Jornal 360_ed. 197_ jun22

Page 1

políticas e prevenção às drogas reúne especialistas e atuantes do setor em Santa Cruz •p8

gastronomia_ Receitas mexicanas vão bem em qualquer estação e são muito versáteis e fáceis de preparar •p4 bem viver_A Covid-19 deixa sequelas que podem e devem ser tratadas. Cidades tomam medidas de atendimento •p5

arte produzida com cartaz exposto no I Congresso de Políticas sobre Álcool e Drogas de SCRPardo

cidadania_ Congresso sobre

Jornal 360

nº197 ANO 17

Junho22

Grátis!

Resistentes e belos, ipês elevam potencial turístico e climatizam

foto: Conrado Zanotto

•p7

Circulação Mensal:3 mil exemplares + download online grátis Distribuição: • Águas de Santa Bárbara • Areiópolis • Assis • Avaré • Bernardino de Campos • Botucatu • Cândido Mota • Canitar • Cerqueira César • Chavantes • Espírito Santo do Turvo • Fartura • Ibirarema • Ipaussu • Manduri • Óleo • Ourinhos • Palmital • Pardinho • Piraju • Santa Cruz do Rio Pardo • São Manuel • São Pedro do Turvo • Timburi Rodovias: • Graal Estação Kafé • RodoServ • RodoStar Versão On line: issuu.com/caderno360 facebook/jornal360 • jun2022


2 • editorial

Iniciativa

Do latim “initiare” significa traço de caráter que leva alguém a empreender alguma coisa ou tomar decisões por conta própria; disposição natural; ânimo pronto e enérgico para conceber e executar antes que outros. Acredito já ter usado este tema por aqui, mas sempre vale a pena lembrar desta palavra que puder mudar tudo. Em nós, à nossa volta, no mundo.

A iniciativa é fundamental para melhorarmos nossa vida e o da nossa comunidade. E esta edição está repleta de exemplos bem sucedidos a esse respeito. A começar pela natureza, por tanto tempo deixada de lado no foco do desenvolvimento das cidades brasileiras, e resgatada com bravura, talento e consistência por talvez o mais proeminente botânico da atualidade, o também paisagista Ricardo Cardim, que teve a iniciativa de produzir um livro completo a respeito de paisagismo para o Brasil, como vemos em MEIO AMBIENTE. A iniciativa também rende muitos frutos para a comunidade quando pessoas não se omitem e assumem novas ações. Nesta edição, temos como exemplo o Projeto InspirAR, para tratamento de sequelas da Covid, em BEM VIVER; a realização de um avento anual ancorado na gastronomia, o Yakissoba do Lar, como vemos em CIDADANIA, e o sucesso de um evento que durou uma semana em Santa Cruz, tendo na pauta a delicada questão da dependência química, como consta em ACONTECE.

foto: Flavia Rocha | 360

Sem ela, você fica estagnado, limitado e muitas vezes preso a velhos e ultrapassados conceitos e modelos. Iniciativa é algo que infelizmente muita gente não tem. Seja por sua própria natureza ou por pura falta de hábito. Sim, porque é perfeitamente possível sairmos de uma atitude tímida ou acomodada para sermos pessoas que tomam a frente de ações e condutas.

* O casal Karla Honorato Pedro e Valdir Pedro tiveram a grata iniciativa de organizar e realizar o I Congresso Municipal de Políticas sobre Drogas e Álcool de Santa Cruz do Rio Pardo. Com uma programação extensa e diversificada, o evento que durou uma semana contando os 5 dias de paletras e missa de encerramento, poderá entrar para o calendário anual da cidade como ação regional em razão do público de cidades vizinhas que esteve presente e aproveito toda a programação * A iniciativa de expor ideias e visões de mundo também aparece em nossa coluna BEM VIVER, que traz duas participações especiais: Maurício Salemme Corrêa, com um artigo sobre o tempo, e Roberto Rensi, com sua poesia, ambos republicações de suas respectivas páginas no Facebook. Para completar, nossas colunas GASTRONOMIA, com receitas mexicanas muito fáceis e gostosas, e MENINADA com mais uma aventura do Pingo. Ciente de que este jornal também é fruto da iniciativa de levar às pequenas cidades um jornalismo ético e edificante, algo que já dura 17 anos, posso afirmar também que muitas vezes a iniciativa de tecer críticas e questionamentos, por mais que possa ser incômoda a terceiros, é bastante necessária. Boa leitura! Flávia Rocha Manfrin | editora c/w: 1499846-0732 • 360@jornal360.com

Romanos 14 vs 17

Ora ação!

“Porque o reino de Deus não é comida, nem bebida, mas justiça e paz, e alegria no Espírito Santo.”

e xpediente O jornal 360 é uma publicação mensal da eComunicação. Todos os direitos reservados. Tiragem: 3 mil exemplares. Distribuição gratuita. RedaçãoColaboradores: Flávia Rocha Manfrin ˙editora, diagrmadora e jornalista responsável | Mtb 21563˚, André Andrade Santos e Paola Pegorer Manfrim ˙colaboradores˚, José Mário Rocha de Andrade, Fernanda Lira, Angela Nunes e Maurício Salemme Corrêa ˙colunistas˚, Sabato Visconti ˙ilustrador˚, Odette Rocha Manfrin ˙receitas e separação˚, Camila Jovanolli ˙transcrições˚. Impressão: Fullgraphics. Artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. Endereço: R. Cel. Julio Marcondes Salgado, 147 - CEP 18900-007 - Santa Cruz do Rio Pardo/SP • 360@jornal360.com • cel/whats: +551499846-0732 • 360_nº197/jun22


3 • ponto

de vista

*José Mário Rocha de Andrade

Uma aventura no Esther Roof Top

isitar o centro de São Paulo é uma viagem na história que eu havia realizado duas vezes com meus filhos, um passeio na formação de nosso querido Brasil, Catedral da Sé, Teatro Municipal, Viaduto do Chá e a Praça da República com a primeira Escola de Formação de Professores no Brasil, a Escola Normal Caetano de Campos são pérolas preciosíssimas.

