Jornal 360 _ed.194 _ mar2022

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ponto de vista _

Como podemos lidar com o tempo e o que podemos evitar a alta na violência com mulheres •p3

especial_O encarte SOS Rio Pardo Vivo traz medidas de proteção oara todos os moradores no Dia Mundial da Água •p5 gastronomia_Delícias sem gluten feitas do produto mais brasileiro de todos: a tapioca, derivada da mandioca •p11

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nº194 ANO 17

Março22

Grátis!

Fazenda abre as porteiras para o ecoturismo no Paranapanema foto: Edson Piroli

Circulação Mensal: 3 mil exemplares Distribuição: • Águas de Santa Bárbara • Areiópolis • Assis • Avaré • Bernardino de Campos • Botucatu • Cândido Mota • Canitar • Cerqueira César • Chavantes • Espírito Santo do Turvo • Fartura • Ibirarema • Ipaussu • Manduri • Óleo • Ourinhos • Palmital • Pardinho • Piraju • Santa Cruz do Rio Pardo • São Manuel • São Pedro do Turvo •Timburi Rodovias: • Graal Estação Kafé • RodoServ • RodoStar Versão On line:

Jornal 360

As águas limpas e translúcidas do Rio Paranapanema em seu trecho intocável, na cidade de Piraju, estão agora acessíveis graças à iniciativa de um pirajuense que cresceu mergulhando nas águas tranquilas desse santuário a poucos quilômetros da cidade e criou o Cachoeiras Piraju. •p10

Ainda é tempo de usar máscaras em locais fechados. E de tomar as doses de vacina anti-Covid


2 • editorial

Vínculo

Do latim Do latim vinculum.i, o que estabelece uma ligação afetiva ou moral; o que tem capacidade de ligar, unir uma coisa a outra. à

Na vida, desde cedo aprendemos o significa do vínculo. A começar com nossas mães, que nos alimentam através de seu próprio corpo, da gestação à amamentação. Aliás, antes disso, nossa própria concepção, ou seja, nossa origem, é produzida através do vínculo entre dois gametas que, juntos, são capazes de nos gerar.

Esta edição foi feita a partir desse conceito que move um grupo de pessoas incansavelmente em defesa com o bem natural ao qual estamos vinculados a ponto de nada, absolutamente nada, existir sem a sua presença em seu estado mais puro: a água. E retribuir o que ela faz por nós é o tema que aparece em SOS Rio Pardo Vivo - Dia Mundial da Água, que ocupa na forma de encarte, as páginas centrais desta edição, destacando nosso compromisso com o MEIO AMBIENTE. O vínculo com a água pressupõe estabelecermos e mantermos um compromisso com essa fonte que, por mais abundante possa parecer, é esgotável. E estão aí centenas de ações danosas ocorrendo a cada dia, sob o olhar indiferente de nossas autoridades. Zelar pela água é não deixar a torneira pingar. É não varrer a calçada com a mangueira, é não cimentar o ou revestir com o mais caro material quintais e calçadas. É não cimentar tudo em busca da praticidade. É não extrair árvores sob argumentos de folhas caindo no quintal ou galhos atrapalhando a rede de energia. É não plantar em toda a propriedade até

arte: divulgação PMSCRP

O aprendizado do vínculo nos acompanha sempre. A conexão com o pais, com a família, com amigos, com Deus, ou deuses. Com o universo, com a natureza. E com nossos propósitos.

2 Tessalonicenses 3 vs 13

Ora ação!

“E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem.“

beira de córregos e rios. É não deixar o gado ocupar as margens de cursos naturais de água. É não poluir despejando efluentes sem qualquer sistema de tratamento nas pequenas, médias e grandes indústrias. E á também não se omitir quando um rio está sob a ameaça de interesses escusos revestidos do falso manto do progresso. O vínculo do ser humano com a água qual ela é, também aparece em GIRO 360, seção que há muito deu lugar a outros temas neste periódico e tem como tema mostrar ações e locais que valem a pena ser conhecidos, como vemos na reportagem sobre o Cachoeiras Piraju, empreendimento que torna acessível um trecho exuberante, seguro e natural do rio Paranapanema, em Piraju. A edição também traz duas interessantes abordagens de nossos colunistas José Mário Rocha de Andrade e Fernanda Lira, sobre a postura que podemos ter diante da passagem do tempo e a necessidade de olharmos com mais atenção para as atitudes descabidas do universo masculino, respectivamente, como vemos em PONTO DE VISTA. Para completar a edição de março, receitas produzidas a partir do mais brasileiro e versátil ingrediente: a mandioca, na forma de tapioca e polvilho, muito fáceis e rápidas de fazer, veja em GASTRONOMIA. E mais uma aventura do Pingo, que nos brinda com uma curiosidade instigante a respeito da vida e do novo que ela nos traz, em MENINADA. Boa leitura! Flávia Rocha Manfrin | editora c/w: 1499846-0732 • 360@jornal360.com

