Guia da Mantiqueira - Edição 97 - Abril 2021

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GUIA

ano 9 edição 97 abril 2021 cortesia

DA MANTIQUEIRA GuiadaMantiqueira

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Robô Black Dragon da equipe Uai!rrior da UNIFEI se destaca na 5a temporada da BattleBots, campeonato mundial de robôs.

Brasil bate recordes de casos de depressão, que aumentaram ainda mais com a pandemia. Você sabe o que é essa doença?

GIRO POR AÍ

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O Guia da Mantiqueira completa 8 anos. Confira alguns momentos que marcam a trajetória da revista no Sul de Minas.

Professor Eloésio Paulo lança livro de poemas “O amor é um assunto imbecil & outros poemas taquigráficos”.

ESPECIAL

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VIVER BEM

LANÇAMENTO

Expediente Direção e Edição Kelly Monteiro MTB 06.447/MG 35 99221-7048 kelly@guiadamantiqueira.net.br Direção Comercial e Publicidade Adilson Santos 35 99225-8832 adilson@guiadamantiqueira.net.br Projeto Gráfico e Diagramação Rumo Comunicação Ltda. 35 99221-7048 | 99225-8832 Imagem de Capa Arquivo Pessoal Acesse o Portal de Notícias Guia da Mantiqueira As imagens e informações das propagandas são de total responsabilidade dos anunciantes. Reproduza o conteúdo! Mas, por favor, cite a fonte!


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Conversa Franca

Independente e Versátil

“Mantiqueira Blues”, quarto álbum autoral que acaba de ser lançado pelo músico Gabriel Gabrera, faz referência à Serra da Mantiqueira.

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Fotos: Arquivo Pessoal

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músico Gabriel Gabrera lançou, no início do mês de abril, o seu novo álbum - Mantiqueira Blues -, que já está disponível em várias plataformas de streaming. Este é o 4° trabalho do músico realizado em estúdio e, agora, são três trabalhos nas plataformas de streaming: o álbum Humano (2017), Delta Blues (2018) e Mantiqueira Blues (2021). Dois singles ganham clipes: as músicas Covarde e Nossos Tempos. Gabrera é itajubense e tem mais de 15 anos de carreira. Sua trajetória na música começou em 2004, com a banda “4Caneco”, com a qual ele pôde desenvolver e expandir seu repertório, principalmente de Rock Clássico setentista. De 2005 a 2010, também se envolveu em diversos trabalhos como freelancer, o que fez com que desenvolvesse outros estilos como o Pop e o Reggae. “Em 2011, me mudei para São Paulo, onde toquei com a banda de rock Zed, da capital,

e a banda de reggae Varau, de Taboão da Serra (SP)”, conta ele. De 2005 a 2015, Gabrera gravou e lançou esporadicamente diversas músicas de forma independente, principalmente na internet. “Nesses trabalhos, eu pude explorar diversos estilos como a MPB, a música Regional, o Folk e o Blues. Estes últimos que se tornaram uma característica forte do meu trabalho”, conta ele.

Percussão com os pés De 2015 a meados de 2016, de volta a Itajubá, uma nova parceria se iniciou, desta vez com o músico Bruno Casanova: eles formaram a Sanzala Blues Band. Já em 2017, Gabrera voltou a investir em seu trabalho solo e incluiu em suas apresentações a utilização de percussão feita com os pés - e gaita: nascia assim o projeto chamado “One Man Band”. Também fazem parte da história do músico a gravação e o lançamento, de forma


independente, de três trabalhos autorais:. “Atmosfera Medular”, álbum instrumental de 2016; “Humano”, uma parceria com o poeta Vinicius Guimarães, de 2017; e, no final do ano de 2018, o álbum “Delta Blues”.

Desplugado Em mais uma virada em sua carreira, em 2018, Gabriel Gabrera e se reuniu novamente com Bruno Casanova e Fernando Ferreira, e criaram o projeto “Blues Desplugado”. A ideia, segundo ele, era fazerem apresentações de forma totalmente “desplugada”, em referência ao início do Blues. Com esse projeto se apresentaram no Festival Blues na Montanha, em 2019, onde fizeram uma jam com Lurrie Bell, referência do Chicago Blues. Em 2019, Gabrera se juntou com Nathan Ferreira e Daniel Abrão para lançar o projeto Gabrera e A Cozinha Blues. No repertório, versões nacionais e autorais. Outro projeto que se destaca na carreira de Gabrera, é o Serrano Rock e Blues, criado em 2020, em parceria com o músico Nathan.

