Jornal 360_ed193_fev22

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Jornal 360

acontece_ Com aumento de óbitos bastante significativo, o cuidado com idosos deve ser redobrado e constante •p3

finanças_O endividamento das famílias aumenta junto com os preços e o desemprego. Veja como evitá-lo •p11

issuu.com/caderno360 facebook/jornal360

Fevereiro22

Grátis!

Ourinhos propõe sinergia para mitigar as perdas do rio Pardo foto: Edson Piroli

Circulação Mensal: 3 mil exemplares Distribuição: • Águas de Santa Bárbara • Areiópolis • Assis • Avaré • Bernardino de Campos • Botucatu • Cândido Mota • Canitar • Cerqueira César • Chavantes • Espírito Santo do Turvo • Fartura • Ibirarema • Ipaussu • Manduri • Óleo • Ourinhos • Palmital • Pardinho • Piraju • Santa Cruz do Rio Pardo • São Manuel • São Pedro do Turvo •Timburi Rodovias: • Graal Estação Kafé • RodoServ • RodoStar Versão On line:

ANO 17 foto: Special Dog Company

cidadania_Special Dog faz da sustentabilidade seu valor e e a equipara às metas de lucro com aval de colaboradores •p8

nº193

•p6 Principal meio de abastecimento do município, o rio Pardo se torna foco de mobilização do poder público de Ourinhos através da Secretaria de Meio Ambiente. O segundo evento em torno de soluções para compensar os danos causados por barragens, assoreamento e irrigação aconteceu este mês prevendo reunir secretários da pasta de toda a região. Mesmo sem a presença da maioria, a iniciativa reuniu forças de várias instâncias.

Ainda é tempo de usar máscaras. E de tomar as doses de vacina anti Covid 19


2 • editorial

Inocência

Do latim innocentia.ae, qualidade de quem é incapaz de praticar o mal; estado daquele que não é culpado de uma determinada falta ou crime.

arte: Sabato Visconti | 360

A chuva é inocente. Assim como os raios, trovões e as árvores. Mares e marés são tão inocentes quanto animais e vegetais. Até mesmo os minerais são totalmente inocentes. Quando tragédias levam vidas de maneira abrupta, coletiva e violenta por meio das intempéries climáticas, não devemos culpar a natureza. A culpa é de pessoas. E sabemos quem são: os que detêm o poder de decidir onde se pode construir casas. Os que têm o poder de autorizar queimadas e desmatamento de todo o tipo, os que têm poder sobre o curso das águas, sobre lagos e até mesmo sobre os mares.

Não faz diferença qual seja a ideologia ou partido de uma “autoridade” pública. Ela só assume essa condição por decisão da maioria de um povo. Pelo menos é assim no Brasil, onde vivemos. Esta edição traz mais uma reportagem sobre o rio Pardo e sua necessária defesa antes que seja tarde demais. Porque tarde já é. Como repórter, que prima pela apuração dos fatos, e como ativista, já que de tão poucos dispostos a atuar em defesa do rio, assumi também esta tarefa há uma década, posso afirmar que ou tomamos uma atitude de exigir a proteção do rio em relação a novas barragens, sendo que há mais uma em eminência de ser construída, ou teremos que rever profunda e drasticamente nossas práticas ambientais, principalmente nas indústrias e no agronegócio, que usufruem mais dela do que os cidadãos do campo ou da cidade em casa. E que, por lei, têm prioridade sobre ela para sua sobrevivência.

Ora ação!

“Deus é o meu rochedo, nele confiarei; o meu escudo, e a força da minha salvação, o meu alto retiro, e o meu refúgio. Ó meu Salvador, da violência me salvas”.

Se o veneno do alimento que você colhe matar seu filho ou algum de seus descendentes, estaremos diante de um inocente ato de “dar de comer a quem tem fome”. Seja essa fome ocasional, como a de quem tem comida farta em casa, ou eventual, como a dos que vivem na incerteza do prato cheio todo dia. A culpa é das mesmas pessoas que autorizaram o comércio desses produtos. Ou seja, das autoridades. Naturalmente, também empresários que fabricam e vendem veneno para fazer a comida crescer mais rapidamente e em maior quantidade, assim como construtores que realizam loteamentos em lugares inadequados, têm uma boa parcela de culpa. Seja por ignorarem ou minimizarem a importância dos riscos que trazem às comunidades, seja por não se importarem com seus semelhantes. Inclusive suas famílias. Porém, são os que ocupam as principais posições do poder público os verdadeiros culpados. Inclusive porque a eles foi confiada por maioria, a tarefa, a responsabilidade e o dever de zelar pela nossa integridade física e mental. Somos o povo, a quem eles se propuseram servir e, no nosso país, apesar de nossa pobreza, são ricamente pagos e bastante respeitados por isso, e tratados como “autoridades” exatamente por decidirem por nós.

2 Samuel 22 vs 3

Naturalmente, adotar práticas mais sustentáveis no campo e na cidade, no agro, na indústria, no comércio, em casa, em relação ao rio é algo necessário e de grande utilidade, mas todo esse esforço será descompensado diante de mais uma PCH no rio Pardo. Veja em MEIO AMBIENTE como o que está sendo feito pelos que não têm poder de criar leis, mas agem em defesa do rio Pardo. A inocência intimamente ligada à prática de um olhar pelo coletivo, que privilegie a maioria e o todo. Resgatar esse valor de modo que ele norteie nossa rotina é possível e oportuno, como mostra nossa reportagem que aparece em CIDADANI e EMPRESAS retratando mais uma prática exemplar da Special Dog, assim como a vantagem de se plantar uma inocente flor em vez de se ocupar com ações ancoradas no autoritarismo e na violência, como Pingo nos ensina em MENINADA. O leitor também poderá aproveitar as opiniões de nossos colunistas, mostrando um olhar sobre a vida, em PONTO DE VISTA, e sobre as questões práticas do consumo, em FINANÇAS. E anotar duas ótimas receitas em GASTRONOMIA. Para concluir esta conversa, fica o meu desejo de que todos estejam protegidos do contágio do Coronavírus por meio de máscaras e da vacinação, com direito a todas as doses. E que estejamos todos zelando pelos idosos, mais vulneráveis na atual fase da pandemia que, segundo autoridades, deverá arrefecer em breve, nos trazendo algum alívio. Boa leitura! Flávia Rocha Manfrin | editora c/w: 1499846-0732 • 360@jornal360.com

