Caderno 360 _ ed155 _ dez2018

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nº 155

acontece_ Ourinhos faz

cultura _a Lei Rouanet é usada por empresas e por artiostas para promover a cultura na região •p12

foto: Flavia Manfrin | 360

100 anos e ganha um museu moderno repleto de obras da região e um acervo autoral completo •p8

G

! s i t rá ANO 14

culinária_receitas lindas e saborosas para você deixar sua mesa de Natal linda e de dar água na boca! •p14

Caderno 360 Gostoso de ler . Circulação Mensal: 6 mil exemplares Distribuição: • Águas de Santa Bárbara • Areiópolis • Assis • Avaré • Bernardino de Campos • Botucatu • Cândido Mota • Canitar • Cerqueira César • Chavantes • Espírito Santo do Turvo • Fartura • Ibirarema • Ipaussu • Manduri • Óleo • Ourinhos • Palmital • Piraju • Santa Cruz do Rio Pardo • São Manuel • São Pedro do Turvo •Timburi

DEZEmbRo 2018

Na simplicidade da paisagem rural a beleza colore o olhar Um passeio singelo pelas estradas rurais do interior traz a chance de esbaldar os olhos, a mente e o co-

ração de saúde, prazer e poesia. lêncio, quebrado só por pássaros, Cores intensas e delicadas criam pelo vento, pela chuva. Momentos cenas memoráveis em meio ao si- para se existir em plenitude e paz.

Pontos Rodoviários: • Cia da Fazenda • Graal Estação Kafé • Orquidário Cyber Café • RodoServ • RodoStar • Varanda do Suco Versão On line: issuu.com/caderno360 facebook/caderno360

concurso

Sua foto na capa do 360

autora: Lauana Paes de Almeida• foto Figueira dos Gazolla - SCRPardo/ SP 8/10


2 • editorial

Reconhecimento 1. Ato ou efeito de identificar algo ou alguém; 2. Averiguação minuciosa de alguma coisa,exame, verificação, checagem; 3. Declaração de uma falta ou de um erro; 4. Aceitação da legitimidade; 5. Agradecimento; gratidão; 6. Prêmio; galardão. Identificar algo ou alguém. Checagem minuciosa. Admitir um erro. Aceitação da legitimidade. Agradecimento. Gratidão. Prêmio. Os significados de reconhecimento são abrangentes, porém estão todos ancorados na verdade. A mesma que rege a imprensa. A atividade que tem como fundamento registrar e reportar os fatos para a sociedade.

de mais de 60 anos de existência. Ou quando descoobre0-se que na região outros jornais tradicionais deixaram de circular, muitas vezes cedendo lugar às divulgações leviadas, muitas vezes infundadas ou reprodutoras de press releases, que já nasceram praticando aquilo que corrompe o jornalismo: o favorecimento editorial em troca dos conhecidos jabás.

Reconhecer o papel da imprensa em tempos de fake news, tornou-se essencial. Reconhecer que a imprensa precisa se manter regrada pelo seu código de ética, tornou-se imperante num momento em que renomados veículos e jornalistas parecem ter deixado de lado aquilo que é a razão de ser da notícia: a veracidade. E aí também reside o reconhecimento. O da responsabilidade por tantos tropeços e erros de informação. E da legitimidade da atividade jornalística.

Não se trata de querer impedir os novos tempos. Trata-se de reconhecer o que é informação e o que é divulgação. Pois elas diferem. A primeira cumpre retratar a realidade, enquanto a segunda busca chamar a atenção sobre o que é do interesse de alguém.

Não à toa de todo jornal é exigido um responsável por seu conteúdo diante da sociedade. O profissional de imprensa pode ter sido dispensado de apresentar um diploma do curso de Comunicação Social, mas é obrigado a credenciar-se para poder exercer essa profissão. Um jornal sem um Mtb, que é o número de registro do profissional responsável, não é um veículo de comunicação.

Por isso, reconhecer o papel da imprensa é fundamental. E essa tarefa cabe principalmente à iniciativa privada, que todos os anos investe em propaganda.

É preciso reconhecer também o papel da publicidade no universo da informação. Há anos, este periódico tem chamado a atenção dos leitores para a questão da ilegitimidade da troca de favores entre a área editorial, como constam as notícias, reportagens e artigos, e a área comercial, da venda de publicidade. Isso consta no Código de Ética da profissão, estando, portanto passível de ser denunciado. Porém , se por um lado a publicidade não pode interferir na linha editorial, por outro ela é a garantia da circulação de um jornal. Assim, como da produção jornalística em outros formatos, inclusive eletrônicos e virtuais. É com os recursos obtidos na venda da publicidade que os veículos de comunicação promovem a cobertura jornalística. Por isso, quando uma instituição de ensino informa que toda a sua verba publicitária está concentrada em out-doors e redes sociais, algo está fora da ordem social. Assim como quando uma cidade completa 100 anos festejando crescimento sem se importar com o fechamento de um de seus mais notórios jornais,

Uma sociedade sem informação torna-se doente. Podendo sucumbir às tragédias geradas pela falta de conhecimento. E o saber só é alcançado com a verdade.

Em 2019, que haja mais reconhecimento do valor da notícia isenta e ética não apenas nos grandes centros, mas aqui, nas pequenas cidades do interior. Que novas marcas se unam àquelas que não deixam

de contribuir de maneira 100% desinteressada com a produção jornalística, como é o caso da Special Dog, da Guacira Alimentos, da São João Alimentos, Regional das Tintas e Frutap, principais patrocinadores deste Caderno 360. São 14 anos reconhecendo nosso valor em levar informação de qualidade a mais de 23 municípios sem nos pedir nada em troca. Sem tentar interferir no conteúdo do jornal. Parabéns! Vocês são exemplares. Esta edição de aniversário 360, quando começamos nosso Ano 14, traz outros bons exemplos de reconhecimento. É o caso da matéria das nossas páginas centrais, sobre o reconhecimento da arte e do papel de quem se dedica a conhecêla e promovê-la, como vemos em CIDADANIA. Além de inaugurar um museu que abre suas portas com uma diversidade artística genuína e digna de grandes centros, a FIO, que aliás acaba de ser reconhecida como UNIFIO, tornando-se uma universidade, inaugura o Museu Francisco Cláudio Granja, reconhecendo a importante trajetória da personalidade que assume a sua curadoria e lhe emprenstando seu nome. Parabéns aos generosos mantenedores por suplantarem qualquer vaidade pessoal ao conferir esse título a um cidadão do meio artístico.

