Edição 4 do Jornal Vale Vivo.

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Edição 04 - Ano I - de 27 de maio a 09 de junho de 2011 - Circulação Quinzenal - Distribuição Gratuita -

27 de maio: Dia da Mata Atlântica Foto: Melissa Miranda

A Mata Atlântica foi considerada patrimônio Nacional pela Constituição Federal de 1988 (art 225, § 4°) e pelo Decreto 750, de 10 de fevereiro de 1993. Posteriormente, outro decreto presidencial de 21 de setembro de 1999 instituiu o dia 27 de maio como dia da Mata Atlânctica. O dia foi escolhido porque foi neste dia do ano de 1560 que o Pe. Anchieta assinou a famosa “Carta de São Vicente, onde descreveu, pela primeira vez, a biodiversidade das florestas tropicais. A Mata estendia-se, originalmente, por cerca de 1.300.000 km2 do território brasileiro. Hoje, os remanescentes primários e em estágio médio/avançado de regeneração estão reduzidos a apenas 7,84% da cobertura florestal original, o que compreende aproximadamente 100.000 km. Isso faz com que o Bioma Mata Atlântica seja considerado o segundo mais ameaçado de extinção do mundo. Apesar da devastação, a Mata Atlântica é um dos biomas com uma das mais altas taxas de biodiversidade do mundo: cerca de 20.000 espécies de plantas angiospermas. Tucanos em área que está sendo reflorestada na Mata Atlântica

Proprietários Rurais tem até o dia 11 para se adequar ao novo código florestal No dia 11 de junho, vence o prazo para proprietários rurais de todo o país readequarem-se aos patamares de preservação e recuperação de matas previstos no atual Código Florestal. A data está prevista em um decreto presidencial de 2009, assinado pelo então titular do cargo, Luiz Inácio Lula da Silva e explica a pressa da bancada ruralista em votar alterações na legislação.

Na prática, em duas semanas, fazendeiros que descumprirem o Código Florestal vigente tornam-se inaptos a crédito do Banco do Brasil. Segundo Rebelo e os ruralistas, isso impediria o acesso a empréstimos rurais a 90% dos proprietários. Na safra 2010/2011, por exemplo, foram R$ 42 bilhões oferecidos pela instituição financeira pública.

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Audiência Pública discute instalação de Termelétrica em Canas Pág. 05

Projeto Reflorestar é Viver realiza ação em São José Pág. 05

Ong AGUA realiza assembléia para eleger nova diretoria em Guará Pág. 04

1º Festival da Diversidade Cultural em Guaratinguetá Pág. 08

Torneio de Tênis de Mesa em Lorena no próximo final de semana Pág. 03

Potim comemora 20 anos com festa e inaugurações

Foto: Assessoria Prefeitura

Guaratinguetá prepara Conferência Municipal da Saúde Pág. 06

Cidades participam do Dia do Desafio no Vale do Paraíba Pág. 07

Observação do céu em alta em Cunha Pág. 08

Prefeito Benito e autoridades durante festa comemorativa aos 20 anos de Potim


de 27 de maio a 09 de junho de 2011

2 Crianças dirigindo

Editorial

Nesta edição o leitor poderá conferir sobre os assuntos principais na pauta da discussão ambiental, desde a reforma do código florestal atá as implicações de como as alterações afetarão a vida de todos os brasileiros, especialmente de quem vive da agricultura ou em entornos de Unidades de Conservação. Além disso, a importância dessas Unidades na economia brasileira também será discutida e explanada por meio da divulgação de um estudo complexo sobre os impactos da conservação no sistema econômico atual vigente. O dia do meio ambiente também se aproxima e o assunto estará em evidência nas próximas semanas. A Mata Atlântica também é personagem especial nesta edição, já que hoje é o dia dedicado a esta importante floresta brasileira e sua importância para toda a nação é abordada de ma-

Era uma vez... um lobo bom? Um escritor chamado Thomas Hobbes, no século XVII, disse que o homem social tem um estado natural anterior à sociedade, e que abandonaria esse estado natural, agressivo, instintivo, em prol de uma sociedade que o protegeria contra outros grupos ou ameaças. Assim, o escritor falou que o homem é o lobo do homem, e essa agressividade apenas seria deixada de lado para a defesa em grupo. Considerando acertada a proposição de Hobbes, e observando rapidamente a sociedade atual, podemos perceber que os lobos, ou melhor os homens, estão atacando a própria matilha, ou melhor, a sociedade. A violência observada, o desrespeito ao próximo e o desprezo pelas normas mostram que, ou a sociedade não serve mais para proteger o indivíduo, ou o indivíduo não mais tem necessidade da sociedade protegê-lo. É comum vermos a cada dia notícias de violência em todos os níveis de relacionamento: violência contra a criança e o adolescente, violência contra a mulher, violência doméstica e bem atualmente a violência da discriminação contra o homossexual. O outro é visto como um não humano, onde numa mesma espécie o mais forte, ao invés de proteger, acaba agredindo gratuitamente o mais fraco. A regra de convivência básica, onde o próprio direito termina onde o direito do outro começa já não tem valor, e vemos isso no trânsito, nas filas de banco, nas pequenas desonestidades (como se honestidade tivesse graduação) e principalmente o pouco respeito com si próprio, a pouca valorização da existência. Sem contar com a grande sensação de impunidade que paira em nossa convivência social, seja pelo esforço dos infratores seja pelas falhas de um sistema repressivo. Enfim, nem em uma matilha vemos essas situações. Mesmo os lobos em sua vida selvagem tem um limite, não se auto-destroem como o fazemos na vida em sociedade. Cabe indagar se os lobos são ainda lobos ou apenas humanos falhos e desorientados na sua existência. Como está sua matilha? Ou melhor, seu grupo, sua família, sua participação na sociedade? Devemos pensar, ou iremos ver as histórias começarem com “Era uma vez uma sociedade...”, e sem garantias de final feliz.

neira elucidativa. A cidade de Potim, que comemorou 20 anos de emancipação político-administrativa na semana passada, também teve sua festa acompanhada de perto pela nossa equipe e marca presença em nossas páginas. As lendas das florestas, nesta ano internacional das dedicado a este ecossistema, foram pesquisadas e dsovulgadas em um texto leve e envolvente que traz para os dias atuais a beleza, o mistério e a verdade velada nos mitos. Mas não é só sobre o meio ambiente que nosso Jornal Vale Vivo trata em sua quarta edição, tem também moda, esportes, saúde, cidades entre outros temas de destaque regional e nacional. Espero que gostem do que lerão e que nos escrevam sobre suas opiniões, sugestões e dúvidas de qualquer natureza, porque nosso veículo existe com este objetivo: ser um canal de comunicação entre todos os que trabalham pela transformação da vida e do planeta.

Conexão Moda BrasilEuropa: qual mulher vive sem bolsa??? Por Carolina Haddad e Ana Cândida Azevedo As bolsas sempre estão com tudo. Em qualquer estação, os novos modelos e cores logo se tornam os “queridinhos” de todas – e dificilmente conseguimos comprar uma só. Mesmo com as queixas dos pais, namorados e maridos - Prá quê “outra” bolsa?, esse objeto sempre é sonho de consumo entre as mulheres. Nesta nova estação, algumas tendências se repetem, mas com estilo e cores únicas. No Brasil, a moda para este inverno são as famosas – e antigas – bolsas saco. Em diversas texturas, que vão desde o couro até o moletom, elas são práticas pelo tamanho (normalmente são bem grandes) e pela alça única de ombros, que garante liberdade total para as mãos. Outros modelos menores também estarão em alta abusando das cores fortes como azul royal, amarelo e vermelho. As mais tradicionais também terão seu acessório favorito garantido: tons de cinza e até o tradicional branco e preto vão apresentar modelos super charmosos, com laços e apliques que garantem a elegância e a modernidade. Na Europa, a tendência para o inverno são as “Satchel Bags”, bolsas que lembram as antigas pastas de couro utilizadas por estudantes. Com fecho frontal e alça larga e longa- que pode ser usada tanto lateralmente quanto na diagonal- o modelo tem feito sucesso entre todas as idades. Por lá, a moda das cores fortes também está em alta, mas como agora é o verão Europeu, os tons neon e chamativos – que fizeram sucesso no último verão daqui- prometem levar um colorido diferente ás ruas européias. Seja satchel, sacola ou de mão a bolsa se consagra cada vez mais como uma extensão das mulheres.

