Paper 59 Liderança

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e dito rial

liderança

o caminho, a consolidação e o sucesso

L

iderança, para a International Paper, é um valor que diz respeito ao exercício da ética, à valorização da diversidade de experiências e à inclusão social, bem como à dignidade e ao respeito praticados diariamente na organização. Com base nesses conceitos procuramos manter a liderança de mercado globalmente. E é por acreditar que todos os nossos profissionais são líderes que podemos apostar em nosso crescimento. Esta edição – a primeira do novo projeto editorial da Paper – é inteiramente dedicada ao tema liderança, pelo significado e importância do valor para a organização. Portanto, nas próximas páginas você encontra informações e histórias que, esperamos, sirvam não somente para o conhecimento e o entretenimento de nossos leitores, mas principalmente para inspirá-los. Aproveitem!

Direção do Projeto | Gisele Gaspar – gerente de Comunicação Gerência do Projeto | Tayla Monteiro – coordenadora de Comunicação Institucional e de Produto Coordenação do Projeto | Marina Rodriguez – analista de Marketing e Comunicação Institucional Criação e Produção | Agência Ideal Coordenação Editorial | Luana Dalmolin Redação | Luisa Migueres Revisão | Anselmo Cheré Projeto Gráfico | Maurício Fogaça Design | Alexandre Soma e Cleiton Barcelos Jornalista responsável | Ricardo Cesar – MTB 33669 Impressão | Ogra Oficina Gráfica Sugestões e correspondências | Av. Paulista, 37 | 14º andar | 01311-000 | São Paulo/SP Agradecimentos | Assessoria de Imprensa da Congregação das Irmãs de Santa Marcelina, Catherine Barros, Eloah Maniaes,

julho2013

Glenn Landau, Irmã Rosane Ghedin, Jean-Michel Ribiéras, Jessica Beletatti, Leandra Leite, Luís Fernando Silva, Luiz Roberto Carnier, Marcel Cheide, Marisa Coutinho, Rafaela Carneiro, Vivian Pereira e Walmor Martins.

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A caminho da

liderança

C

om 24 anos de casa, o engenheiro florestal Luís Fernando Silva é uma referência na International Paper. Ao longo da carreira, ele não apenas recebeu o apoio da companhia para sua formação, como participou ativamente da formatação do sistema educacional que hoje alavanca líderes potenciais da IP no Brasil e no mundo. “Por mais sucesso que você tenha em uma empresa, o que trouxe você até aqui nem sempre é suficiente para levá-lo adiante”, sintetiza Luís Fernando, que começou na companhia como office boy e hoje é gerente geral de Operações Florestais da IP América Latina. Saber exatamente o que levou o profissional a um determinado posto e o que ele precisa fazer para ir adiante é um dos eixos centrais desse processo de evolução. A partir disso, o caminho é investir na melhoria ou aquisição de competências que habilitam novos patamares de liderança, de forma aberta e transparente. Entre as competências mais esperadas de um líder está a capacidade de promover engajamento a partir de princípios de confiança e abertura de gestão. Esses fatores elevam os níveis de felicidade no trabalho e estimulam a equipe a dar o melhor de si. “Um ambiente no qual as pessoas estão mais engajadas oferece uma condição mais segura para os profissionais trabalharem e, consequentemente, níveis mais altos de produtividade”, explica Rafaela Carneiro, gerente de Desenvolvimento Humano da International Paper. A ideia é sintetizada na mensagem “profissionais engajados superam as expectativas”, divulgada dentro da companhia. Para os especialistas no tema, a capacidade de engajar é o resultado de um conjunto de características, entre as quais se destacam os chamados “3C”: caráter, capacidade e catalisação.

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Para a International Paper, todos os colaboradores da companhia são líderes. em suas áreas de atuação, com características e níveis de influência diferentes, todos possuem grandes responsabilidades e devem exercer sua liderança. Mas como isso ocorre na prática? Todo mundo de fato nasceu para ser líder? Qual é o resultado disso? O potencial de liderar vem da prática, responsável por cerca de 70% do desenvolvimento do indivíduo. Os profissionais da IP também desenvolvem essa aptidão por meio de orientação, coaching e mentoria, ou passando por treinamentos formais sobre os negócios, técnicas de liderança e gestão de conflitos, ferramentas de comunicação e habilidades comportamentais. Graças ao modelo de formação, 84% das posições de média e alta liderança na IP possuem sucessores internos identificados e aptos a assumir prontamente novos desafios. Uma das iniciativas da IP para formar lideranças internas é o programa Young Leaders. A cada dois anos, 50 jovens com o perfil de líder desejado pela empresa são preparados para aprimorar seu conhecimento sobre os negócios e sua capacidade de engajamento, por meio de eventos coletivos e de esforços individuais. Os participantes são profissionais em começo de carreira, com grande potencial para liderança, que serão alavancados e preparados


3 dos7 48%

40%

60%

50

56%

42%

expatriados são ex-trainees

de aproveitamento interno de profissionais

pessoas preparadas todos os anos por meio do First Line Leaders, plano de desenvolvimento para aqueles que assumiram recentemente posições de liderança

profissionais em desenvolvimento a cada dois anos por meio do Young Leaders

de aumento de profissionais considerados “alto potencial”

das posições de média e alta liderança possuem sucessores internos

dos planos de movimentação interna foram concluídos em 2012

50

84%

para assumir posições mais complexas. Segundo Rafaela, “a ideia é que ele não comece a ser líder no dia que assume um novo cargo, mas desde antes”. A coordenadora Corporativa de Suprimentos, Vivian Pereira, é uma das jovens lideranças formadas pelo programa. Contratada como trainee em 2009, Vivian passou pelo Young Leaders e encontrou o caminho que pretende trilhar na companhia. “Desejo ser uma profissional versátil para poder atuar em diferentes áreas da empresa”, antecipa. Engenheira química, a coordenadora já passou por diferentes áreas da IP em pouco mais de quatro anos de casa. Também participou de iniciativas que reúnem jovens lideranças de todas as regiões globais de atuação da empresa, além de continuar frequentando outros programas que auxiliam em sua caminhada. Já o engenheiro mecatrônico Walmor Martins escolheu trabalhar na IP justamente pelo sistema de formação de lideranças. Com experiência em outras grandes empresas de papel e celulose, Walmor acredita que o setor lida de forma diferenciada com a questão, sendo a figura do líder fundamental para o rendimento e o desempenho das unidades de produção. “Se você tem uma gestão que consegue cativar a equipe operacional, que consegue servir de exemplo na empresa, com cer-

de aproveitamento dos estagiários

(2012-2013)

