Newsletter aspp psp especial manif 21 11 2013

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Especial Manifestação (21-11-2013)


Polícias juntas pela 1.ª vez em 'manif' contra cortes 14 de Novembro, 2013

Polícias de todo o sector da segurança interna vão participar, pela primeira vez em

conjunto,

numa

manifestação

nacional, em Lisboa, a 21 de novembro, para contestar os cortes previstos no Orçamento do Estado para o próximo ano.

Além das estruturas que compõem a Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança - GNR, PSP, Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Polícia Marítima, Guardas Prisionais e Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) -, o protesto vai também contar com os inspectores da Polícia Judiciária e elementos das polícias municipais.

Numa conferência de imprensa para fazer o balanço da mobilização para a manifestação, o secretário nacional da CCP, Paulo Rodrigues, afirmou que a participação de todo o sector deve "merecer particular atenção por parte do Governo".

Esta mobilização significa, segundo Paulo Rodrigues, que os orçamentos previstos para o sector da segurança interna "podem pôr em causa não só a questão socioprofissional, mas também o funcionamento das instituições".

Os profissionais das forças e serviços de segurança protestam contra os cortes previstos nos vencimentos e nos orçamentos das próprias instituições policiais em 2014.


"A manifestação vai servir para exigir do Governo outra atitude, mas também para alertar a sociedade e a opinião pública, para que é possível vir a ter no futuro uma polícia e uma segurança de menos qualidade", sublinhou Paulo Rodrigues.

O também presidente da Associação Sindical dos Profissional de Polícia adiantou que este sector "está a fazer um caminho de fragilidade, que pode comprometer a qualidade da segurança pública".

Segundo a estrutura que representa a maioria dos profissionais das forças e serviços de segurança, o sector tem sofrido uma desvalorização, uma vez que, desde 2003, "praticamente não existe um investimento".

Nesse sentido, Paulo Rodrigues questiona "como vai ser possível cortar ainda mais no próximo ano", nas instituições policiais, tendo em conta que já funcionam no limite.

A manifestação, que vai realizar-se entre a praça Camões, ao Chiado, e a Assembleia da República, vai também contar com a presença do secretário-geral do Conselho Europeu dos Sindicatos de Polícia, que pretende levar as preocupações do sector da segurança interna português ao Conselho Europeu.

"Fragilizar a segurança pública em Portugal pode ter também consequências para o espaço europeu", disse ainda Paulo Rodrigues.

A CCP congrega os sindicatos e as associações profissionais mais representativos da Guarda Nacional Republicana (GNR), Polícia de Segurança Pública (PSP), ASAE, SEF, Guarda Prisional e Polícia Marítima. Lusa/SOL


Polícia francês na 'manif' das forças de segurança Secretário-geral do Conselho Europeu dos Sindicatos de Polícia vai estar em Lisboa amanhã. Missão: pressionar as instâncias europeias para a resolução dos problemas das polícias. Hugo Franco / 10:00 Quarta feira, 20 de novembro de 2013

A manifestação das forças policiais, que se realiza quinta-feira em Lisboa, vai ter um convidado de França. Chama-se Gérard Greneron e é o secretário-geral do Conselho Europeu dos Sindicatos de Polícia (CESP), que representa mais de 300 mil polícias de toda a Europa.

"As restrições orçamentais que sofrem as polícias portugueses podem ter impacto em toda a Europa", defende o oficial de polícia francês, numa entrevista ao Expresso.

Para o dirigente do CESP - que vai marchar ao lado das forças da GNR, PSP, Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Polícia Marítima, Guardas Prisionais e Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e alguns inspetores da Polícia Judiciária - os cortes orçamentais que têm sofrido as forças de segurança, prejudicam "os cidadãos portugueses", sobretudo.


Greneron lembra as responsabilidades adicionais do Governo português: "Sendo Portugal um país que pertence ao Espaço Schengen, estas medidas têm impacto na segurança global da Europa." E alerta: "Não quero que Portugal seja o elo mais franco da segurança europeia."

Gérard Greneron viaja hoje para Portugal e prolonga a estadia até sexta-feira. "Vou estar presente nas ruas de Lisboa para defender as reivindicações de todos os meus colegas portugueses", acrescenta. Pressão nas instâncias europeias

A presença do responsável do CESP em Lisboa é para Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissional de Polícia, da PSP, "fundamental" para levar a mensagem de descontentamento das forças de segurança até às instâncias europeias.

"Gérard Greneron poderá fazer pressão, e levar as preocupações do setor da segurança interna, ao Conselho Europeu de modo a que esteja atento ao que se passa com as forças de seguranças portuguesas".

Paulo Rodrigues frisa ainda que esta é a primeira vez que vão estar presentes numa manifestação em Portugal os profissionais "de todos os sectores da segurança."

A manifestação vai realizar-se entre a Praça Luís de Camões e a Assembleia da República, em Lisboa.


'Manif' ao minuto

Invasão das escadarias do Parlamento pelas 'polícias' foi "simbólica" As forças de segurança foram do Camões ao Parlamento, gritando contra o Governo. Pelo meio, rebentaram petardos. No final, nas escadarias, por pouco não houve confrontos. André de Atayde, Carolina Reis e Micael Pereira / 17:15 Quinta feira, 21 de novembro de 2013

21h35 César Nogueira, presidente da Associação dos Profissionais da Guarda, faz um balanço positivo da manifestação e justifica os ânimos exaltados que se viveram nas escadarias do Parlamento com "a situação de desespero pela qual os profissionais das forças de segurança estão a passar, muitos deles já sem dinheiro para dar de comer aos filhos. São cidadãos como os outros". 21h29 Paulo Rodrigues, da ASPP, considera que a invasão da escadaria foi simbólica. "Não estava à espera disto, mas reflete a revolta dos polícias". 21h27 Já restam poucas dezenas de manifestantes em frente ao Parlamento. Ouvem-se mais aplausos. A manifestação acabou.

21h19 Polícias manifestantes aplaudem polícias de serviço.

21h06 Ouvem-se aplausos. "O vosso futuro está em nós", dizem alguns manifestantes para os colegas que fazem a barreira de proteção junto à entrada.


21h05 Um grupo de polícias que invadiu a escadaria cumprimenta os colegas de serviço. "Desculpem e obrigado".

21h01 "Esta é a única forma de chamar a atenção. Já era altura", diz um agente da PSP que prefere não ser identificado, ao Expresso. 20h57 "Polícia unida, jamais será vencida.

20h57 Polícias estão junto à entrada do Parlamento.

20h40 Manifestante de cara tapada foi insultar Paulo Rodrigues, da ASPP, e envolveram-se numa luta, com o dirigente sindical a tirar-lhe a máscara.

20h39 "Passos escuta, és um filho da puta".

20h35 Um polícia tirou o telemóvel a um jornalista do Expresso, que o seguiu e conseguiu que este o devolvesse, mas o agente de autoridade obrigou-o a apagar um vídeo que o jornalista acabara de fazer. 20h34 Polícias sentam-se na escadaria da Assembleia da República.

20h32 "É a primeira vez que venho a uma manifestação. Antes de vir disse aos meus filhos que estava pronto para morrer", disse um manifestante ao Expresso. 20h31 Um grupo de polícias deitou a grade de segurança abaixo e invadiu a escadaria.

20h16 Confrontos juntos à Assembleia.

20h10 Membros da organização pedem calma. "Invasão" ouve-se.


20h07 Rebenta mais um petardo em frente à Assembleia.

20h06 Gritos de invasão, enquanto as grades são abanadas.

20h05 Junto à grades que separam a manifestação da escadaria da Assembleia, um grupo de polícias acendeu uma tocha. 20h02

20h01 Acaba de rebentar um petardo na Avenida D. Carlos I, a 200 metros do Parlamento.

19h59 Na cauda da manifestação, cada vez mais próxima do Parlamento, canta-se: "Já cheira a merda". 19h53 Os últimos manifestantes entram na Avenida D. Carlos I.


19h51 "Juntem-se a nós", pedem os polícias da manifestação ao que estão de serviço.