Ângelo Marion

Bel. em Ciências Jurídicas e Sociais, profissional de segurança pública e palestrante angelo.marion@hotnail.com

Expediente

Jornal Vale Vivo CNPJ: 13 463982000108 Lorena - SP Jornalista Responsável: Carolina Haddad - Mtb 45.002 carolinahaddad@jornalvalevivo.com.br Reportagem e fotos: Carolina Haddad e Melissa Miranda Diagramação: Melissa Miranda: melissamiranda@jornalvalevivo.com.br Departamento Comercial: Ricardo Mendes Assessoria Jurídica: Pedro Américo Azevedo Alcântara OAB - SP 265.459 Tiragem: 5.000 exemplares Distribuição quinzenal nas cidades: Lorena, Aparecida, Cachoeira Paulista, Canas, Cruzeiro, Guaratingetá, Piquete, Potim e Roseira

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Espaço do leitor “Sugiro que vocês façam uma reportagem sobre o lixo que anda sendo despejado na saída do bairro Jardim Tamandaré, em Guaratinguetá. O ligar está parecendo um lixão a céu aberto e todos os que moram por ali estão sofrendo com isso. As vezes, as pessoas ateam fogo ao lixo depositado no local, o que prejudica ainda mais a população.” Obrigada pela atenção Maria Lúcia - por e-mail

Nos últimos dias estive viajando, mas em contatos com amigos e colegas recebi a notícia de acidentes com motos na via Dutra, e apesar de tantos acidentes que vemos e ouvimos, esses chamaram a atenção pela maneira como aconteceram. Em ambos as motos colidiram na traseira de veículos que estavam em menor velocidade, sendo que conforme relatos, em nenhum deles houve conduta de desvio de trajetória ou frenagem para evitar a colisão. Quem presenciou ou soube afirma que parece que os motociclistas não viram, mesmo sendo dia, os veículo nos quais colidiram. Assim me pergunto: a capacidade, o poder e até o prazer de conduzir uma moto não é um sonho de criança? Afinal motos e carros são também brinquedos, porém brinquedos de gente grande. Ainda tenho pra mim, numa luta inglória, esperançosa, que se essas pessoas tivessem sido educadas no trânsito quando crianças, se tivessem adquirido e exercitado habilidades e responsabilidades de condução não estariam sendo vitimadas por um acidente de trânsito. Teriam compreendido essa transição entre o brinquedo e a moto e também a diferença de gravidade das consequências de um acidente com uma bicicleta e com uma motocicleta. Parece que fica fácil para quem não tem um preparo considerar uma moto apenas uma bicicleta com motor, e de certa forma o é, porém é preciso conscientizar cada motociclista das consequências da condução de uma moto, da exposição do condutor e da fragilidade, além da habilidade. Assim posso concluir que a condução é feita com parâmetros ilusórios de segurança, primeiro porque algumas pessoas conduzem como se fossem ainda crianças, esquecem que moto não é bicicleta, depois porque a sensação de liberdade que se tem pilotando é muito boa, mas não indica os riscos, e também porque, acho importante ressaltar, têm ilusões como que um capacete pode suportar todo tipo de choque, sendo que algumas colisões fadigam e superam a resistência de qualquer material, e o principal, mesmo que fosse um capacete indestrutível, o corpo humano não o é, ele é sensível, frágil, tem estrutura natural própria, devendo ser tratado com segurança e respeito, daí sim como se fôssemos crianças.

João Bosco Ribeiro (Torrada) Engenheiro e Superintendente da Polícia Rodoviária Federal em São Paulo


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3 Esportes

Torneio da Liga Valeparaibana de Tênis de Mesa em Lorena

Nos dias 04 e 05 de junho acontece o Torneio da Liga Valeparaibana de Tênis de Mesa na cidade de Lorena. O evento reúne atletas de toda a região. O Tênis de Mesa é um dos esportes com mais adeptos no mundo todo. Aqui no Brasil, só perde em número de praticantes para o futebol e o vôlei. Criado na Inglaterra durante o século XIX e disseminado pelo mundo, o Tênis de Mesa é uma das atividades que mais estimula o raciocínio- durante uma partida são utilizados aproximadamente 60% de toda a área cerebral e 39% das funções corporais; somente o xadrez ganha em estimulação cerebral. O esporte nasce da tentativa de soldados ingleses em reproduzir um jogo de quadra em um ambiente fechado. No início, qualquer lugar era mesa e qualquer coisa – inclusive as rolhas das garrafas de vinho consumidas pelos soldados- era uma bola. As raquetes eram antigas caixas de charuto ou qualquer outra coisa que pudesse rebater uma “bola”. Antes chamado de “ping-pong” teve sua mudança de nome quando o proprietário da marca que registrava o nome ten-

Cultura e Eventos 1º Concurso de Dança Folclórica - Quadrilha em Guará No dia 18 de junho de 2011 acontece na Praça Conselheiro Rodrigues Alves em Guaratinguetá o 1º Concurso de Dança Folclórica - Quadrilha - de Guaratinguetá. O evento é uma realização da Coordenadoria Geral de Educação Física - Qualidade de Vida em parceria com a Secretaria da Educação de Guaratinguetá e a Associação Comercial e Empresarial de Guaratinguetá - ACEG. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones: (12) 9788-7171/ (12) 3128-2208/ (12) 3128-2817.

tou vendê-la por uma quantia absurda à Associação que queria regularizar o esporte. Como resposta os atletas envolvidos deram o nome de “Associação do Tênis de Mesa dos Estados Unidos da América”. O Tênis de Mesa chega ao Brasil em meados de 1900, de quando datam os primeiros registros da prática desse esporte no Brasil, desenvolvendo-se principalmente no eixo RioSão Paulo. O esporte continua atraindo cada vez mais adeptos. O Tênis de Mesa tornou-se esporte olímpico a partir das Olimpíadas de Seul, em 1988. Hoje na China são cerca de 10 milhões de tenistas associados e mais um milhão no Japão. A prática também foi responsável por uma reaproximação entre China e Estados Unidos durante a década de 70. Os países, que tinham relações diplomáticas rompidas desde a Segunda Guerra, protagonizaram um episódio curioso. Um dos atletas americanos dentro por engano em um ônibus da delegação chinesa e foi imediatamente expulso do local. O fato levou os americanos a enaltecerem ainda mais a sua “briga” com a China. No final do campeonato mundial, que acontecia no Japão, o atleta vencedor – um chinês – entregou sua camisa para o competidor americano. A mídia fez

um grande estardalhaço sobre o assunto e as duas nações resolveram então promover um amistoso internacional, que levava em suas delegações mais políticos do que atletas. Entre as curiosidades sobre o esporte as mais interessantes se referem à velocidade. Em um jogo, a velocidade da bolinha durante uma cortada pode chegar a até 200 km/h. O jogo é tão rápido que o atleta chega a fazer mais de 500 movimentos musculares a cada jogada. O reflexo necessário pelos praticantes também impressiona: eles tem em média 1\5 de segundo para rebater uma jogada- a velocidade nos jogos era tanta que a Federação Internacional de Tênis de Mesa impôs novas regras, como o aumento do diâmetro da bolinha e da espessura de espuma nas raquetes para que os espectadores pudessem acompanhar melhor cada lance do jogo. As bolinhas, diferentemente do que a maioria acredita, não são totalmente vazias e sim pressurizadas com gás até atingirem seu diâmetro ideal. O Torneio acontece a partir das 09 da manhã no Colégio Delta, que fica na Av. Thomaz Alves Figueiredo, nº142, em Lorena

Lorena recebe 7º Encontro FILACAP de Colecionadores Selos, cartões telefônicos, antiguidades e até figurinhas poderão ser vistas no encontro Nos próximos dias 04 e 05 de junho acontece na Casa da Cultura de Lorena o 7º Encontro FILACAP de Colecionadores. O encontro reúne colecionadores da região em um evento de trocas, compras e vendas de diversos produtos que podem ser colecionados. Selos, moedas, cartões telefônicos e até figurinhas antigas estão entre os itens que mais atraem adeptos. A Filatelia é a ciência que estuda os selos postais e áreas relacionadas. A filatelia une estudo, arte e hobby em uma prática que já tem centenas de anos. Desde a criação do primeiro selo, o Penny Black, em 1840, na Inglaterra a arte de estudar e colecionar selos começou a encantar o mundo. O Brasil foi o segundo país do mundo a emitir selos postais. Aqui, o primeiro selo lançado foi a série “olho-de-boi” em 1843. Em 1974 foi lançado o primeiro com leitura em Braille no mundo. É a terceira vez que o evento acontece em Lorena. O encontro acontece nos dois dias no mesmo horário, das 09 às 17 horas.

Expofil relança selos “Estações Ferroviárias” A Casa da Cultura recebe, também a partir do dia 04 até o dia 08 de junho, a Expofil Lorena 2011, encontro que reúne apaixonados por filatelia da cidade e região. Neste ano o tema dos selos será o setor ferroviário e para abrir as homenagens, no dia 04, abertura do evento, às 10 da manhã serão relançados os Selos Estações Ferroviárias. A entrada para os eventos é gratuita. Participe.

Festa no bairro Ponte Nova em Lorena realiza tradicional festa e quermesse Entre os dias 03 e 12 de junho o bairro Ponte Nova, em Lorena, estará em festa. Os 10 dias de festa são comemorados com eventos religiosos e quermesse nos três últimos dias da festa. As comemorações começam no dia 03 com a celebração de uma missa às 19 horas. Em todos os dias haverá missa e orações nesse mesmo horário; apenas no primeiro domingo de festa, dia 05, que a celebração religiosa acontece às 08 da manhã. Durante os dias de quermesse, a apresentação de quadrilhas juninas, barracas de jogos e apresentações musicais prometem trazer muita diversão ao público. A festa, que busca atrair toda a

Festa de São Benedito atrai mais de 2 mil pessoas ao Pinhal Novo Entre os dias 19 e 22 de maio foi realizada a festa em louvor a São Benedito no bairro Pinhal Novo, zona rural de Lorena. Além da parte religiosa, um dos grandes atrativos foi a parte gastronômica, que realizou o tradicional almoço da festa, que neste ano arrecadou entre a comunidade 04 vacas, que totalizaram aproximadamente 800 kg de carne, que foram preparados para a “vacatolada” . O prato, que leva ainda batata e mandioca, é muito consumido na região e, segundo a tradição, deve ser preparado em tachos no fogão a lenha. Conforme os costumes da festa, o almoço foi servido gratuitamente aos participantes do evento. Aconteceu também um leilão de “prendas”, que são doadas pela comunidade para a quermesse. Neste ano, segundo Bruno Camargo, um dos organizadores do evento, o sucesso da festa uniu ainda mais a comunidade para a preparação da festa do próximo ano. “Mais de duas mil pessoas participaram do evento. O ambiente de festividade e a confraternização das famílias foram a marca das celebrações deste ano”. E ressalta: “A realização da missa em todos os dias do evento também uniu a comunidade no louvor a São Benedito e retomando as raízes culturais da nossa região – uma comunidade unida pela devoção e pela alegria”. A renda arrecadada com o leilão será destinada à própria comunidade.

