Série Importantes Obras Viárias para a Grande Porto Alegre e Vale do Sinos

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ESPECIAL

DOMINGO 9.8.2009 JORNAL ABC

ATENÇÃO

REPÓRTERES FISCALIZANDO

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Obras importantes para o sistema viário da região

1 - Construção do viaduto da Unisinos, em São Leopoldo

Promessa de viaduto em tempo recorde Eduardo Andrejew

Um passo importante para desafogar a BR-116 já foi dado. Na segunda-feira foi assinado o contrato para a construção do viaduto da Unisinos. Estima-se que a obra possa ser iniciada ainda no final deste mês pela Construtora Cidade. E mais: a promessa é de que tudo esteja pronto em setembro de 2010. O prazo pode ser considerado um recorde para uma construção feita exclusivamente com recursos públicos – neste caso, R$ 32 milhões provenientes do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal. A obra em São Leopoldo é a primeira a ser radiografada pelo ABC Domingo em mais uma série especial dedicada a acompanhar o andamento de obras e projetos, bem como cobrar dos governos o cumprimento de prazos e promessas. A partir desta edição, as principais intervenções relacionadas com a BR-116 serão alvo de reportagens. A promessa de finalização rápida do Viaduto da Unisinos foi manifestada pelo diretor de Infraestrutura Rodoviária do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), Hideraldo Caron. O superinten-

Arte: Diogo Fatturi/GES

UMA OBRA PARA FICAR PRONTA EM 12 MESES

dente regional do Dnit, Vladimir Casa, pondera, entretanto, que o prazo definido no contrato é maior: 18 meses. “Nós estamos incentivando a empresa a concluir mais rápido”, explica. Casa acredita na meta de um ano por uma razão simples: o recurso para a construção já foi empenhado integralmente. COMPLEXIDADE Mas o tempo recorde de execução não é a única peculiaridade que irá marcar o projeto. Trata-se do primeiro viaduto estaiado (sustentado por cabos de aço) a ser erguido no Rio Grande do Sul. Conforme, Carlos Müller, diretor técnico da Bourscheid Engenharia e Meio Ambiente (empresa responsável pelo projeto do viaduto), a técnica de construção, além de trazer um novo conceito estético para o Estado, permitirá que a obra seja executada sem a interrupção do tráfego na BR-116. O viaduto da Unisinos é uma obra complexa e exigirá a abertura de novas pistas, bem como a realocação de pelo menos um imóvel – um motel. Além das alças de acesso, haverá, por exemplo, vias de retorno e acesso mais rápidos entre a Avenida Unisinos e a BR-116.

FIQUE DE OLHO

A obra Viaduto da Unisinos

Local Na BR-116, em São Leopoldo

Prazo de conclusão Governo promete concluir a obra em setembro de 2010, mas o contrato assinado prevê conclusão até 3 de janeiro de 2011

Fluxo de carros Estimado entre 60 mil e 70 mil Quem vai construir por dia no trecho Construtora Cidade

Em que estágio está Quanto vai custar Licitação concluída, com previsão R$ 32 milhões de início das obras em agosto De onde vem o dinheiro O que já se disse É do governo federal, oriundo O Dnit chegou a projetar o início do PAC. Toda a quantia já está da obra em junho passado empenhada

O complexo no quilômetro 250 será a primeira obra estaiada – sustentada por cabos – no Rio Grande do Sul. Ao todo, serão 36 cabos de aço que terão a função de dar sustentação à passagem. Além da beleza visual, o modelo estaiado tem a vantagem de tornar a estrutura mais leve do que um viaduto comum. O custo é similar. A técnica de construção de um viaduto estaiado permite que a

obra seja erguida a sem a necessidade de se interromper o tráfego. Durante a construção, as duas pistas da BR-116 deverão funcionar normalmente.

A imagem acima é uma simulação aproximada de como ficará o viaduto após sua conclusão e foi divulgada pela empresa responsável pelo projeto.


ESPECIAL

DOMINGO 16.8.2009 JORNAL ABC

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REPÓRTERES FISCALIZANDO

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Obras importantes para o sistema viário da região

2 - Duplicação da RS-118, entre Sapucaia e Gravataí

O calendário do Estado para recuperar a RS-118 Gabriel Guedes

Passados 34 anos desde a inauguração da RS-118, o número de veículos que por lá trafegam todos os dias aumentou de forma avassaladora. Entretanto, a estrada continua a mesma. Mas uma solução concreta está a caminho. Pelo menos é a promessa do governo do Estado, que nesta semana apresentou cronograma atualizado para executar as obras de duplicação da estrada, e quer concluir pelo menos 17 dos 22,5 quilômetros entre a BR-116 e a BR-290 (free way), até fevereiro de 2011. O secretário-adjunto da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística, Adalberto Caino Silveira Netto, garante que rodovia terá o alento que merece. “A RS-118 é uma prioridade para o governo do Estado”, reforça. O diretor-geral do Daer, Vicente Pereira, diz que o projeto original sofreu modificações, no sen-

tido de acolher melhor as necessidades da região. “Recebemos da gestão anterior contratos da obra que só previam a construção da nova pista e das ruas laterais. Mas estamos readequando para que se faça as intervenções restantes”, afirma. A obra está dividida em lotes, mas apenas o primeiro, do quilômetro 21,5 ao 10, é que está com trechos em execução. Desta parte, o trabalho de limpeza de terreno, com 62% concluído, é o que está mais adiantado. Na sequência, está o trabalho de terraplanagem, com 44%, drenagem pluvial com 38%, e a britagem graduada com 36%. A aplicação de macadame seco está em 19%, e as obras de arte, com 18% prontos. O acabamento é o que está menos concluído. Concreto compactado está com 17%, placas de concreto, com 14%, e asfalto, 5%. O enleivamento e as sarjetas, estão com 2% e 4% prontos, respectivamente.

Arte Diogo Fatturi/GES

COMO FICARÁ A RODOVIA

Depois de duplicada, a RS-118 terá o aspecto semelhante ao ilustrado acima. Será uma rodovia moderna, bem diferente da atual. Serão duas pistas com duas faixas de tráfego para cada sentido. A nova será pavimentada com concreto e a existente será restaurada, com a substituição das placas de concreto deficientes por outras novas. Também haverá ruas laterais, em concreto asfáltico, para circulação do tráfego local, viadutos para os principais cruzamentos da rodovia e área de passeio com 3 metros de largura.

FIQUE DE OLHO A obra Duplicação de 22,5 km da RS-118 Local Do entroncamento com a BR116 em Sapucaia (km 0), até o entroncamento com a BR-290, em Gravataí (km 22,5). A duplicação está dividida dos km 0 (BR-116) ao 5,4; do 5,4 ao 10 e do 10 ao 21,5 e, ainda, o km final (BR-290) Fluxo de veículos Estimado entre 18 mil e 20 mil por dia no trecho Em que estágio está O contrato de duplicação (já com um aditivo) contempla a construção de 11,5 km de pista nova e ruas laterais, entre os km 21,5 e 10. Atualmente há obras em trechos entre os km 21,5 e 13,3

ser feito neste ponto Do km 10 ao 5,4, está em elaboração o projeto básico de readequação de duplicação, restauração e ruas laterais para que a obra possa posteriormente ser lançada em licitação Para os km 5,4 a 0 está sendo preparada a licitação para contratação de estudos e projeto de engenharia Prazo de conclusão Governo promete concluir do km 22,5 ao 10, até dezembro de 2010 Para o trecho entre os km 10 e 5,4, a obra está prevista para iniciar em maio de 2010 e terminar em fevereiro de 2011

A restauração da pista existente nesse trecho aguarda início de licitação, prevista para ser lançada em novembro e concluída em janeiro

Para o lote entre os km 5,4 e 0, os estudos e projeto de engenharia deverão estar prontos em janeiro de 2011. A obra ainda não tem previsão para iniciar

Também será aberta licitação, ainda sem data, para construção de nova pista e restauração do último trecho, mais próximo à BR-290. No pacote também será incluído um viaduto a

Quem vai construir A construtora Triunfo executa as obras do lote entre os quilômetros 21,5 e 10. Demais lotes aguardam definição de licitações

Quanto vai custar R$ 117 milhões (os 22,5 km)

Cronograma de Licitações

De onde vem o dinheiro Do Tesouro Estadual

Obra de restauração da pista existente (km 10 ao 22,5), com conclusão em janeiro/2010

Cronogramas Acompanhe o cronograma detalhado do governo do Estado:

Viaduto da Avenida Marechal Rondon (km 12,73), com conclusão em fevereiro/2010

Cronograma de projetos

Viaduto sobre a RS-020 (km 16,13), com conclusão em fevereiro/2010

Readequação de duplicação e ruas laterais (km 10 ao 21,5), com conclusão em outubro/2009 Interseção de acesso à Polícia Rodoviária Estadual (km 11), com conclusão em setembro/2009 Interseção da Avenida Marechal Rondon (km 12,73), com conclusão em setembro/2009 Readequação de duplicação, restauração e ruas laterais (km 5 ao 10), com conclusão em outubro/2009 Termo de referência para readequação de projeto e estudo de traçados (km zero ao 5,4), com licitação até janeiro/2010 e projeto de engenharia até janeiro/2011

Viaduto da Avenida Itacolomi (km 18,32), com conclusão em janeiro/2010 Obra de duplicação, restauração e ruas laterais (km 5,4 ao 10), com conclusão em abril/2010 Viaduto da Estrada do Ritter (km 9,9), com conclusão em abril/2010 Obs: as licitações são abertas três ou quatro meses antes do prazo de conclusão