e xpediente O jornal 360 é uma publicação mensal da eComunicação. Todos os direitos reservados. Tiragem: 3 mil exemplares. Distribuição gratuita. RedaçãoColaboradores: Flávia Rocha Manfrin ‹editora, diagrmadora e jornalista responsável | Mtb 21563›, André Andrade Santos e Paola Pegorer Manfrim ‹colaboradores›, José Mário Rocha de Andrade, Fernanda Lira e Angela Nunes ‹colunistas›, Sabato Visconti ‹ilustrador›, Odette Rocha Manfrin ‹receitas e separação›, Camila Jovanolli ‹transcrições e comercial›. Impressão: Fullgraphics. Artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. Endereço: R. Cel. Julio Marcondes Salgado, 147 - 18900-007 - Santa Cruz do Rio Pardo/SP• 360@jornal360.com • cel/whats: +551499846-0732 • 360_nº194/março2022


3 • ponto

de vista

Não deixe o velho entrar *José Mário Rocha de Andrade Na década de 60, Elizabeth Taylor, Marlon Brando, Sofia Loren, Steve McQueen, entre muitos outros atores eternos, viviam nas telas dos cinemas encantando e apaixonando a infância e adolescência em Santa Cruz. Em 1964, “Por um punhado de dólares”, um faroeste raiz com Clint Eastwood marcou época. Clint não somente está vivo, como, aos 91 anos continua atuando e dirigindo filmes pra lá de bons.

Próximo dos 70 anos, eu entendo isso muito bem. Todo dia brigo com meu corpo que insiste em ficar em casa descansando e... Botar o velho pra correr é preciso. Em 2010, no Brasil, quase 50 mil homicídios foram registrados, grande parte por atitudes impulsivas, ou motivos fúteis que poderiam ser evitados se a calma fosse mantida.

foto: canva.com

Quando tinha 84 anos e terminado de filmar “American Sniper”, um repórter lhe perguntou: Seus colegas de profissão nascidos em 1930 estão todos aposentados. O que é que acontece com você? “Eu não deixo o velho entrar”, respondeu sério e mal encarado, parecendo o pistoleiro de “Por um punhado de dólares” com seu Colt 45, disparando vontade de viver, uma declaração de amor à vida cuspindo fogo.

Em 2012, Anderson Silva, campeão mundial peso-médio do UFC, Júnior Cigano, campeão mundial peso-pesado do UFC, Leandro Guilheiro, judoca duas vezes campeão olímpico, e Sarah Menezes, judoca campeã olímpica em 2012 aderiram a uma Campanha sem cobrar cachê: “Conte até 10. A raiva passa. A vida fica”. Veiculado em rádio e televisão com ídolos campeões de lutas marciais o brasileiro assistia à genialidade e inteligência a serviço do bem.

É preciso tratar o macho Muito se fala em feminicídio, em me medida protetiva, em lei Maria da Penha, em cancelamento de homens que tratam a mulher como objeto de consumo. E tudo isso é, sem dúvida, muito importante.

A pergunta básica é: de onde vem isso? Homens criados por mães trabalhadoras. Muitas delas, vítimas da mesma doença psicológica que traz traumas, quedas, prostração, revolta e mortes, muitas mortes. E que agem como algozes de quem dizem amar. Agem se tivessem o direito de tirar a vida de mulheres e homossexuais. Como se a eles fosse dada uma condição superior, que lhes garante violentar quem julgam inferiores. Como tratar esses seres que além de um olhar distorcido e doente para a mulher, geralmente também mantém esse mesmo foco e processo mental equivocado, desprezível, proponente e perverso sobre homossexuais, como se a opção sexual de alguém fosse de sua conta ou afrontasse sua existência? Não podemos deixar de lado em que ponto da história da humanidade estamos. Em pleno ano 2022, já na terceira década do século 21 depois de Cristo (sem contar toda a

O Brasil envelheceu, há muito tempo não é o mais jovem do mundo, mas parece que envelheceu demais, ou parou no tempo, parece que ainda vivemos no século XX. É tempo de dar voz às Start Ups, de afinar nossas cabeças com os avanços da ciência. Talvez seja hora de ouvir o Clint e não deixar o velho entrar. *médico santa-cruzense radicado em Campinas

*Fernanda Lira

Alguém está tratando dessa questão de modo a erradicá-la, qual se faz com uma doença que pode comprometer a saúde e a vida da maioria? Porque não adianta prender apenas. Não adiantam medidas protetivas.É preciso tratar essa doença mental que afeta milhões de pessoas do sexo masculino. É uma questão de saúde pública que tragicamente afeta milhares de famílias brasileiras. É preciso tratar todos que se acometem da doença do macho. E com urgência.

foto: canva.com

Contudo, há um buraco mais embaixo. Um buraco sem luz, que congrega incontáveis seres humanos do sexo masculino num delírio psicótico crônico.

