Segunda quinzena de maio 2013

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Miscelanea

8 Saúde Pública

Criança com deficiência

Relatório do Unicef aponta exclusão Ciência

Cientistas criam células-tronco humanas por meio de clonagem

Governo federal repassou mais r$ 1,3 milhão para Campo Belos População do município questiona sobre utilização dos recursos, pede transparência nas ações da prefeitura e exige mais dignidade no atendimento aos pacientes que procuram o Hospital Municipal. Falta de médicos e cultura da “ambulâncioterapia” estão entre as principais reclamações. Página 04

Mão Santa

Oscar promete superar câncer na cabeça 8

2ª quinzena de Maio de 2013

www.ovetor.com.br

Ano VI Edição LVIII

TabagiSmo

Consumidor gasta mais com cigarros do 8 Trabalho infanTil que com arroz e feijão 1,9 milhão de brasileiros expostos a risco Apesar dos avanços no combate ao trabalho infantil caiu de 19,6% das crianças e jovens de 5 a 17 anos, em 1992, para 8,3%, em 2011, especialistas estimam que entre 1,56 milhão e 1,97 milhão de crianças e adolescentes trabalhem em atividades perigosas e insalubres no Brasil, pouco mais da metade dos 3,7 milhões de menores trabalhadores, registrados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/2011), do IBGE. Página 12

Os gastos da população com cigarros têm se mantido nos últimos anos e o peso dessas despesas no orçamento mensal dos consumidores “é relevante”, disse o economista do instituto Brasileiro de economia (ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), André Braz. Página 10

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VoTaçõeS SecreTaS

Bancada do Distrito Federal apoia extinção Os oito deputados e os três senadores que representam a capital federal são unânimes ao afirmar que o sigilo precisa ser extinto no Congresso. Página 03

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arTigo

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CASO BOlSA FAMÍliA

O assistencialismo e a economia política da pobreza POr VAGNer DA SilVA CuNhA*

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douTrina eSPÍriTa

OS ANiMAiS SãO irrACiONAiS?

CONtO A liÇãO DOS GANSOS rOBertO Cury

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deTran anuncia

Prova eletrônica em todo estado, a partir de julho.

O novo método de avaliação faz parte da reformulação do Detran por meio de novas tecnologias da informação. “O papel e a caneta foram abolidos e a partir de agora, o novo método página 05 de avaliação é completamente eletrônico”, disse o presidente. Página 02

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Cinquentenário da Paróquia Nossa Senhora da Conceição da Cidade de Campos Belos/GO JOãO BeltrãO FilhO

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liTeraTura & direiToS SociaiS

Gabriela cravo e canela, de Jorge Amado, uma crônica de costumes: Do coronelismo à modernidade do século XX lAriSSA CArDOSO BeltrãO

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2ª quinzena de Maio de 2013

goVerno do eSTado

CASO BOlSA FAMÍliA

O assistencialismo e a economia política da pobreza Por Vagner da Silva Cunha* Entre os dias 18 e 19 de maio último, camadas populares de diversas cidades brasileiras foram surpreendidas com a propagação de um boato de que o Bolsa Família, principal programa de transferência direta de renda do governo federal, seria suspenso. Com a notícia espalhando-se rapidamente por vários estados do Brasil, sobretudo nas regiões Sudeste, Norte e Nordeste, populações locais prontamente acorreram às casas lotéricas e agências da Caixa Econômica Federal para sacarem os valores relativos ao benefício, o que, em alguns casos, gerou tumulto, revolta e depredações. Em poucos dias, conforme divulgou a Caixa Econômica, foram sacados das agências cerca de R$152 milhões, ao passo que, em decorrência da comoção social provocada, alguns pagamentos foram adiantados, não obstante a existência de calendário próprio. Com a ampla divulgação acerca dos fatos em diferentes mídias, e no intuito de apaziguar os ânimos, na segundafeira (20/5), a presidenta Dilma Rousseff, em pronunciamento oficial em sua passagem por Ipojuca, região metropolitana de Recife, tratou de desmentir os rumores, inclusive afirmando que a autoria dos mesmos seria objeto de investigação da polícia federal por tratar-se de ato “desumano” e “criminoso”, ao passo que sugeria motivação política e ação leviana da oposição visando a desestabilizar seu governo. Segundo suas palavras, os recursos destinados a tal programa são “sagrados” e “serão garantidos sempre, enquanto for necessário”, reafirmando o compromisso “forte, profundo e definitivo” de sua gestão para com a manutenção do mesmo. Como se sabe, o Programa Bolsa Família, prestes a completar dez anos de existência, atualmente contempla cerca de 36 milhões de pessoas, sendo um dos principais símbolos dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. instrumentalização eleitoreira Guardadas as devidas diferenças conjunturais, é interessante notar que, ao longo da história, várias foram as manifestações de revolta popular frente a ameaças – concretas ou imaginárias – de restrições acerca do que se convencionou como direitos tradicionais e benesses costumeiras. Na França e Inglaterra dos séculos 17 e 18, por exemplo, foram muito comuns os chamados food riots e tax rebellions,geralmente conhecidos como “os motins da fome”, rebeliões relativas ao aumento (ou boatos de aumento) injustificado e abusivo de preços e/ou impostos. Comumente, sob o lema “Viva o Rei e morte ao mau governo!”, ou ainda “Viva o Rei e morram os traidores!”, tais movimentos caracterizavamse, sobretudo, por seus aspectos apenas reativos, uma vez que o objetivo central era o retorno a uma situação anterior de equilíbrio social e apaziguamento dos conflitos. De modo semelhante, nas famosas revoltas camponesas

ocorridas na França no início do século 18, a divulgação e propagação dos boatos também assumiu um papel preponderante, difundindo ondas de pânico, terror e medo entre as populações citadinas. Em suma, em tais manifestações de revolta popular a ordem estabelecida não era questionada, mantendo-se, portanto, o status quo. De fato, o próprio conceito de “revolução” genuinamente empregado nestes contextos, muito inspirado em pressupostos astronômicos, guardava um significado absolutamente conservador, de retorno a uma situação precedente, situação que prevaleceu até a ascensão dos jacobinos franceses ao poder em 1791. De volta ao contexto brasileiro, e polêmicas à parte, acreditamos ser bastante válido o exercício de dissociação entre políticas afirmativas, assunto tão em voga, e o mero assistencialismo. Não obstante as divergências existentes, observase que há relativo consenso entre os ativistas defensores das políticas afirmativas no que se refere a seu caráter eminentemente emergencial e imediatista, não excluindo, portanto, a necessidade de ações governamentais e sociais de maior envergadura a fim de sanar as graves defasagens histórica e politicamente constituídas. Nessa perspectiva, ao tornar-se o estandarte das políticas de Estado, um dado programa, isoladamente, corre o risco de transmutar-se em simples assistencialismo, gerando uma nefasta instrumentalização eleitoreira, sobretudo em países de fértil e arraigado passado caudilhesco e populista. Ação afirmativa não assistencialista Obviamente, aspectos positivos de tais políticas, como o combate à fome e à miséria extrema, assim como a redistribuição de renda ou mesmo o aquecimento da economia interna, não podem ser desprezados e negligenciados; contudo, “se quem tem fome tem pressa” – como reiteradas vezes afirmou o governo Lula – não é de bom tom esperar a fome bater à porta a cada dia, sob o risco de se criar uma verdadeira “economia política da pobreza”, subvertendo os princípios éticos e humanitários que, em tese, deveriam nortear tais políticas. Nessa vertente, e sobretudo em períodos eleitorais, são inclusive elucidativas as disputas travadas entre partidos de orientação ideológica diversa acerca da “paternidade” de tais programas, dadas as suas repercussões e abrangência social. À guisa de conclusão, por fim, acreditamos que somente quando tais políticas forem de fato enquadradas na perspectiva mais abrangente da ação afirmativa – e não assistencialista – é que alterações, ou mesmo a supressão do Programa Bolsa Família, por fazer-se desnecessário, entrarão no horizonte de possibilidades, superando a acepção setecentista conservadora do termo “revolução” para um entendimento mais contemporâneo, de mudança. FONTE - (Observatório da Imprensa - edição 748) *Vagner da Silva Cunha é historiador.

deTran anuncia

Prova eletrônica em todo estado, a partir de julho Agência Goiana de Comunicação

O novo método de avaliação faz parte da reformulação do Detran por meio de novas tecnologias da informação. “O papel e a caneta foram abolidos e a partir de agora, o novo método de avaliação é completamente eletrônico”, disse o presidente. A biometria dos processos foi outra tarefa executada pelo Detran. O objetivo é facilitar o controle interno da documentação. “Uma sala foi montada e equipada com 18 computadores conectados a leitores biométricos. Isso significa que na chegada os candidatos são reconhecidos pelas impressões digitais”, explica. A biometria também vale nos processos para documentação de veículos.

O Registro Nacional de Carteira de Habilitação (Renach) arquiva todos esses processos eletrônicos, o que acontecia apenas nos Centros de Formação de Condutores (CFCs). O próprio sistema informatizado do Detran faz o encaminhamento do candidato para os exames médicos e psicológicos. Para fazer parte do banco de dados eletrônico do Detran, o candidato precisa comparecer a uma unidade do Vapt Vupt com os documentos pessoais, comprovante de endereço e CNH, se tiver. Taveira afirma que os usuários do serviço do Detran são os mais beneficiados com as inovações tecnológicas. “Chegará o momento eu que um filho está fazendo prova de volante e os pais assistirão pela internet. E esse momento chegou”, disse.

Governador assina lei da livre informação “A lutA pelo fortAlecimento dA democrAciA que conquistAmos deve ser intensA e constAnte”. Gabinete de Imprensa do mos do saudoso Henrique Foto crédito/ Lailson Damasio

Governador Marconi Perillo , “a nossa determinação foi para que saíssemos à frente e disponibilizássemos tudo o que era exigido pela LAI”. Gabinete de imprensa do Governador

Com esta frase, o governador Marconi Perillo iniciou o seu discurso proferido, na tarde do dia 22, durante a assinatura do autógrafo de Lei 37 que dispõe sobre os procedimentos a serem observados na aplicação da Lei Federal nº 12.527 (Lei de Acesso à Informação - LAI), de 18 de novembro de 2011, para a garantia do acesso a informações, observados grau e prazo de sigilo previsto na Constituição Federal. As disposições da Lei aplicam-se aos órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, Tribunais de Contas e ao Ministério Público. Estende sua abrangência também às autarquias, fundações e empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pelo Estado. São extensivas ainda às entidades privadas, sem fins lucrativos que recebam recursos públicos. “Na esfera de Governo, em nossas três gestões, declarou o governador atuamos para garantir a total transparência de nossas ações, dando à população e aos organismos de controle os meios adequados para a fiscalização de todas as nossas ações.” Destacou que, com o avanço da legislação, agora, permitindo acesso a novas informações, “a nossa determinação foi para que saíssemos à frente e disponibilizássemos tudo o que era exigido pela LAI”. Marconi disse que Goiás foi um dos pioneiros na garantia desse avanço, “porque, com a escola que tive-

Santillo, que nos ensinou o be-a-bá da transparência, procuramos logo por em prática o que a lei preceituava”. “Almejamos e colocamos em prática uma administração aberta e integrada com os mais dignos anseios da nossa população. Graças a Deus e ao empenho de todos os que lutam pelo aprimoramento democrático do nosso País, esse é um caminho sem volta, para gáudio dos que querem o exercício do poder transparente e controlado, fechando e estancando todos os possíveis gargalos e desvios. Precisamos e devemos seguir esses caminhos sem atalhos. Acredito que a transparência vem justamente para nos ajudar a percorrer esses caminhos com mais segurança e tranquilidade”, acrescentou. Por fim, o governador informou estar determinando à Controladoria Geral do Estado que todos os processos que signifiquem qualquer tipo de despesa, tenham todas as folhas, todo o seu conteúdo, escaneado e disponibilizado na internet, inclusive o número de viagens aéreas dos secretários e do governador. “Todas as informações deverão ser disponibilizadas: processos de compra, licitações, contratos e pagamentos de qualquer natureza. Se o processo contemplar algum tipo de despesa ele irá, folha por folha, para a internet, onde ficará à disposição para a consulta por parte de toda a população”, finalizou. Compareceram à solenidade secretários, presidentes dos tribunais de contas, membros do judiciário e do Ministério Público.

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cidadania

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8 VoTaçõeS SecreTaS

Bancada do Distrito Federal apoia extinção

os oito deputAdos e ostrês senAdores que representAm A cApitAl federAl são unânimes Ao AfirmAr que o sigilo precisA ser extinto no congresso. Foto: Rodrigo Rollemberg

Juliana Colares Com representantes em nove partidos, os 11 parlamentares que compõem as bancadas do Distrito Federal na Câmara dos Deputados e no Senado defendem o fim do voto secreto. A capital do país é uma das sete unidades federativas que acabaram com as decisões sigilosas. Na Câmara Legislativa, o voto aberto exclusivo foi instituído em 2006. Naquele ano, a Câmara federal aprovou, em primeiro turno, a PEC 349, que prevê a extinção do voto secreto em todas as casas legislativas do país. Agora, deputados e senadores eleitos pelo DF defendem a retomada da discussão no Congresso. “Sou radicalmente a favor do fim do voto secreto. Esse tema é tão importante quanto o fim do 14º e do 15º salários (extirpados do Congresso em fevereiro deste ano). Não há motivos para um parlamentar se esquivar de revelar as manifestações que assume enquanto representante do povo”, disse o deputado Augusto Carvalho (PPS-DF). “No dia que o parlamentar assume a função de representante da população, é dela que ele não pode se esconder, não dos colegas. Se o voto é se-

dispositivos dos regimentos internos da Câmara e do Senado que determinam que as mesas diretoras das duas casas devem ser eleitas por voto secreto — à manutenção do sigilo nos processos de cassação, análise de veto presidencial e apreciação de autoridades indicadas pela Presidência da República.