Com os novos ventos soprados pela Revolução Francesa, o local originalmente destinado a uma Catedral, abrigou uma escola. Havia a crença de que o ser humano iria evoluir pelos estudos. Da Caetano de Campos, muitos professores de lá saíram no início do século XX para outras partes da cidade e do país para fundar escolas particulares.

Os edifícios Esther em 1938, São Luiz em 1944, Eiffel em 1956, Itália em 1965, Copan em 1966 e Hilton em 1971 em seu entorno, fazem parte da região hoje e foi no último andar do Edifício Esther, antiga morada do Chef Olivier Anquier, hoje seu restaurante, o Esther Roof Top, que se iniciou essa aventura com muita emoção à história de São Paulo que, como canta Tom Zé: “amando com todo ódio, se odeiam com todo amor”.

foto: canva.com

Entre as amizades de meus pais, a querida Sevigné Infante, santa-cruzense, para orgulho de todos nós, era professora da Escola Normal Caetano de Campos onde estudaram, entre outros, Cecília Meireles, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Dorina Nowill, Sérgio Buarque de Holanda.

cias e, com a construção do Viaduto do Chá em 1892, que ligou o Centro Velho ao Centro Novo de São Paulo, veio o seu desenvolvimento.

Do alto do Esther, aos nossos pés, imponente monumento republicano do Estado de São Paulo com 225 janelas, 86 metros de largura, 37 de profundidade, magnânimo, nos lembra que educar é preciso, assim como e existência de muitas Sevignés orgulhosas da profissão e da escola onde trabalham. A Praça da República foi local de corrida de touros, por isso chamada de Largo dos Cur-

ros, foi local de treinamento de militares, chamada popularmente de Praça das Milí-

Você está velho??? Umas das melhores definições de ”Velho”, foi feita por um cara que tenho muita admiração, respeito musical e o tenho até como um ídolo: Sir Paul MacCartney... Disse o hoje octogenário ex-Beatle: ”Velho é todo aquele que tem vinte anos à mais que você”...

No céu brilham mortas estrelas. Vidro é cálice de poeira. A luz enche a Terra de vida. Azar e sorte são balas perdidas. A origem do cachorro é o lobo. A morte é sempre o destino. O caminho escolhe seu dono. A fé é o remédio divino.

Quando usamos essa ”Fórmula Matemática”, realmente faz sentido... Pense você quando nos seus vinte anos, via um cara de quarenta anos jogando tênis, batendo uma bolinha com os amigos, tocando e cantando em um ambiente festivo... Com certeza pensava, olha o tiozão tentando fazer bonito....

Roberto Rensi

Pode ir mudando as idades e vai verificar que essa tal fórmula faz todo sentido. Porém, tenho a convicção que existem velhos de todas as idades, normalmente sempre reclamando disso, daquilo... Vendo o copo sempre meio vazio, vivendo, mesmo que de forma inconsciente, com a certeza de que nada vai dar certo. Na verdade, a idade é só um número que nos faz escutar cada mais alto, o barulho da cachoeira que está se aproximando... Mas, enquanto ela não chega, devemos nos dedicar em tornar cada dia uma alegria, com problemas que todos temos, uns mais que outros e isso é verdade, mas nunca seremos isentos deles...

Nem todo rio corre pro mar. O beija-flor para pra não descansar. Aroeira é madeira que afunda. Sem o sol não há noite de lua.

Reflexões

*Mauricio Salemme Corrêa

*médico santa-cruzense radicado em Campinas

”And in the end the love you take is equal to the love you make” • Paul MacCartney

Apesar da idade, quero de coração que meu futuro seja maior que meu passado, mesmo que contando em anos isso não seja possível, mas que seja de fato em alegrias e realizações. Finalizo com Sir Paul : ”And in the end the love you take is equal to the love you make”. (No final, o amor que você tem, é igual ao amor que você deu).

* santa-cruzense que aceitou coloaborar com o 360 a partir desta edição

Ondas de todos os lados. Eterna luta entre ratos. O nada não espera parado. O universo cava os buracos.


4

• gastronomia

Tacos mexicanos: fáceis e versáteis Claro que uma boa dose de pimenta vai deixar suas criações ainda mais parecidas com as mexicanas, mas fique à vontade para dosar segundo a sua preferência, naturalmente. Os tacos desta edição foram produzidos pela mana Aldine (faz os recheios), que costuma usar tortilhas prontas, mas topou preparar a receita que consta na nossa receita.

Tacos de Carne

Tacos de Frango

Receita: Aldine Rocha Manfrin

Receita: Aldine Rocha Manfrin _Ingredientes: • 1 tomate • 1/2 cenoura cortada em tirinhas • outros legumes preferência (abobrinha, pimentão...) picados em tirinhas • 1/2 cebola picadinha • 1 punhado de salsinha ou coentro fresco • sal e pimenta a gosto • 200g depeito de frango • 2 colheres sopa de cebola • 1dente de alho • 200g gorgonzola esfarelado _Preparo: Corte os tomates, a cebola roxa e asalsinha pequenininhos, junte num recipiente, tempere com sal e pimenta. Quanto mais picante, mais típico. Separe. Corte a carne ou frango em cubinhos e tempere a gosto. Em uma frigideira, coloque um fio de azeite e refogue o alho e a cebola, adicione a carne já temperada e deixe fritar ao ponto de sua preferência. OBS: Para fazer com frango, deixe refogar mais um pouco. Monte o taco colocando a carne depoiso vinagrete e por último o queijo ralado.

