jornal 360_ed.192_jan22

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* Isadora Oliveira da Silva e o irmão Hiago aprovaram as bolsas ecológicas feitas por voluntrários do CCSD*

acontece_ A nova onda de Covid determina que cuidados sejam redobrados para evitar o contágio em larga escala •p3

cidadania_ Projetos de ação

bem viver_Como evitar as dívidas que tiram o sono e comprometem a saúde física e mental de cada um •p11

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Janeiro22

Grátis!

Região aguarda votação de lei

de proteção para rio Pardo foto: Flávia Rocha | 360.

Circulação Mensal: 3 mil exemplares Distribuição: • Águas de Santa Bárbara • Areiópolis • Assis • Avaré • Bernardino de Campos • Botucatu • Cândido Mota • Canitar • Cerqueira César • Chavantes • Espírito Santo do Turvo • Fartura • Ibirarema • Ipaussu • Manduri • Óleo • Ourinhos • Palmital • Pardinho • Piraju • Santa Cruz do Rio Pardo • São Manuel • São Pedro do Turvo •Timburi Rodovias: • Graal Estação Kafé • RodoServ • RodoStar Versão On line:

nº192 ANO 17

foto: acervo familliar Isadora AS

voluntária e sustentabilidade promovem melhorias para a comunidade de Sta. Cruz •p8

Jornal 360

Série sobre a aguardada lei de proteção do rio Pardo para que continue capaz de abastecer as 15 cidades por onde passa é apresentada nesta edição •p6 com entrevista exclusiva do prefeito de Santa Cruz do Rio Pardo, Diego Singolani, que representa a cidade mais ativa na defesa do rio.

Ainda é tempo de usar máscaras. E de tomar as doses de vacina anti Covid 19


2 • editorial

Doação

Do Latim Donare, significa “transferir gratuitamente a outrem, oferecer, entregar-se a uma obra, causa, pessoa etc.; dedicar-se.

foto: Bruno de Marchi | especial para VAL

Amor é doação. Certamente você já ouviu isso centenas de vezes. E realmente é. Por ser um sentimento espontâneo dedicado ao outro, o amor nos impele a fazer e proporcionar tudo que pudermos a quem amamos. Por outro lado, não precisamos amar alguém para sermos doadores. Basta decidirmos fazer isso. A doação, como o próprio significado informa, é uma ação de mão única. Você doa. Só. Nada de esperar nada em troca. Afinal, isso seria uma troca, ou um comércio, ou um acordo. Quando você doa algo, seja material ou não (você pode doar seu tempo, por exemplo), você não deve pressupor nenhum retorno, pelo menos não algo que compense sua doação. O trabalho voluntário é uma doação. Envolve tudo que o trabalho remunerado determina: comprometimento, responsabilidade, assiduidade, pontualidade, realização de tarefas, cumprimento de metas. A diferença é que não é recompensado financeiramente. O único retorno que você pode almejar quando doa seu tempo, é a satisfação pessoal. A satisfação, no entanto, não deve ser o objetivo da doação. Afinal, seria como se você fizesse um acordo de troca consigo. Doar seu tempo ou seu dinheiro, algo que ajude as comunidades, é bom ressaltar, como consta acima, não envolve esperar qualquer retorno. Nem mesmo um “obrigada”. Afinal, você doou. E ponto. Ficar chateado com possíveis ingratidões ou cobrar reconhecimento está fora de cogitação se você decidiu doar algo a alguém. O meio ambiente é, sem dúvida, o campo mais carente e menos efusivo para o trabalho de doação. A natureza não vai lhe dar um diploma, nem um troféu. Também não vai aclamá-lo. Talvez isso justifique a injustificável desatenção de nossos governantes para que ainda temos de riqueza natural. Tanto que a partir desta edição, vamos questionar muitos deles, entre prefeitos, governadores, deputados, vereadores e, também nossos juízes, que, se não governam nem legislam, devem agir para proteger nossas riquezas naturais que vivem sob constante ameaça, caso especialmente dos rios Pardo e Paranapanema na nossa região de cobertura. Veja em MEIO AMBIENTE. Mostrando que ao contrário de quem não zela pela natureza mesmo ocupando cargos públicos – portanto pagos – para tal finalidade, nossa reportagem traz em CIDADANIA o trabalho voluntário de mais de 50 pessoas, as costureiras que participam do projeto Mãos que Cuidam, promovido pelo Centro Cultural Special Dog. Vale a pena conhecer o que as move e o quanto elas estão ajudando em ações comunitárias de Santa Cruz do Rio Pardo.

NEEMIAS 8 vs 10

Ora ação!

“Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si

* Além de editora do 360, tenho a honra de ser voluntária da Vaquinha do Alimento, assim como a Juliana Pareira Manfrim, que esteve com a filha Alice no evento onde distribuímos mais de 200 ecobolsas produzidas e doadas pelo Centro Cultural Special Dog às criançcas da Vila Divineia * A edição também traz o pensar evolutivo de nossos colunistas José Mário Rocha de Andrade e Fernanda Lira, em PONTO DE VISTA, que há 16 anos contribuem com este periódico voluntariamente, doando seu tempo e conhecimento para que todos possam ampliar sua visão de mundo e das coisas. É também com a ajuda da colunista voluntária de finanças, Angela Nunes, que aderiu ao 360 em 2021, que produzimos a matéria de BEM VIVER, abordando os transtornos que as dívidas causam à nossa saúde física e mental. Para completar, nosso querido Pingo aprontando das suas, em MENINADA, onde o leitor encontrará um passatempo para exercitar a mente, e receitas à base de um dos alimentos mais saudáveis, acessíveis e versáteis dos tempos atuais: a batata doce, em GASTRONOMIA. Com a disposição de quem há mais de 16 anos decidiu doar seu tempo e trabalho paraa informar as pessoas que vivem nas pequenas cidades do interior com notícias bem apuradas e produzidas com total independência, desejo a todos um incrível Ano Novo, onde cada coração se sinta impelido a doar o que puder para melhor a vida de quem precisa, sejam pessoas, animais ou o mundo selvagem e puro da natureza. Boa leitura! Flávia Rocha Manfrin | editora c/w: 1499846-0732 • 360@jornal360.com