Mais de duas mil pessoas participaram da festa

família, também vai contar com barracas de doces e salgados, com diversos sabores e opções para todos. Um dos festeiros da festa, Orlando Vieira diz que a festa desse ano será animada. “Além dos eventos religiosos também haverá uma grande comemoração para a comunidade”. No encerramento das comemorações, no domingo, 12 de junho, acontece uma procissão pelo bairro seguida de uma missa. A procissão será a partir das 18 horas. No dia 12 também haverá um show musical após a missa. A festa acontece na Rua Olavo Bilac, 58, bairro Ponte Nova, em Lorena.

1º Festival da Diversidade Cultural de Guaratinguetá neste final de semana Com o objetivo de abarcar diferentes culturas e manifestações artísticas, valorizando as tradições locais e buscando espaços para novos talentos o Movimento Aliança Cultural em Guaratinguetá dá o ponta-pé inicial em seus trabalhos de resgate e valorização cultural na cidade com o 1º Festival da Diversidade Cultural nos dias 27, 28 e 29 de Maio, este final de semana. A programação tem início hoje, sexta-feira, dia 27 de maio na Praça Joaquim Vilela, no bairro São Benedito com a apresentação as 20h da Banda Bolero com Fon Cipolli e a participação dos dançarinos Sandro e Rosângela. às 21h o Coral Apparecendo de Aparecida se apresenta com a regência da maestrina Nair Cavaterra. Às 21h 30m o movimento Hip Hop do Projeto 4EH2 terá sua vez de se apresentar. Às 22h30 o Grupo Canto do Samba se apresenta com a participação dos dançarinos Sandro e Simone. No sábado, dia 28 de maio, na mesma Praça Joqueim Vilela no bairro São Benedito, o evento começa as 9h no Programa Tenda do Samba de Beto Couto, veiculado pela Rádio Piratininga com as seguintes atrações: 9h30 – Moçambique Associação Azul e Branco – responsável José Avelino; 10h30 – Atração musical – Hélio e Tico MPB e Pop; 11h30 – Flávio Augusto – MPB com violão e voz; 12h30 às 14h – (OESG) com participação da Velha Guarda das

Escolas de Samba e outros artistas do carnaval de Guaratinguetá, encerrando o programa “Tenda do Samba”. No período da tarde as apresentações terão início as 14h com a Dança do Ventre de Thamirys, Maria Júlia e Nicolly; seguida pelo Teatro Infantil – Deu a Louca na Bruxa, as 14h30; as 16h30 - com Márcia Noronha e Rafael Noronha; 15h15 – Capoeira – Academia Cordão de Ouro com Mestre Zé Antonio.Capoeira Especial Adaptada com o Mestre Ponciano. As 16h – Banda Bloody Mary - Rock; 17h - Grupo Áquila – Dança do Ventre; 17h30 – Grupo de Jongo do Tamandaré; 20h30 – Atrações sertanejas – música genuinamente caipira apresentada pelo músico e radialista Praianinho; 21h30 – Recital de Poesia com o Grupo Betina Marino da 3ª idade de Guaratinguetá/ SP; 22h – Banda Zapan – Pop Rock. No domingo, 29 de maio. os eventos terão vez na Associação Agro-pecuária e Sindicato Rural de Guaratinguetá as 14 com recital de poesia de Galhardo seguido pelo Recital de Violão com o violinista guaratinguetaense Henrique Caldas. As 15h30m a Camerata Pretíssimo com o sexteto do Projeto PEMSA subirão ao palco. Finalizando o fim de semana cultural o grupo teatral Sabor e Poesia se apresenta encerrando o 1º Festival da Diversidade Cultural de Guaratinguetá.


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V I D A A Vida se inicia entre o amor de duas pessoas, que quando se completam da inicio a terceira vida.Uma criança, que durante o período da gravidez, fica protegido dentro do ventre da mãe e após o nascimento a mãe à protege através da alimentação do leite materno. Porque não dar continuidade a esta proteção à criança, alimentando-a com produtos naturais e alimentos orgânicos. Temos obrigação de zelar pela sua saúde e pelo seu futuro. Hoje existe variedades de alimentos, devemos olhar para nosso filhos com mais carinho e proteção, não com olhos da economia, para que elas cresçam saudáveis e livres de qualquer intoxicação. A economia de hoje, custará caro no amanhã. Valorizamos nosso carro, nossos móveis, a vestimenta, nossa bebida e fumo e muito mais. Mas não valorizamos nossa saúde e de nossos filhos. Na hora da alimentação olhamos a liquidação das prateleiras e colocamos sobre a mesa, damos o pior. Procurando sempre lucrar, quer dizer fazer uma economia falsa e sem respeito. Deus nos deu um corpo e saúde perfeita. Não podemos deixar de dar continuidade e proteção a este presente. Esta na hora e momento de termos mais carinho e amor consigo próprio e com as crianças. Vamos pensar e investir no amanhã. Vamos plantar em nossos filhos em sua saúde, um fio de esperança, para que no futuro não sofrermos e não fazer com que nossos filhos sofram com nosso próprio sofrimento de um corpo debilitado pela má alimentação de ontem e assim seguirá para gerações futuras. NÓS SERES HUMANOS, NASCEMOS PARA TER UMA VIDA PERFEITA E DIGNA. CONFORME CRESCEMOS NOSSA MENTE E CORPO, ADQUIRE COISAS POSITIVAS OU NEGATIVAS.

4 Depois das sacolinhas o alvo agora são as garrafas pet Órgãos ambientais esperam que, após a proibição da produção e uso de sacolas plásticas, o próximo alvo sejam as garrafas pet. Com impacto superior ao do vidro e do alumínio, comparativamente, em função da quantidade de material reciclado hoje, as garrafas pet estão entrando na lista dos grandes vilões do meio ambiente. A reciclagem hoje está em torno de 50% do material utilizado. Segundo a ABIPET, as pet geram cerca de 8 vezes o seu peso em resíduos não recicláveis, desde a produção - impactos indiretos- até o seu descarte - impactos diretos. Entre os indiretos relaciona-se as emissões atmosféricas de CO2 durante o transporte das matérias-primas e do material já pronto para consumo. Os impactos diretos causados pelo uso das pet também é bem grande. Mesmo quando há o descarte e a coleta correta das garrafas, os impactos ambientais podem atingir proporções cada vez maiores no meio ambiente. Além da demora da decomposição do material – cerca de 100 anos- o acúmulo nos aterros sanitários aumenta a emissão de gases e ainda pode causar problemas diretos para o solo. Com o descarte incorreto, a biodiversidade é extremamente ameaçada em diversos sentidos. O aumento da poluição dos rios e com isso, uma maior possibilidade de enchentes, agrava um problema já comum na maioria das cidades. O plástico também pode ser ingerido por animais que o confundem com comida, levando muitas espécies à morte. A ida dessas garrafas para os oceanos também tem gerado “ilhas de lixo” que desestruturam toda a vida marinha. Os peixes se alimentam de pequenos fragmentos de lixo, tornando sua carne imprópria para o consumo e muitas vezes contami-

Foto: divulgação site

O plástico pode ser ingerido por animais colocando suas vidas em risco

nando também outros animais. Em Ubatuba, litoral norte de São Paulo, diversas aves, principalmente pingüins, já foram recolhidas pelo projeto TAMAR com indícios de que haviam se alimentado de pedaços de plástico lançados irregularmente no mar. Grandes empresas também já veem esse movimento pelo fim das garrafas plásticas como certo. A Coca-Cola, por exemplo, voltou a disponibilizar no mercado seus produtos em garrafas de vidro retornáveis, visando colaborar para a diminuição da produção desse material no país. Agora, ambientalistas lutam para que as garrafas pet sejam as próximas a serem retiradas do mercado e, com isso, melhorar a qualidade de vida de toda a sociedade.

Ong AGUA realiza assembleia para eleger nova diretoria

Dia Internacional da Biodiversidade destaca proteção urgente das florestas O Dia Internacional da Biodiversidade, comemorado em 22 de maio, destaca, este ano, a necessidade urgente de proteger as florestas. O secretáriogeral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, ressaltou o papel das matas na captação e estoque de água, estabilização dos solos, regulação do clima e gases do efeito estufa causadores das mudanças climáticas. Em 2011, o Dia Internacional da Biodiversidade coincide com o Ano Internacional das Florestas, os ecossistemas terrestres mais biodiversos. Ban afirmou que, apesar de ser cada vez mais reconhecida a importância das matas, elas continuam a ser devastadas de forma alarmante. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, mais de 145 milhões de quilômetros quadrados de floresta são perdidos anualmente. Com 31% da área total do mundo, elas abrigam 80% da biodiversidade terrestre. No ano passado, governos se comprometeram com um novo plano estratégico para o tema na Cúpula de Nagoya, no Japão. O documento pede uma redução significativa no ritmo de desmatamento, degradação e fragmentação de todos os habitats naturais até 2020. Na Cúpula, países assinaram um protocolo sobre recursos genéticos, visando a proteção e a distribuição equitativa dos benefícios advindos desta riqueza natural. Segundo o secretário-geral, as florestas contêm um vasto estoque de biodiversidade ainda não catalogado. Para ele, o protocolo pode ajudar a promover o desenvolvimento sustentável e a redução da pobreza. Em preparação para o Dia Mundial do Meio Ambiente, o Pnuma lançou um site em português (http://www.unep.org/portuguese/wed/). O portal reúne informações sobre a data, sugere ações e permite aos usuários inscrever suas atividades na campanha lançada recentemente em nome de um dos Embaixadores da Boa Vontade do Pnuma, Gisele Bündchen ou Don Cheadle. Eles participam de um desafio e o ganhador vai plantar uma floresta. Fonte: Ecoagência de Notícias

