Jornal Notícias Matosinhos #37 - Agosto 2020

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Gratuito

Agosto

de

2020

Edição:

37

Ano:

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Diretor:

Francisco

Samuel

Brandão

DESTAQUES Distinguido projeto da U.Porto sobre a Piscina de Marés de Álvaro Siza // PÁG. 3

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Ventilador produzido em Portugal recebe autorização de utilização do Infarmed // PÁG. 9

Presidente da União das Freguesias de S. Mamede de Infesta e Senhora da Hora em entrevista ao NM Matosinhos // PÁG. 4

Entrevista NM com Miguel Teixeira Santos Café da Praça // PÁG. 11


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O mês em jornal por Francisco Brandão

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esmo com bateladas de euros a entrar portas dentro, a título de empréstimos ou a fundos perdidos, vamos continuar a ter de roer as unhas porque as grandes dificuldades do país não vão ser superadas por esta via, a menos que se alterem os velhos e viciados critérios de distri-

Editorial

Agosto 2020

Notícias Matosinhos

buição dos fundos que neste caso custaram cinco dias e cinco noites a serem negociados numa europa pouco solidária e que tem os holandeses como os nossos maiores críticos. Neste momento tudo indica que milhares de “especialistas” através de esquemas vários encostados a projetos de empresas, se preparam para beneficiarem mais uma vez das prorrogativas que as ajudas comunitárias proporcionam mas que têm a função primeira de recuperação dos estragos causados por um vírus do qual pouco se conhece mas que faz passar para o outro lado (para alguns, o paraíso) muita gente. A economia quase parou - nós sentimos - pois os indicadores para isso apontam mas apontam também as consequências que decorrem do abrandamento das várias atividades que lançaram - por agora, já que, mais para o final do ano podem ser bem mais graves - no desemprego milhares de pessoas que trabalham a sério, do tipo das que usam sem qualquer alternativa os transportes públicos apinhados de povo e grandes focos de transmissão do vírus que navega

nas nossas águas. Não tenho dúvidas que vai continuar a pairar o estigma do novo coronavírus, sendo que, neste momento, lutam contra o tempo, os interesses políticos e económicos instalados com vista a encontrarem uma vacina que pode não ser para toda a gente dada a ganância das farmacêuticas muito mais interessadas em lucros do que na saúde pública. As grandes empresas nacionais vão conseguir debelar este “contra tempo” que lhe caiu nas contas através de vários caminhos – neste momento já bem alcatroados – criados pelo enorme manancial de apoio que o estado pôs à disposição da economia com o argumento da paralisação, ou alguma paralisação, mas, também, vai servir para encaixar grandes entradas de dinheiro que quem vai lucrar serão sempre os mesmos, deixando algumas sobras para a “plebe” continuar a saber quem é quem. Esta “plebe” a que me refiro são todos os que trabalham ao dia, à semana ou ao mês, onde incluo empresários e assalariados sem grande “múscu-

lo” para resistirem às consequências económicas que esta malfada crise de saúde instalou no país, em que uns e outros irão sentir forte se o critério de distribuição dos apoios não for analisado numa perspetiva mais abrangente. O nosso primeiro ministro prometeu há dias no Parlamento que a nova legislação anticorrupção estará pronta em setembro, aproveitando a transposição para Portugal de uma diretiva comunitária de 2019 que prevê, entre outros, a defesa dos delatores de violações do direito da EU mas, António Costa quer ir mais longe na objetividade aplicando-a aos infratores do direito português. Para isso vai ter que proteger os “bufos”. O ano passado houve perto de duas mil denúncias em Portugal que seguiram o seu caminho na investigação. Grande parte foi para arquivar. Mas há um estudo que foi apresentado no PE onde reza que o Estado Português tem perdas anuais estimadas 18,2 mil milhões de euros com a corrupção. António Costa vai ter de arranjar mais e melhores “bufos”.

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Jornal

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Sociedade

Distinguido projeto da U.Porto sobre a Piscina de Marés de Álvaro Siza Um projeto da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), que visa estudar a gestão e conservação da Piscina de Marés, projetada por Álvaro Siza, foi premiado em 100 mil euros pela Fundação Getty, foi hoje anunciado.

O

estudo, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Matosinhos, vai debruçar-se sobre a gestão e conservação da Piscina de Marés, obra em Leça da Palmeira, projetada por Álvaro Siza Vieira. Inaugurada em 1966, a Piscina de Marés permanece como uma das obras mais emblemáticas do arquiteto, tendo sido classificada, em 2011, como Monumento Nacional e, em 2017, incluída na lista indicativa do Património Mundial pela organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). No início de 2019, a Câmara Municipal de Matosinhos deu início ao processo de requalificação do equipamento com um projeto do arquiteto, estando a obra ainda em curso. No âmbito desta distinção, durante os próximos três anos, os investigadores vão criar “um plano” com vista à gestão e preservação futura daquele equipamento, bem como uma metodologia “potencialmente adaptável a outras obras de Álvaro Siza”, incluídas na lista indicativa do Património Mundial, e obras de arquitetura do século XX em Portugal. Citada no comunicado, a coordenadora do projeto afirma que esta é uma “oportunidade única de desenvolvimento de um plano para a gestão e

conservação futura desta obra paradigmática no contexto nacional e internacional, e do percursos profissional de Álvaro Siza”. “Estando atualmente em curso uma obra de reabilitação da Piscina coordenada por Siza, será possível documentar uma intervenção contemporânea de

qualidade e, com a sua pedagogia, desenvolver um plano que respeite os princípios arquitetónicos, a integridade e a autenticidade do edifício”, acrescenta Teresa Cunha Ferreira. Para a coordenadora, este projeto abrange ainda a temática da salvaguarda, reabilitação e conservação do património do XX, que em Portugal “é um património de risco por se tratar de um legado recente, ainda não suficientemente reconhecido pelo público em geral, mais desprotegido do ponto de vista legal e, muitas vezes, alvo de abandono, de falta de manutenção ou até de intrusiva transformação”. Além da Câmara Municipal de Matosinhos, o projeto, desenvolvido por uma equipa multidisciplinar, contará com a participação ativa do arquiteto Álvaro Siza e do ICOMOS-Portugal, o comité português do Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios, organização não-governamental associada à UNESCO. A edição de 2020 do programa “Keeping It Modern” recebeu 90 candidaturas. Desses projetos candidatos, apenas 13 foram distinguidos e distribuídos por Portugal, Alemanha, Países Baixos, Reino Unido, Bulgária, Rússia, Estados Unidos, Chile, Índia, Kuwait, Nigéria e Senegal

Matosinhos pretende colocar no mercado de arrendamento casas de rendas acessíveis Matosinhos explicou que pretende introduzir no mercado de arrendamento habitacional imóveis, até agora indisponíveis, de renda acessível. O programa implica também fixação de valores máximos de renda.

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Câmara Municipal de Matosinhos explicou que pretende introduzir no mercado de arrendamento habitacional imóveis, até agora indisponíveis, de renda acessível, através do programa “Matosinhos: Casa Acessível”. Com este programa, discutido esta terça-feira em reunião do executivo municipal e cuja proposta a Lusa teve acesso, a intenção da autarquia é comparticipar na adaptação de alojamento local e habitação privada para disponibilidade no mercado de arrendamento acessível, como forma de responder às dificuldades existentes. Este pressupõe, com salvaguarda do interesse público, a contratação pelo município de arrendamento de imóveis habitacionais, de diferentes tipologías, em todas as freguesias deste concelho do distrito do Porto, refere. A previsão de arrendamento de imóveis que necessitem de pequenas obras, aos quais

a autarquia poderá avaliar o adiantamento das rendas para que os seus senhorios tenham condições para as executar, e de admissibilidade de arrendamento de imóveis mobilados com majoração de renda até 10% são outros dos propósitos. O programa implica ainda a fixação de valores máximos de renda, por tipologia, conferindo ainda a possibilidade de abertura de um período de negociação por parte da câmara, a realização de vistoria aos imóveis objeto do contrato de arrendamento, assim como o subarrendamento dos imóveis. “ O município financia este programa de apoio às famílias, designadamente da classe média, e aos jovens, através dos acréscimos de receita fiscal sobre as transações imobiliárias que se têm registado nos últimos anos, bem como

os decorrentes do recente agravamento fiscal do IMT nas transações de imóveis de elevado valor”, ressalva a proposta”. Além disso, pressupõe a isenção total do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) dos imóveis objeto dos contratos de arrendamento com o Município de Matosinhos, celebrados no âmbito do “Matosinhos: Casa Acessível”, sublinha

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SAIBA+ Projeto TransforMAR em Matosinhos

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uem circula pelo areal da praia de Matosinhos já deu conta da existência de um cubo especial para a recolha de plástico e de metal. Faz parte do projeto TransforMAR, que pretende alertar os veraneantes para a importância da economia circular, através da recuperação, reutilização, reciclagem e redução do desperdício de materiais plásticos. O projeto envolve instituições como o LIDL, o ELETRÃO, a ABAE, a BRIGADA DO MAR e o Município de Matosinhos. Todos os resíduos ali recolhidos durante os meses de julho e agosto serão convertidos em dinheiro que será doado a Instituições Particulares de Solidariedade Social locais

Lar do Comércio em Matosinhos já não tem utentes infetados

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Lar do Comércio, em Matosinhos, que teve mais de 100 infetados com covid-19, 24 dos quais acabaram por morrer, já não tem qualquer residente infetado.Em comunicado, a instituição do distrito do Porto frisou que a “crise de covid-19” que sentiu está “ultrapassada”, depois dos atuais 181 utentes terem testado negativo para o vírus SARS-Cov2 no último fim de semana. Com mais de 200 idosos, o Lar do Comércio teve de ser descontaminado pelo Exército Português e foi obrigado a transferir 59 utentes para três instituições, de Matosinhos, Porto e Vila Nova de Gaia.

O Centro de Estudo Serológico no Parque de Manhufe está encerrado.