Tiago 4 VS 11

Ora ação!

“Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, e julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz."

Isso é louvável e merece reconhecimento. O valor da arte também é reconhecido quando empresas e contribuintes decidem investir parte do seu imposto em projetos culturais valendo-se daquela que tem sido equivocadamente mal falada, a lei Rouanet. O reconhecimento ao benefício dessa lei federal e à sua contribuição pra o desenvolvimento cultural e social do Brasil aparece em CUlTURA, que busca esclarecer a polêmica ouvindo empresas e profissionais que se valem da lei para promover projetos culturais. Para completar, o leitor poderá aproveitar nossas imperdíveis colunas, produzidas por pessoas que reconhecem a importância do leitor. E por isso escrevem para quem vives nas pequenas cidades deste imenso país. A edição traz ainda E também se esbaldar com várias receitas que além de deliciosas vão alimentar os olhos nesta linda época de festas. Para encerrar, o nosso mascote em novas andanças pelo interior, em MENINADA e a presença ilustre da jornalista e editorialista Emery Farah, que nos conta com emoção e reconhecimento a grande história de Ourinhos, nossa aniversariante centenária, em MENINADA. Enfim, aproveite esta edição linda e festiva. Com mais páginas graças à adesão de novos anunciantes. E repleta de boas notícias e de fé na existência. Feliz Natal. Um ótimo Ano Novo! E boa leitura! Flávia Manfrin

editora 360 360@caderno360.com.br

e xpediente O Caderno 360 é uma publicação mensal da eComunicação. Todos os direitos reservados. Tiragem: 6 mil exemplares. Distribuição gratuita. Redação-Colaboradores: Flávia Rocha Manfrin ‹editora, diretora de arte e jornalista responsável | Mtb 21563›,Odette Rocha Manfrin ‹receitas e separação›, André Andrade Santos ‹correspondente SP›. Colunistas: José Mário Rocha de Andrade e Fernanda Lira. Ilustrador: Sabato Visconti. Impressão: Fullgraphics. Artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. • Endereço: R. Cel. Julio Marcondes Salgado, 147 — centro — 18900-000 — Santa Cruz do Rio PaRDO/SP 99653.6463. • F/WHATS: 14 C a r t a s / p u b l i c i d a d e : caderno360_nº155_DEZEMBRO 2018



melhor ou Pior?

de vista

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4 • ponto

Talvez você esteja se vendo em um consultório e o oftalmologista pergunta: melhor, ou pior? Com qual lente você enxerga melhor, ou pior. Mas não. O assunto aqui é o nosso mundo. Ele está melhor, ou pior? Quando a Flávia, a editora do 360, decidiu a linha do jornal, ela nos pediu: o 360 será um jornal gostoso de ler, com notícias do bem feito, das boas realizações, das conquistas, das alegrias. Nada de notícias ruins, em oposição à grande mídia que divulga, como regra, as catástrofes, mortes, assassinatos, o choro, o mal feito, a falta de realizações, de conquistas e as tristezas. Hans Hosling, médico sueco falecido em 2017, decidiu aplicar o que chamamos de medicina baseada em evidências, isto é, em trabalhos científicos sérios, às informações em geral

sobre o nosso mundo. Com a ajuda do filho e nora, passou os últimos anos de sua vida coletando esse tipo de informações. Seus “TED talks” são vistos por milhares de pessoas ao redor do mundo e seu livro “Factfulness” lançado nesse ano fala sobre isso. Por que ele fez isso? Porque não saímos imunes a esse tipo de informação que a grande mídia nos oferece em avalanches de catástrofes. Ficamos com a sensação que tudo piora. Vamos lá: • Nos últimos 20 anos, a porcentagem da população mundial vivendo em extrema pobreza aumentou, diminuiu, o que você acha? Diminuiu pela metade. • Qual a expectativa de vida no mundo, hoje? Subiu para 70 anos.

*José Mário Rocha de Andrade

• O número de mortes causado por desastres naturais nos últimos 100 anos aumentou, ou diminuiu? Diminuiu pela metade. • Qual a porcentagem de crianças com 1 ano de idade ao redor do mundo que recebeu algum tipo de vacina? 80%. • Um homem com 30 anos de idade passa 10 anos na escola em média. Quantos anos passa uma mulher com a mesma idade? 9 anos. • Nos países de baixa renda, qual a porcentagens de meninas que termina o primário? 60%. • A maior parte da população mundial vive em países de baixa, média, ou alta renda? O que você acha? Média. • Em 1996, pandas gigantes, tigres e rinocerontes negros estavam em ameaça de extinção. Quais deles ainda estão em ameaça de extinção? O que você acha? Nenhum deles. • Qual a porcentagem de pessoas no mundo com acesso a eletricidade? 80%. Nesse nosso mundo com excesso de informação, sabemos muito bem que estar informado

não significa que estamos bem informados e muito menos que temos uma noção verdadeira da realidade. Esse é hoje um grande desafio que nos obriga a pensar, analisar, olhar, questionar. Quando eu era criança, lembro-me de um jornal de São Paulo, “Notícias Populares” que “se espremesse, saía sangue”, tal o tipo de notícias. Hoje, talvez saiam lágrimas, desconforto, desânimo, indignação, pior que isso, pode sair desinformação se não tivermos um olhar crítico. Meu irmão, durante algum tempo, parou de ler jornais: “faziam mal a ele”. Nosso mundo, aos trancos e barrancos, melhora. Se indignar é preciso! Sair às ruas quando os governantes se esquecem de suas obrigações é preciso. Ler o 360 é essencial, assim como aproveitar o fim de ano, as festas e as férias. Viva a alegria! E que venha 2019! *médico santa-cruzense radicado em Campinas

