jornal360_ed.190_novembro2021

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foto: acervo pessoal Lucilena de Oliveira

acontece_ Mais um alerta sobre a importância da vacina para que possamos viver com mais liberdade e saúde •p3 gastronomia_ Receitas que levam água de cozimento do macarrão, ingrediente cada vez mais presente e sem custo •p6

agronegócio_Avaré sedia o primeiro Empretec Rural do Estado de São Paulo com grande sucesso de público. •p12

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nº190 ANO 16

Novembro21

Grátis!

Rio Pardo ganha projeto que pode alimentá-lo de água Especial SOS Rio Pardo Vivo traz o projeto em detalhes e ocupa as páginas centras desta edição •p6 Edson Luís Piroli

Circulação Mensal: 3 mil exemplares Distribuição: • Águas de Santa Bárbara • Areiópolis • Assis • Avaré • Bernardino de Campos • Botucatu • Cândido Mota • Canitar • Cerqueira César • Chavantes • Espírito Santo do Turvo • Fartura • Ibirarema • Ipaussu • Manduri • Óleo • Ourinhos • Palmital • Pardinho • Piraju • Santa Cruz do Rio Pardo • São Manuel • São Pedro do Turvo •Timburi Rodovias: • Graal Estação Kafé • RodoServ • RodoStar Versão On line:

Jornal 360

É assim, com água em abundância e cercado de mata nativa, que o proteja de assoreamentos, que um rio precisa ser preservado. É dele que fazemos uso para nossa vida.

Nada existe sem água. Nem prosperidade, nem cidade. Nem negócio, muito menos lucro. Não há saúde, nem qualidade vida se não tivermos água em abundância.

É da água que tiramos todo o nosso sustento. Ela é essencial a tudo que fazemos e temos em nossa rotina, em nossa casa em nossos sonhos. Sem, não há nada. Muito menos, vida.

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Centenas de pessoas ainda morrem de Covid todos os dias Use Máscara! Vacine-se!


2 • editorial

Participar

Do latim participare, e de participatio, participação. Etimologicamente, vem de capio, capere, que dá cipere e de partis, parte, parte cipere, sinônimo de recipere. Em seu sentido etimológico, participar é receber de outrem algo. Siginifica compartilhar; fazer parte de; partilhar; unir-se por uma razão, um sentimento, uma opinião etc.; possuir ou expressar características, particularidades comuns; comunicar; tornar público e conhecido; passar a saber. Nem sempre podemos nos omitir. Muito menos decidir pensando apenas em nós. O coletivo se impõe em muitas situações. Geralmente por ordem de saúde, outras de segurança. Ou sobrevivência. Nesses casos, não importam nossas ideologias, nossas crenças, nossas predileções e tampouco nossa escolha. Nesses casos, o coletivo deve prevalecer ao individual. Mesmo que isso possa ser compreendido como uma invasão à privacidade ou ao direito de escolha de um mundo democrático. Exemplos claros e justos para situações onde o coletivo deve preponderar sobre o individual estão aqui, nesta edição. Um deles com grande destaque, na forma de um encarte de quatro páginas que, aliás, tem vida e tiragem próprias: são 5 mil exemplares (o dobro da quantidade do jornal completo) para que todos, em toda a região, possam ser informados da situação crítica, alarmante e perigosa que está se apresentando de forma gradual e constante em Ourinhos e Santa Cruz do Rio Pardo: o comprometimento do abastecimento de água devido à queda constante e elevada no volume de águas do rio Pardo. SOS Rio Pardo Vivo está sendo produzido pela terceira vez como um encarte independente, com identidade visual própria, sempre tendo o jornal 360 como agente de sua produção e distribuição. A questão, que tende a se agravar e poderá causar problemas não apenas ao abastecimento urbano, como também de empresas e do agronegócio, especialmente a médio e longo prazos, por sorte, por conhecimento e por esforço de pessoas que colocam o coletivo acima da vida pessoal, tem como ser solucionada. E as medidas estão apresentadas na edição de SOS Rio Pardo Vivo de nov/21, que excede em volume de dados, a seção MEIO AMBIENTE. Colocá-las em prática, no entanto, depende de uma atitude coletiva. Que reúna autoridades de todas as esferas, cidadãos de todas as atividades, órgãos de diversas naturezas e, muito importante, cidades. Toda essa abrangente e urgente questão será informada detalhadamente pelo autor do projeto “Manejo da Bacia do Rio Pardo para Produção de Água”, o Prof. Dr. Edson Luís Piroli, um grande estudioso e pesquisador, que não poupa tempo, nem esforços para ajudar os moradores da região a salvarem o rio Pardo dos riscos que abatem sua preservação. Já apresentado em uma audiência pública realizada em Ourinhos no dia 8/11, o projeto será apresentado ao público também em Santa Cruz, como informa um anúncio que este periódico publica voluntariamente, assim como toda a imprensa local, que prontamente atendeu à demanda de um apoio coletivo de modo a mobilizar a popu-

Provérbios 3 VS 27

Ora ação!

“Não deixes de fazer bem a quem o merece, estando em tuas mãos a capacidade de fazê-lo.”

lação a comparecer à Câmara dos Vereadores de Santa Cruz no dia 29/11, às 19h00. O coletivo também se sobrepõe ao individual quando se trata de garantir a saúde pública. E apesar de todas as evidências que comprovam que a vacina contra a Covid-19 é a maneira mais rápida, segura e eficaz de estancar as mortes pela doença que assolou o mundo desde o ano passado, a ausência de cerca de 30 milhões de brasileiros aos postos de vacinação são sinal de que o assunto merece e precisa estar em nossa pauta, como vemos, mais uma vez na seção ACONTECE, onde temos concentrado a cobertura ao assunto, nesta edição, assinada pela colunista Fernanda Lira. A participação em grupo a uma nova fonte de conhecimento, dedicado aos produtores rurais, também é pauta no 360, com o lançamento do Empretec Rural em Avaré, entre 8 e 13/11, inaugurando no Estado de São Paulo a versão agro do curso de empreendedorismo aplicado no mundo todo, como vemos em AGRONEGÓCIO. Para completar, as colunas PONTO DE VISTA, onde esta editora assina um dos textos, e os sorteados do Concurso Seu Pet no 360 em MENINADA, além de fotos não premiadas que mostram o quando animais enchem nossas vidas dos melhores sentimentos humanos, transformando em foto legenda nossa seção BEM VIVER. Boa leitura! Flávia Rocha Manfrin | editora c/w: 1499846-0732 • 360@jornal360.com

e xpediente O jornal 360 é uma publicação mensal da eComunicação. Todos os direitos reservados. Tiragem: 3 mil exemplares. Distribuição gratuita. RedaçãoColaboradores: Flávia Rocha Manfrin ‹editora, diagrmadora e jornalista responsável | Mtb 21563›, André Andrade Santos e Paola Pegorer Manfrim ‹colaboradores›, José Mário Rocha de Andrade, Fernanda Lira e Angela Nunes ‹colunistas›, Sabato Visconti ‹ilustrador›, Odette Rocha Manfrin ‹receitas e separação›, Camila Jovanolli ‹transcrições e comercial›. Impressão: Fullgraphics. Artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. Endereço: R. Cel. Julio Marcondes Salgado, 147 - 18900-007 - Santa Cruz do Rio Par-do/SP • 360@jornal360.com • cel/whats: +551499846-0732 • 360_nº190/novembro2021


3 • acontece

Tomar a vacina contra a Covid

é respeitar a vida alheia hoje não é o Coronavírus que está provocando um novo surto da doença. São as pessoas que se negam a agir pelo coletivo e não por sua satisfação própria, que estão promovendo essa situação.

