Geocaching no Trilho do Ryal

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O PR 5 PCT Trilho do Ryal é um percurso de pequena rota, marcado nos dois sentidos segundo as normas da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal com cerca de 9,66 km´s de extensão. Com inicio junto ao Sobreiro Centenário este percurso leva-nos pelas encostas e vale da freguesia de Real, passando pelas povoações de Real e da Ribeira. O itinerário do percurso apresenta um conjunto de espaços onde a paisagem aliada ao saber fazer das suas gentes, são um ótimo refúgio do stress dos meios urbanos. Mais informação em www.real-pct.net/trilho


Ao longo do Trilho do Ryal encontramse escondidas 22 caches, mais uma cache extra no centro da aldeia de Real. Deverá percorrer a pé ou através de bicicleta já que com veículos de quatro rodas não será possível passar em todo o trilho. Os geoveículos podem ser estacionados junto ao inicio do trilho (Sobreiro Centenário). As caches são maioritariamente de tamanho micro|pequeno à excepção da primeira (com espaço para troca de brindes) e não possuem material de escrita pelo que devem ir prevenidos para tal efeito.



N 40º 38.559 W 007º 40.322 Sobreiro (Quercus suber L.) é uma árvore folhosa espontânea em Portugal. Presente em todo o território continental, pode ser visto com mais frequência nas encostas mais soalheiras, da freguesia de Real. É uma espécie protegida por Lei desde 2001, e em 2011 foi-lhe atribuído o título de Arvore Nacional de Portugal. Este sobreiro localizado mesmo à entrada da aldeia de Real possui uma frondosa copa com cerca de 25m de diâmetro. Sob esta frondosa copa está um pequeno parque de lazer. Aqui inicia o Trilho do Ryal, com o respectivo painel informativo.



N 40º 38.719 W 007º 40.358 A meia encosta olhando para o vale do Ludares encontra-se o Polidesportivo da Bocha. Pertencente à Associação Cultural, Recreativa e Social de Real, era uma velha aspiração desta colectividade que o viu nascer em 2013. Aqui se realiza, anualmente, no segundo Domingo de Maio o Encontro de Música Popular. Ao final do dia as mulheres da aldeia aproveitam para vir aqui fazer o seu exercício físico, caminhando em redor do polidesportivo, marcando cada volta com uma pedrinha no muro. Também as crianças por aqui andam em finais de tarde de férias ou fins-de-semana, ou nos dias estivais mais prolongados.



N 40º 38.793 W 007º 40.527 É neste local que o caminheiro pode optar por um percurso mais extenso (mais 1.78 km´s) e contemplar uma vista fabulosa sobre o vale do Rio Ludares, enquanto descobre a outra cache.



N 40º 38.870 W 007º 40.272 Do alto de um povoamento de carvalhos, encravado no meio de pinhais, pode-se mirar o Vale do Ludares com os seus verdes lameiros. Os quais são sarapintados pelo branco das ovelhas que por ali pastam. Nesta zona pode se observar no terreno um filão xistoso que emana no meio dos maciços graníticos e dá um tom avermelhado ao terreno.



N 40º 38.951 W 007º 40.541 Os cruzeiros são elementos que atestam a crença na religião cristã, símbolo das gentes e da maioria dos povos ocidentais, são testemunho da fé dos portugueses. Localizados em algumas praças, caminhos, no meio de povoações, nos cruzamentos de caminhos, ou nos planaltos, apresentam as mais variadas formas em distintos materiais regionais e com diferentes tipos. Este cruzeiro está assente num afloramento granítico, consolidado com cimento, onde assenta uma cruz latina, formada por três elementos de cantaria, que criam as hastes da cruz, sem qualquer decoração. A sua história pode ser lida na placa informativa do local.



N 40º 38.846 W 007º 40.683 O Pinheiro-bravo é uma árvore autóctone da Península Ibérica e a predominante na freguesia de Real. A resinagem durante os anos 70 teve um papel muito importante para os habitantes da região, esta prática foi se perdendo com a entrada da China no mercado da resina. Em 2015 voltou-se a resinar pinheiros na nossa freguesia, como os deste nosso baldio. A resina é um líquido viscoso que é excretado pelo pinheiro para selar e se proteger qualquer ferida. Apresenta uma coloração amarelo acastanhado e no contacto com o ar torna-se duro e forma uma crosta quebradiça e pegajosa. A resina fossilizada é conhecida como âmbar e é considerada uma pedra semi-preciosa.



