Jornal 360_ed181_fev2021

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finanças_ Nova seção traz a especialista Angela Nunes para nos ensinar a lidar com dinheiro. Aproveite as dicas!!! •p5 bem viver_Colaborar com causas humanitárias faz muito bem para a saúde. Veja as cam•p12 panhas em destaque

cidadania_Um ano depois, temos vacinas para combater o Coronavírus. O desafio agora é manter os protocolos até que todos sejam vacinados •p3

Jornal 360

nº181 Fevereiro/21 ANO 16

Grátis!

A natureza é a melhor fonte de preservação da vida humana

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foto: Rio Pardo em Iaras _ Flávia Rocha | 360

Circulação Mensal: 3 mil exemplares Distribuição: • Águas de Santa Bárbara • Areiópolis • Assis • Avaré• Bernardino de Campos • Botucatu • Cândido Mota • Canitar • Cerqueira César • Chavantes • Espírito Santo do Turvo • Fartura • Ibirarema • Ipaussu • Manduri • Óleo • Ourinhos • Palmital • Pardinho • Piraju • São Manuel • São Pedro do Turvo • Timburi • Santa Cruz do Rio Pardo • Pontos Rodoviários: • Graal Estação Kafé • RodoServ • RodoStar • site: www.jornal360.com


2 • editorial

Verdade

O que está de acordo com os fatos ou a realidade; conformidade com o real; autenticidade, exatidão, veracidade:; O que não se pode negar; Procedimento franco e sincero ou boas intenções; boa-fé“

Foto: João Paulo Camarinha Figueira

Já saturou tapar o sol com a peneira. O preço que pagamos por nos omitirmos está sendo alto. Altíssimo. Passamos um ano todo, um período que costumamos viver muitas coisas – trabalhos, realizações, casamentos, viagens, diversão, estudos e novidades –, presos em casa para não morrermos por causa de uma doença para a qual ainda não temos remédio, nem cura. A vacinação para nos proteger da Covid-19 não nos traz nenhuma segurança de que algo semelhante ao que estamos ainda vivendo vai deixar de acontecer. Há indícios de muitas doenças que poderemos ter que enfrentar. E isso é resultado da omissão do ser humano. Da minha, da sua, de todos que sabem ler e escrever, que têm um CPF, um título de eleitor. A verdade nua e crua está aí, diante de nossos olhos. Ou tomamos jeito. Ou admitimos que é preciso adotar práticas sustentáveis de viver toda e qualquer situação – profissional, pessoal, individual e coletiva – ou estaremos fadados a ter que ficar à mercê das reações da nossa ação depredadora sobre a natureza. Ou seja, comandados por aquilo que desconhecemos e com o qual não estamos capacitados a lidar. Que história estamos deixando para a humanidade, se é que ela sobreviverá? A de um povo idiota? Que sabe quais providências devem ser tomadas para sua própria qualidade de vida, mas finge que não é com ele? Que sentido faz continuarmos a produzir comida com veneno se sabemos que é possível fazer isso com controle biológico e ecológico, gastando menos e lucrando mais? Chavões do setor agro não se sustentam mais. O mundo não morreria de fome se não houvesse uso do agrotóxico. O mundo passa fome. Milhões de pessoas passam fome enquanto bilhões de toneladas de alimentos são desperdiçados. Seremos apontados como o povo que não soube aproveitar o conhecimento, a ciência e nem mesmo toda a tecnologia que foi capaz de criar. Porque não entendemos que ela deve servir ao homem, não dominá-lo. Todo o dinheiro que se acumula, lícita ou ilicitamente, não salva a sua vida, não lhe garante o ir e vir. Você pode estar repleto de conforto, mas está ilhado, preso por conta de um ser infinitamente

1João 2 Vs2

Ora ação!

“E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.”

* Animal silvestre avistado à beira da estrada durante expedição ao rio Pardo, em Águas de Santa Bárbara * menor que você, capaz de fazer tudo o que você ostenta e desfruta não ter valor algum. A liberdade é essencial para sermos felizes. Ou despertamos dessa apatia ou seremos conhecidos como estúpidos covardes. A verdade está aqui, na nossa cara. E também nesta edição. A palavra parece dura. A verdade incomoda. E isso é uma sorte. É um valor. Porque o desconforto promove o ajuste, o movimento, a mudança. É preciso dar luz à realidade e promover um movimento que nos leve, enfim a praticar tudo aquilo que sabemos faz bem. E abandonar tudo o que nos faz mal. Esta edição do 360 está repleta de atitudes que merecem ser observadas e de informações e pontos de vistas que merecem ser conhecidos e ponderados, livres de preconceito, esse entrave que promove a ignorância. Aproveite nossas seções. Elas estão repletas de luz sobre a nossa realidade. Boa leitura!

Flávia Rocha Manfrin | editora c/w: 14 99846-0732 • 360@jornal360.com www.jornal360.com

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Artigo 8º

Sempre que considerar correto e necessário, o jornalista resguardará a origem e a identidade de suas fontes de informação.

e xpediente O jornal 360 é uma publicação mensal da eComunicação. Todos os direitos reservados. Tiragem: 3 mil exemplares. Distribuição gratuita. RedaçãoColaboradores: Flávia Rocha Manfrin ‹editora, diretora de arte e jornalista responsável | Mtb 21563›, André Andrade Santos e Paola Pegorer Manfrim ‹colaboradores›, José Mário Rocha de Andrade, Fernanda Lira e Angela Nunes ‹colunistas›, Sabato Visconti ‹ilustrador›, Odette Rocha Manfrin ‹receitas e se-paração›, Camila Jovanolli ‹transcrições›. Impressão: Fullgraphics. Artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. Endereço: R. Cel. Julio Marcondes Salgado, 147 — centro — 18900-007 — Santa Cruz do Rio Pardo/SP • contato: 360@jornal360.com • cel/whats: +55 14 99846-0732 • 360_nº181/fevereiro2021


