Paper 09 :: O fôlego da retomada econômica

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Uma publica莽茫o da international paper

09

o f么lego da retomada econ么mica


2 09 Um ano nada mau. A crise atual é diferente das

O desempenho do setor O segmento de papel e celulose teve um ótimo desempenho em 2008 — e tudo indi-

anteriores, e cobrará certo preço do Brasil. No entanto,

ca que deve repetir os bons resultados em

os países ricos tendem a ser os mais atingidos – e a

Associação Brasileira de Celulose e Papel

situação dos emergentes depois da tempestade deverá ser ainda melhor do que era quando tudo começou por Celso Ming

n

ão vai ser uma marolinha o impacto da crise sobre a economia brasileira. Nem vai ser a catástrofe anunciada por alguns analistas estrangeiros. Vai doer, mas não deverá ser nada tão traumatizante. O vendaval apanha o navio brasileiro no início de uma importante mudança de trajetória de longo curso. Para entender o que está acontecendo, é bom recuar alguns passos. No início do século XX, quando a potência emergente no mercado mundial eram os Estados Unidos, a economia brasileira não teve espaço importante para se desenvolver. Os americanos tinham tudo ou quase tudo de que precisavam: energia, matérias primas, alimentos e mercado interno. Como fornecedor mundial, sobrou pouco para o Brasil: suprir os Estados Unidos com café. Foi com muito esforço e sacrifícios que, escorados na demanda mundial de uma sobremesa (talvez nem isso) que o Brasil conseguiu construir seu modelo de substituição de importações e desenvolver sua indústria. Os novos emergentes, especialmente os asiáticos, vão precisar bem mais do Brasil do que os Estados Unidos precisaram. Faltam-lhes energia, matérias primas e alimentos – que o Brasil terá condições de fornecer. Eles já têm um peso importante no mercado global. Em 2007, foram responsáveis por 44% do PIB do mundo e por 70% do crescimento. A sigla BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) participou com 42% desse avanço da renda. A crise tende a castigar mais os países ricos do que os emergentes. Passada a tempestade, a situação relativa dos emergentes deverá ser ainda melhor do que era quando tudo começou, em meados de 2007. Mas, não adianta esconder, a crise cobrará certo preço do Brasil. Quanto vai cobrar, ainda está para ser visto. Esta crise é diferente das anteriores. Ficou difícil prever seus desdobramentos e seu impacto sobre a economia do Brasil.

2009. No ano passado, segundo dados da

(Bracelpa), a produção de papel atingiu 9,2 milhões de toneladas e o consumo cresceu

Os bancos brasileiros não seguiram os mesmos caminhos dos grandes bancos internacionais e, por isso, não enfrentaram graves problemas com a deterioração dos ativos que estão nos seus balanços. Mas a crise chegou rapidamente e com força, em outubro de 2008, por meio do bloqueio do crédito externo e da queda das exportações. O fechamento das torneiras do crédito externo, até mesmo para os exportadores, empurrou as grandes empresas para o ainda exíguo mercado interno de crédito e deixou muitas companhias sem oxigênio de capital de giro. A queda dos preços das commodities e o estreitamento do mercado externo dos produtos manufaturados reduziu em 40% o resultado comercial (exportações menos importações) de 2008. A procura por moeda estrangeira provocou a desvalorização da moeda brasileira. Apenas no período compreendido entre junho e dezembro de 2008, o dólar avançou 52% em relação ao real. Assim, o superávit nas contas externas (contas correntes) de 0,13% do PIB em 2007, transformou-se em déficit de 2,0% do PIB em 2008 (números ainda provisórios). No Brasil, a força do mercado interno deve garantir um crescimento da produção de cerca de 3% em 2009. Mas falta A solidez da IP A International saber qual é o pedaço do déficit externo que o resto do mundo Paper (IP) já enfrentou duas guerras mundiais está disposto a financiar. e a quebra da Bolsa de Valores de 1929. Há cerca de US$ 60 bilhões em dívida externa a rolar e uma Portanto, está acostumada a superar crises. disposição menor do Investimento Estrangeiro Direto (IED) Ao longo dos seus 110 anos de atuação, a em trazer dólares para o Brasil. O que faz a diferença são as IP desenvolveu a solidez necessária para reservas de US$ 204 bilhões, que podem ajudar a suprir o que crescer mesmo em ambientes de dificuldade. vier a faltar para o balanço de pagamentos. Com unidades em 20 países, mais de 65 mil Em todo o caso, isso parece dizer que, se a crise internaciocolaboradores e uma das empresas mais nal não se transformar numa catástrofe que certos alarmistas consistentes de seu setor, a IP vê a situação prognosticam, a economia brasileira deverá ter, nas circunsatual com maturidade e responsabilidade. tâncias, um excelente desempenho. A idéia é continuar a crescer e tornarCuriosamente, um dos maiores fatores de incerteza está na se melhor e mais forte — principalmente área política. O PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) no Brasil, uma plataforma estratégica pode sofrer com a falta do crédito externo. E os projetos de entre as operações globais da companhia. desenvolvimento do pré-sal, as gigantescas jazidas de petróleo descobertas a grandes profundidades ao longo da costa, enfrentam a derrubada dos preços internacionais do petróleo e as mesmas dificuldades de financiamento externo. Em um ambiente já desafiador, de redução da arrecadação, não se pode desprezar o risco que um aumento excessivo nas despesas públicas poderia trazer sobre o desempenho econômico. A hora é, decididamente, de ajuste nos negócios e na administração das finanças de Celso Ming é comentarista qualquer patrimônio, seja ele o de uma empresa, de uma instituição ou uma carteira de ati- econômico do jornal vos. Mas, para ajustar o administrador precisa ter noção muito clara de onde quer chegar. O Estado de S.Paulo