Na década de 60 aprendíamos na escola que o Brasil era o país mais jovem do mundo. Isso era ensinado com orgulho e nos parecia muito bom. Todo o mundo sabe que o brasileiro é muito criativo. Nossas campanhas publicitárias são geniais, nossa música, culinária, nossos aviões, somos muito bons, mas...

Tome nota: Em 2021, 1 mulher foi vítima de feminicídio a cada 7 horas no Brasil, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública – www.forumseguranca.org.br trajetória da civilização antes disso), que mal é esse que atinge a tantos seres do universo masculino? Com tanta informação, cultura, arte e reflexão disponível, de todos os tempos, por que afinal o homem atual é desumano? Como tratar essa conduta que macula a nossa sociedade em tantos aspectos? Sim, porque o mesmo destrato dado à mulher, é concedido à tudo o que o cerca que possa ser manipulado, maltratado, dominado. E com a complacência das instâncias sociais, ou não haveria tantas mães sustentando sozinha seus filhos, mesmo com a determinação legal de que pais obrigatoriamente devem pagar a pensão alimentícia de seus filhos. Pequenas misérias, já que o hábito de driblar a lei sob argumento de pouco ganho é tão crônico quanto a violência doméstica.

Alguém consegue apontar de onde vem tamanho defeito?

* jornalista paulistana que adora o interior


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• gastronomia

Quitutes feitos à base de mandioca Flávia Rocha Manfrin

Aprendi a comer tapioca hidratada cotidianamente há cerca de dois anos quan-do quis tirar o pão e as bolachas do meu café da manhã. E a faço fininha, penei—rada, com queijo. Fica crocante e deliciosa.

O polvilho também se tornou habitual, doce ou azedo, que parece dar mais crocância, enquanto o primeiro mais elasticidade. Na essência de tudo, a mandioca, que é mesmo a rainha do Brasil!

Bocado de Tapioca receita: cozinhalegal.com.br testada e alterada

_Ingrediente: • 1 xícara de chá de tapioca hidratada • 2 xícaras de chá de leite • 2 ovos • 1 xícara de chá de açúcar • 100ml de leite de coco • 1 colher de sopa de manteiga em temperatura ambiente • 1 colher de chá de essência de baunilha • 100g de coco ralado adoçado (misture com açúcar a gosto colocamos 3 colheres de sopa)

Lascas de Tapioca

Palitos de Polvilho

Panqueca de Tapioca

fonte: Instagram testada

fonte: Instagram_ testada

fonte: Instagram_ testada

_Ingrediente: • 1 xícara de tapioca hidratada • 1 colher de sopa de óleo de girassol (pode ser outro) • ¼ de xícara de água morna • 1 gema de ovo • sal a gosto • opcional: ervas ou queijo ralado para polvilhar _Preparo: Numa vasilha coloque a tapioca, o óleo, a gema de ovo, a água morna e o sal. Vá misturando conforme coloca cada ingrediente. Mexa bem e leve à geladeira por pelo menos 15 minutos. Enquanto isso aqueça forno preaquecido a 170º. Unte uma forma com óleo ou azeite e despeje a massa para que fique bem fina. Polvilhe as ervas, queijo ou temperos de sua preferência. Asse por cerca de 20 minutos.

fotos: Flavia Rocha | 360

_Preparo: Misture a tapioca no leite, mexendo várias vezes. Bata as claras em neve e reserve. Bata as gemas, o açúcar, o leite de coco, a manteiga e a baunilha. Desligue a batedeira e acrescente a tapioca e então as claras em neve. Misture delicadamente. Despeje a massa em uma assadeira untada e enfarinhada. Espalhe o coco ralado por cima da massa do bolo. Asse em forno, preaquecido a 180° até dourar bem.

_Ingrediente: • 1 ovo • ½ colher de chá de sal • 1 xícara de queijo muçarela ralado • 1/3 xícara de polvilho azedo • 2 a 3 dentes de alho fritos no azeite _Preparo: Frite o alho raladinho no azeite de oliva tomando cuidado para não queimar e amargar. Misture com os demais ingredientes. Faça palitinhos ou, se preferir, pode até fazer bolachinhas. Quanto mais fino abrir a massa, mais crocante vai ficar. Asse em forno preaquecido a 180º até ficar douradinho. Vai super bem com patês ou sopas.