Tortilhas Mexicanas

receita: Flávia Rocha Manfrin

receita: Aldine Rocha Manfrin

_Ingredientes: • 1 tomate picadinho sem sementes • 1 cebola picadinha

foto: Aldine Manfrin

foto: Aldine Manfrin

_Ingredientes: • 2 tomates picado miúdo sem sementes • 2 colheres sopa de cebola roxa picada • 1colher de cebola comum picadinha • 1 pequena porção de salsinha picada • sal e pimenta a gosto • 200g de carne bovina ou suína • 2 colheres sopa de cebola • 1 ou 2 dentes de alho • 200gr queijo ralado grosso _Preparo: Junte o tomate, a cebola roxa e a salsinha num recipiente, tempere com sal e pimenta e reserve. Quanto mais picante, mais típico. Separe. Corte a carne ou frango em cubinhos e tempere a gosto. Em uma frigideira, coloque um fio de azeite e refogue o alho e a cebola, adicione a carne já temperada e deixe fritar ao ponto de sua preferência. OBS: Para fazer com frango, deixe refogar mais um pouco. Monte o taco colocando a carne depoiso vinagrete e por último o queijo ralado.

Guacamole

foto: Canva.com

Apesar de ingredientes disponíveis e clima pacerido, a comida mexicana não é tão comum nas mesas brasileiras. Muito menos em cidades pequenas do nosso país. Fáceis de fazer, os Tacos Mexicanos são feitos de massa de farinha de milho tostadas, qual panquecas, recheados com carnes, legumes e tudo o mais que você puder inventar.

• 1 abacate firme picado • 1 punhado de coentro • 1 limão • 1 sal a gosto • pimenta sem medo _Preparo: Misture os ingredientes colocando o tomate, a cebola, o abacate o sal, a pimenta e o limão. Por último, acrescente o coentro.

_Ingredientes: • 200g de farinha de milho fina (bater farinha em flocos no liquidificador) • 200g farinha de trigo (opcional, pode ser tudo de milho) • 45g de óleo (ou banha) • 300ml de água (ou mais) • 1 colher de chá de sal _Preparo: Misture a farinha (ou as farinhas), o óleo (pode ser banha) e o sal. Vá colocando água aos poucos, até virar uma massa não muito grudenta e nem mole demais. Depois de misturar, coloque a na bancada e amasse até ficar homogênea, lisinha e fácil de trabalhar. Envolva a massa numa plástico e deixe descansar na geladeira por pelo menos 30 minutos. Retire a massa da geladeira, faça pequenas bolinhas. Unte a bancada com e abra a massa com a frigideira, pressionando-a sobre a bolinha até ela ficar bem fina. Se preferir, abra com o rolo mesmo. Aqueça a frigideira, coloque a massa e deixe tostar. Vire, deixe tostar e retire. Pode dobrar para pegar o formato de taco assim que tirar do fogo.


• bem viver

Portadores de sequelas devem tratar a chamada Covid Longa

No Brasil, não é diferente. Com mais de 31,6 milhões de casos da doença e quase 670 mil óbitos (dados do Ministério da Saúde atualizados em 17/06/22), o número de pessoas sofrendo com os efeitos pós-infecção pelo Coronavírus é expressivo. Com apoio do MS e de secretarias estaduais de saúde, governos estaduais e municipais estão colocando em prática programas para auxiliar as pessoas a lidar com os efeitos da doença, também chamados de Covid Longa. Entre os mais comuns, estão a perda da capacidade respiratória, fadiga, perda de memória e dores articulares e o agravamento de doenças pré existentes.

que recebiam alta da Santa Casa com sequelas respiratórias importantes e desenvolviam acompanhamento com fisioterapia respiratória e instalação de aparelhos de suporte respiratório no domicílio”, relata Carla, acrescentando que “em maio de 2022, discutimos a demanda crescente de pessoas relatando sequelas persistentes após infecção com a Covid 19, e surgiu a ideia de criar um projeto que atendesse este público.”

foto: Secretaria Munic. Saúde - SCRP

Que não se tratava de “uma gripezinha” todo mundo já sabe, apesar de negacionistas ainda teimarem o contrário. O que muitos não imaginavam, inclusive pessoas do meio científico – “é até melhor pegar de uma vez para adquirir imunidade”, disse-me, equivocadamente, um amigo da área da saúde certa vez – é que para muitos, felizmente não para a maioria, a Covid deixa sequelas incômodas e, em alguns casos persistentes, que devem ser tratadas. Tanto que setores de saúde pública em todo o mundo já se organizaram para lidar com a questão.

Sequelas pós-covid devem ser tratadas

* Carla , coordenadora do Programa de Saúde da Família instrui sobre o RestaurAR* Projeto RestaurAR – Em Santa Cruz do Rio Pardo, coube à equipe da Secretaria de Saúde criar um sistema de atendimento gratuito para todos que sentem efeitos posteriores à infecção por Covid. A iniciativa “teve origem em maio de 2021, no período de pico da pandemia, quando os pacientes apresentavam muitas sequelas da Covid 19”, segundo nos conta Carla Cristina de Oliveira Andrade, Coordenadora do Programa Saúde da Família no município. “Naquele momento, o SAD – Serviço de Atenção Domiciliar, passou a atender os pacientes

