Guia da Mantiqueira - Edição 78 - Junho 2020

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DA MANTIQUEIRA 8 ANOS

ano 8 ed 87 junho 2020 cortesia

GUIA

Artistas do Bem


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GUIA

ano 8 edição 87 junho 2020 cortesia

DA MANTIQUEIRA GuiadaMantiqueira

@guiadamantiqueira

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Há 32 anos, ele se tornou itajubense de coração e aqui construiu a sua vida: conheça a história do médico e empreendedor Dr. Roberto Bob.

Serra da Moeda: Conheça as montanhas de Minas Gerais e programese para explorar e viver esses locais de intensa e diferenciada beleza.

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Em clima de romance, confira as homenagens prestadas por vários casais em comemoração ao Dia dos Namorados, celebrado em 12 de junho.

A Família Maduro tem em seu currículo a restauração de duas relíquias da história do automobilismo: um Ford 1929 e um Roadster, da Willys Roverland, de 1926.

CONVERSA FRANCA

TOP SOCIAL

MONTANHAS DE MINAS

GIRO POR AÍ

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Conversa Franca

Coragem Para Vencer Há 32 anos, ele se tornou itajubense de coração e aqui construiu a sua vida: conheça um pouco sobre a história do médico e empreendedor Dr. Bob

Início de Carreira

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“Logo que me formei passei num concurso e fui chamado para trabalhar no Paraná. Mas recebi convite para atuar no antigo Hospital Escola e voltei para Itajubá. Aqui realmente iniciei a minha carreira como médico e os desafios foram muitos, principalmente financeiros, pois eu tinha que arcar com o crédito educativo que recebi durante a faculdade. Atuei em Delfim Moreira, Marmelópolis, Cristina, Brazópolis, Santa Rita do Sapucaí e Maria da Fé (até hoje). Também atuei por muitos anos no Ceam, na Mahle e no Sispumi, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Itajubá.”

Fotos: Arquivo Pessoal

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oberto Garcia Sorgi - o Dr. Bob -, tem 50 anos de idade e nasceu em Barretos (SP). Itajubense de coração, ele reside no município há 32 anos: “Mais da metade da minha vida”, como diz. Itajubá entrou na vida de Bob quando ele se tornou universitário e escolheu tornar-se médico. Filho único de uma família muito simples - o pai era gráfico e faleceu quando Bob tinha apenas 10 anos de idade, e a mãe merendeira, eles se pautaram pelos bons valores de uma família cristã: “Itajubá me deu graças que eu nem imaginava, como a Elizangela. Nos apaixonamos, casamos e temos uma família maravilhosa com nossos maiores bens: Caio, de 18 anos, e Felipe, de seis. Minha mãe e os pais da Elizangela vivem aqui em Itajubá conosco”. Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Itajubá, Dr. Bob é especialista em cirurgia geral e em cirurgia vascular. Fundou a Clin-Med, empresa especializada em gestão de saúde, e já são 20 anos de atuação na área. “Gosto demais de Itajubá e tenho carinho enorme pela cidade, terra que me acolheu e proporcionou tudo que aconteceu de bom na minha vida”, disse Dr. Bob em entrevista ao GdM. Confira mais a seguir!

Empreendedorismo “A Clin-Med é uma empresa especializada na gestão de saúde. São 20 anos de fundação e, hoje, atuamos em 43 municípios: 41 em Minas Gerais e mais dois no estado de São Paulo Somos 1.500 colaboradores diretos e indiretos. O início foi complicado, como é para todo o empreendedor no Brasil. Muito trabalho e uma carga tributária enorme sem contrapartidas dos governos. Havia pouquíssimos recursos no começo. Para você ter ideia, a Elizangela montava as escalas de plantão, uma a uma, na máquina de escrever, de madrugada, depois de ter encarado turno de trabalho durante o dia todo. Quando havia imprevisto, eu que cobria plantões. Nada, absolutamente nada na nossa história veio fácil. E temos muito orgulho disso.”