5,3%, para 8,5 milhões de toneladas. Esse resultado foi melhor que a média anual de crescimento do setor nos últimos anos, que foi de 3,9% ao ano entre 1995 e 2007. A entidade diz ainda que o Brasil tem potencial para aumentar ainda mais o consumo per capita de papel. Para isso é preciso favorecer a competitividade da indústria nacional, criando condições para se aumentar a escala e melhorar a infra-estrutura e a logística. Pelo menos dois diferen ciais das companhias instaladas no Brasil contribuíram para esse cenário. Em primeiro lugar, as florestas plantadas alcançaram a maior pro dutividade do mundo — em média, 41 m³/ha/ ano para o eucalipto e 35 m³/há/ano para o pínus. Além disso, 100% da produção vem de florestas plantadas, que são recursos renováveis. Em 2009, a expectativa é que os fabricantes vendam ainda mais papel, sobretudo em virtude de um volume maior de compras de livros didáticos que serão distribuídos pelo governo para as escolas públicas. No ano passado, juntas, as 186 empresas do setor faturaram US$ 7,1 bilhões, dos quais US$ 2 bilhões vieram de expor tações.


2 09 Um ano nada mau. A crise atual é diferente das

O desempenho do setor O segmento de papel e celulose teve um ótimo desempenho em 2008 — e tudo indi-

anteriores, e cobrará certo preço do Brasil. No entanto,

ca que deve repetir os bons resultados em

os países ricos tendem a ser os mais atingidos – e a

Associação Brasileira de Celulose e Papel

situação dos emergentes depois da tempestade deverá ser ainda melhor do que era quando tudo começou por Celso Ming

n

ão vai ser uma marolinha o impacto da crise sobre a economia brasileira. Nem vai ser a catástrofe anunciada por alguns analistas estrangeiros. Vai doer, mas não deverá ser nada tão traumatizante. O vendaval apanha o navio brasileiro no início de uma importante mudança de trajetória de longo curso. Para entender o que está acontecendo, é bom recuar alguns passos. No início do século XX, quando a potência emergente no mercado mundial eram os Estados Unidos, a economia brasileira não teve espaço importante para se desenvolver. Os americanos tinham tudo ou quase tudo de que precisavam: energia, matérias primas, alimentos e mercado interno. Como fornecedor mundial, sobrou pouco para o Brasil: suprir os Estados Unidos com café. Foi com muito esforço e sacrifícios que, escorados na demanda mundial de uma sobremesa (talvez nem isso) que o Brasil conseguiu construir seu modelo de substituição de importações e desenvolver sua indústria. Os novos emergentes, especialmente os asiáticos, vão precisar bem mais do Brasil do que os Estados Unidos precisaram. Faltam-lhes energia, matérias primas e alimentos – que o Brasil terá condições de fornecer. Eles já têm um peso importante no mercado global. Em 2007, foram responsáveis por 44% do PIB do mundo e por 70% do crescimento. A sigla BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) participou com 42% desse avanço da renda. A crise tende a castigar mais os países ricos do que os emergentes. Passada a tempestade, a situação relativa dos emergentes deverá ser ainda melhor do que era quando tudo começou, em meados de 2007. Mas, não adianta esconder, a crise cobrará certo preço do Brasil. Quanto vai cobrar, ainda está para ser visto. Esta crise é diferente das anteriores. Ficou difícil prever seus desdobramentos e seu impacto sobre a economia do Brasil.