3 • meio

ambiente

A vacinação contra a Covid-19 começou em todo o país, assim como no planeta, mas ainda é cedo para abandonar os protocolos de segurança. Até que todos estejam vacinados – o que deverá levar mais de um ano – o uso de máscaras, a higienização constante e o distanciamento social são fundamentais para não nos expormos ao risco de contaminação sem a devida proteção. Depois de muita polêmica, intenso jogo político e as mais infames mentiras a respeito de sua eficiência, a vacina contra a Covid-19 é uma realidade. Se olharmos para trás e observarmos o tempo que passou, podemos, mais uma vez, festejar a eficiência de nossos cientistas (de todo o planeta) em desenvolver soluções para os problemas que ameaçam a sobrevivência da raça humana. O alívio de quem tomou a primeira dose é notório. Fotos do momento da vacinação e de carteirinhas carimbadas proliferaram na mídia e nas redes sociais, sempre acompanhadas de expressões de gratidão e felicidade. Paralelamente, nota-se o afrouxamento das medidas protetivas. Escolas sendo reabertas e um pouco mais

Foto: Flávia Rocha | 360

Vacinação deve conter epidemia, mas cuidados devem continuar

de alento no abre-fecha do comércio, trazem a falsa sensação de “enfim livres”. A pergunta que fica no ar é: Podemos enfim relaxar? A respostas é óbvia: Não! Ainda não podemos. O fato de estarmos sendo progressivamente vacinados certamente nos trará um futuro mais seguro em termos de

* A vacina traz o alívio para pessoas mais vulneráveis aos efeitos graves da Covid-19. Na foto, a santa-cruzense Odette Rocha Manfrin exibe o comprovante de vacinação onde já consta a data para aplicação da segunda dose. Uma vez livre dos riscos que o coronavírus representa, ela precisará aguardar que todos se vacinem para finalmente poder relaxar com os protocolos de prevenção. Agora, mais do que nunca, é momento de empatia. Ou seja, de cuidado com o outro * nossa saúde e de nossos contatos físicos. Mas até que chegue esse momento, mais do que nunca, é hora de se prevenir. Estar vacinado, mesmo com uma segunda dose, não significa que o vírus foi embora e que não vamos pegar a Covid19. Nada disso. A proteção nos garante não corrermos mais risco de vida e de

sermos acometidos pela doença com gravidade. Só isso. Mesmo vacinados, podemos transmitir o vírus, inclusive para quem ainda não tomou a vacina. Por isso, todo cuidado continua sendo pouco e deve ser tomado. A demora pela vacinação em massa pressupõe que os vacinados não se omitam e entendam que até que todos o seja, é importante se protegerem, tomar todas as medidas preventivas para não contaminar os outros. Esse é o maior ensinamento da epidemia: cabe a cada um de nós se sacrificar para proteger os outros. Sendo assim, já que todos os procedimentos são bastante conhecidos, que sejamos capazes de fazer dos próximos meses um período que entre para a história como o tempo em que finalmente as pessoas, especialmente os brasileiros, mostraram que são mesmo pessoas de bem com a vida. Inclusive com a vida alheia. Fazer isso depende de todos. Não de uns e outros. E não depende de visão política, nem de estudos ou dinheiro no bolso. Usar máscaras, manter as mãos limpas e não se aproximar demais das pessoas, assim como não promover festas e reuniões, é tão fácil que fica sem sentido ver alguém se negar a fazer isso. Só mesmo estando completamente fora de si.


4 • ponte

de vista

Um antigo professor morava nos Estados Unidos em 1968 quando foi promulgada a lei federal tornando obrigatório o uso do cinto de segurança para dirigir. Conta ele: “você ligava o rádio, ouvia: use cinto de segurança. Ligava a TV: use cinto de segurança. De um e do outro lado havia um outdoor com letras garrafais: use cinto de segurança”. Ajudou, mas não impediu, como aqui, mais tarde, no Brasil, que surgissem boatos: o cinto não abriu quando um carro caiu no rio, ou processos porque a lei atentava contra a liberdade individual. Daqui a pouco irão nos proibir de fumar, diziam! Em 1901, uma doença desfigurante porque deixava marcas permanentes na pele e com alto índice de mortalidade, a varíola, a única doença erradicada do planeta até hoje, também foi causa de indignação e revolta popular quando o governo decidiu que toda a população de Boston, local da epidemia, deveria ser vacinada. A Suprema Corte foi chamada para decidir se a ordem da vacina violava as liberdades individuais de acordo com a Constituição. Assim decidiu: “Reconheceu a importância fundamental da liberdade pessoal, mas também reconheceu que os direitos do indivíduo em relação à sua liberdade podem, às vezes, sob a pressão de grandes perigos, estar sujeitos a tal restrição, ser aplicada por regulamentos

Arraia Miúda

*José Mário Rocha de Andrade

Quando o Governo anunciou que iria pagar por cada rato morto, pessoas começaram a criar ratos. A vacina era aplicada no braço em uma época em que todos cobriam todo o corpo e foi considerada imoral. Difícil é mudar hábitos, mais difícil é mudar mentalidades e, veio a inevitável Revolta da Vacina. Arraia, palavra originária do árabe, significa rebanho. Bonita, se visualizarmos bois brancos pastando num capinzal verde suculento, mas triste é sua extensão povo, plebe que, ligada a miúda, significa sem expressão, sem representatividade Se devemos investir na educação e qualidade de vida da arraia miúda, precisamos cuidar da mentalidade da arraia graúda que tem representatividade e poder. Esclarecimento e bons exemplos se fazem necessários.

imagem: Pixabay.com

razoáveis, como a segurança do público em geral pode exigir”.

quitos, a peste, a febre amarela e a varíola conviviam na cidade. Ruas foram alargadas e limpas, os cortiços destruídos, os pobres que ali moravam foram obrigados a morar distante do centro e uma lei tornando obrigatória a vacina contra a varíola foi promulgada. Tudo sem explicação a uma população pouco esclarecida.