_Ingrediente: • 3 colheres de sopa de tapioca hidratada • 1 ovo • 1 colher de requeijão • 1 pitada de sal • queijo fatiado ou ralado tipo muçarela ou meia cura • 1 colher de azeite Obs.: se quiser aumentar a receita, pode dobrar os ingrediente usando apenas 1 ovo _Preparo: Misture a tapioca com o requeijão, o ovo, o sal e o azeite. Aqueça uma pequena frigideira untada com óleo ou manteiga. Derrame metade da massa e cubra com o queijo. Cubra o queijo com o restante da massa e tampe a frigideira. Verifique se já dourou por baixo e então vire a panqueca.


Cada um de nós pode repor a água que usa do rio Pardo Não foi à toa que isso aconteceu. A data não foi criada para festejarmos. de fato, o Dia Mundial da Água nos propõe o debate e a reflexão. Para tanto, foram criados 10 pontos que devem ser observados sempre que pensarmos e agirmos para nos servir e preservar a água da nossa casa, da nossa cidade, do nosso país, do planeta: 1• A água é do patrimônio do planeta; 2• A água é a seiva do nosso planeta; 3• Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frá-geis e muito limitados; 4• O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos; 5• A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo dos nossos sucessores; 6• A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode escassear em qualquer região do mundo; 7• A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada; 8• O uso da água implica respeito à lei; 9• A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social; 10• O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

foto: Flávia Rocha | 360

Como sabemos, a vida no planeta só é possível graças à presença de água, por isso, cuidar das fontes da água que usamos é fundamental. Ela é tão essencial e tem sido tão negligenciada que em 1992, há exatos 30 anos, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Dia Mundial da Água, celebrado todo 22 de Março.

A foto acima ilustra a diversidade da utilidade de um rio: o campo, que precisa da água para produzir; a indústria, que também utiliza um elevado volume de água, e as pessoas, que se valem do rio para viver, o que inclui divertir-se nele O Mês de Março também foi escolhido para da maior fonte de vida e desenvolvimento da nossa região, o rio Pardo, celebrado na semana do Dia Mundial da Água na única cidade de todo o seu curso de 164km a levar o seu nome, Santa Cruz do Rio Pardo.

Esta edição de SOS Rio Pardo Vivo, informativo que circula ocasionalmente nas edições do Jornal 360 sempre que o Movimento Rio Pardo Vivo avalia ser oportuno tornar públicas questões importantes para a preservação das águas limpas do rio Pardo, vem tratar de como devemos e podemos agir em relação à água que ainda é abundante em nossas vidas, mas corre risco de ficar escassa.

Aproveite para refletir como você pode mudar a sua casa, a sua rua, o seu local de trabalho e até mesmo o seu lazer de modo a contribuir para que o rio Pardo continue assim, forte, vigoroso e capaz de nos garantir a mais alta qualidade de vida.

Especial SOS Rio Pardo Vivo - encarte da edição 194 do Jornal 360 mar/20 Produzido voluntariamente pela eComunicação com apoio das empresas Agroterenas – Regional das Tintas – Santa Massa – Solimã – Special Dog


Como cada um po a água para prese

Irrigação do Solo

O que diminui a água dos rios? São muitos os fatores que tornam os rios menos capazes de suprir as cidades e agricultura com o mesmo volume de água. Vamos falar de alguns deles:

foto: Canva

de promover essa infiltração e isso enfraquece os rios.

Crescimento das cidades e Impermeabilização do Solo

Como então compensar esse desequilíbrio, já que todos queremos que as cidades cresçam e se desenvolvam? Muito simples: evitando ao máximo a impermeabilização do solo.

Quando uma cidade cresce, em extensão e também em moradores e atividades do comércio e da indústria, todos comemoram. Afinal, o desenvolvimento de uma cidade traz oportunidades para todos que nela vivem.

dentes, e até mesmo na hora de dar a descarga do vaso sanitário, usando apenas o necessário. Sem desperdiçar. Outros hábitos comuns que causam desperdício de água ocorrem na hora de lavar a louça, as calçadas e quintais usando a mangueira como se fosse vassouras e até mesmo “regando” o cimento para refrescar a calçada, uma medida ineficaz, pois o único meio de refrescar calçamentos e edificações é através de da inserção do verde, incluindo árvores, essas sim, dignas de serem regadas, sempre ao final do dia, para que a evaporação não impeça a permeabilização.

foto: Canva

foto: Canva

Ocorre que à medida que cresce, o consumo da água também aumenta. E o rio continua lá, o mesmo. Ele não cresce junto com a cidade. Ao contrário, o crescimento urbano tende a diminuir o curso das águas limpas dos rios. Por que isso acontece? Primeiro, naturalmente, porque teremos mais pessoas e empresas usando água. Segundo, porque ao urbanizarmos mais e mais a área de uma cidade, para instalar empresas e moradias, ela vai se tornando impermeabilizada. Ou seja, as pavimentações de ruas e avenidas, as calçadas, as edificações, sejam casas, lojas, escolas, empresas.... ocupam o lugar onde antes havia árvores, onde havia vegetação e por onde a água da chuva infiltrava no solo, reabastecendo os rios. Com a pavimentação, áreas muito grandes deixam

arbustos, se bem implantados, também não. Ao contrário. Árvores de grande porte fazem a melhor sombra para quem oferece um estacionamento.