19h49 Pedro, que prefere não dizer o apelido e é agente da PSP há 22 anos: "A polícia é equiparada ao escarro da sociedade. Somos literalmente enxovalhados em tribunal e nem o tempo que perdemos nos julgamentos é compensado". 19h47 A direção da PSP não avança com dados de participação, de acordo com Paulo Flor, da direção de comunicação. 19h46 Membros da organização saúdam os colegas que estão de serviço em frente à AR, mas estes não respondem.

19h43 A cabeça da manifestação chegou à Assembleia. No local estão oito carrinhas da polícia de choque. 19h41 Há polícias em frente ao Parlamento, que vieram aqui ter diretamente.

19h40 "Cavaco escuta, os polícias estão em luta", ouve-se à chegada à Assembleia.

19h37 A manifestação estende-se por um quilómetro.

19h32 Acácio Vicente, reformado, antigo agente de seguros, aplaude os manifestantes: "Os polícias estão a fazer o que é correto e digno. Os políticos manifestam-se nos corredores do poder e quem trabalha manifesta-se na rua". 19h28 A cabeça da manifestação está a entrar na Avenida D. Carlos I em direção ao Parlamento.

19h26 A cauda da manifestação desce a Rua do Alecrim. Ouve-se gritar: "Gatunos, gatunos".


19h16

19h15 Um agente da GNR de Abrantes, que prefere não ser identificado, diz ao Expresso que "como o Presidente da República e a ministra das Finanças, já não tenho cêntimos para pôr de lado.

19h13 A cauda da manifestação está agora a sair do Largo de Camões.

19h10 "Estou aqui também para poder interceder pelos polícias portugueses nas instâncias europeias", diz ao Expresso Gerard Grenon, enquanto segura a faixa que abre a manifestação, na qual se lê: "Pela dignificação profissional em prol da segurança dos cidadãos. 19h02 Segundo a organização, há entre 9 a 10 mil polícias na manifestação.

19h00 Ainda há nesta altura uma grande concentração de manifestantes no Largo de Camões.


18h59 A cabeça da manifestação está a entrar na Avenida 24 de Julho.

18h57 Muitos polícias abordados pelo Expresso não estão disponíveis para falarem à imprensa, com medo de represálias. 18h55 "A luta continua, os polícias estão na rua.

18h51 "Macedo escuta, as forças de segurança estão em luta", ouve-se na frenbte da manifestação.

18h49 À cabeça da manifestação estão os dirigentes nacionais e Gerard Grenon, secretário-geral do Conselho Europeu de Polícia.

18h48 A cauda da manifestação está ainda no Largo de Camões, onde continuam a chegar mais manifestantes. 18h45 Os polícias começam a manifestação a cantar o hino nacional.

18h40 A manifestação começou.

18h36 Começam a formar-se grupos na Rua do Alecrim para dar início à manifestação.

18h30 Os polícias começam a posicionar-se para a manifestação ao som da "Grândola".

18h28 A manifestação deverá começar às 18h45, anunciara ao microfone responsáveis da organização. 18h27 O sindicalista francês justificava assim a sua presença na manifestação, sublinhando que os cortes orçamentais em Portugal vão afetar também a segurança na UE.


18h26 "Estamos preocupados com a segurança em Portugal", diz ao Expresso Gerard Grenon, secretário-geral do Conselho Europeu dos Sindicatos de Polícia.

18h19 Começa a tocar a "Grândola, Vila Morena" e os polícias acompanham.

18h17 "Polícias unidos, jamais serão vencidos".

18h14 Começou a tocar a música "Os Vampiros" de Zeca Afonso. Perto da estátua do Largo de Camões há polícias a entoar o refrão "eles comem tudo". 18h11 "Passos escuta, os polícias estão em luta", voltam a gritar em coro.

18h09 "Ao manifestarmo-nos devemos fazê-lo de forma ordeira, caso contrário não seremos compreendidos pela população", pede um membro da organização ao megafone. 18h07 A organização pede que "estes incidentes", que não são feitos pelas forças de segurança, sejam ignorados. 18h05 Ouviu-se um petardo na zona da manifestação.

17h59 Nos Largo de Camões estão cerca de 4 mil polícias, de acordo com a organização. Continuam a chegar autocarros. 17h53 Ao todo são 50 autocarros de fora de Lisboa. O protesto só deverá arrancar depois de chegarem os 15 autocarros do Porto. 17h50 "Passos escuta, os polícias estão em luta", continua a ouvir-se no Largo de Camões. A organização espera que se ultrapassem os 8 mil manifestantes, tornando o protesto no maior de sempre.


17h48 Continuam a chegar polícias. A organização do protesto pede-lhes que vão buscar uma bandeira para agitar na manifestação.

17h48

17h45 "Estamos aqui em solidariedade e saudação com as forças de segurança", disse Arménio Carlos da CGTP.

17h40 "É cada vez mais difícil fazer o nosso trabalho em segurança", diz Júlio Rebelo da associação dos guardas prisionais. 17h30 "Temos o direito à indignação", dizem. José Mendes, da direção da ASP, pede aos polícias para manterem a ordem durante a manifestação.


17h28 "Passos escuta, os polícias estão em luta". Começam os agentes a gritar incentivados por José Mendes, da direção da ASP, que ao megafone avisa que ainda estão à espera que cheguem mais policias para começar a manifestação. 17h13


17h09

17h08 "Espero que gritem bastante alto o vosso descontentamento. Esta será uma das maiores manifestações de sempre", disse Carlos Oliveira, secretário geral das ASP 17h08 Paulo Rodrigues diz que depende do Governo que se repita a manifestação dos "secos contra molhados". "Penso que o Governo aprendeu e que não irá reagir da mesma forma, mas só depende do Governo" 17h07 "Vimos aqui lutar pelos nossos direitos. Todos os dias arriscamos a vida e estes cortes são injustos", diz o agente da PSP João Prates, que veio de Évora para o protesto.


17h06 O líder sindical afirmou que bastou uma reunião entre todas as forças de segurança para se chegar à conclusão que o problema e o descontentamento eram comuns e que teria de ser dada uma resposta comum. "Queremos dizer ao Governo que está a seguir uma política errada". 17h05 "Não foi difícil fazer esta manifestação conjunta com todas as forças de segurança", diz ao Expresso Paulo Rodrigues, líder da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia 17h04 Meia hora antes da manifestação começar, já estão no Largo do Camões cerca de 600 pessoas.

As forças de segurança manifestam-se hoje contra os cortes previstos no Orçamento de Estado. A concentração estava marcada para o Largo de Camões e os manifestantes irão até à Assembleia da República.


País

Milhares de polícias concentrados em Lisboa para "maior manifestação de sempre" 21.11.2013 19:10

Milhares de elementos das forças e serviços de segurança já estão concentrados no Largo do Camões, em Lisboa, para participar numa manifestação que dizem que vai ser "a maior de sempre".

Elementos da PSP, GNR, SEF, guardas prisionais, ASAE, Polícia Marítima, Polícia Judiciária e polícias municipais participam na manifestação que vai realizar-se entre o Largo de Camões e a Assembleia da República.

Segundo o vice-presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), Manuel Morais, 50 autocarros de todo o país transportaram os polícias para participarem no protesto.


O responsável sindical disse à Agência Lusa que o protesto vai ser "o maior de todos os tempos", uma vez que houve uma mobilização de todas as estruturas que congregam associações e sindicatos das forças e serviços de segurança. Manuel Morais adiantou que "a desmotivação" e "as dificuldades são fortemente sentidas pelos polícias" pelo que aguarda uma forte participação no protesto. Os manifestantes empunham bandeiras das várias associações e sindicatos, sendo as mais visíveis as da PSP e as da GNR.

Os polícias, espaçadamente, vão gritando "Passos escuta, os polícias estão em luta" e "Polícias, unidas, jamais serão vencidas". Polícias de todo o setor da segurança interna participam, pela primeira vez em conjunto, numa manifestação nacional, em Lisboa, para contestar os cortes previstos no Orçamento do Estado para o próximo ano.

O protesto é organizado pela Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, que congrega a GNR, PSP, Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Polícia Marítima, Guardas Prisionais e Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) -, mas vai contar também com a presença de inspetores da Polícia Judiciária e elementos das polícias municipais.