Ong AGUA - Ambientalistas de Guaratinguetá - destituiu na semana passada a antiga diretoria para a realização de assembleia que irá eleger o novo corpo administrativo da Instituição. Trabalhando desde 2005 pela conservação e preservação do meio ambiente de Guaratinguetá, a Ong pretende agora reformular seu estatuto para se transformar em OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - ou seja, mudará o título da Organização, já que esta nova terminologia é um título fornecido pelo Ministério da Justiça do Brasil para facilitar o aparecimento de parcerias e convênios com todos os níveis do governo, além de permitir que doações realizadas por empresas possam ser descontadas do imposto de renda. Uma Ong (Organização Não Governamental) é, essencialmente, uma Oscip, no sentido representativo da sociedade, mas foi regulamentada pela Ministério por meio da lei nº 9.790 de 23 de março de 1999. Esta lei traz a possibilidade das pessoas jurídicas (grupos de pessoas ou profissionais) de direito privado sem fins lucrativos de serem qualificadas pelo porder púbico como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público e

poderem relaciornar-se, por meio de parcerias, desde que os seus objetivos sociais e suas normas estatutárias estejam de acordo com os requisitos pré-estabelecidos pela lei. Dessa forma, pode-se dizer que as Oscips são o reconhecimento oficial e legal mais próximo do que se entende atualmente por Ong, especialmente no que tange a transparência administrativa. Para o governo este tipo de parceria é interessante já que oferece a oportunidade de dividir com setores organizados da sociedade o encargo de fiscalizar o fluxo de recursos públicos em parcerias. Dessa forma, a Ong AGUa contunuará seu processo de defesa do meio ambiente com o apoio do governo e de instituições parceiras. Atualmente os Ambientalistas de Guaratinguetá lutam pela preservação de três pontos específicos da cidade: áreas verdes no bairro do Beira Rio; área de mata ciliar nas margens do Rio Paraíba em dois pontos diferentes. Além dessas lutas atuais, há ainda, a antiga batalha pela preseravção e recuperação das nascentes no bairro Parque do Sol.

Dia da Mata Atlântica - 27 de Maio A Mata Atlântica foi considerada patrimônio Nacional pela Constituição Federal de 1988 (art 225, § 4°) e pelo Decreto 750, de 10 de fevereiro de 1993. Posteriormente, outro decreto presidencial de 21 de setembro de 1999 instituiu o dia 27 de maio como dia da Mata Atlânctica. O dia foi escolhido porque foi neste dia do ano de 1560 que o Pe. Anchieta assinou a famosa “Carta de São Vicente, onde descreveu, pela primeira vez, a biodiversidade das florestas tropicais. A Mata estendia-se, originalmente, por cerca de 1.300.000 km2 do território brasileiro. Hoje, os remanescentes primários e em estágio médio/avançado de regeneração estão reduzidos a apenas 7,84% da cobertura florestal original, o que compreende aproximadamente 100.000 km. Isso faz com que o Bioma Mata Atlântica seja considerado o segundo mais ameaçado de extinção do mundo. Apesar da devastação, a Mata Atlântica é um dos biomas com uma das mais altas taxas de biodiversidade do mundo: cerca de 20.000 espécies de plantas angiospermas (6,7% de todas as espécies do mundo), sendo 8.000 endêmicas, e grande riqueza de vertebrados (264 espécies de mamíferos, 849 espécies de aves, 197 espécies de répteis e 340 espécies de anfíbios). Destes 100.000 km, apenas 21.000 Km (equivalente a aproximadamente 2% da área original) estão protegidos em Unidades de Conservação de Proteção Integral. A Fundação SOS Mata Atlântica, uma das pioneiras do movimento ambientalista no País, está completando 25 anos este ano e a marca foi comemorada no fim de semana passado com a sétima edição do Viva a Mata. O evento reuniu exposições sobre conservação florestal e projetos de várias instituições do país em prol do bioma. A mostra, que comemora também o Dia Nacional da Mata Atlântica (27 de maio), foi gratuita e realizada entre sexta-feira (dia 20) e domingo (dia 22) no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. A SOS Mata Atlântica foi fundada por um grupo de ativistas e empresários em 1986, quando os conceitos relacionados a ecologia ainda eram pouco difundidos. Apenas seis anos mais tarde, com a ECO-92 (Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento), no Rio de Janeiro, a temática da conservação ambiental ganhou adeptos em massa. “Quando a ONG foi criada, boa parte da população não sabia bem o que era a Mata Atlântica. Muita gente achava que se resumia à Serra do Mar”, conta Márcia Hirota, diretora de Gestão do Conhecimento da instituição no site da Ong. “A SOS Mata Atlântica foi pioneira em profissionalizar a militância do movimento

ambientalista, ao reunir profissionais capacitados para se dedicar seriamente em torno da causa e divulgar informações para a população”, acrescenta. Entre as conquistas do grupo, Márcia cita o apoio à frente parlamentar responsável pela formulação da Constituição de 1988, que estabeleceu a Mata Atlântica como um patrimônio nacional. Em seguida, a ONG e outras instituições do setor trabalharam juntas pela criação da Lei da Mata Atlântica, que regulamenta a exploração econômica da floresta. A lei foi sancionada em 2006 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após 14 anos de tramitação no Congresso. A taxa de desmatamento do bioma no país passou por uma redução significativa nas últimas três décadas. O desmate médio anual passou de 77,6 mil hectares, verificado em 1990, para 25,5 mil hectares em 2008, de acordo com dados compilados pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do governo federal. Hoje, porém, restam apenas 11% da cobertura original deste bioma no País. Nessa área, vivem 383 das 633 espécies brasileiras de animais ameaçados de extinção. Foto: Melissa Miranda

Tucanos em área de recuperação da Mata Atlântica


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Dia Mundial do Meio Ambiente A preocupação com as ações humanas contra o meio ambiente tornam-se cada vez mais concretas. A natureza vem reagindo de maneira cada vez mais avassaladora frente aos inúmeros crimes que vem suportando. No Brasil, nos últimos dois anos, as ações humanas provocaram milhares de mortes no país. Em 2010, o país assistiu estarrecido ao desmoronamento de uma parede de terra em Angra dos Reis, que vitimou dezenas de pessoas e deixou vários desabrigados. Em 2011, novamente o país se curvou diante da natureza. Como em dilúvio, as cidades serranas do Rio de Janeiro foram praticamente varridas do mapa, engolidas por toneladas de terra que vinham das encostas das montanhas. Nas duas tragédias, erros humanos causaram os acidentes. Em Angra, a construção em cima de um lixão irregular fez vir abaixo todo um morro, que também era ilegalmente ocupado. Na serra carioca, o problema foram as construções desenfreadas e sem planejamento, que acabaram por destruir cidades inteiras durante a época de chuvas. Em todo o mundo, movimentos para a preservação do planeta e de suas espécies-inclusive a humana- ganham adeptos fiéis, que realmente levam a sério a questão ambiental. Dados do Ibama, divulgados nesta semana, revelam que o país passa por um processo de diminuição do desmatamento na maioria das áreas, porém outras passaram a concentrar uma parcela muito maior de derrubada ilegal de árvores. Ao mesmo tempo

que 62% dos municípios monitorados apresentaram dados inferiores aos da última avaliação, as pesquisas revelaram também uma lata em cerca de 15% deles. Hoje, o estado brasileiro que tem os maiores números de derrubadas ilegais é o Mato Grosso. A produção de lixo também é um fato bastante preocupante. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o país produz 160 mil toneladas de lixo por dia, sendo que 59% dos municípios brasileiros ainda o descartam em lixões a céu aberto. As ações de cada um são cada vez mais importantes para que possamos realmente mudar esse quadro de destruição ao meio ambiente. O Jornal Vale Vivo acredita em uma proposta de REEDUCAÇÃO, fazendo com que todos repensem seus hábitos e reaprendam atitudes simples – muitas vezes herdadas de nossos avós- que colaboram e muito para a preservação do planeta. Reaproveitar embalagens – ao invés de comprar mais plástico-, reduzir o consumo de água e energia elétrica, reduzir o consumo de papel – e com isso produzir menos lixo... Uma série de pequenas atitudes que ajudam não só o meio ambiente, mas também o bolso de cada um. Nessa semana dedicada ao meio ambiente tente adquirir novos hábitos e posturas para a melhoria da vida no planeta. Procure saber quais os eventos que a sua cidade vai realizar nessa semana. Participe. Pode parecer clichê, mas é verdade: o planeta tem que ser cuidado não só para que as próximas gerações vivam melhor...Mas para que elas possam existir!