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Câmara Municipal de Matosinhos informou que o Centro de Estudo Serológico no Parque de Manhufe está encerrado. Foram efetuados centenas de estudos serológicos solicitados pela população de Matosinhos. Neste momento, o laboratório responsável por esta unidade decidiu proceder ao seu encerramento devido ao número residual de pedidos.

Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões reabre ao público

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ncerrado desde o dia 13 de Março como medida de contenção da pandemia, o Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões volta a abrir as portas ao público todos os domingos do mês. As visitas são limitadas a 15 participantes e decorrem com horas marcadas de manhã e à tarde. O bilhete normal custa 5€ e o bilhete família fica por 14€. Há também bilhetes a preços reduzidos, no valor de 3,50€, para pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, para portadores de cartão estudante ou de cartão jovem


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CARLOS MARINHO

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Notícias Matosinhos

Presidente da União das Freguesias de S. Mamede de Infesta e Senhora da Hora em entrevista ao NM Matosinhos

Professor Doutor LEGEND(RE)A NA TORRE EIFFEL

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ivemos tempos dolorosos e difíceis. Viajar nestas férias não é uma decisão fácil de tomar. Restrições de ordem de saúde pública impõem-se cumprir. Viajar cá dentro é uma das soluções a tomar como a mais correta. Mas, se for a Paris, por exemplo, tem aqui uma pequena sugestão. Olhe com olhos de ver para a Torre Eiffel. É uma torre de ferro do século XIX localizada no Champ de Mars, em Paris, a qual se tornou um ícone mundial da França. A torre, que é o edifício mais alto da cidade, é o monumento pago mais visitado do mundo, com milhões de pessoas vê-lo. Possui 324 metros de altura. No verão fica cerca de 15 centímetros mais alto, devido à dilatação térmica do ferro. Foi a estrutura mais alta do mundo desde a sua conclusão até 1930, quando perdeu o posto para o Chrysler Building, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. A torre tornou-se o símbolo mais proeminente de Paris e de França, sendo parte de cenários de filmes que se passam na cidade. Uma figura matemática destaca-se na estrutura da Torre. O matemático Adrien-Marie Legendre nascido em Paris, a 18 de setembro de 1752, no seio de uma família rica. É um dos mais relevantes matemáticos franceses. Fez diversas contribuições na área nos domínios da estatística, teoria dos números, álgebra abstrata e análise matemática. Beneficiou de uma educação de qualidade no Collège Mazarin em Paris, por ter nascido no seio de uma família com possibilidades financeiras. Realizou a sua tese em Física e Matemática em 1770. De 1775 a 1780, lecionou na École Militaire, também em Paris. Em 1783, tornou-se membro adjunto da Académie des Sciences, dois anos depois foi professor associado. Durante a Revolução Francesa, em 1793, perdeu toda a sua fortuna pessoal. Com dificuldade reagiu a estes problemas, desenvolvendo de novo os seus negócios com a ajuda da sua esposa, Claudine Marguerite-Couhin, com quem se casou no mesmo ano. Legendre é conhecido por ser o autor de Éléments de géométrie, que foi publicado em 1794. Este texto viria a tornar-se fundamental para outros matemáticos no estudo desta temática durante mais de 100 anos. Conseguiu reorganizar e simplificar muitas das proposições dos elementos de Euclides criando-se um livro mais percetível e eficaz. Legendre foi homenageado pelo trabalho desenvolvido ao longo da sua vida de uma forma singular (criou o símbolo de Legendre usado em Teoria dos Números) sendo um dos 72 nomes inscritos na Torre Eiffel (com a inscrição número 17). Legendre fica na história da Torre Eiffel. Uma legenda que ajuda a interpretar uma figura de topo da ciência mundial.

Fotogradia de Tiago Ribeiro

Em plena Pandemia causada pela doença COVID-19, o jornal NM Matosinhos conversou com o presidente da União das Freguesias de S. Mamede de Infesta e Senhora da Hora, Dr. Leonardo Fernandes, para perceber de que forma se desenvolveu a resposta de saúde nas freguesias, que medidas individuais devem ser tomadas e de que forma podemos olhar para o futuro.

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020 está a ser um ano completamente atípico, com o mundo a enfrentar uma Pandemia global como não havia memória. No espaço de meses os portugueses fecharam-se em casa, as ruas ficaram, praticamente, desertas e assistiu-se a uma reinvenção louvável do seu estilo de vida por parte de todos os cidadãos. Mudaram-se hábitos, alteraram-se rotinas, (re)descobriram-se novos talentos, novas formas de conversar e de trabalhar. As juntas de freguesia estão a levar a cabo o combate possível tendo em conta a nova Pandemia. O Coronavírus tem obrigado a mais medidas de higiene, mais apoio a pessoas que vivem isoladas. Tem existido toda uma nova reorganização dos serviços.

(PSP e GNR) e da ULS de Matosinhos, durante todo este processo, “a partir do momento que foi decretado o Estado de Emergência, no dia 18 de março, foi elaborado uma parceria entre a Câmara Municipal de Matosinhos e a União das Freguesias”, permitindo apoiar as famílias quer em entrega de cabazes quer em entrega de refeições quentes ao almoço e ao jantar, frisou o presidente da União das Freguesias. “Também a farmácia de S. Mamede de Infesta entrou em contacto connosco para fazermos uma parceria a fim de entregar os medicamentos em casa dos cidadãos/famílias que não se podiam deslocar. Desta forma, a farmácia recebia as encomendas por telefone ou email e entrava em contacto connosco, nós procedíamos às entregas. De realçar que não nos cingimos às freguesias de S. Mamede de Infesta e Senhora da Hora, as entregas também eram feitas em outras localidades.”

ao isolamento” Para responder às necessidades de um número crescente de famílias em situação de carência, devido à atual Pandemia, a União das Freguesias de S. Mamede de Infesta e Senhora da Hora também procedeu à distribuição de cabazes alimentares de emergência. “Posteriormente, o restaurante Kinda soube que estávamos a fazer entregas de refeições e propôs uma parceria, oferecer refeições entre segunda-feira a sexta-feira ao almoço a qualquer cidadão que necessitasse” realçou.

“A União das Freguesias “Foi tudo novo para trabalhou em todos, ninguém es“A Câmara estreita ligação tava preparado” Municipal de com a Câmara Leonardo Fernandes destacou o excelente trabalho da Câmara Municipal de Matosinhos, dos Matosinhos criou Municipal de Bombeiros Voluntários de S. Mamede de Infesta, da Proteção Civil, dos Agentes de Autoridade uma linha de apoio Matosinhos”


Jornal

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“As pessoas cobram-nos imenso as coisas que não foram feitas. Esquecem-se que os nossos funcionários também são humanos e têm família”

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PAULO MENGO Professor de História O PRÓXIMO ANO LETIVO

Q Em abril, o proprietário do Restaurante Senta-te e Come, em Matosinhos, juntamente com outros empresários uniram-se na entrega de bens alimentares, oferecendo os jantares de segunda-feira a domingo e os almoços de sábado e domingo. Até aqui estas refeições eram servidas com o apoio da Câmara Municipal de Matosinhos pelo Restaurante Geração 4, na Senhora da Hora. Em maio, surgiu um empresário anónimo que, através do Restaurante O Portuense fez questão de oferecer 700 refeições. No entanto, todas as famílias que estavam a acompanhar já tinham garantido duas refeições diárias (almoço e jantar) e após reunião do executivo decidiram entrar em contacto com a ULS de Matosinhos através do Dr Carlos Mouta para entregar estas refeições a médicos, enfermeiros e todas as pessoas envolvidas no combate direto a esta Pandemia. Essas refeições foram entregues no Hospital Pedro Hispano, no Centro de Saúde de Leça da Palmeira, no Centro de Saúde de Matosinhos, no Centro de Saúde da Senhora da Hora e no Centro de Saúde de S. Mamede de Infesta. As

Fotogradia de Tiago Ribeiro

parcerias com a mercearia Cantinho da Fruta e com os restaurantes foram particularmente importantes, pois permitiram incluir carne, pão e legumes frescos nos cabazes entregues. Para além de todas estes acordos, a União das Freguesias fez também uma parceria com a ULS onde cedeu o Salão Nobre da Junta de Freguesia da Senhora da Hora e o Salão Nobre da Junta de Freguesia de S. Mamede de Infesta para a realização de análises clínicas. O principal objetivo desta parceria é tentar diminuir o atraso destas análises visto que, a ULS tinha uma lista de pedidos considerável. Leonardo Fernandes adiantou ainda que não consegue ter acesso ao número de infetados nas freguesias “Apesar de ter tentado saber, não se consegue fazer distinção entre freguesias, apenas do concelho de Matosinhos”, adiantou. No que toca à organização e funcionamento das juntas, existem regras, nomeadamente só podem estar 9 pessoas na fila de espera das instalações da Junta de Freguesia da Senhora da Hora e 2 pessoas na fila da Junta de Freguesia de S. Mamede de Infesta. Quanto aos serviços das juntas

