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cidadania_

como um problema de espaço rendeu uma linda biblioteca para um bairro carente •p3

especial_a cobertura do Rock Rio Pardo 2019 em imagens informando como foi o festival de Santa Cruz

nº 162 julho 2019 ANO 14

exclusivo_receitas

com um toque caipira, feitas de mandioca e milho, entre outros itens simples •p6

Caderno 360 Gostoso de ler .

Distribuição: • Águas de Santa Bárbara • Areiópolis • Assis • Avaré • Bernardino de Campos • Botucatu • Cândido Mota • Canitar • Cerqueira César • Chavantes • Espírito Santo do Turvo • Fartura • Ibirarema • Ipaussu • Manduri • Óleo • Ourinhos • Palmital • Piraju • Santa Cruz do Rio Pardo • São Manuel • São Pedro do Turvo •Timburi

Agricultura conquista os jovens pelas mãos da mãe natureza

foto: Flávia Rocha | 360

Circulação Mensal: 6 mil exemplares

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Pontos Rodoviários: • Cia da Fazenda • Graal Estação Kafé • Orquidário Cyber Café • RodoServ • RodoStar • Varanda do Suco Versão On line: issuu.com/caderno360 facebook/caderno360

A agricultura é um caminho promissor para jovens interessados em aliar lazer a trabalho. É também uma ótima alternativa para uma carreira profissional repleta

de oportunidades e desafios, com a vantagem de se poder trabalhar em ambientes altamente familiares e do aprendizado para viver da própria terra.

No mês que é comemorado o Dia do Agricultor (28 de julho) fomos ouvir a opinião de jovens que foram criados na agricultura e pretendem se manter nela.


2 • editorial

Cultivar

A natureza tem sido o norte deste periódico desde a primeira edição, há 14 anos e meio. São 162 edições onde ela aparece desde o logo, criado com base nas cores predominantes na região: a terra vermelha, o céu ciano e o verde exuberante em todos os seus tons. Ao longo desse tempo que soma quase década e meia, o compromisso, o foco e o olhar sobre a natureza foram se tornando mais e mais intensos. E a razão não é outra senão a importância da agricultura para toda a região. O cultivo de alimentos é tanto que são inúmeras as atividades na região originadas e atreladas com a prática ancestral de plantar, cuidar e colher. Como está destacaco acima, cultivar é dedicar-se, desenvolver, cuidar. Esta edição está repleta de cultivos. E, talvez por isso, transbordando de emoção, pois cultivar algo emociona. Nossas páginas começam com a notícia de mais uma biblioteca sendo inaugurada na região pelo Projeto Primavera, cuja missão é “plantar livros pelo interior do Brasil”. Sua criadora, a amiga Vera Quagliato já plantou 23 unidades e não pensa em parar tão cedo. Para ela, o importante é cultivar nas pessoas com pouco ou sem acesso aos livros, o prazeroso hábito da leitura. Da mesma ideia

e xpediente

fotos Flávia Rocha | 360

Do latim cultivāre, Cultivar significa desenvolver, aperfeiçoar pelo cuidado e pelo trato contínuo. No dicionário de língua portuguesa, é um verbo transitivo que significa “trabalhar a terra", "fazer nascer uma planta". No sentido figurado, quer dizer: "dedicar-se, interessar-se, desenvolver".

compartilha a amiga e educadora Marci Brondi, que ao longo de sua vida cultiva esse hábito por onde passa e doou mais de 600 livros seus e de seus pais para a biblioteca que começa a funcionar no CRAS Betinha, unidade de assistência social de Santa Cruz do Rio Pardo que tem provado ser capaz de cultivar cidadania com maestria.

minhas mestras que cultivaram em mim o prazer por cozinhar, servir e alimentar. Segue com mais um causo do professor Wilson Gonçalves, que cultivava a memória contando boas histórias de pescarias e amizades e com nova edição do UNIFIOnews trazendo informações sobre a fundação destinada a cultivar o saber e a profissionalização.

A edição prossegue com receitas que tirei do caderno de minha mãe, anotadas com o nome de minha avó,

Ainda sobre cultivo, trazemos uma entrevista com jovens agricultores que não trocam a vida na roça por nada e provam que foram muito bem educados por quem sabe não apenas cultivar a terra, mas as boas relações. Para completar, a prometida cobertura do Rock Rio Pardo 2019, o festival que colocou Santa Cruz na agenda nacional do rock and roll, ao lado dos maiores do país. E com um diferencial que está fazendo escola em toda a região: o caráter solidário. Após arrecadar 8 toneladas de alimentos a serem distribuídos para entidades assistenciais da cidade, o rock segue com o mesmo efeito nas cidades de Óleo e Espírito Santo do Turvo, que programaram para agosto suas festas roqueiras, repletas de bandas e do espírito comunitário, como você verá na nossa agenda.

Com tantas booas notícias, o 360 se despede do primeiro semestre de 2019 trazendo ainda os olhares ímpares de nossos colunistas, que culO ilustrador Sabato Visconti, que nos * presenteia mensalmente com a arte do tivam o livre pensar em todos nós e Pingo, esteve visitando a região. Radicado com mais uma aventura do Pingo, nos Estados Unidos desde criança, onde por coincidência relacionada aos litrabalha com artes visuais, ele passou por vros e ao cultivo da melhor fonte de Ipaussu, onde viu capivaras e esteve na liberdade: a leitura!