Ponte sobre o Arroio Barnabé (km 16,3), com conclusão em outubro/2009 Construção do viaduto da Avenida Dorival de Oliveira (km 19,76), com conclusão em março/2010 Supervisão da obra (km 10 ao 22,5), com conclusão em novembro/2010 Obra de restauração da pista existente (km 10 ao 22,5), com conclusão em dezembro/2010 Viaduto da Marechal Rondon (km 12,73), com conclusão em dezembro/2010 Viaduto sobre a RS-020 (km 16,13), com conclusão em outubro/2010 Viaduto da Avenida Itacolomi (km 18,32), com conclusão em dezembro/2010

Cronograma de obras

Duplicação, restauração e ruas laterais (km 5,4 ao 10), com conclusão em fevereiro/2011

Duplicação e construção das ruas laterais (km 12 ao 22,5), com conclusão em dezembro/2010

Viaduto da Estrada do Ritter (km 9,9), com conclusão em dezembro/2010


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DOMINGO 16.8.2009 JORNAL ABC

Retomada da faixa de domínio pode levar até três anos Com a urbanização acelerada da região metropolitana, as áreas desapropriadas com o início da construção da RS-118, em 1969, foram invadidas. Hoje, conforme o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), são cerca de 1,2 mil ocupações irregulares nas margens dos cinco primeiros quilômetros da rodovia, em Sapucaia do Sul e Esteio, criando um severo entrave para a duplicação da rodovia neste ponto. A ocupação da chamada ‘faixa de domínio’, espaço reservado para o aumento de capacidade

de tráfego da RS-118, segundo o assessor técnico do Comitê de Acompanhamento das Obras de Infraestrutura Viária da Região Metropolitana, engenheiro civil Wilson Ghignatti, se constitui num problema demorado de resolver. “Se estima que o tempo para reintegração de posse neste trecho leve cerca de três anos. Teria que começar agora”, sugere. O secretário estadual da Habitação, Saneamento e Desenvolvimento Urbano, Marco Alba, afirma que está empenhado em destravar a questão. “É um gargalo para a duplicação da 118”, classifica.

Imagens da Estrada

Rodrigo Rodrigues/GES

Tiago da Rosa/GES

Nova pista

Concreto

A nova pista toma forma no quilômetro 16, em Gravataí. Neste trecho, segue também em construção a ponte sobre o Arroio Barnabé

A vibroacabadora é responsável pela aplicação das placas de concreto da nova pista, em trabalho no quilômetro 18, em Gravataí

Rodrigo Rodrigues/GES

Pista atual Desgaste: apesar de resistente, o concreto apresenta rachaduras em muitos trechos entre Sapucaia e Gravataí e precisará ser restaurado

O PRINCIPAL PROBLEMA NO CAMINHO DA NOVA RS-118

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Tiago da Rosa/GES

Acostamento Com a obra, a RS-118 ganhará acostamento. Hoje, esta parte é praticamente inexistente no quilômetro 1, em Sapucaia do Sul Arte sobre imagem Google Maps

trecho sapucaia do sul/esteio (km 2 e 3)

INVASÕES: um dos empecilhos para que futuramente a obra deslanche está exemplificado neste trecho. A faixa de domínio, delimitada pela linha laranja, está totalmente ocupada


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DOMINGO 23.8.2009 JORNAL ABC

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REPÓRTERES FISCALIZANDO

Obras importantes para o sistema viário da região

3 - Construção do viaduto do Rincão, em Novo Hamburgo

Pronto em 2010, se tudo correr bem Gabriel Guedes

Quem costuma passar pelo cruzamento da BR-116 com a Rua Rincão, em Novo Hamburgo, vive os últimos meses de um entrave histórico: o tumultuado e perigoso trânsito registrado no trecho. Neste ponto, o tráfego local e o da rodovia federal se revezam na travessia por um conjunto de semáforos. Mas em dezembro de 2010, um viaduto deverá livrar de vez a rua da incômoda passagem. Isso, se tudo transcorrer bem. A obra, que iniciou em fevereiro, está com o cronograma defasado em um mês. Mas quem constrói, garante: dá para compensar o atraso e entregar dentro do prazo previsto. O que se convencionou chamar de ‘Viaduto do Rincão’ é um projeto constituído por uma elevada para a pista Porto Alegre– Serra e outra no sentido inverso, além de novas ruas laterais. Hoje, sem esta intervenção, é comum a ocorrência de congestionamentos, por exemplo, nos finais de tarde de domingo de inverno, na volta da Serra gaúcha. Neste trecho, de acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), trafegam diariamente cerca de 30 mil veículos. O engenheiro civil responsável

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pela obra, executada pelo consórcio Grande Porto Alegre, Elvio Bernardi, assegura que há como garantir a celeridade do trabalho. “O que atrasou foi a construção do desvio da pista Porto Alegre– Serra. Mas estamos utilizando pré-moldados para dar agilidade. Estamos correndo atrás”, esclarece Bernardi, apontando que a etapa que deveria levar quatro meses foi concluída em cinco, devido ao remanejo da rede hidráulica da Comusa e Corsan. ESPECIFICAÇÕES A obra atualmente conta com a força de 70 trabalhadores, que trabalham das 7h30 às 17h30 e esporadicamente aos finais de semana. Mas no auge, segundo o engenheiro, com a construção do viaduto da pista Serra–Porto Alegre, serão cerca de 100 funcionários. “Para cumprir o prazo, não descartamos trabalhar em três turnos. O que nos atrapalha é o tempo chuvoso”, destaca Bernardi. Depois de prontas, as pistas em elevada terão 11 metros de largura cada, duas faixas de tráfego, com acostamento interno e externo. “Ficará como o viaduto da Scharlau”, compara. Na parte inferior, as sinaleiras controlarão o tráfego local.

Arte Diogo Fatturi/GES

trânsito livre na rua rincão

Fotos Gabriel Guedes/GES-Especial

Nos próximos dias, a Rua Rincão já deverá estar alargada no cruzamento com a BR-116. Foram ampliados cerca de três metros para cada lado da via, com a meta de possibilitar a construção de um dos pilares do novo viaduto sem atrapalhar o trânsito (foto acima).

A pista interior–capital (foto acima) será interrompida a partir de dezembro e o tráfego desviado pela rua lateral, possibilitando o início das obras do viaduto deste sentido, em procedimento semelhante ao realizado na pista contrária.

FIQUE DE OLHO

A obra Viaduto do Rincão

consórcio responsável pela obra admitir que há um mês de defasagem no cronograma de trabalho

Local BR-116, quilômetro 236, em Quem está construindo Novo Hamburgo Consórcio Grande Porto Alegre, formado pela Construtora PeloFluxo de veículos tense e Construtora Cidade 30 mil veículos diariamente Em que estágio está Estão sendo erguidos os pilares que sustentarão a pista sentido Porto Alegre–interior. Mês que vem inicia colocação das vigas

Quanto vai custar R$ 26.518.313,36

De onde vem o dinheiro Os recursos são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por meio do Ministério Prazo de conclusão Dezembro de 2010, apesar do dos Transportes

Enquanto o tráfego da pista sentido capital–interior segue desviado pela rua lateral, operários fazem o trabalho de estaqueamento. É sobre as estacas que serão erguidos os pilares que sustentarão as pistas (foto acima).


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DOMINGO 30.8.2009 JORNAL ABC

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REPÓRTERES FISCALIZANDO

Obras importantes para o sistema viário da região

4 - Duplicação da ponte sobre o Rio Gravataí

Duplicação deve acabar com um funil

Adair Santos

Uma estratégica obra para ajudar a reduzir o caos no trecho metropolitano da BR-116 começa a tomar forma. O alargamento da ponte sobre o Rio Gravataí teve início no dia 10 de junho e deverá estar concluído no prazo estabelecido de 15 meses, em setembro de 2010. ‘‘A estrutura permitirá a ampliação para um total de cinco pistas no sentido Porto Alegre–Canoas, de modo que não vai haver mais o funil existente hoje no fluxo de trânsito’’, explica do superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) no Rio Grande do Sul, Vladimir Casa. Na pista sentido interior–capital não haverá nenhuma alteração. Quem precisa de deslocar diariamente ou mesmo que esporadicamente pela BR-116 sente na pele e no bolso os problemas causados pelos congestionamentos neste ponto, na divisa entre Canoas e Porto Alegre, que nos horários de pico recebe milhares de veículos vindos da BR-290 (free way) e da capital, originando um gargalo. Com a

estrutura, o fluxo procedente da free way não sofrerá o afunilamento a que está sujeito hoje, pois contará com novas pistas e fluirá melhor. A obra está orçada em R$ 8.479.250,11, custeada por recursos do Programa de Aceleração do governo federal. Conforme Casa, toda a verba já está disponível. A estrutura terá 189 metros de comprimento por 10 metros de largura e está sendo construída pela Sogel - Sociedade Geral de Empreitadas. O diretor da empresa, engenheiro João Miguel Bastian, explica que o estaqueamento já foi realizado e que, atualmente, está em execução um processo chamado escoramento, que antecede a concretagem. ‘‘Trinta homens trabalham na obra, que será entregue no prazo previsto, em setembro do próximo ano’’, enfatiza. Ele vislumbra na obra uma importante iniciativa que contribuirá para fazer o trânsito fluir melhor naquele trecho da BR-116. ‘‘A nova ponte, juntamente com a Rodovia do Parque, ajudará a amenizar a situação caótica do fluxo neste trecho’’, observa o engenheiro.