Ano Novo em Família A família se reúne no Natal, mesmo não querendo. No Ano Novo, todo mundo se espalha. Ok! Que cada um vá pra um canto curtir a sua onda. Espero, aliás, que você passe o Reveillon fazendo o que mais gosta. Agora, o que eu mais desejo é que passada a euforia das festas, durante todo o novo ano, haja mais tempo e vontade para estarmos em família. Essa que tem doidos e caretas, esquerda e direita, fascista, bandido, safado, imbecil, ignorante, bobão... e todos os demais pejorativos. Porque quando se trata da nossa família, isso não deve importar. Em família deve imperar aquilo que tantos fazem para os outros que precisam, os desconhecidos, os pobres e desvalidos, que consqui-

tam a nossa generosidade sem julgamentos. Que sejamos capazes de dar a cada membro da nossa família essa doação que concedemos aos necessitados. Afinal, como diz aquele ditado, não adianta empurrar a sujeira pra debaixo do tapete. Muito menos fazer o bem aos menos favorecidos deixando de dar aos nossos familiares o amor, a compreensão e o apoio que necessitam. Sei muito bem que não é nada fácil. Muitas e muitas famílias têm momentos, fases, desfechos… de desunião, distanciamento, indiferença, desamor e ruptura. Inclusive a minha. Esquecemos de praticar com nossos irmãos, pais, tios e primos a tolerância, a complacência e o perdão que concedemos aos nossos ami-

imagens Pixabay

*Fernanda Lira

gos, companheiros, colegas de trabalho… deixando para a família o que temos de pior: o egoísmo, o julgamento, o rancor. Então, já que é tão comum colocarmos a família como modelo de cidadania e religiosidade, como algo a merecer nosso zelo, desejo que em 2019 sejamos tolerantes, amorosos, com-

preensivos e generosos com nossos familiares. Até porque em cidade pequena, onde todo mundo é parente, isso nos fará ser melhores com quase todo mundo. Isso sem dúvida nos proporcionará um Feliz Ano Novo! *jornalista paulistana que adora o interior


A Associação Comercial de Santa Cruz trouxe o Papai Noel para promover as vendas de presentes nas principais ruas de comércio da cidade. Com direito a casinha do Papai Noel, apresentações musicais e atividades para crianças, a ação gira em torno da promoção Natal Premiado, que tem participação maciça do comércio local e segue até o dia 28/12, quando será realizado o tradicional sorteio de prêmios aguardados pelos consumidores todos os anos. Com show de Jair Supercap agendado para começar a partir das 20h30, na praça dep. Leônidas Camarinha, em frente à ACE, os consumidores que depositarem cupons nas urnas concorrem a 1 automóvel Kwid 0Km, um ar condicionado, um notebook e uma piscina. Boa sorte!

Botucatu promove mostra Eco Art

A Galeria Fórum das Artes convida para a exposição “ECO ART: gravuras contemporâneas”. Realizada por meio de parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura, as unidades da Unesp de Botucatu e de Bauru, do convênio Unesp/Santander e da Peres e Aun Advogados Associados, a mostra apresenta 25 gravuras de importantes artistas representantes de tendências marcantes da história da arte brasileira e outros artistas da América do Norte, Central e do Sul. Entre as gravuras, haverá obras de artistas notórios da tendência do abstracionismo informal, como Tomie Ohtake e Flávio Shiró. Até 16/02/19.Visitas de terça a sexta-feira, das 9h às 17h e aos sábados das 11h às 17h. Até 16/02/19. Grátis! Info: 14 3811-1481

Ourinhos ganha universidade

Em pleno centenário de Ourinhos, a Fundação Educacional Miguel Mofarrej (FEMM), que há quase 50 anos oferece ensino superior através da FIO, conseguiu credenciar-se no MEC como centro universitário, com a denominação de UNIFIO.

imagem: divulgação

Santa Cruz tem ação especial no comércio

imagem: divulgação

5 • drops

Avaré conta história da São Silvestre

A conquista deve-se ao constante investimento da fundação e seus mantenedores no desenvolvimento da qualidade do ensino e ampliação de cursos oferecidos no campus em uma vasta área de Ourinhos. O resultado foi a conquista de posições de destaque nacional, que coloca a UNIFIO entre as melhores instituições de ensino do país, segundo ranking do MEC.

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A história da Corrida de São Silvestre de Avaré, a mais antiga prova de pedestrianismo do interior do Brasil, ganhou uma exposição organizada pela equipe do Museu Municipal Anita Ferreira De Maria. No acervo, fotografias, cartazes, réplicas de troféus, medalhas, jornais e revistas, além de antiga documentação, contam a história da tradicional competição esportiva realizada em Avaré desde 1946. A mostra homenageia o jornalista esportivo Elias de Almeida Ward (19252013), criador e organizador da prova que atualmente leva o seu nome. Até 18/01/19. No Centro Avareense de Integração Cultural (CAIC), de segunda a sexta-feira, das 8h ao meio-dia e das 13h às 17h. Grátis!


6 • acontece

Os 100 anos de Ourinhos *Emery Farah especial para o 360 Fui convidada para escrever sobre Ourinhos, cidade que me acolheu de braços abertos e me consagrou como filha do coração pois recebi o título de Cidadã Ourinhense. Muito me honra falar desta terra gloriosa, de gente intrépida e corajosa que nasceu pequenina, hoje é majestosa no Estado e porque não dizer no País.

Comércio e indústria – Pólo regional do comércio e do setor de prestação de serviços, o município evoluiu de forma sólida nos últimos anos, com dois distritos industriais que abrigam importantes empresas, cujos produtos, serviços e tecnologias ultrapassam as fronteiras do Estado e do Brasil, levando o nome de Ourinhos em suas marcas de sucesso. Também acolheu importantes investimentos de outras regiões do país que se traduzem em empreendimentos que muito têm contribuído para o cresci-

foto: Folha de Ourinhos

Me faz dar hosanas ao Senhor vê-la toda engalanada, enfeitada pelo seu Centenário e, nesta vibração de amor que é a época natalina, ver também a alegria explodindo no coração dos ourinhenses relembrando seu passado glorioso, de lutas e sacrifícios de um povo que fez desta terra roxa o seu ideal de vida e de seu presente cheio de progresso e labor. Privilegiada pela natureza e situação geográfica, Ourinhos comemora os seus 100 anos de emancipação política e administrativa inaugurando uma nova e decisiva fase em seu desenvolvimento econômico, social e político.