e xpediente O jornal 360 é uma publicação mensal da eComunicação. Todos os direitos reservados. Tiragem: 3 mil exemplares. Distribuição gratuita. RedaçãoColaboradores: Flávia Rocha Manfrin ‹editora, diagrmadora e jornalista responsável | Mtb 21563›, André Andrade Santos e Paola Pegorer Manfrim ‹colaboradores›, José Mário Rocha de Andrade, Fernanda Lira e Angela Nunes ‹colunistas›, Sabato Visconti ‹ilustrador›, Odette Rocha Manfrin ‹receitas e separação›, Camila Jovanolli ‹transcrições e comercial›. Impressão: Fullgraphics. Artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. Endereço: R. Cel. Julio Marcondes Salgado, 147 - 18900-007 - Santa Cruz do Rio Par-do/SP• 360@jornal360.com • cel/whats: +551499846-0732 • 360_nº192/janeiro2022


3 • acontece

Nova onda de Covid exige manter cuidados Se por um lado as vacinas estão garantindo que a doença não se manifeste mortal como vinha acontecendo, por outro o contágio em grandes proporções nos alerta para agirmos com mais cautela. Terceira dose adiada – Por causa do contágio, muitas pessoas que já poderiam ter tomado a terceira dose da vacina estão sendo obrigadas a aguardar o fim do isolamento e a cura da doença para então tomarem a terceira dose, atrasando o calendário pessoal de proteção. Tomar vacina estando com o vírus ativo no organismo é algo a ser evitado. Estado de alerta – Neste cenário nada agradável, onde nos vemos cercados por casos de Covid e ainda por outras doenças transmissíveis, como a gripe, o melhor é se manter alerta e dis-

posto a evitar situações que possam comprometer a sua saúde e de seus familiares. Evitar reuniões onde o uso da máscara não possa ser constante, como almoços e jantares, é uma das medidas que devem ser adotadas imediatamente. Outra medida que ajuda muito a evitar o contágio – e que já se tornou um hábito para muitos – é o uso de álcool gel. Evitar levar as mãos à boca, olhos e nariz deve cosntante e, caso ocorra, tratar de higienizar muito bem as mãos. Convivendo com a doença – O que podemos aprender com tudo isso é que o Covid veio para ficar. E ter que ficar isolado em casa em caso de contágio pode ser evitado com as medidas simples que já conhecemos. Rebelar-se à essa situação não ajuda em nada, muito pelo contrário. Então, vamos já voltar para o jargão de 2021: USE MÁSCARA! FIQUE EM CASA! PROTEJA-SE! Santa Cruz cancela eventos – Diante do elevado aumento de casos e da incidência de dois óbitos após meses sem registrar nenhuma morte pela doença, a prefeitura municipal de Santa Cruz do Rio Pardo cancelou toda a programação de seus 152 anos, incluindo o tradicional rodeio.

arte: jornal 360

Talvez nunca tenhamos estado tão perto da Covid. Com o relaxamento das medidas de segurança, especialmente o uso de máscaras durante reuniões com várias pessoas, o contato físico entre amigos e familiares e o aglomeramento de pessoas sem o devido distanciamento físico, todos os dias nos deparamos com mais e mais pessoas de quem estivemos perto contaminadas pelo vírus.


4 • ponto

de vista

*José Mário Rocha de Andrade

Difícil é escutar

“Falar é uma necessidade, escutar uma arte.” Joahann Goethe, escritor alemão do século XVIII, tinha 17 livros sobre a cultura brasileira em sua biblioteca e criou também “é melhor prevenir do que remediar”, além do Fausto que vende sua alma ao diabo e, obviamente, se dá muito mal.

dias conseguiram enganar e segurar as tropas inimigas com o som das matracas imitando metralhadoras. O dilúvio de informações que chega pelas redes sociais aumenta a necessidade de falar, diminui a vontade para escutar. Rubem Alves, escritor, teólogo e pensador dizia: “Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar... Ninguém quer aprender a ouvir”. ARTE: 360 ON CANVAS

“Fala como uma matraca” é brasileira, mais especificamente, paulista. Na Revolução Constitucionalista de 1932 nosso exército possuía 40.000 soldados e uma grande carência de armas. O de Getúlio Vargas 100.000 soldados e muitas armas. A necessidade e criatividade dos engenheiros paulistas construíram uma roda dentada com uma manivela que, girando em alta velocidade, imitava o som de uma metralhadora – tá, tá, tá, tá... Quem não tinha armas, armado com a matraca estava e, durante 20

Charles Chaplin:” Às vezes só precisamos de alguém que nos ouça. Que não nos julgue, que não nos subestime, que não nos analise. Apenas nos ouça.” *médico santa-cruzense radicado em Campinas

Nem tudo tem um preço O cliente chega à loja insatisfeito com o resultado do conserto feito na roupa nova que comprou e precisou de ajustes. Impaciente, a proprietária avisa que pode devolver o dinheiro, sem problemas. O cabeleireiro corta o seu cabelo diferente do que você pediu. Você reclama e ele diz: “Não precisa pagar”. A empresa manda o pedido de produtos e falta um. Você liga avisando e informam que ou você aguarda até o próximo pedido, você diz que não pode esperar e eles então lhe oferecem a alternativa de um novo boleto, com o valor do item ausente descontado.