Fernanda Lira

Legal e social – Não à toa estabelecimentos, produtores de eventos, empresas e instituições passaram a exigir o comprovante de vacinação. Ele é a garantia de que muito pouco provavelmente você seja um agente promovedor da doença. Quem ainda não entendeu isso talvez deva refletir sobre a vida global, afinal, não somos sozinhos. Dependemos de muitas outras pessoas para vivermos. Mesmo aqueles que julgam que uma vida simples e natural, afastada, lhes dá esse direito, deve entender que não vive sozinho. Pode precisar de um médico, um dentista. E ainda, alguém pode precisar de você. Como atender a uma necessidade do outro sem estar vacinado?

O assunto já foi tratado aqui, mas infelizmente carece ser revalidado. Se hoje o número de mortes causada pela Covid-19 diminuiu significativamente, se o comércio reabriu, se os restaurantes estão funcionando quase que normalmente, se as aulas presenciais retornaram, se os hospitais têm vagas, se poucos chegam ao ponto de serem entubados e morrerem quando contaminados pelo coronavírus, devemos exclusivamente às vacinas. Sem elas, mesmo que todos se mantivessem firmes em cumprir os procedimentos básicos – usar máscaras, manter mãos higienizadas e distância uns dos outros – ainda estaríamos vivendo os dias sombrios que abalaram o ano de 2020 e boa parte de 2021.

fotos/art: Flávia Rocha | 360

Negar-se a tomar a vacina não significa apenas expor-se a um vírus que pode ser letal, mas também que você pouco se importa com os outros, inclusive com as pessoas que você ama

Nova onda epidêmica – Apesar da eficácia das vacinas, países da Europa estão alarmados e tomando medidas restritivas, como o lock down, em razão do aumento de número de casos. E a quê isso se deve? A pessoas. Aos milhões de pessoas espalhadas pelo mundo que usando motivos dos mais variados para não se vacinarem. Só não Brasil, a Sociedade Brasileira de Imunizações, estima que 30 milhões de brasileiros acima de 12 anos não com-

pareceram aos postos de vacinação. Um número expressivo e preocupante já que para ter um efeito realmente eficaz para todos, é importante que o índice de vacinação completa supere 90% da população Pessoas no lugar do vírus – Diante dessa teimosia irracional e desumana, que expõe pessoas que não querem adoecer e por isso se vacinaram, à ação do vírus, não é equivocado dizer que

* jornalista paulistana que adora o interior


4 • ponto

de vista

*José Mário Rocha de Andrade Nas décadas de 50 e 60 vivi minha infância e adolescência em Santa Cruz. Não havia piscina, não havia quadras poliesportivas, muito menos professores para nos ensinar a nadar, jogar futebol, basquete, vôlei e não havia pais para conversarmos sobre sexo e outras questões delicadas dessas idades.

Cuidar bem é preciso

essas ciências após os 50 anos. Na infância e adolescência aprendíamos com os meninos mais velhos, artistas, habilidosos e certamente estão hoje como eu, com os joelhos, a coluna danificados e ouvimos dos médicos: nesse estado não há cura, somente cuidados paliativos. Procure viver bem com os joelhos e a coluna que você tem.

Hoje, aos 70 anos, me pergunto: “com que joelhos quero chegar aos 80, quem sabe, 90 anos?” Com que cérebro, que desafios, como estar em boas condições para viver a vida de avô e encantar-se com as fantásticas mudanças que o mundo cria, ao invés de viver

*Flávia Rocha Manfrin Esqueça todo o glamour e sucesso que você acha que vive. Ele é pura ilusão. Se você ficar doente, poucos irão visitá-lo. Se a doença for neurológica, como o Alzheimer, menos ainda. E se você empobrecer, falir, ficar sem grana.... cairá no esquecimento. Infelizmente, é assim que funciona o nosso sistema social. Eu estranho muito tudo isso. Meu pai era um homem próspero. Ótimo homem de negócios, comprador e vendedor de fazendas, grãos, gado. Antes de fazer 60 anos, perdeu tudo que acumulou – e não era pouco –, no mercado financeiro. Não perdeu somente sua pequena fortuna. Perdeu os amigos também. Os parceiros de negócios sumiram. Ele pirou. Literalmente. Não demorou muito para ser diagnosticado com Alzheimer. Ele só não ficou solitário e nem teve uma morte precoce porque casou-se com uma mulher extraordinária e soube educar as filhas. Nós três nunca o abandonamos. Muito pelo contrário. Ele se tornou o centro das atenções das nossas vidas e da vida de mamãe, até seu último dia na terra, aos 89 anos. Eu sei o quanto isso é raro. Lembro de um amigo, que queria muito me namorar, quando eu morava em São Paulo. O belo e talentoso fotógrafo, como eu, era do interior. Não

somente de repetidas lembranças antigas? Mamãe, aos 93 anos, vive com a doença de Alzheimer há 12. Tia Odette, sua irmã, tem os joelhos danificados, mas sua cabeça continua jovem graças ao seu bom coração, sua religião, sua família, sua fantástica determinação.

chamada Fisioterapia, outra chamada Nutrição, essenciais para que o nosso esqueleto funcione bem aos cem, essenciais para termos hábitos saudáveis. Nossas articulações pedem músculos bons e competentes, sofrem danos irreversíveis com excesso de peso, com posturas e exercícios praticados de forma errada.

Há uma ciência chamada Ergonomia, outra

Sou de uma geração que somente encontrou

Cuidar bem é preciso, desde cedo, mas com orientação profissional, afinal, essa nova geração encontrará uma medicina daqui a 40 anos quase que fazendo milagres com o avanço inexorável da tecnologia. Um amigo médico, que trabalha em um hospital que atende pacientes que sofrem acidentes graves, cont assim: “a pessoa leva várias facadas, tiros, operamos, cuidamos e a pessoa não morre”. Completa com muito bom humor: “olha, Zé, hoje está difícil morrer”. Lição de todos os dias: aprenda e siga a orientação dos profissionais, ouça a ciência, mas, nada disso funcionará se não seguirmos a lição maior que o exemplo da tia Odette ensina. Viva com amor, com generosidade, com alegria, exercite sua fé, sua determinação, afinal, viver é uma arte e é uma luta do dia a dia. *médico santa-cruzense radicado em Campinas

Não somos NADA

lembro a cidade. Enquanto eu não deixava passar um mês sem ver meus pais, ele somava anos de ausência junto à sua família. falava dos pais com uma indiferença que jamais me cativaria. Lógico que não ganhou nem uma bicota. Muita gente hoje em dia vive de cuidar de pessoas idosas. É natural que esse mercado cresça. Afinal, vivemos muito mais tempo do que antes e consequentemente muita gente já “caducou”, como se dizia antigamente. E o

Quando fico sabendo dos maus tratos pelos quais passam tantos idosos fragilizados pela demência, concluo que quero ser levada a um asilo, um lar para idosos, caso isso me ocorra. Parece mais seguro de ser tratada de maneira coletiva, onde se mantém a dignidade. Esta tese me leva a outro ponto que justifica o título deste artigo: serviços públicos podem ser melhores que particulares.Não fosse o SUS, o que teria sido de todos nessa epidemia? Não fossem os lares de idosos, quantos estariam sendo maltratados?

imagem: instragram de Michel Teló

O ensino de hoje vive um dilema: ensinar os jovens, sem roubar-lhes a oportunidade de aprender por e com eles mesmos, mas há aprendizados essenciais que, obrigatoriamente devem ser ensinados por profissionais competentes.