Esporte – Considerada a Capital Nacional do Basquete, graças à equipe que atuou no Basquete Feminino de Ourinhos, além do desenvolvimento de importantes projetos e o funcionamento de inúmeras escolinhas em todas as modalidades esportivas que hoje têm a participação de milhares de crianças e jovens. Social – A promoção humana, sob todos os aspectos, também tem sido possível através de diversos projetos de alcance social, graças a uma rede de assistência que engloba a atuação dos poderes públicos constituídos e tam-

bém de diversas entidades filantrópicas que contam com a valiosa contribuição de um vasto grupo de voluntariado. Os pioneiros fizeram a história – Abraçada pelos rios Pardo, Turvo e Paranapanema, pela ferrovia e importantes rodovias que dão acesso a todas as regiões do Brasil, Ourinhos se formou e cresceu pelas mãos trabalhadoras de seus pioneiros que aqui depositaram seus sonhos e a esperança de uma vida melhor. Japoneses, italianos, portugueses, libaneses e muitos outros descendentes legaram para Ourinhos um amor incondicional pela terra e pelo trabalho, seus costumes e cultura e, especialmente, sua garra e perseverança. Os pioneiros que aqui chegaram no início do século passado, fincaram suas raízes na terra roxa, firme e produtiva. Construíram suas casas, seus estabelecimentos comerciais, suas empresas, edifícios, escolas, igrejas e plantaram não apenas as sementes de uma farta produção agrícola, como também a semente do desenvolvimento e da prosperidade. Ourinhos, destaque na região centro oeste paulista, conheceu a saga, as lutas e as vitórias de grandes guerreiros e vingou de maneira extraordinária para acolher as novas gerações. O começo de tudo – A história conta que Jacintho Ferreira de Sá, procedente de Santa

Cruz do Rio Pardo, comprou de Dona Escolástica Melchert da Fonseca uma vasta gleba de terras, quase a totalidade do atual município, tendo loteado a parte central da cidade e doado terreno para a construção de um grupo escolar e uma igreja. Em seguida, em 1906, deu-se início ao povoado. Em 1908, foi criado o Posto da Estrada de Ferro, transformado em estação quatro anos mais tarde. Dessa época em diante, teve um desenvolvimento condicionado à exuberância de suas terras e à excelente condição geográfica. De pequeno povoado torna-se Distrito da Pa,z subordinado a Salto Grande, em 1915. É elevado à categoria de município, em 13 de dezembro de 1918, cuja instalação se deu a 20 de março de 1919. Origem do nome – Há algumas polêmicas entre historiadores em torno do nome da cidade. Um velho mapa de 1908 mostra a cidade de Ourinho (no singular), no Paraná, lugar da atual Jacarezinho. Mas na verdade, a Ourinho paranaense foi também Nova Alcântara e quase chamada Costina, em homenagem ao fazendeiro e político Antônio José da Costa Júnior, que recusou a honraria. Sua fazenda se chamava Ourinhos e, atravessando o Paranapanema, chegava até o lugar conhecido como Água do Jacu, bairro rural ourinhense. Nunca se estudou o fato, mas há possibilidade de a fazenda ter ajudado a determinar o nome de Ourinhos. Finalmente, os trilhos da Estrada

de Ferro Sorocabana oficializaram a Ourinhos paulista. Estava no caminho daquela outra, a do Paraná, e da fazenda de Costa Júnior. É a hipótese mais viável. A esta cidade de Ouro, como filha desta terra eu só posso evocar os melhores fluídos de paz, harmonia, a continuidade de seu progresso e pedir ao Senhor Bom Jesus de Ourinhos que nos protege a todo o momento que continue abençoando e a fazer dela uma esperança para que, todos que aqui se aportam encontrem guarida, oportunidades e fraternidade.

foto: acervo pessoal

mento da cidade e a geração de empregos. Educação e Cultura – Beneficiada com escolas de todos os ciclos – da Educação Infantil ao Ensino Superior –, a cidade conta com renomadas instituições de ensino – municipal, estadual e particular – que garantem acesso a um ensino de qualidade e à formação profissional compatível com as exigências do mercado de trabalho cada vez mais competitivo e dinâmico. Entre elas destacam-se a Fundação Educacional Miguel Mofarrej, as Faculdades Integradas de Ourinhos, a Faculdade Estácio de Sá, a Faculdade de Tecnologia (Fatec), Campus da Unesp e o tradicional ensino técnico representado pela ETEc Jacinto Ferreira de Sá, além de inúmeros colégios e escolas particulares e municipais que trabalham com os mais modernos sistemas de ensino para a preparação das crianças e jovens.

*jornalista e editorialista da Folha de Ourinhos


8 • cidadania

_educação _ cultura

Ourinhos ganha museu com obras de mais de 50 artistas Que presente poderia ser melhor para uma cidade que consegue ser polo de sua região, principalmente na área educacional, do que um museu de artes? Pois foi isso que a UNIFIO entregou a Ourinhos em celebração a seu centenário. No último dia 17 de dezembro, foi inaugurado o Museu Francisco Claudio Granja nas dependências da universidade. A novidade também inclui o Centro Cultural Universitário Roque Quagliato, ampliando a área dedicada à cultura do campus, onde já funciona o Anfiteatro Irmãos Quagliato, na Central de Aulas 3.

O corredor de entrada do espaço que abriga o Centro Cultural, o Anfiteatro e o Museu, na UNIFIO, causa grande impacto *tanto pelas obras quanto pela criatividade da montagem do local, trabalho do curador Francisco Granja que aparece abaixo, com o casal Cecília e Roque Quagliato, presidente da Fundação Miguel Mofarrej, tendo ao fundo telas de Plínio Rigon * Outro destaque do Museu Francisco Granja é o artista plástico santa-cruzense Plínio Rigon. As diversas telas expostas

fotos: Flavia Rocha | 360

É o caso do acervo do escultor húngaro radicado no Brasil Zoltan Vertes, falecido há 23 anos, instalado na Galeria dos Bronzes, cuja doação foi feita pela filha do artista, Judit Hegedus. Premiado em em várias bienais, as obras de Zoltan Vertes estão presentes em importantes espaços culturais brasileiros. Em Ourinhos suas criações foram organizadas de modo a replicar seu ateliê original.

foto: divulgação UNIFIO

Com um acervo digno de grandes centros, o Museu Francisco Granja reúne obras de mais de 50 artistas consagrados, muitos deles premiados no Brasil e no exterior. Segundo o curador, o professor e artista plástico que empresta seu nome ao novo templo da arte de Ourinhos, a ideia inicial era reunir trabalhos de artistas da cidade e da região. Mas a doação de obras se agigantou e conta inclusive com obras de artistas estrangeiros.

no local fazem fazem parte de um acervo de mais de 200 peças adquiridas pelo presidente da Fundação Educacional