92%

de aproveitamento interno em 2013 (até junho)

de aumento de profissionais considerados como “alto potencial em início de carreira” (2012-2013)

teza o seu resultado vai ser diferenciado”, revela o gerente de Produção de Papel da unidade de Mogi Guaçu. Outra ferramenta interna que auxilia o aprimoramento de lideranças como Luís Fernando, Vivian e Walmor é o One-on-One, programa que estimula o livre diálogo sobre desempenho profissional, desenvolvimento, plano de carreira e até questões pessoais. Com frequência mínima trimestral, o One-on-One reúne cara a cara gestores e colaboradores para um bate-papo aberto e franco. “Já ficou comprovado que as pessoas mais engajadas na IP são as mesmas que fazem o One-on-One com frequência e qualidade com seus líderes”, pontua Rafaela. Segundo a gestora, o resultado principal da iniciativa é gerar proximidade entre as pessoas, além de confiança e credibilidade para o líder. “A proximidade é o primeiro passo para uma relação de qualidade”, explica. O resultado da sistematicidade dos esforços e da transparência nos relacionamentos e planos de carreira é evidenciado também por indicadores como o de aproveitamento interno, que aponta que, em 2012, 48% das vagas abertas na empresa foram preenchidas por recrutamento no próprio quadro de pessoal. Em 2013, o índice já alcança 60% de aproveitamento, garantindo o retorno dos investimentos realizados na formação de centenas de profissionais prontos para manter a liderança da companhia no setor.

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Ponderar sobre seu próprio comportamento e criar regras a partir dessa reflexão são atitudes das empresas que reconhecem e se importam com seus efeitos sobre a sociedade

A ética como

princípio da liderança

O

que faz com que uma empresa líder de mercado seja considerada ética? Como ela pode se conectar com seus funcionários, por meio de seus líderes, para que eles possam manter uma relação de harmonia e transparência? “A moral só se manifesta na relação de dois ou mais indivíduos. Para ser líder não basta seguir normas, é preciso ouvir e entender o subordinado. Um líder precisa ter uma compreensão psicológica e uma visão multidisciplinar do ser humano, cultural, política, religiosa etc. Isso faz com que se construa um mecanismo ético para conduzir o grupo”, explica Marcel Cheida, professor da disciplina

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de Ética do curso de Jornalismo da PUC-Campinas. É por isso que a liderança é considerada uma prática muito mais ampla do que apenas o poder de influência e a capacidade de tomar decisões em nome do grupo. De acordo com Leandra Leite, diretora Jurídica da International Paper América Latina, um dos aspectos mais importantes da empresa é o respeito e o cuidado com seus funcionários. “Isso implica a preocupação em manter um ambiente saudável e seguro, respeitar a legislação e atuar fortemente contra práticas de corrupção e suborno. Por isso, introduzimos esses valores no dia a dia dos profissionais”, adiciona. Por essa razão, a IP é considerada por sete anos consecutivos uma das empresas mais éticas do mundo pela revista Ethisphere. O posto de liderança no mercado está fortemente ligado à postura moral da empresa, visto que a IP acredita que as organizações se tornam referências quando baseiam suas ações e políticas em valores éticos. Dessa forma, o que determina a ética de uma empresa é a reflexão sobre o seu próprio comportamento. “Na medida em que a empresa insiste em manter a reflexão sobre seus efeitos no meio social, pode-se dizer que ela se dedica ao exercício da ética”, conclui o professor Cheida. Indo mais a fundo, encontramos outro ponto importante na postura da empresa: a normatização da ética, as regras criadas a partir dessa reflexão. Dentro disso estão também os objetivos e conhecimentos jurídicos da companhia. Todos esses aspectos serão influenciados pela ética, interpretados e materializados no dia a dia. Mas não é um processo simples, pois depende de aspectos subjetivos e objetivos. Portanto, o ponto fundamental no processo de liderança é conseguir se basear no exercício da ética para colocar em prática a norma empresarial. “A ética dentro da IP é levada muito a sério. Temos um Comitê de Ética, que analisa denúncias feitas por nossos profissionais ou terceiros, que utilizam um canal aberto no próprio sistema interno da empresa”, sinaliza Leandra Leite. Além disso, todas as unidades da companhia possuem em comum um Código de Ética, documento global que é revisto periodicamente pelas lideranças e cuja quarta edição será publicada em agosto. A respeito do que se coloca em prática na rotina da empresa, a diretora Jurídica é enfática: “Trabalhamos com transparência por uma questão de valores”.


Segredos da

Competência, resultados positivos e vontade de crescer colocaram dois executivos em posições de destaque

liderança

D

epois de quatro anos na presidência da IP América Latina, Jean-Michel Ribiéras está prestes a assumir novos desafios. Executivo experiente, acaba de ser nomeado vice-presidente sênior da IP, além de presidente das regionais na Europa, Oriente Médio, África e Rússia. Glenn Landau, por sua vez, assume o lugar de Ribiéras como líder da IP América Latina após 21 anos de casa e uma vasta experiência no mercado norte-americano de papelão para embalagens. A movimentação é mais um exemplo de como a companhia estimula a formação de líderes e prioriza o recrutamento interno em todos os níveis. Conversamos com os executivos que contaram um pouco sobre suas trajetórias e revelaram segredos, referências de liderança e expectativas para o futuro. Confira os principais trechos das entrevistas concedidas com exclusividade para a Paper.