Banca da Bel, parceira que distribui nosso Flávia Manfrin jornal desde a primeira edição. Além de editora autografar exemplares 360, ele levou gibis brasileiros, que lê desde a infância * • 360@caderno360.com.br

O Caderno 360 é uma publicação mensal da eComunicação. Todos os direitos reservados. Tiragem: 6 mil exemplares. Distribuição gratuita. Redação-Colaboradores: Flávia Rocha Manfrin ‹editora, diretora de arte e jornalista responsável | Mtb 21563›,Odette Rocha Manfrin ‹receitas e separa-ção›, André Andrade Santos ‹correspondente SP›. Colunistas: José Mário Rocha de Andrade e Fernanda Lira. Ilustrador: Sabato Visconti. Impressão: Fullgraphics. Artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. • Endereço: R. Cel. Julio Marcondes Salgado, 147 — centro — 18900-000 — Santa Cruz do Rio Pardo/SP • contato: 360@caderno360.com. br • 360_nº162_julho2019

Provérbios 4 vs 7

Ora ação!

“A sabedoria é a coisa principal; adquire pois a sabedoria, emprega tudo o que possuis na aquisição de entendimento.”


3 • cidadania

Mais uma biblioteca do do Projeto Primavera A 23ª biblioteca do Projeto Primavera - Plantando Livros pelo Interior do Brasil é inaugura em Santa Cruz a partir da doação de um acervo particular de mais de 500 livros. A nova unidade soma mais de dois mil livros para todas as idades, devidamente organizados e acessível a todos durante a semana.

Foi o que bastou para Marci sorrir e consentir. E para que eu pudesse tomar uma medida muito simples: fazer três ligações telefônicas. A primeira, para Vera Quagliato, criadora do Projeto Primavera - Plantando Livros pelo Interior do Brasil. Como já noticiamos várias vezes, ela monta bibliotecas em lugares distantes e também tem promovido a criação de unidades na nossa região, onde vive sua família. Somente em Santa Cruz já são cinco unidades, frutos de pedidos simples como o meu, que ela tão prontamente atende sempre que possível. “Vera, você topa montar uma biblioteca em Santa Cruz a partir da doação de um grande acervo particular?” A resposta foi objetiva: “Sim, preciso apenas que você obtenha autorização da prefeitura, que sempre é parceira nos meus projetos.” A segunda ligação foi para a diretora do

CRAS Betinha, unidade de atendimento social situada na Vila Divineia, um dos mais carentes da cidade. “Você gostaria de uma biblioteca aí no CRAS?” A resposta foi imediata: “Claro que sim!” Fiz então a terceira ligação: “Eliane, você autoriza a instalação de uma biblioteca no CRAS Betinha?”, perguntei à secretária de Assistência Social da cidade, Eliane Botelho. Novamente, sem qualquer burocracia, ouvi um sonoro “Sim!”. Foram menos de seis meses para que a ideia se tornasse realidade. A biblioteca foi belamente instalada num espaço disponível do grande balcão onde funciona o CRAS Betinha, com toda a estrutura necessária para agradar ao público leitor. “É um lugar onde você tem vontade de ficar”, disse o secretário de cultura Frednes de Oliveira Botelho, que a convite do 360, se juntou à Eliane Botelho e aos secretário de educação da cidade, Francis Pegorer Godoi para fazermos a foto que ilustra esta matéria. Para transformar um corredor sem uso na iluminada e moderna biblioteca, o projeto contou com o trabalho voluntário da arquiteta Janice Breve, de Ourinhos, que coincidentemente é prima do marido de Marci e costuma dar uma força para o Projeto Primavera. Veratambém destaca a participação da Editora Viena, de Santa Cruz, que tem

Diva e Marci, à frente e *profissionais das secretarias de Educação, Cultura e Assistência social

*

fotos Flávia Rocha | 360

O dilema de como organizar a grande quantidade de livros de sua biblioteca particular somada ao volumoso acervo que seus pais trouxeram ao se mudarem para Santa Cruz do Rio Pardo, a educadora e leitora costumaz, Marci do Valle Brondi Andrade, ouviu uma sugestão: “Por que você não doa para um lugar público perto da sua casa? Assim, você resolve a falta de espaço, continua a usá-los com facilidade e ainda compartilha com quem quase não tem acesso à leitura.”

abastecido o projeto que funciona somente na base da doação de livros novos ou usados com exemplares excedentes de seus lotes de impressão. “É uma quantidade muito grande de livros novos que eles nos enviam regularmente”, conta a criadora do Projeto Primavera, que não aceita doações em dinheiro, apenas em livros. O resultado está aí, nas fotos que tiramos à véspera da inauguração, agendada para 26/07/19. Uma data que entra para a história do bairro, pois agrega um espaço repleto de diversão, lazer e aprendizado para moradores, de todas as idades. Um ambiente livre, que dá acesso a um universo repleto de ideias e pensares, coisa que só os livros são ca-

*doA unidade Projeto Primavera do CRAS Betinha está pronta para receber leitores de todas as idades

*

pazes de oferecer. E que vai ser muito aproveitado pela Marci e sua família, já que o CRAS funciona a poucas quadras de sua casa, na rua onde ela mora. “Desde muito cedo adorava meus livros e ler. Mas sempre gostei de compartilhar os livros com amigos, com alunos, com crianças. Sempre falei de livros, de poemas, dos autores. por isso, sinto muita alegria de ter doado nossa coleção. Estou muito feliz de proporcionar esse contato com os livros para tantas pessoas. Especialmente com as crianças, porque elas costumam envolver quem està à sua volta com o que fazem. E farão isso com os livros.