FIQUE DE OLHO A obra Prazo de conclusão Alargamento da ponte sobre o Setembro de 2010. A empresa Rio Gravataí responsável afirma que a obra está dentro do cronograma plaLocal nejado e que conseguirá termiBR-116, no quilômetro 270, na ná-la no prazo estabelecido no divisa entre as cidades de Ca- contrato. noas e Porto Alegre Quem está construindo Fluxo de veículos Sogel - Sociedade Geral de Em130 mil veículos diariamente preitadas Em que estágio está A obra começou em 10 de junho, já foi realizado o processo de estaqueamento e atualmente estão sendo erguidos os pilares que sustentarão a estrutura que originará três novas pistas no sentido Porto Alegre–Canoas

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Quanto vai custar R$ 8.479.250,11 De onde vem o dinheiro Os recursos são oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal

Arte Diogo Fatturi/GES

NOVA PISTA na ponte do rio gravataí

De acordo com o projeto, haverá duplicação no sentido capital–interior. Hoje na prática são três pistas. Serão agregadas mais duas, totalizando um conjunto de cinco, mais o acostamento e a área de passeio. Na pista sentido interior–capital não haverá nenhuma modificação. A projeção acima foi feita com base em informações divulgadas pela Sogel, responsável pela obra de duplicação da ponte sobre o Rio Gravataí. O trecho é um dos mais críticos e congestionados da BR-116.

VEJA como ficará O FLUXO A projeção abaixo, feita sobre uma imagem de satélite captada do Google Earth, mostra como a ponte vai funcionar depois de concluída a obra de duplicação. A nova pista, no sentido capital– interior, deve absorver especialmente o fluxo oriundo da BR-290, a free way, enquanto a parte já existente deve dar vazão aos veículos vindos da capital. Adair Santos/GES-Especial

Em OBRAS A foto acima mostra o estaqueamento já concluído, com os pilares sendo erguidos. A fase atual é chamada de escoramento e antecede a concretagem A obra inclui o alargamento de pista desde a saída da free way A obra, segundo o engenheiro João Miguel Bastian, segue no ritmo normal e não há, segundo ele, risco de atraso O fato de toda verba já estar empenhada pelo governo federal é uma garantia de que não haverá interrupção


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DOMINGO 6.9.2009 JORNAL ABC

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REPÓRTERES FISCALIZANDO

Agora só falta a assinatura do presidente Gabriel Guedes

Depois de conhecidas as empresas que irão construir a BR-448, a Rodovia do Parque, a espera é pela assinatura da ordem de serviço. Documento que pode levar, aliás, tinta da caneta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele é aguardado no Estado ainda nesse mês, provavelmente no dia 18, para a cerimônia. A expectativa é de início da obra ainda em setembro. Anteriormente, o governo trabalhava com a ideia de começar a construção em agosto, como já disse a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, em abril passado. Ela deve estar ao lado de Lula na solenidade, já que vem se envolvendo diretamente com o projeto e, inclusive, anunciou o início do processo de licitação. O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transpor-

tes (Dnit) no Rio Grande do Sul, Vladimir Casa, minimiza qualquer defasagem no cronograma. “Está tudo correndo muito bem. Tudo em dia.” O governo federal trabalha com a possibilidade de entregar a rodovia pronta em dois anos. Entretanto, o contrato assinado com os três consórcios vencedores da licitação para execução prevê 900 dias de trabalho. Um prazo de quatro meses a mais do que o anunciado pela União. De acordo com o superintendente, o presidente deverá mesmo passar pelo Rio Grande do Sul este mês para autorizar a construção da nova estrada. “Lula vem no dia 18 de setembro. Só não temos o local da assinatura confirmado”, afirma Casa. Agora, é questão de detalhe. Num País onde obras atrasadas são fato comum, é torcer para que a Rodovia do Parque não entre no caminho do descaso.

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Obras importantes para o 5 - Construção da Rodovia Pronta para sair do papel Com base no material apresentado ao Dnit pelo consórcio Ecoplan-Magna, responsável pelo projeto final de engenharia, o ABC Domingo mostra como ficará Rodovia do Parque depois de concluída pelo governo federal. Abaixo, uma simulação das pistas. TRÊS FAIXAS DE CADA LADO

TRECHO SUL (Km 10,4 ao 22,340, entre a BR-386 e a BR-290) Entre a BR-290 e a BR-386, a Rodovia do Parque terá três faixas em cada sentido, além de acostamento lateral e acostamento interno. Cada faixa terá 3,60 metros, totalizando 10,80 metros em cada sentido, mais os acostamentos. O conjunto, entre uma extremidade e outra, terá 29,8 metros, mais 80 centímetros da mureta de proteção que divide as pistas. A decisão de fazer três faixas de cada lado foi tomada com base em uma estimativa de que esse trecho, de 11,94 quilômetros, terá fluxo mais intenso, em função de absorver veículos oriundos da BR-386 que estiverem se deslocando em direção à capital. DUAS FAIXAS DE CADA LADO

FIQUE DE OLHO

A obra Construção da BR-448, a Rodovia do Parque

Local Da interseção com a BR-116 e RS-118, em Sapucaia do Sul, passando por Esteio e Canoas, até se ligar com a BR-290 e a Avenida Padre Leopoldo Brentano, em Porto Alegre, totalizando 22,34 quilômetros de extensão Fluxo de veículos O Dnit estima que cerca de 40 mil veículos vão utilizar a rodovia por dia Em que estágio está A obra aguarda apenas a assinatura da ordem de serviço, que deverá ocorrer em solenidade com o presidente Lula, no dia 18. Até outubro devem terminar ainda as licitações que escolherão as empresas para supervisionar a obra e a gestão ambiental e gerenciar o empreendimento. De acordo com o Dnit, estas pendências não impedem o começo da construção Prazo de conclusão Os contratos com os consórcios preve-

em a execução em dois anos e quatro meses. Se iniciarem agora em setembro, conforme o prometido, a obra tem que terminar até janeiro de 2012 Quem vai construir A obra da Rodovia do Parque está dividido em três lotes: O Lote 1, que vai do km zero ao 9,14, está sob responsabilidade do consórcio Sultepa/Toniollo Busnelo O Lote 2, km 9,14 ao 14,44, é do consórcio Construcap/Ferreira Guedes O Lote 3, km 14,44 ao 22,34, será construído pelo consórcio Queiroz Galvão/ OAS/Guaíba Quanto vai custar R$ 824.032.939,43, divididos em R$ 199.505.994,68, R$ 175.806.600,00 e em R$ 448.720.344,75, para os lotes 1, 2 e 3, respectivamente De onde vem o dinheiro Os recursos são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por meio do Ministério dos Transportes

TRECHO NORTE (Km 0 ao 10,4, entre a BR-116 e a BR-386) No chamado trecho norte, serão duas faixas em cada sentido. Cada faixa terá 3,60 metros, totalizando 7,20 metros, mais os acostamentos. O conjunto, entre uma extremidade e outra, terá 22,6 metros, mais 80 centímetros da mureta de proteção. Esse trecho começa no entroncamento da BR-116 com a RS-118, em Sapucaia, e segue até a BR-386, em Canoas.

UMA ESTRADA PARA O FUTURO No mapa ao lado, está projetada a Rodovia do Parque. A estrada com 22,340 quilômetros será construída ao oeste da BR-116, entre Sapucaia do Sul e Porto Alegre, transformando-se em uma importante alternativa para desafogar a BR-116. Além da própria estrada, serão feitas obras de arte importantes, como viadutos de acesso, um segmento em elevada e uma ponte estaiada.


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DOMINGO 6.9.2009 JORNAL ABC

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sistema viário da região do Parque, entre Sapucaia e Porto Alegre Arte Diogo Fatturi/GES

Uma rodovia sem pedágio e moderna

A Rodovia do Parque é um projeto concebido para trazer diversos benefícios à região. O primordial é que a obra será feita com recursos da União, sem pedágios, numa alternativa econômica ao extinto Polão, que previa cobrança para compensar investimentos. Além, é claro, de dividir o fluxo hoje todo concentrado na BR-116. Os outros benefícios, enumera o coordenador do projeto final de engenharia, engenheiro Armindo Borstmann, do consórcio Ecoplan-Magna, seriam a formação de um sistema de proteção contra cheias do Rio dos Sinos, a convivência mais próxima das comunidades de Sapucaia do Sul, Esteio e Canoas com o rio, e a reurbanização e criação de novos acessos às cidades. “Levamos em consideração todas as exigências apontadas pelos estudos de impacto ambiental.” Segundo Borstmann, foram buscadas soluções modernas para amenizar estes impactos. Entre os exemplos está a construção de cerca de 4 quilômetros de estrada em elevada. “Isso para não alterar os diques, nem no ambiente do Parque Estadual do Delta do Jacuí, lindeiro ao traçado da BR-448”, explica. Fotos Gabriel Guedes/GES-Especial

DESAPROPRIAÇÕES Ao todo, serão desapropriadas 150 propriedades, que custarão R$ 25 milhões em indenização. Áreas invadidas, como na Vila Dique, em Canoas, serão remanejadas

PROXIMIDADE A BR-448 se tornará um novo cartão-postal da região, já que o traçado acompanhará o Rio dos Sinos. No ponto mais próximo, a estrada ficará a 150 metros do rio

CAPITAl Na chegada a Porto Alegre, a BR-448 se conecta com a BR-290 e a Avenida Padre Leopoldo Brentano, via que passa em frente à futura Arena do Grêmio


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DOMINGO 13.9.2009 JORNAL ABC

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Obras importantes para o sistema viário da região

6 - Interseção da BR-116 com a BR-386, em Canoas

A primeira de uma série de inaugurações Gabriel Guedes

Você se lembra da última inauguração de uma obra de grande porte na BR-116 na região? Já se foram cinco anos desde a cerimônia do viaduto da Avenida João Correa, em São Leopoldo, entregue em setembro de 2004. Desde lá, a região vive um jejum de importantes obras viárias, regime que será quebrado quando estiver pronta a interseção da BR-116 com a BR-386, em Canoas. A obra será a primeira de uma série que deverá ser entregue a partir de 2010. A data prevista para ser inaugurada é março. É o prazo que o consórcio M. Martins/Beter, responsável pela execução, terá que honrar. Até poderia ser antes, em janeiro de 2010. Contudo, segundo o engenheiro responsável, Mauro Oliveira, a obra teria que ter começado em janeiro de 2008. “Tivemos problemas com a licença ambiental e os trabalhos só iniciaram em abril. Diante disso, nosso contrato foi prorrogado até março de 2010. Não tinha como mexer em nada”, explica. A nova interseção, de acordo com Oliveira, quer acabar com os congestionamentos e riscos de assaltos no trecho. Hoje, explica o engenheiro, para ingressar na BR-386 a partir da BR116, vindo de Novo Hamburgo, por exemplo, é necessário utilizar a Avenida Guilherme Schell a partir de Esteio e obedecer a semáforos e quebra-molas. Com a obra pronta, basta utilizar o acesso direto da BR-116, sem paradas, caindo diretamente na pista principal da BR-386.