e xpediente O jornal 360 é uma publicação mensal da eComunicação. Todos os direitos reservados. Tiragem: 3 mil exemplares. Distribuição gratuita. RedaçãoColaboradores: Flávia Rocha Manfrin ‹editora, diagrmadora e jornalista responsável | Mtb 21563›, André Andrade Santos e Paola Pegorer Manfrim ‹colaboradores›, José Mário Rocha de Andrade, Fernanda Lira e Angela Nunes ‹colunistas›, Sabato Visconti ‹ilustrador›, Odette Rocha Manfrin ‹receitas e separação›, Camila Jovanolli ‹transcrições e comercial›. Impressão: Fullgraphics. Artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. Endereço: R. Cel. Julio Marcondes Salgado, 147 - 18900-007 - Santa Cruz do Rio Pardo/SP• 360@jornal360.com • cel/whats: +551499846-0732 • 360_nº193/fevereiro2022


3 • acontece

Idosos devem ser alvo de cuidado e atenção

Naturalmente, as comorbidades que acompanham a longevidade, como diabetes e problemas cardíacos, também se fizeram presentes, mas isso não tira do cenário a necessidade de se redobrar os cuidados com pessoas acima de 70 anos. Máscaras e álcool salvam vidas – Sem qualquer sinal de determinações drásticas como fechamento de comércios e escolas e com forte campanha para que crianças e adolescentes também sejam vacinados, a melhor medida para proteger idosos que já tomaram as três doses da vacina há mais de quatro meses, é manter o uso de máscaras e do álcool gel. O cuidado deve ser re-

dobrado em encontros de família, onde abraços e crianças de colo, que são acarinhadas por todos, podem ser o agente transmissor. O uso coletivo de pegadores e outros objetos à mesa também merece atenção. Por isso, vovós, vovôs e bisos e bisas devem ter sempre um lugar mais distante dos demais à mesa e acesso ao álcool que poderá lhe garantir mais segurança enquanto se alimenta. À espera da 4ª dose – Já anunciada pelo governo do Estado de São Paulo, o novo reforço da proteção contra a Covid em idosos depende, segundo informado pelo governo paulista, da adesão da população às doses pendentes, já que muitos não tomaram nem a primeira, nem a segunda e muito menos a terceira dose da vacinação. Caso o cenário não mude, espera-se que essa determinação seja revista e os idosos possam proteger-se com mais uma dose do imunizante que tem se mostrado eficaz para redudiz a incidência mais potente e fatal da doença. Enquanto a medida não chega, a solução é manter o isolamento e demais medidas protetivas.

arte: jornal 360

A variante ômicron do vírus da Covid-19 trouxe um novo cenário à pandemia. Apesar de ser muito mais transmissível, com menos tempo de incubação e mai rápida de ser curada, a “nova Covid” pode até parecer mais fácil de ser encarada. Depende de quem for contaminado, como mostram os dados dos óbitos que, no caso de Santa Cruz do Rio Pardo, saltaram de 179 para 196 em pouco mais de um mês após mais de 3 meses sem nenhuma morte causada pela doença. Sem nenhuma exceção, todas as vítimas fatais registradas entre moradores da cidade, são de idosos.

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4 • ponto

de vista

*José Mário Rocha de Andrade

Quando crescem os olhos Há muitos anos, estava eu na National Gallery em Londres admirando uma pintura: “Os Girassóis” de Van Gogh. De repente, lágrimas escorriam e eu soluçava de emoção tomado por alguma magia, um portal que se abriu, um caminho sem piso, de alguma maneira eu havia sido transportado à sensibilidade do artista, aos seus pincéis, aquela tinta espessa, alta, que as fotografias não mostram, uma representação emocionada de quem entrou em algum transe, um simples girassol, um simples quadro pendurado na parede e estava eu ali chorando de emoção.

“Quando crescem os olhos” me levou à infância frente às guloseimas saídas do fogão da vó Joana e começávamos a comer com os olhos: “seu olho está maior que sua barriga”, advertia mamãe. Com os olhos e com o nariz, pensava eu naqueles tempos em que a cozinha nos atraía pelo cheiro. Tempos em que líamos muitos gibis, um deles com as histórias da vovó Donalda fazendo suas tortas de maçã e o pato Donald com seus sobrinhos abduzidos pelo cheiro irresistível eram zumbis a caminho de sua cozinha.

foto: canva.com

ARTE: 360 ON CANVAS

Conversando com uma amiga, advogada, promotora, ela explicava o papel da vítima no “golpe do bilhete premiado”. Crescem os olhos da vítima em vista às vantagens oferecidas pelo golpista, o estelionatário, e o crime somente acontece porque a vítima acredita que receberá essas vantagens.

“O Silêncio dos Inocentes” é um filme sobre um serial killer e a detetive chega às pistas conversando com um outro serial killer preso: “o desejo entra pelos olhos”, e ela passou a procurá-lo no caminho das vítimas.

Como viver sem arte, sem nossos artistas, sem esses gênios maravilhosos que nos elevam e nos transportam para rir, chorar, emocionar, sentir que verdadeiramente somos muito mais que seres de carne e osso que habitam o planeta Terra? É muito bom sentir nossos olhos crescerem, nosso olfato nos seduzir, nosso coração palpitar. “Rezam meus olhos quando contemplo a beleza”, escreveu a poeta Helena Kolody, acredito que em um momento de iluminação que não se explica, simplesmente se sente.