Assim, o Projeto RestaurAR foi elaborado, aprovado pela gestão municipal, e começou a funcionar neste mês de junho, envolvendo medidas de reabilitação com atividades relacionadas ao fortalecimento e melhora da aptidão cardiorrespiratória, com protocolos e exercícios dinâmicos, funcionais e respiratórios. “Também trabalhamos a orientação cognitiva”, afirma Carla. “A pretensão do Projeto RestaurAR é melhorar a qualidade de vida das pessoas e reduzir as sequelas da Covid 19”, destaca a coordenadora do PSF. Segundo ela, os pacientes serão avaliados de acordo com a evolução das sequelas. “Estamos com 34 pessoas inscritas e novos horários podem ser abertos conforme a rede de atendimento identificar pacientes elegíveis para o pro-

foto: Secretaria Munic. Saúde - SCRP

5

* Aline Tanno, fisioterapeuta responsável pelo projeto, atende pacientes pós-Covid * jeto”, conta Carla, deixando um recado para todos: “É importante procurar ajuda para saber se algum problema está relacionado a uma sequela pós-covid para previnir problemas futuros para ter uma melhor qualidade de vida nas atividades de vida diária.” Info: Projeto RestuaAR _ SCRPArdo: Centro de Saúde II (Postão) – Avenida Tiradentes 934. Toda terça-feira das 8h às 9h e das 11h às 12h - Grátis Fonte:https://www.gov.br/saude/ptbr/centrais-de-conteudo/publicacoes/cartilhas/2022/caderno-de-acoes-para-vigilan cia-e-assistencia-a-saude-das-condicoespos-covid.pdf/view


• cidadania

Entidade elege prato para gerar recursos e conexão comunitária

imagem: canva.com

6

Com uma gestão focada no auto sustento, o Lar da Criança, entidade que abriga menores em situação e maiores de Santa Cruz do Rio Pardo, promove evento anual de yakissoba para gerar renda e se conectar com a comunidade

Ele se refere ao evento “Yakisoba do Lar”, agendado para o dia 16 de julho, quando 2 mil porções do espaguete à moda oriental serão preparadas a fim de angariar recursos para a entidade. Vendida a R$ 25,00, mesmo valor do ano passado, a porção serve bem duas pessoas, podendo alimentar por completo até 3 pessoas. “Tivemos muita procura nos anos anteriores e este ano aumentamos nossa meta”, informa Mario. “É um produto de qualidade reconhecida. Então vamos ver se a gente consegue vender todos”, completa ele. As vendas estão sendo feitas na portaria da Special Dog, no Centro Cultural Special Dog, que fica no centro da cidade, e na secretaria do Lar da Criança. Os pratos estarão disponíveis para retirada das 16h às 20h na Secretaria de Saúde da cidade, que é vizinha da entidade e tem um es-

festa que rendia um bom resultado financeiro e também social para a entidade, a produção do prato domingueiro foi a solução encontrada para manter o vínculo comunitário e gerar alguma renda. “Os recursos serão aplicados no 13° salário da equipe do Lar da Criança, assim como foi feito ano passado”, informa Mário. foto: acervo Special Dog

A ideia não é apenas gerar renda, mas aproximar o Lar da Criança da comunidade, como explica do diretor Mario Sérgio Manfrim, que está à frente da entidade desde 2015. “ Uma coisa que eu gosto sempre de dizer é que o Lar não é da Special Dog, é da comunidade”, destaca o diretor da empresa que “adotou” a entidade, com recursos próprios e também através da adesão de seus colaboradores no sustento da entidade que hoje abriga cinco adultos, que passaram dos 18 anos e ainda careciam da entidade, e 16 menores.

* Voluntários preparam o já tradicional “Yakisoba do Lar”. A expectativa é de vender 2 mil unidades até o dia 16 de julho, quando serão entregues em sistema drive-thru * paço propício para o siste Drive Thru. Ação provisória que deu certo – O “Yakisoba do Lar” acontece anualmente desde 2020, quando a pandemia de Covid-19 impôs regras de isolamento que obrigaram a entidade a cancelar o então famoso e muito aguardado “Arraiá do Lar”, uma grande festa julina capitaneada pela Special Dog com a partici-

pação de quase todas as empresas do setor de alimentos da cidade. Montado numa das ruas próximas à entidade, o evento que acontecia no sábado à noite, com direito a muitos quitutes e shows típicos, reunia tanta gente que passou a ter um serviço também aos domingos, quando começaram a servir o yakisoba. Depois de quatro edições da

Foco no auto-sustento – Desde que assumiu a entidade, o diretor promove ações que visam o auto-sustento, como a construção de edificações no amplo terreno que pertence à entidade, onde já há casas e lojas alugadas, construídas com a renda da festa anual que durou até 2019 e voltará a ser realizada quando o sistema de saúde avaliar indicado. Atualmente, as reformas que continuam sendo feitas nas dependências da entidade estão sendo subsidiadas por verbas públicas e pela assistência contínua da Special Dog e de seus colaboradores. “Este ano,fizemos a reforma do administrativo e estamos fazendo a reforma da parte elétrica, coisas que não aparecem. Vamos também fazer a reforma da parte dos bombeiros. São coisas que a gente vem fazendo aos poucos com as verbas que conseguimos e vamos administrando. Colaboradores”, explica Mario que almeja que a comunidade aproveite a campanha do Yakisoba para ajudar o Lar da Criança.


• meio ambiente

Novo livro do botânico Ricardo Cardim, premiado autor e paisagísta da atualidade, traz informações precisas sobre reinserção do verde original do Brasil

Tudo que você precisa saber sobre paisagismo

Uma obra completa para praticar aquilo que todos reconhecem, queiram ou não, ser essenciais para a nossa vida: as árvores, a natureza. Não uma natureza qualquer, mas que tenha a ver com o nosso lugar, com o nosso bioma. E que possa cumprir seu papel de promover um equilíbrio climático, tornar o ar mais puro e limpo, nos proteger e também trazer toda a beleza que só a natureza é capaz de produzir para o ambiente urbano, incluindo praças, ruas, avenidas, quintais, fachadas. Em sentido horizontal e vertical. Isso tudo e um pouco mais você vai encontrar num livro que é capaz de informar como se reconectar com o verde em ambiente urbano: “Paisagismo Sustentável para o Brasil”, de Ricardo Cardim, que acaba de ser lançado.

dade. E que, realmente, isso possa promover uma relação melhor entre a natureza e a humanidade no Brasil.