Entre as revoltas havidas em nosso Brasil, a Revolta da Vacina em 1904 no Rio de Janeiro, cidade que era uma imundice com seus cortiços e lixos aos montes acumulados no centro foi uma sucessão de boas intenções e execuções desastradas do governo. Ratos, mos-

Que todos sejam vacinados. Aos negacionistas, aos anti-vacinas, uma sugestão. Tomem a vacina somente os que acreditam na ciência que faz o celular existir, os aviões voarem, as cirurgias plásticas e os tratamentos dermatológicos embelezarem.

*médico santa-cruzense radicado em Campinas

Pãe, ele existe. Deixe-o ser! papel do provedor. Porque nem sempre sua natureza o é.

imagem: Pixabay.com

E isso não tem nada a ver com orientação sexual. Orientação sexual é outra coisa que também vale muito. Inclusive vale dançar homem com homem e mulher com mulher, vale tudo.

Tem mãe que só sabe ser mãe. Tem pai que só sabe ser pai. Tem pai que só sabe ser mãe. Tem mãe que só sabe ser pai. Tem pai e mãe que não sabem criar os filhos. E tem aqueles que nem são pais ou mães e que são capazes de ser pai, mãe, pai mãe, mãe pai. Nós somos multifacetados.

dos a apenas gostarem de coisas mecânicas, brutas, matemáticas. O animal é o cavalo, o touro. Os brinquedos, o carro, caminhão, lancha, helicóptero, avião... vamos humanizar, também, a brincadeira de pai?! Porque eu conheço vários pais que tem a natureza de mãe, nasceram para ser pãe!

Assim como a mulher não deve ser induzida a só lavar a louça, cuidar da casa, criar os filhos, desde os brinquedinhos lá da infância, os homens, também, não precisam ser orienta-

E qual o problema de o pai ser esse cara que se dedica a cuidar dos filhos quando a mulher cuida da renda, dos negócios? Nenhum problema. Então parem de cobrar do homem o

*Fernanda Lira

Só não vale ser careta, ultrapassado e ficar aplicando rótulo e manual de instruções em todo mundo. *jornalista paulistana que adora o interior


5 • finanças

o Mapa da

MINa

Por uma vida financeira mais tranquila! “Vou tratar aqui de um tema que muitas vezes não gostamos ou queremos conversar, mas que não há como negar que todos nós temos: o lado financeiro da nossa vida. Começo esclarecendo que não vou falar em como ficar rico, como investir dinheiro, mas de caminhos para fazer a nossa vida mais leve, sustentável e que nos ajude a ter maior equilíbrio e bem estar.” Angela Nunes

Maria Angela de Azevedo Nunes, CFP®, Planejadora Financeira Certificada pela Planejar - Associação Brasileira de Planejadores Financeiros. Graduada em Ciências Econômicas pela UERJ, com Especialização em Psicologia Econômica. É Consultora e Administradora de Valores Mobiliários autorizada pela CVM e sócia da Moneyplan - Consultoria em Planejamento Financeiro e Educação Financeira. Membro do Conselho de Administração e do Comitê Executivo da Planejar - Associação Brasileira de Planejadores Financeiros, foi diretora do Banco Itamarati, da BCN Alliance Capital Management e do Banco BCN - Grupo Bradesco - e docente do Curso de Planejamento Financeiro do INSPER – Instituto de Ensino e Pesquisa. É também co-autora do livro “Planejamento Financeiro Pessoal e Gestão do Patrimônio – Fundamentos e Práticas”

Aí está o tesouro: BEM ESTAR FINANCEIRO Como viver sem maiores sobressaltos hoje e no futuro? A primeira coisa que precisamos para iniciar a nossa “viagem”, é entendermos exatamente o ponto de partida: Como estão nossas finanças? Uma pergunta para refletirmos: será que sabemos exatamente para onde vai o nosso dinheiro?

AQUI COMEÇA O MAPA DA MINA O primeiro passo será anotarmos todas as nossas receitas e todas as nossas as despesas. Podemos anotar no caderno ou no computador ou na planilha, da forma que for mais fácil para você.

mais possiblidades de agir sobre elas. Quando sabemos com detalhe em que gastamos o nosso dinheiro podemos analisar e decidir melhor no que e em como gastá-lo. Afinal, ele é fruto do nosso trabalho e só nós sabemos o esforço que fizemos para recebê-lo, por isso ele tem tanto valor e não pode ser usado de qualquer maneira. Em relação as receitas, quando entendemos de onde vem podemos tentar melhorá-las e até mesmo pensar em alguma atividade que nos gere alguma renda extra.

REGISTROS DAS DESPESAS

O IMPORTANTE É QUE VOCÊ FAÇA OS REGISTROS! Será que você está pensando: “anotar, registrar, que coisa chata” ou “já tentei fazer as anotações e não consegui”? Acredite, a primeira reação da maioria das pessoas é exatamente essa! O que costumo dizer é que no início pode ser um tanto chato, até mesmo difícil, mas depois que vamos nos acostumando e vendo os benefícios, vai ficando muito mais fácil e simples.

OPA! BENEFÍCIOS? Quais são os benefícios de entendermos as nossas receitas e despesas? Vamos começar falando das despesas pois temos

Modelo de planilha de controle de despesas mensais. Você deve anotar todos os gastos

As anotações e registros devem ser feitos de forma organizada e tipos de gastos para entendermos, exatamente, no que gastamos.Quando consegui-

mos ver as nossas despesas de forma organizada, podemos pensar melhor sobre elas e definir o que podemos reduzir, substituir e até eliminar, de forma que nossa contas fiquem mais equilibradas e possamos poupar recursos. O grande objetivo do primeiro passo é que possamos conhecer melhor como utilizamos os nossos recursos financeiros e trilharmos de forma mais harmoniosa pela nossa vida financeira. Lembrando sempre que uma vida mais simples é mais fácil de carregar!