O 4º álbum autoral, que Gabrera acaba de lançar, recebeu o nome de “Mantiqueira Blues”, em referência à Serra da Mantiqueira, região onde reside atualmente. “O álbum conta com 11 faixas autorais! A maioria das letras são minhas, mas tem duas parcerias com Vinicius Guimarães e outras duas letras dele”, conta o músico.


Gabriel ressalta que a região da Serra da Mantiqueira é muito rica em cultura e arte, e isso o influenciou de alguma forma. “Mas, acredito que colocar o nome Mantiqueira foi também pra mostrar de onde eu vim! E levar comigo o nome da região pela qual tenho tanto orgulho e carinho, apesar de alguns políticos dos enverganharem bastante às vezes... Bom, acredito que o trabalho todo, todas as faixas são sensacionais! Com certeza o melhor trabalho até o momento e agradeço ao Zé Abreu, de pedralva pela mix e master! Mas, posso destacar as faixas “Covarde” e “Nossos Tempos”, além de ambas terem saído com vídeo, já disponível no Youtube, são músicas que trazem uma mensagem direta, mas cada uma a seu jeito. A faixa Covarde tem uma batida forte e direta! Já a Nossos Tempos pode-se dizer que é uma balada com arranjos mais trabalhados”, diz.

O poder público deveria olhar mais para os artistas, pois foi um baque muito grande e afetou demais esse setor. Mas, se para toda essa situação, ficar em casa é a melhor opção para que voltemos mais rapidamente aos trabalhos, esse é o caminho.

Ser músico em tempos de pandemia

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Gabrera conta ainda que, nesse último ano, em meio a todos os entraves causados pela pandemia de COVID-19, ele aproveiou para trabalhar mais em seu novo álbum e também fez algumas lives: “Participei da Live Show da Liza Feichas, também do Festival Rock Jam Uai, do pessoal da banda Carcádia, de Santa Rita do Sapucaí, e também participei do Festival Natalino organizado pela Prefeitura de Itajubá graças aos recursos da lei Aldir Blanc. Fiz algumas lives em casa mesmo”. Ele observa que, felizmente, em meio à realidade atual, ele nao depende exclusivamente da música para viver: “Acredito que o poder público deveria olhar mais para os artistas, pois foi um baque muito grande e afetou demais

esse setor. Mas, se pra toda essa situação, ficar em casa é a melhor opção para que voltemos mais rapidamente aos trabalhos, esse é o caminho. Penso que a pressão popular deveria ser nos governantes, por políticas públicas que atendessem às necessidades desse momento delicado, e não nas medidas sanitárias”, conclui.

GABRIEL GABRERA (35)99174-5310 /gabrera /gabriel.gabrera



Giro Por Aí

Disputas Radicais

Robô Black Dragon, da equipe Uai!rrior da UNIFEI, se destaca na 5ª temporada da BattleBots, campeonato mundial de robôs.

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Fotos: Uai!rrior

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urante a quinta temporada da BattleBots, campeonato mundial de luta entre robôs, a equipe Uai!rrior, da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), esteve presente com o robô Black Dragon, sendo representada por oito de seus membros: Gabriel Gomes Maia, Gabriel Silveira Teles, João Marcos Giacometti Cavalheiro, Luís Gustavo Rufino de Souza, Mateus Cintra Costa, Moisés Araújo de Moura, Murilo Sanchez de Oliveira e Tarcísio Rezende Madeira. O combate, que foi ao ar em 11 de março, contra Ribbot, foi uma importante luta para levar a equipe à semifinal da competição. Ainda sem data prevista de estreia no Brasil, os episódios dos combates estão sendo transmitidos pela Discovery Channel USA. Segundo seus integrantes, a Uai!rrior, fundada há mais de 20 anos nas dependências da UNIFEI, almejava, desde o início, uma vaga nessa importante competição, e o sonho foi realizado pela segunda vez. "Estamos imensamente gratos por todas as oportunidades que culminaram em nossa participação nesta temporada, bem como a posição alcançada dentro da competição". Eles reconhecem que "todo o processo para as competições foi composto por desafios, e a preparação do Black Dragon colocou-nos