*médico santa-cruzense radicado em Campinas

Nem todo oposto é negativo Dizem asneiras muitas vezes por pura falta de disposição para refletir a respeito das coisas. E a reflexão sempre vai ser lapidar as opiniões. As visões de mundo. Quem não pensa, quem não reflete a respeito das coisas, ou se satisfaz com a mais rasa reflexão, muitas vezes baseadas no disse-me-disse, ou na idolatria, o que inclui a religião, não tem argumentos para defender seus pontos de vistas ou é capaz de mudar de opinião. E não há nada mais burro do que ser incapaz de rever suas ideias e ideais quando se depara com um argumento que coloca por terra sua opinião, pois contradiz o que o levou a pensar daquele jeito, a opinar daquele jeito.

diferença entre um e outro. E ter uma visão de esquerda ou de direita não faz de ninguém uma má pessoa. Só que esse cidadão nunca será tão admirável quanto alguém que pensa na maioria. É o preço que se paga por uma visão materialista da vida.

foto: canva.com

ARTE: 360 ON CANVAS

Temos a tendência de separar as coisas de “baciada”. Quando nossa cultura é parca. Quando pouco tempo nos dedicamos a aprender a pensar direito, porque isso envolve saber e o saber envolve conhecer, majoritariamente através da leitura, aprender. Quanto menos as pessoas se dedicam ao seu próprio conhecimento, menos sabem pensar, tampouco o que dizem.

*Fernanda Lira

Isso me traz ao título desse artigo. Nem todo oposto é negativo. O contrário das coisas não significa que uma é positiva e outra negativa. Exemplos não faltam. Preto e branco são opostos. E nenhum é negativo. São cores. Uma repleta de pigmentos, aqueles que formam as tonalidades de todas as cores, outra vazia. Ambas cores. E só. Quente e frio também são opostos. Tanto podem ser positivos quanto negativos, os

dois. A temperatura quente do corpo pode indicar febre. A temperatura baixa pode indicar hipotermia. Ninguém quer sentir isso. Assim como tomar uma sopa quente num dia frio ou um banho frio num dia quente é bastante desejável. Ocorre que com questões um pouco mais complexas, quem pouco pensa se deixa levar pela corrente do “oposto = negativo” em razão desses próprios termos e tantos outros: bom e mau, bem e mal, limpo e sujo, mocinho e bandido, bonito e feio. Ninguém quer ser considerado mau, sujo,feio e acusado de bandido por fazer o mal. Baseada nessa grande introdução, venho lembrar que ser de “direta” ou “esquerda” é ser mau ou bom ou vive-versa. As duas posições políticas são lícitas. Claro que à direita, cabe o aspecto inerente de privilegiar quem tem – dinheiro e poder, o que num mundo onde sabemos quanto sofrem os que não tem, pega mal, enquanto quem tem uma linha de pensamento de esquerda parte do pressuposto que o bem estar da maioria é o que mais importa. Essa é a

Há também que destacar que tanto a esquerda quanto a direita podem ser absolutamente negativas. Exemplos temos de sobra. Basta dar uma olhada nos ditadores de esquerda e de direita que protagonizaram as maiores violências da história. Ocorre que eles nunca estiveram sozinhos. Estavam cercados de pessoas. De milhares delas. Inclusive de especialistas. Em tudo. Doutores, de todas as ciências e conhecimentos. E então chegamos à diferença que existe entre fazer o bem e fazer o mal. Vivemos sob um governo que provou ser malévolo. Mortes de toda a natureza, inclusive daquela que representa a maior riqueza do planeta, a Amazônia, foram a tônica desse (des)governo que chegará ao fim impune pelo nosso legislativo – o Congresso Nacional – o que nos faz destacar que é preciso pensar muito e analisar quais posturas tomou cada candidato ao Senado e à Câmara dos Deputados que torram nosso dinheiro e de vez em quando aparecem, principalmente em ano de eleições, para nos destinar alguma verba que conseguiu. Essa que o faz manter-se lá, pois por causa dela os elegemos. Quer dizer, muitos elegem. Eu não. Eu sei pensar. E pretendo continuar aprendendo. Este jornal não cobre o cenário político, mas falaremos de política por aqui. Afinal, se chego até seus olhos, sou jornalista e estamos em ano de eleições, é minha obrigação. * jornalista paulistana que adora o interior


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• gastronomia

Pratos simples que vão impressionar a turma

Flávia Rocha Manfrin

Sábado, domingo, aniversário de um, de outros. Sabe aquela dúvida de cardápio com jeito de alta gastronomia, mas que seja fácil e rápido de fazer? Pode apostar nas

receitas abaixo, pois ficam deliciosas e são rápidas e simples de fazer. A lasanha você já pode preparar até na véspera. A carne, é feita na hora em questão de 15 min-

utos. A primeira pode ser acompanhada de uma salada. Para o segundo prato, um arroz soltinho e batatas crocantes vão muito bem, assim como uma salada de agrião.

Lasanha de Shimeji

_Ingredientes: • 300g demolho bechamel • 1 ou 2 bandejas de shimeji • 3 dentes de alho ralados • 1 porção de brócolis cozido • 2 colheres de azeite • 1 colher de manteiga • massa para lasanha

• queijo muçarela ralado ou fatiado • queijo parmesão ralado • 1 boa pitada de gengibre em pó • 1 colher de shoyo • sal e pimenta a gosto _Preparo: Desfie o shimeji (não desperdiço nada) e refogue em azeite quente com manteiga e alho dourado, adicione o brócolis picado. E depois o shoyo, o gengibre e tempere com sal e pimenta. Quando estiver bem refogado, desligue e reserve. Eu misturei o shimeji no molho branco, mas se preferir, faça em camadas. Coloque num pirex untado com azeite o molho com shimeji e cubra com os 2 queijos e depois com a massa. Faça pelo menos 2 camadas completas. Na terceira, não precisa repetir o shimeji com brócolis e molho. Coloque um pouco de

Filé ao molho mostarda receita da chef Dayse Paparoto

fotos: Flavia Rocha | 360

_Ingredientes do molho: • 1 xícara de farinha de trigo • 2 colheres de manteiga • 1 xícara de leite • 1 pitada de noz moscada • sal a gosto _Preparo do molho: Derreta a manteiga numa panela e adicione a farinha, como se fosse fritar a farinha. A ideia é tirar o gosto cru da farinha. Vá acrescentando o leite mexendo para não empelotar. Se quiser mais ralo, coloque mais leite. Se quiser mais espesso, menos leite. Para não empelotar, use o fouet, aquele mexedor em forma de hélice, é muito bom. Tempere com noz moscara e sal.

foto: canva.com

receita de Flávia Manfrin

molho puro sobre a massa, polvilhe com o parmesão e cubra com a muçarela. Leve ao forno pré aquecido a 200º para gratinar. Eu não cubro para ficar crocante.