6 • gastronomia

Pratos , simples e até feitos de sobras texto e fotos: Flávia Rocha | 360

Sanduíche de Ovos Receita do chef Alex Atala _Ingredientes: • 6 fatias de pão de forma sem casca • 7 ovos (eu usei caipira) • óleo de cozinha (girassol ou milho) • sal • salsinha ou cebolinha frescas picadinhas • limão (eu usei o taiti) _Preparo: Coloque 4 ovos para cozinhar em água e marque 8 minutos após o início da fervura. Enquanto isso, separe as gemas dos outros 3 ovos. Guarde as claras para um suspiro ou merengue para acompa-nhar frutas. Com um fouet (aquele utensílio em forma de hélices) comece a bater as gemas numa vasilha de alumínio, acrescentando um pouco de óleo e uma pitada de sal. Ela vai começar a espessar, como uma maionese. Vá aumentando o óleo até a mistura desandar um pouco (a minha não desandou)... nesse momento, a água onde os outros ovos estão cozinhando já deve estar fervendo. Leve a vasilha sobre a panela e continue mexendo. Você verá que a mistura ficará meio talhada, por causa do cozimento das gemas. Tire a mistura de cima da panela e continue batendo, acrescentando água e limão. Você terá uma maionese um pouco mais rala. Reserve. Tire os ovos cozidos da água, descasque e pique grosseiramente amassando com um garfo. Polvilhe um pouco de sal. Misture os ovos amassados com o molho de gemas a salsinha ou a cebolinha (ou o cheiro ver-de). Passe essa mistura numa fatia de pão, cubra e passe o mesmo sobre a outra fatia. Cubra com a terceira fatia. Pronto. **Pode crescentar mostarda, fica muito bom!

Quem me acompanha nesta seção do 360 sabe que eu não gosto de desperdício. Tenho um profundo respeito por quem produz os alimentos, pelo meu bolso, pois trabalho muito para poder pagar minhas compras, e pelas pessoas que poderiam aproveitar o que eu possa jogar fora. Essa consciência surgiu naturalmente em minha vida, quando comecei mais e mais a cozinhar. Descobri, naturalmente, que não gosto de geladeira cheia, nem de jogar fora o pouco que sobrou de arroz na panela ou do purê na cumbuca que voltou da mesa. Até mesmo meus temperos, feitos na hora, com alho amassado, pimenta vermelha e sal, ficam num potinho, numa tampinha que seja, caso tenha feito além do necessário. Certamente ele vai facilitar minha próxima investida na cozinha e será muito bem usado, portanto. Nesta edição, alguns bons pratos e o que foi feito Dadinho de Mandioca de suas sobras! inspirado na versão do Taças & Cachaças

Purê de banana madura Preparada por Flávia Manfrin _Ingredientes: • 6 xícaras de banana madura • 1 cebola média • 2 colheres de sopa de manteiga • 1 colher de sopa de suco de limão • 1/2 xícara de água • 1 pitada de sal • 1 pitada de noz moscada • 1 toque de pimenta _Preparo: Fatie as bananas em rodelas finas e esprema o limão sobre elas para não pretejar e realçar a acidez. Numa panela, derreta a manteiga e refogue a cebola picada bem miudinha até ficar transparente. Acrescente a banana e tempere com um pouquinho só de sal. Adicione a água e cozinhe amassando as bananas até a mistura ficar em consistência de purê. Desligue o fogo e adicione a noz moscada e o toque de pimenta. Se ainda estiver em pedaços, use um mixer para amassar melhor ou um garfo. Fica ótimo para acompanhar peixes, frango e carne de porco.

_Ingredientes: • mandioca bem cozida •1 colher de azeite • 100g de queijo parmesão ralado (opcional) • salsinha picadinha (opcional) • sal a gosto _Preparo: Cozinhe bem a mandioca e escorra (você pode aproveitar a água para uma sopa, por exemplo, pode até congelar). Amasse a mandioca com um espremedor, um garfo ou utilize o mixer. Coloque numa vasilha, adicione o sal, o queijo e a salsinha (opcionais). Unte

forminhas de gelo com óleo ou azeite e encha com essa massa de mandioca. Leve ao congelador. Quando estiver congelado, frite os quadradinhos em óleo quente. Se preferir, pode usar a massa congelada como purê, levando para a panela com um pouco de manteiga e especiarias.

Crocante de Batata e Mandioca Receita de Flávia Rocha Manfrin _Ingredientes: • 1 colher do purê de mandioca •1 batata • azeite • sal a gosto _Preparo: Rale a batata crua,

espalhe numa frigideira antiaderente untada com azeite e polvilhe um pouco de sal. Vire quando estiver dourada. Enquanto doura o outro lado, cubra com o purê. Decore com erva fresca.


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• meio ambiente

A resposta para todos os males está na preservação da natureza Não se trata de ideologia, nem de visão de mundo. Muito menos de política ou ativismo ambiental. É uma questão de simples entendimento. Ou resumindo, de inteligência. É na natureza, e somente nela, que o homem, com toda disposição para viver plenamente a sua vida e projetar a de seus descendentes, tem a garantia não apenas da sobrevivência, mas da qualidade de vida. Nenhum dinheiro, nenhum poder, nenhuma invenção é capaz de proteger as pessoas, todas as pes-

soas, com a mesma competência que a natureza. Florestas nos livraram de muitos males no passado. E nos livrariam hoje e no futuro, se fossem preservadas como sabemos que devem ser. Todos sabemos que o planeta (que é uma esfera, vale frisar em dias de alto índice de insanidade) tem espaço para abrigar as florestas e ainda tudo o mais que queremos ter à nossa disposição. Manter as florestas não impede a humanidade de prosperar e produzir tudo que se almeja. Não há a menor ne-

cessidade de aviltar a natureza e comprometer o que ainda existe dela. Um agroempresário que ainda não entende o quanto sua reserva florestal, sua APP (Área de Proteção Permanente – ou seja, aquela que não pode ser tocada, que deve existir por conta própria), é importante para si próprio, inclusive para valorizar a terra que possui, é uma pessoa 100% desatualizada. Assim também o agroempresário que ainda não se deu conta da vantagem da produção agroecológica Foto: João Paulo Camarinha Figueira

* Não é difícil encontrar um animal silvestre, como o macaquinho da foto, em matas ciliares que beiram as margens de rios. Esse ambiente original jamais será reposto. Essa é só uma das razões para que o homem não permita que se invada ou destrua o pouco de mata nativa que ainda temos. Nenhum projeto que invada esse habitat merece apoio * também precisa rever urgentemente sua base de conhecimento. Porque ela está completamente atrasada e ineficiente.

fonte de satisfação, em todos os sentidos. E de preservação. Não apenas da vida, mas da qualidade de vida, que pressupõe ter saúde.