Projetos Sociais “Tanto eu como a empresa colaboramos em diversas frentes e temos a responsabilidade social como um dos nossos pilares. Mas prefiro não revelar porque não há necessidade de se


divulgar esse tipo de ação. Não queremos mérito por algo que fazemos de coração.”

O Estudante de Medicina “Cheguei em Itajubá em 1988 para estudar na faculdade. A cidade era menor e as faculdades também eram menores em quantidade de alunos, como a própria FMIt, a Fepi, a Facesm e até mesmo a Efei. Então dava a sensação de que todos os universitários se conheciam e os points eram o Albatroz e o DA Cultural. Havia uma ‘disputa’ entre Medicina e Efei, mas tudo muito saudável. Eu morava na casa da D. Ana, no Morro Chic. Ela era mãe da Fátima, esposa do Dr. Carmo. A amizade começou ali, assim como vários outros colegas que mantenho contato até hoje. Sempre que dava, eu ia de ônibus para a faculdade, tinha uma linha Hospital-Medicina. Como não tinha dinheiro para quase nada, trabalhava como locutor na Jovem FM, professor no Anglo e barman no Albatroz. Época muito boa mesmo! Só tenho boas lembranças. Para você ter ideia, eu tinha cabelo (risos), cortado pelo Menotti. Uma vez ele cortou uma franjinha que fez o maior sucesso entre as meninas e eu era

bastante namorador. E eu era magro, viu!w Tenho 1,77 e pesava naquela época 58kg. Hoje não revelo meu peso de jeito nenhum! (risos)”.

Motivação Pessoal e Educação “Olha, tive a bênção de conseguir crédito educativo naquele período. O crédito vinha e custeava todas as despesas de um estudante. Tenho muito a agradecer a Mariza Mohallem, gerente da Caixa naquela época, que foi minha fiadora. Hoje em dia, a situação é outra com programas que não contemplam todas as necessidades dos estudantes. É muito triste ver um jovem com um sonho e desiludido por falta de recursos. De imediato, talvez haja possibilidade de acordos e financiamento com a própria faculdade privada. Mas creio que a solução está a médio prazo: se o investimento é feito na base, ensino fundamental e médio, os alunos da rede pública têm mais condições de competir de igual para igual com os da rede privada por uma vaga nas federais, porque o que vemos hoje são estudantes de escola particular com maiores notas do Enem e maiores chances nas universidades públicas.”


Empreendedorismo x Pandemia

Polarização Política

“Empreender no Brasil, quando o governo é seu sócio-majoritário, não é para os fracos. Parabenizo todos os empreendedores, verdadeiros guerreiros, pela coragem e, principalmente, pela geração de empregos. São os pequenos e médios que mais geram postos de trabalho. Amigos, crises sempre existiram e existirão. Reflitam sobre seu negócio, sobre como podem adaptá-lo à pandemia. E não sofram sozinhos. Sei que deve bater um desespero certos momentos, mas converse com um amigo, familiar e até mesmo seu padre ou pastor. Ter fé é importante para manter a coragem.”

“Me considero um humanista. Acho que precisamos começar a avaliar quais as vantagens desses rótulos. Foi a partir dessa rotulação que hoje nos encontramos nessa polarização que só trouxe prejuízos. Não canso de dizer: chega de extremismos, há gente boa e gente ruim em todos os lados. A triste sensação é que estamos diante de um Fla Flu interminável, onde os torcedores querem vencer no grito. E veja bem a que ponto chegamos. Muitos eleitores estão se travestindo de torcedores fanáticos (isso em ambos os lados) onde a paixão pelo time político prevalece sobre o bom senso. Gente, parem de criar políticos de estimação!”