Para o secretário nacional da CCP, Paulo Rodrigues, a participação de todo o setor deve "merecer particular atenção por parte do Governo". Esta mobilização significa, segundo o dirigente, que os orçamentos previstos para o setor da segurança interna "podem pôr em causa não só a questão socioprofissional, mas também o funcionamento das instituições".

Os profissionais das forças e serviços de segurança protestam contra os cortes previstos nos vencimentos e nos orçamentos das próprias instituições policiais em 2014.


Organização Invasão da escadaria foi acção "simbólica" do "estado de revolta" A organização da manifestação de hoje dos profissionais de segurança afirmou que a invasão da escadaria da Assembleia da República foi uma "ação simbólica" e "um estado de revolva" contra a governação do país.

21:59 - 21 de Novembro de 2013 | Por Lusa

"O que aconteceu aqui foi um estado de revolta", disse à agência Lusa o secretário nacional da Comissão Coordenadora Permanente (CPP) dos Sindicados e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, Paulo Rodrigues.

Paulo Rodrigues adiantou que foi apenas um "ato simbólico", não se tendo registado agressões nem feridos, e resultou de uma "atitude espontânea".


Apesar das declarações do responsável, a agência Lusa testemunhou no local a existência de um manifestante ferido durante os acontecimentos desta noite, junto à Assembleia da República.

"O Governo tem de analisar muito bem o que aconteceu aqui. Não só a atitude simbólica de entrar nas escadas da Assembleia da República, mas também pela mobilização", afirmou o representante da comissão que organizou a ação que mobilizou mais de dez mil polícias de todo o sector da segurança interna.

Questionado sobre a possibilidade de o ministro da Administração Interna abrir um inquérito sobre os acontecimentos ocorridos esta noite, Paulo Rodrigues considerou que "não há razão para haver qualquer inquérito", voltando a reafirmar que "não houve feridos nem danos" e que "foi um ato simbólico".

Os milhares de polícias que hoje se manifestaram em Lisboa e que conseguiram chegar à entrada principal da Assembleia da República começaram a desmobilizar por volta das 21:15.

A CCP tinha previsto entregar no final da manifestação uma petição à Presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, mas devido aos acontecimentos tal não aconteceu.

A manifestação começou por volta das 17:30 no Largo do Camões, tendo depois a concentração seguido para a frente da Assembleia da República.

Por volta das 20:00, um grupo de manifestantes acabou por derrubar a barreira que existia no fundo da escadaria, deixando de haver uma separação física entre os manifestantes e aos agentes da PSP de serviço.


O ambiente de alguma tensão, com muitos manifestantes a fazerem força para quebrar a barreira humana, acabou por levar um grupo de manifestantes a fazer uma segunda barreira humana para apoiar os polícias fardados.

A situação acabou por se acalmar, mas, cerca de meia hora depois, os manifestantes acabaram por subir as escadarias e ficar junto à entrada da Assembleia da República, onde entoaram o hino nacional e palavras de ordem.

Espontaneamente, os manifestantes começaram a abandonar o local por volta das 21:15.


Portugal : des milliers de policiers manifestent contre l'austérité Publié le 21.11.2013, 22h55

Des milliers de policiers, gendarmes et autres fonctionnaires des forces de l'ordre portugaises ont manifesté jeudi à Lisbonne dans un climat tendu, pour protester contre les nouvelles mesures de rigueur prévues par le projet de budget pour 2014. | Francisco Leong


Des milliers de policiers, gendarmes et autres fonctionnaires des forces de l'ordre portugaises ont manifesté jeudi à Lisbonne dans un climat tendu, pour protester contre les nouvelles mesures de rigueur prévues par le projet de budget pour 2014. "Les policiers sont en lutte" et "gouvernement, démission!" ont scandé les protestataires, vêtus en civil, en défilant en direction du Parlement, derrière une banderole où l'on pouvait lire : "Pour la dignité professionnelle et la sécurité des citoyens". Quelque 8.000 à 10.000 manifestants, selon les estimations des médias locaux, se sont rassemblés à l'appel des syndicats des différentes forces de l'ordre, de la police nationale au service des frontières, en passant par la gendarmerie et les gardiens de prison. Arrivés en début de soirée en face du Parlement, les protestataires ont forcé les barrières de sécurité pour occuper brièvement les escaliers d'accès à l'Assemblée nationale. Cette manifestation était "la plus importante" jamais organisée par les policiers portugais, ont affirmé leurs syndicats, selon lesquels les nouvelles coupes budgétaires viendront "déstabiliser le fonctionnement des polices" et engendrer "une dégradation de la sécurité publique". Dans le cadre du plan d'aide financière internationale accordé au Portugal par l'Union européenne et le FMI, le gouvernement s'est engagé à ramener le déficit public à 4% du PIB l'an prochain. Pour y parvenir, le gouvernement de centre droit a présenté un projet de budget pour 2014 marqué par des coupes sévères dans les salaires et les retraites des fonctionnaires. Fortement contestée par l'opposition de gauche et par les syndicats, la loi de finances sera soumise mardi au vote final du Parlement, où la coalition gouvernementale dispose d'une majorité confortable. "Cela fait huit ans que j'ai intégré la police et je n'ai jamais eu une promotion ou une augmentation de salaire, sauf que maintenant j'ai une famille et davantage de responsabilités", s'est plaint Manuel Ribas, un policier descendu dans la rue pour exprimer son "indignation".


"L'an prochain ils veulent enlever 100 euros supplémentaires de mon salaire brut, ce qui me laissera 900 euros par mois. C'est comme si je venais de sortir de l'école de police", s'est emporté le jeune homme de 32 ans. "Mes attentes ont été complètement déçues et ces nouvelles coupes nous démotivent encore plus", a témoigné un gendarme de 50 ans venu de la région d'Aveiro (nord), qui a souhaité rester anonyme. Les fonctionnaires de la police des frontières ont entamé jeudi une série de grèves partielles qui dureront quatre jours, mais un service minimum était assuré.


«O que aconteceu aqui foi um estado de revolta» Análise de sindicalista Paulo Rodrigues sobre a invasão de polícias na escadaria do Parlamento Por: Redacção / PO

| 2013-11-21 22:57

A organização da manifestação desta quinta-feira dos profissionais de segurança afirmou que a invasão da escadaria da Assembleia da República foi uma «ação simbólica» e «um estado de revolva» contra a governação do país. «O que aconteceu aqui foi um estado de revolta»,

disse

secretário

à

agência

nacional

da

Lusa

o

Comissão

Coordenadora Permanente (CPP) dos Sindicados

e

Associações

dos

Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, Paulo Rodrigues.

Paulo Rodrigues adiantou que foi apenas um «ato simbólico», não se tendo registado agressões nem feridos, e resultou de uma «atitude espontânea».

Apesar das declarações do responsável, a agência Lusa testemunhou no local a existência de um manifestante ferido durante os acontecimentos desta noite, junto à Assembleia da República.


«O Governo tem de analisar muito bem o que aconteceu aqui. Não só a atitude simbólica de entrar nas escadas da Assembleia da República, mas também pela mobilização», afirmou o representante da comissão que organizou a ação que mobilizou mais de dez mil polícias de todo o sector da segurança interna.

Questionado sobre a possibilidade de o ministro da Administração Interna abrir um inquérito sobre os acontecimentos ocorridos esta noite, Paulo Rodrigues considerou que «não há razão para haver qualquer inquérito», voltando a reafirmar que «não houve feridos nem danos» e que «foi um ato simbólico».

Os milhares de polícias que hoje se manifestaram em Lisboa e que conseguiram chegar à entrada principal da Assembleia da República começaram a desmobilizar por volta das 21:15.

A CCP tinha previsto entregar no final da manifestação uma petição à Presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, mas devido aos acontecimentos tal não aconteceu.

A manifestação começou por volta das 17:30 no Largo do Camões, tendo depois a concentração seguido para a frente da Assembleia da República.

Por volta das 20:00, um grupo de manifestantes acabou por derrubar a barreira que existia no fundo da escadaria, deixando de haver uma separação física entre os manifestantes e aos agentes da PSP de serviço.