Senador Rodrigo Rollemberg (PSB) “Quem foi eleito para representar a população tem que estar pronto para enfrentar todo tipo de pressão”.

creto, como a população vai saber o seu posicionamento?”, questionou o deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF). Defensor do voto aberto, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB) alfineta os defensores do sigilo, afirmando que quem foi eleito para representar a população “tem que estar pronto para enfrentar todo tipo de pressão”. Ele acredita, no entanto, que haverá resistência à aprova-

ção da proposta de emenda à Constituição sobre o tema. “Acho que será difícil, mas entendo que seria um avanço importante para a democracia brasileira”, afirmou. O único representante do Distrito Federal no Congresso que não defendeu o voto aberto exclusivo foi o deputado Ronaldo Fonseca (PR). Para ele, as eleições das mesas diretoras das duas casas deveriam continuar

fechadas. “É o único sigilo que eu acho que deve haver. Ali, trata-se de uma eleição. Há as mesmas características do voto universal. Nessa situação, eu sou um eleitor e tenho que ser respeitado como eleitor. Nas outras votações, sou um representante da sociedade, e o voto precisa ser aberto”, argumentou. Fonseca disse, no entanto, que prefere a aprovação da PEC 349 — que revogaria tacitamente os

8 dÍVidaS PreVidenciáriaS e PaSeP

Parcelamento em até 240 vezes

estAdos e municípios poderão pArcelAr dívidAs previdenciáriAs e com o pAsep em Até 240 meses com redução de 100% de multAs e encArgos legAis. Portal Planalto*

Duas portarias conjuntas da Secretaria da Receita Federal do Brasil e da ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional, publicadas no Diário Oficial da União de segunda-feira (27), estabeleceram as normas para o parcelamento das dívidas de estados, municípios e do Distrito Federal com a Previdência e com o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). As regras de parcelamento valem também para autarquias e fundações públicas vinculadas aos entes federados. A possibilidade de parcelamento e reparcelamento das dívidas foi instituída pela Lei 12.810/2013, produto da conversão da Medida Provisória nº 589, de novembro de 2012. A Lei, no entanto, incluiu as dívidas com o Pasep e trouxe mais vantagens aos estados e municípios que optarem pelo parcelamento. Entre os principais pontos das novas regras para o parcelamento das dívidas com contribuições previdenciárias, destacam-se: - A possibilidade de inclusão de contribuições de competência até fevereiro deste ano, enquanto na MP 589 foram in-

cluídas apenas as dívidas referentes a contribuições até outubro de 2012; - O parcelamento poderá ser em 240 meses ou em prestações equivalentes a 1º da média mensal da Receita Corrente Líquida do ente político, sendo priorizado o menor valor (pela MP, o valor da prestação mensal era de 2% da RCL); - Rdução de 100% das multas, de 50% dos juros e de 100% dos encargos legais (as reduções previstas na MP 589 eram de 60% das multas, 25% dos juros e de 100% dos encargos legais); - Inclusão no parcelamento, mediante aumento no número de parcelas, de dívidas relativas a competências até fevereiro/2013, apuradas após o prazo final para o pedido de parcelamento, que deverá ser realizado até 30 de agosto de 2013; - Pagamento das prestações por meio de retenção no Fundo de Participação dos Estados (FPE) ou dos Municípios (FPM) (nos mesmos moldes da MP 589); - enquanto não consolidada a dívida, será retido no FPE ou no FPM o corresponde 0,5% da Receita Corrente Líquida do ente a título de antecipação de parcelas; - A retenção terá início a partir do primeiro decêndio do

terceiro mês subsequente ao do pedido; - Migração automática dos optantes pela MP 589 para o parcelamento da Lei 12.810; essa migração beneficiará os optantes, que não precisarão solicitar a desistência do parcelamento da MP 589, evitando o trabalho de comparecer à unidade da RFB, e ainda aproveitarão automaticamente todos os benefícios trazidos pela nova lei (caso não concorde com a migração automática, o ente poderá se manifestar contrariamente, por escrito, junto à unidade da RFB); - Ppção por desistir de outros parcelamentos em curso, relativos às contribuições previdenciárias, para inclusão das dívidas no parcelamento da Lei 12.810 (previsão que também já constava da MP 589); - A partir da opção, não serão mais retidos no FPE ou no FPM valores referentes a débitos de parcelamentos anteriores incluídos no parcelamento da Lei 12.810. - O ente deverá manter-se em dia com as obrigações correntes, que também poderão ser retidas no FPE ou no FPM, sob pena de exclusão do parcelamento (previsão que também já constava da MP 589). Já o parcelamento do Pasep,

que foi acrescido ao texto original da MP 589, foi instituído com as seguintes regras: - Possibilidade de inclusão de débitos cujos fatos geradores tenham ocorrido até 28 de fevereiro de 2013; - Pagamento em 240 meses; - Redução de 100% das multas, de 50% dos juros e de 100% dos encargos legais; - Inclusão no parcelamento, mediante aumento no número de parcelas, de dívidas relativas a fatos geradores ocorridos até 28 de fevereiro/2013, apuradas após o prazo final para o pedido de parcelamento, que deverá ser realizado até 30 de agosto de 2013; - Pagamento das prestações por meio de retenção no Fundo de Participação dos Estados (FPE) ou dos Municípios (FPM); - Até que seja operacionalizada a retenção, as parcelas, cujo valor mínimo é de R$ 500,00, deverão ser pagas em Documento de Arrecadação (Darf); - Opção por desistir de outros parcelamentos em curso relativos ao Pasep para inclusão das dívidas no parcelamento da Lei 12.810. *(Fonte: Portal Planalto, com informações do Ministério da Fazenda.)

Cassação Por meio da assessoria de gabinete, a deputada Jaqueline Roriz (PMN), que escapou da cassação em 2011 em votação secreta, também se disse a favor do fim do voto secreto. O processo de perda de mandato da parlamentar foi aberto após divulgação de vídeo gravado em 2006, em que ela aparece recebendo dinheiro de Durval Barbosa, exsecretário de Governo do DF. No Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, onde as votações são abertas, os integrantes do colegiado decidiram recomendar a cassação da deputada. O placar foi de 11 votos a três. A defesa de Jaqueline elaborou uma minuta jurídica, que foi distribuída à imprensa e aos demais deputados, argumentando que não se pode julgar um parlamentar por ato anterior ao início do mandato, sob

risco de abertura de precedente. Jaqueline foi absolvida com apoio de 265 deputados. Ela recebeu 166 votos pela cassação. Houve 20 abstenções. Também é do Distrito Federal a deputada que sugeriu à Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos — criada em oposição à Comissão de Direitos Humanos e Minorias, presidida pelo pastor Marco Feliciano (PSC-SP) — o lançamento de uma campanha em defesa do voto aberto. A petista Erika Kokay encaminhou requerimento aos integrantes do colegiado na última terça. Ontem, ficou decidido que a frente emitirá um posicionamento público contra as votações secretas e elaborará um manifesto que deverá ser assinado pelos integrantes da frente — são 198, no total. “O parlamentar não vota só por ele, mas como representante do eleitor. O mínimo é o representado saiba como o representante vota”, endossou o deputado Reguffe (PDT). Na Câmara Legislativa do DF, projeto de emenda à lei orgânica que acabou com o voto secreto foi aprovado no fim de 2006. No início deste ano, o sigilo foi abolido do regimento interno.

8 meio ambienTe

exposição fotográfica marca Semana Mundial Agência Goiana de Comunicação

Em comemoração à Semana Mundial do Meio Ambiente, a Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) realiza a Exposição Fotográfica Araguaia no Século XXI, no Araguaia Shopping, de 4 a 7 de junho. As fotos fazem parte de um projeto em convênio com a Petrobras e foram emolduradas com papéis recicláveis. Os painéis da exposição também são ornamentados com produtos recicláveis. A exposição vai contar com distribuição de mudas de plantas do Cerrado, cartilhas de Educação Ambiental e jogos da trilha ecológica para crianças. Este trabalho é mais uma forma de sensibilizar a população para a preservação do Rio Araguaia. “As pessoas começam a se conscientizar antes mesmo de viajarem para a temporada de férias em julho”, comenta o gerente de Educação Ambiental da Semarh, Hugo Godinho. As fotos retratam o Rio Araguaia em diferentes perspectivas, em que os ribeirinhos e indígenas expressam suas manifestações culturais. No total, 28 fotos serão expostas, mostrando a fauna, a flora, a população ribeirinha e a beleza do Rio Araguaia. O Dia Mundial do Meio Ambiente foi estabelecido pela Assembleia Mundial das Nações Unidas, na Conferência de Estocolmo, na Suécia, em 1971. Assim, toda semana a qual abrange o dia 5 de junho de cada ano, são realizadas celebrações mais incisivas em prol da causa ambiental.

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braSil

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8 Saúde Pública

Governo federal repassou mais r$ 1,3 milhão para Campos Belos roberto Naborfazan

Observa-se em todo o País o grande clamor por investimentos na área da saúde. O jornalista Caco Barcelos e sua equipe de repórteres mostraram, no Profissão Repórter , o caos instalado em hospitais públicos de referência em cinco estados. A situação exige dos gestores públicos, em todas as instancias, ações imediatas na busca por soluções. Falta de planejamento e melhor gestão dos recursos captados tem sido, em geral, o motivo de desabastecimento de medicamentos, falta de médicos e equipamentos hospitalares. Município referência na região da GO – 118 (nordeste goiano), Campos Belos abriga a regional de saúde estadual e tem no Hospital Municipal Anjo Rodrigues Galvão o que deveria ser o principal ponto de atendimento de pacientes da comunidade.

Deveria ser, mas não é, segundo moradores que precisam de atendimento médico naquele local. Médicos, quando estão no hospital, fazem consultas relâmpagos e despacham o paciente comum para casa e os mais graves, em uma ambulância, para Goiânia ou Brasília. Diagnósticos equivocados, aparelhos inoperantes e falta de reciclagem para o corpo de enfermagem estão entre as mazelas enfrentadas pelo cidadão contribuinte, afirma um morador do Distrito do Barreirão, que não quis ser identificado. “Aqui, ou você em dinheiro para ser atendido na Casa de Saúde (hospital particular) ou tem que arriscar se chega vivo ou não, dentro de uma ambulância, N’uma cidade grande” relata. Foi isso que aconteceu com a jovem E C, agredida a facadas por seu ex-namorado. Segundo sua mãe, L P C, Ela não foi

atendida no Hospital Municipal por falta de médico. Pela gravidade do caso, mesmo sem recursos financeiros, a jovem teve que ser removida às pressas para o hospital particular, onde foi atendida e não corre mais risco de morte. “A administração municipal precisa responder à comunidade, onde estão e como estão sendo gastos os recursos vindos dos governos estadual e federal e também os impostos arrecadados no município. Mostrar a planilha de frequência dos médicos, atendimentos feitos aqui e quantos foram mandados de ambulância para outras cidades, por que está vergonhoso” afirma J O S, morador do Setor Tomazinho. Buscamos os valores recebidos pelo município de Campos Belos na área da saúde e do ICMS, de Janeiro a Maio de 2013. Juntos, ultrapassam a casa de 2 milhões de reais (veja quadros). Se os recursos são in-

suficientes, mostrem, dê transparência, para não cair na vala da desconfiança comunitária sobre competência em gerir esses recursos. O jornal O VETOR tentou falar com o prefeito municipal, com a secretária de saúde e com a assessoria de imprensa. Os dois primeiros não atenderam as ligações e o terceiro não soube precisar informações, nem retornou nossa ligação. Quem se omite de informar, de colocar a população ciente do que realmente está acontecendo, está, no mínimo, parado no tempo em relação a era da comunicação e da excelência na prestação do serviço público. Se os recursos existem e chegaram até os cofres da prefeitura, a população tem que saber para onde estão indo. Cada movimento errado, cada equivoco cometido na saúde pública, por gestores ou funcionários, (médicos, enfermeiros e afins) podem custar vidas.