de vista

Competição de Sentidos O bebê nasce, chora, abre os olhos. Pela primeira vez seu cérebro recebe imagens enviadas pelos olhos, mas não enxerga nada além de luz, movimentos, contornos sem cores. Seus olhos são sistemas ópticos imaturos, assim como a percepção das imagens pelas retinas, ainda em formação. Seu cérebro ainda não sabe processar as imagens. Esse bebê terá que esperar até o terceiro mês de vida para ter um salto na qualidade de sua visão, quando passa a enxergar cores, detalhes e se encanta com o mundo que o envolve. O paladar e o olfato desse bebê também não recebem estímulos adequados ao desenvolvimento enquanto está no útero. Ele escuta as batidas do coração da mãe, os sons internos do funcionamento de nosso corpo e, conversar, rir, produzir sons com o bebê assim que ele nasce faz todo o sentido para que ele não sinta que o novo ambiente é tão estranho. Mas,

bom co-nhecer outra família, outra maneira de manifestar os sentimentos entre pais, tios e filhos.

*José Mário Rocha de Andrade

Pixabay.com |

4 • ponto

Os oftalmologistas gostam de dizer que 80% do contato que temos com o mundo exterior é feito através da visão. Basta fechar os olhos para concordar. Nesse mundo em que vivemos conectados nas telas de TV, celular, computador, também saímos para admirar a natureza, admirar o sol nascente e poente, dirigir um carro e, obviamente, olhar pessoas distantes e próximas, a visão é fundamental. Rubem Alves, querido filósofo e escritor que viveu muitos anos em Campinas, gostava de dizer que os olhos não enxergam a si mesmos, que espelhos são inúteis para que eles possam se enxergar. Os olhos precisam de outros olhos para se enxergar. Assim são os órgãos dos sentidos. O tato precisa de outra pele para sentir o conforto, o aconchego, a segurança.

nessa idade, o sentido necessário e que predomina é o tato. É o tato que oferece conforto, proteção e segurança ao bebê. O aconchego do abraço, a carícia das mãos, o contato das bochechas, a massagem nos pés, na barriga. Durante toda a vida o tato nos oferece esse apoio, nos conecta quando estamos felizes, conforta quando estamos inseguros, ou sentimos medo, nos emociona nos momentos de paixão e amor. Os receptores que nos permitem sentir tudo isso estão espalhados por toda a pele, nos lábios, na superfície do nosso corpo e eles pedem por contato. Meus pais não eram de muito abraçar e beijar, principalmente meu pai, talvez porque nas décadas de 60 e 70, quando eu era criança e adolescente, homem não beijava outro homem. Aos 14 anos de idade fui morar em Sorocaba

com o Salibinha e o Paulinho Queiroz. Salibinha é de família de libaneses e seu pai, seu Felipe, seus tios, eram o oposto. Abraçavam mui-to, beijavam muito e não poupavam carinho, como é natural nas famílias árabes. O tato era manifestação livre e natural. Foi muito

Mas, para melhor cheirar, melhor ouvir, melhor sentir o paladar e o contato com outra pessoa, fechamos os olhos. Sim há uma competição entre os sentidos. Continua no próximo 360... *médico santa-cruzense radicado em Campinas

Reforma da previdência: pesquise e opine. Será que em algum lugar do mundo é assim? Boa pergunta. Não serei eu a lhe dar a resposta. Use seu tempo na net para pesquisar. Afinal, hoje em dia gente de toda idade e escolaridade vive plugada nas redes sociais. Procure no Google, e pesquise. Informe-se. Ser cidadão e ter opinião requer, antes de mais nada, estar informado. E com dados reais, por favor. Não se fie em fake news! Porque é o fim!

Imagem de Der Lusca por Pixabay

O tema é polêmico e diz respeito a todos: qual a mais justa forma de uma nação tratar quem passou da juventude e parte para a velhice? Na minha opinião a aposentadoria deveria ser 100% diferente.

Primeiro: seja com 35 anos de serviço ou a partir de 65 anos, o valor deveria ser progressivamente maior conforme vamos envelhecendo. Afinal, quanto mais se vive, menos se tem condições de dar conta da própria vida. Quem se aposenta na casa dos 50 ou 60 anos poderia sim receber menos. Uma ajuda de custo para continuar produzindo. Porque se você para de trabalhar adoece. Na casa dos 50 ou 60 ou até mesmo 70, ainda temos sonhos e vigor para novas jornadas. Uma renda mensal básica, certamente ajuda a trilhar o caminho com mais tranquilidade. Aos 80 e daí por diante, é preciso ser tutelado

pelo governo. Afinal, vai contar com quem? A conta com cuidadores, remédios, tratamentos etc. e tal é alta. Portanto, maior deveria ser o valor da aposentadoria. Além disso, é menor o número de pessoas que chega e ultrapassa essa idade, então os mais altos valores seriam realmente para menos pessoas, aquelas que mais precisam por conta da idade.

Informe-se e veja se em outros países os militares se aposentam com tantas vantagens, assim como os juízes. Pesquise em qual país filhos de militares e juízes têm mais regalias do que de cidadãos que atuam em outras áreas, especialmente na iniciativa privada.