Qual é o segredo da liderança no mundo corporativo? Uma companhia pode ter a melhor estratégia do mercado, os melhores produtos, o melhor custo, mas, no final, o principal ativo são as pessoas que atuam na organização. Porque são elas que fazem as coisas acontecerem. Se uma empresa não tem boas pessoas e não as desenvolve da maneira correta, não vai atingir os melhores resultados. Esse é um pilar essencial da estratégia da IP no mundo, no qual acreditamos muito. A boa liderança de pessoas é decisiva para o desempenho de uma organização.

Como você pratica isso na sua rotina de trabalho?

Para mim, todos são líderes, não importa a posição que ocupam na organização. Cada um exerce um papel de liderança específico, de acordo com a área em que atua. Todos devem respeitar regras básicas e têm o direito de serem respeitados e de trabalhar em uma empresa ética, que se preocupa com o bem-estar de seus profissionais e tem a segurança como um valor prioritário. Atuar como líder é algo que todos devem fazer. Não há diferença entre o presidente ou qualquer pessoa. Para mim, liderança é um tema geral, não um tema só dos gestores de equipe. É uma questão de comportamento.

Como reconhecer um líder e estimular seu desenvolvimento? “Para mim, todos são líderes”, afirma o presidente JeanMichel Ribiéras, que aposta nos processos internos da IP, como o One-on-One

Há várias maneiras. Um líder é alguém que, geralmente, executa bem as suas tarefas, alcança bons resultados e tem potencial e vontade de crescer, de aprimorar-se. Essas são características muito importantes. Para ser um bom líder, é preciso esforçarse bastante em três aspectos. Primeiro, em processos. Dentro da IP nós temos o que chamamos de homemade process. Dentro deles, um dos mais importantes é o One-on-One, reconhecido mundialmente como um dos melhores processos.

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seg r ed os da lider anç a

Trata-se de um diálogo entre duas pessoas para debater maneiras de se atingir resultados, desenvolver os indivíduos, aprimorar competências etc. Em segundo lugar, há o que se conhece como “liderança natural”. Existem pessoas que se sentem confortáveis ao comunicar-se, conseguem dar tanto as boas como as más notícias com tranquilidade. Elas sabem fazer de um problema uma oportunidade. E o terceiro ponto é ter vontade de melhorar. Um líder, em qualquer nível, precisa esforçar-se e trabalhar bastante.

Como se manter líder em um mundo com tantas transformações? É necessário ter um plano A, um plano B, um plano C e até um plano D. Muitas vezes, é o plano F que vai dar certo. Por isso, é preciso ter princípios e flexibilidade. Sobretudo, sempre ser curioso e gostar de aperfeiçoar-se. Saber aceitar os próprios erros também é fundamental. Às vezes, saio de uma reunião e penso que em alguns momentos poderia ter transmitido melhor uma determinada mensagem. Quando se comete um erro, não se deve ficar chateado. É preciso reconhecer e lembrar-se do ocorrido, para fazer melhor da próxima vez. São fatores essenciais para exercer a liderança a vontade de desenvolver-se sempre, adaptar-se às situações e ser flexível mantendo princípios.

Você saberia identificar qual é o seu tipo de liderança? Procuro sempre buscar pontos de melhoria. Nunca para criticar as pessoas, mas para identificar no erro ou no mau funcionamento de alguma coisa uma oportunidade de melhoria. Como ser um profissional melhor a cada dia? A resposta é a partir das oportunidades. Se uma pessoa não sabe identificar oportunidades, será sempre igual. Não é fazendo sempre a mesma coisa que um profissional vai melhorar. Mas, para que isso aconteça, é preciso também reconhecer as próprias falhas.

Quais características da IP contribuem mais para o fortalecimento da liderança global no setor? A IP global tem duas características muito interessantes. Primeiro, ela tem valores iguais no mundo inteiro. Há três pilares na organização, permeados pela ética e pela segurança: Pessoas, Clientes e Excelência Operacional. Esses conceitos mundiais são respeitados e adaptados às necessidades do mercado e da indústria de cada região. Essa é uma das forças da IP. Outra força estratégica é o fato de concentrarmos esforços em pontos comuns. Por exemplo: em 2005 definimos que iríamos trabalhar mundialmente em alguns segmentos, e que alcançaríamos os melhores resultados nas áreas definidas. Acredito que o ato de definir prioridades para a organização, que se tornam comum às pessoas e aos líderes, é o que faz a diferença no mercado.

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Glenn Landau, o novo presidente da IP América Latina, admitiu estar ansioso para assumir o cargo: “Tenho expectativas muito altas para o meu novo papel na IP”

Qual é o papel da sustentabilidade para a liderança da IP no segmento? Mais que um papel, a sustentabilidade é uma obrigação. Não é possível ser uma companhia mundial, como é a IP, sem uma conduta impecável, do ponto de vista da ética e da sustentabilidade. A meu ver, sem isso, não é possível sobreviver. É parte integrante da companhia. Devemos lembrar que a sustentabilidade está baseada em três pilares. O primeiro é o ambiental, e nós sabemos que a nossa produção começa na floresta. Portanto, plantações são sempre renováveis, respeitando todas as normas e de forma a reduzir o impacto industrial sobre o ambiente. Isso é essencial. Depois, temos o pilar social, que é o pilar de reconhecimento, crescimento e respeito às pessoas. E o pilar econômico, porque, se não há rentabilidade econômica, a organização não tem futuro.

Enquanto preparava sua mudança para São Paulo, Glenn Landau também contou para a Paper sua visão sobre o tema liderança e antecipou o que espera de sua passagem pelo Brasil.


Quais são os principais desafios em se tornar o principal líder da IP América Latina?

Quais são as competências mais importantes para se tornar um bom líder no mundo corporativo?