O ambiente de alguma tensão, com muitos manifestantes a fazerem força para quebrar a barreira humana, acabou por levar um grupo de manifestantes a fazer uma segunda barreira humana para apoiar os polícias fardados.


A situação acabou por se acalmar, mas, cerca de meia hora depois, os manifestantes acabaram por subir as escadarias e ficar junto à entrada da Assembleia da República, onde entoaram o hino nacional e palavras de ordem.

Espontaneamente, os manifestantes começaram a abandonar o local por volta das 21:15.


Internacional

Agentes lusos invaden las escaleras del Parlamento en protesta por los cortes 22 de noviembre de 2013. 00:25h Efe. Lisboa.

Miembros de las fuerzas de

seguridad

portuguesas

que

se

manifestaban hoy contra las políticas de ajuste del Gobierno luso en el sector público acabaron por superar el cordón policial e invadieron las escaleras

del

Parlamento.

Representantes Guardia

de

la

Nacional

Republicana (GNR), la Policía de Seguridad Pública (PSP), Servicios de Extranjeros y Fronteras (SEF), la Policía Marítima, Guardas de Prisiones y Autoridad de Seguridad Alimentaria y Económica (ASAE) participaron en esta protesta.


Después de cerca de media hora de tensión y de continuos intentos por romper el cordón policial, los manifestantes consiguieron su objetivo y se quedaron a las puertas del Parlamento, donde volvieron a entonar el himno nacional de Portugal y profirieron cánticos contra el Ejecutivo.

A pesar de ello, no se llegaron a producir enfrentamientos directos entre los miembros de las fuerzas de seguridad que protestaban y los policías encargados de controlar la manifestación.

Varios miles de personas participaron en esta concentración de hoy en Lisboa, que los organizadores consideraron la mayor protesta del sector en la historia reciente del país.

Portavoces sindicales de los diferentes cuerpos de seguridad lusos aseguraron a medios locales que no se registraron heridos durante el altercado ni tampoco se produjeron daños, además de calificar de "simbólico" este acto y precisar que nació de forma espontánea.

Un cuarto de hora después de la invasión los agentes comenzaron a abandonar el lugar, aunque el cordón policial a las puertas del Parlamento se mantuvo.

Los manifestantes, que marcharon durante la tarde por el centro de la capital lusa hasta llegar a la Asamblea de la República, reclamaron de forma constante la dimisión del Gobierno del primer ministro Pedro Passos Coelho.

Los organizadores señalaron que el motivo de la protesta no sólo son los recortes salariales que afectan a los agentes (y que se recrudecerán en 2014), sino también el riesgo que supone seguir aplicando más austeridad en una materia sensible como el de la seguridad nacional.

El ministro de Interior luso, Miguel Macedo, subrayó ayer que los miembros de las fuerzas policiales no pueden ser "ajenos" a los sacrificios que se exige al resto de la sociedad portuguesa para cumplir con las exigencias acordadas con la UE y el Fondo Monetario Internacional (FMI) a cambio de su rescate, entre ellas, la reducción del déficit público.


Sin embargo, insistió en que estos ajustes no afectan directamente a la misión de garantizar "la seguridad de Portugal y sus ciudadanos".

Los Presupuestos Generales del Estado de 2014, que ya pasaron su primer trámite parlamentario y están pendientes de ser sometidos a la votación definitiva a finales de este mes, incluyen un corte salarial mensual de entre el 2,5 % y el 12 % a los funcionarios a partir de 600 euros brutos.

PORTUGAL Protesta simbólica de los agentes del orden

Invasión policial pacífica en la escalinata del Parlamento portugués

- Los agentes protestaban contra los recortes salariales - 'El gobierno está menospreciando las necesidades y dificultades de los policías' VIRGINIA LÓPEZ ESPECIAL PARA EL MUNDO Lisboa


Actualizado: 22/11/2013 14:16 horas

"La policía unida jamás será vencida", "invasión, invasión". Con estos cánticos, varias centenas de policías portugueses invadieron este jueves, de forma pacífica, la escalinata que da acceso al Parlamento en una manifestación a nivel nacional que ha juntado a más de 10 mil miembros de las fuerzas de seguridad del país. Protestaban contra los recortes salariales y las dificultades cada vez mayores a la hora de ejercer su profesión. "Este gobierno está menospreciando las necesidades y dificultades de los policías", admitía un policía que se manifestaba.

La diferencia con otras manifestaciones, es que esta vez los policías consiguieron romper el cordón policial formado por sus colegas que estaban de servicio. Después de unos minutos de presión, los manifestantes consiguieron derribar las vallas y empezar a subir las escaleras. Aunque en un primer momento los policías trataron de contener a los manifestantes, sobre las nueve de la noche cedieron, dejando a sus colegas que subieran las escaleras, algo que hicieron de manera pacífica.

Los policías estuvieron aproximadamente media hora, ocupando todas las escaleras y algunos de ellos saludaban a los que estaban de servicio. Después, comenzaron a marcharse sin provocar ningún problema o desacato. "También estamos protestando por ellos", afirmaba uno de los policías que se manifestaba, refiriéndose a los que estaban trabajando. Otro decía que "ha sido un acto simbólico y espontáneo". En el fondo, se trataba de dejar claro al gobierno de Pedro Passos Coelho que las fuerzas de seguridad del país tampoco aceptan más medidas de austeridad, medidas que siguen estando incluidas en los Presupuestos Generales para el próximo año. "Si el primer ministro quiere equipararnos a Irlanda, entonces que nos pague como a los policías irlandeses", protestaba otro manifestante. La manifestación congregó a todas las fuerzas del orden del país, entre ellas, Policía de Seguridad Pública, Guardia Nacional Republicana, Policía Marítima, Policía Judicial, Servicio de Extranjeros y Fronteras, entre otros.


Paulo Valente Gomes Director Nacional da PSP demite-se O director Nacional da PSP, superintendente Paulo Valente Gomes, colocou o seu lugar à disposição, na sequência dos acontecimentos de quinta-feira em frente à Assembleia da República, tendo o seu pedido sido aceite pelo ministro da Administração Interna.

12:45 - 22 de Novembro de 2013 | Por Lusa

Uma nota do Ministério da Administração Interna refere que o ministro Miguel Macedo "entendeu aceitar a disponibilidade para a cessação de funções que tem exercido como director nacional" da PSP.

Milhares de profissionais de forças e serviços policiais e de segurança - PSP, GNR, SEF, ASAE, polícia marítima, guardas prisionais, polícia municipal e PJ - manifestaram-se na quinta-feira em Lisboa e, depois de derrubarem uma barreira policial, conseguiram chegar à entrada principal da


Assembleia da República, onde cantaram o hino nacional, tendo depois desmobilizado voluntariamente.

A mesma nota indica que, agora o ministro da Administração Interna vai "iniciar o processo tendo em vista a designação do novo director nacional da Polícia de Segurança Pública".

O superintendente Paulo Valente Gomes assumiu o cargo de director nacional da PSP em Fevereiro de 2012, tendo sido o primeiro-oficial da escola superior de polícia a chegar ao topo da hierarquia na corporação.


O "eleito" saiu da direcção da PSP Paulo Valente Gomes não era apenas mais um director nacional da Polícia de Segurança Pública. Além de duas licenciaturas, um doutoramento e um mestrado, é o primeiro e único polícia de carreira totalmente formado na PSP

que

chegou

ao

topo

da

hierarquia. 22-11-2013 19:37 por Celso Paiva Sol

O afastamento do director nacional da Polícia de Segurança Pública, Paulo Valente Gomes, na sequência dos incidentes da manifestação das forças de segurança junto ao Parlamento interrompe aquela que era considerada uma viragem histórica na vida da PSP, iniciada há dois anos com a nomeação do primeiro polícia de carreira totalmente formado internamente.

O mandato de Paulo Valente Gomes como director nacional da PSP não chegou a dois anos, o que o torna no segundo a ser afastado pelo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo.