Entrega parcial até final do ano A obra da interseção é constituída por três viadutos, um alargamento em viaduto existente (chamados de ramo) e acesso a eles (terraplenagem, pavimentação, asfaltos, drenagem, bueiros e sinalização). Até dezembro, segundo o engenheiro Mauro Oliveira, podem ser liberados o ramo A e o ramo D. O primeiro dará acesso do Vale do Sinos para a BR-386 e o segundo, da 386 em direção ao vale. “Em novembro deste ano teremos o novo viaduto liberado. Assim, desviaremos o tráfego do viaduto existente, para que possamos ampliá-lo.”

Arte Diogo Fatturi/GES

VEJA COMO FICARÁ A INTERSEÇÃO

Gabriel Guedes/GES-Especial

FIQUE DE OLHO

A obra Construção de interseção da BR-116 com BR-386 Local Quilômetros 262 da BR-116 e 445,1 da BR-386, em Canoas Em que estágio está Nos ramos A e D estão sendo colocadas aduelas pré-moldadas. Ainda no Ramo A, está em preparo a colocação da última viga-caixão. No ramo B, está sendo feito o escoramento para as vigas-caixão, que estão em fabricação

Prazo de conclusão Ramos A e D devem estar prontos em dezembro deste ano e a obra completa em março de 2010 Quem está construindo A obra é responsabilidade do Consórcio M. Martins/Beter Quanto vai custar R$ 49.947.013,19 De onde vem o dinheiro Do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal


ESPECIAL

DOMINGO 27.9.2009 JORNAL ABC

ATENÇÃO

REPÓRTERES FISCALIZANDO

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Obras importantes para o sistema viário da região

7 - Implantação de caetanos e lombadas eletrônicas na BR-116

Trechos da BR-116 podem ter a velocidade reduzida para 40 km/h A decisão do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte (Dnit) de instalar controladores de velocidade na BR-116, no trecho metropolitano, consegue desagradar ao mesmo tempo usuários e especialistas. Tudo porque em alguns pontos de Sapucaia, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Dois Irmãos e Nova Petrópolis serão instaladas lombadas eletrônicas que devem limitar a velocidade a 40 e também a 60 quilômetros por hora. ‘‘Em uma via expressa, como a BR-116 tem que ser, não se faz isso. É preciso aumentar a capacidade para aumentar a velocidade’, diz o engenheiro Mauri Adriano Panitz. ‘‘A decisão de colocar controladores de velocidade neste trecho da BR-116 está sendo feita sem nenhuma fundamentação científica’’, acusa o especialista (leia entrevista dele na página ao lado). ‘‘Motorista que não tem paciência e ultrapassa até pelo acostamento é comum na BR-116. Não vejo qualquer possibilidade operacional do trecho comportar este tipo de situação que estão prevendo, é um absurdo’’, avalia o administrador de empresas Anderson Ramalho, 34 anos, que trabalha em Campo Bom e reside na capital, percorrendo diariamente o trecho. Procurada pela reportagem do ABC Domingo para esclarecer pontos ainda contraditórios do projeto, a direção do Dnit no Estado foi cautelosa. Por intermédio de sua assessoria de imprensa, afirmou: ‘‘A resposta dada pelo senhor superintendente é de que a definição de todas as perguntas

formuladas só irão ser feitas após a contratação da empresa vencedora da licitação. Até lá tudo é previsão’’. Pela previsão já divulgada por intermédio de Brasília, serão nove caetanos e seis lombadas eletrônicas. Não está claro se os equipamentos serão sempre nos dois sentidos. Os caetanos serão colocados em sinaleiras e vão multar quem cruzar o sinal fechado ou parar sobre a faixa de segurança. No caso das lombadas, não foi divulgado onde o limite será de 40 ou 60 quilômetros por hora – ou se existe chance de mudança.

PONDERAÇÃO Apesar da polêmica, o engenheiro João Hermes Nogueira Junqueira, coordenador do curso de Engenharia Civil da Unisinos, ressalta que a BR-116 foi projetada para velocidade de 80 quilômetros por hora e que o papel do Estado e da União é zelar pela vida. Contudo, o engenheiro não recomenda a instalação de lombadas eletrônicas nas pistas principais da rodovia. “Que isso vai criar um problema sério na via, isso vai”, projeta. O recomendado, conforme Junqueira, é que se utilize lombadas eletrônicas apenas em frente a escolas, igrejas, enfim, onde há grande movimentação de pedestres. “Lombadas na BR-116 vai na contramão das pretensões de torná-la uma via rápida”, critica. Entretanto, ele mesmo faz uma ponderação: “Nas pistas centrais não haveria necessidade do equipamento, talvez nas ruas laterais. A não ser que seja o último recurso na defesa da vida dos usuários da estrada’’.

FIQUE DE OLHO A obra Implantação de 15 controladores de velocidade (seis lombadas eletrônicas e nove caetanos) Local Na BR-116, entre Nova Petrópolis e Porto Alegre Em que estágio está No dia 8 de outubro ocorre a abertura das propostas de instalação dos equipamentos

Prazo de conclusão Equipamentos deverão operar até fevereiro de 2010 Quem vai implantar A empresa definida via licitação Quanto vai custar Ainda não foi divulgado o valor desse trecho De onde vem o dinheiro Do governo federal

Arte Diogo Fatturi/GES


ESPECIAL

ENTREVISTA

DOMINGO 27.9.2009 JORNAL ABC

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Mauri Panitz/engenheiro civil ESPECIALISTA em transportes

‘‘O problema é a baixa velocidade’’ Do alto de seus mais de 40 anos de carreira, o engenheiro civil Mauri Panitz pode afirmar, com a segurança de quem conhece bem o drama diário da BR-116, que a estrada irá parar com a implantação dos controladores de velocidade. “Onde já é congestionado vai piorar ainda mais”, alerta. Em entrevista ao ABC Domingo, o especialista, que lecionou na área durante 40 anos na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), considera o projeto uma medida desastrosa para o trânsito na região metropolitana, indo contra o interesse do governo federal de transformar a rodovia numa via rápida. “Em uma via expressa, como a BR-116 tem que ser, não se faz isso. É preciso aumentar a capacidade para aumentar a velocidade.” Como o senhor avalia a decisão do Dnit de instalar controladores de velocidade na BR116 no trecho metropolitano da estrada? Mauri Panitz - Eles (Dnit) estão tateando no escuro. Numa rodovia com alto volume de tráfego como é a BR-116, o problema é a baixa velocidade. Como assim, o senhor pode explicar melhor? Panitz - Em uma via expressa, como a BR-116 tem que ser, não se faz isso. É preciso aumentar a capacidade para aumentar a velocidade. A decisão de colocar controladores de velocidade neste trecho da BR-116 está sendo feita sem nenhuma fundamentação científica.

O que pode acontecer, caso o projeto seja levado adiante? Panitz - Vai ocasionar acidentes. Muitos problemas. Serão registradas muitas colisões traseiras. Tem o agravante das ruas laterais, que são descontinuadas e ficam afunilando o tráfego em alguns pontos. E como resolver isso? Panitz - Deveriam ser construídas por completo as vias laterais de Porto Alegre a Novo Hamburgo. Antes mesmo da construção da Rodovia do Parque. Até por que quando a rodovia estiver pronta, daqui a dois ou cinco anos, os problemas na BR-116 estarão se agravando ainda mais. A BR-116 é uma obra inacabada.

Arquivo Pessoal

QUEM É ELE

panitz: pela fluidez da BR-116 Mas o senhor não acha que as lombadas eletrônicas podem ser usadas sem problemas na BR-116? Panitz - Lombada eletrônica é para ser usada em zona urbana, em vias sem problemas de escoamento, para moderação de tráfego em locais pontuais. Somente se utiliza aonde é necessário reduzir a velocidade para dar segurança a um local, como escolas, igrejas e etc. Onde já é congestionado vai piorar ainda mais.

Morador de Porto Alegre, Mauri é graduado em Engenharia Civil, especialista em Estruturas e Pavimentação Rodoviária e mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Atuou por mais de 40 anos na PUC-RS e é autor de livros como A Linguagem do Silêncio, Álcool – Direção: A Causa Oculta dos Acidentes de Trânsito, e Dicionário de Engenharia Rodoviária e de Logística.

Mas não há uma tolerância de velocidade, como imaginam os usuários, para que estes equipamentos passem a multar os motoristas? Panitz - Na verdade não existe uma tolerância. Aquela que dizem que é de 7 quilômetros por hora é ilegal. Por quê? Panitz - O Inmetro recomenda que na calibração de radares, velocímetros, enfim, tudo que mede velocidade, tenha esta tolerância, que na verdade é uma margem de erro admissível no equipamento.