Os desafios mais importantes que vejo ao chegar para liderar a IP América Latina são muito semelhantes aos desafios que os líderes da IP têm ao redor do mundo. Em resumo, eu acredito que a liderança tem a ver com obter resultados positivos e sustentáveis, e a forma mais eficaz de se fazer isso é com profissionais inteiramente engajados, que sejam capazes de entregar tais resultados. Assim, para ser eficaz, meu desafio será influenciar o engajamento dos profissionais assegurando que os membros das equipes conheçam e acreditem no propósito de nossa empresa, entendam claramente o que se espera deles, tenham oportunidades para aprender e crescer, sintam que suas contribuições fazem diferença e sejam reconhecidos por atingir resultados. Chamamos isso de Liderança, um dos valores do Jeito IP.

Primeiro de tudo, os melhores líderes no mundo corporativo mantêm os mais elevados padrões éticos e se responsabilizam por tudo o que fazem. Somos bons cidadãos, protegemos a saúde e a segurança dos nossos profissionais, e gerenciamos os recursos naturais com responsabilidade. Mantemos o foco de maneira apaixonada nos resultados do negócio e no sucesso de nossos clientes. Tratamos uns aos outros com dignidade e respeito, e acreditamos na diversidade de pensamento, cultura e histórico. Insistimos na excelência, propiciamos visão e propósito, e abraçamos a mudança.

Quais são suas expectativas em seu novo papel na IP? Tenho expectativas muito altas para o meu novo papel na IP e, sinceramente, por estar há apenas algumas semanas nesta nova atribuição, meu nível de energia está até mais alto do que quando comecei. Isso ocorre principalmente por causa das pessoas – os profissionais da organização, clientes e também os parceiros estratégicos e stakeholders que conheci até agora. A alta qualidade, paixão e espírito dessas pessoas me fazem sentir que não existe nada que não possamos conseguir juntos. No Brasil e na América Latina de um modo geral, estamos muito bem posicionados tanto em papel quanto em embalagens para atender e superar as necessidades de nossos clientes, mesmo que cresçam e mudem, neste mercado que é muito dinâmico. Não há nenhuma outra empresa em nosso espaço que tenha à disposição mais maneiras de vencer nesta parte do mundo do que a International Paper.

O que o inspira quando se fala de liderança? A capacidade de moldar o futuro – conectar pessoas a uma visão orientadora e alinhar seus esforços na direção certa para atingir as iniciativas estratégicas que realizarão essa visão. Quando um líder comunica uma visão tanto de forma racional quanto com paixão, ele ganha potencial para alinhar, inspirar e concentrar as pessoas. Dito isso, eu acredito fortemente que o processo de moldar o futuro será mais um trabalho de equipe do que um produto exclusivamente da imaginação do líder. Portanto, engajar todos os membros do time no processo de formação da visão permitirá que as pessoas se conectem com o que importa para elas e que se entusiasmem por algo para o qual contribuíram.

Por que a liderança é um valor tão importante para a IP? Liderança do Jeito IP é o que nos define enquanto empresa. Sabemos que excelência em liderança está na base da forma com que vencemos. Portanto, construímos uma base sólida, com princípios centrais para serem seguidos pelos líderes e assim assegurar que temos um mapa para o sucesso. Qualquer pessoa que tenha aspirações a se tornar um líder eficaz na IP deve estar familiarizada e alinhada com nossos três fatores impulsionadores principais: Desenvolvimento de Pessoas, Foco no Cliente e Excelência Operacional. O fator Desenvolvimento de Pessoas reconhece que nossas pessoas são um tremendo ativo para a IP. Os líderes eficazes na organização são consistentes ao desenvolverem pessoas, aprimorarem a si próprios e melhorarem suas contribuições para o negócio. O fator de Foco no Cliente enfatiza nosso compromisso de sermos o fornecedor preferido de nossos clientes. O fator de Excelência Operacional desafia todos a fazer as coisas certas da forma certa todas as vezes, e a buscar formas de trabalhar com segurança, de aprimorar processos, e reduzir custos nas nossas operações. Exige que os líderes ajudem no desenvolvimento de uma cultura na qual cada profissional saiba que ser de classe mundial significa ser ainda melhor do que os melhores.

Como a IP Latam pode contribuir para manter a posição de liderança da IP no mundo? Hoje a América Latina é um pilar central da carteira global de papel e embalagens da IP, porém o que a torna especial é o espaço disponível em termos de crescimento e receita. Com acesso a fibras de baixo custo, instalações de classe mundial, profissionais engajados e mercados em crescimento, essa região tem o potencial para desempenhar um papel ainda mais importante no futuro da IP. Mas, para fazer isso acontecer, devemos agarrar a oportunidade de investir sabiamente nos mercados certos com os ativos certos, para podermos gerar valor crescente aos nossos acionistas. Se nos mantivermos comprometidos com esses princípios e executarmos bem, os melhores dias da IP América Latina estarão diante de nós. P a p e r   |  L i d e r a n ç a   |

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grandes líderes do mundo Cada qual com seu estilo, estas personalidades desempenham lideranças que influenciam a vida de milhares de pessoas. Descubra como e inspire-se

Eu não sou vaidosa, mas sei usar a vaidade dos homens.”

Angela Merkel

Chanceler da Alemanha | 17/jul/1954 | Hamburgo/Alemanha

Estilo de liderança: prudente. Merkel é conhecida por sua aparência sisuda, de sorriso difícil, o que, junto a seu pulso firme, reforçou o apelido de “Dama de Ferro”, em referência a Margaret Thatcher. Mas a verdade é que a chanceler sabe como usar o tempo a seu favor. Não lança mão de medidas ousadas, mas sim de estratégias bem planejadas que fazem a grande diferença no final. Também não teme adversários e desafios políticos – tanto que, no início da carreira, não hesitou em criticar duramente seu mentor e então chanceler, Helmuth Kohl, assumindo então seu posto como líder do partido. Grandes feitos: primeira mulher a ocupar o cargo de chanceler da Alemanha, já está no segundo mandato e caminha para o terceiro consecutivo, que pode vir nas eleições de setembro deste ano. Como líder da maior economia europeia – e uma das poucas com índices ainda promissores em meio à crise –, Merkel se tornou a liderança também do bloco, sendo eleita a mulher mais poderosa do mundo pela revista Forbes nos últimos dois anos. No ranking geral dos mais poderosos do mundo, fica atrás apenas de Barack Obama.