Estes dois anos de mandato não foram pacíficos e quase sempre por causa de manifestações, como foi o caso da greve geral de 14 de Novembro do ano passado, quando depois de apedrejada a PSP varreu à bastonada a praça em frente ao Parlamento ou os incidentes em pleno Chiado, com jornalistas a queixarem-se de estar entre os agredidos pela polícia ou até a recente novela em torno da manifestação que a CGTP quis fazer na Ponte 25 de Abril.


Na relação com Miguel Macedo destaque ainda para a posição de força que Paulo Valente Gomes assumiu em Dezembro do ano passado, ameaçando demitir-se caso o Novo Conceito Estratégico de Defesa incluísse o esvaziamento de competências da PSP.

Paulo Valente Gomes, 48 anos, não era no entanto apenas mais um director da Polícia de Segurança Pública.

Para além de duas licenciaturas, um doutoramento e um mestrado, é o primeiro e único polícia de carreira totalmente formado na PSP que chegou ao topo da hierarquia.

Frequentou em 1984 o primeiro curso da então Escola Superior de Polícia, onde foi o melhor aluno, p que voltou a acontecer em todos os cursos de promoção interna até chegar a superintendente.

A sua chegada à direcção da PSP, com uma equipa composta por outros oficiais da mesma geração formada internamente, foi vista como um marco histórico, qualquer coisa como cumprir o plano há muito imaginado por quem lançou a formação da Polícia.


Sucessão Luis Farinha é o novo director da PSP O comandante da Unidade Especial de Polícia (UEP), superintendente Luís Peça Farinha, é o novo director nacional da PSP, disse à Lusa fonte do Ministério da Administração Interna.

19:41 - 22 de Novembro de 2013 | Por Lusa

O comandante da Unidade Especial de Polícia (UEP), superintendente Luís Peça Farinha, é o novo diretor nacional da PSP, disse à Lusa fonte do Ministério da Administração Interna.

Luís Farinha irá suceder no cargo ao superintendente Paulo Valente Gomes, que hoje colocou o lugar à disposição, na sequência dos acontecimentos de quinta-feira em frente à Assembleia da República, tendo o seu afastamento sido aceite pelo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo.


A mesma fonte referiu que, no seguimento da saída de Paulo Valente Gomes, os oficiais que faziam parte da sua equipa diretiva - Paulo Pereira Lucas, José Ferreira de Oliveira, José de Matos Torres e Manuel Magina da Silva - pediram a demissão.

Entretanto está marcada para as 20:30 uma declaração do ministro da Administração Interna, nas instalações do ministério, a propósito da manifestação de quinta-feira junto à Assembleia da República.

O diretor Nacional da PSP colocou o seu lugar à disposição, na sequência dos acontecimentos de quinta-feira em frente à Assembleia da República, tendo o seu pedido sido aceite pelo ministro da Administração Interna.

Uma nota do Ministério da Administração Interna referia que o ministro Miguel Macedo "entendeu aceitar a disponibilidade para a cessação de funções que tem exercido como diretor nacional" da PSP.

Milhares de profissionais de forças e serviços policiais e de segurança - PSP, GNR, SEF, ASAE, polícia marítima, guardas prisionais, polícia municipal e PJ - manifestaram-se na quinta-feira em Lisboa e, depois de derrubarem uma barreira policial, conseguiram chegar à entrada principal da Assembleia da República, onde cantaram o hino nacional, tendo depois desmobilizado voluntariamente.


Sindicato da polícia estranha demissão de director nacional 22-11-2013 15:07

“Estranhamos que a resposta do Governo seja a demissão do director nacional da PSP, uma vez que pretendíamos uma resposta

clara

às

reivindicações

da

manifestação”, afirma Paulo Rodrigues.

São muitos os agentes da Polícia de Segurança Pública que a esta hora questionam a demissão do director nacional.

O superintendente Paulo Gomes colocou o seu lugar à disposição e o ministro Miguel Macedo aceitou, isto na sequência dos acontecimentos ocorridos quinta-feira à tarde frente à Assembleia da República.

Uma das vozes que contestam e estranham esta demissão é de Paulo Rodrigues, da Associação Sindical da Policia e um dos organizadores da manifestação, durante a qual os agentes em protesto invadiram a escadaria da Assembleia da República. “Fomos apanhados desprevenidos, estranhamos, uma vez que a manifestação não tinha por objectivo por em causa a direcção das várias polícias. Pretendíamos do Governo uma alteração das


medidas, para que pudesse haver uma resposta às necessidades socio profissionais mas também às necessidades das instituições para que possam funcionar em condições.” “Estranhamos que a resposta do Governo seja a demissão do director nacional da PSP, uma vez que pretendíamos uma resposta clara às reivindicações da manifestação”, afirma ainda Paulo Rodrigues.

Miguel Macedo ainda não falou, mas já esta sexta-feira o porta-voz da GNR referiu que a manifestação de ontem teve claramente contornos de infracção à lei, só que admite ser cedo para saber se entre os infractores estão militares da GNR.

Paulo Rodrigues da ASPP admite que houve excessos por parte dos manifestantes mas que o dispositivo da PSP soube evitar um mal maior. “Se os polícias estavam de serviço e tivessem reagido, se tivessem exercido pressão sobre os manifestantes, hoje estaríamos a criticar a polícia por ter havido polícias contra polícias, houve desacatos, agressões e situações incompreensíveis”. [Notícia actualizada às 15h22]


Ministro exigiu demissões na PSP e director assumiu responsabilidade MARIANA OLIVEIRA e PEDRO SALES DIAS 22/11/2013 - 23:28

Miguel Macedo exigiu demissões na PSP e o director assumiu a responsabilidade por invasão da escadaria do Parlamento. Luís Farinha será o seu substituto.

Os polícias invadiram a escadaria do Parlamento Tiago Machado


Na manhã desta sexta-feira, o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, chamou ao seu gabinete o director nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP), o superintendente Paulo Valente Gomes. Exigiu-lhe que fossem apuradas responsabilidades dentro daquela polícia e que rolassem cabeças por causa da actuação do dispositivo destacado para a manifestação de polícias do dia anterior que permitiu aos manifestantes romper as barreiras e invadirem a escadaria do Parlamento.

Segundo relatos recolhidos pelo PÚBLICO, Paulo Valente Gomes respondeu a Miguel Macedo que, se exigia demissões, então, como número um da PSP, ele era o primeiro responsável pelo sucedido e colocou o lugar à disposição. O ministro aceitou.

Foi, por isso, com estranheza que, ao início da noite, muitos profissionais da PSP ouviram o ministro a anunciar que escolheu o superintendente Luís Farinha, comandante da Unidade Especial de Polícia, que tutela o Corpo de Intervenção (CI), para director nacional da PSP. Luís Farinha foi um dos responsáveis operacionais pelo dispositivo destacado para a manifestação de quinta-feira, que teve a participação do CI, e ao longo do dia chegou a ser admitida a sua demissão, a par da do comandante metropolitano de Lisboa, o superintendente Constantino Ramos, o responsável directo pela operação.

O novo director nacional da PSP tem 47 anos e é licenciado em Ciências Policiais, pelo Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna. Ao longo da carreira, foi director do Departamento de Armas e Explosivos, chefe do Serviço de Segurança da Presidência da República e oficial de ligação do Ministério da Administração Interna, junto da embaixada de Portugal, em Maputo.

Luís Farinha será o terceiro director nacional da PSP desde que este Governo entrou em funções, em Junho de 2011, sendo o segundo a ser nomeado por Miguel Macedo. Paulo Valente Gomes tomara posse como responsável máximo da PSP em Fevereiro de 2012, após o ministro ter exonerado o seu antecessor, o superintendente Guilherme Guedes da Silva, que esteve menos de um ano em funções.


Na altura, o ministro justificou a demissão com a necessidade de a PSP começar "uma nova etapa, com novos desafios". O ministro Miguel Macedo falou aos jornalistas já depois das 20h30 desta sexta-feira, no salão nobre do ministério, para sublinhar que o que aconteceu em frente à Assembleia da República foi “absolutamente inaceitável”. “Primeiro porque as regras de segurança são para cumprir. Depois porque quem tem por missão fazê-las respeitar não pode dar o exemplo de as violar”, afirmou Macedo, numa declaração que durou apenas alguns minutos.