foto: acervo pessoal Ricardo Cardim

7

Para nos contar sobre essa obra que * Ricardo Cardim posa com ipê centenário * além de tudo nos traz conhecimento histórico sobre nossa vegetação e nos país, atende clientes do Maranhão até Porto propõe reincorporá-la em nosso cenário, Alegre. Nossos projetos aqui no escritório conversamos com o autor, que além de são projetos grandes, de largo impacto. tudo expressa como poucos informação com precisão e uma clara e forte paixão. Acredito que é um livro que tem grande função para o poder públi360: O que o leitor irá encontrar no livro co, para gestores públicos, porque Paisagismo Sustentável para o Brasil? trabalha essa questão, traz coisas Ricardo Cardim: Esse é um livro que não faladas normalmente em livros procura repensar a relação entre natureza sobre arborização urbana, sobre e humanidade do Brasil. Então trago ali um fragmentos de matas nativas denapanhado de questões históricas, questões tro da área urbana, cerrado. Enfim, do presente e possíveis soluções pra um fu- acho que é um livro que procura ser turo melhor. Um futuro que considere essa bem completo com relação à gesnatureza extraordinária que a gente tem no tão de áreas verdes de natureza Brasil, essa condição caótica da maioria das dentro de uma cidade. cidades e como isso pode realmente ser repensado nesse século. Quando a gente já 360: Como você conseguiu reunir tem conhecimento científico, a gente passa tantas informações? por uma importante crise ambiental global Ricardo: Esse livro reúne tantas ine também as pessoas já sabem da diferença forma-ções porque é o trabalho de que faz a presença da natureza, da vege- uma vida. Eu brinco que são aí 44 tação, pra saúde psíquica e física. anos estudando a natureza, se preocupando com a questão. Eu era 360: Quem pode aproveitar essa publi- aquele menino que a mãe escreveu cação? no livro do bebê que aos quatro Ricardo: Esse livro demorou muito pra ser anos os meus brinquedos eram as escrito, me deu muito trabalho, demorei plantas, a natureza, que passava sete anos para escrevê-lo. Foi desenhado horas olhando pra elas. Isso nasceu para atender de leigos, curiosos até profis- comigo, veio comigo e eu sempre sionais acadêmicos da área. É um livro que tive muitos questionamentos que intem uma consistência muito grande quan- clusive me levaram à carreira atual. to a pesquisa científica (tem 698 referências bibliográficas). Esse livro é uma parte de tudo isso, junto com o trabalho, nesses últimos anos, da E também tem um diferencial de ser Cardim Arquitetura Paisagística, que hoje baseado não somente em teoria ou exper- é um escritório grande, com mais de 120 iência de terceiros, mas em experiências projetos em andamento, mais de 20 arquipróprias, dentro de um dos maiores es- tetos trabalhando. Então, acredito que é um critórios de paisagismo do país. Hoje, a livro que eu entrego maduro, na hora certa Cardim Arquitetura Paisagística é um dos para essa causa de mudar o paisagismo pacinco maiores escritórios de paisagismo do ra a direção da sustentabilidade, da brasili-

360: Qual a missão desta obra? Ricardo: Se o livro conseguir ajudar a modificar esse estado atual de desconexão dos brasileiros com a sua enorme natureza, sua enorme biodiversidade e se ajudar com que as pessoas passem a valorizar mais essa natureza, esse patrimônio único e que a gente consiga ter cidades melhores, cidades mais verdes e tudo dentro da realidade brasileira, ou seja, a cidade moderna, a vida moderna e a nossa natureza nativa ancestral entrarem em harmonia, eu me considero realizado. Info: "Paisagismo Sustentável para o Brasil Integrando natureza e humanidade no século XXI” – Editoria Olhares. R$ 140, nos sites de livrarias e vendas em geral

Sobre o autor: Ricardo Cardim é mestre em Botânica pela Universidade de São Paulo e diretor da Cardim Arquitetura Paisagística. Recebeu em 2021 o Prêmio Muriqui Pessoa Física, uma das principais premiações ambientais do país, cedido pela RBMA-UNESCO. Também recebeu a Medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo da Câmara Municipal pela descoberta de áreas de Cerrado sobreviventes na malha urbana.

Com o objetivo de resgatar as florestas nativas dentro da escala urbana, criou a técnica Floresta de Bolso®. Autor de "Remanescentes da Mata Atlântica: As Grandes Árvores da Floresta Original e Seus Vestígios" (2018/ Editora Olhares), finalista no Prêmio Jabuti na categoria Ciência.


8

• acontece

A dependência química na pauta regional imagem: Canva.com

O I Congresso Municipal de Políticas sobre Drogas e Álcool de Santa Cruz do Rio Pardo se consagrou num forum regional para abordagem de vários aspectos da complexa questão da dependência química

Santa Cruz sediou o primeiro congresso de políticas públicas e comunitárias para tratar a delicada e recorrente situação da dependência química gerada pelo consumo de drogas lícitas (bebidas alcoólicas) e ilícitas. Foram cinco dias de palestras abordando aspectos legais (especialmente de internações, classificadas como voluntárias, involuntárias e compulsórias), meios de tratamento, desdobramentos da doença e caminhos para a recuperação, além da prevenção ao uso, naturalmente. A programação foi definida pela idealizadora do evento e terapeuta holística que atende dependentes químicos e seus familiares Karla Honorato Pedro. Ao lado do marido Valdir Pedro, ela coordena a Pastoral da Sobriedade, ação comunitária da igreja católica. “Quando escolhi os temas junto com o Valdir, já sabia os profissionais que traria. Eu já tinha participado de vários cursos com a maioria desses profissionais e sabia que eles iam trazer muito conhecimento pro nosso município”, afirma Karla. Conhecidos por sua disposição e compromisso em ajudar pessoas dispostas a abandonar as drogas e tratar a dependência química, uma doença sem cura, mas controlável, eles encontraram grande apoio dos poderes públicos – Câmara dos Vereadores e prefeitura – e também da iniciativa privada, com destaque para as empresas Santa Massa, Solimã, Solito, Special Dog e Pegorer Tem. As palestras giraram em torno das questões básicas da dependência química: legislação, apoio familiar, atendimento comunitário (público e terceiro setor), dependência, recaídas, codependência e