8 geSToreS do SuS

Aprovada responsabilização de envolvidos em irregularidades

populAção do município questionA sobre utilizAção dos recursos, pede trAnspArênciA nAs Ações dA prefeiturA e exige mAis dignidAde no Atendimento Aos pAcientes que procurAm o HospitAl municipAl. fAltA de médicos e culturA dA “AmbulâncioterApiA” estão entre As principAis reclAmAções. UF Município

GO

Atenção Média e Alta Vigilância Assistência Gestão Investimento Básica Complexidade em Saúde Farmacêutica do Sus

CAMPOS 723.688,85 BELOS

573.866,41

21.476,14

46.727,75

0,00

50.000,00

Total 1.415.759,15

Recursos oriundos do Ministério da Saúde Recursos do ICMS recebidos (Já descontados 20% do Fundeb) nos cinco primeiros meses de 2013 * Janeiro – R$ 240.731,55 * Fevereiro –R$ 185.729,77 * Março – R$ 215.062,42 * Abril – R$ 234.636,56 * Maio – R$ 226.428,57

8 maTerial de conSTrução

Alterada pauta fiscal

A comissão de constituição, JustiçA e cidAdAniA (ccJ) Aprovou, nA quArtA-feirA (29), um mecAnismo legAl mAis específico e eficAz pArA punir gestores de políticAs públicAs de sAúde no âmbito dA união, dos estAdos e dos municípios envolvidos em Ações frAudulentAs. Simone Franco*

A responsabilização destes agentes públicos foi proposta no PLS 174/2011, do senador Humberto Costa (PT-PE), e contou com voto favorável do relator, senador Jorge Viana (PT-AC), mantido pelo relator ad hoc, Anibal Diniz (PT-AC). Atualmente, a única forma de enfrentar irregularidades no setor é suspender repasses do Ministério da Saúde a estados e municípios até que se comprove a efetiva prestação dos serviços. Humberto observou, entretanto, que a medida falha por não punir o mau gestor. – Apenas prejudica a execução das políticas de saúde pública e cria transtornos ainda maiores para a população – ressaltou, na justificação do PLS 174/2011. Sanções Advertência e multa são as sanções recomendadas em caso de infração administrativa no setor. Deverão ser aplicadas, entre outras situações, quando o gestor deixar de estruturar o fundo de saúde; não apresentar os pla-

Ministério Público e os órgãos de controle e externo para investigarem o caso.

Advertência e multa são as sanções recomendadas em caso de infração administrativa no setor.

nos de saúde e os relatórios de gestão; impedir o acesso às informações financeiras e administrativas relativas às políticas públicas em execução. O valor da multa vai variar entre dez e cinquenta vezes o valor do salário mínimo vigente na data da condenação (hoje de R$ 6.780 a R$ 33.900), fixado em função da gravidade da infração e da extensão do dano causado à saúde da população. Em caso de reincidência, o valor da primeira condenação poderá ser ampliado de dez a vinte vezes. Crimes de responsabilidade O PLS 174/2011 também cuida de enquadrar os gestores de

saúde infratores na Lei dos Crimes de Responsabilidade (Lei 1.079/1950). Dentre as práticas classificadas como crime de responsabilidade sanitária, destacam-se a transferência de recursos do fundo de saúde para outra conta, mesmo que vinculada ao setor público; a não execução de ações previstas no plano de saúde; a inserção de informações falsas no relatório de gestão. Se houver indícios concretos da ocorrência de infração administrativa ou crime de responsabilidade sanitária, caberá ao conselho de saúde federal, estadual ou municipal e ao Sistema Nacional de Auditoria do SUS (Sistema Único de Saúde) acionar o

Ajuste de conduta Ao defender a proposta na CCJ, Humberto adiantou que vai aprofundar o debate na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde o PLS 174/2011 deverá ser votado em decisão terminativa. Ele realçou sua intenção, ao apresentá-la, de viabilizar a implantação de políticas nacionais de saúde a partir do estabelecimento de responsabilidades compartilhadas entre União, estados e municípios. - Estamos legalizando as comissões intergestores e dando aos pactos que são feitos nessas comissões a condição de ser um contrato que pode ser cobrado legalmente - comentou, observando que as responsabilidades de cada parte poderão ser cobradas a partir do Termo de Ajuste de Conduta Sanitária (Tacs) a ser celebrado entre si. O PLS 174/2011 tramita em conjunto com o PLS 190/2009, que foi rejeitado pela CCJ. *(Agência Senado)

8 nazário, floreS de goiáS e São domingoS

eleitores voltarão às urnas Eleitores de três municípios de Goiás voltarão às urnas para escolher o prefeito e o vice-prefeito. O Tribunal Regional Eleitoral (TREGO) marcou para o dia sete de julho as eleições suplementares em Nazário, na região central do Estado, em Flores de Goiás e São Domingos, ambos no nordeste goiano. Nos três municípios, os candidatos que tiveram mais de 50% dos votos em outubro de 2012 acabaram impedidos de exercer o cargo.

Por determinação da Justiça, o presidente da Câmara de Vereadores de cada cidade assumiu a prefeitura provisoriamente até que cada situação seja definida. De acordo com o assessor jurídico do TRE, Wagner Abreu, a campanha eleitoral foi permitida para os candidatos. Ele ressalta ainda que os eleitores são obrigados a votar, e por isso, devem ficar atentos com os prazos, já que o calendário eleitoral foi alterado.

Os preços do grupo areia, recém-criado, foram alterados, enquanto que para os demais grupos foram mantidas as cotações.

Entrou em vigor na quarta-feira, dia 29, nova pauta de valores referenciais para cobrança de ICMS de produtos do grupo material de construção, visando adequação ao sistema PCMS – Preço Corrente de Mercadorias e Serviços. Os produtos foram cadastrados conforme código do NCM para facilitar a administração das diferenças tributárias dos produtos, bem como pesquisas em separado. Conforme levantamento da Secretaria da Fazenda, foram renomeados para o grupo: areia, brita, cascalho, pedra, lajota, telha, tijolo e bloco. Os preços do grupo areia, recém-criado, foram alterados, enquanto que para os demais grupos foram mantidas as cotações. A areia natural lavada, na fonte, na operação interna passou de R$ 15,18 para R$ 16,08 e na operação interestadual de R$ 23,56 para R$ 24,19 o metro cúbico, aumento respectivo de 5,93% e 2,67%. A de entrega na obra, na operação interna passou de R$ 42,79 para R$ 45,54 e na operação interestadual a cotação foi fechada em R$ 50,55 o metro cúbico. Com opção de emissão de notas fiscais na unidade de medida “tonelada”, a areia natural lavada ficou em R$ 12 para saídas internas e em R$ 18,05 para saídas interestaduais, preços na fonte. E em R$ 33,89 a entregue dentro do Estado e R$ 37,72 a entregue fora do Estado de Goiás. A areia saibrosa natural, também conhecida como areia bruta (cortada de jazida), sem lavagem ou peneiramento, ficou cotada em R$ 12,82 o metro cúbico para saídas internas e R$ 13,97 para saídas interestaduais, com preços na fonte. E R$ 39,27 nas saídas internas e R$ 42,80 nas saídas interestaduais, preço do produto entregue. A areia artificial/moída, na fonte, foi cotada a R$ 28,90 a tonelada nas saídas internas e R$ 31,50 nas saídas interestaduais. Para a areia entregue na obra ou depósito de materiais de construções, os preços ficaram em R$ 47,17 e R$ 51,42 a tonelada, para saídas internas e interestaduais, respectivamente.


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regional

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8 noVo ParTido

José eliton anuncia que vai para o PP em junho o governAdor em exercício, José eliton, definiu seu futuro político Após pArticipAr, nA mAnHã de segundA-feirA (27), no 10º AndAr do pAlácio pedro ludovico teixeirA, de AudiênciA com os deputAdos federAis roberto bAlestrA - presidente regionAl do pArtido progressistA (pp) -, e sAndes Júnior. em reunião com integrAntes do pp goiAno, José eliton Aceitou o convite oficiAl feito por bAlestrA e sAndes pArA fortAlecer e representAr o pArtido nAs disputAs mAJoritáriAs. Crédito Jota Eurípedes e Wildes Barbosa

Assessoria da governadoria

Na ocasião, Balestra, emocionado, relembrou que há muito tempo, quando José Eliton ainda era presidente da Celg, já havia percebido nele um potencial político muito grande “suportado” pela sua formação moral, política e o respeito com o povo goiano que suas ações sempre demonstraram. Anunciada como “uma grande festa”, a filiação ao PP está marcada para o dia 6 de junho, no Clube Jaó, em Goiânia, às 9h. Portas abertas Balestra ainda destacou que a legenda se sente honrada com a chegada de José Eliton. “A presença de cada prefeito, vice-prefeito, vereadores e demais integrantes do PP nesta audiência ressalta o valor que a chegada de José Eliton tem para nós. De mãos dadas, trabalharemos para a consolidação do partido no estado”, disse. O deputado federal também enfatizou que a filiação do governador em exercício engrandecerá e fortalecerá a sigla para as próximas eleições. O deputado federal Sandes Júnior reforçou o convite de Ba-

O governador em exercício recebeu todos os integrantes do partido e demais convidados para um almoço, no qual foi feito o anúncio oficial de sua filiação ao PP.

lestra. Sandes afirmou que o partido estava feliz com a chegada de Eliton e acredita que sua contribuição será de extremo valor. “O PP é um partido vivo em todos os municípios e tem em sua base pessoas que gostam e sabem fazer política, por isso José Eliton será muito bem-vindo”, falou o deputado. liderança Em discurso, o prefeito da cidade de Vianópolis, Issy Quinan Júnior, enalteceu a filiação de Jo-

sé Eliton à legenda. “Liderança não se constrói com base na imposição sobre as pessoas, mas sim através do respeito e admiração que o líder transmite aos seus liderados. José Eliton sintetiza isso como homem público”, declarou Issy. Para o prefeito de Vianópolis, o governador em exercício é liderança “incontestável e incontrastável”. Ao se pronunciar, o governador em exercício agradeceu a presença de todos e aceitou o convite para filiar-se ao PP. Se-

José Eliton “Lançaremos uma chapa independente para deputado estadual em 2014 e lutaremos para lançar uma para deputado federal também”

gundo José Eliton, o Partido Progressista tem uma grande importância no cenário político de Goiás e o objetivo agora é trazer mais lideranças para a legenda. “Temos um grande desafio pela frente, temos um projeto de poder calçado com uma estrutura programática para apresentar os avanços do estado aos cidadãos goianos". Disputas majoritárias O governador em exercício também disse que em 2014 o PP

artigo

Informe Especial

Optei, tristemente, por retirar o post em que claramente dei a minha opinião DiNOMAr MirANDA*

Há vários anos mantenho este Blog (www.dinomarmiranda.com), sem qualquer finalidade financeira ou publicitária, tão somente com o intuito de um agir político consciente e voltado para a cidadania das comunidades que integram o nordeste do estado de Goiás e sudeste do Tocantins. E para isso tento, ao máximo, seguir os princípios éticos do jornalismo. O primeiro deles é estampar minha foto, nome, formação e dados pessoais para deixar bem claro quem é o responsável pelas informações publicadas. Depois, sigo o compromisso fundamental com a verdade no relato dos fatos, apuração dos acontecimentos, resguardo o sigilo da fonte. Divulgo fatos e informações de interesse público, luto pela liberdade de pensamento e de expressão. Tento combater e denunciar todas as formas de corrupção, em especial quando exercidas com o objetivo de controlar a informação. Tudo isso para tentar manter um canal de comunicação de qualidade para estas comunidades tão carentes de informação local, como é o caso do nosso nordeste de Goiás. E uma das medidas que tomei (polêmica é verdade) foi aceitar comentários "anônimos". Justamente por saber o tamanho da perseguição que se tem nestas pequenas cidades. Aceito os "anônimos" porque os tenho como fonte de informação e os resguardo com o devido sigilo da fonte. Mas nesta semana fiquei profundamente decepcionado com o nível cultura, de falta de discernimento, de entendimento, de interpretação por parte de alguns dos nossos leitores.

mostrará sua força nas próximas eleições. “Lançaremos uma chapa independente para deputado estadual em 2014 e lutaremos para lançar uma para deputado federal também”, destacou. Por fim, José Eliton agradeceu o respaldo das autoridades e lideranças presentes. Ele disse que não medirá esforços para consolidar a legenda como uma das maiores forças partidárias do estado. “Vamos buscar construir juntos esse momento da história de Goiás. Eu fico muito honrado

e orgulhoso em receber esse convite para representar o partido nesse projeto majoritário em 2014.” Após a audiência, o governador em exercício recebeu todos os integrantes do partido e demais convidados para um almoço, no qual foi feito o anúncio oficial de sua filiação ao PP. Na oportunidade, José Eliton se mostrou muito contente em participar de um partido que, segundo ele, tem tradição e história em Goiás. “E me conforta muito do ponto de vista ideológico, na medida em que o Partido Progressista tem um ideário político que se amolda àquilo que eu penso, àquilo que eu historicamente defendi”, disse o governador em exercício. Estavam presentes na audiência e almoço com os 19 prefeitos de Goiás na legenda, além de vice-prefeitos, vereadores do partido, o secretário das Cidades, João Balestra, o presidente da Emater, Luiz Henrique Guimarães, o presidente da Agecom, Igor Montenegro, além de diretores da Agetop, Juceg, Goiás Fomento e da Secretaria de Indústria e Comércio.