Todos podem contribuir para isso. Basta evitar o calçamento excessivo de áreas externas das moradias, inserindo vegetação rasteira, os gramados, além de arbustos e árvores. As empresas e o comércio também podem contribuir e muito. É bastante comum que os acessos a estabelecimentos comerciais e organizacionais, sejam cimentados ou calçados por completo, quando poderiam ser absolutamente naturais. Inclusive estacionamentos, pois o gramado entremeado por pedras ou faixas cimentadas não compromete o uso do local por automóveis. Árvores e

O mesmo se aplica às calçadas. Ter uma faixa vegetal no calçamento das casas e empresas contribui para a permeabilidade do solo e embelezamento. Quanto mais faixas verdes, quanto mais árvores de médio e grande portes, cujas copas ficam bastante acima dos passantes e também dos imóveis, melhor para a cidade e para compensar os rios pela água que dele nos valemos. Ou seja, uma forma simples de compensar o rio pela água que nos fornece. A mudança de hábitos no consumo da água também é essencial. E isso inclui todos: crianças, adultos, jovens e idosos. A começar pelo banho, que pode ser mais curto. Pela água que usamos para nossa higiene pessoal, ao escovar os

foto: Canva

Essas são as paisagens que podem manter os níveis de água do rio Pardo: mata ciliar (nativa) nas margens, vegetação de todos

foto: Canva

Por que temos que devolver a água para o rio se pagamos por ela? Porque se não fizermos isso, ela pode acabar ou ficar escassa, o que também é bastante danoso para todos. Devemos evitar que ela se torne insuficiente para que todos possam usá-la em abundância.

foto: Flavia Rocha | 360

Quando usamos uma capa de chuva, ela precisa ser impermeável para não nos molharmos, certo? Pois para que possamos compensar os rios que abastecem nossas casas e locais de trabalho, incluindo escritórios e comércios, da água que usamos não basta pagar pelo volume consumido. É preciso compensar o rio com aquilo que o faz existir: água.


de ajudar a repor rvar o Rio Pardo

tar? Em diversos locais: em torno das nascentes, para que o rio nunca deixe de ser reabastecido pelo lençol freático, e ao longo dos córregos.

foto: Canva

As árvores também devem ser plantadas em divisas de terra, com estradas e outras propriedades. Nesses casos, além aumentar a permeabilidade do solo de maneira mais perene e abundante, as árvores servem de proteção para pastos e plantações. São elas, por exemplo, que podem evitar ou conter as nuvens de poeira que vêm se tornando cada vez mais comuns.

s os tipos e elevações nas áreas rurais e permabilização das áreas urbanas, com abundância de árvores, gramados e arbustos Há também situações que não damos atenção, como torneiras que teimam em pingar, pequenos vazamentos e o desperdício de água para retirar sabão e detergente usado em excesso nas louças, roupas e outros itens que lavamos. Os sabões, aliás, também contaminam a água, por isso devemos minimizar seu uso. Assim como devemos reduzir o uso de água para lavar carros, que podem ficar muito limpos com uso de panos úmidos, também ajuda no uso consciente da água.

Desmatamento Não há dúvida de que o desmatamento é o maior responsável pela escassez ou falta de água.Afinal, ao retirar árvores nativas de grande porte, a infiltração da água da chuva no solo são reduzidas ao extremo, comprometendo a manutenção de nascentes e a formação dos rios.

Água é agro. Agro precisa ser água também. No caso da agropecuária isso é feito através da manutenção das chamadas APPs (Áreas de Preservação Permanente) que são pequenas matas (sempre muito menores em tamanho do que as plantações e pastos), que devem existir em toda propriedade rural exatamente para que a água não venha faltar por ali.

O que deixamos ir pelo ralo também é importante. O óleo de cozinha, por exemplo, jamais deve ser descartado numa pia ou em qualquer lugar que possa escorrer para dutos de água que desaguam nos rios. O mesmo vale para resíduos, que devem ser descartados separadamente antes de serem embalados e entregues para a coleta urbana. Muitas outras medidas podem contribuir para que as cidades devolvam ao rio parte da água que ele lhes fornece. A economia doméstica, o uso consciente e a adoção de hábitos sustentáveis, como a coleta da água de chuva para suprir as cisternas de sanitários, e o reuso de água de máquinas de lavar para a limpeza dos quintais são algumas delas.

chuva atravesse o solo e reabasteça o lençol freático, que é o espaço subterrâneo, que fica abaixo do fundo dos rios, das cidades e das plantações. Esse vasto leito d'água subterrâneo é o responsável pelas nascentes, que dão origem ao rio.