_Ingredientes: • 1/2kg de filé mignon cortado em fatias largas (3cm) • 2 colheres de manteiga • 3 colheres de mostarda de qualidade • 1/2 caixinha de creme de leite • 1/2 caixinha de leite • 1 dente grande de alho picado • ervas do seu gosto para dar sabor • sal e pimenta a gosto • 1 xícara de abobrinha ou de cenoura ralado fino (opcional) _Preparo: Fatie o filé e tempere com sal e pimenta apenas. Use uma frigideira que possa ficar bem quente. Aqueça e coloque um pouco de óleo ( uso azeite) para derreter a manteiga. Quando a panela soltar fumaça, coloque os medalhões de carne para tostar. Primeiro de um lado. Quando estiver bem selado, vire. O ponto da carne fica por conta do seu gosto. Eu tirei quando estava ao ponto:

soltando umas bolhinhas de sangue na parte de cima. Dei mais uma viradinha rápida e pronto. Retire a carne da frigideira e abaixe um pouco o fogo. Coloque a carne no prato onde for servir. Na frigideira, acrescente a segunda colher (bem cheia) de manteiga e refogue o alho. Se for usar os legumes ralados, coloque nesse momento, dando uma refogada para ficarem bem dourados. Acrescente a mostarda, mexa, depois o creme de leite e os temperos, misturando bem. Coloque sobre a carne e sirva. Fica mesmo muito bom!


6 • meio

ambiente

Recuperação do rio Pardo é tema de evento regional em Ourinhos Mais um evento promovendo o debate e a conscientização sobre a situação alarmante do rio Pardo é promovido pela Secretaria de Meio Ambiente da cidade

A presença de um dos deputados que fizeram da preservação do rio Pardo bandeira de campanha, anos atrás, foi confirmada, mas não eram nem 10h da manhã e o deputado estadual Ricardo Madalena (PL), autor de um projeto de lei de 2017 que continua emperrado na ALESP (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), já estava de saída, após um breve

CATI, representantes de ONGs, movimentos e de fóruns que tratam a questão da bacia do Rio Pardo, e também representativo, pois havia gente de muitas cidades da região, de Pardinho a Assis.

foto: Edson Piroli

A programação anunciou do evento criado pela Unesp, em parceria com a prefeitura de Ourinhos e o Cedepar, previa uma longa manhã para que os 20 secretários de Meio Ambiente das cidades que se abastecem das águas do rio Pardo pudessem colocar seus pontos de vistas, problemas, ideias e soluções, assim como conhecer a proposta de medidas de recuperação de toda a extensão do rio que o acadêmico da UNESP e estudioso do rio Pardo, Prof. Dr. Edson Piroli iria apresentar. Mas apenas dois deles estiveram à mesa do grande palco do teatro municipal Miguel Cury, no dia 17 de fevereiro: o anfitrião, Maurício Amorizini, que está à frente da secretaria de Ourinhos, e Fillipe Martins, titular da pasta de Botucatu e secretário-executivo do CEDEPAR (Consórcio de Estudos Recuperação e Desenvolvimento Sustentável da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo).

* Assoreamento em ponto do rio Pardo no município de Ourinhos, onde a água chega a faltar com alguma regularidade devido ao baixo nível das águas em épocas de seca * pronunciamento reafirmando seu compromisso com a causa. Nem deu tempo de questioná-lo sobre sua notada inatividade no sentido de defender a votação da PL nesses quase oito anos como titular do cargo, já que o debate estava agendado para a parte da tarde. Apesar da ausência dossecretários e prefeitos, que deveriam ser os principais

interessados, o evento foi bastante significativo e proveitoso. Primeiro, colocou a cidade mais importante da região à frente de uma luta que é de longa data e requer muito trabalhado e traquejo, inclusive político. Segundo, porque se no palco a ausência dos convidados era indisfarçável, a ponto de adiantarem a programação da tarde para o restante da manhã, na plateia era notável a presença de um público heterogêneo, incluindo técnicos de secretarias de Meio Ambiente, da

Entre os que não deixam de comparecer, o promotor Luis Fernando Rocha não apenas representou o Ministério Público, mas o GAEMA (Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente), que historicamente é a única unidade pública a efetivamente agir em defesa do rio, num processo que se arrastou por anos até ser julgado improcedente por estar alojado no Ministério Público de Ourinhos e não em São Paulo, cujo recurso ainda não foi julgado enquanto uma das obras de seu questionamento já foi concluída, está funcionando e dando claros sinais do desastre que muitas delas podem promover no rio, a PCH Ponte Branca, instalada em Águas de Santa Bárbara. Em seu pronunciamento ele destacou a importância de todos os organismos públicos, assim como da população, agirem em defesa do rio e do meio ambiente, reafirmando seu compromisso com a causa. A validade do evento também foi garantida pela apresentação do Prof. Dr. Edson Piroli, sempre disposto a relatar a situação e as soluções passíveis de serem tomadas para mitigar a degradação já apurada na bacia do rio Pardo e também os malefícios que virão com a manutenção do uso indiscriminado das águas subterrâneas e com os projetos de PCHs e CGHs que ainda podem ser implantados.


medidas propostas e de um cronograma para usa execução.