* Fernanda Lira

Pesquise como são tratadas as pessoas que têm deficiências físicas ou mentais, que têm mais dificuldades ou são impossibilitadas de cuidar da própria subsistência. Pare de olhar para o seu umbigo e olhe para o mundo. Descubra como é lá, ali, acolá. Aí você poderá ter uma opinião mais justa e praticável a respeito deste e de outros assuntos. E depois de pesquisar e refletir, opine. Participe das agendas de cidadania, também disponíveis na internet e coloque lá a sua opinião. Seja qual for, é seu direito e seu dever opinar. *jornalista paulistana que adora o interior


Rock solidário contagia a região Os eventos de rock'roll com caráter solidário estão se tornando constantes na região do sudoeste paulista. Além do consagrado Rock Rio Pardo, criado há 17 anos e que nos últimos anos somou mais de 8 toneladas/ ano de alimentos doados a entidades assistenciais, cidades bem pequenas, como Óleo e Espírito Santo do Turvo já organizam seus próprios eventos, sempre com o espírito de ajuda solidária. Em agosto, dois eventos prometem movimentar a região, com dias inteiros dedicados a muita música feita por bandas que já são conhecidas do público e devem atrair milhares de pessoas. Outro ponto em comum nos dois eventos, além da entrada na base da doação de alimentos não perecíveis, é a estrutura para receber grupos de motociclistas.

• agenda

Informaçãos nos anúncioscortesia aqui ao lado. Aproveite!


6 • gastronomia

Delícias bem caipiras Flávia Manfrin

Uma das qualidade de um prato, na minha modesta opinião, reside na facilidade de ter os ingredientes disponíveis para prepará-los.

fotos Flávia Rocha | 360

É o que aocntece com as receitas deste mês, feitas a partir de produtos que costumamos ter na nossa cozinha e que nos trazem, ainda, aquele sotaque de comida caipira. Duas delas, como é de praxe, saiu do precioso caderno de receitas de minha mãe, a dona Odette. A terceira foi criada por acaso, nas minhas investidas na cozinha, preparando um churrasco!

Bolo de Fubá e Coco

Sopa de Mandioca

Torta de Queijo Fresco

receita da vó Joana

receita de Flávia Rocha Manfrin

receita de Odette Rocha Manfrin

_Ingredientes do pudim: • 2 xícaras de fubá • 2 xícaras de leite • 2 xícaras de açúcar • 200ml de leite de coco • 1 xícara de coco ralado • 1 colher de óleo • 2 colheres de manteiga • 1 colher de fermento • 4 ovos _Preparo: Numa panela de fundo grosso, coloque o leite, fubá, manteiga, óleo, sal e açúcar. Leve ao fogo e mexa até desgrudar da panela. Espere es-

friar e então o leite de coco, o coco ralado e os ovos. Depois o fermento. Se preferir, pode bater as claras em neve, neste caso deixe para colocar por último e mexa com cuidado para deixar o bolo fofo. Assem em forma untada com manteiga e farinha ou com manteiga e açúcar, se preferir, em temperatuda de 170º. Decore com geleia do seu gosto ou polvilhando coco ou açúcar e canela.

_Ingredientes: • 1 kg de mandioca • 4 colheres de manteiga • cebolinha picadinha • 2 xícaras de leite ou caldo de carnes _Preparo: Cozinhe a mandioca em água e sal até ficar bem cremosa. Quando estiver cozida, escorra 2/3 da água da panela (deve sobrar umas 2 ou 3 xícaras), retire as mandiocas com uma escumadeira. Vai sobrar um pouco da água do cozimento misturado à mandioca que derreter e outros pedacinhos. Tranfira essa sobra para uma panela. Adicione pedaços da mandioca cozida e leve ao fogo. Mexa bem e e adicione a manteiga e depois a cebolinha. Ajus-te o sal e adicione o leite ou caldo de carne ou de legumes. Deixe cozinhar um pouco.

_Ingredientes da massa: • 200g de manteira com sal • 3xícaras de farinha de trigo ou arroz • 3 gemas • 100g de queijo ralado • 1 colher de chá de fermento em pó • 1 pitada de sal _Ingredientes do recheio: • 1 queijo branco fresco e macio • 6 ovos • 1 colher queijo ralado • sal e pimenta _Preparo da massa: Junte a farinha o sal e o fermento. Adicione a manteiga ralda e mexa com as mãos até virar uma farofa. Acrescente então as gemas. Não amasse demais, basta ficar homogênea. Faça uma bola com a massa e cubra com filme. Deixe descansar na geladeira por pelo menos uma hora. Depois abra com rolo ou com as mãos e forre uma forma de

fundo removível. Não faça muito grossa. Faça furinhos na massa para assar sem levantar bolhas. Coloque também feijões crus, para que não forme as tais bolhas. Asse em forno pré aquecido a 180º. _Preparo do recheio: Com um garfo, amasse bem o queijo. Acrescente os ovos previamente batidos com um garfo. Tempere com sal e pimenta. Despeje sobre a massa pré assada e leve ao forno.