Pandemia de Covid-19

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“É impossível prever qualquer coisa. O que estamos vivendo é tão inédito que nem os governantes conseguem tomar decisões 100% acertadas. Estamos trocando o pneu com o carro a 90km/h. Nem sabemos se, mesmo após vacina e tratamento, voltaremos à normalidade como a conhecemos. Mas uma coisa é certa: devemos confiar na ciência, nos proteger e ser positivos. Sem tratamento e vacina, por hora o que nos resta é a prevenção. Higienizar as mãos corretamente com água e sabão sempre que possível ao longo do dia inteiro e usar álcool em gel nos intervalos dessas lavagens e toda vez que tocar superfícies, principalmente fora de casa. As máscaras vieram para ficar e devem ser usadas diariamente e lavadas da forma correta também. Mas, acima de qualquer coisa, manter o máximo distanciamento social possível. Estamos numa situação mais sossegada em Itajubá e região quanto aos números da Covid-19, mas não podemos relaxar. Quem puder trabalhar e ficar em casa, fique. Não exponha você nem quem você ama ao perigo desta doença. Vamos vencer essa batalha mais rápido se todos estivermos unidos quanto à prevenção.”

Ter fé é importante para manter a coragem.”

Envolvimento em Política: Razões “Porque tenho certeza de que posso ser um bom governante para os itajubenses. Conquistei muitas coisas na vida, e todas elas aqui em Itajubá. Tenho extrema gratidão pela cidade que me recebeu de braços abertos. Sinto que tenho muito a retribuir. Além disso, a Clin-Med, que está hoje em 43 municípios, proporcionou que eu conhecesse de perto os sistemas de saúde de cada um deles, me levando a crer que é possível fazer muita coisa boa aqui em Itajubá. Ou seja, a minha vida profissional como médico e empresário também me levou à política. Sobre a campanha para deputado estadual, hoje vejo que foi um preparo para este chamado que estava por vir: Itajubá em 2020. CLIN-MED Tel.: 35 3622-7919 / 9 9986-0189 www.clinmedmariense.com.br



Especial | Montanhas de Minas

Serra da Moeda

Conheça as montanhas de Minas Gerais e programe-se para explorar esses locais de intensa e diferenciada beleza Fotos: Imagens de Internet

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Serra da Moeda é uma das cadeias de montanhas que formam a Serra do Espinhaço, em Minas Gerais. Basta percorrer um caminho de apenas 25 quilômetros, partindo do centro de Belo Horizonte, para deslumbrar-se com um dos ângulos mais fantásticos das montanhas mineiras. Com uma extensão de 70 quilômetros, a Serra da Moeda se destaca pela beleza e por apresentar condições favoráveis para a prática do voo livre. A cordilheira tem, aproximadamente, 1.500 metros de altitude e possui uma rampa natural que atrai pilotos de parapente e asa-delta de diversos lugares do mundo. Para quem prefere se aventurar com os pés no chão, uma das alternativas é caminhar pelas trilhas ecológicas. Eventualmente, o local ainda conta com atrações diversificadas como cavalgadas e passeio de balão. Muitas pessoas associam a Serra apenas ao município de Moeda, no entanto, a série de montes se estende até as cidades de Brumadinho, Nova Lima, Itabirito, Belo Vale e Ouro Preto. Estudiosos afirmam que a origem do nome está ligada ao registro histórico de que a região teria abrigado

a primeira fábrica clandestina de dinheiro no Brasil, ainda nos tempos de colônia. Descobriu-se por lá a existência de sítios arqueológicos préhistóricos com pinturas rupestres e cerâmicas dos índios que habitaram a região. Atualmente, as maiores riquezas do local são o turismo, a gastronomia e, em alguns pontos, a exploração de minério de ferro. A ONG Abrace a Serra da Moeda realiza um ato de abraço simbólico a cadeia de montanhas, no dia 21 de abril, em alusão à Inconfidência Mineira. O ato cobra preservação ambiental da cadeia rochosa e das nascentes do entorno, ameaçadas por grandes empreendimentos e pela exploração de minério. A região abriga mais de 30 nascentes que abastecem diretamente cerca de 10 mil famílias que vivem na região. Os mananciais também são importantes para a formação das bacias hidrográficas dos rios Paraopeba e Velhas, que distribuem água para região de BH.