Miguel Mofarrej (FEMM), Roque Quagliato, à época em que o artista mudou-se para a Itália, há alguns anos. Agora elas


fotos: Flavia Rocha | 360 foto: divulgação UNIFIO

pertencem ao museu, formando inclusive uma reserva técnica. Com muitas outras obras que merecem ser tranquilamente observadas, o Museu da UNIFIO é resultado de um trabalho de mais de 50 anos de seu curador, que mudou-se para Ourinhos ainda muito jovem para lecionar artes na Fundação Miguel Mofarrej. Apaixonado por história da arte, Granja deixou de lado a produção artística para aprofundar-se a estudos, organização de acervos e promover eventos artísticos na cidade, inclusive a instalação de obras de arte em áreas públicas de Ourinhos. Com muitas experiências e histórias para contar, Granja será “figurinha carim-

bada” deste periódico, que pretende informar todas as exposições e eventos que serão realizadas no museu. “Há 10 anos estamos idealizando essa ideia, mas faltava espaço físico. Finalmente, com a chegada do centenário, pudemos concretizar esse sonho”, afirma Roque Quagliato, que não economiza elogios ao curador do espaço. “Pelo trabalho, pelo conhecimento, pelo merecimento, este museu não poderia ter outro nome. Granja é um grande agente cultural de Ourinhos”, afima o empresário e presidente da UNIFIO. O Museu Francisco Claudio Granja estará aberto à visitação a partir de janeiro, em horários a serem definidos. Info: 14 3302.6400

fotos: Flavia Rocha | 360

Acinaobras do escultor Zaltan Vertes em ambiente que recria seu ateliê. Abaixo, a área de acesso ao espaço *cultural da UNIFIO, de fácil acesso e repleta de natureza, às vésperas da inauguração (central 3) *


A arte faz bem para a saúde, para a mente e para o coração Flávia Manfrin foto: divulgação UNIFIO

editora 360

em contato com a cultura, com a arte, pode realmente ajudar no seu bemestar". Segundo os médicos locais, o benefício se deve ao aumento dos níveis de serotonina, um neurotransmissor coloquialmente conhecido como o "produto químico feliz”, que ocorre quando admiramos obras de arte. O assunto deverá, inclusive, garantir acesso gratuito aos museus para pacientes que apresentarem receitas médicas. Eu não sei de onde vem. Mas sei o quão longe a arte me leva. Das breves experiências na infância e adolescência, nas aulas de pintura e bordado, que não me revelaram talento nato aos incansáveis eventos de recuperação de museus que tive que divulgar nos primeiros anos como Assessora de Imprensa de um grande banco, em São Paulo, nunca tinha me passado pela cabeça que eu me apaixonaria pelas artes plásticas. Mas aconteceu. A ponto de tranformar minha casa em um espaço focado na produção de arte contempoânea e, posteriormente, já de volta ao interior, de recriar esse ambiente, com maior conotação comercial, aqui no interior (que infelizmente fui obrigada a desmontar, por razões que não merecem ser ditas). Sem conhecimento acadêmico, mas com a mente e o coração abertos, telas, esculturas, gravuras, grafites… me chamam mais atenção e enchem de prazer e interesse do que qualquer outro bem material. Ao me deparar com o Museu Francisco Granja, algumas semanas antes de ser inagurado, entrei em êxtase. Foi por acaso. Estava chegando para uma performance do grupo da UATI, curso da terceira idade da UNIFIO do qual minha mãe faz parte. Já no corredor, o impacto das telas, esculturas e da montagem invadiram meu ser da maneira como costuma ser quando tenho a oportunidade e a sorte de encontrar a arte. Em seguida, a novidade: haverá um museu aqui, informou-me a jornalista Rose

Pimentel, assessora de imprensa da universidade. Naturalmente, esta seria a principal matéria da edição de aniversário do 360 e do centenário de Ourinhos. Eu espero sincermamente que todos aproveitem esse incrível presente que tanto Ourinhos quanto toda a região está ganhando. Inclusive os artistas, que ganham um novo ambiente para mostrar suas obras. Conhecer o curador Granja foi tão impactante quanto ver uma bela e instigante obra de arte. Assim, como foi emocionante ver o empenho de um empresário do setor agro, que compreensivelmente apoia e se dedica ao desenvolvimento educacional, ter tanta empatia com um universo tão abstrato e intangível quanto revolucionário e subversivo do qual emerge a criação artística. Curiosamente, me deparei também com dados de uma pesquisa científica que informa que a visitação a museus deverá ser prescrista e subsidada no Canadá, graças a estudos que comprovam sua eficácia para a saúde física e mental, conforme revela o texto a seguir: …Além de experiência cultural, visitar um museu pode trazer mais benefícios do que estimular o desenvolvimento intelectual das pessoas. Segundo estudos o jornal canadense The Montreal Gazette noticiou em 01/11/18, em breve médicos deverão prescrever visitas a museus como tratamento para uma série de doenças. "Sabemos que a arte estimula a atividade neural", disse a diretora da MMFA, Nathalie Bondil, à CBC News. "O que vemos é que o fato de você estar

Ainda segundo os estudos, “os poderes de cura da criatividade não se limitam à saúde mental. A arte terapia também

pode ajudar aqueles que se submetem a cuidados paliativos para doenças ou condições graves, como câncer, ou que sofrem de diabetes e doenças crônicas. (Fonte: www.smithsonianmag.com)

Seja como “remédio, como tarefa escolar, curiosidade ou puro entretenimento, o que importa de fato é que a arte está agora ainda mais presente na vida de todos que vivem na região, de uma maneira exemplar e acessível. Achomesmo que Papai Noel existe. E nos trouxe um presentão!


P i n g o

Alvinho, de férias, foi à fazenda dos primos. O assunto era um só: o cachorro do mato. Apareceu do nada, de repente, e ficava sempre longe da casa, escondido no mato, menos quando aparecia, sem ninguém ver, para roubar comida.

O cachorro do mato

arte: Sabato Visconti | 36 0

A tia do Alvinho fez um frango assado para o almoço e, bastou virar as costas, o frango havia sumido. Aconteceu o mesmo com uma rosca deliciosa. Os primos iam até o mato e ficavam à espreita, quietinhos, para surpreender o cachorro do mato, mas só viam, por vezes, as orelhas, o focinho, passando escondidos. O cachorro-do-mato é um mamífero da famílha dos canídeos. O nome sientífico é Cerdocyon thous) Também é conhecido por aguaraxaim, graxaim-do-mato, lobinho, rapozade-cachor-ro e lobete. Animal cilvestre, não deve ser domesticado. Ele tem papeu importante no ecocistema, pois controla a população de suas presas.

Até que o cachorro do mato não apareceu mais. Sumiu. Os primos saíram mais curiosos ainda à sua procura. E, procura que procura, até que o encontraram atrás de uma moita muito bem escondido. Alvinho levantou uma folha enorme que cobria alguma coisa e levou o maior susto. Estavam ali 8 cachorrinhos recém-nascidos. O cachorro do mato, para surpresa geral, era fêmea e havia dado à luz. Continua no próximo 360.