O ministro reconheceu que chamou Paulo Valente Gomes ao seu gabinete na manhã desta sextafeira e lhe transmitiu que os acontecimentos do dia anterior eram “especialmente graves” e, por isso, “tinha que haver consequências a tirar”. “Num Estado de Direito, há regras que devem ser observadas e limites que não podem ser ultrapassados”, insistiu o governante. Miguel Macedo garantiu que os acontecimentos de quinta-feira são “excepção” e “não voltarão a repetir-se”. E acrescentou: “Isto é um requisito essencial não apenas da defesa do Estado de Direito mas também da defesa da imagem de prestígio e de credibilidade dos agentes e das forças de segurança”.

Nem uma palavra sobre a dimensão do protesto, que a organização considerou o maior de sempre das forças de segurança, ou sobre as reivindicações dos manifestantes (agentes da PSP, militares da GNR, inspectores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, guardas prisionais, inspectores da Autoridade Nacional de Segurança Alimentar), que contestaram na rua as medidas previstas no Orçamento do Estado do próximo ano, incluindo os “cortes sucessivos” e a “degradação da segurança em Portugal”.

Antes, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho avisara que os incidentes na escadaria do Parlamento podiam virar-se contra as próprias forças de segurança. “O que se passou ontem não é um bom indicador da própria autoridade das forças de segurança”, afirmou Pedro Passos Coelho.


O primeiro-ministro falava aos jornalistas no Algarve, no final de uma conferência. O protesto “não deveria ter ficado ensombrado pelo facto de manifestantes que pertencem a forças de segurança terem quebrado as regras que, enquanto estão em funções, devem fazer respeitar”, vincou.

Esta manifestação, continuou o primeiro-ministro, deve servir para que o Governo e as próprias polícias tirem “consequências do que se passou, de modo a que não haja um enfraquecimento das próprias forças de segurança no cumprimento do seu dever”.

A actuação da polícia mereceu críticas de vários partidos, que admitiram chamar Miguel Macedo ao Parlamento. O presidente da Confederação Empresarial Portuguesa (CIP) também comentou o que se passou: "Não posso deixar de reconhecer que é, de facto, um precedente, quando os próprios polícias fazem aquilo que noutras circunstâncias estão ali para defender que não seja feito", afirmou António Saraiva à Lusa.

Confrontado pelo PÚBLICO sobre a actuação da polícia, Paulo Rodrigues, secretário-geral da Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, recusou a ideia de que os colegas que estavam a garantir a segurança tenham facilitado o acesso. "A polícia utilizou o dispositivo adequado e foi flexível para minimizar qualquer prejuízo que pudesse haver", considera o sindicalista.

Na PSP, a demissão do director nacional foi mal recebida, quer por oficiais quer por agentes, uma vez que a maioria dos profissionais que falaram com ao PÚBLICO recusou que tenha havido um erro operacional na actuação da polícia. “Não nos podemos esquecer que havia centenas de pessoas com armas de fogo. Tomar uma posição de força no acesso às escadas era gerar um banho de sangue, que assim se evitou”, sustenta o presidente do Sindicato Nacional dos Oficiais, Henrique Figueiredo.

Ao longo do dia de ontem, várias fontes da PSP estranhavam que o dispositivo na manifestação tenha sido a única causa da posição assumida por Miguel Macedo, elencando sobre outros motivos


que terão concorrido para a demissão de Paulo Valente Gomes. Nos últimos meses, a relação com o MAI era cada vez mais tensa. O director nacional recusava a ideia de devolver à GNR a jurisdição do trânsito nas pontes e vias rápidas localizadas na área territorial da PSP, o que está a ser equacionado com a prometida reactivação da Brigada de Trânsito.

Fontes da PSP e da GNR garantiram, aliás, existir cada vez maior crispação entre a hierarquia superior da PSP e o Comando Geral da GNR. Recentemente a PSP terá sabido, a contragosto, que poderia perder para a GNR o Departamento de Armas e Explosivos, a Divisão de Segurança a Instalações, assim como o Corpo de Segurança Pessoal. Com Marisa Soares

22-11-2013

LISBOA ■ TENSÃO NO MAIOR PROTESTO DE FORÇAS DE SEGURANÇA

Polícia contra polícia em ataque a S. Bento ▪ Mais de oito mil elementos da PSP, GNR, SEF, ASAE, Polícia Marítima e Guarda Prisional manifestaram-se ontem na Assembleia da Republica. Revolta acabou com invasão das escadarias


● JOÃO C. RODRIGUES TEXTOS DIOGO RIBEIRO FOTOS _____________________________

Primeiro, o rebentamento de vários petardos, logo no largo Camões. Depois, já à chegada a São Bento, pelas 20h00, um grupo de polícias acendeu uma

tocha

de

fumo.

E

rapidamente a tensão escalou. Sob

gritos

de

“Invasão!

Invasão”, centenas de agentes de

todas

as

forças

de

segurança

que

ontem

se

manifestaram em Lisboa

■ Agentes fardados tiveram de perseguir colegas de toas as forças de segurança até à entrada do Parlamento.

derrubaram as grades que impediram o acesso às escadarias da Assembleia da República e só pararam nas arcadas de entrada do Parlamento. “Desculpem… Juntem-se a nós. O vosso futuro está em nós”, diziam os manifestantes aos colegas do Corpo de Intervenção que ali estavam de serviço. “Não estava à espera disto. Só mostra a revolta com que vivem os polícias”, disse Paulo Rodrigues, líder da plataforma que reúne os seis sindicatos mais representativos da PSP, GNR, ASAE, SEF, Polícia Marítima e Guarda Prisional. Mas não só. Membros de outras associações das forças de segurança juntaram-se aos protestos. No total, estiveram mais de oito mil agentes policiais na manifestação de ontem.


“Esta era a única forma de chamar a atenção para os problemas das polícias”, dizia um elementos da GNR sentado na escadaria da Assembleia da República.

___________________ “Foi um ato simbólico. Não há razão para Inquérito” Paulo Rodrigues ____________________________________ Apesar dos avanços, ninguém entrou no Parlamento. Questionado sobre a possibilidade de o ministro da Administração Interna abrir um inquérito ao caso, Paulo Rodrigues considerou que “não há razão para inquérito”. “Não houve feridos nem danos. Foi um ato simbólico.” A organização queria entregar uma petição à Presidente da Assembleia da República, mas devido aos acontecimentos tal não aconteceu.

Para César Nogueira, presidente da Associação dos Profissionais da Guarda, a tensão deve-se à situação de desespero por que passam as forças de segurança, “muitos deles já sem dinheiro para dar de comer aos filhos”.


Manifestante ataca líder do protesto ● A tensão verificou-se também entre os próprio manifestantes. Cerca das 20h30, Paulo Rodrigues, presidente

da

Profissionais

Associação

da

Coordenadora

Polícia

Sindical

e

Permanente,

da foi

dos

Comissão

insultado

e

agredido por um manifestante de cara tapada. Os dois envolveram-se numa luta e o dirigente sindical tirou a máscara ao agressor. Os ânimos foram serenados imediatamente por colegas. ■

_____________________________________________________________________________________________

Greve à multa até 2014 ■ O apelo surgiu a meio da tarde,

mas

ninguém

o

assume oficialmente. Certo é que à chegada ao Largo ■ 56 horas. Dezenas de elementos da GNR compareceram com camisolas com a questão: “Porquê 56 horas semanais?”

Camões

rapidamente

começaram

a

circular

pequenos panfletos onde se lia: “Em dezembro ninguém multa. Pelos nossos Direitos, Contra os Cortes”. E todos os

■ Apelo à manifestação

manifestantes questionados pelo CM garantiram que vão aderir ao protesto.

greve

surgiu

a

meio

da


___________________ ____________________________________ PSP e GNR dizem que não vão multar em dezembro ____________________________________

Paulo Rodrigues, líder da comissão Coordenadora Permanente, garantiu que o apelo não surgiu daquela estrutura, mas que tem o apoio da mesma. “Cabe a cada um decidir como aderir a esta forma de protesto. É óbvio que ninguém vai fechar os olhos a nada grave, mas os polícias podem ter uma atitude mais dissuasora do que repressiva”, adiantou o responsável.