ARTE: 360 ON CANVAS

elas estão preocupadas com a satisfação de seus empregadores.

Você contrata uma pessoa para ajudar no seu trabalho, na sua casa. A pessoa não faz o que você pediu e você avisa que o trabalho precisa ser refeito. De novo, você ouve um “não preciso pagar”. Isso vale hoje em dia pra tudo: contratação de serviços, compra de objetos, pedido de alimentos. As pessoas não estão nem aí com a sua expectativa ou com a sua frustração.

*Fernanda Lira

Aliás, elas não estão nem aí com você. Você que se lixe, que se dane. Que importa se você ficou decepcionado, desapontado, triste? Isso não tem a menor importância nos tempos atuais.

Quanto mais as empresas crescem, menos elas se importam com seus clientes. Quando mais as pessoas precisam trabalhar, menos

Tudo é na base do dinheiro, que vai e vem. Esse é o cenário mais comum do novo século, da nova era. E também aí resida a chave de tantos transtornos que nos abatem desde 2020. A falta de empatia. De se colocar no lugar do outro e entender que nada substitui o brilho nos olhos de quem está satisfeito, ou a dor na expressão de quem está frustrado. Em 2022 seja diferente. Desperte da intolerância e reavalie seu agir. Dinheiro, acredite, não é tudo. E valer-se dele para resolver problemas, é pura ilusão. Feliz Ano Novo! PS: Tenho a sensação de que já abordei esse assunto aqui. Se o fiz, vale o reforço! * jornalista paulistana que adora o interior


5

• gastronomia

Batata doce se consagra como super alimento Flávia Rocha Manfrin

Ela faz bem para quem treina. Para quem está de dieta. Para quem quer melhorar o funcionamento do aparelho digestivo, para quem quer ter a bonita e estar muito saudável. Sim a batata doce, quem diria, tranformou-se na queridinha dos nutricionistas e de quem quer uma alimentação rica em benefícios.

Purê de Batata Doce receita de Flávia Manfrin _Ingredientes: • 200g de batata doce cozida • 1 colher de manteiga • 1 2 colheres de leite (de vaca ou de coco) • 1 pitada de sal • 1 pitada de noz moscada • 1 colher de mel _Preparo: Cozinhe a batata na pressão por 5 minutos para ficar bem macia e fácil de amassar. Escorra e retire a casca (é indicado empre conzinhar a batata com casca). Amasse bem. Numa panela, derreta a manteiga e adicione a batata doce. Mexa acrescentando o leite e os temperos. Finalize com o mel que vai ressaltar o doçor do purê. Vai muito bem para acompanhar carnes de sabor mais marcante, como o porco ou mesmo o frango assado bem temperado. As sobras do purê também servem como massa de bolinhos e croquetes. Neste caso, mantenha em geladeira por algumas horas antes de usar, isso dará mais firmeza aos quiturtes. Vai bem recheado carne seca ou de porco.

As vantagens não param por aí. O tubérculo que você encontra em versões branca, laranja ou roxa também é um queridinho dos chefs profissionais e dos cozinheiros que adoram se aventurar em novas produções culinárias. Com uma textura que se mantém

em bolos e pães, aliado ao dolçor que lhe é típico, a batata doce vai muito bem em pratos principais, petiscos, lanches e atés mesmo na confeitaria. Nesta edição, algumas receiras bem fáceis para se aproveitar o doce mais doce da deliciosa batata doce.

Pãezinhos de Bata Doce receita comum na internet _Ingredientes: • 200g de batata doce cozida • 2 colheres de polvilho doce • 1/2 colher de café de sal • 2 colheres de azeite _Preparo: Cozinhe a batata, escorra a água, descasque e amasse bem. Acrescente o azeite e o sal e misture bem. Adicione o polvilho e sove até virar uma massa homogênea. Se estiver muito mole, coloque um pouco mais de polvilho. Se quiser um pãozinho mais massudinho, faça bolinhas. Se preferir uma testura mais de biscoito, faça palitinhos. Asse por 30 a 40 minutos em forno pré aquecido a 170º. Você pode incluir sementes como chia na massa. Vai bem bo lanche e para acompanhar entradas e antepastos. Pode congelar enrolado em filme como na foto ao lado.

Bolo de Batata Doce receita de Aldine R. Manfrin _Ingredientes: • 500g de batata doce cozida • 3 ovos • 100g de coco ralado • 1 colher sopa de manteiga • 1 colher de chá de fermento em pó • 1/2 lata de leite condensado ou uma caixinha pequena (esse ingrediente pode ser substituído por 2 colheres de polvilho doce + 100ml de leite de coco + açúcar a gosto) • 1 pitadinha de sal _Preparo: Cozinhe a batata, escorra a água e retire a casaca. Amasse bem e acrecente os ovos. Mexa bem e acrescente o leite condensado e a manteiga. Mexa até ficar bem misturado e então adicione o coco ralado. Finalize acrescentando o fermento e mexendo bem. Coloque numa forma untada com manteiga e farinha. Asse em forno pré aquecido a 180º. Fica melhior como bolo de tabuleiro (forma baixa, do que em forma de buraco.