inúmeros problemas, como a busca de parceiros, a demora para a confecção e a chegada das peças usinadas, a soldagem de novas saias - estruturas de proteção frontal dos robôs - e a aquisição e produção de peças de reposição, que, se somadas, proporcionariam a construção de três Black Dragons completos". Com a pandemia causada pela COVID-19, o evento foi reagendado, os desafios da equipe foram ampliados e as esperanças de que o evento ocorresse foram reduzidas. O sonho, então, foi também ficando mais distante, visto que a fronteira do Brasil com os Estados Unidos da América (EUA) havia sido fechada. Porém uma luz no fim do túnel surgiu com a possibilidade de tomar uma rota alternativa para os EUA, fazendo uma estadia no México, no qual uma quarentena de duas semanas serviu como um sopro de ânimo e união para a equipe, como também uma pausa para reforçar os treinos dos pilotos e estudo dos oponentes. Após esse período, os integrantes da Uai!rrior seguiram viagem para o destino final. Com a chegada em solo norte-americano, a primeira impressão foi como um choque de realidade para a equipe, que encontrou uma competição completamente nova e com desafios


e robôs diferentes dos que estavam acostumados a enfrentar no Brasil. Ao perceber que estava preparado para enfrentar esse novo obstáculo, o time mostrou-se motivado. A primeira luta da equipe na temporada foi contra o robô Kraken. "Conquistamos a vitória, e com ela o alívio de perceber que estávamos preparados. Assim iniciamos nossa jornada na quinta temporada", disseram os integrantes. No segundo combate, contra o robô Claw Viper, a equipe também obteve vitória por KO. Mais detalhes e a análise feita estão no Instagram da equipe: @uairrior. A terceira luta foi contra o robô CopperHead, em que a equipe foi derrotada, porém o Black Dragon fez uma boa atuação, mantendo-se seguro durante todo o enfrentamento. "Foi necessária a intervenção dos juízes para a decisão final. Esse fato mostrou, principalmente para a equipe, que podíamos alcançar um prêmio tão almejado, enfrentando um robô tão bem avaliado na competição", explicaram os membros da Uai!rrior. Em seguida, a equipe enfrentou o robô SlamMow e teve um grande desempenho, conseguindo um nocaute aos dois minutos de luta. "Durante essa batalha, colocamos nosso fogo em prova, o qual funcionou durante todo período do combate", detalharam os integrantes. Mais à frente, a Uai!rrior deparou-se com um dos robôs mais antigos e com maiores Win Rates da competição, o Tombstone. "Sempre foi um sonho da equipe enfrentar esse adversário tão tradicional. Foi uma luta em que o time se dedicou muito, construindo uma proteção frontal saia - específica para esse desafio. Começou, então, o combate e, após algumas pancadas grandiosas, o Tombstone, assim como o Black Dragon, tiveram suas armas danificadas, não conseguindo usá-las durante o restante da partida", disseram. Após os três minutos de luta, e de muita agressividade do Black Dragon, os juízes votaram unanimemente a favor do time da UNIFEI: "Cada luta para nós é um desafio. O próximo embate contra Ribbot, nos levará para a semifinal da competição. Fiquem ligados em nossas redes sociais para não perderem nenhuma notícia do Black Dragon", concluíram os membros da Uai!rrior.


G9 Informa

Construindo Futuros

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Ensino Médio do Curso G9 adota Itinerários Formativos da BNCC

Protagonismo Juvenil

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De acordo com Marcia Gil, o objetivo dos Itinerários Formativos é oferecer aos estudantes uma formação à parte do núcleo comum de disciplinas obrigatórias (Linguagens e Matemática). O aluno escolherá, dentre os itinerários oferecidos pela escola (veja ao final do texto), aqueles que se encaixam em suas preferências e intenções de carreira. “Acredito que, assim, o Ensino Médio será mais atrativo do que aquele que sempre preparou o aluno para ‘passar no vestibular’, com