Se na PSP e GNR as multas de trânsito serão as mais afetadas as outras forças de segurança garantem que também vão encontrar formas de protesto.


GRITOS DE PROTESTO ■ Polícias de todo o País reclamam juntos


Sábado, 23 de Novembro de 2013 - 01h00

Não percebem O governo não percebe que a manifestação tinha vários destinatários e reivindicações justas. A manifestação que juntou milhares de polícias teve várias e justas razões. O facto de os acontecimentos terem assumido aquelas proporções deve-se unicamente ao facto de o governo não perceber, ou não querer perceber, os alertas que a ASPP/PSP foi fazendo sobre os profissionais estarem no limite. As ilações a tirar da tremenda mobilização que juntou todas as forças e serviços de segurança podem ser várias, mas a corda acabou por quebrar no lado do Diretor Nacional da PSP. Ora, mais uma vez, o governo não percebeu, ou não quis perceber, que a manifestação tinha vários destinatários e reivindicações justas, que se prendem com a definição do papel das polícias na Administração Pública. Em todas elas, o destinatário era o governo e não a Direção Nacional da PSP, pelo que é incompreensível a demissão do Diretor. Na declaração de ontem à noite, o MAI afirmou que tais imagens não voltarão a repetir-se. Daqui concluímos que o governo vai, finalmente, cumprir o que prometeu quer em campanha quer após entrar em funções. Se assim não for, a luta vai continuar. Esperamos que, desta vez, percebam. Paulo Rodrigues, Presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia


Segurança Governo exigiu que 'rolassem cabeças' na PSP Depois dos incidentes registados na passada quinta-feira nas escadarias da Assembleia da República, o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, exigiu ao director da PSP, Paulo Valente, que fossem apuradas responsabilidades e que rolassem cabeças. Perante esta imposição, conta hoje o jornal Público, o até ontem ‘número um’ da PSP decidiu chegar-se à frente e pôs o lugar à disposição.

08:14 - 23 de Novembro de 2013 | Por Notícias Ao Minuto


Ministro não deu respostas aos polícias, diz responsável sindical 23 de Novembro, 2013

O ministro da Administração Interna deixou os polícias esta noite sem entenderem os motivos da demissão do director nacional da PSP e também sem resposta às reivindicações que levaram à manifestação de quinta-feira, segundo fonte sindical.

Paulo Rodrigues, secretário nacional da Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, além de presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), comentou assim as declarações de Miguel Macedo, que esta noite classificou de "absolutamente inaceitáveis" os acontecimentos de quinta-feira no Parlamento.


Em declarações à Lusa, Paulo Rodrigues admitiu que houve uma "atitude mais irreflectida" por parte dos manifestantes, mas acrescentou que "há muito mais por detrás" dessa atitude, pelo que é preciso uma resposta concreta à mobilização de quinta-feira.

Era isso que esperava ouvir hoje do ministro, declarou.

"Esperávamos da parte do ministro da Administração Interna uma clara mensagem aos polícias", uma "resposta que fosse ao encontro das suas reivindicações", disse Paulo Rodrigues, acrescentando que também não foi explicada por Miguel Macedo a demissão do director nacional da polícia, ocorrida hoje.

A manifestação de quinta-feira e as razões que estiveram na base da sua realização não tinham a ver ou eram da responsabilidade do director nacional, além de que as decisões tomadas no âmbito da segurança da manifestação foram as mais correctas, afirmou.

"Continuamos à espera de que o Governo seja objectivo e que dê uma resposta clara às reivindicações dos polícias", acrescentou.

Sobre o novo director nacional da PSP, o responsável salientou a grande experiência de Luís Farinha e disse esperar que o Governo lhe disponibilize "tudo o que é necessário" para responder às aspirações dos polícias e que tenha condições para desempenhar o papel para o qual foi indigitado.

Questionado sobre o papel de Luís Farinha como comandante das unidades especiais de polícia (envolvidas na manifestação de quinta-feira), Paulo Rodrigues frisou que os polícias tomaram as melhores decisões, porque impedir a subida da escadaria do Parlamento poderia ter levado à violência e a "um problema muito grave".


"Todos os que estavam a comandar a operação estiveram bem, fizeram-no com grande profissionalismo e com sentido de responsabilidade, bom senso e razoabilidade", concluiu.

Lusa/SOL Tags: Polícia, Ministério da Administração Interna, Miguel Macedo, Sociedade


Passos

Coelho

Manifestação

pode

originar

"consequência" para polícias O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, defendeu esta sexta-feira que os ânimos exaltados da manifestação dos polícias, que aconteceu ontem em Lisboa, não são “um bom indicador das próprias autoridades de segurança”, pelo que devem “servir para que possamos dar uma consequência ao que se passou, de modo a que não haja enfraquecimento das próprias forças de segurança”.

19:30 - 22 de Novembro de 2013 | Por Notícias Ao Minuto

“A vontade dos que se querem manifestar (…) não devia ter ficado ensombrada” pelo desrespeito das regras. O que teve mais gravidade por se tratar de “manifestantes, que pertencem às forças de segurança e que [as] respeitam enquanto estão no activo”, disse esta sexta-feira o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

Passos Coelho falava aos jornalistas à margem do encerramento da Cimeira do Turismo, promovida pela Confederação do Turismo Português, em Vilamoura, onde marcou hoje presença.


Questionado sobre a manifestação das forças de segurança, que teve lugar ontem em Lisboa, e que ficou marcada pela subida de profissionais às escadarias da Assembleia da República, o primeiroministro sublinhou que este não é “um bom indicador das próprias autoridades de segurança”. Os incidentes devem, portanto, “servir para que possamos dar uma consequência ao que se passou, de modo a que não haja enfraquecimento das próprias forças de segurança”, acrescentou o chefe de Estado. “O maior prejuízo é para as forças de segurança e para a tranquilidade dos portugueses”. Ainda assim, “não é necessário rever as regras, é necessário cumpri-las”. Passos Coelho referiu ainda que “o País não pode permitir a própria degradação da própria autoridade”, rejeitando assim “todos os apelos à violência”. “O que aconteceu ontem não devia ter acontecido”, concluiu Passos.


Marques Mendes "Polícias não podem violar as regras que impõem aos outros" No seu espaço de comentário semanal, Luís Marques Mendes defende que os polícias têm “direitos”, mas que “perderam a razão” ao permitirem que os seus colegas em protesto invadissem as escadarias do Parlamento.

21:38 - 23 de Novembro de 2013 | Por Notícias Ao Minuto

Para Luís Marques Mendes, “os polícias, sobretudo os da PSP, têm razão nas queixas”, pois “têm duas características” que os diferenciam dos restantes funcionários públicos: “usam farda e correm riscos”. Contudo, embora defenda que “em grande medida têm razão”, o social-democrata salienta que os agentes “perderam a razão ao fazerem o que fizeram”, ou seja, ao permitirem os colegas em protesto de invadir as escadarias da Assembleia da República.


“Não podem ser eles a violar as regras que impõem aos outros. Isto não pode acontecer, foi um erro grave”, frisou. O social-democrata elogiou a posição do ministro Miguel Macedo, considerando que actuou com “firmeza”, mas mais uma vez salientou que “a autoridade, neste caso, tinha que dar o exemplo”.


Política

Miguel Macedo diz que invasão da escadaria da Assembleia da República faz "parte da história" Publicado às 15.27 / 25-11-2013

O

ministro

da

Administração

Interna,

Miguel Macedo, disse esta segunda-feira

que

a

invasão da escadaria da Assembleia da República, na

passada

faz

"parte

quinta-feira, da

história",

garantindo que "não pode nem se vai repetir".

"Há

um

passado,

um

presente e um futuro na cerimónia de posse que hoje aqui nos reúne. O passado foram os acontecimentos da pretérita semana. Eles já fazem parte da história. Uma história que não pode nem vai repetir-se", afirmou Miguel Macedo na cerimónia de tomada de posse do novo diretor da Polícia de Segurança Pública, o superintendente Luís Farinha.