Image by Victoria_Borodinova from Pixabay

Aprendíamos tudo com os meninos mais velhos, aprendi a nadar no rio Pardo depois de tomar muitos “caldos”, que eram perder o fundo do rio e quase nos afogarmos na água parda, aprendi a subir o rio nas canoas vermelhas do Clube Náutico com os varejões de bambu e o futebol observando e jogando com os craques jovens Edinho, Salibinha, Xexé e os “velhos” Bruno Saleme, Evaristo e a raça de papai.

que acontece? Além da ausência dos familiares, apesar da competência de muitos cuidadores, há a impaciência de tantos outros, de gente que acha que ali está num trabalho fácil. Só que não. Cuidar de um idoso, ainda mais se tiver problemas neurológicos ,exige uma grande capacidade prática e muita empatia, essa palavra tão atual que significa se colocar no lugar do outro e, portanto, agir em benefício dele.

O coletivo, sempre será melhor que o individual. Jesus ensinou que quando duas ou mais pessoas estivessem reunidas, ali estaria uma igreja. Ensinou também que devemos amar ao próximo como a nós mesmos. Isso significa multiplicarmos infinitamente e sem distinção, para todas as pessoas, aquilo que desejamos para nós. Porque, individualmente, não somos nada. Não existimos. E se nada somos, multiplicando esse zero que somos por todos, temos nada. entendeu?

*editora do Jornal 360


5 • finanças

o Mapa da

MINa

Por uma vida financeira mais tranquila! Olá, Pessoal! Hoje vou falar sobre um tema que prejudica todo mundo na caminhada no Mapa da Mina para o TESOURO do BEM ESTAR FINANCEIRO. O tema é INFLAÇÃO e como tentar proteger o seu orçamento dela! Angela Nunes

Aí está o tesouro: Capítulo 10 - inflação Inflação é o aumento no preço dos produtos - como a gasolina, o arroz, o material escolar – e também dos serviços - como a passagem de ônibus, o corte de cabelo, por exemplo. Os economistas gostam de definir a inflação como “o aumento generalizado dos preços dos produtos e serviços”.

Alerta: Como a gente viu na edição de setembro/21 não existem fórmulas mágicas de rentabilidades altas, no curto prazo e sem risco.

Essa perda de poder de compra está acontecendo no supermercado, na farmácia e por aí vai... esse é o efeito da inflação! Para poder acompanhar a inflação média das famílias, todo mês o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que é um órgão do Governo Federal, calcula e divulga a inflação oficial do Brasil que é medida por um índice chamado IPCA – Índice de Preço ao Consumidor Amplo. (Se você quiser saber mais sobre o IPCA, tem um vídeo muito legal do IBGE explicando sobre ele (www.youtube.com/watch?v=JVcDZOlIMBk). O engraçado é que muitas vezes, a gente pensa, “Nossa, as minhas despesas subiram muito mais do que a inflação que está sendo divulgada nos jornais”. Isso acontece porque temos a nossa inflação pessoal ou da família!

imagens: pixabay.com

Na prática, a inflação faz com que a gente acabe comprando menos coisas com o mesmo montante de dinheiro.

Novamente, como dizem os economistas: “a inflação faz com que a gente perca o poder de compra”. No nosso exemplo, perdemos o poder de comprar seis litros de gasolina.

jadora Financeira Certificada pela Planejar - Associação Brasileira de Planejadores Financeiros. Graduada em Ciências Econômicas pela UERJ, com Especialização em Psicologia Econômica. É Consultora e Administradora de Valores Mobiliários autorizada pela CVM e sócia da Moneyplan - Consultoria em Planejamento Financeiro e Educação Financeira. Membro do Conselho de Administração e do Comitê Executivo da Planejar - Associação Brasileira de Planejadores Financeiros, foi diretora do Banco Itamarati, da BCN Alliance Capital Management e do Banco BCN - Grupo Bradesco - e docente do Curso de Planejamento Financeiro do INSPER – Instituto de Ensino e Pesquisa. É também co-autora do livro “Planejamento Financeiro Pessoal e Gestão do Patrimônio – Fundamentos e Práticas”

• substitua produtos e serviços por outros mais baratos. Isso inclui plano de celular, internet, TV por assinatura; • evite qualquer tipo de desperdício, como de alimentos, energia, água e gás; • não deixe dinheiro parado na conta corrente ou “em baixo do colchão”. Invista o seu dinheiro! Mas preste atenção nos seus objetivos e perfil de investidor.

Apesar de se falar muito sobre inflação, é importante explicar um pouco sobre ela.

Para facilitar, vamos dar como exemplo um produto que está pesando muito na inflação deste ano, a gasolina. No início do ano, o preço da gasolina estava em torno de R$ 4,54 por litro e com R$ 100,00 a gente comprava de 21 litros. Atualmente, o preço do litro da gasolina está por volta de R$ 6,66 e, com os mesmos R$ 100,00, a gente passou a comprar só 15 litros... UAU... seis litros a menos.

Maria Angela de Azevedo Nunes, CFP®, Plane-

Como assim... inflação pessoal? Cada um de nós gasta o dinheiro de uma maneira diferente. Portanto, os preços dos itens que a gente e a nossa família consomem variam de forma diferente. Por exemplo: na composição do orçamento familiar, um casal jovem com filhos, em geral, tem uma despesa com educação mais expressiva. Enquanto um casal idoso, provavelmente, terá uma despesa maior com saúde. Isso faz com que cada família tenha um inflação diferente. A melhor maneira de acompanhar a nossa inflação pessoal ou familiar é através do nosso orçamento. Além de saber qual a nossa inflação pessoal, é importante a gente buscar administrar as nossas despesas para controlar o orçamento e não gastar mais do que podemos. Para isso, é fundamental a gente ficar ainda mais atento e agir para tentar minimizar o impacto da inflação. Para ajudar, algumas orientações: • pesquise preços antes de comprar. Quando a inflação está em alta, como tem acontecido atualmente, aumenta a possibilidade de ter diferença de preço dos produto nos diferentes vendedores (lojas, prestadores de serviços etc.); • negocie e peça descontos;

Vamos seguindo o MAPA DA MINA, lembrando que: • como todos nós estamos sentindo no bolso, a inflação está mais alta e reduzindo o nosso poder de compra. Fique atento para não prejudicar o seu orçamento! • uma vida mais simples é mais fácil de carregar!