Recebi alguns comentários anônimos extremamente ofensivos e sem nenhum laço com a boa discussão política. E tudo porque fiz a defesa dos dois secretários da prefeitura de Campos Belos envolvidos na retirada de madeira ilegal para a administração pública local. Defendi os secretários com uma visão muito mais aprofundada do que muita gente pensa. Não sou amigo deles e não tenho qualquer vínculo partidário ou de poder com os mesmos... os conheço da comunidade e conheço as suas histórias. E a minha história como um profundo defensor do meio ambiente e da probidade administrativa me autoriza muito bem tomar este posicionamento. A questão é que os vi lançados num problema - que é um crime ambiental cometido por quem deveria dar exemplo - que não foi uma ação apenas de dois secretários. Aquilo foi uma ação de muitas pessoas da burocracia estatal, que envolve publicação de edital, contratação e ordens em vários níveis. Por isso disse que eles tinham sido mal orientados pelo setor jurídico e defendia a história ilibada de cada um deles em prol da comunidade. E digo mais. No final das contas, o maior responsável pela ação ilegal de retirada da madeira seria o prefeito da cidade, que é o administrador local e o chefe do Poder Executivo. Com a repercussão do fato, inclusive a nível nacional, o intuito foi dizer que aquilo não foi uma ação apenas de duas pessoas, mas da administração pública de Campos Belos. Aquilo foi mais uma ação política, do que qualquer outra coisa. E reitero, como disse, que a promotoria agiu como deve agir o fiscal da lei. Quem trabalha com comunicação deve ter muito cuidado ao tratar da vida das pessoas, de suas reputações.

Atenção profissionais municipais de Campos Belos, que são filiados ao SINDIBELO: Dinomar Miranda

Não podemos, numa simples má interpretação, jogá-la numa lata do lixo. Temos que ser muito cautelosos em qualquer frase, em qualquer publicação. E este cuidado o pratico diuturnamente. No entanto, pessoas da comunidade - escondidas como "anônimos” - não tem a coragem de expressar o que pensa e nos acusa de parciais e outros adjetivos impublicáveis. Porque simplesmente não conseguem separar-se da emoção das politiquices de quintal e ascender para uma reflexão mais racional e responsável. Prefere atacar as pessoas do que ter o livre exercício do argumento e da retórica, como tentamos fazer. A prova de que valorizamos o princípio da retórica é que sempre damos destaques às mais ácidas críticas aos nossos argumentos. Até porque não somos totalmente imparciais. "A imparcialidade absoluta é um mito". Este blog vive justamente para dar aos nossos cidadãos o direito de se expressar, de falar o que pensa, de ser uma voz importante dentro da comunidade... De dar o direito da retórica, do argumento e contra-argumento, que é a essência de qualquer sociedade democrática, em que o respeito e a racionalidade são fundamentais. E para não suscitar mais reações equivocadas e desproporcionais, optei, tristemente, por retirar o post em que claramente dei a minha opinião. * Dinomar Miranda é jornalista concursado do Poder Judiciário Federal, Analista Judiciário, lotado em Tribunal Superior, em Brasília. É graduado pela Universidade Católica de Pernambuco e especialista em modelagem e mapeamento de processos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em 2006, integrou o United Nations Civil Affairs Office, staff das Nações Unidas (ONU), na Missão de Paz de Estabilização do Haiti.

No dia 16 de Junho de 2013, das 08:00 as 17:00 horas, acontecerá na sede do SINDIBELO, a eleição para comandar o SINDIBELO durante o triênio de 2013-2016. Acaba de ser lançada a chapa: "O SERVIDOR TEM VALOR"

Relação dos candidatos e suas funções: Presidente: Maria Aparecida de Oliveira Silva Vice-presidente: Igor Ramiro de Araujo Camelo 1ª secretária: Rosimeiry Mendes de Oliveira 2ª secretária: Sileide Pereira da Silva 1º tesoureiro: Luiz Marles Gonçalves dos Santos 2º tesoureiro: Charlene Costa e Silva Sec. de Políticas Sindicais: Claudia Tavares Pereira Nolasco Sec. de Segurança do Trabalho: Maria Maraires Lourenço de Abreu Sec. de Assuntos de Mulher: Kellen Malaquias Sec. de Patrimônio: Eva Ferreira dos Santos Sec. de Cultura: Mário Fernando Pereira dos Santos CONSELHO FISCAL Titulares: Maria Cleide da Silva Luis Carlos Pereira da Silva Mirandulina Rodrigues Ramos

Suplentes: Jocilia de Souza Santos Darlei da Costa Madureira Edith Nunes de Oliveira

Junte-se a nós nessa luta!

A nossa causa será: eleição direta para diretores das escolas e creches municipais, plano de carreira para os profissionais da saúde e do administrativo, reajustes salariais em data base, respeito, dignidade e justiça aos servidores municipais!

Entramos nesse desafio com a certeza de que Deus nos guiará com a Tua benção e na confiança de contar com o voto de cada filiado, junte-se a nós! NÃO DEIXEM CALAR A SUA VOZ!


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ciência

2ª quinzena de Maio de 2013

DOUTRINA ESPÍRITA Fa­le­Co­no­nos­co:­rob­cury@hot­mail.com Vi si te nos so blog de ar ti gos es pí ri tas: www.ro ber to cury.blog spot.com

OS ANiMAiS SãO irrACiONAiS? roberto Cury

Era sexta-feira, dia 17 de maio de 2013, e a reunião de estudos cuidava dos animais perante os homens. Várias histórias sobre animais foram narradas pelos frequentadores da noite, ora sobre a inteligência, ora sobre o instinto e até se eles têm livre arbítrio ! Mas, a grande questão era a de que se os animais têm alma. Tudo começou quando Kardec perguntou aos espíritos da Codificação: - Pois se os animais têm uma inteligência que lhes dá uma certa liberdade de ação, há neles um princípio independente da matéria? (questão 597). Secamente, responderam os espíritos: - Sim, e que sobrevive ao corpo. Novamente Kardec na questão 597-a: - Esse princípio é uma alma semelhante à do homem? Responderam: - É também uma alma, se o quiserdes; isso depende do sentido em que se tome a palavra, mas é inferior à do homem. E completam: - Há, entre a alma dos animais e a do homem tanta distância quanto entre a alma do homem e Deus. - Caramba!, assustou-se o jovem Lúcio. Gabriel Delane, in Evolução Anímica, pág. 63, ensina: "se o animal executar ações inteligentes, é porque é dotado de inteligência, e se esses atos forem da mesma índole que se percebe nas pessoas, evidentemente se conclui que tal inteligência é semelhante à alma do homem, de vez que, na criação, somente a alma é dotada de inteligência". Esse princípio, segundo Delane, enseja a conclusão de que o princípio inteligente (alma) que habita o corpo do animal é da mesma natureza que a humana, apenas com a diferença do desenvolvimento gradativo (evolução gradativa). - Caramba!, assustou-se, também, a jovem Eniele, completando: - quer dizer que a alma dos bichos é igualzinha a nossa? A gargalhada foi estrepitosa na Casa Espírita e isso causou certa apreensão em Claudemiro acostumado noutros centros onde quando muito se permitia sorrir, mas, jamais gargalhar. Que falta de respeito, pensou com seus botões. Eita povinho mais doido, sô. Onde já viu rir assim a bandeiras despregadas! - De jeito nenhum, refutou o cinquentão Agostinho; homem é homem, animal é animal. Não acredito que um dia os animais possam virar homens. Sorrindo, ainda, o coordenador da reunião de estudos contou que na obra citada, Gabriel Delane narra uma história verdadeira contada por um cidadão, que descortinava a paisagem em frente à sua janela, sobre uma raposa que conduzia um ganso como sua presa. Diante de um muro muito alto a raposa estacou e tentou, sem largar do ganso, aprisionado entre os dentes dela, saltar sobre o obstáculo, não conseguindo em

nenhuma das três tentativas. Assentou-se apreciando o muro como se estudasse uma forma de superá-lo. De repente, agarrou o ganso pela cabeça esfregando-a de encontro à parede saltou até alcançar uma reentrância onde enfiou o bico da ave, fixando aquele corpo ali. Depois, firmando-se sobre a ave presa no muro, chegou ao cimo. Jeitosamente, abocanhou novamente a presa atirando-a para o outro lado, saltou sobre o muro, lá agarrou, novamente o ganso e saiu em desabalada carreira planície afora. Ainda na mesma obra, Delane conta sobre um urso muito inteligente do zoológico de Viena que divisando uma fatia de pão que flutuava na água fora da jaula, teve a ideia engenhosa de revolver a água com sua pata, formando assim uma corrente artificial que trouxe para perto de si o pedaço apetitoso de pão. Sem sombra de dúvidas que a ideia do urso foi genial. Das duas histórias contadas por Delane, torna-se fácil compreender que tanto o urso quanto a raposa demonstraram possuir três coisas essenciais ao sucesso de suas empreitadas: 1ideia de cálculo; 2 - raciocínio; e 3 - decisão. Certas criaturas humanas não teriam tamanha inteligência demonstrada pela raposa e pelo urso. Allan Kardec, n'O Livro dos Médiuns, capítulo XXII, páginas202 a 207, edição IDE, referindo-se à inteligência dos animais, ensina: "Não se lhes pode, sem dúvida, recusar uma certa dose de inteligência relativa, mas, seria preciso convir que, em certas circunstâncias, sua perspicácia ultrapassaria de muito a do homem, porque não há pessoa que possa se gabar de fazer o que eles fazem; seria preciso mesmo, para certas experiências, lhes supor um dom de segunda vista superior a dos sonâmbulos mais clarividentes". Novamente Delane, na mesma obra, porém grande parte buscada na Revista Científica, edi-

ção de janeiro de 1879, narra que no Zoológico de Viena, havia uma enorme quantidade de ursos e a direção, receosa da proliferação da espécie em escala descontrolável, resolveu eliminar alguns deles. Assim foram lançados bolos envenenados para dois ursos que mesmo famintos, cheiraram os alimentos e fugiram. Entretanto, mais tarde, atraídos pelo cheiro do ácido prússico, veneno potentíssimo, empurraram os bolos para o fosso de água e ali, manipularam até que a evaporação do tóxico deixou os alimentos livres de qualquer traço perigoso. Só então os famintos ursos devoraram os bolos. Esse comportamento inteligente não se lhes salvou a vida como a direção acabou por perdoá-los. Prossegue Delane com relatos interessantíssimos, como o da vespa que tentando transportar o cadáver de uma mosca, mas, percebendo que as asas desta lhe dificultavam o voo, inteligentemente, tomou sua decisão: pousando sobre a mosca, cortou-lhe as asas voou, com facilidade, transportando o cadáver do inseto, aprisionado em suas patas. Sou testemunha de um caso espetacular de inteligência e malícia de um animal selvagem. Na minha chácara no município de Nerópolis, Estado de Goiás, vez ou outra, atraídos pelas galinhas, patos e galinhas de angola, que circulavam livremente pelo terreiro, de vez em quando, gatos do mato só não abocanhavam algum destes animais menores quando os cães, eram cinco, os impediam de conseguirem a presa. Entretanto, no córrego que mais tarde veio a formar o lago da represa, apareceu uma lontra que, espertamente saía da água e sempre levava uma ou outra galinha ou abocanhava um ou outro pato que nadava por ali. Num dia em que a lontra saiu da água para perseguir uma galinha próxima, mas, que conseguiu escapar do seu bote, a cadela Tulipa disparou em cima da caçadora que caiu na água e só ficou com o nariz de fora. Confiante de que pegaria a lontra, Tulipa se

atirou na água, foi quando o animal selvagem deu um bote e iniciou o afogamento da cadela. Sêo Geraldo, o caseiro, atirou com a espingarda cartucheira, acertando a cabeça da lontra que assim largou a cadela que foi recolhida viva pelo atirador. Sem sombra de dúvidas que a lontra utilizouse de sua invejável inteligência consubstanciada através da malícia atraindo a sua inimiga para afogá-la. Preparou a armadilha e a cadelinha caiu direitinho. Costelinha é um cão que apareceu na porta da nossa Casa Espírita faminto e sofrido. Sentiase que ele buscava abrigo e compaixão. Ao final da reunião, Karla, nossa confreira, condoída levou-o para sua residência, onde ele foi acolhido carinhosamente por ela e por seu marido o amigo Carlos. Alimentaram-no, dispensando todo um tratamento que se fazia necessário à recomposição física do animal. A princípio, Costelinha, nome dado por Karla, em face de que quando lá chegou desnutrido, suas costelas estavam à mostra, fazia suas necessidades indiscriminadamente em qualquer lugar. Com o tempo, os seus donos começaram aplaudi-lo toda vez que ele fez suas necessidades no lugar adequado. Ele aprendeu e a cada vez que era aplaudido, tudo indicava, que ele sorria, mostrando sua satisfação, sua felicidade abanando o rabo e olhando com olhos brilhantes os donos entusiasmados. Assim, a cada vez que ele sentia necessidade, beirava a porta que era liberada. Logo depois, satisfeito e aplaudido, voltava todo feliz. Pois numa destas noites, com diarreia, defecou no box do banheiro do casal. Quando Karla percebeu pelo cheiro e pela sujeira, olhou firmemente para o cão que imediatamente escondeu sua cabeça entre as patas dianteiras, não deixando qualquer dúvida de que estava envergonhado do que fizera. A análise do comportamento do cão pelo grupo espírita, colocados os fatos por Karla, ficou entendido que o cão antes criticado porque fizera em lugares indiscriminados e aplaudido quando defecara em lugares corretos, concluiu que sentira o olhar de Karla como reprovação por ter se aliviado no lugar menos adequado e, portanto, envergonhou-se. Era o amor-próprio ferido pelo olhar reprovativo da dona em face do lugar diferente do correto. É inquestionável que Costelinha não apenas goza de uma inteligência além do normal nos animais, como tem capacidade de raciocínio, além do sentimento de amor-próprio. Há tantas passagens com todos os animais domésticos ou selvagens que não mais se surpreendem os homens pela inteligência e pelos sentimentos manifestados por eles, demonstração clara e insofismável que tudo evolui, inclusive os seres considerados irracionais mas, que têm tanto ou mais raciocínio do que certos humanos.