Divulgação

Ensino Médio do Curso G9 adotou, a partir do ano letivo de 2021, os Itinerários Formativos, previstos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Eles contemplam as áreas de Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas. Também há o Projeto de Vida, que será trabalhado nos encontros dos itinerários na medida em que for oportunizada a reflexão sobre o projeto de vida de cada aluno. Na prática, os Itinerários Formativos são uma das grandes mudanças propostas pela reforma do Ensino Médio (Lei nº 13.415/2017). Formam um conjunto de disciplinas, projetos, oficinas, núcleos de estudo, dentre outros formatos de situação de trabalho que os alunos escolherão fazer. A lei exige que os itinerários sejam voltados ao empreendedorismo, à investigação científica e à mediação e intervenção sociocultural. “O Curso G9, sempre atento às necessidades e mudanças do mundo e cumpridor da legislação educacional, desenvolveu projetos piloto de itinerários durante um ano e meio. Em 2021, implantou os itinerários em seu formato legal, definidos a partir do diagnóstico das demandas dos jovens de nossa escola”, explica a coordenadora pedagógica do Ensino Médio e do Pré-vestibular, professora Marcia Gil de Souza.

aprofundamento excessivo em todos as áreas do conhecimento, sem respeitar as preferências dos jovens”, destaca. “No formato do itinerário, o Ensino Médio pretende atender às necessidades e expectativas dos alunos, fortalecendo o protagonismo juvenil na medida em que possibilita-lhes escolher os itinerários formativos nos quais desejam aprofundar os conhecimentos”, completa. Para ela, “a experiência tem sido motivadora” para a instituição e para os alunos. “Vamos vivenciar, acompanhar, avaliar e ajustar os itinerários na medida em que se fizer necessário, para que os jovens possam utilizá-los como mola propulsora para seu projeto de vida, fazendo escolhas de maneira mais consciente”, finaliza. Confira os Itinerários Oferecidos pelo Curso G9 para os alunos do Ensino Médio.



A coordenadora pedagógica do Ensino Médio e do Pré-vestibular, professora Marcia Gil de Souza

Linguagens Argumentação e Pensamento Crítico I (1ª série) - Professor João Eduardo Sita Argumentação e Pensamento Crítico II (2ª série) - Professor João Eduardo Sita Espanhol I (1ª série) - Professora Eloíza Montanari Espanhol II (2ª série) - Professora Eloíza Montanari Pesquisa Científica Interdisciplinar em Projetos (1ª e 2ª série) - Professores Anabel Faria Floriano, Marília Gil, Erikson Luz e João Sita.

Matemática Isto é Matemática e Laboratório Steam I (1ª série) - Professores Francisca Batista, Mateus Bibiano Francisco e Vicente Carlos Martins Isto é Matemática e Laboratório Steam II (2ª série) - Professores Mateus Bibiano Francisco e Vicente Carlos Martins

Ciências da Natureza 14

Tópicos especiais de Química I (1ª série) -

Professor Glauber Luz Tópicos especiais de Química II (2ª série) Professor Edson Gonçalves Tópicos especiais de Biologia I (1ª série) Professor Melina Pasini Tópicos especiais de Biologia II (2ª série) Professor Camila Aparecida Tópicos especiais de Física I (1ª série) Professor Kléber Luiz Tópicos especiais de Física II (2ª série) Professor Kléber Luiz

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Ciências Humanas Empreendedorismo social e intervenção sociocultural I (1ª e 2ª série) - Professor Erikson Luz Relações internacionais I (1ª e 2ª série) Professora Marília Gil

CURSO G9 Av. Dr. Jerson Dias, 175, Bairro Estiva Itajubá (MG) | Tel.: 35 3623-1877 /cursog9itajuba /CursoG9


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Viver Bem

Depressão

Brasil bate recordes de casos. Posso estar com depressão sem saber?

