. Excursões de toda a região.


CAPITAL INICIAL + DETONAUTAS + PARALAMAS + 13 SHOWS

Público estimado em mais de 10 mil pessoas por dia!


Fotos: Flávia Rocha e Marcos Zanette | 360

Praça de Alimentação + Loja Oficial + Areá Infantil


11 • meninada

Ache 12 Diferenças!

RESPOSTAS: 1-Boca do Pingo. 2- Pompom do gorro do Pingo. 3- Detalhe do saco de dormir do Pingo. 4-Olhos da Madona. 5- Detalhe do saco de dormir da Madona. 6- Patinha do Pingo. 7- Travesseiro da Madona. 8- Coleira da Madona. 9- Gramado. 10- Ossos. 11. Sanduba do Pingo. 12. Esquilo.

Pingo foi Acampar!

arte: Sabato Visconti

TEM NA ESCOLA (44 palavras)

• ALUNOS • APAGADOR • APONTADOR • APOSTILA • ATLAS • BIBLIOTECA • BOLA

• • • • •

BOLETIM • BORRACHA • CADEIRA • CADERNO • CALENDÁRIO • CANETA • CANTINA CARTEIRA • CHAMADA • CLASSE • DIRETORIA • ESPORTE • ESTOJO • ESTUDANTE EXAME • GIZ • LABORATÓRIO • LANCHE • LÁPIS • LIVROS • LOUSA • MESA MATÉRIA • MOCHILA • PALESTRA • PÁTIO • PROFESSORES • PROVA • QUADRA RECREIO • REDE • RÉGUA • SALA DE AULA • SINAL • TIME • VESTIÁRIO • UNIFORME

Q N P R O V N C A L E N D A R I O E

U I M O C H I L A P O N T D O P U G

A D P C I E I B R C A R T S E L S P

D U O R R T T A V A H C A R R O B O

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C L E E T R O P S E I E O Z B R T M

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A E S S T U D A N T Ç V U A T L A S


12 • agro

O bem estar na produção bovina agrega em saúde e sabor à carne Medidas prevendo a qualidade de vida do rebanho durante engorda garantem uma atitude mais humana na criação de gado de corte e melhor qualidade do produto final

Com um rebanho de 300 cabeças, ainda insuficiente para suprir a demanda de carne bovina de seus estabelecimentos comerciais – duas lojas de supermercado e um açougue –, Pedrinho, como é conhecido, atua no segmento desde criança. “Eu nasci num açougue. E no dia 08/08/88, quando tinha 12 anos, comecei a trabalhar num açougue do frigorífico junto com meu, pai”, conta o agroempresário que pertence a uma família onde o comércio de carnes é tradição. Uma década depois, ele inaugurava seu primeiro açougue. “A criação de gado é um hobby que gera resultados”, afirma o comerciante que produz carne bovina de das raças Nelore e Angus, para revender em seus comércios.

fotos: Flavia Rocha | 360

Nada de apertar o rebanho em caminhões que seguem para o abatedouro ou confiná-los em pequenos espaços para engorda. Muito menos de descuidar da nutrição e da saúde dos animais, criados sem situações de estresse e sem o uso de hormônios. A produção de gado de corte quando feita com base em uma série de regras que garantem o bem estar do rebanho, inclusive na hora fatídica do abate, é o caminho para uma prática mais consciente de criação e também para a produção de carne de melhor qualidade. “Aqui, seguimos todas as fases do processo para que o gado tenha qualidade de vida e esteja tranquilo, inclusive no momento do abate”, garante Pedro Gazzola, produtor de gado de corte em Santa Cruz do Rio Pardo.

* Acima, o rebanho do sítio Mandassaia em área de confinamento onde há ração e bastante espaço. Até ser abatido, o gado pode revezar a alimentação com pasto. Abaixo, a“escolinha”criada para o gado após desmame; e Pedrinho Gazzola, feliz com o que faz * Zelo em série – Da seleção da compra dos bezerros até o abate e o transporte da carne devidamente limpa e resfriada,

o trabalho que resulta na marca Central Carnes, comercializada no açougue de mesmo nome, e também é vendida nas

duas lojas do supermercado Almark, é feito com precisão e segue critérios que visam zelar pela qualidade de vida ani-


fotos: Flavia Rocha | 360

Nasci com essa sina. Uma chama que ardia. Pegar pesado na lida. Crescer mais cedo na vida.