E o que seria correto na sua E os motoristas correm o ris- opinião? co de ser multados por força Panitz - O que é permitido do fluxo? mesmo é andar 16 quilômetros Panitz - Vai se cometer a in- por hora acima da velocidade da justiça de em certos locais criar ultrapassagem do outro veículo. a indústria de multas. Esta ideia Se um carro está a 80 por hora, (dos controladores) é inventada tens a tolerância, na prática, de pelos fabricantes destes equipa- ir até 96. Isso é uma norma intermentos. Eles alugam estas lom- nacional. Mas com as lombadas badas eletrônicas por algo em eletrônicas, motoristas poderão torno de R$ 12 mil a R$ 15 mil ser multados, uma vez que nas ao mês. Ou então querem con- pistas duplas da BR-116 é semtratos de participação na arreca- pre permitida ultrapassagem. dação das multas. É uma espoliação do erário público. Entrevista a Gabriel Guedes


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DOMINGO 4.10.2009 JORNAL ABC

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Obras importantes para o sistema viário da região

8 - Estudo para construção de terceira faixa em trechos da BR-116

A aposta na implantação de mais uma faixa para desafogar a BR-116 Gabriel Guedes

O fluxo de veículos na BR116, trecho de Porto Alegre a Novo Hamburgo, precisa fluir. E fluir cada vez mais rapidamente. É uma das formas de evitar que o trânsito na região metropolitana entre em colapso. O assunto levanta uma questão: o que pode ser feito para que os veículos percorram o trecho sem contratempos? Dentre as importantes obras pensadas para transformar a BR-116 numa via expressa, especialistas apontam a necessidade de uma terceira faixa de tráfego em ambos os sentidos. E também que se evite pôr em prática ideias que limitem o trânsito, como redutores de velocidade de 40 ou 60 km/h numa região em que o normal já é andar abaixo do que a lei permite. A terceira faixa foi defendida em seminário realizado ano passado em Canoas pelo Comitê de Acompanhamento das Obras de Infraestrutura Viária da Região Metropolitana da Assembleia Legislativa. Hoje a BR-116 possui duas faixas de tráfego na pista sentido interior–capital e mais duas no inverso. A adição de mais uma em ambas é o que se denomina a terceira faixa, ficando três em cada direção. O engenheiro civil especialista em Transportes Mauri Panitz considera a medida válida para aumentar a capacidade e, em decorrência, a velocidade na rodovia para até 100 km/h. Mas é preciso de espaço. “Uma terceira faixa auxiliaria muito, mas não há

muito espaço para implantação, a não ser que os acostamentos fossem sacrificados.” O coordenador do grupo de Logística da Agenda RS 2020, Sérgio Coelho, busca a concretização da terceira faixa, pelo menos no trecho entre a BR-290 e a BR386. Coelho classifica a situação de caótica. “Temos uma grande boa notícia com início das obras da BR-448. Mas até lá, precisamos muito da 116. Então estamos pleiteando a incorporação da terceira faixa, se não der em todo trecho metropolitano, que seja ao menos em Canoas.’’ Mas deixa claro: sem suprimir o acostamento. O professor de Transportes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) João Albano Fortini destaca que para aumentar a velocidade da BR-116 para patamares hoje somente praticados na free way, a terceira faixa é fundamental. “Mas não se pode fazer sem acostamento. O acostamento é feito para dar segurança ao usuário em casos de emergência.” O superintendente-substituto do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Estado, engenheiro Pedro Gomes, assegura que o órgão está empenhado em melhorar a BR-116. Ele prevê que o estudo sobre a terceira faixa e a construção de ruas laterais, também importante para desafogar a via, serão concluídos até dezembro e que, no começo de 2010, seja lançada a licitação para execução das obras.

FIQUE DE OLHO

O projeto Elaboração de projeto de engenharia para melhoramentos físicos e de segurança de tráfego da BR-116 em seu trecho metropolitano, contemplando, entre outros itens, terceira faixa em ambos sentidos e ruas laterais Local No trecho compreendido entre as cidades de Canoas (quilômetros 268,1) e de Novo Hamburgo (quilômetro 232,5)

Em que estágio está A empresa contratada para os estudos iniciou os trabalhos em agosto Prazo de conclusão Até o final deste ano Quem faz o estudo e quanto vai custar Magna Engenharia, com custo de R$ 675.462,93 De onde vem o dinheiro Do governo federal

A POLÊMICA DOS CONTROLADORES “Imagina se Como mostrou o ABC Domingo na edição passada, o Dnit abriu licitação para instalar 15 controladores de velocidade na BR-116 no trecho entre Canoas e Nova Petrópolis. Serão nove caetanos, em sinaleiras, com a missão de multar quem passar o sinal fechado ou parar sobre a faixa de segurança. Também devem ser instaladas seis lombadas eletrônicas, sendo uma em Sapucaia, uma em São Leopoldo, duas em Novo Hamburgo, uma em Dois Irmãos e uma em Nova Petrópolis. Pelo projeto, a velocidade máxima nas lombadas deverá ficar entre 40 e 60 quilômetros por hora. A medida é bastante criticada por especialistas e também pelos usuários. O próprio Dnit no Rio Grande do Sul já começa a dar sinais de que pode alterar o projeto, especialmente em relação às lombadas. A instalação de lombadas com velocidade entre 40 e 60 quilômetros por hora contraria, inclusive, normas técnicas do Dnit. Entre as indicações que constam nas normas do Dnit, estão as condições ideais de fluxo contínuo, que deveriam ter as seguinte características:

112 km/h

Para pista com múltiplas faixas de tráfego

96 km/h

Para pista simples com duas faixas de tráfego. É o caso da BR-116

Outro ponto abordado pela normatização é a velocidade que um carro que está fazendo uma ultrapassagem deve atingir para a manobra ser feita com segurança: Pelo padrão usado em projetos do Dnit, um veículo que estiver fazendo uma ultrapassagem deve andar 15 km/h mais rápido que o carro a ser ultrapassado. No caso da BR-116, onde a velocidade máxima é de 80 km/h, o carro em movimento de ultrapassagem poderia chegar a 95 km/h. Mas hoje, se fizer isso, o motorista pode ser multado. As normas utilizadas aqui são as mesmas empregadas na Associação Americana de Transportes (sigla AASHTO, em inglês) e em países desenvolvidos. Fonte: Dnit, Daer, Mauri Panitz, UNB

Agenda quer mais alternativas A Agenda 2020, movimento que reúne a sociedade civil organizada do Estado, não se satisfaz apenas com a terceira faixa na BR-116. O coordenador do grupo de Logística da Agenda, Sérgio Coelho, defende também a readequação da Avenida Guilherme Schell, em Canoas, de forma a atender melhor ao tráfego excedente gerado durante congestionamentos na BR-116. O coordenador acredita que o panorama no trânsito metropolitano só irá mudar com uma “co-

alizão de esforços”. O engenheiro Mauri Panitz também defende outra alternativa: as ruas laterais. “A BR-116 necessita de obras para aumento de capacidade, eliminação de cruzamentos. A conclusão das obras das ruas laterais é possivelmente a solução mais imediata para acabar com os congestionamentos que, cada vez mais, aumentarão até que o caos se instale na rodovia antes que a BR-448 seja concluída”, explica.

colocarmos uma lombada eletrônica” O superintendente-substituto do Dnit no Estado, engenheiro Pedro Gomes, em entrevista ao ABC, diz que não se pode regredir quando o assunto é a BR-116. Para isso, ele assegura que redutores de velocidade não serão instalados tão cedo, somente após um estudo, e garante ainda que está nos planos do órgão uma terceira faixa de tráfego no trecho metropolitano da rodovia. Quando a 116 precisa fluir, o Dnit sinaliza com redutores de velocidade de pelo menos 60 km/h. Como fica o motorista? Pedro Gomes - Um estudo para apontar a velocidade dos controladores será feito em conjunto com estudos para melhorias da BR-116, um projeto que estamos fazendo. Só que é assim: nós não vamos colocar os controladores em qualquer lugar. Isso aí tudo vai ser planejado. Mas há consciência das consequências no tráfego? Gomes - A gente já sabe o caos que é a rodovia. Em horários de pico é complicado, imagina se colocarmos uma lombada eletrônica. Aí não tem cabimento. Mas isso aí não vai ser colocado antes de um estudo de todo conjunto. Isso eu posso te assegurar. Que melhorias são estas? Gomes - São todas melhorias de modo que o fluxo da rodovia flua mais rápido. Tem estudo para a terceira faixa, melhor aproveitamento de ruas laterais, supressão de algumas agulhas de entrada, melhorias de retornos – interrompendo alguns, liberando outros. Enfim, é algo bem complexo. E quem está desenvolvendo é a Magna Engenharia. Normas técnicas dão margem de maior velocidade na BR-116. Isso é possível? Gomes - Que eu saiba, a 116 está com a velocidade dentro dos parâmetros do projeto. A velocidade máxima é de 80 km/h. Mas eu teria que olhar melhor as normas para uma análise correta.