Fonte: Prefeitura Municipal de Moeda www.moeda.mg.gov.br



G9 Informa

Ações Solidárias Online O Curso G9 apoia e sedia projetos sociais e, este ano, as oficinas solidárias migraram suas atividades para os espaços virtuais

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Curso G9 tem, em sua essência, o DNA social. Desde sua criação, há 25 anos, o colégio apoia ou sedia vários projetos e ações solidárias junto às instituições de Itajubá. Em todos, são os alunos, com mediação de professores e funcionários, que tomam a frente das atividades.

Este ano, em função do necessário isolamento social diante da pandemia da Covid-19, as oficinais solidárias migraram, temporariamente, suas atividades para os espaços virtuais. O objetivo é manter acesos esses importantes projetos pedagógicos, que estimulam a cidadania, a empatia, a solidariedade e o trabalho em equipe.

G9 Social

O projeto, que envolve alunos da 2ª série do Ensino Médio, lançou um site para receber doações neste ano. Basta acessar aqui para entrar no site, onde é possível se cadastrar para doar roupas, sapatos e acessórios. Tudo o que for arrecadado será comercializado durante a realização do Bazar Solidário, ainda sem data definida. O valor será revertido em ações sociais com a comunidade, por meio de materiais que a instituição escolhida necessite e da festa de Natal, intitulada Natal Solidário. Esse projeto interdisciplinar engloba as matérias de História, Geografia, Filosofia e Sociologia. O trabalho conta com o apoio, desde o início, da professora de História, Patrícia Ribeiro. Neste ano, tem auxílio do professor Erikson Thiago Lima Luz, de Filosofia e Sociologia.

O G9 Social é uma Oficina do Curso G9 que promove campanhas voltadas para instituições de assistência social à parcela da população em fragilidade social, e ONGs (Organizações Não Governamentais) que cuidam de animais abandonados. Esse novo grupo, derivado do Bazar Solidário, é aberto à participação de alunos de todos os segmentos de ensino e conta com apoio dos professores, Erikson Thiago Lima Luz, de Filosofia/Sociologia, e Patrícia Magalhães, de Língua Inglesa. Uma das primeiras atividades dessa oficina foi ajudar a antiga “Granja”. Com a quarentena, o projeto teve que ser adiado. Porém, ações solidárias estão sendo apoiadas pelo G9 Social junto às instituições itajubenses. O grupo já está, também, auxiliando o Santuário Jardim de São Francisco, que abriga mais de 200 animais, incluindo cachorros, gatos, porcos, galinhas, cavalos e outros. A maior necessidade da ONG, neste momento, é a a falta de ração, pois houve redução de doações nessa situação de pandemia.

Bazar Solidário 2020 /bazar.solidario.g9 https://bit.ly/360uUzK

G9 Social /G9Social /g9social

Bazar Solidário

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Capa

Alegria em Meio ao Caos Performance dos palhaços Limp Limp e Sabão diverte e ensina como as crianças e também os adultos devem se prevenir contra o Coronavírus

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ue o mundo ficou mais “cinza” diante desta crise mundial que estamos vivendo, não podemos negar. Porém, apesar do alerta intenso do perigo do novo Coronavírus (COVID 19), é possível sorrir e aprender ao mesmo tempo. “Somos os palhaços Limp Limp e Sabão e nossa intenção é divertir e levar informações de prevenção conta o Coronavírus. Mesmo com vários meios de comunicação alertando sobre a pandemia, pouco foi feito para conscientizar as crianças, que inclusive estão sem aula. Nosso objetivo é ensinar as pessoas dos bairros mais afastados da cidade de uma forma lúdica e divertida, a lavarem as mãos corretamente, evitando assim a disseminação da doença”, afirmam os atores Leandro Braga e Cássio Macedo. A menina Anna Mel parece ter aprendido bem a lição: “Eu apendi a lavar a mão corretamente e também como usar a máscara. Aprendi brincando”.