* Acima, o teatro Miguel Cury, onde o secretário Maurício Amorizini recebeu o público e explanou sobre os desafios do trabalho de uma secretaria de Meio Ambiente. À esquerda, Luiz Carlos Cavalchuki, da ONG Rio Pardo Vivo, líder da luta pela preservação do rio Pardo. À direita, Edson Piroli, apresenta a situação do rio e soluções * por exemplo, os moradores dos municípios de Santa Cruz do Rio Pardo e Ourinhos”, avalia Piroli, que segue à frente da empreitada de implantação de 22 medidas para garantir a sobrevida do rio Pardo. Na plateia, a segunda maior autoridade no assunto, Luiz Carlos Cavalchuki, acompanhou todos os pronunciamentos. “O evento foi muito importante. Sabemos que a crise hídrica atinge toda a bacia do rio Pardo, que é bem grande. Foi uma oportunidade para quem esteve presente ficar ciente do que está causando problemas em cada região. Assim como ficou claro que é um conjunto de medidas con-

fotos: Flavia Rocha | 360

“O I Encontro de Secretários de Meio Ambiente e Agricultura da Bacia do Rio Pardo foi um momento histórico, visto que conseguimos reunir várias lideranças políticas e da sociedade para discutir planejamento, gestão e manejo integrado da bacia. As contribuições trazidas nas apresentações e falas dos participantes serão incorporadas à proposta que estamos trabalhando na universidade para buscarmos a conservação dos recursos naturais onde ainda estão equilibrados, a recuperação das áreas degradadas, e sobretudo para avançarmos no uso consciente do solo e da água. Isto permitirá que reduzamos os riscos de crises hídricas e aumentemos a segurança hídrica para a população da bacia como um todo, mas principalmente para os habitantes do baixo Pardo, que dependem das águas do rio para suas atividades rotineiras, como

tínuas que vai solucionar o problema a médio e longo prazos. É muito fundamental que as secretarias de Meio Ambiente se reúnam para entender a problemática como um todo, levantar as questões que afetam seu respectivo município e tomar medidas de maneira conjunta”, analisa o presidente da ONG Rio Pardo Vivo e membro de comitês que tratam da bacia do Rio Pardo. Com o debate adiantado para a parte da manhã, representantes de diversos movimentos de defesa, da CATI e de comitês de bacia que abrangem o rio Pardo, se pronunciaram trazendo mais elementos para o necessário debate em torno das

A aprovação do projeto de lei que pode impedir a instalação de novas barragens no rio Pardo também foi citada especialmente por se tratar de um ano em que teremos eleições para a ALESP e o governo do Estado de São Paulo, que podem decidir pela proteção do rio, já que ele nasce e desagua dentro do estado paulista. A agenda do rio Pardo será mantida pelos atuais envolvidos na sua defesa e também por este veículo, que manterá o assunto em pauta em nossas edições.


8 • cidadania

_ negócios

Special Dog celebra maioridade lançando programa Sustentável Reportagem: Flávia Manfrin Fotos: acervo Special Dog Company

O lançamento do Programa MAIS Sustentável da marca ocorre seis anos após a disseminação dentro da própria empresa do propósito de tornar o mundo melhor para todos

A maioridade está sendo celebrada em grande estilo pela Special Dog, uma das maiores empresas da nossa região e do segmento pet nacional. Ao completar 21 anos, a marca que produz alimentos para cães e gatos anuncia seu compromisso com a sustentabilidade na condição de um valor tão importante quanto o lucro que busca em seus negócios. Intitulado MAIS Sustentável, sigla que compreende seus quatro pilares – Meio Ambiente, Animais, Indivíduos e Sociedade –, o programa não é algo novo na companhia, mas fruto de um “trabalho de formiguinha”, como conta o gerente do departamento de desenvolvimento sustentável João Paulo Camarinha Figueira. “Estamos trabalhando nisso internamente desde 2014 e agora chegamos à fase de formalizar nosso compromisso com esse propósito”, diz.

A grande virada – “Em 2014, viramos uma chave, tivemos uma mudança de paradigma e foi criado o Departamento de Sustentabilidade, para o qual fui destacado. Eu já tinha nove anos na empresa e uma experiência muito grande de articulação junto a diversos departamentos, além disso a direção também sabia do meu envolvimento em projetos sociais e ambientais, como voluntário”, afirma.

foto: Flávia Rocha | 360.

Em entrevista exclusiva ao 360, Figueira garante que essa prática é aplicável a qualquer empresa. “É totalmente possível e desejável que empresas de todos os portes assumam o compromisso de evoluir com relação à sustentabilidade”, diz, destacando que gosta de comparar sustentabilidade com desenvolvimento sustentável. “Apesar de serem conceitos muito parecidos, eu diferencio dizendo que sustentabilidade é um objetivo que está lá na frente, num futuro nem tão próximo e é o que a gente busca constantemente, que tem tantos requisitos que talvez nunca se consiga alcançar plenamente, enquanto o desenvolvimento sustentável é mais tangível e remete à ação. E é assim que trabalhamos”, revela.

Special Dog? É causar transformação em todos os nossos stakeholders (pessoas envolvidas), a toda a nossa cadeia de valor”, diz, revelando que “o lucro deixa de ser o nosso fim e passa a ser o nosso meio para conquistar esse propósito”.

* No alto, duas ações de Meio Ambiente da Special Dog: tratamento de água para reuso (tanques) e inserção do verde para bem estar da equipe. Acima, João Paulo Figueira recebe Certificado de Reconhecimento e Aplauso da Câmara dos Vereadores por contribuição da empresa em programa de inclusão alimentar para crianças e jovens de Santa Cruz *

Segundo ele, a busca pela sustentabilidade é um compromisso de todos. “Dos 195 países que assinaram o acordo de evolução da Agenda 2030 (proposta em 2016 pela Organização das Nações Unidas compreendendo – ONU – contendo 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e 169 metas, criados para erradicar a pobreza e promover vida digna no planeta sem comprometer a novas gerações), assim como é um compromisso de empresas e um compromisso de indivíduos”.

algo grande, que não tem nada a ver com elas. E não é. É um trabalho gradativo, dia após dia, de cada um, que traz esse resultado para a empresa, para a comunidade, para o país, para o planeta”, ensina o gestor do assunto na Special Dog.