prevenção, tema do evento. “Costumo dizer que a pessoa que nunca experimentou uma droga, ou álcool, dificilmente será um dependente química. É importante ter informação, adquirir conhecimento e não deixar que a curiosidade fale mais alto que esse conhecimento. Porque, às vezes, a pessoa tá lá numa festinha e alguém está lá com algum tipo de droga, oferece e a pessoa acaba experimentando. Experimenta hoje, experimenta amanhã, aí quando vê, a pessoa já está presa no vício das drogas. O Congresso foi criado para conscientizar a população de que a droga promove uma doença que não tem cura, mas tem tratamento. Uma vez que você se torna viciado em drogas, você será doente pro resto da vida”, explica Valdir que também foi mestre de cerimônias do evento. Que doença é essa – Trocando em miúdos, dependência química é quando algo que você consome causa um impacto, uma reação no seu organismo que faz com que você queira mais, mesmo sem sua consciência querer. É a vontade falando mais alto. Você pode não estar de acordo, você pode saber que aquilo não está lhe fazendo bem, você pode ter consciência que aquilo só atrapalha a sua vida e que cada vez que você consumir você vai piorar a situação. Mas a sua vontade é tão grande que toda sua consciência não detém a sua atitude de consumo. Ou seja, a dependência química faz seu organismo ter autonomia decidir por você. A gente pode ter dependência química de muitas coisas, inclusive do açúcar, para pegar um exemplo de algo que todo mundo tem em casa e faz mal. Como evitar essa doença – É muito importante a gente saber com o que está mexendo antes de experimentar ou passar a usar um produto que causa dependência química, incluindo aí as drogas lícitas, como bebidas alcoólicas e medicamentos, e ilícitas, como a cocaína e seus derivados, que têm alto poder de desenvolver a dependência química. Outros entorpecentes, como a maconha,

que não é reconhecida por causar a dependência química, podem também comprometer a saúde física e mental de pessoas, especialmente se elas tiverem alguma vulnerabilidade. Por isso informação é a base para você evitar contrair essa doença que acomete uma pequena parcela da população, mas um número suficiente de pessoas para que isso se torne um grande problema coletivo. Inclusive porque ela não afeta apenas a pessoa que se acomete dela. Ela afeta todos à sua volta. E muitas vezes de maneira brutal. Em sã consciência, quando uma pessoa se depara com um dependente químico usuário de drogas e vê o estado em que ele se encontra, ninguém quer isso pra si. E para evitar essa situação, o risco de se tornar um dependente químico, a única solução é não usar. Aos que já desenvolveram a doença, a única solução é procurar ajuda para se manter longe das drogas. Algo muito difícil quando se trata das bebidas alcoólicas, talvez os maiores anunciantes de todas as mídias. Perseverança mútua – Lidar com a dependência química é um desafio extenuante para o usuário e também para todos que com ele convivem. Por isso, núcleos de convivência e apoio, como familiares, colegas de trabalho, amigos verdadeiros, áreas de saúde e organizações comunitárias que lidam com essa questão, precisam de muita paciência, persistência e resiliência.

Nesse sentido, quando você se depara com um casal que dá tanta importância para as pessoas que sofrem com a dependência química, como Karla e Valdir, vale a pena parar para ouvir e acompanhar o que eles estão fazendo. E eles estão fazendo coisas grandiosas. Além de um trabalho gigante e contínuo, que começou desde 2014, tratando da recuperação de pessoas através da pastoral da Sobriedade, e muitas outras ações, eles, este ano, conseguiram realizar um grande evento em Santa Cruz, reunindo muita gente que vive esse assunto, que estuda, que trabalha com isso para abordar vários aspectos do consumo de drogas, incluindo internações, tratamentos e prevenção. Também houve depoimentos de pessoas que conseguiram sair do buraco que a dependência cava na própria vida (e dos familiares) e seguem o caminho da sobriedade conscientes de que precisam encarar o desafio diário da abstinência, ou seja, evitar, todos os dias, uma recaída. Com um público formado predominantemente por pessoas que trabalham com o assunto e também reunindo quem tem conseguido se manter distante das drogas, o evento deu acesso a muitas abordagens e visões de profissionais que trabalham com a questão. Depoimentos esses que, muitas vezes, você pode até discordar, mas que foram válidos para reflexão e tomada de consciência.


Pontos altos– Várias questões apareceram várias vezes nas palestras do I Congresso Municipal de Políticas sobre Álcool e Drogas de Santa Cruz. Dentre elas, vale destacar o apreço por pessoas. Gostar de gente, como se ouviu de vários palestrantes, é um fator fundamental para se tratar a questão, pois o dependente químico assume muitas vezes padrões de comportamentos que exigem uma altíssima dose de empatia.

A espiritualidade também bastante destacada nas palestras. Acreditar em algo, ter o apoio espiritual de qualquer natureza ajuda o dependente e também seus familiares a enfrentar os desafios da recaída, do consumo, da abstinência, ou seja, de todo o processo de recuperação e da manutenção da sobriedade. A informação também é fundamental e deve ser transmitida a todos desde cedo, porque ela poderá ser uma grande aliada para se evitar o uso das drogas e uma consequente dependência química, assim como será fundamental para quem infelizmente se deparar com essa situação, afinal, a maioria das pessoas acaba tomando uma bebida em algum momento da vida. Uma pessoa bem informada terá mais facilidade para perceber se está passando dos limites e precisando de ajuda, por exemplo.