Ação voluntária As apresentações são voluntárias. O autor do projeto e ator, Rogério Silvestre, ressalta que o sorriso dessas famílias que assistem a apresentação é o melhor pagamento.“Convidamos vocês para, de dentro de casa, assistirem a encenação teatral que faremos, em cima de uma caminhonete parada, com os palhaços Limp Limp e Sabão”, avisa ele.

Dengue O foco na prevenção ao novo vírus fez com que as pessoas se descuidassem um pouco de outra “guerra”: a Dengue! Os casos vêm aumentando nos últimos meses em Itajubá. Diante disso, os palhaços incluíram na performance as dicas de cuidados para conter a proliferação do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da Dengue. Rogério Silvestre é ator há 21 anos e produtor teatral na empresa Rogério Silvestre Produções desde 2004. “Tenho orgulho de fazer esse projeto em parceria com a Clin-Med. Como trabalho há muito tempo com o público infantil, me senti tocado a fazer algo nesse momento tão difícil. O objetivo é educar, ensinar, informar e levar alegria para as crianças e suas famílias”, conclui. Por GUSTAVO CORTEZ Jornalista, “pai” da Branca e da Tequila (dogs), amante de Itajubá e da Serra da Mantiqueira!

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gucortez83@gmail.com


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Aqui Tem

“Engavetar”o Artista Em tempos de pandemia de Covid-19, a presença digital dos músicos e artistas em geral é importante para divulgar trabalhos e manter contato com o público

Músicas online

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Por mais que seja normal baixar as músicas dos seus artistas preferidos, é importante lembrar que os mesmos dependem daquelas escutadas e visualizações (principalmente quando são artistas locais e indendentes tentando alcançar o reconhecimento). Não basta mais baixar as músicas no pen drive e passar para os seus amigos. É quase a mesma coisa que pedir um álbum físico

Pixabay / Foto Daniel: Sven Wisnaes

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esses dias incertos que nós vivemos por causa do COVID-19, quando não se sabe quando nós, músicos, poderemos tocar um show ao vivo de novo, e o público não tem previsão de poder assistir a próxima apresentação, a presença digital do artista acaba se tornando cada vez mais importante. Logo antes de toda essa loucura de coronavírus se instalar e durante o processo de lançamento do último single da minha banda, no mês de março, conversava com um colega do meu serviço sobre uma campanha de PreSave para divulgar nosso trabalho e, por sua vez, sobre a importância e o “peso” das plataformas de streaming. “É, meu, os números e o desempenho nas plataformas dão uma visibilidade maior para o artista”, disse para ele. “Não adianta baixar nossas músicas e escutar no pen drive. Ninguém vai saber que você nos escutou.” “Entendi”, me respondeu ele, balançando a cabeça: “Basicamente, colocar no pen drive é como se fosse engavetar o artista.” A última frase que ele falou ficou na minha cabeça e realmente tocou em um assunto comportamental sobre o consumo de música que eu tenho visto aqui no Brasil, e como isso tem mudado nos últimos anos.

na faixa (digo, é até pior!). O mundo inteiro, e todas as suas músicas, estão online e são de fácil acesso hoje em dia. Não podemos engavetar os artistas locais com trabalhos independentes; agora mais do que nunca está na hora de fazê-los circular e, se Deus quiser, viralizar. Sugestões de pauta, críticas, comentários ou elogios? Anote o e-mail e entre em contato! Por DANIEL FRIEND, guitarrista da banda Os Gringos, pai do Nicolas e colunista do GdM daniel.friend1@gmail.com




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Viver Bem

Vivendo Sob Pressão Quais são os efeitos psicológicos do distanciamento social? E como enfrentá-los?