H

FOTO PITTY: ARTHUR HONORATO PARA O CXADERNO 360

Apresenta

especial

2019

cobertura completa

O festival de rock tamanho família foto: Jornal Biz

• fotos Flavia RoCHA e Arthur honorato|


Santa Cruz consagra o Rock’Roll

re


eunindo mais de 20 mil pessoas em 17 shows


Público

doa 8 toneladas de

ZERO ocorrências

alimentos para instituições

policiais

Milhares de pessoas radiantes, montadas e prontas pra curtir na paz e hamornia.

360 especial Rock Rio Pardo 2018 - Cobertura é um encarte da ed. 162 do caderno 360 - JUL/19. Fotos: FLávia Rocha e Arthur Honorato. Diagrmação: Flávia Manfrin

veja a cobertura completa e pegue sua foto s/ marcas na fanpage facebook/caderno 360


7 • meninada

Pingo faz escola Alvinho acordou e, ainda meio sonolento a caminho do banheiro, quase tropeçou. Era Pingo deitado no caminho. Tomou o café da manhã, levantou-se e quase tropeçou. Era Pingo deitado no caminho. Deitou-se no sofá para assistir TV, levantou-se e... quase tropeçou. Era, outra vez, Pingo deitado no caminho. No dia seguinte Alvinho acordou e, ainda meio sonolento a caminho do banheiro, quase tropeçou e pensou. Pingo, outra vez? Mas... não era Pingo. Parecia um trem, mas, olhando melhor, percebeu que eram livros empilhados formando vários vagões como os de um trem.

Ache as 12 diferenças no Pingo

Sentou-se para tomar o café da manhã e, ao lado do leite havia uma pilha de livros. Quando se deitou no sofá para assistir TV, bem à frente, havia uma pilha de livros. Alvinho ficou intrigado.

RESPOSTAS:1-Sobrancelha esquerda. 2- Título do livro de cima da pilha à esquerda. 3- Cabo da maçã. 4- Patinha. 5- Lentes dos óculos. 6- Tamanho do nariz. 7- Cor da sombra do livro de baixo à direita. Parte de baixo da capa do terceiro livro da pilha da direita. 9- Miolo do traçado gráfico sob os livros. 10- Cor do título do terceiro livro da pilha da direita. 11- Granhura das páginhas do livro de baixo da pilha à esquerda. 12- Haste do óculos.

O que é que está acontecendo nessa casa? Pensou, pensou e pensou ainda mais. Depois que pensou mais um pouco veio uma luz! Já sei! Minha mãe aprendeu com o Pingo. Ele fica no caminho porque quer passear. Minha mãe quer que eu leia livros. Pingo! Pingo! Você, que nunca foi à escola, já é professor. Muito sabido você! Pingo, que está sempre escutando, latiu feliz: Au! Au! Au!


8 • literatura

_ drops

A confissão

Sempre que e me encontrava com ele numa corrutela às vizinhanças de Uruaçu, Goiás, onde passara um dia à caça às perdizes, ficávamos um bom tempo batendo papo. Eu, por incrível que pareça, ouvindo mais, já que meu amigo tinha o dom de contar causos. As históricas, muitas tinham as vestes da veracidade. Outras voavam pelo reuno fantasioso da imaginação. Era domingo, dizia ele. O arraial movimentado, alegre, parecia dia de eleição direta. Frei Paulo Scatamáchio, bondoso dominicano, muito zeloso da alma de seus fieis, chegara no sábado. Para falar a verdade, o pároco, religioso à moda antiga, de tonsura e batina, vestes talares brancas como recomendava a Ordem a que pertencia, levava a religião a sério. Sábado à noite, confissão do rebanho. Os religiosos, convocavam-no as badaladas do velho sino, presente dos Caido à igreja. No domingo de manhã, comunhão geral. Eu e meu amigo bebericávamos num botequim à volta da praça. Entre um

sorvo e outro do líquido gelado, contava o que passara com ele no sábado à noite, na confissão. O padre, meticuloso, daqueles que rezam a Santa Missa só em latim, como se esta língua fora eleita para os atos litúrgicos para todo o sempre. O padre antigo, sem nenhum demérito ao moderno, em matéria de confissão, leva o ato mais a sério do que se possa pensar. Que o diga quem, ainda, se confessa com o confessor de idade. Então, dizia meu companheiro de papo: “Quando eu me ajoelhei no confessionário, logo no início, percebi que o padre era assaz preocupado com a alma do confidente. Daí eu ficar com um pé atrás no diálogo que iríamos travar.” – Você, meu filho, dizia o padre, tem rezado todas as noites ao se deitar? A gente não sabe o que vai no dia de amanhã! – Tenho, se padre! Mentira. Há mais de dez anos não rezava ao deitar-se. Fazia-o quando moleque. Depois.... nunca mais. Caiu da moda. – Você, meu filho, tem honrado seus

Reprodução de crônicas do livro Contos e Causos, do professor Wilson Gonçalves, cujo centenário é comemorado em 2019, originalmente publicadas no jornal Debate

Os 100 anos do Professor

compromissos matrimoniais? Neste ponto, meu amigo se embananara um pouco, pois a pergunta tem de muito de capciosa. Disse que sim, todavia. As perguntas partiram dos pecados veniais aos modernamente, de acorco com a nova hermenêutica litúrgica, denominados “pecados cabeludos”. Nesta altura dos acontecimento, o padre começou a apertar o confidente. Você, meu filho, precisa tomar muito cuidado. Zelar-se mais. Tomar tento com a vida. A vida eterna se alicerça naquilo que nós fizemos nesta vida. Todos nós colhemos o que semeamos. Parou um pouco e depois disse, para encerrar a confissão: – Meu filho, olha o Juízo Final! Tem

pensado no problema da vida eterna? Tem pensado no problema do fim da vida? Todo respeitoso como exigiam as circunstâncias, meu companheiro respondeu: – Olha, seu padre, pra falar bem a verdade eu tenho me preocupado muito é com o final do mês.