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DOMINGO 11.10.2009 JORNAL ABC

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Obras importantes para o sistema viário da região

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9 - Construção de viaduto na BR-116 no acesso a Sapucaia

A obra que vai deixar mais rápido e seguro o acesso a Sapucaia do Sul O viaduto de acesso a Sapucaia do Sul é mais uma das obras que contribuirão para desafogar o trecho metropolitano da BR-116. Mas o projeto está pelo menos um ano atrasado devido a problemas no processo licitatório realizado em 2008. Em no máximo 60 dias, deve ser conhecida a empresa que ficará responsável pela execução do viaduto, cujo orçamento está estimado em R$ 39 milhões. ‘‘É uma obra muito importante, como são outros viadutos, como o do bairro Rincão, em Novo Hamburgo, porque eliminará os semáforos, ou seja, os cruzamentos de nível, e contribuirá para dar maior fluidez ao fluxo da BR’’, avalia o chefe da unidade do Dnit em São Leopoldo, engenheiro Adalberto Pitta Pinheiro. O viaduto é estratégico principalmente pelo fato de que, neste trecho, circulam entre 80 mil e 100 mil veículos diários, um pouco menos que os 130 mil que percorrem diariamente o trecho de Canoas. Serão construídos um viaduto em cada sentido, cada qual com vão livre de 373 metros de comprimento, com duas faixas de tráfego, mais um acostamento de 2,50 metros do lado externo e um outro, de segurança, de 50 centímetros do lado interno. ‘‘A eliminação da sinaleira, que é um ponto crítico, também reduzirá o número de acidentes no local. O trecho é movimentado por também receber a contribuição do fluxo da RS-240’’, avalia Pitta. O prazo estipulado para as empresas interessadas em entregar as propostas e participar da licitação é 15 de outubro. Após a análise

da documentação pela comissão, em função dos prazos legais exigidos serão necessários entre 45 e 60 dias para que seja conhecida a vencedora, isso se nenhuma das empresas recorrer. O contrato poderá ser assinado ainda em 2009, mas a previsão é de que as obras só comecem no início de 2010. Os recursos são do governo federal e o prazo de construção é de 720 dias (dois anos) após o início. Além de mudar o panorama da estrada no trecho, a construção do viaduto também vai desencadear outras mudanças, como a demolição da passarela sobre a BR, na esquina com a Avenida Hugo Gerdau, próximo ao pórtico de Sapucaia. Apesar de proporcionar uma travessia segura, todos os dias há pedestres que se arriscam em meio ao trânsito caótico porque assim teriam que desviar de sua rota por apenas algumas dezenas de metros. ‘‘Faz parte do projeto a implosão da passarela durante a execução da obra e, quando estiver pronta, permitirá que os pedestres façam a travessia por baixo do viaduto’’, adianta Pitta. O acesso a esta avenida também será facilitado para quem se desloca desde a capital e será realizado sob o viaduto. Conforme o engenheiro, o complexo de rótulas facilitará a vida dos motoristas tanto para acessar as inúmeras empresas instaladas às margens da rodovia quanto para ingressar na cidade. Quem se deslocar no sentido Novo Hamburgo–Porto Alegre precisará apenas ingressar na rua lateral e, posteriormente, acessar à esquerda, passando sob a estrutura.

FIQUE DE OLHO

O projeto Construção de viaduto na BR116 no acesso a Sapucaia Local Quilômetro 253 da BR-116

Em que estágio está Após revogação da licitação que era realizada no ano passado, uma nova concorrência foi iniciada. A entrega de propostas está marcada para 15 de outubro.

Prazo de conclusão Estimativa de conclusão é de dois anos depois de iniciada a obra Quem fez o estudo do projeto STE Serviços Técnicos de Engenharia S.A., de Canoas Quanto vai custar a obra Estimado em R$ 39 milhões De onde vem o dinheiro Do governo federal

Arte Diogo Fatturi/GES

Como será o viaduto


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DOMINGO 18.10.2009 JORNAL ABC

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Obras importantes para o sistema viário da região

10 - Extensão do trensurb de São Leopoldo a Novo Hamburgo

A obra do trem entra na linha Gabriel Guedes

Se ainda pairava alguma incerteza sobre o andamento da obra de extensão da Linha 1 do Trensurb, de São Leopoldo a Novo Hamburgo, outubro serviu para provar o contrário. O impasse judicial que impedia há cerca de 90 dias a construção do loteamento Leopoldo Wassun, para onde serão levadas a maior parte das famílias que vivem no traçado da obra em São Leopoldo, chegou ao final. Com a derrubada do último dos entraves, o empreendimento que também irá ajudar a desafogar a BR-116, entra de vez na linha. O dono da área desapropriada contestava o valor pago de R$ 770 mil pela prefeitura leopoldense. Em 9 de outubro, a Justiça determinou que o Município pagasse a diferença de R$ 280 mil, definida por um perito da Justiça Estadual, resolvendo o impasse. Em março de 2010 deverá começar o reassentamento das 499 famílias da Vila dos Tocos, que ocupam irregularmente o lugar por onde a linha do trem e a Avenida Mauá irão passar. Dentro da

Trensurb o otimismo é grande. Segundo o superintendente de Desenvolvimento e Expansão da empresa, Humberto Kasper, a obra segue estritamente o cronograma. “Até o final de 2011 deverá estar toda pronta”, ratifica. O superintendente destaca que com a resolução da área para o reassentamento de parte da Vila dos Tocos, não há mais problemas com terras. “Estão todas liberadas”, garante, informando que tudo agora depende da construção de infraestrutura para que estas comunidades sejam remanejadas. Conforme Kasper, o que também atrapalhou o desempenho da obra foram as chuvas. “O canteiro para a travessia do Rio dos Sinos ficou praticamente parado por dois meses, por causa das cheias. Mas as fundações das pontes já estavam prontas e os demais trechos continuaram normalmente, mesmo com a precipitação”, salienta. Com a expansão de 9,3 quilômetros, a Linha 1 terá ao todo 43,1 quilômetros e 21 estações. A viagem de Novo Hamburgo a Porto Alegre deverá levar cerca de 55 minutos.

MUNICÍPIOS EM INTEGRAÇÃO

Travessia do Rio dos Sinos Duas pontes comportarão o tráfego ferroviário e o proveniente da Avenida Mauá. Estação Rio dos Sinos Será em São Leopoldo, na margem direita do rio e estará pronta, de acordo com o cronograma, em agosto do próximo ano. Estação Liberdade Deve ficar pronta daqui a um ano. A Trensurb projeta que em 2013, no pico da manhã, deverão embarcar cerca de 1,4 mil passageiros. Estação Industrial Ainda sem layout definido, foi incluída para atender a uma reivindicação da comunidade. Mas sua construção não está contemplada no projeto inicial de expansão, sendo necessária uma nova licitação, ainda sem data para ocorrer, para que saia do papel.

FIQUE DE OLHO

A obra Extensão de 9,3 quilômetros da Linha 1 do Trensurb Local Entre São Leopoldo e Novo Hamburgo Em que estágio está Estão sendo executados 4,4 km de via elevada, entre o Centro de São Leopoldo e o bairro Liberdade, em Novo Hamburgo, correspondente a primeira fase da obra. Neste trecho estão compreendidas a construção de duas pontes, uma ferroviária e outra rodoviária sobre o Rio dos Sinos,

além das estações Rio dos Sinos e Liberdade. Prazo de conclusão Dezembro de 2011

Estação FENAC Funcionará junto à Rodoviária Normélio Stabel, no bairro Ideal, onde o usuário terá à disposição diversas linhas de ônibus de passagens integradas.

Quem está construindo Consórcio Nova Via, formado pelas construtoras Odebrecht; Andrade Gutierrez; Toniolo, Busnello; e T’Trans Sistemas de Transporte Quanto vai custar a obra R$ 691,25 milhões De onde vem o dinheiro Do governo federal, por meio do Ministério das Cidades

Estação Novo Hamburgo Última das estações previstas na expansão, ainda depende de análise técnica para definição de qual de dois projetos será escolhido para construção.

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DOMINGO 25.10.2009 JORNAL ABC

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Obras importantes para o sistema viário da região

11 - Duplicação da BR-116 de Estância Velha a Dois Irmãos

Pista dupla a caminho da Serra Gabriel Guedes

Em 2010 deverão aumentar as chances da duplicação da BR116 entre Estância Velha e Dois Irmãos sair do papel. Até lá estará concluído o projeto executivo de engenharia. O que possibilitará ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) lançar o edital para execução da obra. O trecho de 13,4 quilômetros que será projetado terá de levar em conta uma série de peculiaridades locais. Uma delas é a Rota Romântica, que exige atenção especial para que, com a obra, não se percam as belezas do caminho. Na última audiência pública sobre o projeto, ocorrida em 22 de maio, promovida pelo Comitê de Acompanhamento das Obras de Infraestrutura Viária da Região Metropolitana da Assembleia Legislativa, comerciantes mostraram preocupação com o impacto que a obra pode causar no turismo na rota. Já o prefeito de Dois Irmãos, Miguel Schwengber, na ocasião, pediu para que fossem mantidos os dois acessos à cidade e incluí-

dos acostamento e calçadas entre a ponte sobre o Rio Feitoria e o trevo principal. Mas se por um lado a obra pode causar impactos, por outro ela resolverá um problema histórico: o acesso ao bairro Roselândia, que ganhará um viaduto, eliminando o incômodo sistema de semáforos, que congestiona o trânsito na volta da Serra. “Temos conhecimento da gravidade do problema. O Dnit inclusive pediu agilidade por causa desta intervenção”, adianta o coordenador do projeto de engenharia, Paulo Roberto Serrer, do consórcio Etel/Engemin. Serrer classifica o projeto como desafiador, por causa do relevo acidentado da região. “É uma área montanhosa, com pouco espaço para duplicar. Entre a Roselândia e Ivoti, por exemplo, uma solução a ser pensada, provavelmente, é a implantação de um viaduto para vencer aquele penhasco”, enumera. Além disso, o projeto, segundo o engenheiro, terá que se adequar à atividade turística da região. “Teremos que compatibilizar o projeto com tudo isso”, aponta.

FIQUE DE OLHO

O projeto Duplicação da BR-116, entre Estância Velha e Dois Irmãos

Local São 13,4 quilômetros entre o quilômetro 235, em Estância Velha, e o quilômetro 222, em Dois Irmãos Em que estágio está O consórcio já começou a elaboração do estudo de viabilidade e o projeto básico e executivo de engenharia para duplicação e restauração do trecho entre Estância Velha e

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DIRETO A DOIS IRMÃOS

Arte Diogo Fatturi/GES

Como será a pista neste trecho Predominará a divisão das pistas por canteiro no trecho entre o acesso a Ivoti e a cidade de Dois Irmãos

3 Como será a pista neste trecho

Dividida por mureta tipo New Jersey (concreto) desde a Roselândia até acesso a Ivoti.