Comandante da Unidade Especial de Polícia (UEP) até ao presente, Luís Farinha sucede agora no cargo a Paulo Valente Gomes. O superintendente colocou o lugar à disposição na sexta-feira, na sequência dos acontecimentos do dia anterior em frente à Assembleia da República, tendo o seu afastamento sido aceite pelo ministro da Administração Interna.


Na cerimónia presidida pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, o ministro da Administração Interna adiantou que a invasão da escadaria do Parlamento não se vai repetir "para bem do estado de direito" e "para defesa da imagem de profissionalismo e credibilidade dos agentes e das forças de segurança".

Miguel Macedo afirmou também que "as vicissitudes dos acontecimentos da semana passada ditaram a inevitabilidade da mudança de liderança na PSP".

No seu discurso, o ministro sublinhou que "a imagem de Portugal como país seguro é uma enorme mais-valia" que "ajuda a atrair investimento", a reforçar o país "como destino turístico" e "mais moderno e competitivo".

"Uma imagem de turbulência, violência ou conflito destrói num ápice todos os discursos em favor da segurança", disse, manifestando "compreensão pelos problemas e dificuldades" que os polícias atravessam.

No entanto, sustentou, "há uma verdade que convém nunca esquecer: um polícia, antes de ser polícia, é um português", que "sente as adversidades da crise".

"Estamos aqui para nunca esquecer essa realidade e para encontrar sempre o engenho e a arte indispensáveis para minorar os problemas que têm e as dificuldades que atravessam. É essa a garantia que dou em nome de Portugal", referiu.

Na cerimónia, o governante afirmou que o Governo escolheu Luís Farinha para diretor nacional da PSP por ser "um oficial competente e experiente, dedicado e determinado, com provas dadas ao serviço de Portugal".

Milhares de profissionais de forças e serviços policiais e de segurança - PSP, GNR, SEF, ASAE, polícia marítima, guardas prisionais, polícia municipal e PJ - manifestaram-se na passada quinta-


feira, em Lisboa e, depois de derrubarem uma barreira policial, conseguiram chegar Ă entrada principal da Assembleia da RepĂşblica, onde cantaram o hino nacional, tendo depois desmobilizado voluntariamente.


IGAI 'Manif' de polícias sob investigação No final desta semana serão conhecidos, segundo a Renascença, os resultados do processo que a Inspecção Geral da Administração Interna está a realizar aos acontecimentos ocorridos durante a manifestação dos polícias, na passada quinta-feira, em frente ao Parlamento.

16:10 - 25 de Novembro de 2013 | Por Notícias Ao Minuto

A Inspecção Geral da Administração Interna (IGAI) abriu um processo de averiguações aos acontecimentos da passada quinta-feira durante a manifestação das forças policiais junto ao Parlamento, avança a Renascença.

Em declarações à emissora, a inspectora-geral Margarida Blasco disse que para o final da semana já terá resultados dessa análise.

O processo inclui, apenas, a análise à informação disponível, tanto no que diz respeito ao comportamento dos manifestantes, como o do dispositivo policial que estava de serviço.

De acordo, com a Rádio Renascença, a responsável considera grave a forma como a manifestação da semana passada acabou, mas ainda lhe falta saber que culpas podem ser atribuídas aos manifestantes e à própria polícia.


Recorde-se que milhares de polícias manifestaram-se na passada quinta-feira, em Lisboa, contra os cortes previstos nos vencimentos e nos orçamentos das instituições policiais em 2014.

Os manifestantes acabaram por derrubar uma barreira policial e conseguiram chegar à entrada principal da Assembleia da República, onde cantaram o hino nacional, desmobilizando depois voluntariamente.


Discurso Director da PSP pede "remunerações mais adequadas" O novo diretor nacional da PSP, superintendente Luís Farinha, considerou hoje que os polícias devem ter melhores condições de trabalho e "um estatuto remuneratório mais adequado", o que permitirá alcançar resultados mais eficazes.

16:34 - 25 de Novembro de 2013 | Por Lusa

"A procura da melhoria da eficiência dos processos e da eficácia dos resultados, quer de gestão, quer do produto operacional policial, deverá servir de base a um incremento da produtividade e a uma melhoria da motivação", disse Luís Farinha, que hoje tomou posse, no Ministério da Administração Interna, como diretor nacional da PSP.

Tal, adiantou, "deverá ser conseguido através de uma evolução positiva das condições de trabalho, dos meios e dos equipamentos e dos instrumentos legais de estruturação e organização da instituição e de gestão dos recursos humanos, designadamente no que se refere a um regime de carreiras e a um estatuto remuneratório mais adequado".


No seu discurso, o novo diretor nacional da PSP sublinhou que os polícias estão "consciente das circunstâncias" que o país atravessa e das limitações que o afetam e "nunca" vão deixar de "contribuir para um esforço que é nacional e que a todos envolve".

Porém, sustentou que não podem "deixar de salientar a relevância e a singularidade do papel da polícia e das condições em que é exercida a função policial em democracia no contexto da garantia do regular funcionamento das instituições e do exercício dos direitos de liberdades e garantias individuais".

Dirigindo-se aos polícias que vai comandar, o novo diretor sublinhou que devem ter em consideração que os "princípios da atuação e da proporcionalidade da mobilização dos meios deverão ser sempre aplicados em prol de uma ação policial que no final deverá ser a adequada, justa e equilibrada".

Luís Farinha manifestou ainda disponibilidade total para privilegiar "uma conduta de diálogo responsável e de cooperação e de participação construtiva" com as organizações sindicais da PSP por forma "a potenciar uma busca de soluções adequadas para os constrangimentos que afetam a PSP em necessária coordenação com a tutela".

Até aqui comandante da Unidade Especial de Polícia (UEP), Luís Farinha sucede no cargo ao superintendente Paulo Valente Gomes, que colocou o lugar à disposição na sexta-feira, na sequência dos acontecimentos de quinta-feira em frente à Assembleia da República, tendo o seu afastamento sido aceite pelo ministro da Administração Interna.

Milhares de profissionais de forças e serviços policiais e de segurança - PSP, GNR, SEF, ASAE, polícia marítima, guardas prisionais, polícia municipal e PJ - manifestaram-se na passada quinta-feira em Lisboa e, depois de derrubarem uma barreira policial, conseguiram chegar à entrada principal da Assembleia da República, onde cantaram o hino nacional, tendo depois desmobilizado voluntariamente.


Entrevista a Paulo Rodrigues O secretário nacional da Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança elogia o comportamento dos polícias em serviço na escadaria da Assembleia da República durante a manifestação dos profissionais de segurança.

Paulo Rodrigues garante que a ação dos manifestantes não estava planeada e surgiu num contexto de revolta num clima mais quente. Nesta entrevista conduzida pelo jornalista Nuno Rodrigues, o responsável admite que haja muitos polícias a aderir à greve à multa, a proposta de luta que circulava na manifestação. Paulo Rodrigues avança que este é um dos assuntos que vai estar em cima da mesa na próxima reunião da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia.

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Tempo dos moralistas É vergonhoso estes moralistas amorais defenderem que se continue a brincar com os polícias. Após a manifestação de polícias, vieram logo os moralistas de costume, revestidos de autoridade e patriotismo, condenar a subida da escadaria da AR por parte dos polícias que se manifestavam. Curioso que, no dia seguinte, e após a morte violenta de um profissional da GNR em missão de serviço, à semelhança do que aconteceu na última década com a morte de mais de 20 polícias, nenhum desses patriotas dedicou umas linhas para falar do risco que os polícias correm no dia a dia. Curioso que os mesmos moralistas nunca tenham condenado, na mesma linha, o incumprimento da Lei por parte do Governo, que não cumpre integralmente o Estatuto Profissional em vigor, resultando numa dívida aos polícias desde 2010. Curiosamente, consideram que os polícias têm de dar o exemplo, mas os nossos governantes não. Os nossos comentadores políticos ou aqueles que em altos cargos se apoderaram do dinheiro público gerindo serviços com incompetência, pelos vistos também não. Isto sim, é vergonhoso, como é vergonhoso estes moralistas amorais defenderem que se continue a brincar com os polícias. A estes garantimos que esse tempo já lá vai.

Paulo Rodrigues, Presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia


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