N 40º 38.698 W 007º 40.732 Deste ponto poderemos mirar o núcleo central da aldeia de Real, vendo-se a imponente chaminé da Quinta da Aveleira bem como a torre da igreja, que se destacam do casario. A toda a encosta vêmse, em socalcos, os terrenos da Quinta da Aveleira, com os seus canais em pedra para condução das águas da serra, e que outrora eram agricultados. Por aqui pode se descer por serpenteado batido pelo tempo e, através de uma canada murada, penetrar na aldeia e observando ainda casas típicas de tabiquei



N 40º 38.527 W 007º 40.843 Afastado da aldeia, como determinavam as regras higiénicas do séc. XIX, encontra-se o cemitério paroquial. Entrou em funcionamento com o primeiro enterramento em 1886. Encruzilhada de caminhos que nos convidam a conhecer a Serra, a Fontedeira, a Tapada ou a entrar na aldeia com as suas casas em pedra.



N 40º 38.386 W 007º 40.930 Esta capela foi construída em 1881 por José Oliveira. Ainda na posse da família que promove a festa no dia de S. Marcos, 25 de Abril. Tecto de madeira em masseira. Pavimento em calçada irregular. O retábulo-mor, de talha pintada de branco e marmoreados fingidos. No nicho central a imagem de N.ª Sr.ª de Montesserrate e nas mísulas laterais uma imagem de S. Pedro e outra de S. Marcos. Sepultura Medieval Estes túmulos eram escavados na rocha e posteriormente cobertos por tampa de pedra ou por terra. Esta sepultura apenas apresenta a zona da cabeceira com os ombros. Datará do séc. XI/XIII.



N 40º 38.212 W 007º 41.061 O estracto geológico da freguesia divide-se entre os xistos e os granitos. A Nordeste e Este da aldeia de Real predominam os xistos com intercalações de quartzitos e alguns filões de aplito-pegmatito. A restante área da freguesia é marcada pela existência de granitos porfiroides de grão grosseiro. Nalgumas zonas encontram-se filões de feldspato que ainda é explorado. Outrora também se explorou volfrâmio e berilo, no auge da II Guerra Mundial e do pós-guerra. Ainda hoje se encontram valas e minas que testemunham esta exploração.



N 40º 37.998 W 007º 41.412 O rio Ludares foi domado ao longo dos anos pelo homem para aproveitamento das suas águas para irrigação dos campos e para transformação do cereal. Neste local, onde o rio segue mais encaixado, o curso do rio foi interrompido por três levadas, que alimentavam outros tantos moinhos e os campos agrícolas anexos. Os moinhos, explorados directamente ou por concessão, atraiam pessoas de várias paragens que aqui vinham moer o seu cereal. Com o tempo caíram em declínio, encontrando-se hoje em ruínas ou transformados para outros usos. No entanto, os lameiros continuam a ser regados pelas águas da levada fundeira, também utilizada, outrora, pelos rapazes para banhos e habilidosos saltos acrobáticos. lo, constituindo um miradou-



N 40º 37.963 W 007º 41.666 Num baldio outrora rasgado por valas de drenagem e usado para pastagem dos animais e apanha de junco, encontra-se hoje um parque de Lazer. Aqui os visitantes poderão encontrar um Parque Infantil, aparelhos de ginástica para adultos, uma zona de merendas com churrasqueiras sob um alpendre, um fontenário e um WC. Do antigo baldio ainda resta a antiga poça, de onde ainda hoje no Verão se regam os campos que lhe estão próximos. A meio do baldio encontra-se o cruzeiro da aldeia, possivelmente do séc. XIX.



N 40º 37.892 W 007º 41.810 Mesmo no centro da aldeia da Ribeira encontra-se o Forno Comunitário inaugurado em 2008, juntamente com a nova Fonte e Lavadouro e o WC que lhe ficam juntos. Aproveitando uma antiga casa tradicional, de que restam alguns elementos tradicionais que foram aproveitados, traves e uma janela. O próprio forno foi construído com as pedras de outro antigo forno que existia na aldeia. Na parede ao lado da Fonte pode se ver uma gravura rupestre cujo significado se desconhece. Na mesma rua, em forma de cotovelo ainda se vêm duas casas típicas, uma com os seus balcões e varanda exterior, e outra com a sua varanda sobrada e grade em madeira.



N 40º 37.734 W 007º 41.817 Mesmo à entrada da freguesia, para quem vem do concelho de Mangualde, e da aldeia da Ribeira situa-se um frondoso parque das Tílias. Aqui situa-se um dos painéis informativos do Trilho do Ryal, e aqueles que já vêem fazendo o Trilho poderão descansar após a subida da Rua da Liberdade. Do outro lado da estrada situa-se um dos baldios da freguesia com os seus pinheiros em crescimento.



N 40º 37.654 W 007º 41.699 Os Baldios são um tipo de propriedade comunitária, constituída pelos terrenos que por uso e costume são possuídos e geridos por comunidades locais. Os compartes são os membros destas comunidades que, por usos e costumes, têm direito ao uso e fruição do baldio. Os baldios são administrados pelos respetivos compartes nos termos dos usos e costumes ou através de órgãos democraticamente eleitos. Outrora eram locais para apanha de lenha, folhado, mato e pasto. Assumem particular importância pelos recursos naturais, culturais e paisagísticos.