news

Informativo mensal • edição 02 • jul2019 • especial para o 360

Curso de Artes Visuais da UNIFIO é destaque no Festival do Minuto Cinco vídeos produzidos por alunas da UNIFIO concorrem no concurso Tema Livre do Festival do Minuto. Vídeos produzidos pelos alunos do Curso de Artes Visuais da UNIFIO (Centro Universitário das Faculdades Integradas de Ourinhos) estão concorrendo ao Festival do Minuto. Dentro da temática “Tema Livre” proposta no mês de junho, os alunos do 7º termo do Curso de Licenciatura em Artes Visuais, orientados pela professora Dr.ª Rosemary Trabold Nicácio, na disciplina de Audiovisual I, produziram vídeos autorais com até um minuto de duração e se inscreveram no Festival. Cinco vídeos foram aprovados pelo comitê curador e estão concorrendo ao prêmio. São os vídeos "Através dos olhos de Priscila", da aluna Natanny Fernanda Garcia; “Flor”, da aluna Graciele Garcia; “As retas curvas”, das alunas Raphaely Ribeiro Rodrigues e Mylena Piterello; “Rolê da kombi”, das alunas Bruna Andrade Alves e Laura Helena de Carlos Venerando e “Nas suas mãos”, das alunas Gabriela Titonelli e Karina Martins. Outros vídeos produzidos no bojo da disciplina do curso de Artes Visuais também foram inscritos e estão aguardando a aprovação do comitê. Como surgiu o Festival O Festival do Minuto foi criado em 1991 com a proposta de selecionar imagens em movi-

UATI-UNIFIO volta às aulas dia 30 de julho A UATI-UNIFIO (Universidade Aberta à Terceira Idade do Centro Universitário das Faculdades Integradas de Ourinhos), dará início as aulas do 2º semestre de 2019, no dia 30 de julho, às 14 horas. As alunas da UATI-UNIFIO, professoras e a coordenadora Gerda Kewitz Além das atividades do programa curricular do Curso, a UATI também reali- cia da Special Dog e músicos, sob a ba- cujos ensaios estão a todo vapor. za vários eventos no decorrer do semes- tuta da Maestrina Daniele Montuleze. A UATI-UNIFIO é coordenada por tre. Um dos principais será o lançamento Também estão programadas palestras, Gerda Kewitz e as aulas são ministradas do 6º livro, marcado para setembro, com visita à AADF (Associação de Assistência no prédio do Colégio Santo Antônio Sarau Musical e Literário com a partici- ao Deficiente Físico) com entrega de kits (prédio da Fundação Educacional Mipação especial do Centro de Convivên- e o já tradicional Fim de Ano na UATI, guel Mofarrej) às terças e quintas-feiras.

mento – de amadores e profissionais - que sintetizassem um tema em 60 segundos, ou seja, um minuto. Foi o primeiro Festival do Minuto criado no mundo e hoje mais de 50 países seguem sua proposta. Esse Festival ocorre no próprio site www.festivaldominuto.com.br/pt-BR e hoje, com um acervo de mais de 35 mil vídeos, tem licença Creative Commons que possibilita expor toda essa produção em seu endereço eletrônico. Os patrocinadores são: Ministério da Cidadania, Secretaria Especial da Cultura, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE; Fundo Setorial do Audiovisual, Ancine e SPCine. Os vídeos que se destacarem são apresentados em redes de exibição por todo o país e, independente de qualquer premiação, participar do Festival e ter sua produção exibida entre excelentes trabalhos selecionados é muito gratificante, afirma a professora Rose. A participação dos alunos conta com o apoio e incentivo da professora Dra. Ana Luiza Bernardo Guimarães,coordenadora da Licenciatura em Artes Visuais da UNIFIO.


10 • agronegócio

Agricultura fascina jovens que preferem o campo à cidade Conversamos com cinco jovens criados na vida no campo. Entusiasmados, eles já decidiram ser agricultures unida, incansável e feliz. São grandes plantações de madioca, soja e milho que se alternam, somando 300 alqueires de plantio.