Proprietários rurais têm duas semanas para se readequar ao Código Florestal

Foto: Carolina Haddad

No dia 11 de junho, vence o prazo para proprietários rurais de todo o país readequarem-se aos patamares de preservação e recuperação de matas previstos no atual Código Florestal. A data está prevista em um decreto presidencial de 2009, assinado pelo então titular do cargo, Luiz Inácio Lula da Silva e explica a pressa da bancada ruralista em votar alterações na legislação. Na prática, em duas semanas, fazendeiros que descumprirem o Código Florestal vigente tornam-se inaptos a crédito do Banco do Brasil. Segundo Rebelo e os ruralistas, isso impediria o acesso a empréstimos rurais a 90% dos proprietários. Na safra 2010/2011, por exemplo, foram R$ 42 bilhões oferecidos pela instituição financeira pública. A medida foi adiada por duas vezes durante a gestão de Lula. Por isso, o governo não se mostra disposto a uma nova procrastinação. A aprovação do novo Código Florestal, anistiando os desmatamentos anteriores a 2008, teria um efeito similar e mais definitivo do que a alteração no decreto. No entanto, a tramitação no Congresso tem calendário apertado para evitar a medida. Se realmente aprovado na próxima terça pela Câmara, a matéria irá ao Senado. Caso novas alterações sejam promovidas no texto, a matéria terá de voltar à Câmara. Mesmo se o Senado aprovar tudo como está, são poucas as chances de ele chegar à sanção presidencial em menos de três semanas. A opção de Dilma vetar as mudanças – que pode, depois, ser derrubada no Congresso – significa desagradar novamente aos ruralistas, que representam parte significativa da base governista. No Senado, o ex-governador de Santa Catarina, Luiz Henrique (PMDB), está praticamente escalado para relatar o texto. Ele, que recebeu doações de papel e celulose e de carvão, já declarou ter ideias ainda mais radicais do ponto de vista ruralista. Quando comandava o estado catarinense, o pemedebista articulou a aprovação do projeto que permite à Assembleia Legislativa aprovar leis que se sobreponham às normas federais. E ele já avisou que defende a autonomia para os estados estabelecerem leis ainda mais permissivas em termos de expansão do uso do solo. Se quiser mudar o texto, Luiz Henrique contará ainda com mais apoio proporcional. Na Câmara, o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) calcula em 170 de 513 os deputados ruralistas. No Senado, 18 dos 81 membros alinham-se ao bloco. Fonte: Ecoagência de Notícias

Ong Reflorestar é Viver realiza ação em São José dos Campos Muitas pessoas na região do Vale do Paraíba já conhecem o trabalho do ativista Luiz Bettoni com sua Ong Reflorestar é Viver e com seu projeto de “esquecer” mudas em ruas das cidades para que sejam adotados por algum passante. Desta vez a Ação do projeto Reflorestar é Viver de Guaratingueta, esteve em Sao Jose dos Campos e presenteou a Cidade nas Ações com mudas de árvores e tambem com livros que foram deixados junto com as mudas que tambem foram “esquecidos” de propósito nos bancos de várias Praças de São José dos Campos. Estes Livros chegaram ate o Projeto Reflorestar é Viver como doação de seus familiares e o Ativista Luiz Bettoni encontrou esta maneira de fazer com que estes exemplares não ficassem guardados ou destinados para alguma reciclagem. O Homenageado é o Autor Elias Jorge (Contos Vivenciados l l ) falecido ,Professor ( pós graduado )aposentado, nascido em Laranjal Paulista o autor imigrou para Guaratinguetá onde recebeu Titulo de Cidadão Honorario pelos relevantes serviços prestados a Comunidade. Esta Ação Aconteceu em São Jose dos Campos na Praça Mauricio Anisse Cury e Praça Afonso Pena. Nestas fotos podemos ver os resultados positivos por algumas pessoas que encontram o livro e lá mesmo começaram a ler. No site da Ong podemos conferir esse trabalho e outros do ativista Luiz Bettoni.

Audiência Pública discute instalação de Termelétrica Nesta semana as discussões a respeito da possível vinda da Usina Termelétrica para Canas, mostraram a força das manifestações populares na região. Na quarta-feira, o COMMAM- Conselho Municipal de Meio Ambiente de Lorena, organizou uma discussão sobre o assunto na Unisal, em Lorena. Representantes da sociedade, autoridades e cidadãos das cidades da região que serão possivelmente mais afetadas, discutiram o Estudo de Impactos Ambientais - EIA e o RIMA- Relatório de Impactos ao Meio Ambiente que foram apresentadas pela empresa responsável pelo empreendimento, a AES Tietê. Durante o fórum foram discutidos detalhes não só de funcionamento mas também do que poderá ocorrer diretamente com as cidades a partir da implantação da Usina. Cerca de 80 pessoas participaram da reunião. Ontem, a cidade de Canas recebeu a Audiência Pública convocada pelo CONSEMA- Conselho Estadual de Meio Ambiente, que tinha como objetivo promover a discussão e explicar pontos de interesse para a sociedade. Representantes da AES e da empresa que realizou o estudo ambiental, fizeram apresentações técnicas a respeito do funcionamento da Usina e da geração de resíduos tanto que seriam liberados na atmosfera quanto os que seriam lançados no Ribeirão Canas. Segundo o CONSEMA a realização tem caráter consultivo e não deliberativo, sendo assim não seriam tomadas resoluções durante o evento. Diversos setores da sociedade manifestaram-se durante a audiência. Representantes de associações locais, autoridades, representantes da sociedade civil e diversos cidadãos tiveram a oportunidade de apresentar seus questionamentos e conclusões a representantes da empresa. A audiência proporcionou além da discussão, a interação entre os diversos setores da sociedade e o compartilhamento de opiniões e de todos. O Conselho Estadual de Meio Ambiente ressaltou que a realização de audiências públicas faz parte do processo licitatório de implantação da Usina, e que todas as questões abordadas serão analisadas e discutidas pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente. A AES Tietê também garantiu que as propostas serão estudadas e que o projeto é passível de mudanças ao longo de sua instauração. O Jornal Vale Vivo lembra também que a cidade de Cachoeira Paulista já fazia parte do Programa Prioritário do Ministério de Minas e Energia para implantação de usinas geradoras de energia, desde 2000. O estudo realizado na época, avaliou regiões de todo o país para analisar possíveis potenciais de implantação. Com isso, ressalta-se o fato de que a região já vinha sendo estudada, inclusive pelo Governo Federal, há no mínimo 10 anos.

www.reflorestareviver.org.br Rua Rui Gonçalves Teixeira, 148 - Parque Alamedas Cep: 12.517-250 - Guaratinguetá/ SP - Contato (12) 9793-9503

Ministra do meio ambiente anuncia Programa Nacional de Agroecologia Em audiência com o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), na quarta-feira, 19 de maio, a ministra do meio ambiente, Izabella Teixeira, anunciou que irá propor à Presidente Dilma Rousseff um Programa Nacional de Agroecologia. Segunda ela, esse será um projeto estruturante, que servirá como alternativa para a transição agroecológica. “Esse ministério tem que dialogar com quem faz uso do meio ambiente, não só com quem defende o meio ambiente. Por isso, a agricultura familiar é central para pensar um novo projeto de meio ambiente para o Brasil”, afirmou Teixeira. Antes de anunciar o lançamento do programa, a ministra ouviu o MPA e acolheu as propostas de debate. O movimento apresentou as experiências que vem desenvolvendo na área de agroecologia, como sistemas agroflorestais, recuperação de sementes crioulas, reflorestamentos de espécies nativas, recuperação de nascentes e bioenergia. O MPA defendeu um programa avançado de agroecologia, com resgate das práticas de cultivo camponesas e com investimentos em pesquisa e tecnologias alternativas. Sérgio Conti, dirigente do MPA, falou sobre a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e destacou a necessidade do ministério assumir a luta contra a aplicação de venenos na agricultura. “A Via Campesina em conjunto com outras organizações lançou esse ano a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e está debatendo incisivamente o tema com a sociedade. Mas entendemos que essa pauta deve ser reconhecida e assumida pelo ministério, buscando ações efetivas de combate ao uso de venenos”, disse Conti. Na audiência, o MPA reiterou a posição contrária às mudanças no Código Florestal apresentadas pelo Deputado Aldo Rebelo, e defendeu a manutenção do Código. A ministra Izabella Teixeira deixou claro que sua posição vai ao encontro da proposta dos movimentos sociais, e que tem feito todo esforço para que o relatório do governo preserve a legislação atual.