Bastou uma delas para que toda a humanidade fosse obrigada a parar e se re-organizarem para sobreviver.

Viver bem exige comer bem. Comer bem envolve sabor, para que possamos extrair disso o máximo prazer. Envolve também qualidade. Ou alguém em sã consciência vê algum sentido em comprar ou produzir um alimento cheio de veneno para seu próprio consumo?

Já ficou notório que é a invasão à natureza selvagem – aquela que precisa e deve ser preservada intocada, inclusive para que o ser humano não se extinga –, que nos traz os piores problemas.

Que sentido faz evoluir para se destruir? Para destruir aquilo que os que têm clareza e conhecimento já sabem que é essencial e, portanto, a maior riqueza da existência humana?

Enchentes, desmoronamentos, soterramentos, avalanches. Quantas tragédias de grandes proporções tornaram-se corriqueiras? Quantas doenças surgiram quando mais e mais avançou-se sobre o meio onde fauna e flora viviam preservadas e intactas?

Não há champagne se não houver um rio. Não há caviar, se não houver plantas. Não há nada de que tudo o que sonhamos ter e desfrutar se rios, mares e florestas não forem preservados. E ainda mais: revitalizados, pois o que ainda resta não é suficiente.

Só quem se nega a ser uma pessoa esclarecida ainda teima em questionar o quanto o alimento pode e deve ser puro. Porque isso faz dele a verdadeira


Foto: Flávia Rocha | 360

É preciso acordar para a realidade que insiste em nos afrontar com atitudes insanas, onde uma cidade, movida pelo delírio de um funcionário público, destrói um rio para garantir abastecimento de água, enquanto toda a comunidade científica já provou que é fazendo exatamente o contrário, ou seja, revitalizando a área florestal, o entorno de rios e nascentes, que se garante o abastecimento de água, não para apenas uma cidade, mas para dezenas, centenas, milhares delas.

* Enquanto leis e tratados

determinam que toda riqueza natural deva ser preservada, este rio que você vê nas fotos, de 264km de extensão, um dos menos poluídos de todo o país, está recebendo uma grande interferência em sua vazão natural bem próximo à sua nascente, o que é muito grave. O autor do projeto é um antigo funcionário de uma estatal, a Sabesp, que conseguiu eleger-se prefeito da cidade e, sabem-se lá como, obteve aprovação em todas as instâncias políticas e técnicas para fazer uma obra desnecessária. Provisão de água se faz com floresta. Não com reservatório. Quem não sabe disso, não deve ocupar um cargo público, pago com dinheiro do povo *

Esse poder dado ao Estado, de decidir sobre a natureza coletiva, precisa ser revisto. Fernando Henrique Cardoso, Luiz Ignácio Lula da Silva e Dilma Roussef, para citar os presidentes mais recentes da história do Brasil (o atual mandatário do cargo consegue extrapolar, em todos os campos, os malefícios já feitos ao país e nem merece ser citado) foram incompetentes em governar a nossa natureza, sem exceção.

Governadores, prefeitos, legisladores, judiciário, todos seguem a mesma linha. Ou não teríamos tanta devastação, tanto prejuízo. Também os profissionais de órgãos públicos encarregados de fiscalizar, analisar e zelar pela preservação e revitalização do que ainda temos de riquezas ambientais deveriam ser todos destituídos de seus cargos. Porque o estrago, recorrente, em todas as proporções, está aí. E a conta é nossa. De toda a gente brasileira. Foto: Flávia Rocha | 360


Foto: Flávia Rocha | 360

Diante desse cenário que nenhum governo competente se orgulharia de desenhar, como é histórico no Brasil, com raros momentos de levante, estamos assistindo a tudo impasses. Grandes empresários. Nomes de notoriedade, respeito e admiração do cenários nacional (e internacional também, porque conseguiram crescer incrivelmente) estão se fazendo de desentendidos. Estão provando que tudo que pregam e ostentam fazer é balela. Ou estariam fazendo uso daquilo que mais

força tem na história da civilização, o dinheiro que possuem, pra evitar o avanço da destruição do que pode nos salvar. A natureza é riqueza. A natureza é proteção. A natureza é abrigo. É a nossa única garantia de continuarmos existindo. O que é raro, é caro. Um rio despoluído, infelizmente, é uma raridade. Qualquer projeto que o coloque em risco, seja para qual finalidade for, é des-

prezível. Porque, os fins não justificam os meios. Quando o Estado, em todas as suas instâncias não se mostra capaz de conter a destruição, a sociedade civil precisa dar um basta. Ou essas pessoas, que elegemos ou que conquistaram seus postos por meio de concursos tratam de cumprir a sua responsabilidade e evitar qualquer novo dano ambiental ou teremos que destituir todos eles do poder. Afinal, o Brasil é nosso.


10 • agronegócio

Um alimento, puro, que vem pronto da natureza, não perde a validade e faz bem à saúde, prevenindo doenças. E mais, que não representa um problema para os defensores da natureza e dos animais, tampouco se contamina com agrotóxicos. Assim é o mel, conhecido como o alimento mais antigo da humanidade. Produzido de forma artesanal até a década de 80 do século passado, ou seja, há menos de 50 anos, o mel brasileiro é hoje um produto de grande destaque mundial por sua qualidade. Mas ainda tem uma representatividade tímida em razão da produtividade, ainda bem distante dos maiores produtores mundiais, como a China e a Argentina, apensar de suas mais de 46 mil toneladas/ano. É também no mercado internacional que o mel brasileiro mais encontra portas abertas, já que mais de 60% da produção segue para a exportação. A razão é simples: ao contrário dos europeus e americanos, que consomem mel cotidianamente, o brasileiro não tem o hábito de ter esse alimento à mesa, considerando-o mais como um medicamento do que como um item de sua dieta habitual. O produto do século 21 – A participação do mel brasileiro no mercado mundial, onde hoje figura em ranking mundiais como o melhor do mundo, ano a ano, só aconteceu no início deste século. “Em 2003, a China, que é o maior exportador de mel no mundo, teve um