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esquisa recente da UERJ apontou que os índices de depressão dobraram no Brasil depois da pandemia. E antes disso o Brasil já era considerado o 2º país com mais casos do mundo e o 1º da América Latina. Mas o que é depressão? É uma doença, caracterizada por mudanças de comportamento, de pensamento e de humor. Segundo a OMS, é a maior causa de incapacitação no mundo. Nem todas as pessoas que estão com depressão “choram à toa”. Não é uma fraqueza, falta de fé ou “falta do que fazer”, como se diz no popular. E, da mesma forma que “oração e muito trabalho” não são capazes de curar uma cárie, por si só, sem que se vá ao dentista, a depressão também precisa de tratamento para ser superada. Seu surgimento pode não ter motivo aparente. Noutras vezes pode estar relacionada com fatos tristes ou perdas, mas nesses casos se difere da tristeza e do luto normais. A pessoa com depressão tem dificuldade em assimilar perdas e superá-las. Segundo o famoso pesquisador, Aaron Beck, esse transtorno se caracteriza por pensamentos negativos, invasivos e persistentes a respeito de si próprio, do futuro e do mundo. No nível físico os sintomas variam, desde falta ou excesso de sono, falta de energia e ânimo, ansiedade, irritabilidade, falta de concentração, mudanças no apetite ou libido. Ideias como culpa, autodepreciação e suicidas podem estar presentes. Dois sintomas são mais importantes: o primeiro é o “humor deprimido”, que não se apresenta somente como tristeza, mas também pela sensação de vazio ou falta de esperança. Outro é a perda de interesse em coisas que, antes, a pessoa considerava prazerosas. Um conjunto desses sintomas têm que persistir por pelo menos 2 semanas para se configurar depressão. Esse transtorno pode ter causas diversas: genéticas, familiares, ambientais, hormonais, neurológicas, induzida por substâncias ou

doenças, entre outras. A pessoa com depressão não tem culpa nem controle sobre os sintomas. Ela precisa de acolhimento, por parte da família, e de tratamento psicológico, psiquiátrico (medicamentoso) ou ambos combinados, dependendo da gravidade. É um mal que pode acometer crianças a idosos, e pode levar a perdas profissionais, divórcios e até ao suicídio. Hoje em dia, com a “obrigação-de-ser-feliz” estampada nas redes sociais, muitas pessoas disfarçam os sintomas da depressão e não procuram ajuda, por destoarem do que acham normal. Outro problema é a falta de atenção aos sentimentos, e a dificuldade de encontrar um lugar para desabafá-los. Tudo isso só piora um problema que já é grave, e a que todos devemos estar atentos. Por MARCELO CUNHA, psicólogo (CRP04/48283), terapeuta familiar, especialista em Psicologia Analítica e membro do Núcleo de Estudos do Sonho da SBPA/SP. (35) 99822-7500 | 99100-7060 psicologomarcelocunha@gmail.com




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Moda e Estilo

Tendências pós-pandemia Conheças as tendências que vieram para fica em tempos pós-Covid

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ssim como a moda passou por transformações após grandes momentos históricos, também são esperadas algumas mudanças de comportamento e novas tendências após esta crise mundial. Muitas delas já estavam em processo antes da pandemia e agora estão se consolidando. Ainda é incerto dizer quando tudo estará sob controle e como será a readaptação ao convívio social, mas de acordo com alguns escritórios de pesquisas de tendências, já é possível fazer algumas apostas do que permanece e o que muda na moda e no varejo de moda após este período.

mais larguinhas ou maxi devem permanecer em alta até mesmo em ambientes corporativos, com as devidas adaptações.

Conforto

Brechós

Ficar em casa mudou as escolhas na hora de se vestir. Roupas justas e sapatos de salto deram lugar a texturas macias, tecidos naturais e calçados flats. Comfy, loungewear... independente do nome, a ideia é adequar o dress code supercasual para outros ambientes, mesclando cortes, modelagens, tecidos e tamanhos. Roupas

Vintage é o novo chique. Roupas com história, qualidade, estilo e preços honestos fazem dos brechós uma forte tendência, assim como os guarda-roupas compartilhados. Além de permitirem looks exclusivos, estes modelos de lojas colaboram na diminuição do impacto ambiental causado pela indústria da moda.

Sustentabilidade Não basta adotar sacola de papel se a marca utiliza matéria-prima e processos que agridem a biodiversidade do planeta ou se não oferece salário justo e ambiente saudável para seus funcionários. Greenwashing (falso sustentável) não cola mais. O consumidor quer transparência, empatia e ética em todos as etapas, além de produtos durável e de qualidade.