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m agosto de 2010, 33 trabalhadores ficaram presos na mina San José, no Chile. Após dois meses e uma semana acabava aquela história tão distante. Pois bem: quem imaginaria que 10 anos depois, e com toda a tecnologia atual, acabaríamos todos confinados, como aqueles mineradores? O distanciamento social é capaz de criar em nós reações imprevisíveis. Observamos isso no BBB. Quando os parentes dos “brothers” têm chance de falar livremente, normalmente expressam a surpresa com as reações deles na casa. Em estações espaciais, bases polares, submarinos e prisões observou-se a tendência a perda de identidade e embotamento emocional. Uma pesquisa com prisioneiros de solitárias relatou o aumento da ansiedade, instabilidade de humor e descontrole dos impulsos. Também ocorreram mais frequentemente ataques de pânico, episódios relacionados com depressão e perda de memória. Embora em uma situação menos dramática do que as relatadas aqui, pesquisadores alertam para as consequências do confinamento tão prolongado devido à pandemia, pois é possível haver sequelas. A perda de liberdade pode ocasionar manifestações súbitas de raiva, desamparo ou tédio, prejudicando sobremaneira a convivência. Pesquisa americana recente da Kaiser Family Foundation diz que 50% dos americanos teve sua saúde mental abalada com a pandemia resultado parecido apenas com os dados após o 11 de setembro. Embora não estejamos sem luz ou comida como em uma mina - o medo do desconhecido e da morte, e tantas perdas reais e simbólicas, não deixam a situação do mundo atual muito atrás. Vários serviços de atendimento à população já relataram o aumento de casos de ideação suicida, conflito familiar e violência doméstica. O estresse aumentado pelo confinamento pode fazer aflorar problemas psicológicos latentes, e abala de

forma ainda mais séria pessoas com distúrbios psicológicos já manifestos. Se você ou alguém do seu convívio tem apresentado um comportamento anormal, mais ansioso, irritadiço ou deprimido, é importante procurar ajuda especializada o mais rápido possível. Vários psicólogos, autorizados pelo CFP, tem atuado na pandemia através do atendimento online com sucesso. Além disso, focar no tempo presente e em tarefas objetivas ajuda a pessoa a se manter em seu eixo. Importante, agora mais do que nunca, manter uma disciplina de horários e atividades. Fazer exercícios fisicos, ligar regularmente para amigos e familiares, dormir e acordar cedo, alimentar-se em horários fixos, tudo isso aumenta a sensação de segurança e estabilidade. Outra dica é separar bem o trabalho da vida em família: ideal que aconteçam em cômodos distintos, com horários bem definidos e até com roupas diferentes. Poucas atitudes podem fazer muita diferença, ajudando seu cérebro a manejar essa crise. Por MARCELO CUNHA,

psicólogo e terapeuta familiar Atende em Itajubá e Pouso Alegre Tel.: (35) 99100 7060 psicologomarcelocunha@gmail.com



Top Social

Em Clima de Romance

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Dia dos Namorados, que em alguns países é chamado de Dia de São Valentim, celebra a união amorosa entre casais e namorados... Em alguns lugares também é o dia de demonstrar afeição entre amigos, sendo comum a troca de cartões e presentes com símbolo de coração, tais como as

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tradicionais caixas de bombons. Em muitos outros países, a data ;e celebrada no dia 14 de fevereiro. No Brasil, a data romântica é 12 de junho, véspera do dia em que também homenageamos Santo António de Lisboa, conhecido pela fama de "Santo Casamenteiro". Portanto, aproveite, pois o clima de romance está no ar!


Por SAMIRA KALLAS,

colunista social, pessoa super de bem com a vida e proprietária da loja Mimos Presentes Inesquecíveis, em Itajubá (MG) /mimospresentesinesqueciveis 23


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Sabor da Terra Confira aqui, com exclusividade, as melhores dicas gastronômicas do Tasty Itajubá. Veja mais no /tastyitajuba

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Combinação Perfeita

Fotos: Tasty Itajubá

aí pessoal?! Como estão passando por esse momento? Saudade de pegar estrada por aí também? Porque nós estamos! Pra matar um pouquinho a saudade, vamos te levar por aqui mesmo lá em Piranguçu. Dessa vez, no Picanha na Pizza. Pertinho, pertinho! Fica à 20 minutos de Itajubá. Como se não bastasse a pizza e a picanha serem maravilhosas por si mesmas, veio o pessoal do Picanha na Pizza e juntou as duas. Que pizza maravilhosa! Vem em uma chapa quentíssima, com molho, queijo borbulhando, catupiry original, cebola e iscas de picanha uruguaia super macia por cima! As bebidas são geladíssimas e a cerveja no ponto “canela de pedreiro”, além de algumas caipirinhas deliciosas! O ambiente é simples, o que deixa o restaurante mais aconchegante, e ainda conta com um espaço kids! Então pode levar a criançada que não tem erro.