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• gastronomia

Quando a água do cozimento é ingrediente Flávia Rocha Manfrin

Qualquer um sabe que macarrão se prepara fervendo água com sal. O que muitos ainda não descobriram é que essa água pode ser um ótimo ingrediente para dar cremosidade e molhos feitos, muitas vezes, à base de temperos, como a pimenta e alho, e acompanhamentos, como queijo ralado. A razão é exatamente o amido que se desprende da massa e fica na água, mais ou menos concentrado, dependendo da quantidade de água utilizada para o cozimento.

Nesta edição, trazemos três receitas de espaguete feitas com uso de água de cozimento. Todas simples, todas fáceis de fazer e todas deliciosas. Vale a pena dar atenção a dois pontos essenciais: quando usar gema, sempre desligar o fogo antes e evitar panelas muito grossas, que retêm demais o calor, pois a gema pode cozinhar e formar grumos, perdendo a cremosidade desejada. E salgar a água com sal grosso, em quantidade que a salgue sem excesso, mas o suficiente.

Caci & Pepe

Alho & Óleo

@dopaoaocaviar

@elianefariacozinha

receitas deFlávia Manfrin

_Ingredientes de cobertura fria: • 1,5 litro de água • casca de 1 limão siciliano • suco de 1 limão siciliano • 80g de queijo parmesão ou pecorino ralado fino • 200g de espaguete • 1 gema _Preparo: Retire a parte branca da casca do limão e coloque em água quente, tampe e desligue o fogo. Deixe por pelo menos 2h. Escorra e reserve (eu guardei na geladeira a água que sobrou e tenho usado sem problemas). Cozinhe o macarrão por 2 minutos no máximo. Transfira o macarrão para uma frigideira e adicione uma ou duas conchas da água de limão. Salpique sal e pimenta calabresa. Adicione mais água conforme necessário, adicione o suco do limão, manteiga o queijo. Desligue o fogo. Adicione a gema, mexa bem quente sobre as torradas e cubra com o parmesão frio. *O azeite que sobrar na panela pode ser usado depois tanto com pão frio quanto no preparo de uma massa. Estará delicioso!

fotos: Flávia Rocha | 360

Pasta Al Limone

_Ingredientes de cobertura fria: • 200g de espaguette • 150g de queijo pecorino ralado na hora • 1 colher ou mais de pimenta do reino em grão triturada • 1 colher (café) de manteiga em temperatura ambiente • 2 conchas de água do imagem referência: pesquisa Google cozimento da massa _Preparo: Ferva 1/3 da quantidade de água que você costuma usar para cozinhar o espaguete. A ideia é que ela concentre mais amido. Salgue com sal grosso e cozinhe o macarrão, retirando 3 minutos antes de ficar no ponto. Rale o queijo no ralo fino. Triture os grãos de pimenta. Use uma frigideira anti aderente. Aqueça e toste a pimenta. Acrescente então uma concha da água do cozimento do macarrão e mexa. Adicione o macarrão pré cozido. Mexa sempre. Antes de adicionar o queijo, misture-o com 1 concha da água do cozimento até ficar homogêneo. Vá acrescentando aos poucos à frigideira. Se quiser dar mais cremosidade, pode adicionar a manteiga, é opcional. Mexa até ficar bem cremoso e evite formar grumos. Sirva imediatamente.

_Ingredientes: • 160g de espaguete • 6 dentes de alho cortados de comprido • ½ cebola picadinha • 2 colheres de sopa de azeite • 1 colher de sobremesa de manteiga • 1 colher de sopa de salsinha fresca pitadinha _Preparo: Cozinhe o macarrão em pouca água salgada e retire 2 minutos antes de ficar al dente. Numa frigideira, aqueça o azeite e a manteiga. Adicione o alho e quando começar a querer dourar, adicione a cebola. Ela vai soltar água e isso é importante para evitar que o alho frite e fique com aquele gostinho amargo (que não sai mais da boca). Em seguida, adicione uma concha da água do cozimento do macarrão e deixe reduzir pele menos metade da água. Acrescente então o macarrão e mexa até reduzir toda a água. Acrescente então a salsinha. Sirva na horao & imagem referência: pesquisa Google


Rio Pardo chega ao mais baixo nível de água e pede socorro

Todos já sabem que o rio Pardo da nossa região abastece diretamente 15 municípios desde Pardinho, onde está sua nascente, até Salto Grande, quando deságua no rio Paranapanema. São 264 km percorrendo cidades como Botucatu, Iaras, Águas de Santa Bárbara, Óleo, Santa Cruz do Rio Pardo e Ourinhos. O volume de águas do rio Pardo, conforme ele vai seguindo seu trajeto, vem diminuindo progressivamente, reduzindo a capacidade de abastecimento principalmente das cidades mais distantes de Pardinho, como Santa Cruz e Ourinhos, que dependem exclusivamente dessa água para abastecimento urbano e rural. O projeto Planejamento, Gestão e Manejo Integrado da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo para Produção de Água e Segurança Hídrica foi elaborado para contornar a situação atual e enfrentar as evidentes interferências nas águas do rio Pardo, incluindo o represamento em Águas de Santa Bárbara, onde foi implantada uma PCH,e as que devem ocorrer em breve, especialmente em razão do reservatório que está sendo construído em Botucatu.

APOIO:

O autor do projeto é um grande estudioso e conhecedor do assunto, certamente a pessoa mais credenciada a traçar um cenário da situação do rio, suas causas e as soluções que podem impedir que as populações das cidades que dependem das águas do rio Pardo sofram com a falta de água e os problemas que dela decorrem, afinal, tanto a indústria como a agricultura dependem substancialmente da disponibilidade de água. Com títulos acadêmicos de elevado nível de conhecimento, Edson Luís Piroli*, possui muitos vínculos com o rio Pardo. Para começar, ele é professor, doutor e livre docente da UNESP, lecionando no campus de Ourinhos. Daí sua relação com a cidade, onde reside. É também autor do livro “Água: por uma nova relação”, obteve o título de livre docente por um trabalho feito diretamente com o rio Pardo e, desde 2012, atua voluntariamente junto ao Movimento Rio Pardo Vivo, criado para conscientizar a população da região, autoridades e órgãos fiscalizadores dos riscos que acometem a sustentabilidade do rio Pardo.

fotos: Edson Luís Piroli

Assoreamento do rio Pardo em Ourinhos, a cidade mais distante de sua nascente, que já está sofrendo as consequências do represamento do rio em Águas de Santa Bárbara. Fonte do abastecimento urbano, o rio Pardo tem apresentado níveis insuficientes para o bombeamento de água, como mostra foto abaixo

Redução alarmante da água — A queda no volume de águas do rio Pardo nessas duas cidades já é vista e sentida há cerca de um ano, especialmente em períodos de seca. Enquanto em Santa Cruz há pontos do rio onde as águas não cobrem seu fundo, impedindo o tráfego por meio de boias, canoas e caiaques, em Ourinhos essa queda já compromete o dia a dia dos moradores, que já sofrem com uma constante falta de água nas torneiras de suas casas e empresas. A situação tende a se agravar se não forem tomadas medidas urgentes em toda a extensão do rio Pardo, por isso, está sendo proposto um projeto de Manejo Integrado da Bacia do Rio Pardo.