“Para além dos nossos funcionários trabalharem em espelho, não havia atendimentos presenciais e seguimos todas as recomendações da Direção Geral de Saúde”, afirmou. “O desconfinamento está a permitir que as pessoas voltem a solicitar diversos serviços que não são da nossa competência, a União das Freguesias de S. Mamede de Infesta e Senhora da Hora apenas tem delegação de competências nas escolas, pequenos buracos na via pública, vigilância e manutenção de Parques Infantis. Os jardins públicos, a limpeza (varredura) e recolha do lixo não são da nossa competência. Apesar do processo de desconfinamento estar a correr bem as pessoas esquecem-se que a junta teve durante meses a trabalhar para o COVID-19 e solicitam tudo e mais alguma coisa “frisou. Leonardo apela à compreensão da população em geral para dar tempo para a União das Freguesias recuperar o tempo perdido “é uma corrida contra o tempo para recuperar o que está para trás “

uase sem se dar por isso e mesmo antes da publicação das notas da primeira fase dos exames é bom que tenhamos presente que apenas um mês e meio nos separa do arranque do próximo ano letivo. Vem isto a propósito do trabalho já desenvolvido pelas escolas, durante boa parte do mês de julho, não obstante todas as inquietantes incertezas, a fim de que em meados de setembro, entre 14 e 17 mais concretamente, tudo esteja a postos para que, dentro do possível, a confiança possa ser uma realidade vivenciada pela comunidade educativa. Confrontamo-nos, face às indicações ministeriais, com três possibilidades, da mais para a menos desejável, que passam pelo retorno em pleno às aulas presenciais, por um processo misto e ainda pelo ensino a distância para todos. Sabemos também que a segunda opção prioriza, e bem, a presença nas escolas dos mais novos, ancorada num grau de autonomia bem superior por parte dos alunos do ensino secundário. Uma nota ainda para a necessidade de elaboração, por indicações superiores, de um plano de recuperação, a aplicar preferencialmente nas primeiras cinco semanas, a fim de serem lecionadas matérias em atraso ou até recuperadas aprendizagens menos conseguidas. Com os dados já existentes algumas preocupações deverão ser tidas em conta pelas escolas, a saber: ajustar os critérios específicos de avaliação das várias disciplinas às realidades que nos podem esperar, tornando-os de tal forma plásticos que se deixem moldar às necessidades que forem surgindo; capitalizar a experiência adquirida, por todos, no ano letivo que ora termina, possibilitando respostas eficazes e ambientes de aprendizagem assertivos; desenvolver, de imediato, um trabalho de proximidade com as autarquias, bem como com o poder central, a fim de que se erradiquem desigualdades, já devidamente sinalizadas, penalizadoras dos estratos sociais mais débeis, bem como daqueles que evidenciam dificuldades de aprendizagem; possibilitar a Alunos e Docentes uma pluralidade de soluções, a nível digital e outras, tendo por base respostas adequadas a cada caso, evitando vias de sentido único (ex: plataforma A, B ou C) porque necessariamente redutoras e potencialmente conflituosas. Chegados aqui, um problema entre muitos se destaca, a questão dos exames nacionais dos 11º e 12º anos, que necessariamente surgirá, de uma forma mais aguda, se entre os mais velhos prevalecer o ensino não presencial. Se no ano que ora finda havia a desculpa do efeito surpresa, o próximo ano exige, em minha opinião, uma resposta esclarecedora, atempada e robusta, tendencialmente orientada para o fim deste anacrónico sistema de acesso ao ensino superior.


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PAULO GASPAR

Ensino

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Notícias Matosinhos

Trabalhadores das cantinas escolares protestam contra precariedade na próxima terça-feira

Professor Doutor

EM TEMPOS DE INCERTEZA EXIGEM-SE ESFORÇOS ADAPTATIVOS

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evolução do COVID19 é uma incógnita que está subjacente aos tempos de hoje. Nesse sentido, perspetiva-se um ano letivo 2020-2021 “marcado” por um conjunto de fatores que o tornam (ainda mais) imprevisível. Assim sendo, a TODOS os envolvidos, na preparação do novo ano letivo, temos de exigir um acréscimo na prévia capacidade de planificação e assertividade em todos os pressupostos que sejam fundamentais para o funcionamento da ESCOLA. Deste modo, as orientações da Direção Geral de Saúde têm sido, quanto possível, objetivas e bem definidoras da forma como as escolas se deviam organizar. No entanto, essas mesmas orientações, “apologistas” do “principio da cultura da saúde”, parece-nos que têm sido (quase) colocadas num plano secundário face a outros pressupostos. Apesar de reconhecermos quão é difícil legislar nos tempos de hoje, a uma distância de muitos dias para o início do próximo ano letivo, onde em cada dia tudo muda, teria sido uma mais valia para todas as ESCOLAS se, algumas orientações fossem mais circunscritas e adaptativas aos tempos de hoje. Com efeito, é exigível que todos se envolvam de igual forma e se reinventem para que possam contribuir de um modo harmonioso para a abertura de uma ESCOLA diferente, como se exige face ao contexto em que vivemos. Obviamente que ninguém duvida das “boas intenções” de todos os parceiros educativos nesta fase preparatória, porém, parece também evidente que os esforços adaptativos que cada um tem demonstrado não tem correspondido às expetativas criadas e que se exigiam a cada parceiro nesta fase difícil. Assim sendo, a ESCOLA, com um trabalho liderado pelo Diretor e toda a sua equipa tem assumido um papel fundamental em todo esse processo, com decisões sempre “marcadas” pelo equilíbrio “saúde-ensino”. Um trabalho muitas vezes solitário e muitas vezes a percorrer caminhos sinuosos, porque nem todos os caminhos dependem exclusivamente das decisões da ESCOLA, pois existem dependências que por vezes não são facilitadoras na tomada de decisões. Além do mais, convém não esquecer a exaustão de todos, onde existe todo um trabalho “cruzado”, onde o início do trabalho preparatório se cruza com o trabalho de encerramento do ano letivo 2019-2020. Por tudo isto, urge que todos tentem não só fazer o “seu papel”, mas sobretudo tentem, de modo rápido, adaptar novas estratégias para efetivamente contribuírem para um bem comum, como é a educação. Os pressupostos económicos, apesar de importantes e terem de ser tomados em consideração, não se podem constituir em si mesmos, nos únicos que condicionem a vida escolar.

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concentração de protesto está marcada para terça-feira de manhã, na Senhora da Hora, no concelho de Matosinhos, distrito do Porto, junto aos escritórios da empresa Uniself na região Norte. A Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT) marcou para terça-feira, em Matosinhos, uma concentração de protesto que visa alertar para a precariedade dos vínculos de trabalhadores das cantinas escolares, anunciou, este sábado, fonte sindical. Em declarações à agência Lusa, Francisco Figueiredo, da FESAHT, criticou “o modelo de contratações de trabalhadores” que está hoje “maioritariamente em vigor nesta área”, apontando que “funcionários com 15, 18 e mesmo 20 anos de trabalho nas mesmas funções são sujeitos todos os anos a novos contratos com vínculos a termo”. “Não é compreensível que esta precariedade vigore. A jornada de luta tem como objetivo alertar para as condições de incerteza a que são

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expostos estes trabalhadores. [Com a realização deste protesto], os trabalhadores vão exigir a reposição dos direitos e a passagem ao quadro da empresa como trabalhadores efetivos”, referiu Francisco Figueiredo. A concentração de protesto está marcada para terça-feira de manhã, na Senhora da Hora, no concelho de Matosinhos, distrito do Porto, junto aos escritórios da empresa Uniself na região Norte. De acordo com a FESAHT, a Uniself explora cerca de 300 cantinas das escalas do 2.º ciclo, ou seja, secundárias e EB 2-3 da alçada da Direção Regional de Educação do Norte, as quais empregam “mais de mil trabalhadores”, mas o responsável sindical aponta que existem situações semelhantes em escolas de outros pontos do país. A Federação acusa a empresa de “não pagar os direitos devidos aos trabalhadores”, apontando para “diferenças de 400/600 euros a menos a cada trabalhador”. “Os sindicatos estão a fazer reclamações individuais, mas isso leva o seu tempo. Estamos a

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falar de centenas de pessoas. Acresce que, em período de pandemia, a empresa obrigou os trabalhadores a férias forçadas e, entretanto, diminuiu-lhes os direitos e os pagamentos que lhes são devidos”, disse Francisco Figueiredo. Já em comunicado, a FESAHT diz que a Uniself “ganhou este concurso para mais dois anos letivos” e “não pagou devidamente aos valores referentes às férias, subsídios de férias, subsídios de Natal, compensações por caducidade e a muitos trabalhadores”. A Federação estima que tenham sido deduzidos, ilegalmente, valores de 150/250 euros a título de férias gozadas a mais. “Os trabalhadores estão em ‘lay-off’ há quatro meses consecutivos, muitos deles perderam centenas de euros no salário todos os meses, vivem uma situação muito difícil, esta diferença nos direitos vem agravar a já muito débil situação económica dos trabalhadores”, lê-se ainda na nota da Federação.

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Desporto

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Guifões já conta com Gabinete de Prescrição de Exercício Físico

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epois da abertura, em Matosinhos, Perafita, Custóias e no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos, foi a vez de Guifões contar com a inauguração do seu Gabinete de Prescrição de Exercício Físico. Com o objetivo de ajudar os munícipes a encontrarem a modalidade desportiva mais adequada à sua condição física, é realizada uma avaliação gratuita feita por profissionais da área do desporto. Este serviço encontra-se disponível a toda a comunidade, de forma gratuita, mediante marcação. O ato simbólico da inauguração do quinto Gabinete de Prescrição de Exercício Físico contou com a presença dos administradores da Matosinhos Sport, Helena Vaz e Vasco Pinho

PAULO FERREIRA Professor SWED, NEETH, FINL, AUST, EXIT.

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Nova escola de ciclismo em Matosinhos

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Clube BTT Matosinhos inaugurou uma Escola de Ciclismo Sénior para dar resposta às várias solicitações de pessoas adultas que nunca tiveram oportunidade de aprender a andar de bicicleta ou que, por exemplo, enquanto criança, possa ter sofrido um trauma com a bicicleta e nunca foram capazes de superar essa situação. Nos dias que correm, são cada vez mais as pessoas adultas que têm o fascínio de andar de bicicleta mas que nunca tiveram a oportunidade de aprender. Deste modo poderão, com toda a segurança, aprender e usufruir de uns belos passeios de lazer.

FC Infesta celebra o seu 86º aniversário no próximo sábado

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o próximo dia 1 de Agosto, o FC Infesta celebra 86 anos de existência, sendo que o dia será assinalado no primeiro domingo do mês, ou seja, 2 de Agosto. Excecionalmente este ano, não serão hasteadas as bandeiras no Estádio Moreira Marques, pois as obras que estão a decorrer, assim não permite. Pelas 11h30, com partida do Estádio, irá ser feita a romagem ao cemitério de S. Mamede de Infesta, onde serão homenageados todos aqueles que já partiram e que serviram a coletividade. Por fim, será celebrada uma missa às 12h00, na Igreja de S.