Personalização

Design

A moda em escala do fast fashion não vai acabar, mas a procura por peças handmade e sob medida é crescente. Aí cabe tanto o trabalho das costureiras e ateliês até o das marcas maiores que terão de compreender as necessidades e perfil do novo consumidor antes de “empurrar” suas criações. O conceito vale para outros tipos de produtos e serviços.

Após um longo período consumindo apenas o essencial, é esperado um desejo pessoal de recompensa com algo que traga alegria e seja funcional. Assim, os designs inovadores e bem projetados terão o seu lugar garantido no gosto do consumidor, tanto de roupas, sapatos, acessórios como de objetos de decoração para casa, escritório, utensílios para culinária, etc.

Feito no Brasil

E-commerce

Feito no Brasil é um movimento criado pelo Bureau de Estilo ReA e a Rodhia, em 2014, que prestigia e incentiva toda cadeia produtiva da moda brasileira comprometida com valores éticos, sustentáveis, emocionais e de comércio justo. Cada vez mais fortalecido, o #FeitoNoBrasil visa uma mudança cultural que inclui produção, venda e compra regional de forma consciente.

Durante a pandemia, as pessoas passaram a fazer menos compras, mas quando desejam algo as lojas on-line e marketplaces são bastante eficazes (os números das principais datas do varejo, comprovam. Veja a matéria na edição XXX). Um hábito prático, cômodo e seguro que vem conquistando novos adeptos. A marca ou loja que estiver fora da rede, certamente vai perder negócio.

Calendário de coleções

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A antecipação de tendências de primaveraverão, alto-verão, outono-inverno, alto-inverno tendem a se limitar à lançamentos pontuais, específicos da estação vigente. Como o ritmo de produção e consumo diminuíram, não fará sentido adiantar coleções. O que é bom, pois dará tempo para assimilar as tendências e comprar de forma menos impulsiva.

Por KÁTIA GOMES Jornalista, pós-graduada em cenografia e figurino e com especialização em consultoria de imagem para o varejo. /refinariadeestilo /refinariadeideias



Especial

Quanto vale um sonho?

Guia da Mantiqueira completa 8 anos de circulação initerrupta em Itajubá e região.

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ão é tarefa simples resumir 8 anos de trabalho em um infográfico! São 8 anos de histórias bem contadas, de memórias revisitadas, de conhecimento adquirido, de surpresas agradáveis, de registros da cultura, dos costumes, das ideias de uma rica região chamada Sul de Minas Gerais. A revista Guia da Mantiqueira resiste ao tempo e se adapta constantemente, oferecendo o que há de melhor ao nosso leitor e aos nossos anunciantes. Não é por acaso que somos o material impresso, neste formato, com maior tempo de vida em Itajubá e, muito provavelmente, na região. Mesmo com o boom das redes sociais, não nos rendemos, e passamos a disponibilizar também o conteúdo da revista no formato online, nas mídias sociais e no site www.guiadamantiqueira.net.br. É uma prova de resiliência e da capacidade de adaptação a novos cenários. Vamos nos superando a cada edição e o que nos move é ver que não tem preço poder contribuir para a disseminação do conhecimento, ainda mais em tempos “sombrios” de desinformação e fake news.

97 edições

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Tentamos reunir, no infográfico ao lado, alguns momentos desses 8 anos. Da primeira edição até agora - totalizando 97 edições -, já passaram pelas páginas do GdM personalidades da música, do teatro, do esporte, da política; profissionais das mais diversas áreas, médicos, educadores, artistas, fotógrafos... Cobrimos eventos - de shows a lançamentos de livros -, enaltecemos as cidades que fazem parte da região do Alto Sapucaí com suas histórias e as memórias. Falamos sobre temas em saúde e educação, sobre empreendedorismo, negócios e tecnologia. Escrevemos sobre moda, psicologia, beleza e mercado pet! Mostramos os recantos mais escondidos na imponente Serra da Mantiqueira, com suas cachoeiras, picos e

montanhas, além da gastronomia típica dos mineiros. Divulgamos a terra que você tanto ama! Enfim, estivemos e estamos presentes na vida de cada leitor, de cada pessoa que nos relata sua relação com o Guia da Mantiqueira, seja por já ter folheado alguma revista por aí ou por colecionar e fazer questão de guardar todas as edições: sim, há pessoas admiráveis que colecionam, as quais somos muito gratos! Também somos gratos a você, que tem esta edição em mãos ou que está lendo online! E aos nossos anunciantes, grandes responsáveis por esse projeto estar resistindo às tempestades!;) Muito obrigada!