C O N t O

A liÇãO DOS GANSOS Autor desconhecido. Quando um ganso bate as asas, cria um vácuo para o pássaro seguinte. Voando numa formação em "V", o bando inteiro tem seu desempenho 71% melhor do que se a ave voasse sozinha. - Pessoas que compartilham uma direção comum e senso de comunidade, podem atingir seus objetivos mais rápidos e facilmente. Sempre que um ganso sai da formação sente

subitamente a resistência por tentar voar sozinho e, rapidamente, volta para a formação aproveitando a aspiração da ave imediatamente à sua frente. - Se tivermos tanta sensibilidade quanto um ganso, permaneceremos em formação com aqueles que se dirigem para onde pretendemos ir e nos dispusermos a aceitar sua ajuda, assim como prestar a nossa ajuda aos outros. Quando o ganso líder se cansa, muda para trás na formação e, imediatamente, um outro

ganso assume o lugar, voando para a posição de ponta. - É preciso acontecer um revezamento das tarefas pesadas e dividir a liderança. As pessoas, assim como os gansos, são dependentes umas das outras. Os gansos de trás, na formação, grasnam para incentivar e encorajar os da frente a aumentar a velocidade. - Precisamos nos assegurar de que o nosso "ganso" seja encorajador para que a equipe au-

mente o seu desempenho. Quando um ganso fica doente, ferido ou é abatido, dois gansos saem da formação e seguem-no para ajudá-lo e protegê-lo. Ficam com ele até que esteja apto a voar de novo ou morra. Só assim, eles voltam ao procedimento normal com outra formação, ou vão atrás de outro bando. - Se nós tivermos bom senso tanto quanto os gansos, também estaremos ao lado dos outros nos momentos difíceis.


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oPinião

2ª quinzena de Maio de 2013

artigo

CiNQueNteNÁriO DA PArÓQuiA NOSSA SeNhOrA DA CONCeiÇãO DA CiDADe De CAMPOS BelOS/GO

João Beltrão Filho

lAurO CeSAr BeltrãO

JOãO BeltrãO FilhO*

Irmãos e Irmãs em Cristo. Com a satisfação e a alegria de quem pisa o fértil solo de um jardim florido, sinto-me honrado em ocupar o púlpito desta santa Igreja, nesta noite festiva, para com a graça de Deus prestar uma singela homenagem ao cinquentenário da criação da Paróquia Nossa Senhora da Conceição da cidade de Campos Belos/GO, Diocese de Porto Nacional/TO O poeta Gilberto Gil, diz com maestria “Andar com fé eu vou, que a fé não costuma falhar” e a fé não falha mesmo. Fé na vida, fé nos homens, fé em si mesmo e principalmente, fé no Deus vivo e verdadeiro que povoa o coração de cada um de nós, esta sim, é sem qualquer dúvida, a mola-mestra que nos impulsiona a realizar nossos sonhos e concretizar nossos desejos, por mais improváveis que eles nos pareçam ser. Em um dos seus profícuos e proveitosos sermões, em uma missa de domingo, o reverendíssimo padre Iraçon José Ferreira em sábias palavras disse: “Posso afirmar com categoria que se não fosse em função da fé de seus primeiros moradores, a cidade de Campos Belos não existiria e é por isso, que é bela, acolhedora e habitada por um povo altivo, receptivo e trabalhador”. Afirmação feita, tendo como princípio o fato de que a cidade de Campos Belos surgiu ao redor de uma Capela que foi erguida em homenagem a Nossa Senhora da Conceição, digna Padroeira desta cidade e nossa bendita Mãe. E ainda de acordo com nosso Pároco, “tudo o que começa em função da fé é abençoado e tende a dar certo”. Ademais, os relatos de antigos moradores indicam que a capela em honra a Nossa Senhora da Conceição foi construída nas terras doadas por um devoto fazendeiro de nome Ciríaco Antônio Cardoso. E no dia 7 de maio de 1886 o então padre da Freguesia de Arraias, Rosolindo Furtado de Freitas, foi designado pelo Bispo para abençoar a Capela. Com a efetivação da Capela, várias casas foram construídas ao seu redor, dando origem ao Arraial de Almas que viria se tornar a cidade de Campos Belos. O senhor Ciriaco Antônio Cardoso doou também a Nossa Senhora da Conceição uma gleba de terras, constituindo assim o patrimônio da Paróquia que posteriormente seria criada. Desta forma, Nossa Senhora da Conceição tornou-se a Padroeira da cidade e o dia 08 de dezembro passou a ser comemorado com belas festas em honra e glória ao seu santo nome. Segundo os mesmos relatos esta Capela foi demolida em 1943 e construída uma segunda Capela maior. Com o aumento da população, atraída pela fé, a segunda Capela também ficou pequena para comportar os fieis católicos e no limiar da década de oitenta, o Bispo Dom Alano Maria Du Noday, contando sempre com a preciosa ajuda da população, decidiu pela edificação de uma nova igreja, hoje a nossa matriz e que está prestes a ser ampliada e reformada. Como vemos, a história do surgimento da cidade de Campos Belos se confunde com a criação da nossa paróquia, fato importantíssimo e marcante da nossa história. No ano de 1963 no dia 09 de maio, foi efetivada a paróquia de Nossa Senhora da Conceição, tendo como primeiro pároco o Padre Samuel Aureliano da Silva, que foi recebido com alegria e muita festa pela nossa comunidade e que prestou relevantes serviços à paróquia, inclusive na área educacional. Outros padres passaram pela paróquia de Campos Belos e deixaram marcas profundas na

evangelização e no fortalecimento da fé e que nos faltam palavras para louvar e agradecer a dedicação e o carinho dispensado a nossos fiéis: Segundo registros nos arquivos da Paroquia são eles: Padre Rosolindo Furtado de Freitas, vigário que benzeu a primeira Capela de campos Belos, em 1886; Padre Samuel Aureliano da Silva, já citado como primeiro pároco da cidade; Padre Pedrocílio da Silva Guedes, vigário de Arraias que prestou serviços de evangelização nesta cidade, principalmente por ocasião das festas religiosas; Dom Alano Maria Dú Noday, nobre príncipe de origem francesa, conhecido por seu carisma e desapego a bens materiais, escolheu a humilde Campos Belos, como lugar de acolhida para seu testemunho de simplicidade e de fé cristã; Monsenhor Antônio José Klaus, vigário de Taguatinga que evangelizava em Campos Belos; Padre Celso Cavalcante, vigário coadjutor da Paróquia de Arraias, que colaborava nas festividades religiosas de Campos Belos; Monsenhor João Magalhães Cavalcante, considerado “um homem além do seu tempo” designado pelo Bispo Dom Celso como vigário auxiliar de Dom Alano, prestou relevantes serviços à comunidade especialmente na área da educação, sendo o primeiro diretor do Colégio Polivalente, de saudosa memória; Padre José Moreira da Silva, pároco de Campos Belos por 14 anos, assumiu a Paróquia ainda jovem e foi um dos responsáveis pela consolidação da nossa Paróquia, deixou um legado de muito trabalho, dedicação e evangelização. Hoje é Bispo da Diocese de Januária em Minas Gerais. Padre Joaquim Mizahel da Silva Ramalho, Pároco de Campos Belos por 06 anos, deu continuidade ao trabalho iniciado pelo Padre Moreira, fortaleceu e incentivou a criação das Pastorais; Padre Valdemir Alves de Sousa, Pároco por 06 anos, um líder carismático, que muito novo assumiu a Paróquia e deixou um legado positi-

vo na comunidade, tendo sido o responsável pela edificação da nova casa paroquial; Padre Rubens de Almeida Gonçalves, um exímio pregador e forte evangelizador. Foi martirizado, deu sua vida em nome da fé, teve a sua jovem vida covardemente ceifada por defender os interesses paroquiais, deixou para os católicos cristãos da comunidade um belo legado. “Que a terra lhe seja leve”. Passaram outros diversos Padres, Bispos, Diáconos, Seminaristas, Freiras e líderes religiosos que esporadicamente marcaram e marcam presença em nossa paróquia especialmente nas celebrações das festividades religiosas e movimentos pastorais. Cumpre lembrar o nome de religiosos e religiosas, filhos e filhas de Campos Belos que prestam serviços de evangelização em várias cidades do país e do mundo, que são: Irmã Maria da Glória dos Santos Silva, religiosa da Congregação Salesiana, Irmã Maria Nazaré de Oliveira Santos Leite, da Congregação do Menino Jesus de Praga, Irmã Marizete Batista, da Congregação das Irmãs Paulinas, Monsenhor Lincoln Monteiro Barbosa já falecido, Padre Wilson Gualberto dos Santos e Padre Juarez Ferreira dos Santos. A todos agradecemos sem distinção em nome do Pároco e dos Paroquianos. É oportuno destacar a maneira firme, transparente, perseverante, modesta e democrática que o nosso atual Pároco Padre Iraçon José Ferreira vem zelando e conduzindo os destinos da nossa Paróquia, que Deus ofereça a ele sabedoria, muita fé, saúde e entusiasmo, para continuar inabalável no árduo exercício de lapidar almas e levar o Evangelho e a Palavra de Deus por todos os rincões deste país. A paróquia conta hoje com 11 Capelas quais sejam: Cristo Operário (Setor Vila Baiana), Divino Espírito Santo (Setor Buritis/Bem Bom), São Pedro e São Paulo (Setor Tomazinho), Sagrada Família (Setor Cruzeiro), São Sebastião (Setor Morada Nova/Bom Retiro), Nossa Senhora Aparecida (Setor Aeroporto), São João Batista (Povoado Barreirão), São Sebastião (Distrito de Pouso Alto), Santa Luzia (Fazenda Poço Branco), São Francisco de Assis (Fazenda Sobradinho), São Mateus (Fazenda Brejão), todas

elas reformadas, embelezadas e em pleno funcionamento, com freqüentes celebrações de Missas e festejos comemorativos nas datas dos respectivos padroeiros e padroeiras. Colhemos o ensejo para listar as Pastorais e Movimentos que funcionam a contento na Paróquia: Apostolado da Oração, Pastoral do Batismo, Catequese, Pastoral dos Noivos, Liturgia, Renovação Carismática Católica, Ministros da Eucaristia, Pastoral da Criança, Banda Rainha da Paz, Grupo de Canto Mensageiros da Paz, Banda Ângelus Day, Coral Infanto Juvenil Vozes do Amor, Pastoral da Esperança, Pastoral dos Foliões, Encontro de Casais Com Cristo, Vicentinos e SEGUE-ME. Queremos agradecer indistintamente a todas as pessoas que ajudaram na criação e na manutenção das obras desta paróquia durante os seus cinquenta anos (os de ontem, os de hoje e os de amanhã) que é modéstia a parte uma das mais estruturadas e organizadas de toda a Diocese. Aos Sacerdotes, leigos, lideres de Pastorais e Movimentos da Igreja, Catequistas, Dizimistas, Celebrantes Festeiros e colaboradores de todos os seguimentos da comunidade. Que Deus na sua infinita bondade, dê a todos a recompensa em forma de bênçãos, graças e proteção. Agradeço envaidecido, ao Padre Iraçon que viu em minha modesta pessoa lucidez bastante para proferir esta singela homenagem neste momento de infinita magnitude. Muito obrigado e que Deus nos abençoe a todos e permita que nossa vida seja longa, para que possamos sempre agradecer a Nosso Senhor Jesus Cristo por intercessão de Nossa Mãe Senhora Imaculada Conceição as bênçãos e graças recebidas por todas as nossas famílias e possamos desfrutar sempre do aconchego desta Madre e inabalável Igreja. Finalizo com um poema de minha lavra escrito nos idos dos anos oitenta publicado no meu livro “Chão de Poesias” de 1989 que diz assim: Dia oito de dezembro em Campos Belos tem festejos, em louvor Senhora Imaculada Conceição. A festa organizada com antecedência vai ter quermesse, vai ter novenas, vai ter leilão. Dona Elisa entoa os cânticos liderando a procissão, Cantam jovens, cantam velhos com fé e devoção. Ó Digna Padroeira ilumine estes fieis que esperam o ano inteiro para beijar os seus pés. Cubra de bênçãos essa gente que lhe tem tanta devoção, dando fartura em suas mesas e paz nos seus corações, harmonia nos seus lares e sucesso no trabalho, proteja suas crianças, abençoe a plantação. A paz que hoje vejo reinando sobre a cidade, Agradeço a Senhora por nos dar a felicidade de vivermos como irmãos, sem egoísmo ou vaidade. Nos livre dos acidentes, dos assassinos e dos ladrões, derrame graças neste povo e atenda nossas orações, e aceite esse louvor em forma de canção do peito desse devoto que abre o coração e que pra falar Contigo ajoelha e tira o chapéu e sonha cantar um dia com a Senhora lá no céu. Fiquemos todos Com a Paz de Cristo. Amém. *João Beltrão Filho, é técnico em Agropecuária pela escola Agrotécnica Federal de rio Verde/GO, licenciado em Gestão Pública pela universidade estadual de Goiás, Pós Graduado em educação Ambiental pela universidade Cândido Mendes/rJ.