Mamede de Infesta.

á estão os quatro insatisfeitos das negociações Europeias.São quatro que não entendem o sentido da União Europeia. Gostam da união da moeda única, da livre circulação de pessoas e bens, do mercado livre, do valor da utilização do Alentejo para plantar tulipas e outras flores. Não entendem que isto não pode ser bom só em alguns assuntos, às vezes também tem coisas menos boas e tem que ser para o bem de todos. Têm dificuldade de entender a vontade do grupo, o valor acrescentado no aumento da massa critica, o número dos consumidores, da divergência de opiniões, da paz social, da paz de um continente sem guerras, do sol para passar férias, da solidariedade e não entendem que também eles serão maiores numa europa grande. Se não entendem isto não sabem, ou não se lembram do que é a Europa. Dois deles muito ricos e cheios de dinheiro foram uma desgraça no tratamento e combate ao COVID-19. Se tivéssemos em Portugal o mesmo desempenho nesta situação, caía o Carmo e a Trindade e eramos uns desleixados que só gostamos de Vinho e... Eles não. Gostam mais de Cerveja, não conhecem as qualidades e o valor do vinho. Os quatro países juntos representam uma minoria de 10% da união europeia, e, querem mandar? Juntos não valem a população individualmente, França, Itália e de outros fundadores da UE de grande dimensão. Num continente europeu que se apelida de continente da DEMOCRACIA não há lugar para perrices pessoais. A maioria vota e decide, ou, eu então eu não sei o que é a democracia. Ok, as diferenças estão sinalizadas, e, doravante e para o futuro cada um tem que definir o que vai fazer. Ou vamos juntos ou vamos separados. Os outros 90% de eleitores da UE têm que decidir. Acho que vão aparecer mais EXIT’s. Fica agora, a nossa responsabilidade que com este dinheiro vamos mesmo ter que saber como o vamos utilizar, o que devemos fazer e que podemos chegar ao topo das Democracias Europeias. No futebol também parecia impossível ser o Campeão da Europa, mas fomos. Tolerância zero para o Xico-Espertismo, para os cambalachos, para as trapacices. Tolerância zero com as situações ilegais e de oportunismo!


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Saúde

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SAIBA+ O Negócio Têxtil das Máscaras

Leixões apresenta equipamentos para a temporada 2020/21

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Leixões já deu a conhecer os equipamentos que vai usar na temporada 2020/21. Com Franco, Jota e Zé Carlos como modelos, a formação matosinhense publicou fotos nas redes sociais dos três equipamentos que vai utilizar: o principal, com as tradicionais cores vermelho e branco; o alternativo, laranja e o terceiro, que surge na cor branca.

Matosinhos estende ao próximo ano letivo passe gratuito para 9.000 alunos

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revalidação deste modelo de passe - que é válido por 12 meses, quer no período escolar quer nas férias - para o ano letivo 2020/21 foi aprovada por unanimidade. A introdução deste passe visa complementar a entrada em vigor na Área Metropolitana do Porto da gratuidade dos passes Andante para os jovens com menos de 13 ano

Reabilitação do Bairro dos Pescadores em Matosinhos custará 1 milhão de euros

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Câmara de Matosinhos aprovou a abertura do concurso público para a requalificação do Bairro dos Pescadores, uma obra orçada em um milhão de euros que é “muito ambicionada” reconheceu a autarca local.

Notícias Matosinhos

Estamos no início de julho e as nossas dúvidas confirmaram-se: o fabrico de máscaras serviu só momentaneamente para algumas empresas conseguirem manter as suas produções depois da paragem dos mercados tradicionais.

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este momento o quadro da indústria têxtil nacional é pintado em tons de cinzento pois a alternativa, máscara, esgotou-se e os responsáveis associativos vieram a público dizer isso mesmo: o futuro da têxtil é incerto e setembro pode ser trágico para muitas fábricas. As responsabilidades a que as empresas estão sujeitas obrigou-as a encontrar alternativas para compensar a perda de produção, e o que estava ali à mão num quadro negativo de saúde pública mundial, era o fabrico de deste protetor de contágio aéreo, inicialmente muito duvidoso, segundo a OMS e corroborado pela DGS mas, na circunstância servia mesmo bem às nossas empresas. Iniciou-se a corrida à certificação do produto tão apetecido, mas logo aqui, começou a epopeia da exportação das máscaras: era preciso, inicialmente pelo CITEVE, a garantia e validação dos requisitos que lhe dariam a certificação necessária nos mercados de destino. Testemunhamos filas de industriais, ou seus representantes, na busca rápida da homologação, que custou a chegar, justificado pelo diretor do CITEVE, Eng. Braz Costa que nos referiu “aquilo que habitualmente faríamos em dois dias hoje é impensável dado o número de pedidos a chegar diariamente”. Nesta circunstância, a exigência da qualidade das máscaras, que passava por vários testes de parâmetros inultrapassáveis originou a reprovação de inúmeras candidaturas, e até mesmo à desistência de muitos interessados à fabricação do produto. Mesmo assim, com o intuito de ultrapassarem burocracias, os parâmetros de exigências começaram a ser testados noutros organismos com competência, em Portugal, para a seguir por países mercados/destino da sua exportação, isto é, pela Europa. Mas aqui, os nossos industriais viram-se confrontados com outro problema uma vez que os critérios de homologação variavam de país para país de destino mesmo que em Portugal já tivesse sido dado o ok às certificações. Assim, com o mercado nacional cheio deste produto tão apetecido, inicialmente uma boa parte produzido de forma irregular e descoberta pela ASEA, aliado ao fato de mercado internacional também o ter começado a produzir, veri-

ficou-se que os grandes negócios foram realizados por alturas de março e abril tendo já o mês de maio registado decréscimo que se acentuou em junho ditando o fim daquilo que parecia ser “a galinha de ovos de ouro” num mercado, o europeu, com mais 500 milhões de habitantes a ter que usar máscaras, mas que não conseguiu também estabelecer uniformidade na sua certificação. Esta situação só veio a esbater a possibilidade de cobrir a quebra de produção que se registava com produtos tradicionais onde pontoa o vestuário para grandes armazéns e marcas de renome internacional deixando a indústria à espera de melhores dias com a abertura do mercado que ativará encomendas e os negócios. Provavelmente haverá empresas que não necessitavam de ir pelo caminho das máscaras, ou porque aguentavam o mercado com baixa procura socorrendo-se das ajudas do estado - que “não chegam para as encomendas” - traduzidas em apoios de vária ordem ou, por questões de investimento e logística. Outras há que mantêm a intenção de desenvolver esta vertente do negócio que para nós mais não é do que alargar o portfólio de serviços que já prestam, uma vez que as máscaras não serão o grande negócio do futuro, a não ser que se “criem” vírus todos anos. E há também investimentos em “processos” para esta vertente da produção, onde pontoam casas como a Valérius, Petratex, ou ainda a Envicorte que neste momento aguarda a entrega da primeira máquina italiana a ser instalada no país.Mas, no meio destes grandes entraves a que a indústria tem estado sujeita, há diligências do Euratex, uma Confederação que zela pelos

interesses do setor e onde algumas das nossas associações têxteis militam, com vista a encontrar-se uma solução comum que passa pela uniformização para o que foi chamado o Comité Europeu de Normalização (CEN) e donde sairá algum acordo com vista a agilizar e ultrapassar este impasse de critérios imposto pelos vários países interessados no negócio. Mesmo havendo acordo, pelo menos comunitário, pensámos que indústria têxtil nacional não sobreviria a produzir um produto mesmo com todos apoios vindouros que Estado possa proporcionar.

Construção do novo acesso pedonal ao Hospital Pedro Hispano.

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construção do acesso pedonal, num investimento de 326.478. 85 euros, conta com o apoio da Autarquia em 50 mil euros e visa solucionar, definitivamente, um problema antigo, que persiste desde a abertura do hospital, obrigando os utentes a percorrer uma rampa de inclinação acentuada. Trata-se de um reivindicação antiga, quer por parte da instituição, que tem vindo a tentar minimizar o problema com outras soluções, quer por parte da Autarquia, que sempre se envolveu

na sua resolução, e da própria comunidade, uma vez que a inclinação acentuada da rampa cria dificuldades de acesso ao Hospital Pedro Hispano, em particular às pessoas com mobilidade condicionada ou reduzida. A solução agora a concretizar teve como critérios fundamentais a resolução definitiva do problema, conseguindo um equilíbrio entre as necessidades funcionais e um custo compatível com as disponibilidades orçamentais, inserindo-se de forma harmoniosa na arquitetura do edifício.


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PSP e Bombeiros Voluntários fazem teste à COVID-19, na Associação Kastelo A associação Kastelo, única unidade de cuidados integrados pediátricos da Península Ibérica, sediada em São Mamede de Infesta, Matosinhos, realizou testes serológicos para despiste do COVID-19 aos elementos que integram o corpo de bombeiros voluntários e aos agentes da PSP de São Mamede de Infesta, nos dias 13 e 14 de Julho, entre as 9:30 e as 13:00 e das 14:00 e às 16:00, nas instalações daquela unidade.