Estilo de liderança: negociadora. Embora confesse que tenha precisado de um empurrão do marido e do cunhado para negociar sua remuneração ao ser contratada pelo Facebook, Sandberg foi chamada por Mark Zuckerberg justamente por isso. Ela também é conhecida por não ter medo de arriscar, como quando aceitou trabalhar no Google, onde viria a ser vice-presidente de Vendas Globais e Operações em 2002, justo quando a bolha da internet estourou. Grandes feitos: a “número 2” do Facebook tem uma fortuna de US$ 400 milhões, parte deles estimados em US$ 30 milhões em bônus anuais, além de US$ 2 bilhões em ações da empresa. Desde que ela chegou à companhia, em 2008, o Facebook desenvolveu um sistema de anúncios que tornou a empresa rentável, com 18,4% do mercado de publicidade norteamericano em celular em 2012. Este ano, foi considerada a sexta mulher mais poderosa do mundo pela revista Forbes, galgando quatro posições em relação a 2012. Paralelamente, lançou o livro Faça Acontecer, best-seller em que dá conselhos para as mulheres não terem medo de brigar por condições iguais ou melhores que as dos homens no trabalho. 10

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Precisamos ajudar as mulheres a dominarem o poder que elas têm, aprender como negociar aumentos de salário e a receberem o pagamento que merecem.”

Sheryl Sandberg

Vice-presidente de operações do Facebook | 28/ago/1969 | Washington/EUA


Estilo de liderança: persistente. Durante anos Tawakkol, membro de destaque do principal partido islâmico do Iêmen, o AlIslah, defendeu os direitos humanos em seu país, criando inclusive a organização Mulheres Jornalistas Sem Correntes. Sem medo de represálias, publicou textos com duras críticas ao governo ditatorial, chegando a ser presa várias vezes. Ganhou novo fôlego com a onda revolucionária que começou pelo Egito, na chamada Primavera Árabe, em 2010, e então organizou o acampamento de milhares de jovens na Praça Tahrir, um dos símbolos dos protestos. Grandes feitos: além de ser a primeira mulher árabe a ganhar um Prêmio Nobel da Paz, em 2011, ela também foi a mais jovem, aos 32 anos. Em um país onde a maioria das mulheres não é vista ou ouvida, Tawakkol levou milhares de pessoas (10 mil em apenas uma única manifestação) a ocuparem as ruas da cidade em protestos pacíficos pela renúncia do ditador do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, que acabou renunciando ao cargo em novembro de 2011. Tawakkol colocou o Iêmen no mapa mundial, não pela guerra, mas sim pela paz.

A humanidade comum que une negros e brancos em uma só raça humana teria dito a cada um de nós que devemos viver como as crianças do paraíso.”

Nelson Mandela

Ex-presidente da África do Sul | 18/jul/1918 | vilarejo de Mvezo/África do Sul

Sou uma cidadã do mundo, a terra é minha pátria e a humanidade é minha nação.”

Tawakkol Karman

Jornalista e ativista pelos direitos humanos do Iêmen | 7/fev/1979 | Ta’izz/Iêmen

Estilo de liderança: ativista. Principal representante do movimento antiapartheid, Mandela não se deixou intimidar pela severa segregação racial sul-africana. Embora primeiramente pacífico, não temeu mudar sua estratégia ao incentivar o uso de armas após um violento massacre da polícia contra manifestantes negros, entrando ele mesmo em um treinamento paramilitar. Durante os 27 anos de sua prisão, resistiu às pressões para que amenizasse sua luta, mas conseguiu, sem extremismos e com persistência, se tornar a ponte de negociação entre os opostos. Grandes feitos: em 1993, três anos após ser libertado da prisão, Mandela ganhou o Prêmio Nobel da Paz. Em 1994, tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul. Eleito democraticamente, Mandela comandou a transição do regime de minoria no comando, mudando definitivamente a história da África do Sul. Após o fim de seu mandato, em 1999, voltou-se para as causas de diversas organizações sociais e de direitos humanos, recebendo inclusive distinções como a Ordem de St. John, da rainha Elizabeth 2ª, a medalha presidencial da Liberdade, de George W. Bush, o Bharat Ratna (a distinção mais alta da Índia) e a Ordem do Canadá.

Estilo de liderança: dialogador. Como líder da Igreja Católica, João Paulo 2º entendia como seu papel promover a paz no mundo, onde quer que fosse. Conseguiu isso com sua presença carismática em visitas a 129 países, aproximando assim os mais diferentes povos – entre si e da Igreja. Ousou ao adotar uma postura progressista socialmente, mas foi igualmente incisivo ao defender pontos conservadores da Igreja, como a condenação ao uso da camisinha. Grandes feitos: deu ao papado um papel político de destaque ao fazer campanha contra a Guerra Fria, sendo apontado como um dos principais responsáveis pelo fim do comunismo europeu. Aproximou a igreja católica de outras religiões e culturas, desculpou-se pela inquisição e defendeu as liberdades individuais. Superando dificuldades de saúde, teve o terceiro maior pontificado da história da Igreja Católica Apostólica Romana, com 26 anos de duração. No dia 1º de maio de 2011, foi beatificado pelo Papa Bento 16.

O mundo não precisa de muros que nos separam, precisa de pontes para gerar unidade.”