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2ª quinzena de Maio de 2013

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naborfazan@Gmail.com

ROBERTO NABORFAZAN

Na­nova­composição­do­PSB­em­Goiás,­o­nordeste goiano­ganha­prestígio­na­executiva­estadual­do partido.­Vanderlan­Cardoso,­pré-candidato­ao­governo do­estado­em­2014,­é­o­presidente,­Jeovalter­Correia dos­Santos,­ex-presidente­da­AGANP,­é­o­1º­vicepresidente­e­o­prefeito­de­Alto­Paraíso,­Álan­Barbosa,­o 2º­vice-presidente.­Fiel­as­suas­convicções­partidárias, Álan­Barbosa­frisa­sempre­que,­fortalecer­seu­partido não­é­romper­com­velhos­aliados,­e­sim,­criar­novas alternativas­na­busca­do­desenvolvimento­sustentável de­Goiás,­em­especial­a­região­nordeste.­O­prefeito Álan­Barbosa,­o­presidente­do­PSB­de­Alto­Paraíso, Martinho­Mendes­e­o­delegado­do partido,­Waldomiro­Carlos­Bastos, foram­figuras­destacadas­no­evento de­filiação­de­Vanderlan­Cardoso ao­PSB,­que­contou­com­a presença­do­presidente­nacional­do partido­e­pré-candidato­a presidência­da­república,­Eduardo Campos.­(fotos).

Ela entrou no meu silêncio e foi plantando em mim uma ilusão, Me amou como se fosse minha, e a coisa foi virando obsessão Eu precisava de carinho e ela percebeu a minha solidão E foi chegando de mansinho, aos poucos me guardou em suas mãos Deixou o meu sorriso triste e fez bagunça no meu coração Descontrolou minha conduta, jogou silêncio no meu violão Me fez passar noites sonhando com coisas que ela não tem pra me dar Jogou seu charme inteirinho, foi fácil conseguir me cativar Foi fácil conseguir me enganar. E lá vou eu de novo vivendo na solidão nesse seu jogo sujo, eu disse não. (JOGO SUJO – do eterno romântico, Peninha) A­fé­no­criador­e­o­estudo­dos­ensinamentos­do­Cristo sempre­foi­prioridade­na­família­Beltrão,­liderada­pela matriarca,­dona­Izaltina.­Diante­de­todos­os­obstáculos, a­união­e­o­amor­familiar­se­transformam­em verdadeiros­suportes­de­garra­e­superação.­Meu­amigo Gilberto­Beltrão­é­prova­explicita­disso,­basta­ver­o brilho­de­alegria­em­seus­olhos­ao­posar­com­um­de seus­grandes­ídolos,­Padre­­Marcelo­Rossi. Atendendo­pedidos­de­lideranças político/partidárias­do­interior,­a­festa­de­filiação­do vice-governador­José­Eliton,­no­Partido­Progressista (­PP),­no­dia­06­de­junho,­não­será­mais­no Oliveiras’s­Place­,­e­sim­no­Clube­Jaó.­­Em­reunião com­integrantes­do­PP­goiano,­José­Eliton­aceitou­o convite­oficial­feito­pelos­deputados­federais Roberto­Balestra­e­Sandes­Júnior­para­fortalecer­e representar­o­partido­nas­disputas­majoritárias.­­O Democratas,­partido­que­Eliton­acaba­de­deixar,­no entanto,­que­colocar­água­no­chopp­dessa­festa. Segundo­ação,­assinada­pelos­advogados­Fabrício Mendes­Medeiros­e­Carlos­Bastide,­a­saída­sem justificativa­de­Eliton­do­DEM,­motiva­a­perda­do cargo­de­vice-governador.­Vamos­aguardar­o desenrolar­de­mais­essa­cena­política.

Novo prédio da CMAC, quando?

Segurança para o nordeste

“A Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa se prepara para mudar de endereço. O novo prédio deve ser liberado pela Agetop no próximo dia 20 de março. A nova sede será na Rua 12, esquina com Rua 16, no Centro, próximo á Agência Central dos Correios de Goiânia”. Esse texto faz parte do comunicado distribuído pela AGETOP no dia 05 de março desse ano. Como se pode ver, ficou na promessa. Para nós (sou transplantado), mais de setenta mil usuários e dependentes dos medicamentos de Alto Custo distribuídos pela CMAC, fica a sensação de que não fazemos parte das prioridades do governo estadual. A superlotação no insalubre prédio atual é costante, e as acomodações improvisadas desgastam quem ali busca sobrevida. Enquanto se vê tanto nada sendo debatido por suas excelências na Assembleia Legislativa, um tema como esse nunca entra na pauta. Sabe-se, de antemão, que o novo prédio não será nenhum paraíso para os pacientes, várias deficiências estão a mostra antes de ser entregue, mas, pelo menos,não ter o risco de o teto continuar caindo sobre nossas cabeças já será um alento.

A­região­do­Jardim­Helvécia,­Bairro­Cardoso­e­Cardoso­II,­em­Aparecida­de Goiânia,­tem­prosperado­em­ritmo­acelerado.­Isso­se­deve­mais­a­ação­de empresários,­que­por­ações­de­“lideranças­políticas”.­Esses,­quando aparecem,­são­para­reivindicar­melhorias­que­não­foram­por­eles conquistadas,­na­velha­prática­da­paternidade­a­todo­custo.­Um­dos­poucos que­trabalham­com­humildade,­mas­com­muita­seriedade,­pela­região,­é­o presidente­da­Associação­de­Moradores­do­Bairro­Cardoso­II­e­Adjacências, Wilson­do­Preço­Bom.­Sem­brigas­e­com­boa­movimentação­nos­bastidores, ele­buscou­e­conseguiu­que­o­prefeito­Maguito­Vilela­viabilizasse­o asfaltamento­da­parte­baixa­do­bairro,­sonho­antigo­da­comunidade.­Tem­se empenhado­para­que­a­prefeitura­faça,­com­urgência,­o­calçadão­para pedestres­e­ciclistas­na­baixada­da­Avenida­Guiraupya­(Avenida­do­Xuxuzal), onde­são­iminentes­os­riscos­de­graves­acidentes.­Palmas­para­quem trabalha.­Na­foto,­Wilson,­Olavo­Noleto­e­Maguito­Vilela.

Cada vez mais preocupante a questão da segurança pública no nordeste goiano. Delegacias sendo roubadas (Teresina de Goiás e Alto Paraíso), contingente de Policiais Civis e Militares insuficiente, Delegados de Policia respondendo por vários municípios, atrasando e até impossibilitando flagrantes, dão sinal verde para a ação da bandidagem e do tráfico de drogas pesadas como o Crack. Secretário de Segurança Pública precisa, com urgência, fazer uma visita específica, principalmente na região da GO118, para conhecer, in loco, o que a população daquela parte do estado está enfrentando.

O­presidente­da­Agência­Goiana­de­Comunicação,­Igor­Montenegro,­faz caminho­inverso­da­maioria­de­seus­antecessores.­Enquanto­os­outros priorizavam­o­diálogo­com­os­chamados­grandes­grupos­de­comunicação­da capital,­Igor­busca­parceria­com­aqueles­que,­realmente,­levam­a­informação ao­cidadão­nas­cidades­do­interior.­Cordial­e­objetivo,­Montenegro­reconhece, também,­a­importância­das­rádios­comunitárias­na­formação­de­opinião­e­na integração­com­as­comunidades­mais­distantes­dos­grandes­centros.­Fomos recebidos­pelo­presidente­e­mostramos­a­ele­as­dificuldades­para­fazer­chegar­a informação­com­qualidade­e­isenção­à­comunidades­de­difícil­acesso,­como­a dos­Kalungas,­em­Cavalcante.­Antes­de­nos­conceder­a­honra­da­foto­juntos, Igor­afirmou­que­tomará­iniciativas­para­fortalecer­os­meios­de­comunicação que­trabalham­no­nordeste­goiano.

Festa para Noemir Brito de Oliveira

Fiquei muito contente ao receber o convite para participar da festa de aniversário do meu grande amigo, Noemir Brito, em espaço aberto e aconchegante, da Associação Atlética Banco do Brasil de Goiânia (AABB). Preparada por sua esposa e companheira Leila, e pelos filhos Giovanna e Jader, com o carinho e dedicação de sempre, a festa reuniu muitos dos companheiros de jornada desse procurador federal junto ao Incra, que mantém a mesma humildade e carisma de quando deixou nossa velha Kampuba de guerra (Campos Belos de Goiás). Estiveram por lá, dona Laece e seus filhos, noras e genros, Doutor Leon Deniz e a esposa Gisele, o diretor da FENAABB, Renner, o vereador por Paraúna, Toró, doutores Rafael Pinheiro (filho do grande jornalista Pinheiro Salles) e Raul Melo, professor e advogado Júlio Anderson, vereador por Goiânia, Djalma Araújo, amigos e irmãos da Maçonaria, entre tantos outros. O leitão a pururuca no bafo foi regado a muita cerveja gelada e Whisky viajado. Verdadeira fraternidade. Muita luz e paz em sua vida, sempre, grande companheiro.


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Miscelanea 2ª quinzena de Maio de 2013

8 maTerial genéTico Pesquisadores usaram técnica semelhante à da utilizada na ovelha dolly. linha de Pesquisa buscava resultado há mais de 15 anos.

cientistas criam células-tronco humanas por meio de clonagem Do G1, em São Paulo

Depois de mais de 15 anos de fracassos de cientistas de todo o mundo, além de um caso de fraude, cientistas finalmente criaram células-tronco humanas com a mesma técnica que produziu a ovelha clonada Dolly, em 1996. Como informa a agência Reuters, para chegar ao resultado, os pesquisadores transplantaram material genético de células adultas em óvulos cujo DNA havia sido removido. Eles cultivaram células de seis embriões criados, em dois casos, a partir de DNA de amostras das peles de uma criança com uma doença genética, e, nos outros quatro casos, de fetos saudáveis. Em cada um dos casos, o DNA foi inserido em óvulos não fertilizados doados e, após a aplicação de uma sequência de técnicas, foi verificada a replicação das células. O procedimento, segundo a "Cell", abre uma nova frente para a medicina com células-tron-

co, que tem sido prejudicada por desafios técnicos, bem como questões éticas. Até agora, as fontes mais naturais de células-tronco humanas eram embriões humanos, cuja utilização em pesquisa cria dilemas éticos. Para determinados setores, um óvulo fecundado deve ser tratado como um ser humano e, por isso, não pode ser descartado. A técnica divulgada nesta quarta-feira usa óvulos humanos não fertilizados, e, assim, não se enquadraria nessa discussão. Eliminar a necessidade de embriões humanos pode aumentar as tentativas de utilização de células-tronco e suas descendentes para substituir células danificadas ou destruídas por problemas cardíacos, mal de Parkinson, esclerose múltipla, lesões na medula e outras doenças devastadoras. Clonagem A técnica, no entanto, também poderia ressuscitar os temores da clonagem reproduti-

A equipe liderada por Shoukhrat Mitalipov, da Universidade de Ciência e Saúde do Oregon, nos EUA, publicou artigo a respeito na revista "Cell", na quarta-feira (15/05)

va, ou produzir cópias genéticas de indivíduos vivos (ou mortos). Mesmo antes de o estudo ser publicado, um grupo britânico chamado Human Genetics Alert protestou contra a pesquisa. "Os cientistas, finalmente, entregaram o bebê que pretensos clonadores humanos têm estado

à espera: um método confiável para criar embriões humanos clonados", disse o dr. David King, diretor do grupo. "Isso torna imperativo que nós criemos uma proibição legal internacional sobre a clonagem humana, antes que mais pesquisas como essa apareçam. É irresponsável ao extremo a publicação desta

pesquisa." Entre os cientistas, no entanto, o fato de a técnica ter funcionado está sendo saudado como um avanço, como afirmou o biólogo especializado em células-tronco George Daley, do Harvard Stem Cell Institute. "Isso representa uma conquista inigualável. Eles tiveram sucesso onde muitas outras equipes fracassaram, inclusive a minha." Fraude Entre os que fracassaram na utilização da técnica está o biólogo Hwang Woo-suk, da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul. Em 2005, Hwang e sua equipe foram manchete em todo o mundo quando anunciaram, na revista "Science", que haviam criado células-tronco embrionárias humanas por meio de transferência nuclear, a mesma técnica que os cientistas de Oregon usaram. A alegação de Hwang acabou sendo desmentida, tornando-se um dos casos mais famosos de

fraude científica na última década. Se o feito da equipe de Oregon se mantiver e puder ser replicado por cientistas em outros laboratórios, o método oferecerá uma terceira, e potencialmente superior, forma de se produzir células-tronco embrionárias. A pesquisa com célulastronco decolou em 1998, quando cientistas liderados por Jamie Thomson, da norte-americana University of Wisconsin, anunciaram que conseguiram cultivar células a partir de embriões humanos de alguns dias obtidos em clínicas de fertilização, chamadas de blastocistos. Como os blastocistos eram destruídos quando as célulastronco eram removidas, grupos que acreditam que a vida começa na concepção promoveram intensos protestos. Em 2001, o presidente norte-americano George W. Bush proibiu financiamento público federal nos EUA para pesquisa que criaria mais blastocistos.