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Mamífero da América do Sul o cachorro do mato vive em florestas, cerrados e campos. Ele se alimenta de frutos, pequenos mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes, insetos e carnissa.

arredondadas e escuras nas pontas. Um cachorro do mato adulto mede até 64cm de comprimento, sem contar a cauda com 31 cm,. Opeso pode chegar a 8,5 kg.

Ele circula ao anoiteser. Anda aos pares, mas caça sozinho. Sua pelagem é cinza com preto, às vezes também com marrom-claro. As patas são mais escuras, ingual a ponta da calda que é bem peluda. Suas orelhas são médias,

O cachorro do mato não é agrecivo, desde que não seja molestado, mas

Marque as 7 diferenças

pode morder, se tiver a xance, e transmitir doenças como a raiva. Também pode transmitir doenças aos ani-mais domésticos, principalmente ao cachorro que temos em casa. Fontes: Esalq, Wikipedia, criadourooncapintada.org.br

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11 • meninada


12 • acontece

Lei Rouanet é atacada por fake news Criada nos anos 90 para fomentar a produção cultural em todo o país, a Lei Rouanet movimenta bilhões de reais promovendo não só a cultura brasileira, mas empregando milhares de pessoas e gerando impostos suficientes para repor a pequena parcela que empresas e contribuintes podem destinar a proietos autorizados pelo governo federal. Denegrí-la é realmetne injusto. Famosa não por ter mudado o cenário da arte no Brasil a partir de sua cria-ção, nos anos 90, mas por servir de argumento estapafúrdio na mais extremada disputa pelo poder que se viu no Brasil nos últimos 60 anos, a lei Rouanet, nome da regulamentação federal que permite que parte da arrecadação fiscal (impostos) seja destinada a projetos culturais (música, artes plásticas, literatura, cinema, teatro, dança…) mostra o quanto é importante valer-se de informação verdadeira e não de fake news, as postagens falsas, quase sempre difamatórias, das redes sociais.

Empresas que investem – Realmente, é muito fácil usar a lei Rouanet. “Como o contato é feito pelos proponentes (autores dos projetos), só é preciso que a empresa tenha interesse em investir, devendo sempre verificar a procedência dos projetos", afirma Célio lourenço Gonçalves, gerente de contabilidade da Special Dog, que desde 2007 cuida do pagamento de patrocínios da empresa através de leis de incentivo. “A lei Rouanet é uma ferramenta que deve ser sempre usada, pois é um complemento da atuação do Estado para suprir as necessidades da sociedade”, avalia.

Repetir aqui os atributos e frases que envolvem a lei Rouanet e toda a classe artística na rede social mais leviana do planeta, que é a brasileira, onde fofocar (que envolve, pressupor, inventar...) é mais importante do que qualquer outra coisa, seria dexiar de dar espaço ao que realmente importa, que é a verdade.

Na Special Dog, a orientação é aplicar todos os recursos possíveis nos diversos setores da sociedade. “Acreditamos que assim conseguimos um uso mais assertivo destes recursos do que deixá-los para os governos estadual e federal aplicá-los”, afirma Erik Manfrim, diretor da empresa. Para ele, como em todos os setores existe a possibilidade de práticas abusivas, por isso, é preciso cautela. “Temos um comitê constituído na empresa que analisa detalhadamente o projeto antes de destinar qualquer recurso”, aconselha Erik.

Em vigor há quase 27 anos (23 de dezembro de 1991), essa lei foi criada pelo então ministro da Cultura, Sérgio Paulo Rouanet (que a batizou), e sancionada pelo então presidente, Fernando Collor de Mello. Essa pequena parcela de dinheiro fiscal destinada aos projetos culturais pode ser de até 6% no caso de imposto de Renda de Pessoa Física, e de até 4% do imposto de renda pago pelas empresas. Uma pequena parcela de algo ainda menor, o montante de dinheiro fiscal destinado à cultura em geral, que é da ordem de 0,63% do total arrecadado pelo governo. Aos projetos autorizados pela lei Rouanet, o montante é de 0,49% desse pequeno índice. Usada para desqualificar os maiores nomes da nossa cultura, muitos deles não usuários dessa fonte de recursos, a lei Rouanet é também considerada uma das mais transparentes formas de uso de dinheiro público. Há maracutaia? Provavelmente sim. E quando isso acontece, o beneficiário é chamado a prestar contas. Sob pena de ter que devolver todo o dinheiro. Um dado interessante, é que diferentemente do que se pensa, a lei Rouanet, se por um lado permite que dinheiro de impostos sejam aplicados em projetos culturais, por outro é fonte de nova geração de impostos. Afinal, todos os itens de um projeto, do aluguel de um teatro, das viagens e empresas de produção, todas por sua vez, pagam impostos. Essa conta é tão vantajosa que segundo o Ministério da Cultura cada R$1,00 destinado a projetos

culturais via lei Rouanet gera R$ 4,00 em impostos. Vale ressaltar, ainda, o incrível montante de recursos que são usados pra pagar técnicos de todas as mais diversas áreas, profissionais de criação e auxiliares de produção, motoristas e uma infinidade de profissionais que servem ao meio cultural, numa gigante rede geradora de emprego. Acessível – Muitos afirmam que a lei Rounet só serve para financiar projetos de astros globais que não precisariam do dinheiro. Isso não é verdade. Aqui em Santa Cruz, uma cidadã que apesar do talento como locutora, atriz e professora de literatura, não é uma estrela da TV, teve seu projeto aprovado para captar recursos, bastou cumprir as exigências do Ministério da Cultura. A ideia de conciliar a literatura à dramaturgia, numa mistura de contação de histórias com atividade cênica destinada ao público infantil, levou Ana Maria Snatos a obte3re até mesmo orientação do Ministério para formatar

seu projeto. “Eles estavam procurando por esse tipo de atividade e fui a primeira a conseguir a inscrição”, explica Ana. Apesar de autorizada a captar até R$ 200 mil para financiar seu projeto, que além de tudo tem caráter sustentável, ou seja, pretende se manter por conta própria através da venda de ingressos, Ana ainda não conseguiu apoio das empresas em troca de exposição de suas marcas. Enquanto isso não acontrece, está estruturando o projeto com recursos próprios, assumindo todos os riscos da montagem do espaço onde pretende realizar as oficinas, que também incluirão música e poesia, além do teatro. “Estou reunindo a documentação doos gastos para ser ressarcida com recursos de patrocínios através da lei Rouanet”, conta a artista e educadora que acredita conseguir na cidade a doação desses valores que não pesam no orçamento das empresas. “Tenho ido a várias empresas para apresentar o projeto e explicar o quanto é fácil investir.”