Lançamento

Sobre amor e outros temas Eloésio Paulo, professor da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), lança livro de poemas “O amor é um assunto imbecil & outros poemas taquigráficos”. Confira!

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No bloco de notas

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O título “O amor é um assunto imbecil & outros poemas taquigráficos”, de acordo com Eloésio, reflete a organização que tem buscado fazer em suas escritas. “Usei esse título porque tenho pensado em reorganizar minha obra em função de alguns cortes transversais. Um deles seria o dos poemas que falam de amor, e aproveitei para fincar minha bandeira no título. Ele surgiu de uma fala minha sobre o livro ‘A arte de amar’, do poeta latino Ovídio, em uma mesa

Fotos: Arquivo Pessoal

urante a pendemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19), músicos e escritores encontraram formas de manter viva a expressão artística para aliviar angústias e continuar provocando emoções e questionamentos. Este foi o caso de Eloésio Paulo, professor do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), um escritor voraz, que em meio à pandemia, produziu o livro de poemas “O amor é um assunto imbecil & outros poemas taquigráficos”. “A ironia é um grande antidepressivo para mim”, afirma Eloésio. Lançada pela editora Dubolso, a coletânea reúne 74 poemas do autor, a maioria escrita durante o outono e o inverno de 2020, período em que ele afirma ter sido uma “tentativa de reorganizar a vida em função da pandemia. Segundo Eloésio, a seleção dos poemas foi feita conforme a afinidade de temas, o que leva o leitor a reconhecer uma progressão dos assuntos na obra, iniciando-se no amor, passando para política e depois religião, sem deixar de fora episódios reais e imaginários da infância do autor e do próprio ofício da poesia. “Apesar da mudança constante, os poemas são unificados pelo tom irônico quase onipresente. A ironia é um grande antidepressivo para mim”, enfatiza.

organizada por meu colega Wellington Lima. O subtítulo ‘poemas taquigráficos’ vai por conta de que todos os poemas foram escritos no bloco de notas do meu celular”, revela o escritor. Um convite à parte para mergulhar nas páginas dos poemas do autor é a leitura da apresentação da obra, assinada pela mestra em Literatura e Crítica Literária pela PUC-SP, Paloma da Silveira Leite. “Ao longo do texto, percebemos que se trata de um poeta que muito se dedicou a pena e o coração ao amor e, por isso, se permite dizer e contradizer-se sobre o assunto, por vieses entre o sarcasmo e o lirismo, usando sobretudo da graça – sendo a graça, aqui, tanto o gracejo e o gracioso quanto o dom sobrenatural”, descreve. O autor revelou haver um poema nessa coletânea pela qual nutre especial carinho: “Bicho-de-pau-podre expressa meu sentimento a respeito de muitas pessoas que eu julgava conhecer e, desde certos episódios recentes de nossa história política, revelaram certos predicados que eu nunca havia imaginado nelas.” O livro ainda está sem data de lançamento, no entanto, quem tiver interesse em conhecer mais esta obra do autor pode entrar em contato pelo


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Homenagem

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E agora, Brunão?

m 2013, lançávamos a revista Guia da Mantiqueira e o momento era de conquistar clientes e conhecer pessoas. Uma dessas pessoas que se tornou muito mais do que um parceiro comercial, mas um grande incentivador da revista e amigo, foi Bruno César Moraes Mendes, ou Brunão, como era mais conhecido por todos! Por uma dessas ironias da vida, Bruno faleceu em março de 2021, e gostaríamos de deixar aqui registrada a nossa homenagem a um cara alegre, carismático e que tinha um grande coração. Sócio-proprietário da Ápice Móveis Planejados, deixou a sua marca em projetos como o Bloco Gafanhoto Verde, empenhando-se no resgate do bom Carnaval de rua em Itajubá; além do Jacaré Lelé, personagem para crianças, e a Turma do Urubú Tantã. Também atuou no movimento Ajuda Ita, de assistência social, e fazia parte do grupo musical Trio Garappa. Sentiremos a sua falta! Nossos sentimentos e abraços fraternos aos familiares, Débora e filhos, pais e irmãos.