2009. No ano passado, segundo dados da

(Bracelpa), a produção de papel atingiu 9,2 milhões de toneladas e o consumo cresceu

Os bancos brasileiros não seguiram os mesmos caminhos dos grandes bancos internacionais e, por isso, não enfrentaram graves problemas com a deterioração dos ativos que estão nos seus balanços. Mas a crise chegou rapidamente e com força, em outubro de 2008, por meio do bloqueio do crédito externo e da queda das exportações. O fechamento das torneiras do crédito externo, até mesmo para os exportadores, empurrou as grandes empresas para o ainda exíguo mercado interno de crédito e deixou muitas companhias sem oxigênio de capital de giro. A queda dos preços das commodities e o estreitamento do mercado externo dos produtos manufaturados reduziu em 40% o resultado comercial (exportações menos importações) de 2008. A procura por moeda estrangeira provocou a desvalorização da moeda brasileira. Apenas no período compreendido entre junho e dezembro de 2008, o dólar avançou 52% em relação ao real. Assim, o superávit nas contas externas (contas correntes) de 0,13% do PIB em 2007, transformou-se em déficit de 2,0% do PIB em 2008 (números ainda provisórios). No Brasil, a força do mercado interno deve garantir um crescimento da produção de cerca de 3% em 2009. Mas falta A solidez da IP A International saber qual é o pedaço do déficit externo que o resto do mundo Paper (IP) já enfrentou duas guerras mundiais está disposto a financiar. e a quebra da Bolsa de Valores de 1929. Há cerca de US$ 60 bilhões em dívida externa a rolar e uma Portanto, está acostumada a superar crises. disposição menor do Investimento Estrangeiro Direto (IED) Ao longo dos seus 110 anos de atuação, a em trazer dólares para o Brasil. O que faz a diferença são as IP desenvolveu a solidez necessária para reservas de US$ 204 bilhões, que podem ajudar a suprir o que crescer mesmo em ambientes de dificuldade. vier a faltar para o balanço de pagamentos. Com unidades em 20 países, mais de 65 mil Em todo o caso, isso parece dizer que, se a crise internaciocolaboradores e uma das empresas mais nal não se transformar numa catástrofe que certos alarmistas consistentes de seu setor, a IP vê a situação prognosticam, a economia brasileira deverá ter, nas circunsatual com maturidade e responsabilidade. tâncias, um excelente desempenho. A idéia é continuar a crescer e tornarCuriosamente, um dos maiores fatores de incerteza está na se melhor e mais forte — principalmente área política. O PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) no Brasil, uma plataforma estratégica pode sofrer com a falta do crédito externo. E os projetos de entre as operações globais da companhia. desenvolvimento do pré-sal, as gigantescas jazidas de petróleo descobertas a grandes profundidades ao longo da costa, enfrentam a derrubada dos preços internacionais do petróleo e as mesmas dificuldades de financiamento externo. Em um ambiente já desafiador, de redução da arrecadação, não se pode desprezar o risco que um aumento excessivo nas despesas públicas poderia trazer sobre o desempenho econômico. A hora é, decididamente, de ajuste nos negócios e na administração das finanças de Celso Ming é comentarista qualquer patrimônio, seja ele o de uma empresa, de uma instituição ou uma carteira de ati- econômico do jornal vos. Mas, para ajustar o administrador precisa ter noção muito clara de onde quer chegar. O Estado de S.Paulo

5,3%, para 8,5 milhões de toneladas. Esse resultado foi melhor que a média anual de crescimento do setor nos últimos anos, que foi de 3,9% ao ano entre 1995 e 2007. A entidade diz ainda que o Brasil tem potencial para aumentar ainda mais o consumo per capita de papel. Para isso é preciso favorecer a competitividade da indústria nacional, criando condições para se aumentar a escala e melhorar a infra-estrutura e a logística. Pelo menos dois diferen ciais das companhias instaladas no Brasil contribuíram para esse cenário. Em primeiro lugar, as florestas plantadas alcançaram a maior pro dutividade do mundo — em média, 41 m³/ha/ ano para o eucalipto e 35 m³/há/ano para o pínus. Além disso, 100% da produção vem de florestas plantadas, que são recursos renováveis. Em 2009, a expectativa é que os fabricantes vendam ainda mais papel, sobretudo em virtude de um volume maior de compras de livros didáticos que serão distribuídos pelo governo para as escolas públicas. No ano passado, juntas, as 186 empresas do setor faturaram US$ 7,1 bilhões, dos quais US$ 2 bilhões vieram de expor tações.