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realização dos testes abrangeu cerca de 120 operacionais dos quadros activo e de comando, pertencentes ao Corpo de Bombeiros e à PSP, tendo como objectivo minimizar o risco de contágio entre o efectivo, bem como salvaguardar a saúde e segurança dos profissionais no exercício das suas funções e daqueles com quem estes contactam no dia-a-dia. Os testes serológicos foram realizados por profissionais de saúde no espaço exterior da unidade do Kastelo e de acordo com Teresa Fraga, directora técnica do Kastelo, “a metodologia do processo passa por uma picada no dedo do indivíduo, de modo a retirar através de uma pipeta descartável, uma gota sangue. Este teste consiste num imuno ensaio cromatográfico de detecção qualitativa de anticorpos IgG e IgM para o SARS-CoV-2. O resultado é conhecido 15 minutos após a recolha”, explica. Gilberto Gonçalves, comandante dos Bombeiros Voluntários de São Mamede de Infesta, sublinha o apoio do Kastelo à comunidade local no combate à pandemia e a importância da realização desta medida tem em conta o risco de exposição profissional ao coronavírus SARS-CoV-2. “Estes testes de diagnóstico que o Kastelo se dispôs a realizar junto dos elementos da corporação são fundamentais não só para evitar a propagação e o risco de contágio entre os nossos profissionais,

mas também na salvaguarda da saúde daqueles com quem contactam diariamente no exercício das suas funções, nomeadamente no transporte de doentes”, salienta. A oferta dos testes serológicos foi conseguida graças a um dos mecenas da associação, a empresa Biojam Holding Group, que “quis doar ao Kastelo o material necessário para ajudar as forças de segurança que, assim como os profissionais de saúde, estão a ajudar a combater a pandemia” refere, Carlos Monteiro, presidente do conselho de administração da empresa. Num gesto de solidariedade, o Kastelo doou, no

passado dia 3 de Julho, equipamento de protecção individual aos agentes da PSP e aos bombeiros voluntários de São Mamede de Infesta. A entrega de 235 pares de botas de segurança e álcool gel ficou a cargo da empresa Biojam Holding Group. Teresa Fraga, diretora técnica do Kastelo, refere que se trata de um “trabalho conjunto e em rede” e que tem permitido para que até agora e mesmo no contexto de uma pandemia, a associação continue a sua missão garantindo o bem-estar das crianças, não tendo registado qualquer caso de Covid-19.

Ventilador produzido em Portugal recebe autorização de utilização do Infarmed

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ventilador produzido em Portugal designado Atena recebeu a autorização do Infarmed para o seu uso em contexto hospitalar na luta contra a covid-19, anunciou o CEiiA — Centro de Engenharia e Desenvolvimento, em Matosinhos. Numa publicação na rede social Facebook, o CEiiA avançou que o Atena foi “autorizado pelo Infarmed para uso no âmbito do procedimento

da covid-19”. “Foi com humanidade, resiliência, paixão e entrega que a comunidade 4Life, através do CEiiA, desenvolveu e produziu em 45 dias o ventilador Atena e recebeu ontem (14 de julho) autorização especial do INFARMED para o seu uso em contexto covid-19”, revela. Para o centro, este é um “passo importante” para a distribuição nacional e internacional daquele ventilador médico invasivo para dar suporte ao tratamento de doentes com falência respiratória aguda provocada pela covid-19 produzido em Portugal. “Um momento histórico que valida definitivamente a nossa capacidade para desenvolver e produzir novos produtos críticos para a soberania do país”, adianta o CEiiA. O ventilador, produzido em 45 dias pelo CEiiA, no âmbito da comunidade 4Life, juntou o conhecimento médico especializado, empresas, universidades e o apoio financeiro de mecenas e de milhares de

portugueses. O equipamento, que foi distinguido entre 349 iniciativas no concurso ‘express’ do programa Caixaimpulse da Fundação da Caixa, conta com o apoio da Clarke Modet para a obtenção da Propriedade Intelectual e Industrial, anunciado pela empresa no dia 21 de maio. A primeira fase do projeto já foi concluída, com a entrega de 100 unidades que passaram nos ensaios pré-clínicos, e na segunda fase a previsão do CEiiA é produzir mais 400 unidades até setembro. A pandemia de covid-19 já provocou mais de 578 mil mortos e infectou mais de 13,34 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 1.676 pessoas das 47.426 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde. A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

PEDRO SOUSA Biólogo “OH GENTES DA MINHA TERRA” … ISTO AINDA NÃO ACABOU!

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em sei que para si, leitor, o barómetro sombrio da existência que levamos no dia-a-dia do que é 2020, deve, por esta altura, sentir-se tão exaustivo que, por meio de tanta repetição, todas as palavras parecem barulho. Por outro lado, ouvimos desde um mês esta parte uma narrativa nova, quasi niilista de que, do que o Porto (e o nosso Matosinhos) diz respeito, o coup de grâce parece ter sido aplicado, finalmente, na nuca da besta que é a pandemia de Coronavírus. A própria publicação que lê neste momento anunciou, sucessivamente, os dados que aparentavam estar disponíveis, e que apontavam para uma extinção do número de casos na zona urbana do Porto. Porém. Outras publicações e outros cronistas poder-lhe-ão (e deverão) falar sobre como uma quebra nos esforços de gestão, alegadamente, conduziu a uma possível contagem errónea dos números associados ao CoViD-19. Cientificamente, contudo, temos de nos aperceber de certas variáveis que são, agora que a “curva foi achatada”, mais importantes do que nunca. Considerando dados de outros países - como a Austrália - que no dia 5 de julho se viu forçada a re-decretar o isolamento de toda a região de Vitória, ou mesmo o exemplo dos EUA, nos quais, boçal e maliciosamente Trump tenta relacionar o número de testes com o elevado número de casos, propondo que tudo está controlado devido ao baixo número de mortes. Agora: efetivamente, os EUA permitem-nos inferir um dado importante. Devido ao seu elevado número de testes (menos per capita que Portugal, no entanto), e aos padrões de dispersão que o vírus toma (saltando entre estados e entre picos em ciclos de +/- duas semanas), podemos concluir que o rácio entre casos totais/casos sintomáticos é por vezes maior do que esperamos. Isto significa que, em qualquer dado dia de análise no nosso país, pode haver entre 3-6x mais infetados com CoViD-19 do que a DGS é capaz de rastrear. A acrescentar a isso, e farão os jornalistas o seu papel, não é necessário informações ou contactos de topo nas cadeias de serviço hospitalar para receber a informação de médicos dos hospitais da zona norte que questionam ativamente a narrativa de que “o Porto (e Matosinhos) não têm casos”. Tanto o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, como a DGS e o Governo Português abandonaram já também esta narrativa. Lave as mãos. Se sair, use máscara. Se todos usarmos máscara sempre que contactamos, vencemos o CoViD-19 num mês. Isto ainda não acabou!


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Gastronomia

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Entrevista NM com Miguel Teixeira Santos Café da Praça Situado na envolvente da Biblioteca e Galeria Municipal de Matosinhos, o Café da Praça trouxe uma nova vida ao centro da nossa cidade. Com um menu informal e casual, permite-nos usufruir de uma experiência gastronómica onde a atração é a qualidade da matéria prima, sempre de primeira linha e a paixão com que somos servidos. É um despertar de sensações que fazem deste espaço um local de referência, atual, simples e despretensioso.” Aberto todos os dias, das 12H00 às 00H00, exceto ao fim-de-semana (6ª feira e Sábado), altura em que funcionará até às 1H00 e apenas abrirá às 12H30

Como e quando surge o Café da Praça?

sou hoje. Faz tudo parte de um processo de crescimento pessoal e profissional. Sou grato por isso.

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Café da Praça surge em 2014, na altura enfrentava uma situação de desemprego que já se arrastava há algum tempo e criar uma solução para dar um rumo diferente á minha vida e á minha família não era um capricho, era uma necessidade! O desejo de construir o meu próprio negócio era antigo, mas até essa altura não se tinha realizado. Talvez porque, até lá não tivesse tido a oportunidade certa ou a coragem e a “bagagem” necessária para enfrentar as dificuldades do empreendedorismo. Creio, que o nascimento da minha filha tenha sido o ponto de viragem na minha vida e me tenha trazido a maturidade e a força que até á data não tinha tido. Atualmente a minha empresa dá trabalho a cerca de 10 pessoas. Não será nada demais, mas orgulho-me muito disso. Considero que tudo têm o seu tempo certo, que nada é por acaso, que o caminho para o sucesso é uma longa estrada, muitas vezes íngreme e que na vida é importante definir metas e lutar muito para as atingir, porque nada cai do céu, a não ser chuva.

Quais foram as principais adversidades que encontrou ao abrir o seu próprio espaço?

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xistem várias adversidades na vida de um empreendedor, contudo creio que o medo e a insegurança inicial, juntamente com a pressão gerada pelo peso das responsabilidades são sempre os piores inimigos para o sucesso de qualquer projeto. Felizmente consegui ultrapassar essas barreiras e hoje lido bem com elas. O segredo é nunca desistir e ter as pessoas certas ao lado. O apoio da minha esposa e o facto de ela ter vindo trabalhar comigo foi muito importante. Ela é um verdadeiro pilar para mim e para o projeto, é incansável. Todas as experiências, boas ou más que a vida empresarial me trouxe, fizeram de mim o que

seja a mais difícil de qualquer empresa. Uma grande parte das pessoas que hoje trabalham na restauração procuram este ramo de forma temporária, não têm grande capacidade de resiliência nem dão tempo ao tempo e não querem ou não percebem que podem crescer dentro de uma estrutura e fazer disto vida, tal como eu fiz. No entanto, no nosso caso temos uma equipa maravilhosa e na sua base pessoas que vivem realmente disto e vamos conseguindo sempre superar esse tipo de dificuldades. O trabalho tudo vence!

Quais são os principais desafios na gestão de um Quando sonhou espaço como o “Café da Praça “? em abrir o seu xistem vários, na realidade todos os dias são próprio espaço E um desafio, este ramo exige muito de nós, quer a nível físico, quer a nível mental. A parte da gestão de recursos humanos talvez idealizou o “Café


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Gastronomia

cosy dentro de um espaço cosmopolita e casual. Queriamos um restaurante recorrente e não esporádico. E conseguimos. Temos vários clientes que almoçam ou jantam cá mais do que uma vez por semana. È gratificante.

te é maravilhosa, os Gins e Mojitos também são ótimos e sabem sempre bem, principalmente agora no Verão que o calor aperta.