Papa João Paulo 2º

Líder mundial da Igreja Católica | 18/mai/1920 - 2/abr/2005 | Wadowice/Polônia

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Conheça a trajetória de sucesso da Irmã Rosane Ghedin, a executiva que administra um orçamento de mais de R$ 840 milhões na direção da Congregação das Irmãs de Santa Marcelina

Liderança é

acreditar no que se faz

E

Para Irmã Rosane, os segredos mais preciosos do sucesso são “integração, objetividade e clareza de sua missão”

la centraliza a administração de uma instituição que engloba hospitais e projetos musicais e de inclusão social, mas raramente fala no singular. De hábito branco e fala suave, a Irmã Rosane Ghedin, que está a frente da Congregação das Irmãs de Santa Marcelina, prefere dizer “nós”. Mas reconhece que tem os pré-requisitos necessários para ser uma líder. Entre os perfis que já foram feitos sobre ela em jornais e revistas, a maioria cita o contraste entre a vida de executiva e de religiosa, mas basta conversar durante dez minutos com a Irmã para ver que o que mais chama a atenção é a maneira simples com a qual ela se refere aos projetos dos quais cuida, que totalizam um orçamento de mais de R$ 840 milhões. “Eu nunca achei que tivesse talento para administrar. As pessoas que começaram a me dizer isso”, admite Irmã Rosane, que se formou em Administração na Faculdade Getúlio Vargas, instituição que a homenageou em 2010. Mas Rosane também é enfermeira formada e fala com carinho sobre a área da saúde. “Me especializei em hematologia e trabalhei com transplantes. Não imaginava que pudesse seguir outra área, pois sempre fui apaixonada por saúde”, lembra. Mas seus talentos como administradora fizeram com que ela seguisse para outra direção, a de executiva. Nascida no Paraná, na cidade de Boa Vista, Rosane foi a única de sete filhos a seguir a vida religiosa. A decisão foi tomada aos 15 anos e desde então ela dedica sua vida a trabalhos sociais. Hoje, aos 43, sua prioridade continua a mesma, mas a responsabilidade é infinitamente maior. “Eu acho que essa questão de executiva, de líder, isso está ligado à persistência. Acho que eu tenho essa caracterís-

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l i d e r anç a é acreditar no q u e s e fa z

tica de ser forte nas decisões, de segurar as coisas mais difíceis, mas eu me sinto muito igual às pessoas”, confessa. De acordo com a Irmã, o tal “talento” que citam quando se referem à sua posição de liderança nada mais é do que a organização e uma capacidade excepcional para fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Afinal, é quase impossível que as 24 horas do dia sejam suficientes para realizar as tarefas que envolvem a administração dos complexos hospitalares Santa Marcelina e outros três projetos musicais. “Eu consigo organizar a minha vida e priorizar as coisas, porque não trabalho só no hospital ou só na área de cultura... Tenho muitos trabalhos comunitários informais que faço no paralelo.” A área de cultura citada pela Irmã abrange as atividades da Escola de Música Tom Jobim, o Projeto Guri Santa Marcelina e o tradicional Festival de Inverno de Campos do Jordão. Trabalhar com tantos projetos diferentes só contribuiu para que a sua reputação ganhasse ainda mais respaldo ao longo de 14 anos de carreira. “Acho que liderança é ter fibra

Acho que tenho essa característica de ser forte nas decisões, mas eu me sinto muito igual às pessoas” e acreditar no que se faz”, define. Segundo ela, a vocação para a educação e formação de profissionais sempre foi o grande objetivo da Congregação das Irmãs de Santa Marcelina, e foi exatamente isso que a ajudou a ter uma visão mais abrangente das pessoas com as quais trabalha e convive. Por esse mesmo motivo, ela também faz questão de manter um canal aberto com seus funcionários, que a procuram algumas vezes para resolver até problemas pessoais. Mas a rotina atribulada nem sempre permite a comunicação direta, o que ela define como uma consequência natural de uma “exigência estratégica”. Estratégia, aliás, é uma palavra frequente no vocabulário da administradora, que parece enxergar tudo como uma espécie de quebra-cabeça prazeroso de resolver. “Trabalhar é muito bom. É muito triste você não poder se ocupar com alguma coisa, porque para mim trabalho é uma ocupação. Eu nunca fui remunerada, nunca ganhei salário, então eu faço porque gosto mesmo. E a grande satisfação é você ver o resultado de tudo o que fazemos”, diz. Apesar de amar o que faz, a Irmã reconhece que existem grandes obstáculos a serem superados diariamente, principalmente porque seu trabalho exige uma parceria com os governos municipal, estadual e federal. O Hospital Santa Marcelina, por exemplo, é uma de suas principais preocupações. Localizado no bairro de Itaquera, Zona Leste de São Paulo, ao lado da casa anexa onde vivem as irmãs Marcelinas, o complexo hospitalar foi

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criado para atender às necessidades da região e tornou-se um dos principais desafios na administração da Irmã Rosane. “A população se multiplicou, as demandas se multiplicaram, então sempre vivemos na mesma defasagem, de conseguir atender a todos que precisam, ajustando o orçamento às necessidades”, explica. Seu papel nos projetos musicais também é de protagonista. Por serem todos feitos em parceria com o governo estadual, também ficaram sob seu comando, assim como aqueles de cunho educativo. Todos eles fazem parte da rotina da Irmã, que consegue manter a serenidade apesar de se dedicar integralmente ao que ela define como “um carisma”, palavra que no vocabulário católico significa o mesmo que “missão”. Apesar da clareza de objetivos, ela é enfática ao dizer o que ainda deseja aprender: “Nesse sentido sempre são coisas que a gente anseia descobrir, como otimizar os recursos. São buscas insaciáveis na administração, porque administrar com todo o recurso necessário, qualquer administrador faz, mas o nosso desafio é poder realizar os projetos sem o recurso suficiente”. É visível o respeito com o qual os funcionários da Irmã se referem à ela, tanto por reconhecerem sua posição de liderança como por saberem o tamanho de sua responsabilidade. Afinal, além de todos os projetos, ela também administra preciosamente seu o tempo. “A vida não é cansativa. Às vezes, nas horas mais difíceis, a gente tem vontade de poder respirar mais e ficar mais nos bastidores. Mas a coisa vai inflamando, e quanto mais você conhece aquilo, mais consegue


ver que pode melhorar. Então cresce dentro de você”, conclui, com a calma e disposição de quem sabe que ainda tem muito trabalho pela frente. Irmã Rosane admite que ainda não sabe até quando quer permanecer na liderança, mas reconhece que gostaria de encontrar novos desafios. Aprender a melhorar suas estratégias, o relacionamento entre as pessoas de sua equipe e conseguir resultados mais facilmente estão entre os ensinamentos que ela pretende obter futuramente. Por enquanto, ela sabe que já aprendeu alguns segredos preciosos do sucesso: “Integração, objetividade e clareza de sua missão. Isso gera uma força enorme”.

