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Rui Pedro é candidato a presidente do Amora p22

aumentando a sua capacidade. São investimentos previstos no nosso programa eleitoral e que vamos concretizar, isto por termos uma boa condição financeira. Dentro do quadro do PRR, que sector destaca que mais precisa deste fundo comunitário? Sem dúvida que é a habitação, uma área em que estamos a fazer uma forte aposta. No âmbito do PRR estamos a fazer o realojamento da população residente em Vale de Chícharos, esperamos que em 2023 esteja acabado. No mês de Outubro fizemos o realojamento das famílias de um bloco deste local, vamos ver se conseguimos que, até ao fim do ano, seja feito o realojamento de famílias de mais dois blocos. Entretanto, continuamos a adquirir habitações no mercado para avançarmos com o realojamento da restante população, sempre na perspectiva de integrar estas famílias no tecido social existente. Para as comunidades desfavorecidas, tivemos agora a aprovação de duas candidaturas no valor de 6,4 milhões de euros para a Cucena e Quinta da Princesa.

investe muito em investigação científica, e pretende trazer para o município novas patentes, novos conhecimentos; medicamentos inovadores. É uma empresa portuguesa com ramificações em quase todo o mundo. Numa primeira fase vai criar no concelho cerca de 200 postos de trabalho altamente qualificados, mas futuramente vai multiplicar várias vezes esse número.

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Outro investimento que consideramos fundamental é o Hotel Mundet, que permite termos melhores condições para alojar os turistas que nos procuram. Mas são muitos os projectos que nos foram apresentados, e estamos a trabalhar neles.

Como secretário do Conselho Directivo da Associação de Municípios da Região de Setúbal, como vê o futuro desta estrutura caso os cinco municípios governados pelo PS (seis da CDU) saiam da mesma por desacordo com a quotização anual que têm de pagar?

O presidente da Câmara do Seixal, Paulo Silva, não tem dúvidas que Paulo Raimundo é o homem certo para levar o PCP a reconquistar votos tanto em autárquicas como legislativas. Trata-o como “meu camarada” e afirma que o partido “tem um conjunto de quadros muito diversificado e consegue surpreender com as escolhas que faz”. Ou seja, o que para muitos foi uma surpresa, dentro do PCP já se falava.

Três destes equipamentos são para a infância – creches -, dois deles são estruturas residenciais para os nossos idosos, e outros três para a área da deficiência. São investimentos que, além dos apoios comunitários, obrigam a recursos financeiros próprios do município. No geral estamos a contar com cerca de 8 milhões de euros para esses equipamentos.

Temos também outros equipamentos em outros vectores, como o cultural, com a construção do Centro Cultural de Amora que numa homenagem ao nosso Nobel da Literatura [José Saramago], e no âmbito do centenário do seu nascimento terá o seu nome.

Estamos também a construir equipamentos desportivos, como o Pavilhão Cidade de Amora, o Centro Náutico de Amora já está construído e o Complexo Desportivo do Pinhal do General. Em breve iremos apresentar a nossa proposta para o Pavilhão Desportivo de Fernão Ferro.

Na parte da educação, é necessário avançar com a nova escola em Fernão Ferro, vamos também requalificar outras escolas

Dentro do PRR saúde, já fizemos um acordo com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e apresentámos uma candidatura para a construção do Centro de Saúde de Foros de Amora, e estamos a trabalhar para a construção de dois novos equipamentos de saúde, um em Paio Pires e outro na Amora para substituir o Centro de Saúde da Rosinha que não tem condições. Estamos também a trabalhar em projectos energéticos, caso do hidrogénio verde em que vamos apresentar uma candidatura para a construção de uma central de produção de hidrogénio verde para diminuirmos a nossa factura energética.

Tem afirmado que o concelho do Seixal é atractivo para investimentos particulares. Quais sublinha na perspectiva de emprego e ganhos para alavancar o município?

O investimento público é o motor de desenvolvimento da economia, mas também consideramos que o investimento privado é muito importante, por isso temo-nos empenhado em conseguir atrair investimento para o concelho do Seixal, e têm sido muitas as empresas de variados ramos de negócio que nos procuram para se instalarem; caso da medicina, hotelaria, restauração e indústria pesada. Um investimento já em curso são as novas instalações da fábrica da Hovione, uma empresa que

Vejo com muita preocupação. Em primeiro lugar porque a Associação de Municípios da Região de Setúbal [AMRS] foi a primeira associação de municípios a constituir-se no País, e tem feito um trabalho extraordinário de valorização e projecção da identidade do distrito no País, além de um importante trabalho na planificação de projectos para a região.

A AMRS tem a responsabilidade do Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal (MAEDS). Manter um museu tem um custo, mas foi assumido por todos os municípios que este é importante para a nossa história, estes custos representam cerca de 25% da comparticipação dos municípios para a AMRS.

Inexplicavelmente, o Partido Socialista depois das últimas eleições autárquicas pôs em cima da mesa que tinha de haver uma redução de custos em 25% das contribuições dos municípios para a AMRS. Foi dito ao Partido Socialista que para reduzir na comparticipação, também tem de se reduzir nas despesas, e nunca disseram onde reduzir. Bem sabem que esta redução de despesas implicaria encerrar o MAEDS, mas os municípios geridos pela CDU sempre estiveram contra este encerramento.

Neste momento, por causa desta situação, a AMRS está praticamente paralisada. Temos de ver se ficam todos os municípios, e que projectos podem ter continuidade ou podem surgir.

“É uma escolha acertada. Tem demonstrado ter um amplo conhecimento da vida, ter uma linguagem refrescada que, tal como a de Jerónimo de Sousa, chega ao grande público e irá afirmar-se no panorama político”, afirma Paulo Silva. E acrescenta: “Somos um projecto colectivo em que todos trabalhamos para o sucesso do partido. Estamos cientes de que o nosso projecto político é fundamental para o futuro do País”.

O presidente da Câmara do Seixal reconhece que o PCP “está a atravessar uma crise”, uma vez que “os últimos resultados eleitorais não têm sido o esperado para a melhoria da sua qualidade de vida das populações”.

E dá exemplos: “Até 2021, no âmbito da geringonça, o PCP conseguiu influenciar decisões políticas que contribuíram para a melhoria da qualidade de vida, caso do passe social intermodal que é sem dúvida uma decisão com a marca do PCP, os manuais escolares gratuitos e outras decisões que foram tomadas para a reposição do poder de compra. A partir de 2021, com este novo quadro legislativo, já vimos que as políticas que o PS está a desenvolver têm provocado um aumento das dificuldades de vida do povo português”.