Em Santa Cruz, a Special Dog não é a única que destina recursos a projetos da lei Rouanet sistematicamente. Também a Brasília Alimentos aplica parte do seu imposto de renda em projetos culturais e isso já faz 10 anos. “Acreditamos na cultura como instrumento para o desenvolvimento da sociedade, colaborando inclusive com aumento da produtividade do trabalhador e consequentemente com o crescimento econômico nacional”, diz Fernando Zaia, diretor da empresa. “A lei do incentivo visa normatizar o uso dos recursos gerados pelos impostos para patrocinar projetos culturais bem estruturados. E permite que a iniciativa privada escolha os projetos a serem contemplados com esses recursos. Desta forma, nosso


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Aceitamos cartões. Retirar no local. F: 1499653.6463 - Sta. Cruz do Rio Pardo direcionamento será mais assertivo, pois conhecemos as necessidades da nossa comunidade”, afirma Fernando. Além de projetos realizados na própria cidade, como a FlISC (Feira do livro de Santa Cruz), apoiada pelas duas empresas, a Solito e a Special Dog também investem em projetos de âmbito nacional, acessíveis a toda a população, agregando valor ao cenário cultural brasileiro. É o caso da série “A Grande Viagem”, estrelada pelo saudoso ator Umberto Magnani, que traz a relação familiar com um portador de Alzheimer para o universo do entretenimento. A obra realizada pela Aurora Filmes está concorrendo ao Grammy Kids 2018, o mais importante prêmio internacional de programas de TV, beneficiando também as marcas dos patrocinadores. Neste caso, o investimento das duas empresas foi feito através da lei do Audiovisual, que regulamenta a aplicação

“Infelizmente, muitas empresas ainda preferem recolher tais tributos aos cofres púbicos do que investir em projetos beneficiados por leis de incentivo fiscal, o que é lamentável, pois há muitos projetos sérios que se receberem esses recursos, podem trazer grande benefício à população.” Célio Goncalves, Special Dog

dde recursos para projetos de cinema e TV, dividindo os mesmos recursos que podem ser aplicados pela lei Rouanet. Quanto investir – Enquanto empresas podem destinar até 4% do imposto a pagar projetos culturais autorizados a captar recursos, seja pela lei Rouanet ou pela lei do Audiovisual, às pessoas físicas é permitido doar até 6% . “É preciso conscietizar o contribuinte de que em vez de fazer a declaração de renda pelo modelo completo, que não tem imposto a pagar e sim a restituir, o que impede que se faça a doação dos 6% a projetos culturais, ele pode fazer a doação e assim aumentar a restituição do imposto de renda. É apenas uma uma questão de fluxo de caixa. Essa alternativa é até lucrativa para o contribuinte, pois a restituição é corrigida pela taxa SElIC, ensina Célio. Caso você ainda tenha dúvidas a respeito do assunto, procure pesquisar em fontes confiáveis e para investir, pesquise os projetos no site do Ministério da Cultura. Fale também com seu contador para aplicar todos os recursos disponíveis. E lembre-se do seguinte: 1- O fato de estar autorizado a captar 10 milhões não significa que esse projeto vai ter todo esse dinheiro através de dinheiro de imposto. As vezes não captam nem 10%. Quanto mais empresas e pessoas investirem, mais ações culturais teremos no país e mais pessoas trabalhando também. 2- O montante de recursos que um artista é autorizado a captar é usado para pagar todos os custos do projeto, incluindo o

trabalho de pessoas. Dados da FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgados recentemente, indicam que o mercado cultural emprega mais de 1 milhão de pessoas no Brasil. E isso se deve às leis de incentivo. 3- A promoção de eventos culturais é fundamental para vivermos em comunidade. A arte é uma ferramenta eficaz de reintegração social, de pacificação comunitária, de aprendizado e formação profissional e também de entretenimento. Quando querem divertir-se, as pessoas vão a teatros, museus, cinema, shows.. Isso diverte o público. E também o educa. 4- A lei Rouanet é um divisor de águas na história recente do Brasil. Ela garante que uma parte muito pequena de impostos seja destinada à produção artística e cultural. Porém, isso depende das empresas e pessoas que pagam impostos. Mesmo podem investir em projetos, todo o dinheiro pode acabar indo para o governo se não houver essa ação. 5- A lei Rouanet é acessível a todos. Qualquer brasileiro pode fazer um projeto e inscrevê-lo para ser beneficiário da lei Rouanet. Para tanto, têm que conter todos os dados que são exigidos. Uma vez completo, ele obrigatoriamente será avaliado. Quando o projeto é aprovado, o autor fica autorizado a receber recursos de empresas e pessoas que estejam dispostas a destinar parte de imposto ao projeto. Muitas vezes, é preciso contar com a contribuição de muitos doadores. E mesmo assim, muitos projetos não saem do papel, pois dependem do “sim” de empre-

sas e pessoas que pagam impostos. Por isso é importante conhecer o funcionamento desse sistema, que é fácil de usar. Fale com seu contador. 6- Geralmente as empresas recolhem os impostos até 31/12/18. Aproveite para conhecer os projetos que constam no site do Minc e destine o que você puder para projetos que julgue interessantes. 7- Antes de replicar conceitos distorcidos de leis que promovem o desenvolvimento social, seja através da cultura, do esporte ou de qualquer outro setor, informe-se por fontes confiáveis. A maledicência prejudica a evolução da nossa sociedade.

“Não somos contra o uso de recursos em projetos que envolvam artistas renomados. O que precisa ser analisado é se o projeto de fato engrandece a cultura das pessoas. Precisamos incentivar mais projetos que tirem talentos do anonimato e contribuam para o desenvolvimento social das comunidades onde forem realizados.” Fernando Zaia, Solito


14 • gastronomia

Pratos para o Natal Flávia Manfrin

Apesar de termos duas páginas para receitas, vai faltar espaço para os comentários nesta edição. Seguindo dicas da amiga Vera Quagliato, expert em saladas deliciosas, pesquei na internet uma série de pratos gostoso e que vão deixar sua ceia ainda mais linda! Todos são fáceis de fazer e vão deixar sua família ainda mais feliz nessas datas em que nos tornamos mais amáveis e tolerantes! Sirva tudo com vinhos brancos ou rosês (espumante ou não) bem gelados. Tintim!! Saúde!!! E bom apetite!