Saiba quais são as lições de liderança de Irmã Rosane

Veja quais projetos e instituições são administrados pela Irmã Rosane Ghedin

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Acredite no seu trabalho e no potencial de sua equipe; Transmita seus valores e esteja atento às necessidades dos seus funcionários; Organize o seu tempo e priorize os problemas mais urgentes; Monte um corpo de assessores criterioso e de confiança; Reconheça a necessidade de ter um aprendizado contínuo; Mantenha sua equipe unida e motivada.

4 1 Festival de Inverno de Campos do Jordão, no interior de São Paulo; 2 Quatro complexos hospitalares Santa Marcelina, em São Paulo. O principal deles (foto) está localizado em Itaquera, Zona Leste da capital; 3 Escola de Música do Estado de São Paulo, a EMESP Tom Jobim; 4 Projeto Guri Santa Marcelina, que promove a inclusão social através da música.

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Documentos que mudaram o rumo da

Estes registros tiveram enorme impacto nA HUMANIDADE e foram resultado dos esforços e da atuação de grandes líderes. Descubra aqui por que são muito mais do que papel e tinta

HISTÓRIA Acima: A Declaração das Nações Unidas foi assinada por 26 países, liderados pelos Estados Unidos, em 1° de janeiro de 1942. O objetivo era firmar uma aliança concreta contra o avanço hitlerista na Segunda Guerra Mundial. A declaração, de nome criado por Franklin Roosevelt, foi a base para a criação das Nações Unidas. À dir.: A Lei Áurea foi assinada em 13 de maio de 1888 pela Princesa Isabel no Paço Imperial, Rio de Janeiro. Resultado da Campanha Abolicionista, iniciada em 1870, a lei aboliu de vez a escravidão ao afirmar: “É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil”. Seu nome, que quer dizer “de ouro”, faz referência ao caráter glorioso do ato.

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d oc umentos que m u da r a m o ru m o da h is tó r i a

O Regimento que levou Tomé de Souza a governador do Brasil, datado de 17 de dezembro de 1548, é considerado uma espécie de primeira Constituição do país. O documento instruía o militar e político português em sua nova ocupação como governador geral da Colônia e trazia orientações do rei Dom João 3º sobre como as normas jurídicas deveriam vigorar. Além disso, havia orientações como: “fazer uma fortaleza e uma povoação grande e forte em um lugar conveniente para daí se dar favor e ajuda a outras povoações e se ministrar justiça”.

Anunciada em 26 de agosto de 1789, na França, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão veio como uma forma de legitimar o novo poder vindo da Revolução Francesa, que depôs o rei Luís 16. Foram necessários cerca de dez dias de debates entre os deputados na Assembleia Nacional francesa para definir os artigos da declaração, dentre os quais estão os célebres “Os homens nascem e são livres e iguais em direitos” e “A livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do homem”. Primeira declaração de direitos da História, ela inspirou outros documentos do tipo séculos depois, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU, de 1948.

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Crianças aprendem a valorizar a leitura por meio de projeto em Ribeirão Preto

IP realiza ação Chambril na Área em gráficas da Grande São Paulo

Para estimular o hábito da leitura entre crianças, o Instituto International Paper (IIP) levou um projeto muito especial para a 13ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto, realizada entre os dias 6 e 16 de junho. Trata-se da Cidade do Livro, uma cidade cenográfica que traz peças teatrais interativas sobre a importância dos livros e temas atuais da sociedade, como saúde, meio ambiente, pluralidade cultural, ética e cidadania. “Nós da International Paper acreditamos que o conhecimento é capaz de transformar a realidade ao trazer desenvolvimento e benefícios para a comunidade. A Cidade do Livro contribui com esse processo ao despertar o prazer de ouvir e ler histórias, incentivar as crianças a manusear livros e, por último, conscientizar quanto à importância do livro para o desenvolvimento socioeducacional”, destacou a gerente de Sustentabilidade e Responsabilidade Social da International Paper, Lizzi Colla. A organização possui uma fábrica de papel em Luiz Antônio, perto de Ribeirão Preto.

Durante a semana de 17 a 21 de junho, com o objetivo de comemorar o mês da Indústria Gráfica, a International Paper realizou a ação Chambril na Área. Foram visitadas 30 gráficas da Grande São Paulo, e cerca de 6 mil funcionários receberam brindes e um folder explicativo sobre como participar do concurso cultural de Chambril. O primeiro colocado vai ganhar uma televisão de led 46’, e o segundo, um aparelho de 32’. Profissionais de todas as gráficas puderam participar do concurso, realizado entre 17 de junho e 12 de julho, ao acessar o Portal Chambril (www.portalchambril.com.br), preencher um formulário e criar uma frase com as palavras papel, produtividade e futebol. Os vencedores são autores das frases mais criativas.


International Paper ganha prêmio de excelência da revista Consumidor Moderno

Chamequinho faz participação especial em festa da revista Recreio

Diretoria Comercial ganha nova estrutura

Conhecido como o “Oscar” da gestão empresarial, o Prêmio Consumidor Moderno de Excelência em Serviços ao Cliente, que realizou neste ano a sua 14ª edição, premiou a IP na categoria Indústria, reconhecendo a qualidade de seus serviços no setor. Organizado pelo Grupo Padrão por meio da revista Consumidor Moderno, em parceria com o Instituto GFK, o prêmio visa reconhecer as empresas que possuem a melhor estratégia de clientes em todos os pontos de contato e que buscam a excelência como diferencial competitivo na prestação de seus serviços. Foram seis meses de análise dos trabalhos das empresas concorrentes que resultaram em mais um prêmio para o currículo da IP. Essa foi a oitava ocasião em que a organização ganhou o prêmio.