Docilidade animal – A qualidade de vida dos animais na fase de engorda, que dura alguns meses apenas, é constatada primeiro pela sua docilidade, diz o produtor. “Veja como o gado é tranquilo. Ele não se assusta, porque procuramos tocar de maneira que não provoque nenhum estresse”, afirma o produtor, acrescentando que não se vale de cavalos, ferrões e nem de gritos para “fechar o gado”(momento do dia em que o rebanho é conduzido à man-gueira). Ele conta que até os netos brincam com o gado, sem susto.

O resultado é a aprovação dos clientes das unidades comerciais, que ainda não são abastecidas com essa carne em sua totalidade, mas onde é possível ter a garantia de produtos sempre da melhor qualidade. “Sou exigente com o que ofereço aos nossos clientes e apaixonado pela criação de gado”, afirma Pedrinho.

Devidamente vacinados e livre de carrapatos, os animais chegam ao síti, depois de desmamar e aprendem a comer na “escolinha”, onde recebem a

* Os cortes atuais desenham a carne de maneira que o consumidor possa saber bem do que se trata. Os estaques ficam para os cortes de bife ancho (parte do contrafilé), fraldinha, maminha e picanha *

Sina de Trabalhador

ração feita à base da vinhaça de batata doce misturada com quirera, farelo de arroz e bagaço de cana. Depois de dois ou três meses, passam para o semi confinamento, permanecendo em áreas com e sem pasto. “Procuramos deixar bastante espaço para os animais”, diz Pedrinho. Segundo ele, o piquete poderia abrigar até três vezes mais animais, mas como a meta é produzir carne de melhor qualidade, isso implica dar ao animal uma vida tranquila, inclusive quando segue para o abate. “Hoje em dia você usa mecanismos que mantém o gado tranquilo até o final”, garante.

Roberto Rensi

A primeira medida é a escolha do rebanho, que chega logo após o desmame. Em seguida, as novilhas seguem para uma das duas unidades de criação, onde são separados machos e fêmeas praticamente meio a meio. Os sítios abrigam o total de 300 animais. O Mandassaia, onde fizemos as fotos, tem 12 hectares. O negócio que vai muito bem, é uma parceria de Gazzola com o empresário Valter Martins, dono de uma fábrica de doces. “Conheci o Valtinho porque ele tem um resíduo de produção muito bom para o gado que é a vinhaça de batata doce. Propus uma parceria e em sete anos passamos

de 30 para 300 cabeças de gado precoce de boa qualidade”, conta, destacando que o aproveitamento do resíduo de batata doce é uma ação sustentável que entra na produção da carne e também dos doces da fábrica do sócio.

fotos: Flavia Rocha | 360

mal, que é curta – o abate ocorre em média com 15 meses. Consequentemente, o resultado é uma carne de melhor qualidade, que ele vende a preço de mercado. “Poderia até colocar um preço mais alto, praticado pelas boutiques de carne, mas seguimos com o valor de mercado”, afirma o produtor.

Trabalhando desde sempre. Criança trocando de dente. Cinco da manhã no batente. Ordenhando vaca de leite. Já na roça cedinho. Suava mais do que todos. Na enxada engrossei os calos. Sem preguiça desde menino. Não quis saber de estudar. Meu negócio era negociar. Comprar, vender e somar. Aprender a perder e ganhar. Sem medo eu me arriscava. Terra, café, invernada. Boi, garrote, novilha. No meio do rolo eu estava. Ia da rua pra casa. Fim de semana na igreja. Os filhos a mulher criava. Nunca soube o que é cerveja. Aos trinta me chamavam de rico. Aos cinquenta de milionário. Fazendas espalhadas no estado. Plantações e muito gado. Férias nunca tirei. Com a família pouco vivi. O mar não conheci. Se venci na vida não sei. Agora estou com oitenta. A velhice não me assusta. Sigo na mesma toada. Sempre disposto pra luta. Se Deus permitir vou em frente. Buscando uma nova chance. Olhando sempre adiante. Sem fazer diferente.