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Estudo mostra contribuição das UCS para a economia nacional Quando o assunto é biodiversidade, costuma-se pensar apenas em medidas de proteção e conservação das diferentes espécies biológicas existentes não só no Brasil como também no mundo. A criação de Unidades de Conservação (UCs) - áreas especialmente destinadas pelo poder público para proteger recursos naturais considerados relevantes - é uma das formas mais efetivas de se garantir a manutenção e o uso sustentável de ativos ambientais. Estes espaços protegidos desempenham papel crucial na proteção de recursos estratégicos para o desenvolvimento do País e contribuem para o enfrentamento do aquecimento global. A novidade apresentada pelo estudo Contribuição das Unidades de Conservação Brasileiras para a Economia Nacional, lançado na quarta-feira (18) em Brasília, durante as comemorações do Dia Internacional da Biodiversidade, é que, além de serviços ecossistêmicos, como garantia de água para a população e para diversas atividades produtivas, as unidades de conservação podem gerar benefícios lucrativos e contribuir diretamente para o aumento da renda das populações tradicionais. O estudo foi desenvolvido pelo Centro de Monitoramento de Conservação Mundial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e pelo MMA, sob coordenação das universidades fluminenses UFRJ e UFRRJ, e com o apoio técnico do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Cooperação Técnica Alemã(GIZ). A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que a discussão da biodiversidade não está restrita à proteção de plantas e animais e que o papel das UCs ainda não foi muito explorado no cenário econômico nacional. “É importante lembrar que criar áreas protegidas não é ir contra o desenvolvimento. Temos que mostrar à toda sociedade brasileira como o tema está presente na vida cotidiana do cidadão, como por exemplo, os produtos florestais, o uso público destes espaços, o estoque de carbono, o turismo, a garantia de água e a repartição de receitas tributárias. Somos o G1 da biodiversidade no planeta, e temos um pré-sal de petróleo e outro de biodiversidade. A sociedade brasileira tem que entender o que significa a conservação da biodiversidade no seu dia a dia”, afirma Izabella Teixeira. BENEFÍCIOS – Para se ter uma ideia, no que se refere a atividades econômicas dentro ou no entorno destas áreas protegidas, a publicação demonstra que a soma das estimativas de visitação pública nas unidades de conservação federais e estaduais pode alcançar um público de cerca de 20 milhões de pessoas em 2016 (caso o potencial destas UCs seja devidamente explorado), o que pode acarretar uma renda de R$ 2,2 bilhões no mesmo ano. A previsão de visitação em 67 parques nacionais já existentes no País pode gerar entre R$ 1,6 e 1,8 bilhão por ano, considerando-se as estimativas de fluxo de turistas no Brasil até 2016. A produção de borracha em 11 reservas extrativistas (resex) do bioma amazônico avaliadas já chega a R$ 16,5 milhões anuais. Já a produção de castanha do Pará em apenas 17 resex analisadas na Amazônia tem potencial para chegar à cifra de R$ 39,2 milhões por ano. Em relação aos efeitos das mudanças climáticas, a criação e manutenção das unidades de conservação no Brasil impediu a emissão de pelo menos 2,8 bilhões de toneladas de carbono, o que pode ser convertido em um valor monetário de aproximadamente R$ 96 bilhões. Além disso, 9% da água captada para consumo humano são provenientes de UCs, e 80% da hidroeletricidade brasileira vêm de fontes geradoras que têm pelo menos um rio tributário a jusante (sentido em que fluem as águas de uma corrente fluvial) das UCs. Do fluxo captado para irrigação e agricultura, pelo menos 4% são provenientes de fontes localizadas dentro ou abaixo das UCs. SERVIÇOS AMBIENTAIS – De acordo com o secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA, Bráulio Dias, as unidades de con-

Jardim

servação são territórios importantes para promover a conservação e a provisão de serviços ambientais que contribuem para o crescimento e manutenção de diferentes cadeias econômicas. Ele explica que muitas áreas protegidas do mundo foram criadas com o objetivo de assegurar as condições para que, por exemplo, os mananciais hídricos atendam aos principais usos humanos, como abastecimento público, agricultura e geração de energia. “Reduzir a perda da biodiversidade não se consegue apenas com ações de comando e controle, como fiscalização e apreensão. Temos que investir na construção de modelos alternativos de exploração sustentável. Se não conseguirmos fundamentar a ideia da floresta em pé como ativo econômico de valor, não conseguiremos proteger nossa biodiversidade”, afirma o secretário. Dias ressalta também que um dos objetivos do MMA é criar novas possibilidades para as comunidades que vivem dentro das unidades de conservação. “Nosso compromisso é ter uma nova estratégia para a biodiversidade consolidada e aprovada para a Rio+20, com o planejamento para esta década. Nosso maior desafio é promover uma estratégia de desenvolvimento sustentável do Brasil”. RECURSOS HÍDRICOS – Segundo o estudo, dos 1.164 empreendimentos de geração de energia hidrelétrica outorgados ou em construção computados em 2010, 447 (38,4%) estão localizados abaixo de unidades de conservação federais. Cerca de 34,7% do volume anual constante de captação de água são provenientes de fontes localizadas dentro ou no entorno de unidades de conservação federais. O estudo revela ainda que a manutenção de 65% da vegetação natural de uma bacia garante 50% do volume médio do rio, e que bacias hidrográficas florestadas tendem a oferecer água de melhor qualidade do que as submetidas a outros usos, como agricultura, indústria e assentamentos. Na maioria dos casos, a presença de florestas pode reduzir substancialmente a necessidade de tratamento para água potável, e assim reduzir os custos associados ao abastecimento de água. Cerca de um terço das maiores cidades do mundo obtêm uma proporção significativa de uso da água potável diretamente de áreas florestadas. Nas bacias hidrográficas e mananciais com maior cobertura florestal, o custo associado ao tratamento da água destinado ao abastecimento público é menor que o custo de tratamento em mananciais com baixa cobertura florestal. Por isso é importante a função das áreas de preservação permanente (APPs), que envolvem nascentes, veredas, encosta, topos de morro e matas ciliares. RECEITAS TRIBUTÁRIAS – Se por um lado a presença das UCs impede a realização de certas atividades econômicas, por outro pode estimular outras capazes de gerar impacto positivo nas economias locais de municípios afastados dos grandes centros. No Brasil, 14 estados aprovaram legislação específica para a aplicação do ICMS Ecológico em seus territórios. Os critérios para os repasses aos municípios e seus respectivos cálculos podem variar em cada caso, e a presença de uma unidade de conservação é um critério adotado na definição destes valores. Quanto maior a extensão e o número de áreas protegidas no município, maior é o montante repassado de ICMS ecológico ao município. A receita suplementar repassada aumenta o orçamento municipal, provocando efeitos secundários sobre o desenvolvimento local, como turismo e visitação. Em 2009, o mecanismo ICMS ecológico garantiu a transferência anual de mais de R$ 400 milhões para as administrações municipais como compensação pela presença destas áreas protegidas em seus territórios.

Garrafas pet podem ser ótimos vasos para pequenos espaços

A jardinagem em pequenos espaços ganha cada vez mais adeptos nas cidades. A falta de um local adequado para o plantio, as dificuldades de se manter uma horta e a falta de tempo praticamente acabam com as possibilidades de se ter uma plantação em casa. Pequenos vasos de argila, jardineiras e até mesmo garrafas pet e pneus podem ser alternativas que ocupam pouco espaço – e tomam pouco tempo- para quem decide ter uma pequena horta em casa. Ervas aromáticas e até pequenos tomates podem ser plantados em qualquer cantinho da casa, dando um aroma diferente e fresco ao ambiente. Cebolinhas, salsinhas, hortelã, manjericão e alecrim estão entre as plantas que precisam dos menores espaços. Estas podem ser plantadas tanto em pequenos vasos de argila quanto em jardineiras e até mesmo garrafas pet, que viram lindos vasinhos ou pequenas jardineirinhas. Para o vaso reciclado, o processo é bem simples. Corte uma garrafa pet mais ou menos quatro dedos abaixo do bocal com tampa. Com uma tesoura de ponta, faça pequenos furos em todo o fundo da garrafa. Cubra com terra adubada e plante as sementes. As salsinhas, cebolinhas e hortelãs são as que melhor se encaixam nesse tipo de plantio. Para que as garrafas fiquem com aspecto de “pequenas jarfoto: divulgação site

Garrafa Pet: alternativa para decoração de jardins

dineiras” pode-se cortá-las na horizontal, desde o bocal até o final da garrafa. Este corte não deve ser muito profundo para que haja espaço para a terra e as raízes das plantas. Faça furos em toda a extensão da garrafa para a saída de água. Para o alecrim e o manjericão, vasos altos (com mais ou menos 30 centímetros) e jardineiras são as melhores alternativas. Essas duas espécies, quando adultas, tornam-se pequenos arbustos e as garrafas pet podem não aguentar o peso. Para o plantio de qualquer espécie em jardineiras recomenda-se que sejam colocados cacos de telha no fundo, para que os furos de escoamento de água não entupam. O plantio em garrafas pet e jardineiras também colabora para outro problema freqüente na região durante os últimos meses: a dengue. Por não utilizar pratinhos para o escoamento da água, esses dois tipos de mini-hortas diminuem a possibilidade de desenvolvimento de criadouros do mosquito transmissor da doença. Quem mora em casas com quintal ou pequenos jardins na entrada, também pode aproveitar um pequeno espaço e plantar tomates cerejas e mini-cebolas, que se reproduzem muito bem em mini-hortas por serem rasteiras ou de raízes pouco profundas. A maioria dessas espécies como a salsa, a cebolinha, a hortelã, o alecrim e o manjericão necessita apenas de três horas diárias de sol e irrigação três vezes por semana. Para não errar na quantidade de água, a dica é colocar os dedos na terra. Ela não pode estar nem seca nem encharcada demais. Vá colocando a água aos poucos, até sentir que toda a extensão do vaso foi molhada. Comece sua minihorta hoje e logo terá uma casa perfumada e novos temperos e chás para a família toda.

Saúde

Para envelhecer bem de corpo e alma A Neuroplasticidade está revolucionando um fato que até agora era dado como certo: ao longo dos anos, o cérebro só envelhece. Segundo estudos apresentados por cientistas, entre eles o Dr. Elkhonor Goldberg, da Universidade de Nova York, Estados Unidos, o cérebro não perde a sua capacidade de se reorganizar e, portanto, de se rejuvenescer criando novas conexões nervosas. Em 2004, o Instituto de Neurologia de Londres, detectou em estudos uma diferença na circunvolução angular esquerda, estrutura cerebral importante para a linguagem, no cérebro das pessoas bilíngües. As que não tinham esse tipo de estimulação cerebral apresentaram traços de involução dessas áreas. Neurocientistas declaram que a melhor forma de se previnir as doenças cerebrais degenerativas, como a demência senil- bastante comum em pessoas com mais de 70 anos, seria a continuidade e a realização diária de estímulos cerebrais. Em estudos conduzidos pela Universidade de Nova York, foram comprovados a capacidade de se produzir mais neurônios em uma determinada área e utilizá-los para diferentes ligações e assim, diferentes tarefas. Mesmo quem já possui atividades que “cansam” o cérebro, podem buscar potencializar a atividade de outras áreas, forçando uma atividade regenerativa. A meditação, por exemplo, contribui muito como “fitness” para a mente. E não precisa ser nenhum mestre budista para realizar a prática. Um lugar tranqüilo e silencioso, roupas confortáveis e um pouquinho de concentração são os únicos ingredientes necessários para a mente. Com exercícios mentais simples é possível manter a plasticidade cerebral, que é a nossa capacidade de continuar realizando diferentes ligações neurológicas e com isso, mesmo com a idade avançada, garantir a capacidade de aprender coisas novas e habilidade para realizá-las e sendo mais independente na velhice, ter uma melhor qualidade de vida.