Três palavras que caracterizem o espaço “Café da Praça”

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ersatilidade, qualidade e simplicidade.

da Praça “tal e qual como é hoje?

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om, considero-me um colecionador de ideias e um bocado sonhador desde sempre, por isso tinha muitas, mas admito que o Café da Praça, dentro do conceito, superou todas as minhas expectativas. A ideia aqui foi criar um ambiente familiar e

Qual o prato ou bebida que ninguém pode perder no Café da Praça?

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elizmente todos os pratos da nossa carta funcionam realmente bem, contudo a nivel pessoal sempre me agradou imenso o hambúrguer Papa Figos pela feliz ousadia na mistura de ingredientes, também gosto muito da nossa francesinha em bolo do caco, Bib’o Porto e para os dias em que é preciso estar mais fit, a nossa massa vegetariana , a “Guilhermina”, pela simplicidade e paladar. A nível de bebidas a nossa Sangria de Espuman-

Por fim, planos/ objetivos para o futuro?

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iria que a nível profissional passará muito por manter e reforçar os padrões de qualidade que identificam o nosso projeto e se possível continuar a crescer, sempre com a devida ponderação e equilíbrio. A nível pessoal o plano é tentar nunca perder a garra e a paixão que me move e poder continuar a viver a vida de uma forma feliz e realizada.


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Os nossos parceiros! Junta-te a nós!

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1 → Basílio Carmo e Almeida Avenida Dr. Fernando Aroso, 169 4450-665 Matosinhos 2 → Intermesum R. Pinto de Araújo 12, 4450-777 Leça da Palmeira 3 → O Valentim R. Heróis de França 263, 4450-155 Matosinhos 4 → Funeraria Matosinhos (Irmãos Terixeira) R. Álvaro Castelões 558, 4450-042 Matosinhos 5 → Matosinhos Habit Rua de Alfredo Cunha 99, 4450-025 Matosinhos 6 → Matosinhos Sport R. Nova do Estádio, 4460-381 Sra. da Hora 7 → Palato Restaurante R. Heróis de França 487, 4450-159 Matosinhos 8 → Remax Oceanus Av. Serpa Pinto 589, 4450-282 Matosinhos

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9 → BS Interiores Rua de Tomaz Ribeiro 725, 4450-001 Matosinhos 10 → Opticenter R. 1o de Maio 156, 4450-010 Matosinhos 11 → Fechar a Sete Av. Serpa Pinto 756 R/C Drt, 4450-283 Matosinhos 12 → Darema Av. da República 531, 4450-242 Matosinhos 13 → Restaurante Mariazinha R. Dom Nuno Álvares Pereira 184, 4450-213 Matosinhos 14 → Il Ristorantino R. Sousa Aroso 684, 4450-121 Matosinhos

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MatosinhosHabit

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Matosinhos distribui ECOBAGS pelas 650 famílias residentes na Biquinha A MatosinhosHabit, em articulação com a Câmara Municipal de Matosinhos e a Lipor, distribuíram, junto dos munícipes da Biquinha, “Ecobags”. Esta iniciativa pretende incentivar a prática da reciclagem e sensibilizar a população para uma correta separação de resíduos urbanos.

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acção, levada a cabo pela MatosinhosHabit, decorreu hoje e contemplou 650 famílias matosinhenses do concelho. O objectivo era reforçar a estratégia da autarquia para um município mais verde e ecológico, onde as preocupações ambientais são uma realidade. Para além da disponibilização de sacos para a praticada reciclagem, a Câmara Municipal de Matosinhos substituirá também diversas ilhas de ecopontos, facilitando o acesso dos cidadãos aos mesmos e modernizando todos os equipamentos locais. «Com a iniciativa “Ecobags” pretendemos sensibilizar a comunidade matosinhense para a importância da reciclagem, uma prática que deve começar na casa de cada um com a separação dos nossos resíduos domésticos. Nesse sentido, distribuiremos “Ecobags” como também iremos renovar e substituir os ecopontos do concelho,

para que todos tenham acesso facilitado a várias opções de reciclagem. Se cada um fizer a sua parte estaremos todos a contribuir não só para um concelho mais sustentável como também estaremos a colaborar para um planeta mais saudável», refere Tiago Maia, administrador da MatosinhosHabit. O momento da entrega do “Ecobags” foi ainda aproveitado para o esclarecimento de algumas dúvidas relacionadas com a correta separação de resíduos junto dos munícipes. Desta forma cumpriu-se o objectivo da Câmara Municipal de Matosinhos e da MatosinhosHabit no que diz respeito ao fomento da participação nos hábitos de reciclagem da população, uma vez criadas as condições necessárias para que a comunidade se empenhe, ativamente, na sustentabilidade do concelho.

Câmara de Matosinhos encaixa 57 milhões de euros para investir em habitação A Câmara Municipal de Matosinhos e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), estabelecem acordo que disponibiliza 57 milhões de euros para o município investir na Habitação do concelho.

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uísa Salgueiro, presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, “o nosso objetivo para os próximos cinco anos é que não exista nenhuma família em Matosinhos a viver em habitações indignas. Hoje demos um passo de gigante para atingir esse objetivo e dar respostas às 1691 famílias que temos identificadas. Trata-se de um momento histórico, único, e que me deixa feliz e orgulhosa de toda a equipa que desenvolveu esta estratégia”, referiu Luísa Salgueiro durante a cerimónia, que contou com a presença de Isabel Dias, presidente do IHRU. O envelope financeiro destinado a Matosinhos prevê um montante de 57,2 milhões de euros, sendo que destes cerca de 23 milhões de euros são concedidos sob a forma de comparticipação financeira não reembolsável e os restantes 28,7 milhões de euros a título de empréstimo bonificado.O financiamento acontece ao abrigo do programa 1º Direito, desenvolvido em colaboração com a empresa municipal MatosinhosHabit, e tem como destino a promoção de soluções habitacionais para pessoas que vivem

em condições indignas e que não têm capacidade financeira para suportar o custo do acesso a uma habitação adequada. As respostas previstas pelo 1º Direito passam pela reabilitação de frações ou de prédios habitacionais, construção de prédios ou empreendimentos habitacionais, aquisição e reabilitação de frações ou prédios degradados, reabilitação de frações ou de prédios habitacionais e aquisição de frações ou de prédios para destinar a habitação. “Pela primeira vez existe um instrumento que permite que os particulares possam aceder a dinheiros públicos para reabilitar as suas habitações. Trata-se de um ponto de viragem na política de habitação e estou certa de que os resultados serão altamente compensadores”, sustenta a autarca. Em 11 de Novembro de 2019, o município de Matosinhos aprovou e remeteu ao IHRU, a sua Estratégia Local de Habitação, agora aprovada, tornando-se assim num dos primeiros municípios do país a dispor de financiamento para dar resposta às situações de carência habitacional.


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Matosinhos pretende colocar no mercado de arrendamento casas de rendas acessíveis Matosinhos pretende introduzir no mercado de arrendamento habitacional imóveis, até agora indisponíveis, de renda acessível. O programa implica também fixação de valores máximos de renda.

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Câmara Municipal de Matosinhos e a MatosinhosHabit pretendem introduzir no mercado de arrendamento habitacional imóveis, até agora indisponíveis, de renda acessível, através do programa “Matosinhos: Casa Acessível”. É intenção da autarquia comparticipar na adaptação de alojamento local e habitação privada para disponibilidade no mercado de arrendamento acessível, como forma de responder às dificuldades existentes. Este programa pressupõe, com salvaguarda do interesse público, a contratação pelo município de arrendamento de imóveis habitacionais, de diferentes tipologias, em todas as freguesias deste concelho do distrito do Porto, refere. A previsão de arrendamento de imóveis que necessitem de pequenas obras, aos quais a autarquia poderá avaliar o adiantamento das rendas para que os seus senhorios tenham condições para as executar, e de admissibilidade de arrenda-

mento de imóveis mobilados com majoração de renda até 10% são outros dos propósitos. O programa implica ainda a fixação de valores máximos de renda, por tipologia, conferindo ainda a possibilidade de abertura de um período de negociação por parte da câmara, a realização de vistoria aos imóveis objeto do contrato de arrendamento, assim como o subarrendamento dos imóveis. O município financia este programa de apoio às famílias, designadamente da classe média, e aos jovens, através dos acréscimos de receita fiscal sobre as transações imobiliárias que se têm registado nos últimos anos, bem como os decorrentes do recente agravamento fiscal do IMT nas transações de imóveis de elevador valor. Além disso, pressupõe a isenção total do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) dos imóveis objeto dos contratos de arrendamento com o Município de Matosinhos, celebrados no âmbito do “Matosinhos: Casa Acessível”.

MatosinhosHabit disponibiliza acesso a serviços de atendimento à população com deficiência auditiva A MatosinhosHabit, em parceria com a Câmara Municipal de Matosinhos e a Associação para o Desenvolvimento Integrado de Matosinhos (ADEIMA), disponibiliza a todos os munícipes atendimento com presença de intérpretes de Língua Gestual Portuguesa. O objetivo é facilitar o acesso a todas as pessoas em situação de surdez.

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onsciente e atenta às dificuldades de comunicação que alguns dos munícipes enfrentam diariamente, a MatosinhosHabit decidiu dotar todos os seus serviços de respostas adequadas e personalizadas para os diferentes públicos-alvo que recorram aos mesmos. Assim, e com o intuito de proporcionar as mesmas oportunidades a toda a população, foi implementado um circuito interno de encaminhamento para pessoas em situação de surdez que acautela todos os seus direitos assim como uma resposta ajustada à realidade de cada utente. Tiago Maia, administrador da MatosinhosHabit, sublinha: «o nosso principal objetivo ao disponibilizarmos intérpretes de Língua Gestual Portuguesa nos atendimentos é, sem dúvida, estarmos mais próximos dos munícipes e possibilitar que todos tenham direito a um acompanhamento e um apoio adequado a cada situação. Foi neste sentido que a MatosinhosHabit decidiu dotar os seus serviços de respostas inclusivas».