Figueira cita exemplos: “esse trabalho que você faz da Vaquinha do Alimento, é uma forma de você contribuir com a agenda 2030. Eu gosto de trazer exemplos práticos porque muitas vezes as pessoas ouvem sobre sustentabilidade e acham que é

Um valor com peso de lucro – O que mais chama a atenção no discurso do gerente de desenvolvimento sustentável da Special Dog é a importância que esse valor representa para a empresa e o quanto contribui para o seu sucesso. “Não quere-

mos ser os melhores, mas queremos fazer da melhor forma”, pontua Figueira, reafirmando o tema da campanha de lançamento do MAIS Sustentável ao público. Ele também nos conta como a empresa chegou a esse olhar, onde a sustentabilidade tem um peso tão grande. “O Erik e o Mario (donos da empresa), desde que fundaram a Special Dog sempre tiveram muito claro que eles deveriam dividir para somar. Sempre tiveram uma consciência muito grande de que lidar de uma forma diferenciada, mais humana, com o colaborador, traz como consequência natural um bom resultado para o negócio, porque cria-se um círculo virtuoso, onde você cuida do colaborador e ele cuida da empresa, se dedica, se empenha, e a empresa cresce e o recompensa. Então essa visão já existia. Não tinha esse nome de desenvolvimento sustentável, mas já havia essa forma mais humana de fazer negócio”, conta Figueira. Ele continua, explicando a evolução para o que hoje está compilado no Programa MAIS Sustentável: “conforme a empresa foi crescendo, conquistando reconhecimento sobre isso e trazendo vários benefícios para os colaboradores, em 2014, num momento de revisão do nosso mapa estratégico, já nos sentíamos mais maduros em relação ao nosso papel na sociedade e chegamos à conclusão de que o lucro não deveria mais ser olhado como o objetivo principal, mas como um meio importantíssimo, fundamental, para se chegar a um outro objetivo que passamos a chamar de propósito. E qual é o propósito da

A mudança do olhar – Mudar essa maneira de agir não é algo que simplesmente se decide, se determina o que fazer, como bem explica o gerente da Special Dog. O desenvolvimento sustentável é algo que nós precisamos ser estimulados a aplicar na nossa vida, tanto profissional como pessoal. Isso requer rever atitudes. E mudar muitos hábitos. O que tem sido feito progressivamente na Special Dog. Segundo o gestor, foram seis anos de trabalho para que a sustentabilidade deixasse de ser apenas um conjunto de práticas a serem adotadas, mas um valor de cada um e da empresa. “Passamos a reunir e organizar todas as práticas de responsabilidade social e de mitigação ambiental que já existiam e estavam pulverizadas num plano de desenvolvimento sustentáve”, afirma. Figueira conta que a primeira ação foi disseminar o conceito de sustentabilidade entre os colaboradores da empresa. “Eles precisavam entender o que isso significava para passarem a reconhecer como um valor da empresa e não apenas um conjunto de práticas”, explica acrescentando que “quando a sustentabilidade se transforma num valor, naquilo que a gente pratica naturalmente por acreditar que é assim que se faz, você vai construindo um processo”. Disseminar o propósito – Uma vez absorvida entre seus colaboradores, a visão sustentável passou a ser disseminada junto à comunidade. “Em 2018, quando entendemos que já tínhamos um trabalho robusto e muito material para ser compartilhado, resolvemos levar essas


* À esquerda, Natalia Manfrim Queiroz, diretora de qualidade da Special Dog, oluntária do Projeto Cuidar durante ação na Casa do Menor, representando o I (indivíduos) e o S (Sociedade) do MAIS Sustentável. À direita, programa de resíduos em lojade Santa Cruz do Rio Pardo representa o S (Sociedade) e também o M (Meio Ambiente) * boas práticas para outros públicos. Começamos pela comunidade, que é o público mais próximo da empresa depois dos colaboradores. Numa cidade pequena de 50 mil habitantes, basicamente estamos falando de familiares e amigos dos nossos 1354 colaboradores”, conta Figueira, que acredita que isso ajudou muito. O novo valor da empresa também foi firmado junto a instâncias externas, do meio empresarial, com a assinatura do Pacto Global da ONU, que prevê o cumprimento dos 17 objetivos da Agenda 2030. “Agora, neste ano de 2022, chegamos a um momento muito importante de formalizar tudo isso. Nós seguimos as mais modernas diretrizes de governança, de tudo que aprendermos durante essa jornada, para estruturar dentro de um programa que representa todo esse movimento e o valor da sustentabilidade. O Programa MAIS Sustentável – Compreendendo todas as ações sustentáveis da empresa pelo menos num dos seus quatro pilares, o MAIS Sustentável representa o compromisso da marca com esse novo valor. Foram quase dois anos para estabelecer o programa até que ser lançado neste mês de aniversário da marca. João Paulo, afirma que o propósito da sustentabilidade também entrou no mapa estratégico da empresa, assumindo o mesmo peso do lucro. “Neste novo ciclo, quando um setor avalia sua meta de lucro e rentabilidade, a sustentabilidade aparece no mesmo patamar. Então qualquer ação que vá garantir o lucro, o resultado de um departamento, tem que ser também sustentável”,diz.