Uma produção literalmente doce

Foto: Pixabay.com

A Apicultura se revela um meio de produção sustentável, prático de comercializar e em franca expansão no Brasil

bloqueio em sua exportação, por problema de contaminação com antibiótico. Isso abriu uma janela para o Brasil, descobriram o mel brasileiro. Naquela época, o balde de mel de 25kg você não vendia por mais de 30 reais”, conta Edmundo Marchetti, maior produtor de Santa Cruz do Rio Pardo, onde mantém um entreposto que beneficia e embala a

produção de produtores da cidade e região. Natural de Óleo, de uma família de agricultores, desde a adolescência, ele se apaixonou pela atividade apícola, que levou como hobby até 2010, quando abandou seu trabalho como professor da escola técnica agrícola de Santa Cruz para dedicar-se exclusivamente à apicultura. Vale informar que no Apiário Marchetti, o balde de mel de flor de laranjeira sai por R$ 500,00, prova que a realidade melhorou bem para o produtor. Apicultura na região – Cada vez mais organizada e produtiva, a produção de mel na região sudoeste do Estado de São Paulo é significativa. Botucatu aparece como segunda cidade que mais produz mel em todo o país, contribuindo para que São Paulo fique em quarto lugar entre os Estados que mais produzem mel no Brasil. Em Santa Cruz do Rio Pardo, a produção de mel é respeitável. Reunindo cerca de 50 produtores, a cidade produz cerca de 100 toneladas de mel por ano, a maior parte destinada à exportação, como é comum em todo o país. Edmundo Marchetti lidera a produção com suas mil colmeias, que produzem 30 toneladas de mel por ano. Além de exportar mel, como produtor rural, Marchetti também mantém uma linha para comércio local, com embalagens de 300g a 25kg.

Floradas e colheitas – Segundo nos ensina Marchetti, a produção do mel permite três colheitas por ano, seguindo a época de florada das plantações. Em seu apiário, o produtor oferece três variedades de mel: eucalipto, flor de laranjeira e silvestre. A produção é sazonal. De novembro a janeiro, ele colhe mel em matas das fazendas onde também produz de outras floradas; de janeiro a maio, a colheita é nas plantações de eucalipto; e, finalmente, de agosto a novembro, acontece a florada de laranjeira, onde seu principal parceiro é a Agroterenas, que tem uma área gigante de plantio de cítricos, que respeita o ciclo de floradas, e também de mata nativa. Por conta de todo esse processo de colheita e também do uso de colmeias para polinização, Marchetti chega a percorrer cerca de 5 mil km em apenas uma semana, num raio de 40km em torno de Santa Cruz. Produto sustentável – Apaixonado pelo setor, Marchetti é também presidente da Associação de Apicultores do Centro Oeste Paulista (AACOP), sediada em Cabrália Paulista, que reúne 50 produtores de diversas cidades da região, somando cerca de 5 mil colmeias. Entre as inúmeras qualidades do setor, ele destaca a importância das colmeias para a produção de todos os alimentos. “A polinização é necessária em 90 % do que as pessoas comem. Então se você tirar as


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Foto: Flávia Rocha! 360

* Produto mais puro e pronto produzido pela natureza, o mel passa por processo de beneficiamento para ser distribuído ao mercado. (acima). Ao lado e abaixo, colheita, transporte e separação do mel em ambiente propício. As abelhas são preservadas com alimento * abelhas da terra, os humanos saem junto. É uma cadeia evolutiva, uma simbiose, uma relação de troca”, diz Marchetti. Professor e estudioso do setor agro, ele é enfático em explicar que não há mortandade de abelhas para se produzir mel. “Ao contrário, as colmeias garantem alimentos para elas durante a entressafra das floradas”, afirma. “Tem uma camada da colmeia que se chama ninho onde a abelha põe as crias e o mel para ela. Nas caixas de cima, sobre-caixas, ela põe os excessos. A gente nunca colhe mel dos ninhos, só das caixas acima, sempre tem uma reserva de alimento para as abelhas”, explica o produtor. Fotos: Edmundo Marchetti

Segundo ele, todo mel pode ser considerado um produto orgânico, especialmente o de eucalipto e o silvestre. E mesmo nas plantações de laranja, onde são aplicados herbicidas, é respeitado o momento da florada, pois as abelhas não chegam em flores se tiverem agrotóxicos. “A abelha tem 3 mil cavidades olfativas nas antenas. Sentem o cheiro de mel a 3 km de distância. Imagina o agrotóxico! A gente que só tem duas cavidades não aguenta o cheiro de agrotóxico, imagina as abelhas!”, pondera Novas parcerias e mercados – Um nicho produtivo bastante promissor e que remunera melhor o produtor através da venda direta para exportação, a produção de mel e de seus derivados tem ganhado mais atenção em todas as esferas. Inclusive no campo social. A mais nova investida da AACOP é uma parceria firmada com a Bracell, multinacional do setor de celulose que tem uma uni-

dade em Lençois Paulista. “O contrato é da Bracell com a Associação e prevê a produção de mel em plantações de eucalipto de 30 fazendas da empresa”, diz Marchetti explicando que a contrapartida é 1kg de mel por colmeia. “É um grande projeto social que visa agregar renda para produtores em torno das regiões de eucalipto, que fomenta a atividade apícola”, conta o presidente da AACOP, que participa com 210 colmeias. O entusiasmo com a parceria faz todo sentindo se considerarmos o potencial da apicultura em oferta de produtos para todo o mercado. “Quando se fala em abelha, todo mundo pensa em mel e ferroada. Mas as abelhas têm muitos produtos e funções: a polinização, que é muito importante, o mel, pólen, geleia real, a toxina, a cera”, destaca Marchetti lembrando que além do setor de alimentos, o mel e seus derivados atendem ao mercado de fármacos e de cosméticos.