Em meio a tantas possibilidades do mundo global, o que almejam os filhos de agricultores? Levamos essa questão a cinco jovens – os irmãos Vinícius e Miguel Damasceno Zucca, seu primo Breno Tavante, e os irmãos Mateus e Lucas Biasoti Ferrari. os cinco nasceram em Santa Cruz e, com idades entre 13 e 21 anos, não apenas sabem o que querem da vida – cuidar das lavouras –, como já têm um nível de conhecimento agrícola excepcional. Também a felicidade que sentem trabalhando voluntariamente na roça, para onde seguem desde pequenos, acompanhando pais e avós, é acima do comum, provando que a natureza é mesmo soberana e a agricultura, majestosa. Esta reportagem me levou pelas aos bairros da Mandassaia e da Jacutinga, em Santa Cruz do Rio Pardo, em áreas de colheita de milho e de sorgo (grão usado para produção de álcool para uso medicinal, conforme me ensinou um dos jovens). Nos campos, os encontrei literalmente com a mão na massa. Conhecedores das técnicas e usos de todos os equipamentos para plantio, eles deram um show quando perguntei aos avós dos cinco jovens e à mãe de Breno, como eles são. Desenvoltos, alegres, estudiosos, educados e apaixonados pelo campo. Bem criados, livres e felizes, enquanto crescem, eles vão se tornando aptos a assumir o comando dos negócios familiares, um aprendizado lúdico e espontâneo, que começa na tenra infância, quando se divertem acompanhando os mais velhos na roça e, brincando, começam a ajudar, adquirindo visão para o agronegócio. Orgulhos da família – Sem exceção, o grupo entrevistado representa um grande orgulho para suas famílias. “Meus netos são fora de série. Vão pra escola de manhã, voltam almoçam e vão para a roça. Conhecem os maquinários, as lavouras. São educados e estudiosos. A união, a honestidade, a responsabilidade com que fomos criados eles também aprenderam. Eles têm boa conversa”, gaba-se Reginaldo Zucca, o Nardinho, avô de Breno, Vinícius e Miguel e pai de Regiane, mãe de Breno, uma agricultora de mão cheia, que é a "menina dos olhos do pai. “Pergunte em São Pedro sobre a Regiane. Ela é fora de série”, diz Nardinho, sobre a força de trabalho que a filha representa na agricultura. “Se eu soubesse que viriam igual a ele, teria tido uns 10 filhos”, diverte-se Regiane sobre Brenno, filho único. Na família Ferrari a satisfação com a nova geração também fala alto. Lucas e Mateusacompanham o avô Anízio desde crianças e nas férias preferem ir para as lavouras do que ficar à toa na cidade. Com mais de 80 anos e com um vigor admirável para trabalhar, Anízio é só sorrisos quando lhe pergunto dos netos. “Eles são baguás”,

* A nosso pedido, os irmãos Vinícius e Miguel Zucca posam nos equipamentos que a

família usa nas plantações de soja, milho e mandioca. Familiaridade com o campo *

diz, usando um termo local para indicar quem é extraordinário. O orgulho estampado nos olhos e conversas dos avós dos cinco jovens faz todo sentido. Eles são mesmo educados, desenvoltos e amam viver no campo, valorizando o trabalho familiar que só tem crescido graças ao vínculo que une gerações. Futuro garantido – O apreço pela vida no campo traz para essa juventude a vantagem de um futuro seguro e promissor, já que brincando, eles aprendem a cuidar de

um negócio próprio que, pelo exemplo de seus pais e avós, pode ser rentável e crescer a perder de vista. Regiane conta que ela e o marido começaram trabalhando no campo e foram aos poucos foram comprando terras e vendo o negócio crescer. Hoje, ela e o marido Silvio Tavante possuem 30 alqueires de terra e maquinários para trabalhar e arrendam 40 alqueires para plantaa milho, soja e mandioca. O aumento progressivo das lavouras trabalhadas em família também é notável na Jacutinga, onde a família Zucca trabalha

No caso dos Ferrari, a proporção de crescimento é provavelmente a maior de toda a região. Rogério, pai dos meninos Lucas e Mateus, ampliou consideravelmente as terras produtivas do pai, Anízio, trabalhando também com comércio de implementos. O dom para os negócios o levou a associar-se com um grande grupo do setor, do qual agora tem participação. E a criar uma nova marca para a área de produção agrícola, que inclui soja, milho, sorgo, feijão, trigo e cana-de-açúcar, a Romalure. A empresa é gerida por Mateus, que conta com o apoio de Nonô (Edilson), há 20 anos na empresa e seu braço direito nos negócios. Para as finanças, ele agora conta com uma profissional de grande experiência, que atuou por 25 anos na Agro Ferrari, Renata Ferrari, mãe dos meninos. O desafio de gerir 1500 hectares de lavoura, não parece pesar sobre Mateus. Ao contrário, ele exprime um grande entusiasmo e mostra ser muito responsável com os negócios. “A diversificação de culturas diminui riscos econômicos e é saudável para o ecossistema”, ensina o jovem agricultor. O que dizem os jovens – A conversa com os meninos, comprova os testemunhos de seus familiares. “Não penso de jeito nenhum em morar na cidade”, diz Miguel Zucca, 15 anos, quando pergunto se gosta de morar no sítio. Estudante do terceiro colegial, ele diz ter uma rotina mais livre que os amigos da cidade, regrada apenas pelas variações climáticas. “No geral, somos iguais, é tudo normal”, diz num largo sorriso. Muito inteligente e apaixonado por química, Miguel ainda está avaliando o que vai estudar, mas não quer se afastar do campo. “Posso estudar agronomia, química ou mecânica, algo que possa usar aqui”, diz seguro da decisão pela agricultura. “Para qualquer agricultor que você conversar, vai saber que precisa entender de química para cuidar da lavoura”, diz o jovem com desenvoltura. A vida no sítio não tira dele o acesso à informação. Ele usa internet e também frequenta eventos do setor. “Trabalhamos com rotação de culturas e estamos diminuindo o uso de adubos químicos”, diz o Miguel, discorrendo sobre várias formas de tornar as lavouras mais sau-dáveis. “Eu me sinto realizado”, afirma. Maduro, ele acha que o campo é uma oportunidade a ser aproveitada.“Acho que precisa incentivar mais pessoas a virem para a roça”, avalia o jovem que também valoriza o contato familiar. “As relações são mais estáveis por serem familiares. O empregado não tem o mesmo afeto, quando se está


em família, mesmo que tenha uma briga, logo se resolve e o trabalho continua”, diz com sabedoria incomum para sua idade.