O desmatamento ocorre de diversas formas. Na expansão da área urbana, que já abordamos, na produção agrícola, quando matas dão lugar à agricultura e à pecuária, e nas indústrias, que usam água na fabricação de seus produtos. Tudo isso, no entanto, faz parte da nossa vida e não queremos um retrocesso. A saída para evitar o desequilíbrio, que inclusive pode comprometer a produção agropecuária e industrial, além do comércio, é recompensar o rio com medidas que promovam que mais água de

Outra medida importante, inclusive prevista por lei como as APPs, são as Reservas Legais, que devem corresponder a pelo menos 10% da extensão da propriedade rural, de acorco com o tamanho da propriedade. Enquanto muitos ainda se enganam acreditando que essa área deixa de produzir, sendo portanto, um prejuízo para o agronegócio, acontece exatamente o contrário. É essa área que garante que a água continue abundante para que a produção prospere.Além disso, as matas melhoram o microclima, aumentando a produção, tanto da agricultura como da pecuária. Como recompensar os rios do desmatamento que já foi feito? Muito simples: replantando árvores típicas da região, ou seja, árvores nativas. Onde replan-

Outras medidas que ajudam a recompensar a água usada nas plantações, ainda mais quando se usa irrigadores, é o plantio direto. E o que vem a ser isso? É quando em vez se se arar o solo, deixando-o sem qualquer sinal de vegetação para o plantio de novas culturas, se mantém a palha da cultura que foi colhida. Isso ajuda bastante a manter a umidade do solo e também e evitar que a água da chuva escoe ou evapore em vez de seguir para o lençol freático. A agropecuária, que congrega a produção agrícola e animal, também pode se valer das conhecidas curvas de nível, que evitam que a água da chuva escorra rapidamente, e os bolsões de água, que retêm a água quando chove, aumentando sua infiltração. As indústrias e o uso abundante de água Quanto se usa de água para produzir um bem manufaturado, ou seja, na indústria? Muita, não tenha dúvidas. Além do uso de grande volume de água, as indústrias também geram poluentes, que, em muitos casos, são despejados em rios. Como evitar que isso aconteça? Com a força que operam, quanto maior a produtividade de uma indústria, maior a sua necessidade de buscar soluções para recompensar os rios da água que usa e da água que polui. Felizmente, quanto maiores, também maior sua capacidade de agir nesse sentido. Tanto que há inúmeros exemplos bem sucedidos de mitigação da água no setor industrial.


O verde deve ser intenso nas áreas urbanas

R E U O G O A E E U A P

Na área urbana, o desmatamento também ocorre, daí a necessidade de haver a compensação com criação de bosques, Pparques e horto florestais. Ambientes onde a vegetação nativa seja intensa e Qabundante, reunindo a flora e fauna loBcal. Geralmente, esses locais se transformam em grande potencial turístico Cpara toda e qualquer cidade.

U Ao mesmo tempo é fundamental que toEdas as casas tenham na sua calçada pelo Tmenos uma árvore. Esta árvore precisa ser do porte adequado. Ou seja, embaiNxo de fiações precisam ser plantadas de espécies de pequeno porte. Já Rmudas do lado que não tem fiação, recomendaBse árvores maiores. Essas árvores vão melhorar o clima, reduzir os poluentes, Çreduzir as inundações, aumentar a infilEtração de água no solo, atrair fauna silvestre, entre muitos outros benefícios.

Interferências totais e parciais nos rios Todo mundo já ouviu falar em barragens. E também no que hoje se usa chamar PCHs e CGHs. Todas essas siglas, de alguma forma, mais ou menos intensa, causam interferências ao curso natural de

um rio. Seja uma barragem completa, como reservatórios de água e centrais de produção de energia, ou parcial, como as canaletas que barram parte do rio, cri-ando caminhos paralelos para geração de energia, essas interferências sempre cau-sam desmatamento. Ou seja suprimem o rio de sua mata nativa que fica nas suas margens, que são conhecidas como matas ciliares. Além disso, fazem o controle das águas do rio, o que pode comprometer o abastecimento de cidades que estejam abaixo do trajeto do rio. As matas ciliares são como os cílios que temos em nossos olhos. Elas protegem os rios. Neste caso, principalmente do assoreamento. E o que vem a ser isso? É o desmoronamento das margens sobre o rio, diminuindo sua profundidade e muitas vezes o estreitando, o que compromete sua potência. Isso também acontece quando a terra de áreas agrícolas ou urbanas descem até o leito dos córregos e rios através da erosão. Sem matas ciliares, os rios tendem, portanto, a estreitar, causando a diminuição do volume de água e da força dessa água são inevitáveis.