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Mxxxxxxx iscelanea ^

LITeRATURA

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2ª quinzena de Maio de 2013

DIReIToS SoCIAIS

larissa Cardoso Beltrão - laricinhabeltrao@hotmail.com

gabriela cravo e canela, de Jorge amado, uma crônica de costumes: do coronelismo à modernidade do século xx

"Era bom dormir nos braços dE um homEm, sEntir o EstrEmEcimEnto do corpo, a boca a mordEr, num suspiro morrEr. QuE sEu nacib sE zangassE, ficassE com raiva, sEndo casado, isso EntEndia. havia uma lEi, não Era pErmitido. só o homEm tinha dirEito, a mulhEr não tinha. Ela sabia, mas como rEsistir? tinha vontadE." O romance Gabriela, Cravo e Canela foi escrito pelo, já consagrado, escritor baiano Jorge Amado. Sendo uma obra fortemente marcada por representar o processo de transformação social pelo qual o país estava passando, e de modo mais específico a cidade de Ilhéus, localizada no sul do estado da Bahia. Ambientada no período que vai de 1889 a 1930 pode ser considerada uma crítica acentuada à sociedade baiana da época, perpassada pelo coronelismo e os resquícios da exploração vivenciada no, chamado, ciclo do cacau. Jorge Amado nasceu no dia 10 de agosto de 1912, na fazenda Auricídia, em Ferradas, distrito de Itabuna – Bahia, filho de João Amado de Faria e D. Eulália Leal, escreveu vários romances como: O País do Carnaval, em 1931; Cacau, em 1933; Capitães da Areia, em 1936; Tieta do agreste e tantos outros, porém é Gabriela, Cravo e Canela, uma crônica de uma cidade do interior, escrita em 1958, que garante ao autor uma relação de envolvimento com o leitor. A fim de tratar dos problemas legados pela presença marcante do coronelismo, Gabriela, uma retirante nordestina, sai da margem e passa a ocupar o centro e uma obra que tratará de uma série de temáticas constantes, mas que, até então, estavam ocultas: o autoritarismo masculino e os crimes em nome da honra, prostituição, adultério, o advento da república e os primeiros passos em direção às conquistas femininas. Na medida em que apresenta as personagens e núcleos do romance, o autor convidanos, enquanto leitores, a uma reflexão profunda acerca das tensões vivenciadas na época. Gabriela, a retirante, é apresentada no mesmo dia em que D. Sinhazinha é assassinada por seu marido, coronel Jesuíno, em crime honra. Casada com um homem estúpido e grosso, que a tratava como máquina, ela sente-se fortemente atraída pelo dentista recém-chegado da capital, drº Osmundo. Depois de ser alertado sobre a possível traição, coronel Jesuíno, mesmo sendo um frequentador assíduo do Bataclã, o prostibulo da cidade, e, portanto, adúltero, achou-se no dever de matar sua esposa e o amante. Ressaltamos, nesse sentido, que esses crimes eram vistos como um direito do marido traído que, até então, não sofria penalidade alguma. Matavam sob a afirmação de estarem fazendo o que deveria ser feito. Sobre essa relação, obra literária e sociedade, Bakhtin (1997, p.184) afirma que “Devemos sentir na obra a resistência viva à realidade de acontecimento do existir; onde não existe essa resistência, onde não existe saída para o acontecimento axiológico do mundo, a obra é uma invenção e em termos artísticos jamais convence.” Não obstante, reconhecemos na obra Gabriela Cravo e Canela a literatura como espaço de resistência, uma vez que Jorge Amado a partir de sua condição privilegiada, a de escritor, trata das mazelas de uma sociedade fortemente marcada pelo medo. O campo literário, nesse contexto, também estava passando por uma série de transformações. Ao escritor passou a ser legado um caráter representativo, e ciente de sua responsabilidade social, enquanto artista, trouxe para dentro do romance, e também da poesia, os assuntos que incomodavam os leitores da época. Sobre este processo, Antônio

Candido (2006), em sua obra Literatura e sociedade, “a literatura é pois um sistema vivo de obras, agindo umas sobre as outras e sobre os leitores; e só vive na medida em que estes a vivem, decifrando-a, aceitando-a, deformando-a”. (CANDIDO, 2006, p. 84). Assim, o período demarcado entre 1901 a 2000, reconhecido por seus avanços e conquistas, considerado o século das inovações e liberdade de expressão, está fortemente marcado pelo acesso à fala, uma vez que muitos escritores puderam falar de modo mais aberto, sobre a realidade que lhes era peculiar, fazendo que seu grito ecoasse e, através de relatos e personagens fictícios, alcançar a redenção e libertação de homens e mulheres reais. Ademais, sobre a relação entre as formas de expressão artística e sociedade Bakhtin (1997) postula o seguinte: O mundo da visão artística é um mundo organizado, ordenado e acabado independentemente do antedado e do sentido em torno de um homem dado como seu ambiente axiológico: vimos como em torno dele se tornam artisticamente significativos e concretos os elementos e todas as relações – de espaço, tempo e sentido. (BAKHTIN, 1997, p.173). Essa axiologia, a que se refere Bakhtin, é o termo utilizado como valor ao ambiente do homem e da mulher, ou até mesmo às situações vividas dentro de uma história, do qual o autor utiliza-se para aproximar-se ainda mais dos fatos e assim atentar o seu leitor à dramaticidade do momento, deixando um pouco de comoção que faz despertar o emocional dos outros personagens e do próprio leitor, de modo que possa reconhecer-se nas personagens apresentadas. Nesse sentido, os anseios vivenciados na ficção, podem ser reconhecidos na realidade, como é o caso da luta travada pela menina Malvina, com o intuito de tomar as asas do próprio destino. Filha de coronel, desde muito nova ela mostrou-se visionária. Sabedora de que seu pai frequentava o Bataclã e consciente de que sua mãe além de ser usada levava constantes surras pelo fato de não ter engravidado de um menino, Malvina passou a lutar por sua liberdade. Ainda adolescente,

decidiu que não aceitaria casar-se com um noivo arranjando por seu pai. Ao longo do romance, ela trava uma série de conflitos, tantos internos quanto externos, mas ao final, a vitória da menina Malvina representa a vitória do público feminino que a partir de então recebeu sinais de que daí para frente teria condições de exercer o direito de escolha. E de acordo com Bakhtin (1997, p.175) “O autor se torna próximo da personagem apenas onde não há pureza da autoconsciência axiológica, onde, sob o poder da consciência do outro, ele toma consciência de si no outro dotado de autoridade.”, É importante destacar ainda que, Jorge Amado consegue retratar com bastante precisão os anseios do povo de sua da região natal, trazendo para a ficção desejos e situações reais. Construída em torno de uma procissão para São Sebastião, padroeiro da cidade de Ilhéus, o romance é envolto por uma série de conflitos, dentre os quais destacamos o forte embate sobre a possibilidade da participação, ou não, das quengas do Bataclã, neste evento de ordem religiosa. Temos nesse contexto, uma crítica acentuada às tradições religiosas vigentes na sociedade da época. De um lado a sociedade patriarcal representada por d. Doroteia, segundo ela, esteio da moral e dos bons costumes das famílias de Ilhéus. Do outro, Maria Machadão e suas damas, lutando pelo direito de sair da margem com destino ao centro. Em contraposição aos anseios das prostitutas do Bataclã, Gabriela tem a oportunidade de estar no centro da sociedade, mas recusa. Depois de estabelecer-se como cozinheira do truco Nacib, ela cai em seus encantos. De beleza exuberante, a retirante chamava a atenção por onde quer passasse. Apaixonado por Gabriela, Nacib decidiu tomá-la por esposa. Envolta na possibilidade de frequentar a alta sociedade de Ilhéus, Gabriela, agora uma dama, foi tomada por uma aversão à utilização de roupa de ceda, de joias, e sapato de salto. Envolta numa atmosfera que envolvia fatores internos e externos, ela era a porta voz da sabedoria popular. Segundo, CANDIDO: [...] quando investigamos tais fatores e tentamos distingui-los, percebemos, na me-

larissa Cardoso Beltrão

deborA veloso¹ HerykA rodrigues¹ gleiciAny f.dos sAntos¹ silmArA tzotzAkis munHoz¹ renAto AlmeidA¹ vinicius soAres lArissA beltrão²

dida em que é possível, que os mais plenamente significativos são os internos, que costeiam as zonas indefiníveis da criação, além das quais, intacto e inabordável, persiste o mistério. Há, todavia os externos,... dependendo de um ponto de vista mais sociológico do que estético; mas necessários, senão à sondagem profunda das obras e dos criadores, pelo menos à compreensão das correntes, períodos, constantes estéticas. (CANDIDO, 2006, p.83, grifos do autor). Ademais, Gabriela surge como uma personagem envolta em uma atmosfera simples. De personalidade simples, mas forte, ela demonstra não se importar com o olhar do outro. Pega em adultério, com Tonico Bastos, ela deixa Nacib sem olhar para trás, sem se preocupar com bens ou dinheiro. Gabriela sai do casamento do mesmo modo que chegou. Já a atitude de Nacib, sua sobriedade em não valer-se do crime de honra para redimirse perante à sociedade, trouxe para dentro do romance as possiblidades de uma nova sociedade que emergia ao longo da década de 20, em uma Ilhéus que via-se, nessa época, diante das conquistas trazidas pela modernidade. A instalação do jornal diário e a repercussão das notícias apresentadas de modo imparcial colocavam em cena a cidade de ressurgia. A eleição de Mundinho Falcão e seu modo destemido de enfrentar Ramiro Bastos colocam fim ao coronelismo que, durante tanto tempo, perpetuara na região. Além de derrotar o adversário politicamente, Mundinho, apesar de todas a tentativas fracassadas do coronel de afastá-lo de sua neta, casa-se com Jerusa, reforçando, no centro do romance, a ideia de que a mulher, a partir de então, tomara as rédeas de sua vida, retirando da família o direito de escolher com quem se casaria. Além disso, a condenação do coronel Jesuíno dá ao desfecho do romance o caráter de renovação. E a percepção da sociedade moderna que emergia é dada pelo final de Gabriela e Nacib. Este, agora sócio de Mundinho Falcão, acaba recontratando a moça. Que, como no início, passa de cozinheira a amante. Mas agora, não de modo oficial, os dois apenas moravam juntos. Diante do exposto, podemos asseverar que a obra Gabriela, de Jorge Amado, é uma forte crítica aos costumes da época. Marcado, principalmente, pelas injustiças sofridas pelo público feminino, o romance traz para o centro da obra literária personagens periféricas, anunciando as mudanças provocadas pelo advento da modernidade no Brasil, do início do século XX. ¹ Graduandos do 4º ano do Curso de letras. ueG/unidade Campos Belos. ² Professora Orientadora. reFerÊNCiAS AMADO, Jorge. Gabriela, cravo e canela. São Paulo: Companhia das letras, 2008. 415p BAKhtiN, Mikhail. O problema do autor. in.: ______. estética da criação verbal. tradução de Maria ermantina Galvão G. Pereira. 2ªed. São Paulo: Martins Fontes, 1997. p.173-192. CANDiDO, Antonio. O escritor e o público. in.: ______. literatura e sociedade. 9ªed. rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2006. p.83-98.


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8 mão SanTa o ex-jogador de basquete mostrou muita confiança no tratamento contra

criança com dEficiência

relatório do unicef oscar promete superar câncer na cabeça: aponta exclusão “não vou deixar esse tumor me matar” o câncer e garantiu que vai suPerar o Problema

Agência Brasil

João Pontes - iG São Paulo

Oscar Schmidt está preparado para vencer mais um desafio. Após inúmeras batalhas dentro das quadras, o Mão Santa trava a mais importante luta de sua vida. Diagnosticado com um câncer no cérebro, Oscar foi submetido a uma cirurgia no fim de abril para retirada de um tumor maligno. Após deixar o hospital, o ex-jogador de basquete iniciou tratamento à base de radioterapia e quimioterapia. “Muita gente fala que vai vencer o câncer e não vence, mas eu vou vencer. Vou tentar de todos os modos. Esse tumor pegou o cara errado. Não vou deixar ele me matar nem a pau”, disse o Mão Santa, na sexta-feira,31, em entrevista coletiva concedida em sua casa, em Santa da Paranaíba-SP. Depois de ter sido operado em 2011, para a retirada de um tumor benigno na mesma região, o câncer voltou de forma mais agressiva. Apesar do problema, Oscar garantiu que não

O Mão Santa também aproveitou a entrevista coletiva para explicar como está sendo o tratamento para superar o câncer na cabeça.

ficou abalado com a notícia. “Não chorei em nenhum momento. O que tiver de ser será. Minha vida foi tão bonita, repleta. Queria agradecer a todos que mandaram mensagens de apoio. Nunca soube que era tão queri-

do. Notícia ruim é que dá sucesso”, brincou. O Mão Santa também aproveitou a entrevista coletiva para explicar como está sendo o tratamento para superar o câncer na cabeça. De quebra, o ex-joga-

dor de basquete fez questão de tranquilizar os milhares de fãs que conquistou dentro e fora do Brasil. “O tratamento dura um pouco mais de um mês. São 30 sessões de radioterapia lá no Hospital Albert Einstein, de segunda a sexta, menos nos feriados. A quimioterapia é via oral, todos os dias. Depois disso, vou fazer novos exames para ver os próximos passos. Por enquanto, não estou sentindo nada muito diferente. Já estou até trabalhando. Na terça-feira passada, fiz uma palestra linda”, comentou. Mostrando bom humor durante toda a entrevista, Oscar disse que vai fazer de tudo para vencer a batalha contra o câncer. “Eu faço o tratamento que for necessário, abro a cabeça quantas vezes for preciso. Esse tumor pegou o cara errado. Vou dar uma rasteira nele. Vou matá-lo. Quero viver até os 80 anos”, garantiu Oscar, que fez aniversário de 55 anos em fevereiro deste ano.