Eles também trabalham com pratos à la carte, caldos, tira-gostos, pizzas doces e sobremesas. Tem comida pra todo gosto. Sem contar que o preço é ótimo e acessível! Dizem que quando a comida é boa, ela abraça a gente. Pessoal do Picanha na Pizza, o abraço foi apertado viu?! Eles seguem trabalhando através de delivery. Quem sabe quando o isolamento acabar, não nos encontramos por lá? Já estamos com água na boca só de escrever. Conta pra gente onde querem nos ver no mês que vem! Confiram essa e outras dicas no nosso perfil @TASTYITAJUBA.

Com sabor, Tasty Itajubá

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PICANHA NA PIZZA Avenida Ministro Aureliano Chaves, 124, Centro Piranguçu (MG) Tel.: 35 99913-7258 /picanhanapizza



Giro Por Aí

Restaurando a História

A Família Maduro tem em seu currículo a restauração de duas relíquias da história do automobilismo: um Ford 1929 e um Roadster, da Willys Roverland, de 1926

Fotos: Arquivo Pessoal Antes e depois do Roadster, de 1926, restaurado pela família Maduro: trabalho minuscioso que levou mais de 10 anos para ser finalizado

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uando ouvir falar o sobrenome Maduro, de Itajubá, pode ter certeza que a paixão por carros e antigomobilismo farão parte do assunto. A Família guarda uma relíquia da história do automobilismo no Brasil: um Ford 1929. O pai, João Mauro Maduro, e o filho, Ricardo Maduro, são os responsáveis pela restauração do veículo. “Não restauramos apenas objetos, restauramos a história”, ressalta Ricardo. O carro chama a atenção por onde passa e é item indispensável em exposições de veículos antigos na região. “Em 1950, meu pai comprou o carro. Eu tinha dez anos e, desde então, nunca mais o veículo saiu da família. Até tirei carteira de habilitação nele”, conta João Mauro.

O início A história da paixão pelos carros antigos começou quando eles adquiriram o veículo de um dos maiores colecionadores do Brasil, Gabriel Moraes. “Fomos comprar o pára-choques traseiro do Ford e ele nos ofereceu o Willys. Disse que

Profissão A paixão por carros antigos também foi passada para os filhos e Ricardo fez disso uma profissão. Recentemente, eles terminaram a restauração do carro canadense da marca Roadster, fabricado pela Willys Roverland, em 1926. Um trabalho minucioso que demorou mais de dez anos para ser finalizado. 28

Ricardo e o pai, João Mauro Maduro: paixão pelo antigomobilismo



Giro Por Aí

Relíquia da história do automobilismo do Brasil: Ford 1929

Ventilador e outros objetos também podem ser restaurados

já estava bem cansado e não teria condições de restaurá-lo. Ainda nos alertou que o carro era uma raridade, que não existiam mais peças dele e que teríamos que fabricá-las”, explica Ricardo. A partir daí foi lançado o desafio, executado com sucesso. O veículo chegou para a restauração apenas com os pára-choques dianteiro e traseiro, e a parte da frente. “Não tinha nem volante. Tivemos que fazer a chamada engenharia reversa. Fabricamos boa parte do veículo, inclusive os parafusos”, ressalta.

Quando tudo indicava que o trabalho de restauração ficaria restrito aos veículos, um pedido mudou tudo: um ventilador chegou nas mãos de Ricardo. Objeto restaurado, a satisfação do cliente foi imensa e um novo ramo no trabalho teve início para a família. “É muito gratificante restaurar objetos que têm história na vida das pessoas. Ver a alegria deles me motiva muito”, conclui.