Pré-Conferências da Secretaria de Sáude de Guaratinguetá A Secretaria de Saúde de Guaratinguetá está realizando uma séries de pré-conferêmcias para que a população participe das discussões sobre a Saúde no município. Confira a sequência da agenda das pré-conferências: · Dia 01 de junho (quarta-feira), às 19h, na UBS do Parque São Francisco, para moradores dos bairros Parque das Árvores, Parque São Francisco, Parque Santa Clara, Vila dos Comerciários (I e II), Vila Municipal (I e II), Jardim França, Jardim Santa Luzia, Pingo de Ouro, Mato Seco, São Sebastião, Bom Retiro, Bom Jardim e Parque das Garças. · Dia 03 de junho (sexta-feira), às 19h, na sede da Associação da COHAB, para os moradores da COHAB, Nova Guará, Portal das Colinas, Beira Rio (I e II), Parque das Alamedas, Mirante do Sol, Vila Paraíba e Jardim Pérola. · Dia 06 de junho (segunda-feira), às 19h, na Escola Estadual Flamínio Lessa, para a população do Centro Histórico, Centro expandido, Campo do Galvão, Chácara Selles, Figueira, Vila Santa Maria, Engenho D’Água, Pedreira, Alto São João, Alto das Almas, Fazendinha, Santa Rita, Residencial Augusto Filippo, Campinho, Broca, São Bento, Vila Angelina, Jardim Paulista, Jardim Modelo e São Benedito. · Dia 08 de junho (quarta-feira), às 19h, na Escola Municipal Aliete, para os moradores do São Manoel, Capituba, Santa Edwiges, Lemes Pilões e Santa Verônica. · Dia 10 de junho (sexta-feira), às 19h, no Espaço VivArte, para os moradores do Pedregulho, Vila Comendador, Jardim Rony, Residencial Broca Filho, Jardim Ícaro, Vila Mollica, Vila Indiana, CECAP, Jardim Independência, Jardim Esplanada, Coelho Neto, São Dimas e Village Santana, Village Mantiqueira e Jardim Panorama. Com o tema: “Todos usam o SUS – A integralidade e a Atenção Básica”, a conferência destaca essa conquista do povo brasileiro para a saúde pública. A VI Conferência será realizada na Faculdade Nogueira da Gama e contará com a participação do Dr. Ademar Arthur Chioro dos Reis, presidente do Conselho Estadual de Secretarias Municipais de Saúde, no dia 30 de junho.


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7 Cidades

Potim comemora 20 anos com festa e inaugurações Foto: Melissa Miranda

A cidade de Potim comemorou na quinta-feira, dia 19 de maio, 20 anos de emancipação político-administrativa com festa e diversas inaugurações. durante a solenidade de aniversário foi lançado, também, o selo comemorativo aos 20 anos da empresa Correios. A criação do distrito de Potim foi aprovada pela Câmara Municipal de Guaratinguetá no dia 5 de junho de 1981, e confirmada pela Lei Estadual nº 3.198, em 13 de dezembro de 1981. Assim, o tradicional bairro de Potim tornou-se distrito de Guaratinguetá. Em 1983 o prefeito de Guaratinguetá Walter Mello nomeou o advogado dr. Ivo Lemes subprefeito de Potim. Dr. Ivo procurou manter a futura cidade limpa e com todos os serviços básicos funcionando. Com a eleição do dr. Gilberto Filippo, Potim passou certo período sem subprefeito. Através da intervenção da vereadora Maria da Anunciação Guimarães,

Seis obras foram inauguradas como parte das comemorações

e com a criação da AAP – Associação de Amigos do Potim, em 1989, foi reivindicada a nomeação de outro subprefeito para o distrito. De comum acordo, a vereadora e a AAP indicaram para o cargo o engenheiro Vicente Francisco de Paula Júnior, na época o tesoureiro da AAP. Vicente foi pessoa dinâmica, idealista e que sempre manteve bom diálogo com o prefeito de Guaratinguetá. Realizou grandes obras de infraestrutura no Dis-

trito e, em 1992, deixou o cargo para concorrer à prefeitura de Potim, deixando em seu lugar o Sr. Gilberto Lino, que dirigiu a subprefeitura até a posse do primeiro prefeito, dr. Élio Andrade de Nogueira. Apostando em sua vocação turística, Potim, uma das “caçulas” do Vale do Paraíba, vem investindo em infra estrutura, saneamento básico e projetos de adequação e harmonização da paisagem urbana para atrair novos investimentos. Está localizada à margem esquerda do Rio Paraíba, na estrada que liga Aparecida a Potim (1,5 Km) e Potim a Guaratinguetá (9 Km). Potim nasceu nas terras de Guaratinguetá, em local antes ocupado por índios tupi-guarani, de quem herdou o nome. A ocupação dos brancos é do século XVIII, época em que teve início a devoção ao Senhor Bom Jesus. No dia 19 de maio de 2011 a festa começou cm a celebração de Missa em Ação de Graças na Igreja Matriz, seguida pela inaguração de seis obras no bairro do CDHU: escritório da Defesa Civil, Prédio Multiuso de Fisioterapia, Iluminação da Quadra do bairro, denominação da Praça Sebastião Pereira de Paula Leite, academia ao ar livre, inclusive para cadeirantes e o selo comemorativo aos 20 anos. “O lançamento do selao comemorativo aos 20 anos de Potim é uma contribuição com a cultura do país, os selos personalizados valorizam manifestações culturais, artísticas e históricas como o bem mais valioso de toda nação”, falou em seu discurso o representante dos Correios, Lázaro Daniel de Ramos. A festa que marca as comemoaos 20 anos de Potim rações dos 20 anos de POtim teve início na sexta-feira, dia 20 de junho e deve terminar neste final de semana com a apresentação da banda sertaneja Chitãozinho e Xororó. A Assessoria de Cultura e Eventos realizou no dia 20 de maio, a Escolha das Rainhas do Rodeio no Lar Monsenhor Fillipo. Foram eleitas três Rainhas: a Rainha do Rodei 2011, Laura, Rainha Juvenil, Ana Carla e a Rainha Mirim, Maria Rita. Como

Prefeito Benito na cerimônia de aniversário

primeira Princesa ficaram Suiene, Taiana (Juvenil) e Rayane (Mirim); e como segunda Princesa, foram escolhidas Brisa, Maria Eduarda (Junenil) e Fernanda (Mirim). As vencedoras receberam presentes e uma quantia em dinheiro. “Tenho orgulho de ser prefeito da cidade que tem as melhoeres festas da região, e esta do aniversário promete. Fico satisfeito de entregar essas obras neste aniversário porque quando fui eleito assumi o compromisso de trazer o progresso para a nossa cidade e é isso que estou fazendo, nõa só com essas inaugurações como em, todas as outras. O acesso a rodovia Presidente Dutra é um benefício que espero ver realizado até o ano que vem. Espero que consigamos mais esta vitória”, disse o prefeito Benito Thomáz em seu discurso durante o evento. Fotos: Assessoria Prefeitura

Prefeito Benito inaugurando a Academia

Dia do Desafio movimenta a região O Dia do Desafio é um evento conduzido pelo SESC de São Paulo em parceria com as prefeituras, que tem como objetivo alertar a população da necessidade da prática de atividades físicas de uma maneira diferente. A proposta é que cada pessoa da cidade realize pelo menos 15 minutos de atividades físicas. Estão envolvidas no evento cidades de toda a América latina, sendo que cada uma tem uma cidade “rival”. No final do dia, cada cidade repassa os dados de quanto foi realizado e com um cruzamento, escolhem-se as cidades vencedoras da competição. Criado no Canadá, em 1983, o Dia do Desafio começou como uma atividade bem simples. Durante o rigoroso inverno canadense, um prefeito sugeriu aos moradores que para espantar o frio – e deixar de gastar um pouco de energia elétrica também- todos desligassem as luzes de suas casas e saíssem às 3 da tarde para uma caminhada em volta do quarteirão de suas casas. A idéia deu certo- além da economia, as pessoas da cidade começaram a praticar exercícios com mais regularidade. No ano seguinte, a experiência foi estendida à cidade vizinha e, com isso se disseminando cada vez mais. O evento chegou ao Brasil em 1995, mas a cidade de São Paulo, por exemplo, só realizou sua primeira edição em 1998.