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Dois Irmãos

Prazo de conclusão O Dnit e a contratada estão organizando o cronograma que irá definir o prazo de conclusão dos trabalhos Quem está projetando Consórcio Etel/Engemin Quanto vai custar o projeto R$ 1.158.000,00 De onde vem o dinheiro Do governo federal, por meio do Ministério dos Transportes

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Pontos críticos da futura obra na br-116 1 Interseção da BR-116 com a Rua Benjamin Altmayer, bairro Roselândia, em Novo Hamburgo

2 Travessia de morro entre a Roselândia e o acesso a Ivoti. 3 Acessibilidade aos empreendimentos situados nas margens da rodovia em Dois Irmãos, na Rota Romântica. Fonte: Eng. Adalberto Pitta/Dnit, Etel/Engemin


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DOMINGO 1.11.2009 JORNAL ABC

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Obras importantes para o 12 - Construção da Rodovia

Os muitos detalhes do projeto para construir a RS-010 Jeison Rodrigues

A Rodovia Dom Pedro I, cuja foto ao lado pôde ser vista em tamanho maior na capa desta edição, liga Campinas a Jacareí, em São Paulo, cidades distantes do Rio Grande do Sul. Mas de alguma forma foi inserida na vida de quem trafega pela BR-116 no gargalo entre Porto Alegre e Novo Hamburgo. Com pista dupla nos dois sentidos, acostamento e canteiro central largo, ela é, segundo a Odebrecht, a cara de como será RS-010. Apresentada na última terçafeira em uma reunião em Canoas promovida pelo Grupo Sinos, a imagem empresta um formato para a nova estrada e permite ao usuário pensar nela de maneira bem mais real. Até porque, por enquanto, há um longo caminho a se percorrer até a RS-010, também chamada de Via Leste e de Rodovia do Progresso, se tornar realidade. Orçada em R$ 802 milhões, ela deve ser construída por meio de Uma Parceria Público-Privada (PPP).

A Odebrecht foi quem fez o estudo de viabilidade e modelagem da nova rodovia, projetada para correr ao leste da BR-116, entre a BR-290, em Cachoeirinha, e a RS-239, em Sapiranga ou Campo Bom. A empresa apresentou ao governo gaúcho oito opções de contrato, com diferentes volumes de investimento do Estado. A proposta agora é analisada pelo Conselho Gestor das PPPs. Uma decisão deve ser tomada a tempo da realização ainda nesse ano de audiência pública, informou o secretário do Planejamento e Gestão, Mateus Bandeira. A ideia é abrir a licitação no começo de 2010. Para isso, a modelagem escolhida pelo governo entre as oito apresentadas precisará ser referendada pela população para só depois ser iniciada

a concorrência pública. Independente da proposta selecionada para ser submetida à audiência pública, será adotada a modalidade de PPP patrocinada. Pelo sistema, o parceiro privado faz um determinado grau de investimento e, nesse caso, explora a estrada a ser construída com a cobrança de tarifa, cujo valor depende do volume de recursos aplicado pelo Estado. O número de praças de pedágio também não foi revelado – em um mapa apresentado pela Odebrecht aparecem quatro delas no trajeto de cerca de 42 quilômetros. A cobrança de pedágio nessa rodovia gera dúvidas porque dados mais concretos ainda são desconhecidos. Mas o assunto tende a ser superado se os valores forem baixos. O usuário, afinal, poderá optar por continuar usando a BR-116 ou a Rodovia do Parque, a ser construída pelo governo federal. Enquanto isso, a Odebrecht elenca motivos para a RS-010 ser usada, como segurança, conforto e serviços médicos de socorro, por exemplo.

FIQUE DE OLHO A obra Construção da Rodovia do Progresso, também chamada de RS-010 e de Via Leste, com cerca de 42 quilômetros Local Da BR-290, em Cachoeirinha, na área próxima ao entroncamento com a Avenida Assis Brasil, até a RS-239, em Sapiranga ou Campo Bom, dependendo das negociações Fluxo de veículos A estimativa é de que chegue a 90 mil no trecho de maior movimento Em que estágio está O governo do Estado rece-

beu oito modelagens e estuda qual delas é mais viável. O governo trabalha com a ideia de realizar audiência pública ainda em 2010 para abrir licitação no início do próximo ano Prazo de conclusão O projeto prevê a conclusão da obra em sete anos Quem vai construir Depende de licitação Quanto vai custar O preço da estrada está estimado em R$ 715.090.210,00. Outros R$ 87.420.000.00 devem ser usados em desapropriações. O preço total chega a R$ 802.501.210,00

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De onde vem o dinheiro Como se trata de uma Parceria Público-Privada, serão usados recursos do Estado e da empresa vencedora. Quanto cada um investe Depende da modelagem escolhida Como vai funcionar A empresa vencedora se compromete a construir a estrada, podendo explorar a concessão por 35 anos Quanto vai custar o pedágio Tanto o preço da tarifa quanto o número de praças de cobrança dependem da modelagem escolhida pelo governo

Saiba mais A RS-010 terá cerca de 42 quilômetros

Devem ser construídas ruas laterais em alguns pontos

A estrada começará na BR290, na altura da Avenida Assis Brasil, entre Porto Alegre e Cachoeirinha

Toda extensão está projetada em pista dupla, mas no trecho 3 inicialmente pode ser construída pista simples

A chegada será na RS-239, em Campo Bom ou Sapiranga. O tema está em aberto

O projeto prevê, segundo a Odebrecht, inclusive a construção de uma terceira faixa se houver necessidade. Antes dela ser feita, o canteiro central, de 13 metros, deve ser ainda maior

A estrada terá pista dupla nos dois sentidos. Cada faixa terá 3,75 metros. O acostamento será de 2,50 metros. Há ainda 1 metro de faixa de segurança Serão 10 metros em cada sentido de tráfego, mais 1 metro de faixa de segurança. O canteiro central terá 13 metros

A velocidade projetada é de 100 quilômetros por hora O número de pontes, viadutos e passarelas ainda não foi definido porque o projeto pode ser ajustado para contemplar reivindicações de municípios

A obra será dividida em três trechos, conforme cronograma acima, incluindo duas estradas de ligação, construídos sucessivamente.

PELO TÚNEL

Estimativa de fluxo

Está prevista a construção de um túnel de 380 metros próximo aos morros Pedreira e Sapucaia. As pistas terão o tamanho padrão do projeto. A altura do túnel em arco ainda depende de estudos, mas não será inferior a 5,5 metros em sua parte mais baixa

Trecho 1(BR-290 - RS-118) 25 mil no início da concessão e 85 mil no final

Trecho 2 (RS-118 - RS-240) 29 mil no início da concessão e 90 mil no final

Trecho 3 (RS-240 - RS-239) 3 mil no início da concessão e 8 mil no final

A estrada custará R$ 715 milhões e as desapropriações outros R$ 87 milhões. Mas o investimento pode chegar a R$ 1,1 bilhão com a construção de faixas adicionais, com recapeamento e com a compra de equipamentos

Estatística Como mostra o gráfico acima, com dados divulgados pela Odebrecht, o transporte rodoviário é predominante no Rio Grande do Sul


ESPECIAL

DOMINGO 1.11.2009 JORNAL ABC

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sistema viário da região do Progresso, entre a BR-290 e a RS-239 Arte Diogo Fatturi/GES

Atenção: os valores abaixo estão expressos em milhões de reais

Entidades colocam novas estradas em pacote de prioridades O presidente da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs), Cylon Rosa Neto, está convicto: a RS-010 e a BR448 devem entrar em operação já próximas dos seus limites de capacidade. Portanto, diz ele, é imprescindível pensar no futuro na construção da alça entre Sapucaia e Novo Hamburgo, ao oeste da BR-116, para fechar o chamado Anel Rodoviário Metropolitano. A entidade presidida por Neto se juntou a outras do setor para discutir temas relacionados à infraestrutura do Rio Grande do Sul. A questão rodoviária é um dos itens. E dentro desse pacote estão justamente as duas estradas projetadas para correr paralelamente à BR-116. O grupo, explica ele, tem uma preocupação extra porque muitas vezes obras importantes acabam esbarrando em disputas políticas. ‘‘Dentro do viés técnico, queremos viabilizar projetos e promover a mo-

Cirineu Brauner/Divulgação

NETO: debate deve ser técnico bilização de forças para garantir a continuidade e efetividade’’, argumenta o dirigente. Nesse debate, o Anel Rodoviário ganha o status de prioridade. O grupo do qual a Sergs faz parte inclui ainda o Sindicato da Indústria da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em geral (Sicepot), Sindicato dos Engenheiros (Senge), Conselho de Infraestrutura da Fiergs, Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-RS) e Associação Gaúcha de Empresas de Obras de Saneamento (Ageos).

Desafios incluem alça para completar Anel Rodoviário No último dia 18 de setembro, o governo federal anunciou o início das obras de construção da Rodovia do Parque, a BR-448, ao oeste da BR-116, entre Porto Alegre e Sapucaia. Agora, o Estado tenta viabilizar, por meio de uma Parceria Público-Privada, a Rodovia do Progresso, a RS-010, entre Cachoeirinha e Sapiranga ou Campo Bom. As iniciativas do governo federal e estadual são dois passos importantes para transformar em realidade o Anel Rodoviário Metropolitano. Fica faltando o prolongamento da BR-448 até a RS-239, no viaduto de Estância Velha, concluindo a alça oeste. Não há, por enquanto, nenhuma iniciativa nesse sentido. Mas ela é considerada fundamental para a região metropolitana. A ideia do anel surgiu no go-

verno Olívio Dutra. Um grupo criado por ele para definir o traçado da Rodovia do Progresso concluiu pela necessidade de duas estradas alternativas, uma ao leste e outra ao oeste da BR116. Na gestão de Germano Rigotto, já com as rotas projetadas, foram assinados os decretos de preservação de áreas destinadas ao projeto. O desafio de aperfeiçoar a malha viária é estimulado pelas projeções. Hoje a região metropolitana tem 3,9 milhões de habitantes. Em 2017, calcula-se, serão mais 400 mil. Atualmente são 116 mil empresas e 720 mil pessoas ocupadas. Dados da Odebrecht apontam um veículo para cada duas pessoas. Como o País deve entrar em uma onda de crescimento, esses números serão ainda mais significativos nos próximos anos.