* Ao lado, profissionais que atuam com a dependência química em São Pedro do Turvo, presentes em todos os dias do evento e satisfeitas com o conteúdo que foi apresentado durante os 5 dias de palestras *

fotos: Flavia Rocha | 360

Fotos: Flavia Rocha | 360

O apoio familiar, seja qual for a estrutura que o dependente conviva, é muito importante segundo todos disseram. Para que ele se trate e se mantenha sóbrio, a família também deve ser reestruturar de modo que ele encontre em casa o suporte e o cenário que irão ajudá-lo nessa luta diária da abstinência.

* Diante de uma plateia repleta de jovens (veja foto abaixo) , o pediatra Dr. Lotufo fala sobre a prevenção e postura familiar e das escolas para tratar a questão *

foto: Flavia Rocha | 360

O evento também serviu para se conhecer melhor a maneira como o município tem se dedicado a tratar a questão. Isso envolve, primeiramente, a capacidade de sinergia entre os atores comunitários e públicos que lidam com a questão. Esse aspecto, aliás, é sinal de um elevado desenvolvimento social.

Nesse sentido, a adesão das escolas, públicas e privadas, é fundamental para que se diminua a incidência da dependência química e de seus efeitos traumáticos e muitas vezes violentos na sociedade. Felizmente, a única palestra que ocorreu de manhã, com o médico pediatra e pneumologista, também professor da USP, Dr. João Paulo Lotufo, lotou o auditório da Câmara Municipal.

“Espero que o congresso tenha ampliado o conhecimento da população e ajudado as famílias a entender que é preciso entender mais, saber mais sobre a dependência, a codependência, as recaídas, pra eles poderem salvar mais vidas dentro de casa”, conclui Karla.

Quem não foi, perdeu! O “I Congresso Municipal de Políticas sobre Álcool e Drogas” de Santa Cruz do Rio Pardo foi imperdível. Com uma grade de programação abrangente, que envolveu de legislação a trabalhos de campo, passando por tratamento, atendimento, codependência, prevenção e vários depoimentos, tudo foi apresentado com muita clareza e tempo para que se parasse pra pensar. Não se trata de concordar com tudo o que foi dito, o importante é ouvir, ponderar e refletir. Ter uma base maior para buscar, inclusive, novas informações e opiniões. Estar ali durante cinco dias, mergulhando no tema sob a condução dos realizadores e palestrantes foi no mínimo instrutivo. E num formato acessível a qualquer nível de compreensão. Por isso, o esforço de seus realizadores, o casal Karla e Valdir Pedro, merece efusivos aplausos. A ação que apresentou também as iniciativas público-privadas existentes na cidade com muito sucesso tem como fundamento o inegável o trabalho de Karla à frente da Pastoral da Sobriedade de Santa Cruz – ação voluntária da igreja católica –, e de Valdir como seu companheiro também nesta empreitada, a ponto de se manter sóbrio desde o início das atividades para nunca se deparar com algum dependente depois de ter tomado uma cerveja,os tornaram referência quando o assunto é o tratamento da dependência química e da liderança desse movimento na cidade. O evento mostrou, também, a sinergia entre os setores que tratam o assunto

na cidade, incluindo órgãos da área da Saúde, Justiça, e grupos comunitários. Saber melhor sobre a gama de ações que o município já realiza foi muito importante, assim como foi notável que o congresso fortaleceu vínculos e ampliou a base de conhecimento de todos os profissionais presentes. O evento ganhou um perfil regional em razão da presente diária de várias pessoas que também atuam no atendimento a essa questão em cidades vizinhas, como Ribeirão do Sul, São Pedro do Turvo, Chavantes, Espírito Santo do Turvo, Bernardinho de Campos, Manduri e Ipaussu. Muita gente veio beber da fonte de informação que se estabeleceu na Câmara Municipal da cidade, que está se transformando num lugar onde a comunidade se reúne para discutir temas importantes e refletir a respeito de suas questões. Agora, se você chegou até aqui, eu tenho uma ótima dica: vá em busca dos links que permitem que vocês assista a todo o conteúdo do congresso pela internet, já que a Câmara dos Vereadores fez transmissão ao vivo e mantém esses vídeos disponíveis na sua página do Facebook. Os links de cada dia do evento acompanhados das fotos de palestrantes e do público estão disponíveis também na nossa página https://www.facebook.com/jornal360. Você pode assistir no seu tempo livre, por partes inclusive, a fim de absorver tudo que foi falado durante cinco dias envolvendo o complexo e delicado mundo da dependência química.


10 • finanças

o Mapa da

MINa

Por uma vida financeira mais tranquila! Maria Angela de Azevedo Nunes, CFP®,

Olá, Pessoal! A coluna deste mês traz um assunto importante no caminhar no Mapa da Mina para o TESOURO do BEM ESTAR FINANCEIRO. Angela Nunes

Aí está o tesouro: Vale a pena contribuir para o INSS?

Minha resposta – como a da maioria dos planejadores financeiros, advogados e contadores ʋ para a pergunta é: Sim, vale a pena contribuir para o INSS. Vou explicar as razões de ter essa opinião: 1 - Para começar, vou trazer um pouca da realidade de hoje: muitas pessoas que estão aposentadas ou recebem pensão têm o benefício mensal pago pelo INSS como sua ÚNICA fonte de renda ou da família. Quem não conhece casos assim? Ouvi muitos relatos de famílias que ficaram não só emocionalmente, mas também financeiramente abaladas pela falta da aposentadoria ou da pensão de idosos que faleceram. 2 - O benefício da aposentadoria é vitalício! O que quer dizer que, enquanto viver, o aposentado receberá a aposentadoria. 3 - Por menor que seja, o valor do benefício da aposentadoria não é inferior ao valor do saláriomínimo. 4 - Além da aposentadoria por idade, a contribuição para o INSS também é um tipo de seguro para outros benefícios e auxílios. Como, por exemplo, no caso de: • doença: com o auxílio-doença; • acidente: com a aposentadoria por invalidez;

Com isso, não só prejudicam o próprio sustento na idade madura, como deixam de ter a proteção da aposentadoria por invalidez, do auxílio doença e maternidade, por exemplo. Isso sem falar na pensão por morte para os dependentes. Aqui, o link do site para quem quiser saber mais sobre o INSS https://www.gov.br/inss/pt-br ilustração: 360 c/ fotos Canva

Já conversei com muitas pessoas que têm uma resposta na “ponta da língua” para essa pergunta: “Ah, não vale a pena, quando mais depois da reforma da previdência. A gente vai aposentar só depois dos 60 anos e valor da aposentadoria vai ser baixo.” Em geral, as justificativas para essa resposta pronta são: • achar que o único benefício do INSS é a aposentadoria • que a aposentadoria está muito longe • não tem dinheiro para a contribuição mensal • que, como o valor da aposentadoria é baixo, esse dinheiro pode ser gasto em outras coisas.