14 • meio

ambiente

Arborizar cidades é zelar por sua população

Árvores não são apenas ornamentos. Elas são as responsáveis pelo pleno cumprimento de várias premissas de qualidade de vida e também de tornar o bem estar perene Há quem insista em acreditar que as árvores são apenas objetos de decoração. Ou que tanto faz se elas são grandes ou pequenas. Na verdade, esse quase pouco caso com nossas melhores amigas refletem o quanto o brasileiro está muito longe de entender a importância da natureza para que possa ter realmente uma vida de qualidade diferenciada. O libro “Paisagismo Sustentável para o Brasil”, que tivemos a oportunidade de reportar na edição 197 deste jornal e que, depois de ganhar um exemplar de um de nossos leitores, nos foi autorizado usar como fonte de reportagens sobre o assunto por seu autor, o paisagista e botânico Ricardo Cardim, ensina e esclarece dúvidas a esse respeito.

* Nossa fonte para esta reportagem *

Vamos anotar aqui pontos que comprovadamente são otimizados ou garantidos quando tratamos de plantar árvores em tamanho e quantidade condizente com o ambiente urbano. Ou seja, quando mais cimento, mais verde para compensar.

Redução da temperatura – Esse ponto já apareceu em matérias que fizemos sobre o tema, mas é sempre bom reforçar. É algo óbvio, mas que muitos fazem questão de esquecer: quanto mais árvores, especialmente as de grande porte, mais ameno o clima, especialmente no calor. Isso ocorre devido à transpiração de água que as árvores realizam e por causa das sombras que promovem. As árvores refletem, interceptam e absorvem a radiação solar, podendo reduzir em até 95% da radiação e diminuir até 12°C a temperatura. Vale a pena lembrar que essa redução reflete também no conforto térmico humano. Claro que tudo vai depender do tipo de árvore. O livro cita, por exemplo, que a Sibipiruna, muito comum na nossa região, pode reduzir em 12 a 16ºC a sensação de calor nos meses meias quentes. Filtragem da radiação UV – As folhas das árvores absorvem cerca de 95% da radiação ultravioleta (UV), protegendo as pessoas com suas sombras e diminuindo o risco de se ter câncer de pele, alterações oculares e imunológicas. Diminuição da poluição sonora – Acredite, árvores e todo tipo de vege-

fotos: canva.com

São tantos os benefícios apontados no livro que estamos usando como fonte, que vamos começar por aqueles que refletem diretamente na vida humana, ou seja, agem no nosso bem estar:

das folhas e do cantos dos pássaros que povoam ambientes arborizados.

* Árvores de grande porte podem e devem estar em todo lugar. Numa área verde criando corredor para atividades físicas e passeio; margeando entradas e acessos aos municípios; amenizando o clima e protegendo pavimentação, edificações e automóveis no centro da cidade. Sem contar na qualidade de vida das pessoas que circulam no local *

Aumento da umidade do ar – Quando são de grandes portes, as árvores podem liberar de 380 a 400 litros de água por dia na atmosfera através de sua evaporatranspiração. Em lugares mais secos, isso equivale a cinco aparelhos de ar condicionado funcionando por 20 horas. Neste caso, é importante pensar em árvores que não perdem suas folhas em época de seca. Filtragem da poluição do ar – Os gases poluentes e partículas de sujeira também podem ser retidos quando há uma quantidade significativa de vegetação. Árvores grandes são capazes de remover de 60 a 70 mais vezes a poluição do ar a cada ano do que árvores de pequeno porte, pois isso deve-se evitar a arborização de ruas com árvores anã. Qualidade da água – As árvores melhoram a qualidade da água quando absorvem e filtram a chuva diminuindo sua poluição por nutrientes e metais pesados. Isso reflete na redução de custos de tratamento e outras questões relativas à qualidade da água. Elas também ajudam a equilibrar a absorção das águas da chuva para o solo, evitando enchentes.