Os sabores do Vale do Paraíba

por Anderson Rodrigues - Consultor em Turismo e Cultura e pesquisador da culinária Valeparaibana

A nossa região está notadamente enraizada em um grande universo de riquezas das mais diversas formas e fontes, entre elas a grande riqueza do saber e dos sabores da nossa terra. Pelo processo de colonização ocorrido no Vale do Paraíba consequentemente a riqueza cultural entre colonizadores e colonizados foi se fundido através dos tempos, motivo pelo qual formaram-se inúmeros valores culturais por meio dos ritos religiosos, manifestações folclóricas, artesanato, musicalidade e outros. O segmento da culinária regional demonstra sua importância como instrumento de transmissão do saber e da difusão dos costumes e tradições do nosso povo. Através do sabor podemos identificar as nossas origens e consequentemente quem foram nossos antepassados. Os hábitos alimentares e os sabores da culinária no Vale estão ligados diretamente ao processo de colonização local e posteriormente a exploração das Minas Gerais. Nota-se que embora a influência cultural dos colonizadores tenha ocorrido de forma sólida há alguns séculos, ainda permanecem avivados inúmeros costumes e hábitos alimentares do período. A culinária saboreada atualmente na região formou-se através de um processo lento, onde os costumes peculiares de cada povo fundiram-se a partir de várias circunstâncias, tais como: condições socioeconômicas e socioculturais da região, ciclos econômicos (açúcar, ouro, café, pecuária...) e fatores cotidianos. Entretanto a força da culinária regional é identificada quando inúmeros ingredientes que faziam parte da base alimentar nos séculos XVIII e XIX ainda fazem parte da nossa dieta nos dias de hoje. A esta força

cultural associa-se o sabor agradável, o aspecto antropológico de preservar a origem, o hábito de deixar como herança e ou presentear recém casados com “cadernos de receitas da família”. Ainda nos dias de hoje podemos observar inúmeros costumes relacionados à culinária regional que fizeram parte da rotina dos povos colonizadores do Vale do Paraíba. Entre nossas “heranças” gastronômicas podemos começar mencionando a influência do Tropeiro que nos deixou dentre muitos saberes e sabores o famoso “feijão de tropeiro” e o “torresmo a pururuca”, dentre outras inúmeras iguarias, tais como; bolinho caipira, jacuba (café com farinha de milho), quirerinha... Entre os pratos que foram modificados durante a primeira fase da colonização portuguesa e a colonização em função da corrida do ouro em Minas Gerais está o feijão tropeiro. Em sua primeira fase, o feijão tropeiro era bem mais simples quando em sua receita os ingredientes principais eram somente a gordura (toucinho), a farinha de milho e o feijão propriamente dito. Quando começa a imigração de portugueses para as Minas Gerais e com o escoamento do ouro pelo território paulista, influências da nobreza portuguesa e das cozinhas mineiras mais abastadas começam a modificar os pratos e incrementar os ingredientes da culinária regional. Com essa influência, o feijão tropeiro passa a contar ainda com pedaços de carne de porco, embutidos, ovos fritos, couve refogada e torresmo com mais carne, ingredientes mais caros e que não eram comuns aqui no Vale do Paraíba na época devido principalmente ao modesto poder econômico da maioria dos moradores. E esse é só o início da nossa viagem gastronômica pela região...

Cidades da região já participavam desde o começo da implantação do projeto no estado. São José dos Campos foi uma das primeiras cidades do Brasil a aderir o movimento, participando pela primeira vez já em 96, no segundo ano do evento. No ano passado, a comemoração dos 15 anos do Dia do Desafio no Brasil, mobilizou ainda mais pessoas para incentivo á pratica. Segundo estudos médicos, a realização de apenas quinze minutos de atividade diária pode reduzir em até 40% a possibilidade de infartos e doenças do coração. Sem contar, que uma caminhada leve pode ajudar a reduzir índices de colesterol, pressão arterial além de melhorar o condicionamento e a capacidade respiratória. Sempre na última quarta-feira do mês de maio, neste ano, dia 25, o evento reuniu milhares de pessoas nas cidades de todo o Vale. Em Lorena, a Praça Arnolfo Azevedo foi palco para um dia de brincadeiras e atividades físicas em geral. Apresentação de academias e grupos de esportes e dança da cidade, levaram famílias inteiras ao local. Lorena estava competindo com a cidade de Retalhuleu, na Guatemala. Cachoeira Paulista competiu com San Miguel Uspatan, outra cidade guatemalteca. Cruzeiro e Canas enfrentaram as cidades de Trinidad, na Bolívia e Zacualpan de Amilpas, no México.


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de 27 de maio a 09 de junho de 2011

Que as lendas venham nos salvar... Segundo as tradições brasileiras, as florestas são lugares cheios de mistério e de criaturas diferentes. Essas lendas se espalham de norte a sul no país deixando, muitas vezes, até os adultos de cabelo em pé. As florestas da nossa região já acumulam “causos” desde a época da vinda dos primeiros colonizadores para cá. Padre José de Anchieta, que veio com a intenção de catequizar os índios do sudeste brasileiro- na época uma das áreas com menor densidade populacional- enviava cartas a Portugal contando as aparições e travessuras praticadas pelos entes das florestas, “entre os índios era a mais temível assombração. Já os negros africanos, também trouxeram o mito de um ser que habitava as águas profundas, e que saía a noite para caçar, seu nome era Biatatá”. Padre Anchieta estava se referindo ao Boitatá, que segundo as lendas amazônicas, é uma grande cobra de olhos flamejantes, totalmente cega durante o dia, mas que tudo vê à noite. Em algumas regiões por exemplo, ele é uma espécie de gênio protetor das florestas contra as queimadas, em outras, no Sul por exemplo, ele é considerado o causador da destruição nas florestas. Muitos descrevem o Boitatá como uma chama que “dança” pelas matas, deixando um rastro de chamas por onde passa. Essa já foi até estudada por cientistas, que atribuem seu surgimento a um fenômeno natural comum das florestas: o Fogo Fáctuo, que se origina de gases liberados por material orgânico como folhas caídas e carcaças de animais. O Saci-pererê, um menino negro, com uma só perna e que fuma cachimbo também é símbolo de travessuras e desordens nos campos e florestas de nossa região. O Saci é relatado em documentos históricos da região sudeste do Brasil desde o iní-

cio do século XIX. Dizem que o Saci tem poderes mágicos como o de aparecer e reaparecer onde quiser. São registrados três tipos de Saci: o Pererê, uma criança que gosta de fazer pequenas bagunças como soltar os animais dos currais e esconder pequenos objetos; o Trique, criança morena que gosta de atrair as crianças para as matas para brincar e o Saçurá, que tem olhos vermelhos e costuma fazer maldades para crianças e animais. A crença popular diz que em todo rodamoinho de vento existe um SaciPererê e que a pessoa que conseguir amarrá-lo terá todos os seus desejos realizados. A Caipora também é uma figura bem diferente. Em alguns lugares homem, em outros mulher, aparece sempre como uma figura que tem o corpo coberto de pelos e anda montada em uma queixada, espécie de porco-do-mato. A lenda diz que a Caipora é a protetora dos animais da floresta e que prejudica os caçadores. Seu defeito é o vício, já que quando lhe entregam algo para fumar ela libera as caçadas pela mata. Até pássaros que realmente existem fazem parte das lendas brasileiras. O Bem-Te-Vi, espécie bem comum na região do Vale do Paraíba, é considerada em alguns lugares sinal de mau agouro. No Acre, por exemplo, acredita-se que encontrar um Bem-Te-Vi é sinal de má sorte, já que, segundo a lenda, ele cantava de maneira ruidosa durante a fuga do Egito de Nossa Senhora com o menino Jesus. Em outros locais ele é considerado um advinho. Dizem que quando se ouve o canto do Bem-Te-Vi deve-se perguntar: quem tu vistes? Se o próximo assobio for logo, será homem. Será demorar, a visita será de uma mulher. O Uirapuru também faz parte do folclore das florestas. Conta a lenda que um jovem guerreiro apaixonou-se pela esposa do cacique. Sabendo que esse amor era impossível, o jovem pede a Tupã que o transforme em uma ave, para que ele possa se encontrar e cantar para sua amada todas as noites, sem que o cacique perceba. O Uirapuru reza para que sua amada o reconheça por seu canto e que assim eles possam ficar para sempre unidos. Mulheres também estão no imaginário das histórias. Segundo relatos dos séculos XVI e XVII existia nas águas dos rios brasileiros uma figura metade mulher, metade peixe que atraía pescadores e caçadores para o fundo das águas com seu canto. Essa lenda é muito comum na região Amazônica e no Pantanal brasileiro. Na floresta amazônica uma outra mulher dá vida à uma linda história de amor. Lá, acreditam que um dia a Lua se apaixonou por uma moça de uma tribo indígena, a transformando em estrela. Uma outra índia da tribo ficou fascinada pela hsitória e acabou se apaixonando pela Lua também. Todas as noites ela subia até a mais alta colina procurando ser vista pela Lua. Um dia, ao chegar às margens de um rio e ver a imagem de sua paixão refletida, a jovem se atira nas águas e acaba se afogando. A Lua, com pena da jovem e feliz com seu amor, resolve transformá-la em uma estrela diferente das que ficam no céu. Assim nasceu a Vitória-Régia, a estrela das águas, uma planta que fica na superfície dos rios e lagos. Suas flores brancas e perfumadas só podem ser vistas à noite, ficando rosadas e sem perfume ao amanhecer. As histórias das florestas em muito se

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confundem com a história da própria sociedade, que acreditava nesses entes e moradores das florestas e acabavam respeitando as matas por medo de algum infortúnio. Bem que essas lendas poderiam mesmo vir salvar nossas florestas...

Os astros no alvorecer de Cunha Cunha é uma cidade conhecida pelo seu clima agradável e aconchegante, característica das regiões serranas, encanta pela sua beleza natural que se descortina na paisagem e, ainda, se mostra um excelente ponto de observação dos astros, pela sua privilegiada localização elevada. Abaixo segue a foto de nosso amigo Gilberto Jardineiro, astrônomo amador do AstroClube de Cunha, que, incansável adminirador do céu, registrou este momento único da conjunção planetária entre Vênus, Mercúrio, Júpiter e Marte ao alvorecer no dia 09 de maio. Estas imagens encantam os amantes da observação do céu. Foto: Gilberto Jardineiro

09 de maio - 05h42min42seg, a apenas 41 minutos do sol nascer


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