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Bruno e Adilson Santos, diretor comercial do Guia da Mantiqueira no Bloco do Gafanhoto, em 2015

Bruno sempre à frente do Gafanhoto Verde, bloco que idealizou e dirigiu, resgatando a tradição do Carnaval de rua em Itajubá

Apoio e parceria com a revista Guia da Mantiqueira no Festival de Inverno de Maria da Fé em 2013



Top Social

Fenômeno Mundial

Foto: Reprodução - Felipe Rau/Estadão

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infectologista Dr. Esper Georges Kallás, médico do Hospital das Clínicas de São Paulo e pesquisador e professor titular do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), foi um dos profissionais agraciados com a medalha Armando de Salles Oliveira, a mais alta honraria concedida pela USP, por sua contribuição no enfrentamento da pandemia gerada pelo coronavírus (COVID-19). A condecoração foi criada em 2008 para homenagear pessoas, entidades e organizações que contribuem para a valorização institucional, cultural, social e acadêmica da USP e leva o nome do governador do Estado de São Paulo que assinou o decreto de criação da Universidade de São Paulo no ano de 1934. Dr. Esper foi indicado por sua extraordinária atuação em ações preventivas e de tratamento da infecção pelo SARS-CoV-2 aliada ao seu desempenho no Grupo de Trabalho da USP, no programa Vital Cure e no estudo clínico da vacina CoronaVac. Como médico e pesquisador, escreve semanalmente para o renomado Jornal Folha de São Paulo, onde fala sobre doenças infecciosas.

Graduado pela Faculdade de Medicina de Itajubá, em reconhecimento ao estado atual da pandemia COVID-19 no Brasil e sensibilizado com a situação de Itajubá e do Hospital de Clínicas, pelos quais possui grandes laços afetivos, recentemente Dr. Esper Kallas disponibilizou uma visita técnica com parte de sua equipe ao Hospital. Na ocasião, ele expôs conhecimentos relacionados à vacinação, tratamentos alternativos sem respaldo científico para a COVID-19, dentre outros assuntos relevantes.

Por SAMIRA KALLAS,

colunista social, pessoa super de bem com a vida e proprietária da loja Mimos Presentes Inesquecíveis, em Itajubá (MG) /mimospresentesinesqueciveis



Gastronomia Confira aqui, com exclusividade, as melhores dicas gastronômicas do Veja mais no

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Ao ponto, por favor!

om produtos especiais, a Primmus Boutique de Carnes trouxe um novo conceito de açougue gourmet para inovar o mercado de carnes em Itajubá e Pouso Alegre. A localização é privilegiada e o espaço tem tudo o que você precisa em cortes especiais de carnes e peixes, cervejas importadas e artesanais, vinhos, temperos e acessórios para quem busca produtos diferenciados. Em um mesmo espaço, os clientes têm acesso ao açougue gourmet, prateleiras com iguarias e bebidas e, inclusive, um ambiente para saborear os cortes vendidos na loja, que podem ser preparados na hora. O ambiente conta com uma churrasqueira na parte interna onde você pode aguardar para provar a sua carne tomando uma das cervejas ou chopp oferecidos pela casa. Além disso, está liberado levar os pequenos, eles também têm um espaço kids que dá até vontade de voltar no tempo pra curtir junto. E como nem só de carne se faz uma reunião especial, pra acompanhar há pão de alho, queijo coalho da melhor qualidade, linguiças temperadas e recheadas, uma batata frita deliciosa, vinagrete e farofa crocante da casa. Se você preferir, pode optar também pelo hamburguer, que é sensacional! O pão australiano é o melhor! Super macio e com flocos crocantes. O hambúrguer é suculento, bem servido, e o tempero é extremamente saboroso. O bacon bem sequinho, cheddar de primeira e a cebola caramelizada que dá aquele toque final. A gente sente que os ingredientes são realmente prime! É fato que ninguém resiste à uma carne bem-preparada. E, além de saborear os pratos por lá, você pode levar tudo isso pra casa. E pra nós brasileiros, não é necessário nem mesmo um

Foto: Tasty Itajubá

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