Planejadora Financeira Certificada pela Planejar Associação Brasileira de Planejadores Financeiros. Graduada em Ciências Econômicas pela UERJ, com Especialização em Psicologia Econômica. É Consultora e Administradora de Valores Mobiliários autorizada pela CVM e sócia da Moneyplan - Consultoria em Planejamento Financeiro e Educação Financeira. Membro do Conselho de Administração e do Comitê Executivo da Planejar - Associação Brasileira de Planejadores Financeiros, foi diretora do Banco Itamarati, da BCN Alliance Capital Management e do Banco BCN - Grupo Bradesco - e docente do Curso de Planejamento Financeiro do INSPER – Instituto de Ensino e Pesquisa. É também co-autora do livro “Planejamento Financeiro Pessoal e Gestão do Patrimônio – Fundamentos e Práticas”

Vamos seguindo o nosso MAPA DA MINA, lembrando que: • contribuir para o INSS é importante para a sua aposentadoria e para proteger de alguns riscos que você e sua família correm até você chegar lá! • uma vida mais simples é mais fácil de carregar! • morte: com a pensão por morte para os dependentes; • afastamento temporário do trabalho para mulheres: com o salário maternidade. Agora, a gente vai falar um pouco sobre contribuição para o INSS. Informação importante: pela regulamentação TODAS as pessoas que geram renda de trabalho, mesmo que por conta própria, como os autônomos, profissionais liberais e trabalhadores rurais têm a obrigação de contribuir para INSS. Vamos lá: • trabalhadores pelo regime CLT já tem a contribuição descontada do salário; • trabalhadores autônomos, profissionais liberais devem fazer o recolhimento das contribuições diretamente para o INSS como contribuinte individual; • qualquer pessoa, a partir dos 16 anos, mesmo que não gere renda de trabalho, como por exemplo, uma dona de casa ou um estudante, pode contribuir para o INSS. A diferença é que contribuirá como contribuinte facultativo. Para reduzir as despesas ou por não acharem importante, muita gente deixa de pagar o INSS.


11 • meninada

Golden Retriever

Alvinho ganhou um amigo, seu novo vizinho e Pingo também, uma Golden Retriever, Lucy, que para sua alegria não se cansa de brincar. Que nome estranho, quis entender Alvinho: Golden eu entendo, ela é dourada, mas retriever?

Quando os caçadores matam os patos em seu voo e eles caem abatidos em terra, essa é a raça de cães que melhor arte: Sabato Visconti os recolhe e os entrega ao caçador, explicou Juninho. Alvinho não gostou muito da imagem de patos sendo alvejados em seu voo, mas decidiu que, para os cães, tudo é uma brincadeira e que, para ele, vida de caçador ele não quer. Dá-lhe Pingo, corre Lucy e saem correndo pra brincar ao som de muitos latidos. Au! Au!

• • • • • • • •

Um Buquê de 45 Flores

ACÁCIA • ALFAZEMA • AMARÍLIS • AMOR-PERFEITO • ANÊMONA ANTÚRIO • AZ ALÉIA • BEGÔNIA • BRINCO-DE-PRINCESA • BROMÉLIA CAMÉLIA • CICLÂMEN • COPO-DE-LEITE • CRAVO • CRISÂNTEMO DÁLIA • EDELVAIS • GARDENIA • GERÂNIO • GÉRBERA • GIRASSOL GLADÍOLOS • HORTÊNSIA • HIBISCO • ÍRIS • JASMIM • LAVANDA LILÁS • LÍRIO • LISIANTO • LÓTUS • MAGNÓLIA • MARGARIDA MIOSÓTIS • NARCISO • ORQUÍDEA • PAPOULA • PETÚNIA • PRIMAVERA PRÍMULA • ROSA • SAMAMBAIA • VIOLETA • VITÓRIA-RÉGIA • ZÍNIA

C E S A I G E R A I R O T I V O L I R A M A

R R I A B R I N C O D E P R I N C E S A I M

A O O I R U T N A S U S E I J A S M I M O R

V S F C O I E I D T H I B I S C O B S U S O

G P E A M B N O I R I L E S A G R E C C O A

O E L C E R S A R O B I G L S E U O O E T I

I T I A L A C H A S I R F I A R D T G N I S

N U N U I R A O G A S A U L M B I I H A S N

A N I A A T M R R U Z M T A A E A E U S U E

R I C V I I E T A E C A O I M R P F I Q P T

E A O R G S L O M A G N L I B A R R S Z R R

G M P O I B I A S U T O L E A C I E S I I O

I M O S R S A L D I N Z G G I E M P O N M H

S B D E A O A Ç A G C O I C A A A R L I U A

S A E G S L U N A V N R L N H O V O A A L D

O I L R S C E M T I N A A O A N E M O N A N

Ç A E I O I L E A E M A I N E D R A G U H A

U V I O L E T A G E M D N S G R A V E Z I V

C E T O N I A P N G S O L O I D A L G O L A

A B E D E L V A I S A A L U O P A P I L A L


Jornal 360 • Gostoso de Ler


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.