ESPECIAL

DOMINGO 8.11.2009 JORNAL ABC

ATENÇÃO

REPÓRTERES FISCALIZANDO

Obras importantes para o

Final - Resumo com os 12

Até 2017, o investimento pode ser de pelo menos

R$ 2,5 bilhões Gabriel Guedes

Quando 2017 despontar será possível ver os resultados de maciços investimentos em infraestrutura na região. Da extensão do trensurb, que começou em fevereiro do ano passado, até a promessa de se ver pronta a Rodovia do Progresso, em 2017, passando pela execução de outros nove projetos viários, serão pelo menos R$ 2,5 bilhões investidos. Claro, desde que os governantes cumpram suas promessas e respeitem os prazos já estabelecidos para esse conjunto de intervenções que darão uma nova cara para o trânsito da região metropolitana. As obras que juntas chegam à casa dos bilhões vão dinamizar a economia e melhorar a qualidade de vida da população. Por isso, o ABC Domingo vem mostrando a situação de cada uma delas em uma série especial iniciada em 9 de agosto e que se encerra hoje. Para que tudo isso se concretize dentro desse período, União e Estado deverão fazer expres-

FIQUE DE OLHO

As obras geram empregos também. Somente a extensão do trensurb tem a mão de obra de 1,2 mil trabalhadores e mais 3 mil empregados indiretamente. sivos investimentos. Dos cofres do governo federal sairá pelo menos R$ 1,6 bilhão. O estadual deve investir R$ 117 milhões na RS-118 e conta com um parceiro privado para viabilizar a RS-010, cujo custo chega a R$ 802 milhões. Dos projetos abordados pela série, apenas um é questionável, já que prevê a instalação de lombadas eletrônicas e caetanos na BR116. Os demais se referem a obras importantes, como a duplicação da ponte sobre o Rio Gravataí, para citar um exemplo entre os detalhados no mapa ao lado. Como outros ainda estão em fase de projeto e não há valor estimado para a obra, caso da duplicação entre Estância Velha e Dois Irmãos e a implantação de terceira faixa

e melhoria das ruas laterais entre Canoas e Novo Hamburgo, todos na BR-116, estima-se que os investimentos possam chegar a R$ 3 bilhões. Outro fator a se destacar é que as obras geram empregos também. Somente a extensão do trensurb tem a mão de obra de 1,2 mil trabalhadores e mais um contingente de 3 mil empregados indiretamente. Mas o maior impacto estará nos benefícios permanentes deixados por todos estes projetos. O engenheiro civil especialista em transportes Mauri Panitz afirma que com estas obras a região irá ganhar alívio importante. “Eu comparo a Grande Porto Alegre a um coração. E a BR-116 como sua principal artéria. E digo que a região está à beira de um enfarte, com a economia correndo o risco de paralisar. Mas a economia irá se reanimar com ‘revascularização’ de sua rede de transportes. E estes novos caminhos irão atrair também novos empreendimentos em suas margens. Todas são iniciativas positivas”, avalia.

Análise

Uma perspectiva bem mais positiva Jeison Rodrigues

Quem usa a BR-116 diariamente entre Porto Alegre e Novo Hamburgo sabe o quanto é cada vez mais difícil percorrer esse trecho. Com um volume diário de veículos superior a 100 mil, os congestionamentos são cada vez mais rotina. No começo dos anos 2000, quando os jornais do Grupo Sinos deram início a um movimento em defesa de soluções para esse grave problema, a situação já era delicada e, como se imaginava, só iria piorar ao longo dos anos.

FIQUE DE OLHO

A mobilização liderada pelo Grupo Sinos surte efeitos altamente positivos. Agora, é continuar fiscalizando, de cima, a aplicação dos projetos. A série especial de reportagens publicada entre agosto e novembro tem uma diferença significativa em relação ao conteúdo divulgado quando o movimento do Grupo Sinos surgiu. Naquela época, não havia perspectiva. A única solução apresentada, altamen-

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te questionável, penalizava os usuários com pedágios de valores exorbitantes – hoje, felizmente, o chamado projeto Polão está enterrado. O governo federal toca obras na BR-116 e começa a construir a BR-448, enquanto o governo estadual duplica a RS118 e procura um parceiro para fazer a RS-010 com pedágios de valores aceitáveis. Razões suficientes para se concluir: a mobilização liderada pelo Grupo Sinos surte efeitos altamente positivos. Agora, é continuar fiscalizando, de cima, a aplicação dos projetos.

Os projetos DUPLICAÇÃO DA PONTE DO RIO GRAVATAÍ Publicado em 30 de agosto - Para dar maior fluidez ao tráfego oriundo da BR-290, sentido litoral–Canoas, está em andamento a ampliação da ponte da BR-116 sobre o Rio Gravataí, em Canoas. A obra, que começou em junho, tem custo de R$ 8,4 milhões e deve ser entregue em setembro de 2010.

DUPLICAÇÃO DA RS-118 Publicado em 16 de agosto - A promessa do governo gaúcho é concluir a obra dos quilômetros 22,5 ao 10 em dezembro de 2010. O trecho entre os quilômetros 10 e 5,4 deve iniciar em maio de 2010 e encerrar em fevereiro de 2011. O último trecho, entre os quilômetros 5,4 e zero, não tem início definido. O custo total da duplicação de 22,5 quilômetros é estimado em R$ 117 milhões.

RODOVIA DO PROGRESSO (RS-010) Publicado em 1º de novembro - A obra de cerca de 42 quilômetros, estimada em R$ 802 milhões, deverá ser executada sob o regime de Parceria Público-Privada (PPP), entre o governo do Estado e uma empresa a ser escolhida em licitação. A obra será feita em sete anos, mas a partir do segundo ano um trecho já estará em operação. O governo quer abrir licitação no início de 2010. A estrada será feita entre a BR-290 e a RS-239.

EXTENSÃO DO TRENSURB DE SÃO LEOPOLDO A NOVO HAMBURGO Publicado em 18 de outubro - A extensão é de 9,3 quilômetros. O trem deverá operar até o bairro Liberdade, em Novo Hamburgo, em setembro de 2010. A obra, que tem custo de R$ 691,25 milhões e foi iniciada em fevereiro de 2008, deverá estar totalmente pronta ao final de 2011.


ESPECIAL

DOMINGO 8.11.2009 JORNAL ABC

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sistema viário da região

temas apresentados na série Arte Diogo Fatturi/GES

INTERSEÇÃO DA BR-116/BR-386 Publicado em 13 de setembro - Iniciado em abril de 2008, o complexo viário que facilitará o acesso às rodovias BR-116 e BR-386, em Canoas, deverá ser aberto totalmente ao tráfego em março do próximo ano. O custo é de R$ 49 milhões.

IMPLANTAÇÃO DE TERCEIRA FAIXA NA BR-116

IMPLANTAÇÃO DE CAETANOS E LOMBADAS ELETRÔNICAS NA BR-116

Publicado em 4 de outubro - A implantação de terceira faixa de tráfego e adequação e ampliação de ruas laterais entre Novo Hamburgo e Canoas deve ter seu estudo concluído até dezembro. O custo do projeto é de R$ 675 mil. Ele servirá de base para lançamento de licitação para execução das obras, o que deve acontecer no começo do próximo ano.

Publicado em 27 de setembro - Em uma decisão controversa, o Dnit pretende implantar, a partir de fevereiro de 2010, 15 controladores de velocidade na BR-116 entre Nova Petrópolis e Porto Alegre. A velocidade pode ser limitada a 40 Km/h em alguns pontos. O custo da implantação ainda não foi divulgado.

RODOVIA DO PARQUE (BR-448) Publicado em 6 de setembro - A reportagem anunciou o fim de todos os trâmites burocráticos que impediam o início da obra. No dia 18 de setembro foi assinada a ordem de serviço. A estrada federal de 22,34 quilômetros, entre Sapucaia e Porto Alegre, custará R$ 824 milhões. O prazo de conclusão é janeiro de 2012.

VIADUTO DE SAPUCAIA Publicado em 11 de outubro - O projeto tem um ano de atraso em relação ao cronograma inicial. No dia 15 de outubro o Dnit acabou lançando nova licitação. As empresas deverão entregar as propostas no próximo dia 16. Serão dois anos de obra. O custo é de R$ 39 milhões.

VIADUTO DO RINCÃO Publicado em 23 de agosto - A travessia da BR116 sobre a Rua Rincão, em Novo Hamburgo, começou a ser construída em fevereiro deste ano. A previsão é que a obra termine em dezembro 2010. O custo é de cerca de R$ 26 milhões.

DUPLICAÇÃO DA BR-116 DE ESTÂNCIA VELHA A DOIS IRMÃOS Publicado em 25 de outubro - O estudo de viabilidade e projeto de engenharia para duplicação dos 13,4 quilômetros da estrada não tem data para ficar pronto. O projeto tem custo de R$ 1,15 milhão.

VIADUTO DA UNISINOS Publicado em 9 de agosto - A obra em São Leopoldo deveria começar em setembro. Por enquanto, não saiu do chão. De acordo com o Dnit, estão sendo feitas desapropriações de áreas que serão ocupadas pelo complexo viário e canteiro de obras. O custo é de R$ 32 milhões. O prazo de conclusão é de 12 meses.


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