tação contribuem para abafar o barulho em níveis que vão depender de como e quanto estão presentes nos ambientes. Elas dificultam a propagação do som e ajudam na sua absorção. Um cinturão de 30m de largura x 12m de altura de árvores pode reduzir o som entre 6 a 10 deci-

beis o que corresponde a uma redução de 50% da energia sonora, por exemplo. Ainda em relação ao som, as árvores trazem outros benefícios, como a diminuição do barulho, especialmente o de baixa frequencia, e a sobreposição de ruídos desagradáveis pelo som do movimento

Controle de pragas – As árvores também são importante para manter longe de nós, pois elas atraem pássaros que são promovem o controle de pragas e animais peçonhentos. Ou seja, erra quem pensa que ao ter muita vegetação, um jardim atrairá transmissores de doenças.


* Morar numa rula linda como essa é algo acessível a todos. Sempre há onde plantar bleos e frondosos Ipês. Sibipirunas requerem covas bem fundas e com proteção lateral para que as ra~izes não quebrem as calçadas. A sonbra e proteção contra enchentes são alguns dos benefícios que árvores grandes garantem a todos.

Saúde e bem estar – As árvores e toda vegetação que possa ser inserida no ambiente urbano contribuem para a qualidade de vida e para a saúde pública. E isso não é um tese. As plantas reduzem doenças respiratórias e cardiovasculares, promovem recuperação mais rápida da saúde, aumentam a longevidade e refletem até nos níveis de concentração, disciplina e no bom humor das pessoas. Benefícios Sociais – A presença de vegetação nas áreas urbanas são fundamentais para que se desperte a consciência das novas gerações a respeito da importância meio ambiente e da preservação da vegetação nativa. Além disso, ao investir em áreas verdes urbanas, promove-se o contato direto com a natureza e muitas atividades relacionadas, como atividades físicas, interação social, identificação com o lugar onde se vive e convivência entre grupos diversos. Outros benefícios gerados pela inserção maciça e de qualidade de vegetação nos centros urbanos – ou seja, planejada, incluindo plantas nativas e árvores de

grande porte – são de grande importância para a gestão das cidades, pois impactam não apenas no clima e na qualidade de vida, mas também na economia dos municípios. Manutenção de ruas – Em centros devidamente arborizados, a sombra das árvores evita a deteriorização dos pavimentos, e, consequentemente, adia a necessidade de manutenção de ruas a calçadas. Naturalmente, árvores devem ser plantadas de modo a não provocar a quebra de calçamentos. Para isso, basta cuidados no plantio, como a profundidade da cova e canteiro adequados. Proteção de solo e rios – Quanto mais vegetação em áreas urbanas, especialmente árvores e calçadas ecológicas, onde o calçamento divide espaço com a vegetação, melhor a qualidade do solo, a regularidade e intensidade das chuvas e a qualidade das águas. Num ambiente devidamente arborizado, a água das chuvas segue para o solo até alcançar o lençol freático em vez de seguir direto para os bueiros e leitos dos rios causando in-

foto: Flavia Rocha | 360

fotos: canva.com

Abaixo a proporção de uma árvore de grande porte e uma casa. Essa Sibipiruna certamente torna todo o quarteirão mais arejado e fresco no verão. Protegido das enxorrdas e livres de animais peçonhentos *

undações. As chuvas são mais frequentes e amenas e a qualidade do solo também é otimizada. Há mais aspectos da importância da arborização urbana no capítulo 5 (parte 2) do livro de Ricardo Cardim, que mereceria figurar em gabinetes de gestão municipal, secretarias de meio ambiente e bibliotecas de escolas públicas e particulares pelo alto nível de detalhamento e qualidade das informações. Vale a pena consultar esse “oráculo” do verde brasileiro e isso nos trará mais reportagens para ampliar a base de informação dos leitores.

FONTE: Paisagnismo Sustentável para o Brasil. Editora Olhares Autor: RIcardo Cardim



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