Se deputados, vereadores, prefeitos, governadores, senadores, presidentes, juízes e promotores estiverem se omitindo, devemos exigir que tomem as medidas cabíveis aos cargos que ocupam.

O lixo depositado nos rios também é outra interferência a ser evitada. Isso ocorre diretamente, quando despejamos um ou muitos objetos que não se degradam nas águas águas, e também quando jogamos lixo que não se decompõe nas ruas e sarjetas. Esse mau hábito gera um acúmulo excessivo de material que compromete o fluxo das águas. Uma medida bastante simples para a limpeza dos córregos e rios afetados por esse lixo evitável de se juntar em suas águas, são as ecobarreiras para reter materiais que flutuam nas águas, como garrafas, plásticos e outros. Assim como pode-se adotar grades em forma de peneira nas bocas de lobo para facilitar a limpeza.

foto: Diego Saldanha | Ecobarreira

Coleta de água de chuva, estação de tratamento de efluentes (dejetos despejados nos rios), permeabilização da área industrial e conscientização dos trabalhadores no sentido de fazer o melhor uso da água, são medidas praticáveis por indústrias de todos os portes. Afinal, a compensação será do tamanho do uso.

No meio disso tudo, os gestores públicos têm papel fundamental. Tanto no Legislativo, quando no Executivo e no Judiciário, é essencial que todos ajam em defesa dos rios.

des espelhos d'água. E como tal, com o sol, especialmente no verão, época de estiagem, ou seja de falta de chuva, a evaporação da água desses lagos é gigante, sendo capaz de comprometer o volume das águas na época da seca. Por essa razão é muito melhor se produzir energia ou garantir o abastecimento de água de outras formas. E elas são muitas hoje em dia, como a partir de painéis fotovoltaicos (solar), eólica (vento), biomassa (na nossa região, da cana de açúcar), maregráfica (das marés).

Muito se apregoa em palanques, mas pouco acontece de fato, no campo político em benefício dos rios brasileiros. A conta deste desequilíbrio, será nossa.

Quem faz o quê? Além da medidas até agora elencadas, muitas outras podem ser adotadas e são bastante simples e acessíveis a todos. Basta querer.

É também dever da imprensa reportar essas questões para que as populações ajam individual e coletivamente. É esta, aliás, a razão de ser deste encarte.

Moradores, empresários, agricultores, pecuaristas e investidores no setor energético podem e devem fazer uma reflexão a respeito, afinal, somos nós, que hoje decidimos sobre nossas casas e negócios que poderemos garantir o abastecimento de água de nossos filhos e das futuras gerações.

Toda interferência, de pequeno, médio ou grande porte, implica a extração de muita mata nativa. E apesar de todos os projetos apresentarem a famosa “reposição da mata nativa”, ela nunca acontece. Basta pesquisar localidades onde há barragens para constatar que a reposição total não foi feita. Outro prejuízo das interferências nos rios, especialmente no caso de barragens que formam lagos, como os reservatórios e PCHs, é que esses lagos formam gran-

SOS Rio Pardo Vivo _ Dia Mundial da Água é encarte da edição 194 DO Jornal 360 /março22. FOi elaborado com patrocínio das empresas que aqui estampam suas marcas e por membros do Movimento pelo Rio Pardo Vivo: texto e diagramação Flávia Manfrin • supervisão e edição Edson Luís Piroli

foto: Flavia Rocha | 360

foto: Canva

Grandes e pequenas atitudes podem salvar o rio Pardo


Ache 30 diferenças:

Respostas: 1- Sorriso do sol. 2- Haste do sol sobre a nuvem. 3- Altura da torre. 4- Porteira do silo. 5- Roda do trator. 6- Alface à esquerda. 7- Moita perto do sol à direita. 8- Madeira da cerca à esquerda. 9-Rabo da ovelha. 10- Bolso do macacão da mulher. 11- Mão do homem. 12- Espátula de jardim na mão da mulher. 13- Posição do espantalho. 14- Remendo da calça do espantalho. 15- Chapéu do espantalho. 16- Posição do touro no cercado. 17Olhos do touro. 18. Barriga do touro. 19- Monte de feno. 20 Tamanho do saco de fertilizante. Maçã no pé à esquerda. 21- Placa da caixa de laranjas. 22- Flor vermelha do canteiro. 23- Cor das penas da galinha chocando. 24Altura do ninho da galinha. 25- Pintinho a menos. 26- Cacho de uvas na caixa. 27- Altura da nuvem. 28- Cor da fumaça do trator. 29- Bochechas do carneirinho. 30- Cabo da enxada.

arte: Sabato Visconti

9 • meninada

Sempre que alguém vai tirar uma foto, grita: “olha o passarinhoooo”, “xiiiiiss”, ou “whiskyyyyy”, contando que todos irão olhar para o fotógrafo com um sorriso. E não é que Pingo brincava com um cachorrinho pequenininho e “imparável”, quer dizer, não parava nem por um segundo, quando Alvinho escutou: “Whiskyyyy”. E o cachorrinho parou. Olhou para o seu dono e disparou em direção a ele. Pingo tem um novo amigo com um nome muito engraçado!