O que vem a ser isso — Manejo significa colocar as mãos, manipular. Integrado significa conjunto, reunindo vários agentes e localidades. E bacia hidrográfica significa o conjunto de nascentes, riachos e pequenos rios que seguem até o rio Pardo alimentando suas águas. Então, o projeto propõe que cuidemos de garantir a existência e vitalidade de todas as nascentes, dos ribeirões, riachos e rios que alimentam o rio Pardo para garantir que ele continue com um volume de água suficiente para abastecer todos os municípios.

Especial SOS Rio Pardo Vivo - encarte da edição 190 do Jornal 360 [nov/2021]


Juntos podemos produ para salvar o R

Projeto prevendo ações em toda a extensão do rio Pardo pode solucionar a progressiva perda de capacidade de abastecimento de água dos municípios

Como é o projeto — O projeto elaborado pelo professor Piroli traz 22 medidas capazes de compensar as interferências que vêm sendo feitas no rio Pardo (anotadas na pág. 4 desta edição de SOS Rio Pardo Vivo). As ações contemplam desde as rotinas urbanas dos moraores até a revisão de projetos de instalação de PCHs e poços artesianos de grande volume e profundidade, para retirada de água a fim de abastecer indústrias e o agronegócio. Muito completo, o projeto traz ainda uma série de fontes de recursos para viabilizar as ações necessárias a serem tomadas em curto, médio e longo prazos. Quem vai cuidar disso — Todos devemos e podemos nos envolver nesse projeto, pois ele prevê desde a permeabilização da área urbana, incluindo áreas públicas, como praças, parques e calçadas, e áreas particulares, como empresas e residências. Também na gestão hídrica das empresas, especialmente das indústrias, torna-se necessário tomar medidas que garantam seu abastecimento de maneira sustentável. Ou seja, que não esgote a disponibilidade de água com o tempo. Nem que demande a criação de poços para suprir as faltas que forem aparecendo. À frente desse projeto, naturalmente, devem estar os prefeitos das cidades abastecidas pelo rio Pardo, afinal, são eles que podem definir e implantar ações que promovam a permeabilidade das cidades e também são eles que podem levar a instâncias superiores, a demanda de medidas que protejam e preservem as águas do rio Pardo de modo a sustentar as cidades sem previsão de queda em sua capacidade de abastecimento, ou seja, de forma sustentável. As razões — Muitas são as causas da queda no volume de águas do rio Pardo. Algumas vêm de longo prazo, como nossos maus hábitos de impermeabilizar a área urbana. Sejam em áreas públicas ou privadas, o calçamento por completo, sem espaço para que a água da chuva penetre no solo é um grande problema que pode ser facilmente solucionado, inclusive por meio de leis e ações de incentivo, como descontos nos impostos. Represas e barragens — Seja para gerar energia, como a PCH Ponte Branca, de Águas de Santa Bárbara, ou para garantir o

abastecimento local, caso do reservatório que está em obras na cidade e Botucatu, as barragens que causam o represamento dos rios são as principais causas de problemas no abastecimento. Sempre apresentadas como soluções para a coletividade, elas trazem em contrapartida um preço muito elevado para os moradores e gestores públicos, pois seu efeito é devastador e contínuo para a preservaçao ̃ das águas de um rio. No caso do Rio Pardo, que não tem um grande volume de água como tantos outros no Brasil, as barragens podem impedir que ele tenha fluxo suficiente para chegar a Salto Grande ou até mesmo a Ourinhos, se avaliarmos a situação a longo prazo. Agronegócio e indústrias — Muito utilizados no setor produtivo, os poços artesianos aparecem como vilões do abastecimento de água. A razão é simples: a sua incidência tem aumentado substancialmente. Ou seja, ao conceder licença para a perfuração de poços a fim de retirar água do lençol freático (que fica abaixo do leito do rio), os órgãos competentes avaliam apenas o pedido, deixando de considerar a totalidade já instalada numa região e sem monitorar e fiscalizar os volumes retirados. Essa prática, ampliada com o crescimento da atividade industrial e do uso da irrigação no agronegócio, que utilizam águas retiradas do leito do rio, de afluentes ou de represamentos, já causa efeitos visíveis no nível de água do rio Pardo e pode comprometer o aquífero Guarani, para onde toda a água infiltrada do solo segue, abastecendo rios e poços artesianos. Vale ressaltar, que o Aquífero Guarani é considerado um gigante de 1,2 milhões de km2, se estendendo por quatro países (Brasil, Ar-

APOIO:

gente, Para-guai e Uruguai. Porém, 90% da extração de suas águas ocorre em território brasileiro, sendo o Estado de São Paulo o maior usuário de suas águas através de poços artesianos, o que ocorre inclusive em épocas de seca, quando o aquífero não sofre recarga das águas das chuvas. Soluções — Ciente de que muitas da causas da queda do volume de águas do rio Pardo são irreversíveis, especialmente no caso das barragens, assim como da morosidade dos poderes públicos, especialmente no âmbito estadual e federal, adotarem medidas protetivas, o projeto Planejamento, gestão e manejo integrado da bacia hidrográfica do rio pardo para produçao ̃ de água e segurança hídrica contempla várias medidas que podem contornar a situação e garantir não apenas a recuperação do volume de águas, mas também a sustentabilidade do rio. Envolvimento de todos – Um dos pontos fundamentais do projeto é a integração de todos para executá-lo: municípios (autoridades dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário), moradores das áreas urbanas, empresários da indústria e do agronegócio e também agentes de mobilização social, como a imprensa, associações de classe e organizações não governamentais. Neste último grupo, merece destacar que o projeto já tem o apoio e envolvimento da ONG Rio Pardo Vivo, que há mais de uma década vem promovendo ações de mitigação da devastação do rio Pardo através de programas de recuperação de nascentes e de matas ciliares.

Acima, imagens das obras do as águas do rio Pardo têm um grande erosão na bacia do ri


uzir água 2010 Rio Pardo 2011

Cronologia da luta pela preservação do rio Pardo

• A população toma conhecimento dos projetos de PCHs no Rio Pardo. Começa o movimento em Santa Cruz do Rio para avaliar os riscos desses projetos para a cidade e para a região. • Sem a mesma força comunitária e uma base técnica que lhes desse suporte, as prefeituras de Águas de Santa Bárbara e Iaras apoiam os projetos e lhes concedem a Certidão de Uso de Solo. • Uma abrangente e longa reflexão toma conta de Santa Cruz e região. A ONG Rio Pardo Viveo assume importante liderança no movimento de conscientização da po-pulação e das autoridades.

2012

• Em meio às Audiências Públicas realizadas em Santa Cruz, um grupo de representantes do setor produtivo [produtores rurais e empresários], técnicos, ambientalistas, educadores e imprensa se forma e obtém apoio do executivo, do legislativo e da comunidade em defesa do rio. Nasce o movimento em defesa pelo Rio Pardo Vivo.