N 40º 37.675 W 007º 41.428 Numa zona de confluência entre o Trilho do Ryal e o Trilho do Ludares (PR1MGL), encontra-se a Quinta do Vilar. Outrora aqui existiu a chamada vinha do Silva, na surriba da qual se destruíram inúmeras sepulturas escavadas na rocha. Sobraram algumas, quatro das quais podem ser observadas neste ponto.



N 40º 37.669 W 007º 41.180 Apesar da predominância do pinheiro, ainda encontramos manchas de castanheiros. É uma árvore de folha caduca de grande porte que atinge os 30m e pode chegar até aos 1500 anos, sendo muito abundante no interior Norte e Centro de Portugal, cujo fruto, a castanha, formou juntamente com o trigo, cevada e centeio a base da alimentação em Portugal até ao século XVII. A sua madeira tem inúmeras aplicações em cestaria, tonéis e mobiliário mas também na construção para soalhos, portas e revestimentos.



N 40º 37.790 W 007º 40.881 A flora da freguesia apresenta uma grande variedade de plantas. A coexistência destes seres vivos compõe uma paisagem magnífica e atractiva, alterando os seus tons em consonância com as estações do ano. No estracto herbáceo e arbustivo destacam-se as urzes, as giestas, os medronheiros, os narcisos, os rosmaninhos, as gilbardeiras, os tojos, as margaridas, as malvas, as azedas, as sargacinhas, as arrudas, as espadanas dos montes e as tanchagens. No estracto arbóreo encontramos as espécies florestais (pinheiros, carvalhos, amieiros, sobreiros e eucaliptos), oliveiras e outras espécies frutícolas



N 40º 37.806 W 007º 40.621 As aves têm fascinado o Homem desde sempre pela capacidade de voar e de adaptação a um determinado habitat, pelo que muitos pássaros servem de bio-indicadores. Algumas espécies vivem muito próximo das povoações. Em voo ou pelos seus cânticos podemos observar, com a ajuda dos binóculos, alvéola-branca, andorinha, carriça, cuco, gaio, melro, poupa, perdiz, pica-pau, pisco-de-peito-ruivo, rabirruivo, tordo e verdilhão. Esteja atento, pois nas árvores adultas podemos observar os ninhos de aves situados no tronco ou nos ramos.



N 40º 38.239 W 007º 40.441 Sobre o Rio Ludares foi construída em 1866 pela Câmara Municipal, conforme consta na cartela a meio da guarda lateral. Esta ponte substituiu uma outra de pau que é referida na Memória Paroquial de 1758. Até há poucos anos era visível em ambos os lados da ponte um lageado da antiga carreira, já referida em documento do séc. XV. Era por aqui o acesso das terras de Penalva à Estrada Real que vindo de Viseu se dirigia à Guarda, passando por Fagilde, Canedo, Passos, Quintela de Azurara, Corvaceira, Chãs de Tavares...Uma via importante que remonta à Idade Média, ou talvez à época romana.



N 40º 38.239 W 007º 40.441 As árvores são classificadas em dois grupos, as resinosas e as folhosas. Nas folhosas a forma da folha varia muito consoante a espécie, no entanto é comum as folhas serem largas de onde deriva o nome de folhosas. Durante o percurso visualizamos várias espécies de folhosas das quais destacamos os carvalhos (carvalho-americano, carvalhonegral, carvalho-alvarinho), os castanheiros, os amieiros, os sobreiros e os eucaliptos. Junto ao leito do rio de Ludares as margens estão ladeadas com amieiros.



N 40º 38.429 W 007º 40.519 Situadas longe do povo primitivo, a sudeste e a caminho dos lameiros verdejantes do Ludares, situam-se as Cortes. O nome deriva quase de certeza do facto de aqui se terem localizado as cortes dos animais. Alojamentos colectivos destinados à recolha do gado, que normalmente situavam-se fora dos povos. Hoje já nada resta dessas chousas que serviriam de abrigo aos animais que aqui se recolhiam à noite, após passarem o dia a pastarem nos verdes campos junto ao Ludares.



N 40º 38.??? W 007º 40.??? Trata-se da cache extra do percurso Trilho do Ryal onde o propósito é propor um passeio complementar e dar a conhecer o centro da aldeia de Real e alguns dos seus principais pontos de interesse como o Lagar de Azeite Antigo, a Fonte e o Lavadouro, os Cruciformes, a Quinta da Aveleira e a Igreja Paroquial.


As Caches do Trilho do Ryal são da responsabilidade da Junta de Freguesia de Real. Qualquer informação, sugestão ou reclamação pode ser dirigida para jf@real.pct.net Mais informação em www.real-pct.net

As caches foram colocadas com a colaboração de Cinza




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