6 • agronegócio

+ meio ambiente

Santa Cruz clama por lei de proteção ao rio Pardo

360: A situação do rio Pardo inspira iniciativas em defesa de sua preservação sob pena do desabastecimento da cidade e agricultura local. Quais medidas a prefeitura está tomando nesse sentido? Diego: Em busca da melhor preservação de nosso Rio Pardo e afluentes, a prefeitura, em parceria com a ONG Rio Pardo Vivo, vem realizando o reflorestamento de áreas de preservação permanente (APP) de nascentes, ribeirões e do próprio rio. Além disso, contamos com a SABESP, que controla toda a distribuição de água no perímetro urbano. Já na zona rural, o responsável pelo consumo de água é o Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE), que regulamenta toda e qualquer ação de uso da água nas propriedades rurais. Saliento ainda que nos-so município, participa regularmente do Comitê de Bacias Hidrográficas do Médio Paranapanema (CBH-MP), onde são discutidas as melhores ações para a preservação dos rios da região. Informo também que a Prefeitura, através da Secretaria do Meio Ambiente, realiza campanhas de conscientização do uso racional da água, buscando evitar o desperdício desse bem tão necessário. 360: Foi dada ao governo pela ONG RIO PARDO Vivo uma solução muito barata e rápida para resolver o assoreamento do rio

adotar a respeito? Diego: Sim, e a prefeitura, através da patrulha agrícola, mantém um equipamento especifico para a construção de curvas de nível nas propriedades rurais. Além disso foi elaborado o Plano de Gerenciamento e Controle de Erosões do município, que permite identificar possíveis áreas com risco de erosão. Já no perímetro urbano foi implementado o espaço árvore, a fim de aumentar a área permeável nas calçadas. E também, para os novos loteamentos, a Secretaria de Planejamento Urbano e Obras exige em seus projetos, melhorias nas áreas voltadas ao meio ambiente, principalmente no quesito permeabilidade.

foto: acervo prefeitura Municipal de SCRPardo

Com sinais de queda no volume de águas, o Rio Pardo está na pauta das autoridades que podem agir em sua defesa. Entrevista exclusiva com Diego Singolani, prefeito de Sta. Cruz

* O prefeito de Santa Cruz do Rio Pardo Diego Singolani: compromisso com defesa das águas que abastecem o município, incluindo moradores, indústrias e agronegócio * causado há anos pela urbanização da chácara Peixe. Quando isso será resolvido? Diego: Cabe esclarecer que a solução não é rápida, tendo em vista a necessidade de retirada de grande quantidade de materiais que foram se alojando no local, e que, para a sua retirada, é necessária a elaboração de projeto e Licenciamento Ambiental junto a CETESB, órgão do Estado de São Paulo, responsável pelo Meio Ambiente. Saliento que o projeto para a retirados dos materiais está sendo desenvolvido junto com a ONG Rio Pardo Vivo. Ressalto ainda que o valor da execução dessa retirada, só poderá ser apurado apresentação do projeto.

360: Em dezembro a Câmara dos Vereadores realizou um evento onde foram apresentadas medidas para reparar os danos causados pelas barragens de Águas de Santa Bárbara e de Botucatu, além dos impactos causados pela permeabilidade do solo na área urbana e pelo desmatamento, irrigação e erosão do solo em áreas rurais. O senhor tomou conhecimento desse projeto? Se tomou, quais medidas pretende

360: Estamos num ano político e há um PL tramitando há anos na Alesp propondo a proteção do rio de obras de barragens. Porém não considera barramentos, CGHs e outras interferências no rio. O que o senhor acha do projeto e o que pretende fazer para que seja aprovado? Diego: Todos os projetos favoráveis a proteção do meio ambiente e principalmente do Rio Pardo, este prefeito é favorável, visto que há outras maneiras de obtenção de energia elétrica, como por exemplo, a energia fotovoltaica (solar). Com relação a aprovação da PL, estarei entrando em contato com o Dep. Ricardo Madalena, para maiores informações e esclarecimentos. 360: Apesar de constar em lei a adoção de calçadas ecológicas (com áreas verdes no


360: Também na revitalização de praças, como a dos Expedicionários, que contempla até a presença de food truck, por que não aparece no projeto divulgado a inserção da permeabilização do solo e plantio árvores nativas, já que conceitual ente praças são espaços onde deve prevalecer a arborização? Diego: A arborização de grande porte torna-se inviável na Praça Cel. José Eugênio Ferreira, por se tratar de uma praça de pequeno porte, e que a mesma faz divisa com duas unidades escolares, podendo acarretar riscos aos alunos e munícipes. Em seu projeto, a praça conta com área permeável, onde serão plantadas espécies ornamentais, vi-

foto: OKNG RIO Pardo VIVO

nível do calçamento, a PMSCRP exibe revitalização de calçadas, como a do posto de saúde da avenida Tiradentes, totalmente impermeabilizada. A prefeitura sabe da necessidade de aumentar a permeabilidade do solo em área urbana? Se sabe, porque não está adotando essa prática? Diego: Conforme relatado anteriormente, a prefeitura tem implantado o espaço árvore nas calçadas dos prédios públicos municipais, visando maior permeabilidade do solo. Além disso, a Secretaria de Planejamento Urbano e Obras, vem exigindo das loteadoras, para que os novos loteamentos apresentem melhorias quanto à permeabilidade do solo, juntamente a demais ações para melhor preservação do meio ambiente.

melhores formas de ação para que o Projeto de Lei que visa a preservação do Rio Pardo possa ser aprovado ainda este ano.