2013

• A Câmara Municipal de Santa Cruz e o Executivo aprovam com unanimidade uma lei proibindo barragens no rio Pardo dentro dos limites do município. A prefeitura não concede a Certidão de Uso de Solo ao projeto. Por essas medidas, a CETESB veta os três projetos propostos situados na cidade. • As empreiteiras entram com recurso e, apesar de derrubarem na justiça a lei municipal, os projetos não obtêm autorização da CETESB pela falta da Certidão de Uso de Solo. Apesar da negativa, o caso ainda tramita na justiça.

Imagem de satélite comprova que não houve reposiação da mata ciliar em torno da área alagada pela PCH Ponta Branca, em Águas de Santa Bárbara. Também a placa proibindo acesso às suas margens provam que o potencial para turismo indicado no projeto proposto aos munícipes, não se confirmou

o reservatório que está sendo construído em Botucatu, onde m volume bem menor, como aparece na foto, Abaixo área de o Pardo – Córrego da Onçae, Avaré

2014

• Com a situação contornada em Santa Cruz, a ONG Rio Pardo Vivo promove reuniões em Iaras e Águas de Santa Bárbara. Apesar de terem concedido documentos autorizando as obras, gestores e a população são informados a respeito da destruição que as barragens significam para os municípios, para a agricultura e para o meio ambiente. • Um Projeto de Lei preservando o rio Pardo é proposto à ALESP. • Em Águas de Santa Bárbara, um novo governo e o Legislativo apoiam o movimento e criam lei municipal proibindo as obras, a exemplo de Santa Cruz. Também julgada inconstitucional, a lei é derrubada. As autorizações pré existentes prevalecem e o município não consegue conter as obras. Começa o desmatamento em Águas de Santa Bárbara.

2015

• Diante do desmatamento sem precedentes em Águas de Santa Bárbara, um grande movimento é iniciado. Com a liderança do movimento pelo Rio Pardo Vivo e da ONG Rio Pardo Vivo e apoio do ambientalista Fabio Feldmann, voluntários promovem uma série de ações em São Paulo, Santa Cruz e Águas de Santa Bárbara, num intenso esforço para conter o desmatamento. Até que um processo movido pelo GAEMA obtém liminar judicial suspendendo o desmatamento e qualquer obra na área do rio Pardo. • A empreiteira recorre e a Justiça de São Paulo exige que o processo seja transferido para São Paulo, derrubando a liminar. As obras começam.

2016 2017

• Apesar de autorizadas, as obras ficam paradas em Águas de Santa Bárbara até que no final do ano, são retomadas. Enquanto a ação movida pelo GAEMA não avança na Justiça, membros do Movimento Rio Pardo Vivo buscam as intâncias cabíveis para conter o desmatamento.

• Uma nova batalha marca este período, com ações públicas e junto às autoridades. As visíveis irregu-laridades das obras da PCH Ponte Branca, em Águas de Santa Bárbara, são alvo de denúncias do Minis-tério Público junto aos órgãos fiscalizadores. A CETESB apura as irregularidades e aplica multas e embargos, estes, não cumpridos. •Enquanto isso, mais um Projeto de Lei preservando o rio Pardo é apresentado e aprovado na ALESP, mas aguarda votação como o anterior.

2018

• A situação é crítica para o rio Pardo. Enquanto as obras avançam a passos largos em Águas de Santa Bárbara, a presidência da ALESP mantém os PLs em banho-maria,numa atitude nada condizente com o dicurso ambientalista do governo e dos deputados. • A justiça também emperra o processo do GAEMA com artimanhas burocráticas e a CETESB permite o atraso no acerto de contas dos crimes ambientais cometidos nas obras. É como se não estive em risco um rio limpo de 264 km. A obra é financiada pelo governo de São Paulo.

2019

• A justiça de São Paulo julga o processo do GAEMA improcedente e o órgão recorre. Enquanto isso, a obra avança em Águas de Santa Bárbara. • Uma nova ameaça surge para o rio Pardo com um projeto criado pela prefeitura de Botucatu, prevendo a construção de um reservatório de água formado logo após a foz do rio, em Pardinho, para suprir possíveis déficits de abastecimento de água da cidade. Apesar dos alertas da ONG Rio Pardo Vivo, o projeto é aprovado pelos órgãos responsáveis.

2020

• As obras em Águas de Santa Bárbara são concluídas e o reservatório começa a ser formado, comprometendo o fluxo de água do rio Pardo • O processo 5009579-65.2018.4.03.6100 é julgado improcedente na Justiça Federal de São Paulo e o GAEMA recorre • Resíduos abaixo da barragem de Águas de Santa Bárbara assoreiam as margens do rio, diminuindo seu potencial de navegação • Sistemas de irrigação são autorizados a funcionar fazendo uso de água do lençol freático e das nascentes dos efluentes do rio Pardo e proliferam na região • O desmatamento contínuo de matas e florestas nativas interfere no biossistema e a região se depara com grave estiagem. • A ONG Rio Pardo Vivo promove reflorestamento das cabeceiras do rio Pardo. • O Movimento Rio Pardo Vivo promove uma expedição para avaliar a situação do rio nas áreas da barragem Ponte Branca e em Iaras.

2021

• A ONG Rio Pardo Vivo mantém sua atividade de revitalização das nascentes do rio Pardo, reflorestamento das matas ciliares, permeabilização das áreas urbanas e fomento à fauna das águas do rio • Os ambientalistas e estudiosos Luiz Carlos Cavalchuki (ONG Rio Pardo Vivo) e Edson Luís Piroli *(UNESP/OUR) fazem inspeção das águas e descobrem alternativa barata para solucionar a retirada de entulho que causa um assoreamento gigante nas águas do Pardo em Santa Cruz do Rio Pardo • Piroli elabora projeto que consta aqui.


Medidas para promover a recuperação do rio Pardo Ações Prioritárias: • Declaraçaõ de apoio dos municípios e de agentes públicos e privados ao ao projeto

Quem vai gerir — Parar gerir as ações aqui propostas, será criada uma Unidade Gestora do Projeto (UGP), que será coordenada pela UNESP e pela Rede Temática de Extensão em Águas (RTEA). A UGP será responsável por contratar e supervisionar o trabalho de empresas que farão o gerenciamento e a execução das etapas do projeto, conforme forem sendo obtidos recursos, dentro de cronogramas rígidos e monitoramento constante. Para que haja transparência na condção do projeto, a UGP será constituída por representantes dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente CONDEMAs), financiadores, Câmaras de Vereadores, Ministérios Públicos Federal e Estadual, comitês de assuntos hídricos que atuam na região (CBH-MP, do CBH-Paranapanema), grandes usuários da água (como indústrias e produtores rurais), ONGs, órgãos estaduais relacionados ao assunto, instituições de ensino, representantes da sociedade civil com atuação na defesa do rio Pardo e outras lideranças que venham a ser identificadas ao longo do desenvolvimento do projeto.

fotos: acervo pessoal e pesquisa de Edson Luís Piroli

• Recuperaçaõ das matas ciliares nas APPs (Áreas de Preservação Permanente) do rio Pardo e afluentes.