Maionese de Cortar

Arroz de Festas

cafeecetim.blogspot.com cise usar no preparo do prato. Preparo do prato: Preparo do prato: Cozinhe os ovos e reserve. Corte as cenouras e as batatas em cubos e cozinhe em água salgada. Acrescente as ervilhas (ou a vagem) no final do cozimento. Escorra os legumes cozidos sem dispensar o caldo (você vai precisar dele) e faça choque térmico em água gelada para não amolecer, pois é preciso estarem cozidos, mas firmes. Corte as maçãs em cubos e tempere com o suco do limão para não escurecer. Escorra o atum do óleo ou da água e desfie. Misture os legumes, as maçãs, o atum, as passas, o creme de leite e tempere com o sal e a pimenta. Acrescente a maionese e misture bem. Reserve. Use o caldo do cozimento dos legumes para dissolver a gelatina em fogo baixo, mexendo para não ficar bem dissolvido. Retire do fogo e deixe esfriar. Forre a forma de bolo com filme plástico usando várias camadas para que fique bem forrado. Deixe sobrar filme nas bordas pra depois fechar e vedar bem. Misture a gelatina dissolvida com os legumes que já foram temperados e misturados à maionese. Forre a forma com essa mistura. Coloque os ovos cozidos enfileirados deitados essa base de maionese, ordenandoos alinhados e em pé. Preencha a forma com o restante da maionese de legumes. Feche com o filme. Mantenha em geladeira por pelo menos 5 horas. Se possível, prepare na véspera. Desenforme em bandeja e decore com a salsinha e o tomate ou pimentão.

dicasdemulher.com.br

IMAGENS: INTERNET

_Ingredientes • 2 ou 3 cenouras • 3 ou 4 batatas • 2 maçãs • 1 xícara de ervilhas ou vagem picadinha • 5 ovos • 1 xícara de passas (opcional) • 1 pimentão vermelho ou tomate maduro • 1 ramo de salsinha • 1 lata de atum (opcional) • 2 colheres de suco de limão • sal a gosto • pimenta a gosto • 1 receita de maionese (receita abaixo) • 3 colheres de sopa de creme de leite • 200ml do caldo de cozimento dos legumes • 2 pacotes de gelatina incolor • filme plástico • forma de bolo _Molho Maiones: • 1 ovo • 150ml de óleo • 1 colher de mostarda • ½ limão • 1 pitada de sal • 5 folhas de hortelã ou salsinha (opcional) Preparo do molho maionese: Coloque o ovo e demais ingredientes (exceto o óleo) no liquidificador e bata um pouco. Em seguida, aumente a velocidade e vá adicionando o óleo bem devagarzinho e sem parar. Quando o óleo acabar, desligue o liquidificador imediatamente. Mantenha na geladeira até que pre-

_Ingredientes Massa 2 colheres de sopa de óleo • 3 dentes de alho triturados • 2 xícaras de arroz • sal a gosto • 3 xícaras de água quente • 1 xícara de espumante seco (ou vinho branco seco) • 1 xícara (chá) de castanha do do pará picada • ½ xícara de uvas passas • 1 maço de salsinha picada

Preparo: Aqueça o óleo e refogue o alho. Antes de dourar, acrescente o arroz e o sal. Refogue o arroz e acrescente a água e o espumante ou vinho branco. Deixe secar com a tampa da panela semiaberta. Desligue do foto e deixe tampada por 10 minutos. Misture o arroz ainda morno com as passas, a castanha e a salsinha. Unte uma forma com azeite. Coloque o arroz pressionando bem. Deixe na forma por pelo menos 20 minutos. Desenforme e decore.


Entrada Refrescante

Rocolombo receitasdecomidas.com.br _Ingrediente: • 1peça de lombo suíno de 1 kg _Ingredientes marinada: • 1 xícara de azeite • 2 colheres de sopa de sal • 4 dentes de alho • 1 ramo pequeno de tomilho • 1 cebola grande • 1 350 ml de cerveja • 1 pitada de pimenta _Ingredientes recheio: 300g de bacon em fatias 150g de ameixa preta seca picadinha 200g de abacaxi picado 100g de amendoas ou castanhas picadas Preparo do lombo e da marinada: Limpe o lombo e abra como se fosse uma manta para poder enrolar. Bata todos os ingredientes da marinada e cubra o lombo com essa mistura. Deixe em geladeira por pelo menos 12 horas. Preparo do prato: Retire o lombo da mari-

nada (reserve para usar depois) e abra totalmente a carne como uma manta. Cubra com o bacon fatiado. Em seguida faça listras alternadas de abacaxi e ameixa sobre o bacon. Polvilhe as castanhas. Com muito cuidado, enrole formando o rocambole. Use um barbante para amarrar uma das extremidades. Enrole o barbante por toda a peça até amarrar bem firme na outra ponta. Revista com papel alumínio (lado mais brilhante para dentro). Leve em forno pré aquecido a 200º. Mantenha no forno por 1 hora. Divida a marinada em 4 partes. Retire o lombo do forno 3 vezes para regar cada vez com uma das partes da marinada. Recoloque o papel alumínio. Depois de 1hora, retire o papel alumínio e regue com o restante da marinada e leve de volta ao forno para dourar. Depois de assado, retire o barbante e coloque no prato em que for servir. Fatie e enfeite com farofa, castanhas trituradas e frutas.

os em gomos . Sirva acompanhado de parma. ou copa . Entrada simples e deliciosa para acompanhar com cervejas ou vinhos brancos gelados

IMAGENS: INTERNET

_Ingredientes • 1 melão tipo net • figos frescos. • presunto parma ou copa fatiada fina Preparo: fatie o melão e descasque os figos divi-dindo-

FOTO: VERA QUAGLIATO

IMAGENS: INTERNET

por Vera Quagliato

_Ingredientes • 1 alface americana • 12 mini bolas de mssarela de búfala • 12 tomatinhos cereja • folhas de manjericão fresco • sal e pimenta para o molho • 2 colheres de azeite para o molho • 1 colher de aceto balsâmico • 1 colher de suco de limão • 1 maço de salsinha picada Preparo: decore o prato com a alface, o queijo os tmatinhos e o manjericão. Misture os demais ingredientes para fazer o molho e sirva à parte.

Guirlanda Caprese panelaterapia.com

MoIlho Pesto: se preferir reforçar o sabor do manjericão, junte azeite, folhas dessa erva, queijo ralado e nozes, uma pitada de sal e bata no liquidificador. Sirva a guirlanda com o pesto à parte. Ou use para decorar.



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