Para a concretização destas medidas, a MatosinhosHabit adaptará os conteúdos informativos das suas plataformas digitais (site e redes sociais), aos programas disponibilizados e ainda à orientação das candidaturas dos vários programas, o que permitirá facilitar a sua divulgação e recurso por parte das pessoas em situação de surdez. Por outro lado, Tiago Maia explica que «para além de complementarmos os nossos serviços nesta área tão específica, era igualmente importante que os colaboradores da MatosinhosHabit estivessem preparados para o contacto inicial com estes munícipes. Nesse sentido, consideramos que a formação dos nossos colaboradores na primeira linha do atendimento era fundamental. Com este conjunto de medidas estaremos aptos para responder a todas as solicitações e efetuarmos assim um encaminhamento correto de todos os processos, sem exceção».


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Freguesias

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Notícias Matosinhos

UF S. Mamede e Sra da Hora

São Mamede de Infesta celebra 19 anos de elevação a Cidade

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Freguesia de São Mamede de Infesta, comemorou no passado dia 12 de julho o seu XIX aniversário da elevação de Vila a Cidade. Devido à covid-19, a data foi celebrada apenas com o usual hastear de bandeiras no Largo em frente à Junta de Freguesia. Presente neste ato simbólico mas de extrema importância, esteve o Sr. Presidente Leonardo Fernandes acompanhado pelos os Membros do Executivo, Ilde Pinto, Pedro Brandão e Arnaldo Silva. A Junta da União das Freguesias de São Mamede de Infesta e Senhora da Hora saúda todos os cidadãos Mamedenses por tão importante conquista que engrandece todos os matosinhenses. Agradecimento especial à Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de São Mamede de Infesta pela presença!

JOSÉ HENRIQUE CORREIA Professor de história A PAREDE DA PRAGA DA PROVENÇA

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o sul de França, perto de Avignon, há secções de parede de pedra seca que não estariam fora do lugar em Connemara ou no oeste de Clare. A diferença é que em determinada altura formaram uma única linha contínua com cerca de 30km de comprimento. E como sugerido pelo nome sinistro, Le Mur de la Peste (“Muro da Praga”), a estrutura foi construída como parte do que agora chamamos confinamento – uma tentativa de controlar o último grande surto de peste bubônica da Europa Ocidental. A Grande Praga de Marselha começou há 300 anos em maio de 1720, quando um navio chegara do Médio Oriente. Foi imediatamente colocado em quarentena a uma distância segura da cidade. Mas, como agora, as considerações económicas disputavam com as médicas. A carga valiosa foi descarregada, muito cedo, e com ela veio a infecção. No desastre que se desdobrou, ao longo de dois anos, quase metade da população de Marselha morreu. Pelo lado positivo, como notado mais de um século depois pelo almanaque vitoriano Chambers Book of Days, o pânico também produziu grande heroísmo entre o pessoal da linha de frente. Continuam a acontecer algumas coisas que não mudaram. “Severo como a aflição era”, escreveu Chambers, era uma lição de quantas pessoas poderiam escolher o “abandono de si mesmo” em plena crise. O muro foi uma tentativa de limitar os danos à cidade. Foi acompanhado com a ameaça de uma pena de morte para quem tentasse negociar ou viajar entre Marselha e o resto da Provença. Foi apenas um sucesso limitado. Quando o surto terminou, já se tinha espalhado para cidades como Arles, Toulon e Aix-le-Provence. O número total de mortos foi provavelmente de 100.000. Paredes à parte, outro legado foi a atualização do “lazaret” de Marselha, a área de um porto onde tripulações de navios e passageiros eram mantidos em quarentena, uma exigência regular nos séculos passados, mesmo em tempos em que a peste não se espalhava. Na década de 1830, tornou-se uma das maravilhas de França. As autoridades locais elogiaram-no como sendo um dos “maiores, mais bonitos e melhor administrados de todos os lazarets possíveis. Embora já não exista, ainda é lembrado pelo nome em “Quai du Lazaret”, de Marselha.

Matosinhos em forma Aulas gratuitas de fitness*

Aulas gratuitas de fitness*

Parque do Carriçal | domingo | 2, 9 e 16** agosto | 6 setembro

— Nova Centralidade de S. Mamede Infesta | sábado | 22 e 29 agosto

10h30 | localizada 11h30 | funcional (**pilates)

10h30 | localizada 11h30 | funcional

*limitado a 20 pessoas por aula (regras DGS), participantes aceites por ordem de chegada. Organização da Matosinhos Sport - Empresa Municipal de Desporto, com o apoio da Câmara Municipal de Matosinhos e da União das Freguesias São Mamede de Infesta e Senhora da Hora.

*limitado a 20 pessoas por aula (regras DGS), participantes aceites por ordem de chegada. Organização da Matosinhos Sport - Empresa Municipal de Desporto, com o apoio da Câmara Municipal de Matosinhos e da União das Freguesias de São Mamede de Infesta e Senhora da Hora.

PERAFITA, LAVRA E SANTA CRUZ DO BISPO JUNTA DE FREGUESIA


Jornal

Agosto 2020

MatosinhosSport

Matosinhos em Forma

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esde junho que os fins de semana no concelho de Matosinhos são mais ativos e saudáveis com aulas gratuitas de fitness em vários locais do concelho. “Matosinhos em Forma” é o nome do programa de verão que a Matosinhos Sport e a Câmara Municipal de Matosinhos, com o apoio das Uniões de Freguesia, lançaram com o objetivo de promover a atividade física e o bem-estar da população do concelho e que consiste em aulas de fitness totalmente gratuitas e realizadas pelos professores dos ginásios MS Fit. Os fins de semana iniciam-se com Fitness: de manhã aulas

de localizada (10h30) e zumba (11h30) e à tarde aulas de cycle (16h00 e 17h00), inseridas na “Volta a Matosinhos em Cycle”, uma atividade que permite a todos pedalarem em bicicletas estáticas e que tem percorrido todas as Uniões de Freguesias do concelho. A 2ª etapa do fim de semana da “Volta a Matosinhos em Cycle” decorre domingo de manhã às 10h30 e 11h30, ao mesmo tempo que noutro local do concelho há mais uma edição do Matosinhos em Forma – Fitness. O entardecer nas quartas-feiras de julho, é na marginal de Matosinhos com duas aulas de Zumba às 20h00 e às 20h45 - “Sunset Matosi-

nhos em Forma” - e que tem proporcionado aos intervenientes, desde a sua primeira edição a 8 de julho, momentos muito animados num cenário magnífico. Segue-se, às 21h30 uma aula de cycle - “Cycle by Night” – que tem feito as delícias de quem adora pedalar e contemplar a vista tão especial do terminal de cruzeiros. Este Verão a Matosinhos Sport e a Câmara Municipal de Matosinhos propõe-se deixar Matosinhos em Forma através deste programa, que tem contado, em todas as aulas, com lotação praticamente esgotada.

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Eventos

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Notícias Matosinhos

Vai um copo? → BEYRA Reserva Tinto 2017

uitas vezes nos deparamo-nos com a seguinte dúvida: -devo abrir a garrafa e consumir já, devo aguardar algum tempo para o vinho oxigenar, nos casos dos vinhos velhos o ideal mesmo é decanta-los e aguardar algum tempo. No caso dos vinhos novos ou até mesmo com alguns anos em garrafa, isso já fica ao critério de cada um. Eu sou da opinião, repito a minha opinião, que quando abrimos uma garrafa, nomeadamente tinto, se deve provar logo de imediato, passados aí uns trinta minutos voltar a provar e por aí a diante. Pois bem, isto porquê: porque á medida que o vinho vai oxigenando também vai evoluindo, “libertar-se” e com isso proporcionar-nos sensações diferentes em cada fase da degustação. Posto isto, a sugestão de baco deste mês, é um daqueles que merece especial atenção neste particular. Trata-se do BEYRA Reserva Tinto 2017. Como o nome nos sugere, provem de vinha situadas nas beiras interiores, onde existem vinhas situadas a grande altitude, nomeadamente na aldeia Vermiosa, Figueira de Castello Rodrigo. Segundo o produtor Rui Robredo Madeira: - nesta região existe um património vitivinícola com muito por revelar: vinhas velhas com castas autóctones perfeitamente adaptadas ao clima rústico provocado pela elevada altitude, em combinação com o solo,

onde entre o xisto e o granito, se encontram filões de quartzo-. Produzido a partir de uvas das castas: Tinta Roriz e Jaen,, estagiou 8 meses em barricas usadas de carvalho francês (1/3) e carvalho americano (2/3). Na prova revela-se frutado, mas nada de exageros, no palato mostra-se discreto mineral muito elegante, confirma as notas frutadas nomeadamente a frutos silvestres e algumas especiarias, tudo em perfeito equilíbrio com notas de barrica. Final de boca bem fresco, para um tinto e muito, muito elegante. Excelente relação qualidade preço, acreditem! Região: Beira Interior Alcoólico: 13% P.V.P: 8,50€ Enólogo: Rui Reboredo Madeira. (ruimadeira.pt) Até breve com outro vinho. Bernardino Costa bernascosta@hotmail.com966929982

Cinema → Capone

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osh Trank não tem tido uma vida fácil nos últimos tempos. Desde “Quarteto Fantástico” em 2015, o realizador não nos entregou mais nenhum filme. Agora, com a ajuda de Tom Hardy, poderemos ter um possível renascer do promissor realizador . Aqui seguimos o último ano de vida de Al Capone, com 47 anos, depois de uma década na prisão, demente e perseguido pelos fantasmas do seu violento passado. Como seguimos o ponto de vista de alguém com demência, ficamos sempre na dúvida na veracidade de tudo. Os filmes que utilizam esta estratégia podem correr muito mal pois podem