* Assoreamento do rio Pardo em Santa Cruz, causado por entulho gerado décadas atrás, durante urbanização da Chácara Peixe. Problema prestes a ser solucionado * sando melhor aspecto paisagístico do local e alguns espaços árvores. 360: Nas ações e projetos citadas pela prefeitura que estão sendo realizados em parceria com a ONG Rio PARDO Vivo quais as ações de responsabilidade da prefeitura, em que pé estão e qual o investimento que está sendo feito? Diego: Junto à ONG Rio Pardo Vivo, a prefeitura vem realizando diversos projetos, como o Projeto Nascentes, Programa Santa Cruz + Verde, Nascente Modelo, sendo a maior parte do investimento em fornecimento de mudas e em mão de obra, para o cuidado das mudas que chegam pequenas em nosso viveiro municipal, até sua saída em porte apropriado para o seu plantio em APPs, áreas rurais e calçamento urbano. 360: No âmbito político como o Rio Pardo aparece na pauta do prefeito junto à Alesp e ao governo do Estado? Favor informar ano passado e previsão deste ano.

Parabéns, Santa Cruz do Rio Pardo!

Orgulho temos em dizer que somos uma empresa genuinamente

santa-cruzense!

Diego: O Projeto de Lei n° 124/2019, de autoria do nosso deputado Ricardo Madalena, que dispõe sobre a proibição de construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas - PCH, no Rio Pardo, vem sendo acompanho por este prefeito e, unindo forças com o nosso deputado, pretendo me empenhar para que se torne uma realidade. 360: Estamos num ano político, crucial pela urgência e oportuno, pelo interesse dos candidatos às eleições, para se aprovar uma lei que garanta a preservação do rio pardo em seu estado atual, sem interferências como barragens. Como o governo de SCruz pretende agir para que essa lei seja aprovada? Diego: Estamos em contato direto com o Dep. Ricardo Madalena, a fim de buscar as

360: O projeto apresentado pelo Prof. Pirolli é de seu conhecimento? Ele prevê a união de municípios para legalização da proteção do rio Pardo. Quais ações já foram tomadas nesse sentido? Diego: Buscando colocar o projeto do Prof. Pirolli em prática, estamos trabalhando juntamente ao Comitê de Bacias Hidrográficas, e demais municípios com o objetivo de unir forças para a preservação do Rio Pardo. 360: Santa Cruz tem se mantido à frente da luta pela preservação do Rio Pardo, tendo inclusive produzido um abaixo assinado contra interferências no curso do rio que soma mais de 40 mil assinatura s. Como a atual adm pretende agir dentro desse contexto de liderança? Diego: Pretendemos seguir na liderança, sempre mantendo a parceria com a ONG e também promover discussões. A ideia é que possamos viabilizar uma Conferência exclusiva sobre questões relacionadas ao nosso Rio Pardo, agregando na região e proporcionando trocas em diversas frentes.


8 • cidadania

Empresa promove voluntariado e consciência ambiental Criados pela Special Dog através de seu Centro Cultural e departamento de Sustentabilidade, os projetos “Mãos que Cuidam” e “Arte Circular” apostam na costura para ajuda comunitária e desenvolvimento profissional da comunidade com o programa, criado a partir de uma ação de apoio à comunidade e mantido por mais de 150 doadores, entre pessoas e empresas. “As bolsas simbolizam o pertencimento do programa às crianças, afinal, tudo é feito pensando no bem estar delas”, afirma a coordemadora.

foto: Flávia Rocha | 360.

Aprovação de ponta a ponta – A produção das ecobolsas da Vaquinha do Alimento ganharam grande aprovação, tanto das costureiras, como das crianças e jovens que receberam a novidade na edição de janeiro do evento, passando pelos executivos da Special Dog e membros do programa de inclusão alimentar.

Idealizado pelo CEO da empresa, Erik Manfrim, o projeto Mãos que Cuidam continua suas atividades este ano, completando o trabalho para a Vaquinha do Alimento com mais 200 ecobolsas e se mantendo aberto a novas demandas da comunidade. “As bolsas estão sendo produzidas em parceria com o departamento de Sustentabilidade da empresa, seguindo o conceito de um outro projeto que inciamos há mais de dois anos, o Arte Circular, que prevê a confecção de produtos da linha pet a partir da reci- * Acima, voluntárias do projeto Mãos que clagem de materiais usados na fábrica”, Cuidam mostram as ecobolsas da Vaquinha explica Juliana Pereira Manfrim, gerente do Alimento, que foram distribuídas para crianças a partir de 6 anos, enquanto as do Centro Cultural Special Dog. Segundo Juliana, além do caráter sustentável, o Arte Circular é um projeto profissionalizante, que tem ainda o objetivo de geração de renda para as participantes, que comercializam os produtos. “Elas recebem apoio de consultores em todo o processo. Da produção à comercialização das peças”, diz Juliana. O sucesso da iniciativa levou a empresa a abrir uma segunda turma para 2022. “Quem tiver interesse em participar, deve procurar o Centro Cultura Special Dog”, avisa Juliana. Cidadania sustentável – O ponto mais interessante dos projetos mantidos pelo Centro Cultural Special Dog reside na disseminação de práticas sustentáveis aliadas ao trabalho voluntário. As ecobolsas criadas para a Vaquinha do Alimento, por exemplo, são produzidas a partir de uniformes da fábrica, que são