Acima e à esquerda, reposição de mata ciliar. Abaixo: plantio em palha direta, represinha rural, corredor de árvores, plantio em curvas; transformação de jardim; calçada, estacionamento e jardim ecológico fotos: Piroli

Quem vai bancar — Os recursos necessários para a execução do projeto representam, de fato, economia para os setores público e privado se considerarmos os custos e prejuízos que a falta de abastecimento hídrico possa vir a representar para os municípios. Por isso, a ideia é buscar recursos junto aos municípios, Estado, União, grandes usuários de água, como indústrias e agropecuária, além de agências de financiamento de projetos, fundações, e outras fontes que costumam financiar o desenvolvimento de ações ambientais atreladas à preservação dos recursos naturais prevendo sua sustentabilidade. *Edson Luís Piroli, autor do projeto Manejo da Bacia Hidrográfica para Produção de

Água, é Engenheiro Florestal, Mestre em Engenharia Agrícola, Dr. em Agronomia, Livre Docente em Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento, Prof. Credenciado no Programa de Pós-graduação da UNESP, Membro Titular do Comitê de Bacias do Médio Paranapanema, Membro Titular do Comitê Federal do Rio Paranapanema, Vice-presidente do COMDEMA (Conselho Municipal de Meio Ambiente de Ourinhos), Autor do livro “Água: por uma nova relação”, membro do Movimento pelo Rio Pardo Vivo

APOIO:

1• Inserção do rio pardo e de sua bacia hidrográfica nos currículos escolares dos municípios da área da bacia para informar de onde vem a água que bebemos 2• Recomposição das matas ciliares; 3• Plantio das reservas legais nas propriedades rurais (obrigatórias e incentivadas); 4• Terraceamento (curvas de nível) em áreas de produção agropecuárias; 5• Incentivo ao plantio direto; 6• Adequações nas drenagens urbanas; 7• Manejo das águas urbanas; 8• Coleta seletiva de resíduos solidos nas aáreas urbanas e rurais (ecopontos); 9• Compostagem de resíduos orgânicos; 10• Reuso de á guas servidas; 11• Adequação nas estradas rurais; 12•• Arborização de pastagens; 13• Incentivo à implantação de sistemas agroflorestais; 14• Incentivo à implantação de RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural); 15• Proteção à vegetação nativa existente; 16• Incentivo ao uso racional da água – principalmente nos sistemas de irrigação; 17• Criação de corredores ecológicos ligando APPs, reservas legais e Unidades de Conservação da bacia; 18• Apoio às ações do Programa Município Verde Azul e nas 10 diretivas nas quais os municipios concentram seus esforços para desenvolvimento da agenda ambiental (esgoto tratado, resíduos sólidos, biodiversidade, arborização urbana, educação ambiental, cidade sustentável, gestão das águas, qualidade do ar, estrutura ambiental e conselho ambiental); 19• Estabelecimento de parcerias e apoio a atividades de educação ambiental do CBH/CTEM 20• Criação de estrutura para apoio de parceiros na obtenção de recursos de programas públicos e privados 21• Pagamento aos produtores rurais participantes pelo serviço ambiental gerado; 22• Monitoramento dos resultados pela análise dos recursos hídricos e da biodiversidade da região.



12 • agronegócio

Avaré sedia primeiro Empretec Rural do Estado de São Paulo Com um grupo de 30 produtores rurais selecionados pelo sistema de credenciamento do Sebrae, o Empretec Rural, aconteceu entre 8 e 13 de novembro em Avaré, primeira cidade de Estado de São Paulo a promover a nova modalidade do reconhecido curso criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) com base no comportamento de empresários bem sucedidos de várias partes do mundo, que é aplicado em mais de 40 países há 25 anos, incluindo no Brasil, onde é realizado com exclusividade pelo Sebrae. O Empretec Rural tem como objetivo promover melhores resultados no agronegócio, a exemplo do que ocorre em todos os demais setores com o modelo original do curso que promove uma imersão de seis dias, onde o participante deve concentrar toda a sua atenção ao seu papel empreendedor.“O participante se auto-avalia, identifica seus pontos fortes e fracos e é desafiado a adotar uma postura que reforce suas potencialidades e corrija suas fraquezas. É uma mudança comportamental se reflete direta e imediatamente nos resultados pessoais e empresariais”, informa o Sebrae no comunicado divulgado pela prefeitura de Avaré. Vontade de empreender – Conhecido em sua versão original como um divisor de águas para empreendimentos prosperarem, o Empretec Rural foi criado melhorar o atendimento ao setor agro dentro do método que é aplicado para todos os demais setores: comércio, indústria e serviços, adotando uma linguagem e cenários que lhe sejam mais familiares. Outro ponto é a importância do setor para o desenvolvimento das cidades, do país. “O agronegócio é extremamente importante como atividade geradora de renda, de emprego, mesmo em momentos de crise”, afirma Leandro Ribeiro, instrutor do Sebrae que aplicou o Empretec Rural em Avaré. Segundo ele, qualquer pessoa que saiba ler, escrever e domine algumas operações matemáticas está apta a participar do Empretec. No caso desta nova versão, deve também ser produtor rural. “O ponto mais importante é que a pessoa queira melhorar o seu negócio através da melhoria do seu comportamento empreendedor, pois o Empretec se concentra em comportameno empreendedor, em lapidar e desenvolver esses comportamentos, comuns a todos os empresários de sucesso. Então perante essa melhoria, espera-se que o negócio também seja mais desenvolvido, que o negócio

foto: Sebrae Botucatu

Município foi escolhido por aglutinar atores que costumam se reunir para promover o desenvolvimento do agronegócio na cidade e região

* A primeira turma do Empretec Rural do Estado de São Paulo comemora a conclusão do curso aplicado com exclusividade pelo Sebrae em todo o país *

consiga ter mais renda e emprego. E is-so melhora toda a região”, explica Ribeiro. Quanto custa participar – Com um custo relativamente acessível, considerando os resultados esperados, da ordem de R$ 1.800, o Empretec, seja a versão rural ou convencional, exige um outro investimento, muitas vezes difícil para um pequeno empresário: tempo. “É um seminário de imersão. São 60 horas integrais, começando na segunda-feira, às 8h da manhã e segundo até o sábado às 18h. Então é dedicação total. Inclusive, orientamos para que o participante se programe, porque as atividades do negócio dele vão estar rolando e isso precisa ser organizado. Identificamos os participantes com grande antecedência para que consigam se planejar para essa disponibilidade integral”, destaca o especialista do Sebrae. Por ser a primeira turma do Empretec Rural no Estado de São Paulo, os 30 produtores de Avaré e outras cidades próximas precisaram investir apenas tempo, produtores de Avaré e de cidades da região escolhidos dentro de um processo seletivo que começou com 250 produtores que assistiram à Palestra de Sensibilização (feita online nesta edição), como costuma ocorrer no processo convencional do Empretec, que inclui também uma análise para avaliar se o interessado enquadra nos critérios de perfil empreendedor e, finalmente, caso haja demanda acima do limite de vagas, pesa o relacionamento com o Sebrae, ou seja, quem já frequenta seus cur-