Profissão Os Maduros enfatizam que, diante de todo o trabalho feito, a restauração é bem diferente da reforma. Exige mais tempo e técnica e tudo foi feito na oficina montada na garagem da casa de João Maduro, em Itajubá.

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RICARDO MADURO Tel.: 35 99953-1439 Por GUSTAVO CORTEZ Jornalista, “pai” da Branca e da Tequila (dogs), amante de Itajubá e da Serra da Mantiqueira! gucortez83@gmail.com



Serviço

Dia da Indústria O SIMMMEI comemorou a data e parabenizou a todas as empresas e empresários de Itajubá pela coragem e determinação em superar desafios

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união e a força da indústria itajubense geram emprego, promovem inovação, contribuem para o desenvolvimento de Itajubá e transformam vidas. É uma indústria comprometida com o setor e com a comunidade onde está inserida. “Parabenizamos todas as empresas e empresários pela coragem e determinação em superar desafios e contribuir para a construção de um mundo melhor”, explica o presidente do SIMMMEI, Henrique Sergio de Paula. Em 25 de maio, comemorou-se o Dia da Indústria. De acordo com Henrique, a indústria é parceira das instituições e do Poder Público em várias ações e projetos, como no combate à Covid-19. “Estamos presentes na comunidade para superar esse momento com garra, dedicação e comprometimento. Juntos, somos mais fortes”, destacou o presidente do SIMMMEI. Uma das ações práticas do Sindicato foi a adesão à campanha lançada pela Prefeitura de Itajubá, Hospital de Clínicas de Itajubá (HCI) e Santa Casa de Misericórdia para a compra de materiais essenciais ao atendimento médico-hospitalar. Os recursos arrecadados foram usados na compra de máscaras cirúrgicas padrão Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), máscara N95 (recomendada especialmente para profissionais que lidam com pessoas infectadas), aventais cirúrgicos, luvas, touca, álcool 70% e outros EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). “Estamos presentes em ações e projetos empresariais, tecnológicos e comunitários. Nosso objetivo é o desenvolvimento sustentável do município e o bem-estar dos cidadãos, sem perder o foco no fortalecimento da indústria, que gera milhares de empregos em Itajubá”, explicou. A participação da entidade tem sido bastante expressiva nos mais variados projetos do município, como apoio à Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de Itajubá (INCIT), no

projeto do Parque Tecnológico e Científico (PCTI) e, mais recentemente, como sócia fundadora da Inovai – Associação Itajubense de Inovação e Empreendedorismo. O SIMMMEI apoia ações das universidades locais, como da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), e de outras entidades de classe do município, como a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e a Associação Comercial, Empresarial e Industrial de Itajubá (ACIEI); e mantém estreito laço de cooperação com os organismos de segurança pública –Polícia Civil, Polícia Militar, Guarda Municipal e Corpo de Bombeiros, entre outros.

GEMA Outro motivo de comemoração do SIMMMEI, além do Dia da Indústria, é o aniversário de dez anos do Grupo Estratégico de Meio Ambiente (GEMA), criado pelo Sindicato das Indústrias de Itajubá, em maio de 2010. O grupo reúne profissionais da área de Meio Ambiente das empresas associadas com o objetivo de trocar informações, compartilhar técnicas e manter um canal aberto de colaboração mútua sobre assuntos relacionados às melhores práticas sustentáveis. O GEMA promove, anualmente, atividades, campanhas e eventos públicos sobre temas relacionados à gestão ambiental no universo da indústria e de interesse social. Exemplos de campanha de conscientização são as ações no Dia Mundial da Água (22 de março), Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho) e Dia Árvore (21 de setembro). Nessas atividades, o foco são as pessoas, em especial, crianças e adolescentes. Fazem parte do GEMA as seguintes empresas: Balteau, Cabelauto, Fania, GE, Helibras e Stabilus.

Sindicato das Indústrias de Itajubá http://simmmei.com.br






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