menores ficaram com sacolas da linha Snoopy-Garfield, da Special Dog. À direita, Flávia, coordenadora da Vaquinha do Alimento, agradece a gerente do Centro Cultural Special Dog, Juliana Manfrim * de tecido resistente de algodão. Depois de prontas, são customizadas pela Blenda Confecções, que firmou parceria com a Special Dog para esta ação. No total, serão 400 unidades produzidas pelo projeto e doadas integralmente às crianças e adolescentes da Vila Divineia que participam da Vaquinha do Alimento. A distribuição das ecobolsas, seguirá uma ordem de assiduidade dos participantes nos eventos de distribuição de alimentos realizados a cada 4 ou 5 semanas e vem substituir o uso de caixas doadas pela Special Dog para a montagem dos kits. “Desde o ano passado,

No campo do voluntariado, toda ajuda à comunidade, das máscaras às ecobolsas, garantem grande satistação às volunfoto: Bruno de Marchi | especial para VAL

Foram mais de 30 mil máscaras produzidas ao longo de 2020 e distribuídas higienizadas e embaladas em kits para crianças e adultos de Santa Cruz do Rio Pardo, além de dezeas de jogos de lençois para a Santa Casa da cidade no primeiro semestre do ano passado e 216 ecobolsas para o programa de inclusão alimentar Vaquinha do Alimento, até o final de 2021. Com esse grande volume de produção, o projeto Mãos que Cuidam, que reúne costureiras em ação voluntária para causas comunitárias, se estabeleceu em Santa Cruz, somando mais de 55 mulheres, entre costureiras profissionais, alunas e ex-alunas do curso de costura do Centro Cultural Special Dog, que coordena e abriga o projeto em suas instalações.

quando o número de crianças saltou de 120 para mais de 400 inscritos, foi necessário adotar caixas para montar os kits, já que tinham que ser transportados para a entrega. Em outubro do ano passado, com a adesão da prefeitura do município à Vaquinha do Alimento através da cessão de espaço para sua realização em uma unidade do CRAS, pudemos finalmente solicitar à empresa a troca das caixas por ecobolsas, que além de mais sustentáveis, são mais práticas para as crianças carregarem os alimentos até a sua casa”, explica Flávia Manfrin, coordenadora da Vaquinha do Alimento.

tárias do Mãos que Cuidam. “Adoro estar ajudando com as pessoas. Mexer com as mãos é mexer com o cérebro. É muito bom fazer algo em benefício próprio às outras pessoas”, diz Suely Cecílio. “Para mim é um privilégio. Me sinto honrada de participar, tem toda uma estrutura por trás de tudo: professora, máquinas, material, durante a pandemia tudo foi levado para nossas casas, as aulas eram virtuais. Me sinto muito agradecida por essa oportunidade de ajudar as pessoas”, afirma Camem Lucia Parmegiani Pimentel.

Segundo Flávia, as escobolsas também estreitam o vínculo das crianças e jovens

Rita de Cássia Xavier da Silveira Benito confirma a opinião das colegas de voluntariado: “Eu gosto muito de ajudar, sou


Arte Circular: participe foto: Bruno de Marchi | especial para VAL

Aberto a qualquer pessoa interessada em aprender costura e empreendedorismo, o projeto Arte Circular, promovido pelo Centro Cultural Special Dog, está formando sua segunda turma este ano.

da Rede do Câncer há muitos anos. E gosto muito de estar aqui, porque o Centro Cultural nos dá um apoio muito grande”, afirma. “Eu amo esse programa. Sempre que posso estou aqui ajudando”, garante a voluntária Ercília Gazola.

As peças são comercializadas e o lucro é destinado às costureiras, que aprendem também a estimar custos, preços de vendas e técnicas de comercialização. Contato: no Centro Cultural Special Dog Recém chegada ao grupo, Poliana Dardes de Souza demonstra grande entusiasmo. “Faz duas semanas que iniciei aqui no projeto e é totalmente diferente do que eu estava acostumada. Estou muito feliz”, garante. Maria Luiza Cardoso, a Marô, também participa com muita disposição. “Estou muito contente de estar ajudando e podendo fazer algo pelos outros, ainda mais pelas crianças.”

foto: Bruno de Marchi | especial para VAL

fotos: Bruno de Marchi

* As crianças e jovens que participam da Vaquinha do Alimento aprovaram as ecobolsas produzidas pelo projeto Mãos que Cuidam. À esquerda, Lauane Aparecida da Silva, acima Ketlyn Caroline e Luiz Gabriel da Silva Pontes e abaixo Nahuany Gabriele Pereira dos Santos e a irmã mais nova, Nataliy Victória Fraga dos Santos. Todos preferem as bolsas às caixas*

A proposta é utilizar materiais recicláveis da fábrica da Special Dog para confecção de produtos para cães e gatos, constituindo uma linha pet de conforto e diversão.