O Chamequinho foi figura de destaque na festa que comemorou os 13 anos da revista Recreio, da Editora Abril, realizada em junho no Buffet Pindorama, em São Paulo. A publicação é uma das mais importantes do segmento infantil no Brasil e traz em suas edições matérias divertidas e educativas para as crianças. O Chamequinho participou de interações com a criançada, tirando fotos que depois eram coladas em um painel feito especialmente para a ocasião. O mascote foi ainda a estrela de uma história em quadrinhos e apareceu nos adesivos e presentes entregues no final da festa. Ao longo do evento as crianças realizaram diversas atividades com os papéis da IP, como desenhos, dobraduras e brinquedos. O evento também contou com a presença das celebridades mirins da novela Carrossel, do SBT.

Desde a primeira semana de julho, a área Comercial da organização está estruturada da seguinte maneira: Sérgio Canela, profissional da IP há três anos, tornou-se gerente geral de Vendas-IPEX (International Paper Exportadora); Júlio Prato, também há três anos na companhia, foi promovido a gerente geral de Negócios; Marcos Scalabrin assumiu o cargo de gerente de Suprimentos (Aparas e Madeira) na Orsa International Paper Embalagens; Mariana Prado se tornou a nova gerente de Planejamento Comercial da IPEX; e Fernanda Galamba foi promovida a gerente de Negócios.

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liderança no futuro Em um ambiente ainda mais competitivo, não haverá espaço para quem evoca o confronto e a competição entre os membros de uma equipe

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omo professor, costumo dizer que mais aprendo do que ensino, e dentre as diversas “lições que aprendi” com meus alunos de MBA, está um episódio contado por um executivo sobre a sua aflição em relação ao filho de 20 anos. Desde criança, o jovem sonhava um dia trabalhar em uma determinada multinacional do setor de informática. Em seu terceiro ano de faculdade, ele finalmente foi aceito como estagiário nessa empresa. Segundo o pai, o drama começou quando o filho chegou em casa dizendo não querer mais trabalhar na organização em questão, pois seu superior só o destratava, dizendo que ele era um incompetente, que seria “engolido” pela competição entre os demais estagiários. Naquele momento, lembrei-me do meu primeiro chefe que foi meu verdadeiro mentor, e aconselhei o pai que dissesse ao filho para não desistir, pois enquanto nossos sonhos forem maiores que os obstáculos, superaremos qualquer crise. E que encarasse aquilo como uma boa oportunidade de aprendizado sobre “tudo o que um verdadeiro líder não deve fazer”. O drama vivido pelo rapaz é o mesmo experimentado por muitos jovens iniciantes em suas carreiras e que hoje não encontram líderes verdadeiros para os guiarem no caminho do sucesso. Como consultor, tenho testemunhado que nas contratações de profissionais se dá muita importância à capacidade técnica do candidato, mas posteriormente estes mesmos profissionais são demitidos pela incapacidade de se relacionar com as pessoas. Este episódio aconteceu há uns quatro anos. Hoje este “rapaz” é um jovem executivo de sucesso nesta mesma multinacional e lidera um grupo de 50 profissionais, alguns com mais tempo de casa do que ele. Com certeza, os estagiários que ele contrata são todos tratados de forma bem diferente do que ele vivenciou um dia. Os líderes do futuro são os estagiários de hoje. Em um cenário de alta competitividade, não haverá mais espaço para “pseudolideranças” que evocam o confronto e a competição entre os seus liderados, em um regime de vencedores e perdedores.

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Por Luiz Roberto C arnier Coorde n ador Acad ê mico n a E scola de Admi n istraç ão de E mpresas de São Pau lo – Fu n daç ão Get ú lio Vargas (E AE SP - FGV ), con s u ltor e palestrante, especiali z ado em Story telli n g

Confira abaixo as cinco regras de preparação que as organizações devem seguir na formação dos líderes do futuro 1 Eles devem ter objetivos claros e aceitos por todos Devemos formar jovens líderes que tenham desde agora o senso de resultados baseados em metas, controles e no prazo de execução. Comece dizendo qual o propósito do trabalho e o que é esperado da equipe. 2 O líder do futuro trabalhará no senso “Small is Beautiful” Não existem e nem existirão equipes de alta performance com um número excessivo de pessoas, mesmo porque a rapidez de resposta é condição crítica para a performance de resultados. 3 Deve-se sempre buscar a diversidade O líder do futuro saberá trabalhar e liderar equipes de alta performance, com pessoas que não confundam entusiasmo com proatividade, e nem pessimismo com cautela. 4 O líder do futuro deverá demonstrar autoconfiança e autorrespeito O verdadeiro líder deverá cultivar esses dois valores. Igualmente, cada membro da equipe vai precisar respeitar a opinião dos demais e debater todos os pontos de vista com isenção de ânimos ou paixões pessoais. O que importa é o resultado a ser alcançado. 5 Finalmente, o líder do futuro será o maestro Ele vai dar o tom, a cadência e a direção em busca da solução final. Sua primeira responsabilidade será dizer qual a realidade dos fatos. A última coisa a dizer será: “muito obrigado”.



Paper foi impressa capa: papel Chambril 180 g/m2 | miolo: papel Chambril 120 g/m2 da International Paper Acabamento: Hot Stamping vermelho (capa e infográfico) e laminação Soft Touch (capa)

Esta publicação foi impressa em papel certificado pelo programa brasileiro de certificação florestal Promovendo o manejo florestal sustentável www.inmetro.gov.br/qualidade/cerflor.asp

Esta é uma publicação trimestral da


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