* Ação de A (Animais) promove a doação de sangue de cães e gatos no país *

Para chegar a esse ponto, além de informar amplamente o conceito, a empresa procurou sensibilizar seus profissionais. “É um trabalho de seis anos, de formiguinha mesmo. Desde o começo instituímos práticas na empresa que pudessem ser replicadas por eles em outros ambientes, como a coleta seletiva, a compostagem, o aproveitamento da água. O colaborador vê essa prática aqui e se identifica dentro desse processo, percebendo que pode fazer isso em casa”, diz Figueira, relatando que a empresa mantém em sua agenda anual ações para colaboradores e familiares, como plantio de árvores, repovoamento de rios com soltura de peixes, produção de acessórios para pets a partir de resíduos da fábrica, entre outros. Grande e pequenas ações – Sobre os resultados efetivos conquistados nesse tema, Figueira dá vários exemplos. “Eu dividiria nossas ações em de grande e pequeno impacto, sendo que todas são importantes. Uma ação de grande impacto, por exemplo, é o de mitigação de uso de água. Hoje, 35% de toda a água utilizada pela empresa já vem de fontes alternativas, incluindo reuso ou água de chuva, o que diminui significativamente qualquer impacto na bacia hidrográfica que nos abastece. Agora, com o MAIS Sustentável, estamos assumindo publicamente o compromisso de chegar a 60% de uso de água de fontes alternativas e de reduzir em 15% o consumo absoluto de água primária (de poços) até 2025, mesmo considerando o crescimento da empresa no período, que será de no mínimo 20%. É uma ação de grande impacto que contribui para toda a nossa região”, garante. Outra ação de grande impacto conquistada pela empresa é a meta de lixo zero. “Hoje, o parque fabril gera entre 200 a 300 toneladas de resíduos todo mês e 99,09% desse lixo segue para reciclagem ou reuso. Ou seja, apenas menos de 1% desses resíduos segue para aterro”, informa Figueira. Segundo ele, foi um processo de passo a passo, de identificação de fontes geradoras de resíduo, de promover a cultura de repensar a necessidade de usar um recurso natural, de reutilizar sempre que possível e de reciclar quando não dá mais para reutilizar. “Há também ações menores, mas muito importantes, como o Arte Circular, que você já abordou, de aproveitamento de uniformes.

projeto, buscamos os recursos e vamos implantar”, afirma, acrescentando que por serem parte do processo e conhecerem suas áreas, os colaboradores podem promover muitas mudanças sustentáveis na empresa. Nós juntamos por meses, gerando um grande volume e acabamos criando uma ação que além de tudo é empreendedora. Valeu a pena”, afirma. Iniciativa já é realidade – Questionado se a sustentabilidade já se tornou uma prática dentro da empresa ou ainda requer indução, o gerente da Special Dog afirma que sim e, mais uma vez dá exemplo. “Já deixei a posição de protagonista do desenvolvimento sustentável para o de uma figura secundária, que presta apoio. O protagonismo está com todas as áreas e eu estou aqui para apoiá-las”, garante Figueira. Como ele exemplo ele conta de uma medida que vai ser implantada na fábrica de produtos wet, tanto no processo de produção quanto na limpeza da unidade. “O processo de fabricação tem uma autoclave que esteriliza o processo e tem um ciclo aberto que quase enche a autoclave e depois de alguns minutos, essa água esterilizada e totalmente limpa é descartada. No total estávamos desperdiçando 20m3 por dia de água, que é um volume que eu uso em casa por mês. E a própria equipe de produção trouxe a ideia de criar um sistema para aproveitar essa água. Será uma economia de mais de 400m3 de água por mês. E partiu de um operador. Nós ajudamos a desenhar o

Como ser sustentável – Quando perguntamos como cada indivíduo pode se avaliar e checar o seu “grau de sustentabilidade”, Figueira indica uma reflexão que aplicou no processo de conscientização dos colaboradores da empresa. “Você deve perguntar o que você pode fazer para mudar o mundo para melhor. Não apontar outras pessoas, mas avaliar o que você pode fazer. Claro que autoridades têm parcela de culpa no processo, mas o foco tem que ser você. Segundo, transformar o mundo, que mundo é esse? Primeiro o seu mundo. O que você pode fazer para ajudar. Hoje li uma frase muito bacana, que diz que a educação de uma criança deveria ter começado 20 anos antes, com os pais. Isso quer dizer o que? Que muitos pais jogam a responsabilidade da educação dos filhos na escola. E não é assim. A responsabilidade é dos pais. A escola é um completo”, afirma, dando mais um exemplo prático de atitude sustentável. Como podemos conferir, a Special Dog atingiu a maioridade provando que além de ter vocação para o êxito comercial, é também capaz de não se acomodar no sucesso alcançado e praticar a revisão contínua de suas práticas visando o bem estar coletivo. Isso é o que se pode chamar de maturidade e sabedoria.


10 • meninada

Volta às Aulas

Alvinho estava feliz e a professora os recebeu assim: “Quem leu um livro nas férias?” Silêncio! “Ninguém?” Exclama a professora quase sem acreditar! De repente, uma mãozinha se levanta. Era a mão da Julinha, a mais tímida da classe e sabia que, quietinha como era, teria que contar a história do livro para toda a classe: “Tistu nasceu em uma família muito rica, seu pai era o dono da maior fábrica da cidade, tão grande que a cidade se chamava Mirapólvora em homenagem à sua fábrica de armas. Quando Tistu entrou na escola aconteceu o inesperado. Assim que a professora começava a aula, Tistu caía no sono. Tudo fizeram, mas Tistu, como uma mágica, dormia a aula toda. Seu pai ficou muito bravo e disse rangendo os dentes: “Se não estudar, vai trabalhar! Você pensa que dinheiro cai do céu?” Seu Bigode era o jardineiro da fazenda e foi trabalhando nos jardins que Tistu descobriu seu dom maior. Assim que tocava com o seu polegar, nascia uma flor. Os jardins ficaram floridos como nunca. Visitou a prisão, as favelas, os hospitais e tão florida ficou a cidade que seu nome mudou para Miraflores.

arte: Sabato Visconti

Visitou a fábrica de seu pai e as armas começaram a atirar flores. Tistu era um menino e era um anjo também e com tanta beleza na cidade, também as pessoas ficaram mais bonitas, mais felizes, sorriam mais afinal moravam em um jardim e, papai me contou, há muito tempo, em um reino muito, muito longe, jardim era o nome do Paraíso. A sala de aula ficou novamente em silêncio, um silêncio que ninguém ousava quebrar, até que Alvinho saiu de dentro da história onde havia entrado e começou a bater palmas. Foram tantas palmas que até hoje se pode ouvi-las!