* Mais fáceis de carregar e com alças para transpassar pelo corpo, distribuindo o peso, as ecobolsas têm tamanho e resistência suficientes o farto kit da Vaquinha do Alimento *

Há quem veja no voluntariado também uma terapia. “É uma benção, Para mim fez muito bem. Eu tomava medicamento e isso é uma terapia, você se sentir útil, você ajudar. Porque é isso que Deus quer, que você se doe. Estou amando fazer parte dessa família Special Dog”, avalia Marineusa Gesso Barreto. A costura também motiva o grupo, caso de Natália Covolan Nicolini Marques: “Eu queria aprender a costurar, cou filha de costureita, mas nunca aprendi. Mas aí fiquei sabendo desse projeto, do trabalho para a Vaquinha do Alimento, achei muito lindo. Poder ajudar os outros é a melhor coisa que tem.” “Cheguei aqui querendo costurar. Aí conheci o Mãos que cuidam e estou gostando muito de aprender e ajudar”, diz Janete Nilda Cavalcanti Trogilo. “Eu sempre gostei de trabalhos voluntários e de poder ajudar quem está precisando”, agfirma Simone Nishimura da Silva Cunha. “Participar desse projeto é muito prazeroso, me sinto muito feliz em poder ajudar”, completa Lucinda Maria Paisani Romualdo.


10 • meninada

Um dia no shopping Chove, que chove, Alvinho olha para o céu e lá vem outra nuvem escurinha de chuva. Pingo, hoje é dia de ir ao Shopping! Aquele piso lisinho, brilhante, friozinho foi um presente, um carinho para as almofadinhas das patas do Pingo que caminhava garboso em meio a luminosos coloridos, pessoas e também alguns cachorrinhos com fitinhas, roupinhas que ele achou um pouco exageradas. Depois de muito andar e gostar sentiu falta de um arte: Sabato escorregador enorme com um belo Visconti osso na chegada à sua espera e latiu duas vezes para Alvinho. Quieto, Pingo, estamos em um Shopping! Você, por acaso, quer fazer compras? Pingo latiu de novo, dessa vez bravo, mas logo acalmou-se voltando a sonhar que estava deslizando escorregador abaixo prestes a abocanhar aquele osso delicioso. Au! Au! Alvinho olhou assustado para o Pingo latindo feliz e pensou: acho que nos Shoppings até os cachorros sonham. Pingo latiu pela quarta vez feliz por Alvinho ser tão sabido.

CORES & NOMES

AMARELO - ÂMBAR - ANA - ANIL - AZUL - BEGE - BORDÔ - BRANCO - BRONZE - CÁQUI - CARLOS - CARAMELO - CARMIM - CARMIM - CASTANHO - CHOCOLATE - CINZA - CLARA - COBRE - CORAL - CREME - DALVA - DORA - DOURADO - ÉBANO - ELZA - ESCARLATE - ESMERALDA - FERRUGEM FÚCSIA - GRENÁ - HELENA - HORTÊNSIA - ÍNDIGO - JADE - JAMBO - JANE - JOANA - JOÃO JOAQUIM - JOSÉ - LARANJA - LILÁS - LÍVIA - LUIZ - MAGENTA - MARFIM - MARIA - MARROM - MOSTARDA - OCRE - OLIVA - OSMAR - PARDO - PAULO - PEDRO - PÊSSEGO - PRATEADO PRETO PÚRPURA - ROSA - RÔXO - RUI -SALMÃO - SÉPIA - SOFIA - SULFERINO TERRACOTA - TOMATE - TURQUESA - URUCUM - UVA - VERA - VERDE - VERMELHO - VIOLETA

J E T A L O C O H C F O G J P C L F I

S A R I C I U Q A O J H L R O R D E P

A T N P M M I F D I R O E U E G O R R

R O A E B A E A V B G T Ã Q A N R R V

U M O S T A R D A R O R E O R P A U H

P A U S E U G I R A B M A N A B E G E

R T I C O C R E A N R A H E S E T E L

U E S D U I U Q A C U G N C R I D M E

P F O B O R D O U O I E I I O A A C N

Ç Ã L A R I U J Ã E H N S B L R N I A

T H R E N O E C Ç A S T D V F O A Ç B

M C A S T A N H O A I A A I A R A L C

E I C C U E O Z M M J V M V G V G H A

N S M A Q M R J E A Ç A I O I O J E R

A C A R M E M O T R Ã L D L R A S O L

O A D L A R E M S E O H L E M R E V O

J E O A H C F Ã R L R I P B A B A I S

O G L T V L B O E O T R O E A I O M O

S S E E I E D B X C S O A N S R F Ç G

E B M L V A Z U L O F A O C I S Ã O E

F D A A E C Ã H U D R Q U S O C E U S

O S R T R J O N I R E F L U S T R G S

L C A E A A L B Z A N A J N A R A L O

H R C Q V I A S R P R O Ã M L A S U Z

P N G U B T S A T E L O I V O E Z G I


11 • bem

viver

Viver sem dívidas faz bem para a saúde física e mental O endividamento nocivo, criado pelo consumo excessivo ou além de nossa capacidade de compra compromete a qualidade de vida de qualquer pessoa Mesmo que você não ligue muito para cobrança, dever não fará bem para sua saúde. Além de compro-meter a qualidade do sono, preocupações e tensões causadas pelo endividamento podem resultar em muitas doenças, como úlceras, cefaleias, refluxo, urticária, entre outras. Isso sem falar das doenças emocionais, que podem ir de um simples desânimo e apatia à depressão e pensamentos suicidas, ainda mais quando o nosso nome entra para a lista de devedores, ou seja, o cadastro de inadimplência das instituições. Um dos agravantes, aliás, são os sistemas de cobranças de empresas que ficam como urubus em busca de quem passa por uma situação de inadimplência. São telefonemas e mensagens que esgotam a qualidade de vida diária, afinal, o nosso estado emocional reflete no organismo e se a situação é constante, vai minando nossa saúde física e mental.