* Em sentido horário partindo do

alto à esquerda: Mateus e Lucas; Breno; Miguel; Lucas e Vinícius. A nova geração do campo tem amor pela natureza e estuda para aplicar a tecnologia disponível nas lavouras *

Aos 21 anos, Vinícius Zucca já terminou o colegial e não pretende estudar fora. Usa a internet e frequenta feiras e dias de campo para se atualizar. Trabalhar no campo, com máquinas e com a tecnologia que elas agregam, é algo que o fascina. “Gosto demais de tudo isso”, diz ele que cresceu podendo andar no trator e outros maquinários da família e, por isso, já domina os modernos – e enormes – equipamentos que usam na lavoura. * Além do vínculo

“Quando era pequeno eu vinha brincar, aí fui aprendendo”, me conta Breno, 13 anos. Brincando, ele já representa uma boa ajuda para os pais. Todos os dias, volta da escola, almoça e segue com eles para a lavoura. “Somos dois e meio, diz Regiane, referindo-se à contribuição do filho no trabalho que toca com o marido. E não é só no plantio e na colheita, atividades que Breno mais gosta, que o jovem faz a diferença. Ele também ajuda na manutenção e limpeza das máquinas. “Ontem fizemos a manutenção de uma plantadeira”, conta Regiane com muito orgulho do filho.

familiar e com a terra, os jovens que escolheram a vida no campo são fascinados pela tecnologia e pelos maquinários que seus pais usam nas lavouras*

la felicidade com a vida que tem. E é grato por tudo que o avô e os pais lhe proporcionaram. O belo jovem que vive em meio a tantas oportunidades, poder e resultados de cair o queixo, como se usa dizer no interior, impressiona ainda mais quando lhe pergunto do que, nesse incrível universo agrícola, ele mais gosta: “Estar no campo, em contato com a natureza e consequentemente, com Deus, com os primórdios da humanidade, sentir a brisa, o verde, é o que mais me motiva”.

Também muito jovem e estudioso, Lucas Ferrari, 15 anos, abre um enorme sorriso quando lhe pergunto se gosta do campo. Desde pequeno, segue com o avô para a roça e já sabe tudo sobre lavouras. Estudioso, pretende seguir os passos do irmão, Mateus, e estudar agronomia. A desenvoltura do adolescente é tanta que ele me convida a subir numa colhedeira para conhecer o equipamento, que é mesmo fascinante. Ele me mostra os paineis de controle, cheios de gráficos coloridos, que ele entende sendo capaz de acompanhar o motorista e monitorar a colheita. nhecer o valor da família e dos colaboradores da empresa. Aluno da melhor escola de agronomia do país, a ESALQ (unidade da USP que funciona em Piracicaba), Mateus mostra segurança sem qualquer afetação, provando que a criação no campo garante um tom humilde sem ser submisso, algo raro de se encontrar. Ele fala com eloquência sobre as vantagens do acesso ao universo acadêmico e à prática agrícola, comprovando que a criação no campo lhe trouxe uma capacidade extraordinária de aproveitar os estudos e um senso analítico elevado. Para ele, a prática com as lavouras

Lucas prefere a vida no campo a ficar na cidade, onde mora e estuda. Nas férias, vai cedo para a lavoura e almoça com junto com o grupo de trabalhadores, incluindo o avô. “A comida aqui é mais gostosa”, conta. Pergunto o que a torna melhor e ele revela: “pelo lugar”, demonstrando um amor incondicional pela natureza. Bastam 15 minutos acompanhando Mateus Ferrari para se encantar com o jovem agroemrpesário de apenas 20 anos. Ele fala com desenvoltura de tudo que envolve as lavouras, é articulado e capaz de reco-

envolve questões econômicas e sociais que nem sempre pesam no meio acadêmico. Enquanto me mostra as plantações, ele fala sobre tecnologia, implementos, maquinários, mercado e tendências com desenvoltura. Quando pergunto para onde escoam a produção dos grãos, ele elenca cada destino, que ele administra com autonomia, reportando seus passos o pai. “Quando há algo grande, que exija um alto investimento, por exemplo, eu o consulto antes.

texto e fotos: Flávia Rocha Manfrin | 360

Sempre sorridente, exa-

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Dia do Agricultor O mundo agro é gigante. Tanto quanto as plantações de milho, soja, cana-de-açúcar, trigo, feijão, arroz e tantas outras culturas que se espalham pelo Brasil. Tudo que comemos tem origem no campo, até mesmo os alimentos que vêm prontos, em latas e embalagens plásticas. Todas as frutas que apreciamos frescas ou em doces deliciosos são fruto do trabalho incansável do agricultor, pessoa que acorda cedo, sem preguiça, chova ou faça sol, para lidar com a terra e tirar dela o sustento, muitas vezes pouco no bolso, mas enorme na qualidade daquilo que chega à nossa mesa. Por isso, no dia 28 de julho, em que comemoramos o Dia do Agricultor, devemos celebrar e agradecer pelo seu valoroso trabalho junto à natureza!

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