International Paper investe R$ 22 milhões em projetos de educação e meio ambiente As ações envolveram a população dos locais em que há unidades da IP e tiveram f o c o e m e d u c a ç ã o , p r e s e r va ç ã o d o m e i o a m b i e n t e e g e r a ç ã o d e r e n d a Cerca de 30 mil pessoas foram contempladas pelos programas socioambientais da IP em 2008. Desenvolvidas em parceria com ONGs, escolas, empresas e órgãos governamentais, as iniciativas receberam investimentos de mais de R$ 1 milhão no último ano, incluindo Lei Rouanet. Houve também o repasse de 1% do imposto de renda da companhia para o Fundo Municipal da Criança e do Adolescente. Desde 2003 a empresa investiu R$ 22 milhões em projetos dessa natureza.

Foco maior em vendas Nos meses de outubro e novembro, a IP realizou treinamentos para cerca de 1,5 mil profissionais de vendas de seus principais distribuidores de papel cortado em todo o Brasil. Segundo Fernando Godinho, gerente de trade marketing da empresa,

“Acreditamos que responsabilidade social e sustentabilidade são imprescindíveis para o sucesso das organizações”, afirma Maximo Pacheco, presidente da IP na AL. Entre os projetos há ações de abrangência nacional, como o Guardiões da Biosfera — uma série de filmes de animação para crianças —, e iniciativas locais, no interior de São Paulo e do Mato Grosso do Sul. Em Mogi Guaçu (SP), a IP lançou uma nova versão do Programa de Educação e Conscientização Ambiental (PECA), realizado há quinze anos pela empresa, e promoveu a 33ª edição do Concurso de Redação e a 3ª do Concurso Literário. Na cidade de Luiz Antônio, foram realizados o Guardiões das Águas, o Guardiões do Verde, o Programa Coleta Seletiva Solidária e o Programa de Educação e Conscientização Ambiental. Esses projetos implementaram a coleta seletiva em 100% da cidade e produziram 37 mil mudas de árvores nativas para reflorestamento. Três Lagoas (MS), também foi palco de vários programas, como o Guardiões: Projeto Nascente, o Programa de Educação Ambiental e o Programa de Qualificação de Fornecedores, com foco em micro e pequenas empresas da região.

IP, A nº 1 A preferida dos clientes A International Paper é a empresa que mais agrega valor na América Latina entre empresas do segmento de papel cortado, de impressão e conversão, segundo levantamento da CVA Solutions, empresa de pesquisas de mercado. Entre maio e julho de 2008, o estudo ouviu as opiniões dos clientes sobre os produtos fornecidos ou serviços prestados.

o objetivo foi aprofundar o conhecimento do cliente sobre as características e os diferenciais dos produtos da empresa — como a sustentabilidade da fabricação do papel, feito 100% de florestas plantadas e renováv eis, e as va ntagens da li n ha Cha m ex. Além disso, os profissionais receberam dicas sobre armazenamento e merchandising.

Eis a classificação: 1º equipe capacitada e competente; 1º entendimento dos negócios dos clientes; 1º qualidade técnica dos produtos; 1º trabalho em parceria; 1º presença na mídia e em eventos; 1º força da marca.

Jornalistas e diretores da IP celebram 2008 Em almoço de confraternização realizado no dia 27 de novembro, estiveram reunidos 32 jornalistas, sete diretores e o presidente da Internacional Paper na AL , Maximo Pacheco. Realizado no restaurante Obá, em São Paulo, o encontro teve como objetivo estreitar relacionamento entre os jornalistas dos principais veículos do país e os executivos da IP. Durante o evento, Pacheco enfatizou o compromisso da companhia com o Brasil face à crise econômica e a transparência com a imprensa.

O consumo consciente e a atitude do consumidor na prática são os temas da próxima edição

paper foi impressa em papel Chambril 150g/m² da international paper, com aplicação de efeito especial hot stamping e tinta metálica esta é uma publicação mensal da

jan.2009 ricardo C. ZANGIROLAMI diretoria Jurídica E assuntos corporativos luís Fernando Madella diretoria de relações institucionais e sustentabilidade Direção do projeto alessandra fonseca gerente de comunicação e marketing institucional alessandra.fonseca@ipaperbr.com coordenação do projeto carolina lima comunicação e marketing institucional carolina.lima@ipaperbr.com criação e produção agência ideal direção de arte e projeto gráfico fazfazfaz coordenação geral marina rodriguez revisão ricardo cesar impressão litokromia jornalista responsável ricardo cesar mtb 33669

Esta publicação foi impressa em

colaboraram nesta edição Anderson Passos – comunicação, Nilson Cardoso – diretor comercial

papel certificado pelo programa

Sugestões e correspondência Avenida Paulista, 37, 14º andar – CEP 01311-000

brasileiro de certificação florestal


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