12 • bem

viver

A caridade é um santo remédio A caridade traz uma leveza à alma. Desobstrui nosso organismo das sombras e enche de luz o nosso ser. Qual um banho de sol para aquecer, qual uma atividade física para tonificar, qual um mergulho para refrescar, um longo e tranquilo descanso para renovar energias, a contribuição social promove todas esses resultados de maneira conjunta. Doar exige desprendimento. Exige compaixão. Exige ternura e também confiança. Sentir tudo isso frequentemente contribui profundamente para a sua saúde. Porque faz vibrar em você a boa energia, num

Ações Solidária Equipamentos para o Ibson_ Focada numa necessidade pontual, a campanha Vamos Ajudar o Ibson a Viver Melhor! foi criada por uma profissional de saúde impactada pela história de superação do jovem que sobreviveu a um acidente em uma piscina, em outubro de 2019. Passado mais de um ano, ele luta para adaptar-se às sequelas do acidente, precisando de equipamentos como uma cadeira especial para banho e órteses para as pernas. Atendido pela ADEFIS, associação que presta atendimento e auxílio a portadores de deficiência física em Santa Cruz do Rio Pardo, ele já conseguiu a cadeira de rodas adaptada e órteses para os braços. A meta da campanha é de R$ 5.000,00. Se houver excedente, será revertido para a ADEFIS. Contato:: 14 99734-9826 (com Daia)

vai-vem dentro e fora capaz de alimentar sua alma. Quando ajudamos sem questionar, quando contribuímos sem julgar, quando nos doamos sem esperar nada em troca, somos tomados de uma paz, de uma tranquilidade e de uma satisfação que, aliados a tudo que já foi aqui elencado, vai fortalecer cada célula de seu corpo. Ajudando o planeta – A caridade, vale observar, não se aplica apenas às questões de ordem social, tão emergentes e necessárias num país desigual como o que vivemos. Ela também pode ser aplicada ao planeta. Adotar práticas saudáveis de se alimentar, de usar os alimentos, os objetos, sem desperdício, consumindo sem excesso, mas com consciência, faz bem para a sua saúde, inclusive financeira. Adotar e promover práticas ambientais sustentáveis, como a separação do lixo, o abandono de itens poluentes em benefício do que é reutilizável, também vai deixar seu organismo e seu ser muito mais de bem com a vida e, por isso, rico em saúde.

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Ação Sustentável

Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Avaré criou o projeto “Adote uma Caneca”, inspirado em similar lançado em 2003 pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que consiste no uso de canecas em lugar dos copos descartáveis. A economia estimada é de 2 milhões de copos por ano, já que a média de consumo de diário é de 3 copos plásticos por cada um dos 2600 servidores municipais. Além da economia de plástico e financeira, vale destacar que são necessários cerca de 500ml de água para produzir cada copo descartável, segundo dados do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia (IFSP) de Itapetininga. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente pretende estimular a implantação do projeto em todos os departamentos municipais de Avaré.

Foto: PMAvaré | divulgação

Quer se livrar da angústia, da apatia, da depressão? Participe de um trabalho voluntário. Embalar bombons na Chocolataria Frei Chico, certamente é fácil, prazeroso e vai driblar sua mente dos maus hábitos e das doenças crônicas do sentir. Quer se sentir leve, encontrar um sentido na vida? Participe de uma campanha social. Seja atuando diretamente, seja contribuindo financeiramente, seja articulando as ações necessárias, todo agir em benefício de quem precisa vai fazer um bem enorme para a sua saúde.

A seguir, algumas campanhas e dicas para você fazer o bem ao outro e a si mesmo.

Ações Sociais Chocolataria Frei Chico_ De caráter social, a Chocolataria Frei Chico, principal fonte de renda da Casa do Menor Adelina Aloe, que abriga mais de 20 menores, e do Centro Social São José, que atende 180 crianças de 6 a 14 anos com atividades extra-curriculares e alimentação, precisa de barras de chocolate da marca Garoto (precisa ser desta marca) e de leite condensado (de qualquer marca) para fabricar seus deliciosos ovos de páscoa e bombons. As doações podem ser de qualquer volume. Contato: 14 3373-2244 e 14 99888-2244

Páscoa da VAL_ De caráter coletivo, a campanha Páscoa da Vaquinha do Alimento é uma ação social de mão dupla. As doações são usadas para a compra de ovos de Páscoa da Chocolataria Frei Chico, base de sustento de duas entidades assistenciais. E os ovos são doados para as crianças que participam do Programa de Inclusão Alimentar Vaquinha do Alimento, que atende mais de 300 crianças e adolescentes da Vila Divineia, em Santa Cruz do Rio Pardo. A meta da campanha é alcançar R$ 6.000,00, para comprar 300 ovos de 200g. Contato: 14 99846-0732 (com Flávia)



14 • meninada

arte: Sabato Visconti

Vacina brasileira

Alvinho ouvia seu pai reclamar: nosso país não investe em educação, em ciência e não temos uma vacina brasileira. Reclamar não adianta, lembrou-se Alvinho das palavras do avô, nosso dever é agir! Exclamou tão decidido que Pingo perfilou-se junto, pronto para a guerra! VACINA BRASILEIRA! Gritava Alvinho em frente à barraca improvisada com a mesa e os banquinhos que levavam para acampar. CIENTIFICAMENTE COMPROVADA! Seu entusiasmo e confiança eram contagiantes e em pouco tempo pessoas aglomeravam-se à sua volta curiosos para saber da vacina brasileira. Foi um sucesso! Todos tomaram a vacina brasileira! Pingo entrou na fila várias vezes, mas Alvinho dizia: você não Pingo, você já está imunizado!

A vacina era um suco de limão com gengibre e sal (pra ficar com gosto de remédio) servido em copinhos descartáveis de plástico. A cada um vacinado, Alvinho dizia com muita confiança: Essa é uma vacina anti-ignorância! Lembre-se que, se não tomar a vacina contra a Covid-19, (lembrou-se da história do Pinóquio) suas orelhas irão crescer! Au! Au! Pingo pulava e latia achando que Alvinho era o campeão do dia!