Toda cidade tem: E Ç E N O T U D A I V Q

N S A H E R O V S O B U

C E Q U I C E N T R O A

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- ÁRVORE - AVENIDA - BAIRRO - BANCO - BECO - BOSQUE - BUEIRO - CALÇADA - CASA - CENTRO - CLUBE - CORREIO - DELEGACIA - ESCOLA - ESQUINA - FEIRA - HOSPITAL - IGREJA - LADEIRA - LOJA - NOME - PARQUE - PLACA - PRAÇA - PONTE - POSTE - PRÉDIO - PREFEITURA - QUARTEIRÃO - RIO - RODOVIÁRIA - RUA - SARJETA - TRAVESSA - VIADUTO - VILA


11 • finanças

o Mapa da

MINa

Por uma vida financeira mais tranquila! Olá, Pessoal! Começo a coluna muito feliz, porque neste mês faz um ano que comecei a colaborar com o Jornal 360, escrevendo sobre temas ligados ao nosso dia a dia financeiro. E celebro reforçando um tema sobre o qual já falamos, mas que sempre devemos tomar bastante cuidado porque vem prejudicando de forma muito intensa a caminhada das famílias brasileiras no Mapa da Mina para o TESOURO do BEM ESTAR FINANCEIRO. O tema de hoje é trazer alguns dados sobre a pesquisa que é realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio) sobre o “Endividamento e Inadimplência do Consumidor”. Angela Nunes

Maria Angela de Azevedo Nunes, CFP®, Planejadora Financeira Certificada pela Planejar Associação Brasileira de Planejadores Financeiros. Graduada em Ciências Econômicas pela UERJ, com Especialização em Psicologia Econômica. É Consultora e Administradora de Valores Mobiliários autorizada pela CVM e sócia da Moneyplan - Consultoria em Planejamento Financeiro e Educação Financeira. Membro do Conselho de Administração e do Comitê Executivo da Planejar - Associação Brasileira de Planejadores Financeiros, foi diretora do Banco Itamarati, da BCN Alliance Capital Management e do Banco BCN - Grupo Bradesco - e docente do Curso de Planejamento Financeiro do INSPER – Instituto de Ensino e Pesquisa. É também co-autora do livro “Planejamento Financeiro Pessoal e Gestão do Patrimônio – Fundamentos e Práticas”

Aí está o tesouro: Dívidas e Inadimplência Familiar > Evite os parcelamentos das compras. Nosso dinheiro não é elástico! Não é porque parcelou que o seu poder de comprar aumentou; > Nunca encare uma dívida como algo “normal”. Ela

pode ser necessária em alguns momentos na vida, mas nunca deve ser entendida como algo sem importância e consequências. Em uma sociedade que está endividada como a nossa, infelizmente, ter dívida passou a ser normal, a ter uma “aceitação social”... não caia nessa armadilha...

foto: canva.com

Os dados são muito relevantes e serve para a gente analisar a nossa própria situação e nos organizarmos para que 2022 seja de equilíbrio e tranquilidade. Vamos aos dados! De acordo com a pesquisa, no final de 2021: > 7 em cada 10 famílias brasileiras tinham algum tipo de endividamento; > + de 30% da renda das famílias estava comprometida com endividamento; > + de 20% das famílias tinham mais de 50% da renda comprometida; > + de 25% dessas famílias estavam com contas em atraso; > + de 10% estavam sem condições de pagar as dívidas

Vamos seguindo o MAPA DA MINA, lembrando que: > devemos ter muito cuidado com o endividamento! > uma vida mais simples é mais fácil de carregar!

IMPORTANTE: Endividamento é qualquer paga-

mento futuro que a gente tenha que fazer. Por exemplo, cheques pré-datados, cheque especial, fatura do cartão de crédito, carnês de lojas, financiamentos e empréstimos bancários, crédito consignado, assim como, pagar as contas de luz, de água etc. Um dado importante e que merece muito a nossa atenção é como as famílias estão se endividando para o consumo: > + de 82% das famílias utilizam cartão de crédito; > + de 18% parcelam compras em carnês.

IMPORTANTE: Muitas famílias parcelam contas no

cartão de crédito e não fazem um acompanhamento do impacto das parcelas no orçamento dos próximos meses e com isso não conseguem pagar as faturas pelo valor total na data do vencimento. Como consequência pagam a parcela mínima, caindo no endividamento com as taxas de juros mais caras do mercado. É sempre bom não esquecer: o cartão de crédito, quando não usado da forma correta, é um dos maiores vilões do endividamento das famílias.

A pesquisa mostra que, com a inflação, ou seja, com a alta nos preços dos produtos e serviços, infelizmente, muitas famílias ficaram com seus orçamentos mais apertados e se endividaram mais para pagar alimentação, medicamentos e despesas com habitação. Além disso, as dívidas já contratadas e com os juros mais altos poderão levar ao aumento da inadimplência. Algumas dicas para evitar o endividamento:

> Organize o orçamento; > Planeje suas compras de forma que elas caibam no seu orçamento;

> Não compre por impulso. Reflita antes de comprar e faça sempre as perguntas e responda para você mesmo com toda a sinceridade: EU PRECISO? EU POSSO? PRECISA SER AGORA?;


par par A Special Dog Company sem conciliar os interesses do n

através do programa Mais Sust de alimentos de qualidade par Ambiente, para os Animais, para os Indivíduos e para a

Conheça as n specialdog.com.br//m

Jornal 360 • Gostoso de Ler


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