Imagens: canva.com

Evite comprar muita quantidade dos itens básicos. A não ser que isso signifique economia a curto prazo.

Aproveite também o que há no congelador antes de comprar novos alimentos. E como evitar o endividamento num ce- Uma geladeira mais vazia é mais útil, nário onde somos impelidos ao consumo saudável e econômica. desenfreado, às compras parceladas e aos créditos a juros altos, fáceis de contratar, Compras extras: Evite a qualquer custo tudo o que não é urgente. Nem roupas, mas duros de pagar? nem eletrodomésticos, nem nada. E muiFoi o que fomos perguntar à nossa colu- to menos trocar o celular por um modelo nista Angela Nunes, que todos os meses novo. Lembre, isso não é necessário! colabora conosco com sua série “Mapa da Mina”, trazendo a cada edição (exceto Assinaturas: esta) um novo capítulo ensinando o leitor Wi-Fi: reveja seus gastos mensais com a lidar melhor com suas finanças. Veja assinaturas de wi-fi (se já tiver cumprido o prazo de contrato, procure outra que como agir: ofereça descontos por um período e sem Cartão de Crédito: Se você não con- taxas de instalação). No caso de canais de segue controlar seus gastos pelo cartão, streem, avalie se precisa de mais de um. reduza o limite. Pelo menos enquanto es- Você pode aproveitar a programação de um deles apenas, pelo menos até saldar tiver com dívidas. seus débitos. Evite comprar parcelado no cartão, pois isso faz com que você ache tu-do fácil de Serviços: Caso pague pagar, por-que ilude a gente que a parcela provedorde e-mail, “cabe no bolso”. Só que quan-do somar celular pré-pago e todas as parcelas de cada mês, notará que espaços on line paestá com o orçamento comprometido e, o ra sites, verifique se pode reduzir valores que é pior, a longo prazo. contratuais consultanMuito importante: pague a fatura pelo do as promoções vigentes. Muitas vezes o valor valor total, NUNCA pelo valor mínimo. de mensalidades de contratos antigos são bem maiores Compras habituais: que os das promoções Olhe bem a sua despenatuais. Negocie. sa e geladeira antes de ir às compras. Faça uma lista do que é realmente necessário e se restrinja a ela. Não compre nada por impulso.

Bancos: Tarifas: avalie todas as tarifas que você paga e converse com o seu gerente. Há bancos virtuais que têm tarifa ZERO. Ou seja, não cobram nada.

Compras on line: compare os preços com e sem frete grátis. Muitas vezes, o valor do frete está embutido no produto. Compre só estritamente necessário e à vista.

Empréstimos: muita atenção às taxas de empréstimos. Antes de contratar, verifique todas as possibilidades e aguarde um dia. Sempre aparecem opções mais em conta. Procure fazer o mínimo de parcelas possível para que os juros sejam menores e você se livre mais rápido desse pagamento.

Serviços: avalie se você precisa contratar por todos os serviços que costuma pagar para terceiros, como pequenos consertos, limpeza entre outros.

Controle: coloque num caderno ou numa planilha todos os seus gastos fixos e aqueles eventuais que estão sendo pagos através de parcelamentos. Isso lhe dará a Saúde e Estética segurança de saber para onde seu dinAtividade física: Avalie sua rotina de ativi- heiro vai e até quando terá que fazer redade física paga, verifique quanto ela pode strições para sair da situação de devedor. significar e economia até que você zere suas dívidas. Há uma infinidade de aulas Reserva: Reserve 10%.e todo dinheiro on line e atividades presenciais que passar pela sua mão (salário, ajuda gratuitas (corrida, caminhada e familiar, presente) Isso não vai dimiacademias de praças) que ponuir o poder de compra desse dem ser úteis para você se dinheiro, mas vai significar manter ativo sem gastar. uma reserva para despesas imprevistas ou para Beleza: opte por produtos a compra de produtos mais baratos para pele e cabequando tiver o suficiente los. Avalie se precisa ir todas as separa pagar por eles à vista. manas ao salão, se pode espaçar as visitas da manicure. E deixe proNegocie: não tenha vergonha de pecedimentos mais caro para quando dir descontos. O comércio funciona na você tiver dinheiro na carteira. O base da pechincha, desde quando não mesmo vale para produtos e havia dinheiro, mas apenas troca de serviços de maquiagem. produtos. Quem não chora, não mama. Roupas e acessórios: não compre nada até que você tenha dinheiro sobrando. Se você gosta de variar as roupas, revisite o seu guarda roupa e use a criatividade para fazer looks novos “misturando” as peças de forma diferente. Talvez você nem se lembre de peças que quase nunca usa, quase esquecidas… Esqueça a “moda do momento”, quem dita a sua moda, é você! Medicamentos: consulte os sites de vendas e avalie os preços dos remédios sempre considerando a opção de genéricos. Avalie o valor de caixas com mais quantidade quando se tratar de medicamentos de uso frequente e a compra conjunta de vários itens para garantir frete grátis!


Jornal 360 • Gostoso de Ler


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