Olha o passarinho!


10 • giro360

Um oásis no rio Paranapanema Flávia Manfrin

Projeto inédito na região abre portas de fazenda à beira do Rio Paranapanema para turistas

Essa é a proposta do Cachoeiras Piraju, empreendimento que começa a ganhar fama por sua essas e outras peculiaridades, entre elas, o fato de ser um dos raros trechos do rio Paranapanema que ainda tem sua estrutura natural, sem interferência das represas. “São mais de 10 pontos para se vivenciar dentro da fazenda, entre piscinas, cachoeiras, trilhas e contato com animais (de criação e silvestres). Avaliamos que dá para aproveitar quase tudo em dois dias de visita”, afirma Eriksen Kristensen, idealizador no empreendimento que teve início em 2019.

foto: Flavia Rocha | 360

Já imaginou mergulhar em piscinas naturais de um rio da mais limpa e transparente água, onde você pode nadar à vontade, podendo banhar-se em cachoeiras e percorrer trilhas, diante de uma vasta mata nativa, com total exclusividade? E ainda, com caminhos bastante acessíveis e fáceis de percorrer?

Outra peculiaridade é a proximidade da fazenda de gado do centro de Piraju, algo em torno de 5km da estrada que liga o centro urbano ao bairro do Cágado e depois à vicinal que liga Timburi a Bernardino de Campos, outra boa dica de passeio em torno da cidade centenária que viveu seu apogeu na época do café, ainda produzido por lá.

Nada ali é premeditado. Basta caminhar pelo campo aberto por menos de 300, em meio ao gado, inclusive, para chegar às primeiras piscinas que já seriam suficientes para justificar a viagem. Ainda mais no meu caso, que tinha pouco tempo e queria nadar e brincar com

meus filhos de quatro patas. Sim, como diz o anfitrião, a fazenda é “pet friendly”, ou seja, animais são bem-vindos. Além da exuberância e acessibilidade ao rio e à vegetação, o grande diferencial fica por conta da exclusividade. Com agenda por períodos de 6h horas ou mais, o desfrute do local é totalmente particular. Ou seja, sozinho, em família ou grupo de amigos, sem ter que dividir o espaço com desconhecidos. Para quem tem cachorros, como eu, isso significa não ter que se preocupar se eles irão latir ou incomodar desconhecidos com sua curiosidade canina. Bastante ciente da riqueza natural e do quanto ele deve ser preservada e respeitada, Eriksen permite que se leve bebidas e alimentos para um piquenique. Lembrando que espera dos turistas um comportamento condizendo com o ambiente absolutamente preservado do local. Ele oferece translado da cidade até a fazenda e cadeiras de

* No alto, a tranquilidade de piscinas de água cristalina, com rochas para se aproveitar o sol e a levíssima correnteza. Abaixo, uma das cachoeiras do local *

foto: Eriksen Kristensen | Cachoeiras Piraju

Eriksen faz questão de manter tudo como está para que a experiência turística seja um verdadeiro mergulho na natureza. Arquiteto e arquivista de formação, ele retornou à cidade com a ideia do projeto e convenceu a família a abrir os portões da fazendo de gado de 50 alqueires para que busca o ecoturismo, provando que é perfeitamente possível aliar a atividade ao agronegócio.

praia. O receptivo não inclui infra-estrutura, como sanitários, por exemplo. Para tanto, é necessário utilizar as dependências do parque municipal Fecapi, que fica a cerca de 2km dali. Com o cuidado de quem sabe da importância da sustentabilidade do turismo ecológico, o gestor do “Cachoeiras Piraju” diz que decidiu dividir com as pessoas o lugar que sempre foi a “piscina que não tinha em casa”. Bom, para quem tem um rio nas condições como mostram as fotos, piscina pra quê? Info: Cachoeiras Piraju | 14 9811-22339


fotos: Flavia Rocha | 360

* A fazenda onde funciona o Cachoeiras Piraju vista da estrada do Cágado. Pasto, gado e natureza nativa. Abaixo a pequena trilha para se chegar às piscinas *

* Eriksen sempre fez das águas do Paranapanema a piscina que não tinha em sua casa. Agora decidiu compartilhar o paraíso de maneira a 100% ecológica *


Jornal 360 • Gostoso de Ler


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