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causar grandes problemas na história, ou então chegam a enriquecê-la. Aqui temos uma mistura: muitas vezes não sabermos se é algo aconteceu de facto ou não. Mas bem, há muita gente que aprecia este estilo de narrativa. Tom Hardy anda cada vez mais a estender o seu catálogo de personagens que não falam de maneira que se entenda decentemente: na maior parte das vezes, Capone está mais a grunhir do que a falar. É verdade que é isso que a personagem pede mas não é por isso que fica mais interessante. É cativante ver como Trank juntou o moribundo protagonista em várias cenas em que ele estava no seu

auge e ver a sua expressão de confusão sobre tudo o que se está a passar, mostrando a boa interpretação por parte de Tom Hardy. Juntamente com o protagonista, temos Linda Cardellini, que faz da sua mulher Mae, que o acompanha sempre em todos os seus devaneios. “Capone” pode não ser exatamente o melhor regresso de Josh Trank ao cinema mas é um passo no caminho certo. Tiago Leão, Blog Sala3

Gastronomia → Encontro Real em Famalicão

oje falaremos de Famalicão e de uma das suas grandes Casas de Comer. Mas antes, vale a pena que espreguicemos a memória numa rápida viagem pelo tempo em que Famalicão era também sinónimo de boa gastronomia. Quem não lembra as paragens técnicas que nossos Pais faziam em Famalicão, na inimitável Iris, onde o carro ficava a lavar e, lá dentro, reinava o requinte e “art de la cuisine” no seu verdadeiro esplendor. Mas se toda a gente terá ouvido falar da Iris, poucos saberão que a primeira estrela Michelin atribuída a Portugal foi destinada a um restaurante famalicense. O restaurante do Hotel Mesquita onde se juntava, em sôfrego alvoroço, a sociedade da época. Pois bem, e eis-nos chegados aos dias de hoje e a uma das mais importantes freguesias da Vila Nova - a freguesia de Requião. Continuando o mergulho na História, é oportuno referir que as origens de

Requião remontam ao séc. VI e a freguesia deve o seu nome ao Rei Suevo Requila. É em Requião que, pela mão do André, também ele representante de uma das grandes famílias de Famalicão – os Vieira de Castro, conheço mais uma notável Casa de Comer que foi também batizada em homenagem ao Rei Reformador, Dom José I. E essa foi das primeiras perguntas que dirigi ao proprietário – porque quis que a Casa ficasse conhecida pelo nome do Rei português. Foi lesto e claro na resposta: - Sou monárquico e chamo-me José. Acolhido assim naquela simplicidade e fidalguia, percebi que o André já tinha orientado a cozinha para um dos grandes pratos do Dom José: Um bacalhau na brasa com batata, ovo, cebola e tudo o mais que projeta este prato para o que há de melhor na nossa cozinha tradicional. Um azeite transmontano, profundo – um pouco telúrico no sabor mas macio na

textura grossa – servia de banho a um bacalhau de cura e trapio rigorosos, com o ponto de grelha que lhe dá um crosta saborosa que coroa e agarra as lascas macias do bicho. Diria que até Dom José I aprovaria este icónico bacalhau. Não referi, mas antes tínhamos despachado umas pataniscas de polme enxuto, ligeiramente encruadas, como que à moda dos sonhos de bacalhau. Muito boas. E que outras iguarias tem este famoso Dom José? Este é o prato das segundas-feiras, dia em que também pode escolher umas fêveras ou barriguinhas grelhadas. Terça é dia de descanso. Na quarta escolha entre um bacalhau à espanhola e uma rija feijoada à transmontana. Na quinta, um mais leve bacalhau à Brás ou um exuberante cozido à portuguesa. Na sexta, um arroz de feijão com iscas, um javali estufado ou, ainda, o muito apreciado rancho com mão de vaca. Ao sábado, pode escolher entre um baca-

lhau ou uma vitela mendinha assados no forno, ou uma farta feijoada com mão de vaca. Domingo, talvez por ser dia do Senhor a escolha é mais ampla: prove uns rojões à moda do Minho, um cozido ou uns filetes de pescada, um bacalhau, uma vitela ou um cabrito assados no forno. Se puder encomendar, ainda arranja um dos últimos sáveis do ano, que aqui pode ser acompanhado com o debulho. Ou um frango pica no chão, ou uns portentosos rojões com arroz de sarrabulho. Restaurante Dom José Morada: Urbanização Santa Luzia, 470 , Ninaes, Vila Nova de Famalicão, Braga Telefone: 252 922 187 António de Souza-Cardoso Presidente da AGAVI

→ Turismo e Lazer em tempos de Pandemia A DECO deixa alguns conselhos sobre a utilização de Parques de Campismo e Caravanismo Lotação Neste momento, a utilização dos parques de campismo encontra-se limitada a uma lotação máxima de 2/3 relativa à área legalmente fixada do parque. A entrada e saída dos utentes será controlada mediante a entrega de um cartão de controlo numerado. Equipamentos de Proteção Individual De acordo com o comunicado da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, os consu-

midores serão obrigados a utilizar equipamentos de proteção individual, nomeadamente máscaras ou viseiras, só as podendo retirar no interior da sua unidade. Para assegurar o dever de distanciamento social, as festas ou eventos que envolvam um elevado aglomerado de pessoas não serão permitidas. Perguntas Frequentes: Tendo em consideração todo o período de confinamento, não paguei as quotas relativas ao meu parque de campismo e agora recusam a entrada. Podem fazê-lo? De acordo com a informação disponibilizada pela referida Federação, por exemplo, os parques de campismo podem vedar o acesso ao espaço, se subsistirem valores em dívida no que diz respeito às comparticipações a que o utente está obrigado a

pagar por via do contrato de utilização do referido espaço. Se eu tiver uma caravana instalada no parque, mas não a tiver utilizado durante este período por via do encerramento destes espaços, pode, agora, o Parque de Campismo recusar a minha entrada com vista a assegurar a permanência dos 2/3 de lotação máxima? Se o consumidor celebrou um contrato com o Parque de Campismo e se tiver cumprido com os pagamentos relativos à utilização destes espaços, não poderá existir uma recusa por parte daquela entidade. No entanto, atendendo a que estamos perante um período excecional, que acarreta alguma incerteza, em caso de conflito, o ideal será contactar o responsável com vista a um acordo no sentido de definir uma data para a utilização do espaço.

Alguns conselhos: — Contacte a entidade responsável pelo Parque de Campismo e peça o regulamento bem como as regras referentes às medidas agora aplicáveis, por exemplo, quanto às medidas relativas aos espaços sanitários e às lavagens de louça. — Tente efetuar todos os pagamentos dos serviços do parque com cartão de crédito ou multibanco, uma vez que, de acordo com a Federação acima mencionada, na utilização dos produtos e serviços do espaço deverá evitar-se a utilização de moedas ou notas. Para mais informações contacte a DECO: Email: deco.norte@deco.pt Telefone: 223 391 960


Jornal

Agosto 2020

Palavras Cruzadas

1. Que não se expõe; oculto, íntimo, discreto 2. Que é próprio e particular de cada pessoa 3. Em um momento posterior; em seguida 4. Empregar as mãos no

uso de; mover com as mãos 5. Que tem grande força física; robusto, vigoroso 6. Peça de mobília composta de um assento individual e de um encosto,

Meteorologia 6 Qui

com ou sem braços 7. Órgão do olfato, constitui a parte inicial das vias respiratórias 8. Aquele que ensina, ministra aulas; mestre 9. Objeto de madeira,

papelão, metal etc., destinado a guardar ou transportar objetos 10. Dar a (alguém) todos os cuidados necessários ao pleno desenvolvimento de sua personalidade 11. Apresentar, mostrar. Tornar (algo) visível ou perceptível a outrem (ou a um grupo de pessoas) 12. Fazer perder a casca ou qualquer outro revestimento que envolva algum objeto 13. Aquele que tem pouca ou nenhuma gordura 14. Desprovido de beleza, de aparência desagradável 15. Aquele que não crê em Deus ou nos deuses

Receita → Teresa Lemos (Nutricionista)

Ingredientes (para 9 almôndegas): → 160g de cenoura crua; → 1/2 cebola média; → 200g de feijão vermelho já cozido; → Frango cozido desfiado (cerca de 3/4 peças), → Ervas aromáticas à escolha (salsa, coentros, cebolinho, orégãos); → Pitada de sal e pimenta. Modo de preparação: 1 → Pré-aquecer o forno a 160ºC. 2 → Descascar as cenouras e partir em pequenos pedaços. 3 → Com o auxílio de um triturador, triturar a cenoura, a cebola e o feijão vermelho. 4 → Colocar a mistura num recipiente, desfiar o frango e misturar. 5 → Acrescentar ervas à escolha e a pitada de

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Eventos

Almôndegas de Frango, Cenoura e Feijão Vermelho

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Lazer

sal e pimenta. 6 → Fazer pequenas bolas com o preparado e dispor num tabuleiro previamente forrado com papel vegetal. 7 → Levar ao forno a 160ºC cerca de 30-40 minutos. Declaração nutricional (por almôndega): Energia: 54 kcal; Proteína: 8,8g; Hidratos de Carbono: 3,8g, dos quais açúcares: 0,8g; Gordura: 0,4g, do qual saturada 0,1g; Fibra Alimentar: 2,1g.

Aprende a Pedalar! 05 de agosto Não sabe ou esqueceu como se anda de bicicleta? A Matosinhos Sport - Empresa Municipal de Desporto e a Câmara Municipal de Matosinhos, com o apoio técnico do Clube BTT Matosinhos, iniciam no próximo dia 5 de agosto, quarta-feira, um programa gratuito, destinado a todas as idades, que permitirá pôr em prática esse seu objetivo. Obrigatório uso de sapatilhas e vestuário adequado. Nunca é tarde para (re)aprender a andar de bicicleta!

Curiosidade: Sabia que 2 litros de água costumam ser suficientes para beber diariamente, mas são necessários cerca de 3.000 litros para produzir as necessidades alimentares diárias de uma pessoa? É importante ter noção da pegada hídrica dos alimentos que consumimos para a obtenção de uma alimentação mais sustentável.

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