Encontre 71 CORES no DIAGRAMA AMARELO - ÂMBAR - AMEIXA - ANIL - AREIA - AZUL - BEGE - BORDÔ - BRANCO - BRONZE - CÁQUI CARAMELO - CARMIM - CASTANHO - CASTOR - CELESTE - CEREJA - CHOCOLATE - CIANO - CINZA - COBALTO - COBRE - CONCRETO - CORAL - CREME - DOURADO – ÉBANO - ESCARLATE - ESMERALDA - FÚCSIA - GELO - GRENÁ - GRIS - JADE - JAMBO - LARANJA - LILÁS - LIMÃO - MAGENTA - MARFIM - MARINHO - MARROM - MEL - MOSTARDA - OCRE - OLIVA - OURO - PARDO - PÊSSEGO - PETRÓLEO - PRATA - PRATEADO - PRETO - PÚRPURA - ROSA - ROXO - RUBRO - SALMÃO - SÉPIA - SULFERINO - TANGERINA - TELHA - TERRACOTA TIJOLO - TOMATE - TURQUESA - URUCUM - UVA - VERDE - VERMELHO - VIOLETA

P R A T E A D O N V O D A R U O D O

U M I F R A M V E A T O C A R R E T

R X O U I X O E T M O C N B U V A E

P O C S G I R R S U N H Ã M Ç I M R

U E N I U E S M E R A L D A P C U P

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A O R E P A H L E T C A S T O R U U

O R B O R D O H C R I C O A I E R A

H T C Z A U Q O E O N I R E F L U S

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T S A U Ç Z R E U Q O R U M L E A A S N R A E O T R C E G U L M A O S A I S T V U O S M G I U V R E T G E B

C A Q U I C T O S E S I R Ã U E A A

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B R U B O A Ç T S M I O J I U H C M

R E V X S M E F N P T L R A N F O O

O L O I L E P U E E I E O J O A H S

L O N U T L O S R L G U N D A C C T

O U Z A M O S C A N S A V E R D E A

J A M B O E N S A H M S M A N A E R


15 • cidadania

Chocolates que promovem a prática da fraternidade Como acontece todos os anos, a Chocolataria Frei Chico trabalha intensamente para produzir ovos de Páscoa e outros produtos de chocolate para gerar renda e sustento para o atendimento a duas centenas de crianças e adolescentes de Santa Cruz do Rio Pardo. O trabalho segue no mesmo ritmo dos últimos 30 anos, envolvendo voluntários que se prontificam a ajudar na preparação e embalagem dos chocolates, conhecidos por seu sabor bem balanceado. A diferença reside apenas nas expectativas de vendas, um tanto mais incertas, após quase um ano das mudanças provocadas pela epidemia. “Os preparativos para Páscoa estão a todo vapor. A diretoria e os voluntários desejam fazer deste momento de fé e esperança na ressurreição, uma grande promoção para o Centro Social São José e Casa da Criança Adelina Aloe”, afirma Mônica Brandini, diretora da creche que está se preparando para a reabertura, quando deverá atender a cerca de 180 crianças e adolescentes de 6 a 14 anos. “Estamos sempre nos informando e organizando para reabrir quando nos for indicado pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social. A data estamos aguardando”, informa. A expectativa da Chocolataria, no momento, concentra-se nas encomendas de ovos e chocolates decorados em formas diversas, como corações, cachos de uva, pirulitos e uma variada coleção de bombons recheados. Tudo é feito de maneira artesanal, resultando em embalagens bem montadas, como é de se esperar depois de tantos anos de atividade. Com a renda revertida para as duas entidades – a creche programada para receber até 180 crianças em horários opostos ao escolar, para que seus pais possam trabalhar com segurança, onde são oferecidas

dado pelo saudoso Frei Chico”, diz Monica, referindo-se ao padre dominicano Francisco Pessuto, criador da grande obra assistencial da cidade. “Quanto ao atendimento das crianças, foi mantido um sistema online, inicialmente por quatro horas, e logo em seguida, de oito horas, com o envio de atividades para realizarem em casa com o apoio da família, de forma remota”, conta Mônica, garantindo que mesmo que de portas fechadas, a entidade não parou de prestar amparo às crianças e seus familiares.

* Ovos de diversos sabores, recheios e chocolates em formatos criativos, embalados com cores que nos lembram a alegria da ressurreição, maior sentido da Páscoa * alimentação e atividades extra-curriculares, e a casa de acolhimento, que abriga mais de 20 internos –, a entidade aguarda também a tradicional doação de barras de chocolate da marca Garoto e de leite condensado. “Seria providencial se algumas pessoas ou empresas pudessem ajudar”, destaca Mônica. A doação desses ingredientes atenuaria as limitações de compra da entidade após quase um ano tendo que driblar as dificuldades comerciais impostas pela epidemia, que obrigou a equipe a encontrar novas formas de ajudar as crianças enquanto a creche permanece fechada. “Nesse longo período, o Centro Social São José prestou atendimento às famílias mais carentes, com a distribuição de alimentos que tinha em estoque no início da epidemia e repassando para a comunidade as doações que fomos recebendo. Fizemos uma parceria com o SESI que garantiu a entrega de 240 marmitas às

* Voluntários e funcionários da Chocolataria Frei Chico embalam os ovos e bombons *

famílias mais carentes da área de abrangência da entidade por três meses e mantivemos o auxílio alimentar às famílias que necessitavam, que foram atendidas, às terças e sextas, como parte da Missão Caritativa do Centro Social São José, fun-

Com divulgação de seus produtos e preços nas redes sociais, a Chocolataria Frei Chico aguarda encomendas e está aberta à visitação, seguindo os protocolos de prevenção ao Covid-19. Chocolataria Frei Chico Atendimento: 2ª a 6ª, das 7h30 às 17h, e das 19h30 às 21h e aos sábados das 8h às 17h. Fone: 14 3373.2244. Cel/Whats: +55 14 99888.2244



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