sos tem mais chance de conseguir a vaga. O processo ainda inclui uma entrevista para avaliar o potencial empreendedor, se a pessoa quer melhorar realmente ou não. “Todo esse cuidado, essa seleção é importante para que seja uma turma muito forte, que se ajude, que realmente queira trabalhar junto, queira se desenvolver porque o Empretec trabalha o comportamento. Quanto mais pessoas com a mesma intenção, com a mesma vontade de aprender mais rico fica o aprendizado. Então é extremamente importante que as pessoas que estejam lá sejam pessoas certas para fazer o Empretec”, explica Ribeiro. Resultados concretos – Tanto no campo rural, como em qualquer outro tipo de atividade, quem faz o Empretec espera melhores resultados e estruturação do próprio negócio. “De forma geral, o Empretec promove que o comportamento do empreendedor melhore. Obviamente que isso vai depender dele, de aceitar o desafio, querer a mudança. Mas nós mostramos na prática como desenvolver esse comportamento. Entendemos que para uma empresa ter sucesso, o ponto principal é o comportamento do empreendedor. São 30 comportamentos mapeados pela ONU em diversos países, com pesquisas de empresas que tiveram sucesso. No Empretec, trabalhamos esses comportamentos de forma prática, muito intensa, durante 6 dias de 60 horas”, esclarece o instrutor do Sebrae. Segundo ele, a turma do primeiro Em-

pretec Rural de Avaré foi muito bem avaliada. “O aprendizado está sendo excelente. Foi uma turma escolhida a dedo. Muitos deles, talvez 90%, já tinham um grande relacionamento com a Sebrae. É uma turma que realmente se dedicou e quanto mais dedicação, mais resultado ele vai ter lá na frente. Lógico, tudo depende muito do participante. Nessa metodologia, o protagonista é justamente o produtor. Não é o Sebrae, não é o facilitador, a gente empodera todos os produtores para que eles consigam se desenvolver dentro da gestão, dentro do comportamento empreendedor. E isso que é muito interessante dentro da metodologia. Esses produtores, tenho certeza, vão ser casos de sucesso e vão ter muitos depoimentos que você vai ver aí para frente”, conclui Ribeiro. Avaliação de produtores – “É uma coisa fora do comum. O curso é maravilhoso, faz você sair fora da caixa. Sou professor, empresário e você vem fazer o Empretec e descobre como não está preparado para enfrentar o mercado”, afirma Jarbas de Oliveira, de 43 anos, que migrou para o meio agro há apenas dois anos. “Sou professor de educação física, morava em São Paulo, mas sou filho e neto de produtores. Vim realizar o sonho de comprar um pedaço de terra e trabalhar com hortaliças”, conta o agroempresário de Laranjal Paulista. Com uma propriedade de um alqueire de terra certificada, ele produz legumes e verduras orgânicas, geralmente vendidas para a merenda escolar e para a APAE da cidade.


fotos: Leandro Ribeiro | Sebrae foto: Jarbas de Oliveira foto: acervo pessoal Lucilena de Oliveira

“Estamos aproveitando cada minuto. É uma atividade atrás da outra. Estamos criando uma empresa dentro do curso e isso engrandece demais o aprendizado”, disse dois dias antes do final do Empretec Rural. A aprovação do curso é reafirmada por nossos dois outros entrevistados: Lucilena de Oliveira, 53 anos, de Avaré, e Luís Carlos Josepetti Bassetto, 52 anos, de São Manuel. “Sou cliente do Sebrae, fiz vários cursos. Há 10 anos eu, fui convidado para fazer o Empretec na versão original, mas nunca consegui ficar disponível para isso. Aí me falaram desse modelo focado para o meu setor. Resolvi me organizar e participar”, conta Basseto. “Foi uma coisa boa que aconteceu na minha vida. A gente acha que é empreendedor e acaba entrando naquele sistema de fazer tudo igual, sem notar nossos comportamentos diante de dificuldades e oportunidades. Agora pretendo me policiar mais, para mudar”, garante o produtor de café e criador de gado leiteiro que também é fundador de uma cooperativa de produtores de café especial de São Manuel e região.

* Acima, a partir da esquerda: Lucilena em atividade, junto a demais participantes; Jarbas, , e Luís Carlos, trabalhando em conjunto, e as dinâmicas em grupo do Empretec Rural, dedicado exclusivamente a empreendedores do agronegócio *

* À esquerda, no alto, o produtor rural Jarbas e a esposa Luciana, de Laranjal Paulista; mudança da cidade grande para a área rural do interior. Lucilena, de Avaré, trabalhando no sítio onde produz legumes e verduras sem agrotóxicos. Ideias de expansão com turismo rural *

A mudança comportamental também está na agenda de Lucilena, produtora de hortaliças agroecológicas e participa da Associação Orgânicos Avaré. “Meus comportamentos estavam todos errados. Por isso não ganhava dinheiro. Eu não tinha um planejamento, controle de gastos, nem metas. São vários comportamentos que observamos, mas esses foram gritantes”, avalia Lucilena, que também pretende atuar no turismo rural. “Além de tudo existe uma esperança verdadeira de transformação. Estou agora vendo um leque de oportunidades para o meu negócio”, diz a produtora de Avaré. Com resultados tão animadores, novas turmas do Empretec Rural deverão ser formadas em 2022, colocando o curso específico para o setor agro na diversificada prateleira de programas de aprendizado do Sebrae. Vale a pena conferir todos eles e começar um processo de evolução do seu negócio. Contatos do Sebrae da nossa região: Sebrae Botucatu: 14 3811-1710 Sebrae de Ourinhos: 14 3302-1370 Sebrae Marília:14 3402-0720


14 • meninada

Concurso Seu Pet no 360 Eles clicaram seus pets, as fotos foram sorteadas, publicadas e os prêmios e brindes entregues! Parabéns a todos! fotos: Flávia \Rocha | 360


15 • bem

viver

A vida com um pet é infinitamente melhor #2 Uma imagem diz mais que mil palavras. Veja o bem estar de crianças em fotos enviadas para o Concurso Seu Pet no 360

A voz dos animais arte: Sabato Vusconti

Alvinho está encantado com a vida na fazenda e nunca imaginou que aprender fosse tão bom. A galinha passeava com seus pintinhos: olha, Zé Pedro, a galinha e os pintinhos piando. Os pintinhos piam, Alvinho, a galinha cacareja. Béééééé. Ouviu o som do bezerro próximo ao curral. Zé Pedro, aprendi que a vaca mugi, e o bezerro? O bezerro berra, Alvinho. E o carneiro, berra também? O carneiro bale. Desisto! Fale para mim da voz dos animais, por favor, Zé Pedro, pediu Alvinho muito interessado. Perereca: coaxa. Burro: zurra. Cavalo: relincha. Cachorro: late. Galo: canta. Inseto: zune. Peru: gruguleja. Pato: grana. Lobo: uiva. Grilo: canta. Gato: mia. Cobra: sibila. Cigarra: canta. Leão e o tigre que não existem por aqui, rugem. Pode parar, Zé Pedro! É muita coisa por um dia e Alvinho ficou a ouvir a voz dos animais no silêncio da fazenda. Que escola maravilhosa, pensou divertido.



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