tabagismo

consumidor gasta mais com cigarros do que com arroz e feijão os gastos da população com cigarros têm sE mantido nos últimos anos E o pEso dEssas dEspEsas no orçamEnto mEnsal dos consumidorEs “é rElEvantE”, dissE o Economista do instituto brasilEiro dE Economia (ibrE) da fundação gEtulio vargas (fgv), andré braz. Cristina indio do Brasil (repórter da Agência Brasil) No Dia Mundial sem Tabaco, comemorado na sexta -feira (31), o economista comentou as implicações do consumo de cigarro para o orçamento doméstico. Segundo ele, os consumidores gastam com o cigarro o dobro do que usam para comprar arroz e feijão. “1,20% da renda média é gasta com cigarro. É um número representativo se se olhar o gasto com arroz e feijão, que é a metade disso, só 0,60%”, disse. Segundo dados da Souza Cruz, em 2012, a empresa atingiu 74,9% do mercado brasileiro de cigarros, confirmando a primeira posição no setor. No quarto trimestre a participação teve um crescimento de 1,2 ponto percentual no ano, chegando à participação recorde na sua história, de 76.6%. Ainda de acordo com a empresa, o lucro operacional ficou em R$ 2.37 bilhões, que representa aumento de 9% em relação a 2011. O desempenho incluí os resultados com exportação de tabaco, que no mesmo período de comparação, conforme a companhia, teve crescimento de 106%. O valor médio em reais dos gastos dos consumidores, no

Apesar da queda no número de fumantes, o peso dos gastos permanece em destaque por causa da elevação do preço do produto.

entanto, não é calculado, segundo o economista da FVG, porque varia conforme a quantidade de fumo por família e o número de integrantes de cada uma. André Braz explicou que os gastos sempre tiveram peso relevante (acima de 1%), mas ficaram estáveis nos últimos dez anos porque quem gosta de fumar não abre mão do cigarro. Braz esclareceu que, apesar da queda no número de fumantes, o peso dos gastos permanece em destaque por causa da elevação do preço do produto. “O governo implementou uma política de aumento de imposto do produto para desestimular, então ainda que o número de fumantes seja em menor grupo, sustenta o vício a um preço maior”, disse.

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), na população com mais de 15 anos de idade, o consumo de cigarros no Brasil caiu de 32 %, em 1989, para 17% em 2008. Os 17% correspondem a 25 milhões de fumantes. Para o pneumologista do Inca, Ricardo Meirelles, a queda é resultado de um conjunto de ações do Programa Nacional de Antitabagismo. “A conscientização da população sobre o tabagismo e as leis são importantes. A lei que proíbe o fumo em ambiente fechado é importante porque sensibiliza o fumante e o incentiva a parar de fumar. A gente nota que as pessoas querem parar de fumar por que não têm mais liberdade de fumar como antigamente.” Para o pneumologista, o au-

mento no preço do cigarro também influencia no combate ao vício. Citou também outros fatores: a proibição de propaganda, as campanhas para que os jovens não comecem a fumar, o aumento da oferta de assistência ao fumante na rede pública e, por último, a proibição que as pessoas fumem em prédios públicos. O pneumologista citou também as queixas crescentes das pessoas que dizem estar com a saúde prejudicada pela convivência com os fumantes. Na avaliação de Meirelles, é muito mais econômico para o governo implementar um programa contra o tabagismo, mesmo comprando os medicamentos, do que pagar o tratamento da doença causada pelo vício. Ele explicou que o tratamento se baseia em duas formas. “Primeiro – disse Meirelles é preciso entender que o tabagismo é dependência química. A nicotina é muito poderosa e pode causar dependência química até maior que outras [substâncias].” Observou também que há uma dependência psicológica: o cigarro às vezes é encarado como uma forma de tranquilizar, aliviar o estresse e aborrecimentos.

Crianças com deficiência têm menos oportunidades e menos acesso a recursos e serviços que as demais crianças, aponta o relatório Situação Mundial da Infância 2013 Crianças com Deficiência, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A exclusão não está restrita a um setor específico, mas fere direitos básicos, como o acesso à educação e à saúde. "Para um número imenso de crianças com deficiência, a oportunidade de participar simplesmente não existe. Com enorme frequência, crianças com deficiência estão entre as últimas a receber recursos e serviços, principalmente nos locais onde tais recursos e serviços já são escassos. Com enorme constância, são objeto simplesmente de pena ou, ainda pior, de discriminação e abusos", aponta o texto do relatório escrito pelo diretor executivo do Unicef, Anthony Lake. A exclusão das crianças leva à invisibilidade. "São poucos os países que dispõem de informações confiáveis sobre quantos de seus cidadãos são crianças com deficiência, quais são suas deficiências ou de que forma essas deficiências afetam sua vida", diz o relatório. Essa invisibilidade impede que políticas públicas adequadas sejam desenvolvidas. O Unicef utiliza a estimativa de que 93 milhões de crianças no mundo, ou uma em cada 20 crianças com 14 anos de idade ou menos, vivem com algum tipo de deficiência moderada ou grave (O Unicef utiliza o número com a ressalva de que a definição de deficiência varia de país para país). No Brasil, 29 milhões de crianças até os 9 anos de idade declaram ter algum tipo de deficiência, segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) No país, entre os atendidos pelo Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) - que garante um salário mínimo mensal a idosos a partir de 65 anos e a pessoas com deficiência de qualquer idade com renda familiar per capita inferior a um quarto do salário mínimo - pouco mais da metade em idade escolar está na escola. Do total de 409.202 beneficiários com deficiência até 18 anos em 2010, 216.890 (53%) estavam na escola. O número significa um progresso, pois em 2008, o percentual era

de apenas 29%. "A inclusão ainda é um grande desafio no Brasil, que enfrenta a falta de programas, de tratamento especializado e políticas públicas para o setor. Existem instituições que visam pura e simplesmente o acolhimento das crianças com deficiência, mas existem poucas instituições e serviços que trabalhem para a inclusão e desenvolvimento da autonomia dessas crianças", comenta o advogado e membro do Movimento Nacional de Direitos Humanos e conselheiro do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Ariel de Castro Alves. A exclusão ainda é maior entre os de baixa renda. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), que constam no relatório, mostram que em países de baixa renda apenas entre 5% e 15% das pessoas que necessitam de tecnologia assistiva conseguem obtê-la. Nesses países, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), os custos econômicos da deficiência variam entre 3% e 5% do Produto Interno Bruto (PIB). "De maneira geral, famílias com membros com deficiência têm renda mais baixa e correm maior risco de estar abaixo da linha da pobreza do que outras famílias", diz o texto. Para cumprir a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da Organização das Nações Unidas (ONU), ratificada pelo Brasil, o país lançou em 2011 o Programa Viver sem Limites, que prevê a articulação de políticas governamentais de acesso à educação, inclusão social, atenção à saúde e acessibilidade. O Plano Viver sem Limite envolve todos os entes federados e prevê um investimento de R$ 7,6 bilhões até 2014. O relatório do Unicef mostra também uma diminuição na taxa de mortalidade infantil brasileira. O país está na 107ª posição no ranking mundial de maior taxa de mortalidade, com 16 mortes de crianças até 5 anos a cada mil nascidas vivas. De acordo com o Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade infantil vem apresentando tendência constante de queda, com uma redução de 26,6 óbitos infantis por mil nascimentos em 2000 para 16,2 óbitos por mil nascimentos em 2010, o que representa uma diminuição de 39% neste período.

anUnCiE aQUi E-mail: ovetor@ibest.com.br

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8 Trabalho infanTil aPesar dos avanços no combate ao trabalho infantil — caiu de 19,6% das crianças e jovens de 5 a 17 anos, em 1992, Para 8,3%, em 2011 —, esPecialistas estimam que entre 1,56 milhão e 1,97 milhão de crianças e adolescentes trabalhem em atividades Perigosas e insalubres no brasil, Pouco mais da metade dos 3,7 milhões de menores trabalhadores, registrados Pela Pesquisa nacional Por amostra de domicílios (Pnad/2011), do ibge.

1,9 milhão de brasileiros expostos a risco O Globo*

Segundo o ministro Lélio Bentes, do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e coordenador da Comissão para Erradicação do Trabalho Infantil da Justiça do Trabalho, no mundo, a proporção das piores formas de trabalho entre os trabalhadores juvenis é de 53,5%. A estimativa mais conservadora, de 1,5 milhão, une trabalho infantil doméstico ao trabalho agropecuário para estimar as crianças e os jovens nessa situação. O país tem até 2015 para erradicar esse tipo de trabalho, pela meta fixada no Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador. Meta que não será alcançada, dizem especialistas da Justiça, do Ministério Público e de organizações não governamentais, além da própria Organização Internacional do Trabalho (OIT), que também chama a atenção para o fracasso mundial, meses antes da III Conferência Global de Erradicação do Trabalho Infantil, que acontece

no Brasil em outubro. São crianças que trabalham na produção de fumo, algodão, sisal, canade-açúcar, na aplicação de agrotóxicos, no corte de madeira, casas de farinha, carvoarias e lixões ou são aliciadas pelo tráfico de drogas ou exploradas sexualmente. — Não vamos conseguir alcançar a meta. São atividades concentradas no setor informal, na agricultura familiar, no trabalho infantil doméstico. São necessárias novas estratégias. O Bolsa Família tem sido um instrumento eficaz , mas que, sozinho, não está dando conta — diz Bentes.

Ministério está otimista O Ministério de Desenvolvimento Social ainda crê que a meta será atingida. Paula Montagner, secretária adjunta de Avaliação e Gestão da Informação do ministério, afirma que o governo vem tomando medidas para coibir essa prática. Ela cita o aumento das escolas em horário integral e o programa Brasil Carinhoso como armas para combater esse tipo de tra-

A ONG Repórter Brasil fez uma listadas piores formas de trabalho infantil, ela tem 89 tipos de trabalho

balho. Para ela, é difícil dimensionar esse universo de trabalhadores, já que mesmo incluídos em atividades de risco, a criança e o jovem podem estar em trabalhos não diretamente ligados à atividade proibida. Paula diz há mais de sete mil centros de referência de assistência social como portas de entrada para atacar, junto com as famílias, o problema. Pelos números do Censo de 2010, é possível ter uma ideia de quantas crianças e adolescentes

estão nessas atividades. No processo produtivo de fumo, algodão, cana-de-açúcar e frutas, foram encontrados 35.044 de dez a 17 anos. Na cultura de mandioca, há 70 mil crianças, mas o trabalho mais arriscado é nas casas de farinha, como as do interior de Pernambuco. Glória do Goitá fica no limite com o Agreste. É possível flagrar crianças em três de quatro estabelecimentos visitados, onde meninos — na maioria — trabalham expostos ao pó, ao baru-

lho dos motores, ao calor dos fornos e ao cheiro forte da manipueira, substância de alto teor alcoólico liberada no processamento da mandioca. Nenhum deles foi visto pela equipe do GLOBO com qualquer equipamento de proteção. De acordo com pesquisa do Centro Dom Hélder Câmara de Estudos e Ação Social (Chendec), a agricultura ocupa o quarto lugar no ranking das 29 atividades que usam crianças como trabalhadores no estado, só perdendo para as feiras, o comércio e o emprego doméstico. Nas casas de farinha, se veem até crianças a partir de três anos manipulando facas, para descascar mandioca. X., de 3 anos e Y, de 6, usavam facas com a destreza de adultos. — Eles são meus filhos, estão brincando e não vou dar entrevista — reclamou o proprietário, Romero Cabral. A ONG Repórter Brasil fez um longo relatório sobre as piores formas de trabalho infantil. A lista tem 89 tipos de trabalho, descritos em decreto presidencial de 2008. O relatório mostra

ainda trabalho infantil em abatedouros e em cemitérios, também incluídos nas piores formas de trabalho. Para o coordenador da ONG, Leonardo Sakamato, o Brasil não vai conseguir erradicar as piores formas de trabalho infantil e tirar a totalidade de crianças e jovens de 5 a 17 anos do trabalho até 2020: —Houve desaceleração na redução do trabalho infantil, o Censo de 2010 constatou até alta de 1,5% no trabalho de dez a 13 anos, a faixa mais vulnerável. Maria Claudia Mello Falcão, coordenadora do Programa Internacional de Eliminação do Trabalho Infantil da OIT, diz que não se pode replicar a média mundial para o Brasil. Cada país tem peculiaridades. — Hoje isso é o grande problema. Não saber exatamente quantos são no Brasil. A meta mundial é chegar a 2016 sem essas crianças trabalhando, mas o prazo não deve ser alcançado, inclusive por países da Europa devido à crise, segundo Cláudia. *(http://oglobo.globo.com)


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